• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS"

Copied!
64
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

OZINETE SILVA DAMASCENO

DIAGNÓSTICO DOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE DO NORTE

Natal/RN 2016

(2)

OZINETE SILVA DAMASCENO

DIAGNÓSTICO DOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE DO NORTE

Trabalho de monografia submetido ao Departamento de Ciências Contábeis (DCC) como requisito final para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientadora: Professora Mestre Daniele da Rocha Carvalho.

Natal/RN 2016

(3)

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

FICHA CATALOGRÁFICA

Damasceno, Ozinete Silva.

Diagnóstico dos estilos de aprendizagem de acadêmicos do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Ozinete Silva Damasceno - Natal, RN, 2016.

62f. : il.

Orientador: Prof. Me. Daniele da Rocha Carvalho.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Contábeis.

1. Ensino Contábil - Monografia. 2. Perfil de Aprendizagem - Monografia. 3. Metodologias - Monografia. I. Carvalho, Daniele da Rocha. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

(4)

OZINETE SILVA DAMASCENO

DIAGNÓSTICO DOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE DO NORTE

Trabalho de monografia submetido ao Departamento de Ciências Contábeis (DCC) como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Aprovada em: 27 de Dezembro de 2016. COMISSÃO EXAMINADORA

_______________________________________________ Professora Me. Daniele da Rocha Carvalho

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Orientadora

_______________________________________________ Professor Dr. Ridalvo Medeiros Alves de Oliveira

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Examinador

_________________________________________________ Professor IvaniellyDeyse de Paiva Moura

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Membro Examinador

(5)

Agradeço ao senhor Deus primeiramente, por conduzir passo a passo minha caminhada, aos meus pais João e Terezinha, em especial minha mãe, que incansavelmente esteve a orar por mim, e aos meus queridos filhos, Priscila e Hemerson, como forma de gratidão pela atribuição de incentivo e compreensão ao longo de minha trajetória acadêmica e de vida.

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao senhor Deus, por conduzir toda minha trajetória de vida e acadêmica, por conceder-me desafios e propriedade para vencê-los, guiando-me passo a passo cada degrau ascendido, por caminhar comigo lado a lado, por jamais me deixar cair e por me permitir vitórias, como a consolidação deste trabalho. Obrigada senhor Deus por me proporcionar mais uma conquista. A Ti, toda honra e glória.

A todos da família, que me apoiaram nesta difícil e importante batalha. Aos meus pais por tão bem me conduzirem para vida, em especial minha mãe, que incansavelmente esteve a orar por mim e aos meus amados filhos Priscila e Hemerson, pelas preocupações que tiveram comigo, pelo incentivo e apoio, compreensão, pelas contribuições nas tarefas acadêmicas e por estarem sempre ao meu lado ao longo da trajetória acadêmica. Carinhosamente, muito obrigada filhos.

Meus sinceros agradecimentos a todos os professores da UFRN que de alguma forma contribuíram com o meu saber, em especial à minha orientadora, professora Mestre Daniele da Rocha Carvalho, pelas orientações, sugestões, atenção, paciência, dedicação e confiança depositada durante todo o processo de realização deste trabalho.

Ainda merece destaque, a professora Eloisa Nascimento (ex-professora substituta da UFRN), que contribuiu grandemente com o que aprendi e com minha formação.

Meus agradecimentos também aos alunos que aceitaram participar da pesquisa e que honraram o compromisso ao responder e devolver o questionário preenchido corretamente. Muito obrigada, sem vossas contribuições esse trabalho não se concretizaria.

Agradeço às minhas companheiras de curso e de estudo, Leonildes Maria, Josyelma Techeira, Valéria Medeiros, e Laise Rafaelle, pelos finais de semana dedicados, pelas noites não dormidas e momentos que partilhamos nossas dificuldades e/ou saberes. Espero que nossos laços permaneçam firmes, independentemente do que o destino nos reserve.

Aos meus professores do Ensino Médio, Boniec (Professor de Física), Waldênia (Professora de Química) e Marcos (professor de Matemática), por terem acreditado que eu poderia ir muito mais além de um Ensino Médio, e por me incentivarem a continuar

(7)

buscando novos conhecimentos. À minha amiga Vitória Régia (colega do ensino médio), que sempre acreditou em mim e apoiou. Obrigada de coração

Por fim, agradeço a todos aqueles que de um modo ou de outro contribuíram para a elaboração deste TCC.

(8)

“A atitude de pensar sobre o próprio pensar, de aprender sobre o próprio aprender, é a oportunidade de ampliar as possibilidades de autocompreensão e de

compreensão do outro e do mundo”. (Portilho, Batista e Blanchet)

(9)

RESUMO

Em decorrência da complexidade socioeconômica a contabilidade tem vivenciado nos últimos anos importantes alterações, demandando do profissional contábil maior capacidade crítica, competência e habilidades. Compreendendo-se, que cabem as Instituições de Ensino Superior propiciar as competências e habilidades necessárias aos futuros profissionais, devendo assim, implementar medidas que favoreçam o processo de aprendizagem dos graduandos. Desse modo, considera-se de suma importância ter conhecimento das diferentes maneiras que estes utilizam para o aprendizado. Nesse sentido, o presente estudo propôs como objetivo geral identificar o perfil de aprendizagem dos discentes do Curso de Ciências Contábeis da UFRN. Acredita-se que este estudo justifique-se pela necessidade de identificar meios que possibilitem o aprendizado do discente e a formação de profissionais mais preparados e habilitados para inserir-se no mercado de trabalho em conformidade com as atuais exigências e realidade de cada ambiente organizacional. Para diagnosticar o perfil de aprendizagem discente fez-se uso do Questionário de Honey-Alonso. A pesquisa foi classificada como sendo descritiva, quanto aos objetivos, quanto aos procedimentos metodológicos o estudo classificou-se como estudo de caso, levantamento survey e bibliográfico, com uma abordagem quantitativa. Foi feita uma análise descritiva e correlação entre variáveis dummy, utilizando-se do programa Microsoft Excel. Quanto aos principais resultados a amostra foi de 50% em relação a população, sendo que 51% dos respondentes foi do sexo masculino. Identificou-se a presença de todos os estilos, predominando o estilo reflexivo com 54% dos investigados, dos quais, 58% destes são do gênero feminino. Com intuito de verificar a existência de influência entre as variáveis estudadas realizou-se uma correlação. As variáveis escolhidas foram: atividade remunerada, tempo de estudo, periodicidade de estudo e idade, além dos estilos de aprendizagem. Não se constatou influência das variáveis, atividade remunerada, tempo de estudo, periodicidade de estudo e idade, no perfil do discente. Porém, percebeu-se que quanto as variáveis relacionadas ao estilo de aprendizagem, verificou-se uma pequena correlação, discentes com perfil teórico podem também apresentar perfil reflexivo, apresentando 58% de correlação. E que um perfil pragmático também sofre influência de um perfil teórico, apresentando uma correlação de 64%.

(10)

ABSTRACT

As a result of the socioeconomic complexity, the Accounting has experienced important changes in the last few years, demanding more skills, competence and critical ability from the accounting professional. Understanding that, it’s up to the HEI’s (Higher Education Institutions) to propitiate the preparation and necessary skills development to the future professionals, and thus, to implement measures that favor the learning process of the undergraduates. Thereby, it’s considered to be very important to know the different types of ways that these use to learn. In doing so, the present work propones as it’s main goal to identify the learning form of the FURN (Federal University of Rio Grande do Norte) Accounting program’s students. It’s believed that this work, justifies itself from the necessity of identifying ways that makes the learning process of the student possible and the shaping of professionals better prepared and skilled to insert themselves into the job market in accordance to the present day needs and the reality of each organizational area. To diagnosticate the ways of the student’s learning process, Honey-Alonso’s Quiz has been used. The research has been classified as being descriptive, as of it’s goals; in regards of it’s methodological procedures the work has been classified as study of case, survey and bibliographical, with a quantitative approach. A descriptive analysis was made using Microsoft Excel correlating the dummy variables. In regards of the top results, the sample was 50% regarding the population, although 51% of the answerers were males. It was identified the presence of all types, predominating the reflexive type with 54% of the investigated, of which, 58% of these are females. With the intent of checking the existence of the influence between the different variables studied, a correlation was performed. The chosen variables were: remunerated activities, time of study, periodicity of the study and age, in addition to types of learning process. There was not found influence of the following variables in the profile of the student: remunerated activities, time of study, periodicity of the study and age. However, it was perceived that in regards of the variables related to the types of learning process, it was verified a small correlation, students with the theoretical profile can also show a reflexive profile, resulting in 58% of correlation. And that a pragmatic profile also suffers the influence of a theoretical profile, presenting a 64% of correlation.

(11)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Contexto histórico do Curso de Ciências Contábeis – UFRN...15

Quadro 2 – Instituições públicas e privadas de Natal que aderiram o curso de ciências

contábeis na modalidade presencial e seus respectivos

conceitos... 16

Quadro 3 – Desempenho dos estudantes do curso de Ciências Contábeis – dados estatísticos

do Exame de

Suficiência...17

Quadro 4 – Instrumentos de pesquisa e estilos de

aprendizagem... 22

Quadro 5 Estilos de Aprendizagem e suas respectivas

características...25

Quadro 6 Estilos de Aprendizagem e estratégias

sugeridas...26

Quadro 7 – Estudos

relacionados...29

Quadro 8 – Discentes que obtiveram pontuação igual em mais de um perfil de aprendizagem,

% por estilo em reação ao total de múltiplos (11)...44

Quadro 9 – Discentes que apresentam características em mais de um perfil de aprendizagem,

diferindo em 1 ponto, % em reação a amostra (70)...45

Quadro 10 – Correlação entre variáveis dammy e estilos de aprendizagem...46

(12)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Dimensões bipolares da personalidade e suas principais características... 23

Figura 2 – Ciclo dos estilos de aprendizagem definidos Kolb acrescido da classificação dos

Estilos de Aprendizagem propostos por

(13)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Distribuição dos respondentes por

turno... 40

Gráfico 2 – Distribuição dos respondentes por

gênero... 41

Gráfico 3 – Distribuição dos respondentes por faixa etária ... 41

Gráfico 4 – Distribuição dos Estilos de Aprendizagem da

amostra... 43

Gráfico 5 – Comparativo do perfil predominante entre este e o estudo de Nogueira (2012)..47

(14)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 13 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 13 1.2 OBJETIVOS ... 14 1.2.1 Geral ... 14 1.2.2 Específicos ... 14 1.3 JUSTIFICATIVA ... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 16

2.1 ENSINO DE CONTABILIDADE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ... 16

2.2 IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NO MUNDO EMPRESARIAL ... 19

2.3 APRENDIZAGEM E ESTILO DE APRENDIZAGEM ... 21

2.3.1 APRENDIZAGEM ... 21

2.3.2 ESTILO DE APRENDIZAGEM ... 23

2.4 PESQUISAS RELACIONADAS ... 30

3 METODOLOGIA ... 37

3.1 TIPOLOGIAS DE DELINEAMENTO... 37

3.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS ... 39

3.3. LIMITAÇÃO DA PESQUISA ... 39

4 ANÁLISE DE DADOS... 42

4.1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA DOS RESPONDENTES ... 42

4.2 DIAGNÓSTICO DOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM BASEADO NO QUESTIONÁRIO DE HONEY-ALONSO ... 45

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 51

REFERÊNCIAS ... 53

(15)

ANEXO A – Estilos de Aprendizagem segundo Honey-Alonso com suas respectivas características e algumas estratégias de trabalho docente associadas a cada estilo. ... 57 ANEXO B – Questionário aplicado (inventário de Estilos de Aprendizagem segundo Honey-Alonso) ... 61

(16)

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O ensino de contabilidade no Estado do Rio Grande do Norte teve início em 1962. Atualmente existem dez instituições entre públicas e privadas na cidade de Natal/RN que possuem o curso de Ciências Contábeis de forma presencial.

Muitas foram às mudanças nos últimos anos que a Contabilidade brasileira vem sofrendo em decorrência das convergências com a contabilidade internacional. E para acompanhar essas mudanças é necessário que as instituições de ensino estejam aptas para prepararem seus futuros profissionais.

Essa preocupação está baseada, principalmente nas exigências de mercado, bem como a notória redução de índices de desempenho dos alunos nos últimos exames realizados para medir a capacidade dos futuros profissionais (Exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade), bem como o nível de aprendizagem dos alunos a partir das instituições onde estão se formando (ENADE).

Vários são os estudos que mostram essa preocupação, baseados no conhecimento do perfil de seus discentes para que sejam capazes de identificar estratégias de ensino, com o intuito de promover uma melhor qualidade no ensino.

Entende-se que a partir de um ensino-aprendizagem o discente poderá desenvolver, alcançar ou alterar os valores, comportamentos e conhecimentos, como produto de formação e experiências. (TÉDDE, 2012)

Considerando o perfil profissional exigido pelo atual mercado, torna-se premente os anseios da comunidade acadêmica e da sociedade em geral por um ensino que possibilite aos discentes, adquirir as competências e as habilidades necessárias a esse novo perfil.

É através do conhecimento do estilo de aprendizagem dos discentes, que vários estudos propõem metodologias de ensino-aprendizagem, bem como planejamento de atividades que possam atingir de forma satisfatória a transmissão de conhecimento, independente do perfil do alunado.

Diante do exposto acima, tem-se o seguinte problema de pesquisa: Qual o perfil de aprendizagem dos discentes do Curso de Ciências Contábeis da UFRN?

(17)

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Geral

Com intuito de obter resposta a questão estabelecida, propõe-se como objetivo geral identificar o perfil de aprendizagem de discentes do Curso de Ciências Contábeis da UFRN.

1.2.2 Específicos

JeffersonMS_Monografia

Visando alcançar o objetivo geral proposto são definidos os seguintes objetivos específicos:

 Analisar o perfil dos respondentes

 Capturar os estilos de aprendizagem baseado no questionário de Honey-Alonso  Avaliar possíveis influências entre as varáveis dummy e os estilos de aprendizagem  Comparar os achados deste de estudo com resultado de investigações anteriores

1.3 JUSTIFICATIVA

Vivencia-se atualmente um cenário em que o processo de seleção de colaboradores realizado pelas organizações empresariais, seja da administração pública ou privada, demanda cada vez mais de profissionais com perfis diferenciados, exigindo destes, inúmeras habilidades. Tal realidade se reflete também nas atividades de contabilidade, considerando as várias possibilidades de atuação do profissional contábil, a reponsabilidade que recai sobre este e a importância de seu trabalho, tanto para as empresas como para a sociedade em geral. A preservação do patrimônio da entidade e o fornecimento de informações úteis são atribuições relevantes da contabilidade.

Tendo em vista as exigências do mercado de trabalho e a importância da contabilidade para empresas e para a sociedade, compreende-se que competem às Instituições de Ensino Superior (IES) fornecer as condições necessárias de ensino, devendo propiciar as competências e habilidades necessárias aos futuros profissionais, de modo que estes possam vir a desempenhar satisfatoriamente a profissão pela qual se decidiram. É evidente que o

(18)

mercado busca profissionais críticos e com capacidade de solucionar problemas, problemas estes cada vez mais complexos.

Na percepção de Amaro (2014, p.19) “o ensino está centrado em municiar os futuros profissionais de habilidades e competências mínimas para o exercício da profissão”. Ou seja, no período da graduação o aluno deve ser preparado para posteriormente seguir uma carreira, necessitando adquirir até o termino do curso os conhecimentos e habilidades que irá precisar para competir e/ou atuar no mercado profissional. Para tanto, devem ser consideradas as características individuais dos aprendentes, tendo em vista os diferentes meios que estes podem utilizar para obtenção do conhecimento.

Diante do contexto apresentado, entende-se que ter conhecimento dos estilos de aprendizagem dos discentes pode trazer importantes contribuições para a academia, pois possibilita tanto as instituições quanto aos docentes buscarem meios ou ferramentas capazes de favorecer o processo de aprendizagem, além de oportunizar aos próprios discentes na adoção de estratégias de estudos que potencialize seus aprendizados, e consequentemente a aquisição dos conhecimentos que precisarão para atuarem como profissionais.

Para fortalecer o pensamento acima exposto apropria-se das palavras de Santos et al (2013, P. 158) que assim diz: “Conhecer e explorar o estilo de aprendizagem do acadêmico em Ciências Contábeis é contribuir para uma melhor formação profissional e, [...] para um crescimento econômico e social”

Desse modo, acredita-se que este estudo justifique-se pela necessidade de identificar meios que possibilite o aprendizado do discente e a formação de profissionais mais preparados e habilitados para inserir-se no mercado de trabalho em conformidade com as exigências atuais e realidade de cada ambiente organizacional. Assim, espera-se que os resultados deste trabalho tragam importantes contribuições para comunidade acadêmica, como por exemplo, possibilitar a inserção de medidas pedagógicas e/ou adequação de metodologias e estratégias que favoreçam o processo de aprendizagem dos graduandos, possibilitando-os assim, uma melhor preparação para atuação profissional. Dessa forma, pode-se simultaneamente está contribuindo com o desenvolvimento da sociedade e da economia.

(19)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ENSINO DE CONTABILIDADE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO

NORTE

Segundo enfatiza Gabriel (2016) com a evolução do comércio, a Contabilidade passou a representar uma ferramenta indispensável, surgindo assim à necessidade do ensino regido por normas para formação profissional contábil no Estado. A literatura examinada que debate a origem do ensino da Contabilidade no Estado do Rio Grande do Norte apresenta como marco inicial o ano de 1962, e expõe que seus primeiros passos foram dados a partir da Escola de Comércio de Natal fundada em 1919, e posteriormente modificada pelo Decreto-Lei 6.141/43 para Escola Técnica de Comércio de Natal. (OLIVEIRA, 2012).

Corroborando, Gabriel (2016, p. 31) explica que:

O ensino de contabilidade no estado ganha forma e a primeira escola com formato profissionalizante teve origem na Escola de Comércio de Natal (posteriormente transformada em Escola Técnica de Comércio pelo Decreto-lei de 1943), sendo a escola profissionalizante fundada por Dom Antônio dos Santos Cabral, Ulisses Celestino de Gois e uma equipe de professores em 08 de setembro de 1919, esta como célula inicial do curso de economia.

A Escola Técnica, por oferecer o grau superior, em 1964 foi incorporada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (TEIXEIRA, 2016)

Em 30 de setembro de 1957, a Escola Técnica de Comércio de Natal, através de sua entidade mantenedora, a Sociedade Norte Rio-grandense de Ensino criou a Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais de Natal, com respaldo no Decreto nº 7.988/45. (GABRIEL, 2016).

Quadro 01 – Contexto histórico do Curso de Ciências Contábeis - UFRN DATAS

IMPORTANTES ACONTECIMENTOS

1962

Inicia-se o curso superior em Ciências Contábeis na Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais de Natal. Ocorre o primeiro vestibular com 38 candidatos, apenas 7 optaram por Contabilidade

(20)

1965 A faculdade foi agregada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte por forma de convênio.

1971 Registros dos primeiros diplomas da Faculdade, quando a faculdade foi incorporada pela UFRN, Lei 5.702/71.

1974 O curso foi transferido para o Campus universitário e foi vinculado ao Departamento de Administração e Contabilidade (DACON) no CCSA

1980 O curso de Ciências Contábeis foi desmembrado surgindo o DECON, atualmente DCC.

2000 Foi aberta a primeira turma do turno matutino Fonte: Adaptado de Oliveira (2012) e Gabriel (2016)

Em 2016.2 o curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte conta com 745 alunos ativos, divididos nos turnos matutino e noturno. Quanto ao quadro docente, este compõe-se de 46 profissionais, incluindo efetivos e substitutos.

Na cidade de Natal/RN, segundo o MEC (2016) atualmente existem 10 Instituições de Ensino Superior - IES, distribuídas em privadas e públicas, com o curso de Ciências Contábeis em forma presencial, conforme relacionado no quadro abaixo:

Quadro 02 – Instituições públicas e privadas de Natal que aderiram o curso de ciências contábeis na modalidade presencial e seus respectivos conceitos.

INSTITUIÇÕE E CATEGORIA CONCEITO VALOR ANO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNI-RN

Privada sem fins lucrativos CI - Conceito Institucional: IGC - Índice Geral de Cursos: 4 4 2015 2014

IGC Contínuo: 3.3604 2014

CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX (UNIFACEX)

Privada sem fins lucrativos CI - Conceito Institucional: IGC - Índice Geral de Cursos: 4 4 2011 2014

IGC Contínuo: 3.3039 2014

FACULDADE ESTÁCIO DE NATAL (ESTÁCIO DE NATAL)

Privada com fins lucrativos CI - Conceito Institucional: IGC - Índice Geral de Cursos: 3 3 2016 2014

IGC Contínuo: 1.9836 2014

FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU DE NATAL (FMN NATAL)

Privada com fins lucrativos CI - Conceito Institucional: 3 2011 IGC - Índice Geral de Cursos: 3 2014

(21)

FACULDADE NATALENSE DE ENSINO E CULTURA (FANEC)

Privada sem fins lucrativos CI - Conceito Institucional: 3 2011 IGC - Índice Geral de Cursos: 3 2014

IGC Contínuo: 2.1906 2014

FACULDADES INTEGRADAS DO RIO GRANDE DO NORTE – FANORTES

Privada com fins lucrativos CI - Conceito Institucional: IGC - Índice Geral de Cursos: 3 2 2010 2011

IGC Contínuo: 1.5700 2011

FAL ESTÁCIO - FACULDADE ESTÁCIO DE NATAL

Privada com fins lucrativos CI - Conceito Institucional: IGC - Índice Geral de Cursos: 3 2 2010 2014

IGC Contínuo: 1.9421 2014

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE – IESRN

Privada sem fins lucrativos CI - Conceito Institucional: IGC - Índice Geral de Cursos: 3 3 2016 2014

IGC Contínuo: 2.1611 2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN Pública Federal

CI - Conceito Institucional: 5 2011 IGC - Índice Geral de Cursos: 4 2014

IGC Contínuo: 4 2014

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP

Privada com fins lucrativos I - Conceito Institucional: IGC - Índice Geral de Cursos: 3 3 2009 2014

IGC Contínuo: 2.3938 2014

Fonte: e-MEC (2016)

Percebe-se que apenas 10% das instituições relacionadas acima são públicas, 40% são classificadas como privadas e sem fins lucrativos e as demais estão enquadradas na categoria privada com fins lucrativos.

A partir do quadro 2, percebe-se também que a UFRN, ao passar dos anos vem tendo rendimento decrescente nos indicadores do e-MEC e também no Exame de Suficiência do Conselho de Contabilidade, conforme quadro 03.

(22)

Quadro 3 – Desempenho dos estudantes do curso de Ciências Contábeis – dados estatísticos do Exame de Suficiência

Fonte: CRC/RN (2016)

Os dados apresentados no quadro 3 trouxe preocupação para coordenadores e professores, trazendo como discussão, que fatores poderiam está ocasionando redução no desempenho discente, decrescendo significativamente em 2016.2.

2.2 IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NO MUNDO EMPRESARIAL

Segundo Sousa (2015, p 26) “O avanço tecnológico, que se intensificou no século XXI, é responsável pelo aperfeiçoamento de diversos Softwares de Contabilidade, capazes de gerar guias de impostos e outros relatórios, financeiros e gerenciais, de responsabilidade do contador”.

Corroborando, Martins e Paiva (2016, p.59) dizem que “o atual cenário contábil requer do contador contemporâneo que este seja um profissional com visão sistêmica e crítica, com capacidade de se reinventar para se adaptar ao dinamismo do mercado”.

O desenvolvimento da sociedade, os avanços da tecnologia e o surgimento de novas universidades que ofertam a graduação em Ciências Contábeis, resultaram em modificações constantes no ensino desta ciência, tornando-se urgente para os futuros profissionais a preocupação com a melhoria do processo de ensino-aprendizagem. (OLIVEIRA, 2012).

Para Martins e Paiva (2016, p. 59) essa necessidade de modificação e desenvolvimento de um novo perfil:

exige das Instituições de Ensino Superior a integração em seus planos de ensino de métodos para desenvolver habilidades e competências que

(23)

capacitem os futuros contadores para atuar em um mercado dinâmico, com visão crítica e em sintonia com a educação continuada. O desenvolvimento dessas habilidades e competências resulta de uma prática didático-pedagógica interdisciplinar, que considere o perfil e as expectativas profissionais dos alunos.

Diante do exposto pelos referidos autores, entende-se que é necessário haver uma reestruturação nos projetos pedagógicos das universidades, considerando as exigências do mercado atual e as expectativas profissionais dos alunos perante os avanços da contabilidade e das tecnologias, devendo ser inseridos nos planos de ensino destas Instituições, técnicas e procedimentos que possibilitem aos discentes adquirir as competências e as habilidades demandadas nessa nova exigência do profissional contábil. Acredita-se que estes precisam ser estimulados durante a vida acadêmica para que possam desenvolver o perfil profissional requerido pelo mercado de trabalho no contexto das atuais mudanças, vivenciadas no cenário da contabilidade.

Compactuando com o que foi dito, Gabriel (2016, p. 48) expõe que “esse novo ambiente exige profissionais contábeis mais capacitados, com maior senso crítico e detentor de conhecimentos mais específicos”.

Uma situação que veio intensificar essa necessidade foram as modificações na contabilidade a partir da implantação das normas internacionais de contabilidade.

Nos últimos anos, em especial em 2007 e 2009, com a edição das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 e a criação do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), a Contabilidade passou por profundas transformações, resultantes principalmente da completa convergência às normas internacionais de Contabilidade. (GABRIEL, 2016, p. 48)

Essas mudanças trouxeram alterações importantes para o perfil do contador e vem se tornando-se uma preocupação e um desafio para as instituições de ensino, bem como para adequações exigidas pelo mercado.

Miranda (2011, p. 13) traz como uma dessas preocupações a exigência do mercado ao dizer que “o contador que irá atuar no contexto das normas internacionais demandará, além da capacidade técnica, a capacidade de entender e jugar critérios, e de interpretar normas e princípios”.

Ferreira et al (2013, p. 113) corroboram quando dizem que “As praticas profissionais e alianças estratégicas adotadas no processo de convergência contábil exigem uma postura e

(24)

mudanças no comportamento do profissional contábil e, principalmente, no momento de conflito, pois exigirá um perfil de profissional ou líder mais seguro no momento de tomada de decisão”.

Ainda citando os mesmos autores, estes discutem sobre as alterações no cotidiano dos profissionais de contabilidade, já que esse processo de convergência traz um novo olhar e exige que o profissional de contabilidade esteja apto a pensar no desenvolvimento de suas funções, bem como no atendimento das normas em vigor.

Ainda Segundo Ferreira et al (2013), estes profissionais passam agora a ter que atender e entender práticas de naturezas mais subjetivas com a obrigação de interpretá-las.

2.3 APRENDIZAGEM E ESTILO DE APRENDIZAGEM

2.3.1 APRENDIZAGEM

Segundo Díaz (2011, p. 81) traduzindo a importância da aprendizagem:

constitui um tema obrigatório tanto na Psicologia como na Pedagogia e ainda em outras disciplinas cujos estudos se baseiam neste processo, uma vez que ele explica a imensa potencialidade do sujeito para apropriar-se de qualquer fato externo ou interno que acontece na rica experiência humana, abrindo as portas a um futuro que pelas suas possibilidades ainda é insuspeitável.

Ainda conforme Díaz (2011) e Vieira (2012), considera-se a aprendizagem um processo de construção intelectual e pessoal, cujo individuo adquire valores, informações, habilidades e conhecimentos que possam construir uma representação do mundo interno e externo, de forma progressiva e interminável.

Complementando, Vieira (2012, p.52) admite que a aprendizagem “significativa remete a um processo de modificação do conhecimento que acontece a partir de relações que o sujeito estabelece entre sua estrutura cognitiva e as novas informações a que tem acesso”.

(25)

Cortez (2011) completa que é um processo que exige amadurecimento e que depende do desempenho de cada um, bem como do esforço e da capacidade. É pessoal, mas que pode ser influenciada através de estímulos e técnicas adequadas.

Para o cognitivismo de Ausubel a aprendizagem é o processo de organização e integração das informações em unidades de conhecimento que ele denomina “estruturas cognitivas”. Assim, cada aprendizado constitui uma destas estruturas que, em determinadas situações, podem relacionar-se entre si para dar lugar ao que o mesmo autor denomina “aprendizagem significativa” (DÍAZ, 2011, p. 76).

Citando ainda o mesmo autor (2011) essa aprendizagem significativa, resultante da relação entre o já aprendido e o que se acaba de aprender, constitui o melhor aprendizado pela sua consistência construtiva e permanência no tempo, em contraposição ao aprendizado mecânico e automático, não racional, que se baseia em associações.

Vieira (2012) corrobora enfatizando que esse tipo de aprendizagem ocorre quando novas informações são inseridas num contexto já presente no indivíduo de forma não arbitrária e substantiva.

Vygotsky (aprendizado humano) e Piaget trazem em suas obras que o processo de aprendizagem é influenciado pelos aspectos sociais e culturais, bem como as concepções psicogenéticas específicas no indivíduo. (CORTEZ, 2011; DÍAZ, 2011)

Nos dias atuais se torna de fundamental importância uma educação crítica, tendo em vista a enorme disponibilidade de informações. Somente um indivíduo crítico tem capacidade de absorver as informações e detectar aquilo que é importante para chegar ao conhecimento. (VIEIRA, 2012).

Ainda citando o mesmo autor (2012, p.20) se faz necessária uma “prática pedagógica capaz de motivar os alunos, despertando o interesse pelo tema proposto pelo professor, ampliando a capacidade de aprendizagem e contextualizando o conteúdo científico na vida dos aprendizes”.

O estudo das dificuldades de aprendizagem constitui-se num campo amplo e complexo, envolvendo determinantes sociais, culturais, pedagógicos, psicológicos e médicos. Assim, torna-se necessário ter uma visão global do problema de aprendizagem para melhor

(26)

avaliar e compreender (CORTEZ, 2011). O autor enfatiza que os problemas de aprendizagem constituem um desafio em matéria de diagnóstico e educação.

Dentro desse novo cenário, as atenções se voltam para a identificação das melhores estratégias pedagógicas e também a reconhecer qual o conjunto de meios de comunicação e informação favorece a melhoria da qualidade dos processos educativos. Sem dúvida essas escolhas devem variar em função da proposta pedagógica do curso, do perfil discente que se pretende formar e do conteúdo a ser trabalhado. (PINTO, PAULA E GOMES, 2011).

Quando o aluno descobre e aplica com sucesso suas estratégias nos aprendizados, ele é capaz de desenvolver técnicas de estudos individuais, ou seja, ajuste à sua necessidade de aprender, ele inclui a pesquisa adequada de dados, análise e interpretação eficiente e sua correspondente aplicação efetiva, sempre a partir de suas peculiaridades. (DÍAZ, 2011).

2.3.2 ESTILO DE APRENDIZAGEM

A literatura acerca da teoria dos estilos de aprendizagem oferece uma gama de instrumentos identificadores de estilos. Vários são os modelos evidenciados em estudos de diferentes estilos de aprendizagem.

Para demonstrar a diversidade dos estilos de aprendizagem existente, elaborou-se o quadro 4, apresentando alguns destes modelos e seus respectivos estilos de aprendizagem.

Quadro 4 – Instrumentos de pesquisa e estilos de aprendizagem.

INSTRUMENTOS DE PESQUISA ESTILOS DE APRENDIZAGEM IDENTIFICADOS

Questionário de Felder Soloman

(Index of Learning Styles - ILS) Ativo/Reflexivo, Sequencial/Global. Sensorial/Intuitivo, Visual/Verbal,

Questionário de Grasha-Riechmann (Grasha-Riechmann Student Learning

StyleScales – GRSLSS)

Independente, Dependente, Competitivos, Colaborativos, Desinteressados, Participativos.

(27)

Inventario de Myers-Briggs(Myers-BriggsTipe Indicador - MBTI)

Extrovertidos ou Introvertidos, sensoriais ou Intuitivos, Pensadores ou Emotivos, Julgadores ou Perceptivos.

Inventario de David Kolb(Learning

StyleInventory -LSI) Divergentes, Acomodadores. e equilibrado. Convergentes, Assimiladores, Questionário de Honey-Alonso Ativo, Reflexivo, Teórico, Pragmático.

Fonte: elaborado a partir dos dados da literatura.

São vários os instrumentos de pesquisas que buscam selecionar ou classificar o perfil de aprendizagem do indivíduo.

Para a identificação do perfil discente (Estilos de Aprendizagem Discente) da amostra utilizada neste estudo adota-se como modelo o Questionário de Honey-Alonso, que classifica o discente como ativo, reflexivo, teórico e pragmático. Os demais instrumentos expostos serão apenas apresentados brevemente na presente pesquisa. O leitor que almejar ampliar seus conhecimentos em relação aos mesmos, deverá recorrer a bibliografias que os esclareça amplamente ou a investigações especificas desenvolvidas utilizando-se de cada modelo.

Inicia-se a seguir a apresentação dos instrumentos de pesquisa conforme expostos no quadro anterior.

De acordo com Oliveira (2012) o questionário de Felder Soloman é um Índice de Estilos de Aprendizagem (ILS), e foi desenvolvido por Richard M. Felder e Barbara A. Soloman em 1991, criado a partir de outro modelo anteriormente proposto por Richard M. Felder e Linda K. Silverman. A autora expõe que o instrumento divide as preferências dos universitários em quatro dimensões, com dois estilos opostos cada, Ativo/Reflexivo, Sensorial/Intuitivo, Visual/Verbal e Sequencial/Global. Sendo identificados neste modelo oito possíveis perfis de aprendizagem para cada estudante.

O segundo instrumento apresentado trata-se da Escala de Estilos de Aprendizagem de Grasha-Riechmann. Este modelo comtempla seis modos distintos de aprendizagem, “Independente, Dependente, Competitivos, Colaborativos, Desinteressados, e Participativos”. (VERMERSCH 2006, apud OLIVEIRA, 2012, p. 30-31). O referido instrumento foi desenvolvido para definir as preferências de aprendizagem de universitários, focando “nas interações aluno-professor, aluno-aluno e aluno-conteúdo”. (OLIVEIRA, 2012, p. 30,31).

(28)

O Inventario de Myers-Briggs(MBTI), Classifica as preferencias dos indivíduos em quatro dimensões, que Oliveira (2012) apresenta em sua pesquisa como dimensões bipolares da personalidade. Estas dimensões resultam em dezesseis Estilos de Aprendizagem de acordo com suas características conforme ilustra 1.

Figura 1: Dimensões bipolares da personalidade e suas principais características.

Fonte: Conte et al., 2011, apud OLIVEIRA, 2012, p. 37

Complementando o que foi dito a cerca do modelo anteriormente mencionado, Oliveira (2012, p. 37) esclarece que:

Com base no exposto, fica evidenciado que o indicador de tipos Myers- Briggs (MBTI - Myers-BriggsTypeIndicator) constitui em um instrumento elaborado para determinar os Estilos de Aprendizagem dos estudantes. Tal instrumento possibilita dados sobre quatro conjuntos de preferencias que resultam em 16 estilos de aprendizagem ou tipos.

Considerando a multiplicidade preferencial, infere-se sobre a necessidade de adoção de metodologias alternativas de modo que possibilite identificar-se com um maior número de estilos de aprendizagem.

O quarto modelo, denomina-se Inventário de Estilos de Aprendizagem de Kolb (LSI). Desenvolvido por David Kolb a partir na teoria da aprendizagem experiencial, o instrumento comtempla inicialmente quatro Estilos de Aprendizagem: Acomodador, Divergente,

(29)

Convergente e Assimilador. (Escola Nacional de Administração Pública – ENAP). Estes Estilos são resultantes das habilidades combinadas, Experiência Concreta/Experimentação Ativa, Experiência Concreta/Observação Reflexiva, Conceituação Abstrata/Experimentação Ativa e Conceituação Abstrata/Observação Reflexiva. (KOLB, 1993, apud SANTOS et al, 2013). Na visão de Kolb, apud Oliveira (2012) a aprendizagem se processa nessas quarto fazes, passando por duas dimensões. O estilo equilibrado foi incorporado em 2009, conforme esclarece a equipe do Núcleo de Práticas Pedagógicas da ESPM de são Paulo (2014, p. 22):

2009, Kolb atualiza o modelo que propôs e inclui o estilo Equilibrado As pessoas que manifestam este estilo de aprendizagem equilibram os extremos na perspectiva de um diálogo entre “ativo-reflexivo” e “concreto-abstrato”. O trânsito entre os quatro estilos de aprendizagem lhes possibilita uma visão enriquecida porque leva em conta os diferentes aspectos, ângulos, perspectivas, pontos de vista etc., bem como o estabelecimento de pontes entre pessoas de diferentes estilos de aprendizagem.

Sendo assim, a aplicação do Inventário de Estilos de aprendizagem de Kolb permite evidenciar cinco grupos distintos de aprendizes.

A figura 2, demonstra como ocorre a aprendizagem segundo o ciclo de Kolb. Neste considera-se a versão dos quatro estilos de aprendizagem (versão anterior), acrescendo-se os estilos aprendizagem definidos por Honey-Alonso.

Figura 2: ciclo dos estilos de aprendizagem definidos Kolb acrescido da classificação dos estilos de aprendizagem propostos por Honey-Alonso.

(30)

Fonte: Escola Nacional de Administração Pública - ENAP (2015).

O último instrumento exibido está representado pelo questionário de Honey-Alonso e classifica-se em quatro categorias, Ativo, Reflexivo, Teórico e Pragmático. Sobre o referido modelo Nogueira (2012) assevera que os distintos estilos de aprendizagem possuem características particulares segundo a maneira de aprender de cada pessoa.

Amaral e Barros (2007, apud ENAP, 2015) acrescentam que o modelo proposto por Honey-Alonso decorre da teoria dos estilos de Kolb. A ENAP (2015, p.15) diz que “Segundo essa categorização, a aprendizagem e o comportamento humano resultam da interação entre o ambiente, a experiência prévia vivida pelo aprendiz adulto e os conhecimentos construídos individualmente”, e analisando a figura do ciclo dos estilos de aprendizagem definidos Kolb com a classificação dos estilos de aprendizagem de Honey-Alonso, acrescenta ainda, que existe uma forte correlação entre ambos conforme a figura 2.

Quanto às características dos estilos de aprendizagem de Honey-Alonso, encontram-se discriminadas no quadro 5.

Quadro 5 – Estilos de Aprendizagem e suas respectivas características

ESTILOS DE

APRENDIZAGEM CARACTERÍSTICAS

Ativo

Criatividade, animação, inovação, improvisação, risco, renovação, espontaneidade, aventura, experiência, liderança, participação, diversão, competitividade, desejo de aprender e mudar, resolução de problemas, etc. São aquelas pessoas que gostam de aprender fazendo; ter novas experiências; resolver problemas; mudar e variar as situações do dia-a-dia; dirigir debates e reuniões.

Reflexivo

Observação, ponderação, receptividade, análise, cuidado, detalhamento, paciência, argumentação, assimilação investigação, elaboração de informes e declarações, prudência, previsão de alternativas, estudos de comportamento, etc. São aquelas pessoas que gostam de observar, escutar e pensar antes de agir, investigar detalhadamente a situação, revisar o que ouviu ou presenciou sem pressão de tempo.

Teórico

Estruturação, metodicidade, ordem, objetividade, planejamento, disciplina, crítica, sistematização, sintetização, logicidade, generalista; buscam hipóteses, teorias, modelos, perguntas, conceitos, finalidades claras, racionalidade, etc. São pessoas que, para aprender gostam de questionar; sentir-se pressionadas intelectualmente; encontrar um modelo, um conceito ou uma teoria que tenha relação com aquilo que escutou.

(31)

Pragmático

Técnica, experimentação, praticidade, eficácia, utilidade, realismo, rapidez, decisão, planejamento, atualização, organização, capacidade para solucionar problemas, aplicação do aprendido, planejamento de ações, etc. São aquelas pessoas que priorizam aprender coisas ou técnicas que apresentem vantagens práticas; gostam de ter a possibilidade de experimentar o aprendido; assim como de viver uma boa simulação de problemas reais.

Fonte: Adaptado de PORTILHO, 2009 apud Nogueira, 2012,

O quadro a seguir tem como objetivo apresentar estratégias de ensino que possam adequar-se a cada estilo de aprendizagem identificado nesta categoria conforme anexo A.

Quadro 6 – Estilos de Aprendizagem e estratégias sugeridas.

ESTILOS DE APRENDIZAGEM ESTRATÉGIAS SUGERIDAS

Ativo

1. Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) 2. Oficina (Laboratório ou Workshop) 3. Lista de discussão por meio informatizado: 4. Estudo dirigido:

Reflexivo 1. Aula expositiva 2. Aula expositiva dialogada 3. Fórum

4. Grupo de verbalização e de observação

Teórico

1. Workshop

2. Ensino com pesquisa 3. Estudo de texto 4. Orientação

Pragmático

1. Estudo do meio (ou práticas vivenciais)

2. Método de análise e solução de problemas (MASP) 3. Jogo de empresa (ou simulação empresarial) 4. Casos para ensino

Fonte: Elaborado a partir da literatura: Dados extraídos do RELATÓRIO da ESPM (Mapeamento dos Estilos

de Aprendizagem dos Estudantes da ESPM) desenvolvido pelo Núcleo de Práticas Pedagógicas da ESPM.

Analisando a totalidade dos estilos de aprendizagem encontrados nas modalidades apresentadas, foram evidenciadas trinta e nove possíveis estilos de aprendizagem para cada sujeito. Diante das múltiplas possibilidades preferenciais identificadas para os estudantes, pode-se inferir que os diversos modos de aprender ou de assimilar os conteúdos ministrados em sala de aula podem exigir dos docentes a utilização de diversificadas estratégias, ou

(32)

métodos que se adequem aos diferentes estilos de aprendizagem ou formas particulares que os indivíduos utilizam para aprender.

Na área de contabilidade, os estudos acerca do perfil de aprendizagem do discente têm apresentado como principal justificativa o processo de harmonização das Normas Contábeis.

Sobre o assunto Oliveira (2012, P. 19) explica que:

torna-se primordial conhecer os estilos de aprendizagem dos alunos, considerando que a harmonização decorrente do processo de convergência prevê a mudança de algumas práticas contábeis, bem como os métodos de ensino e aprendizagem da Ciência Contábil.

Reconhecendo as particularidades de cada sujeito, Madrid e Gibim (2015), defendem que “cada pessoa aprende de uma maneira única, tornando, assim essencial a compreensão das múltiplas formas de aprendizagem e os seus reflexos”.

Sendo assim, as estratégias de ensino devem se adequar a diferentes maneiras que os indivíduos utilizam para aprender. Neste sentido, Martins e Paiva, (2016, p. 55) sugerem que cabe ao docente “utilizar técnicas de ensino diversificadas, tais como, aulas expositivas, slides, data show, visita técnica etc.”.

Considerando o perfil de aprendizagem discente a as reivindicações do mercado de trabalho, Silva et al (2014, P.3) apontam:

Conhecer e respeitar os diversos estilos de aprendizagem dos alunos é fundamento necessário para adaptar a forma de ensinar dos docentes, propondo estratégias que compactuem com a realidade acadêmica idiossincrática de cada ambiente institucional e que permitam atingir maiores níveis de desempenho na relação ensino aprendizagem, alcançando perfis profissionais que se adaptem de maneira mais coesa com as exigências do mercado.

As discursões acima trazem sugestões, que acreditam permitir melhores níveis de aprendizagem, sem descuidar-se das características individuais.

Da mesma forma Oliveira (2012, P.14) traz suas contribuições de melhorias, advertindo que:

conhecer as peculiaridades inerentes aos Estilos de Aprendizagem dos estudantes torna-se uma importante ferramenta no processo de instrução para

(33)

que seja possível identificar qual a estratégia de ensino mais indicada as necessidades de determinado grupo estudantil.

Seguindo essa mesma direção, Madrid e Gibim (2015) esclarecem que, ao conhecer o estilo de aprendizagem do aluno, torna-se mais fácil o planejamento das atividades, bem como a orientação individual ao aluno quanto às estratégias de aprendizagens.

De acordo com Santos et al (2013) os diferentes estilos de aprendizagem podem interferir no processo de ensino-aprendizagem do discente e, com isso, o seu desempenho pode diferir. Assim, o entendimento dos estilos de aprendizagem e do desempenho discente torna-se de grande importância, pois possibilita o desenvolvimento de estratégias de ensino e de aprendizagem. (NOGUEIRA, 2012).

O ensino deve ser uma atividade estimuladora e instigante, ativo, estratégico, consciente, automotivador e reflexivo; as aulas devem criar zonas múltiplas de aproximação entre locutor e receptor; o processo de ensino-aprendizagem deve basear-se prioritariamente numa atividade dialógica. (BAQUERO, 2001 apud DÍAZ, 2011).

2.4 PESQUISAS RELACIONADAS

A comunidade científica da educação tem demonstrado crescente preocupação com os múltiplos fatores que de alguma forma podem impactar no processo de ensino-aprendizagem e desempenho discente no meio acadêmico. Assim, este item tem como objetivo trazer pesquisas desenvolvidas que abordem a referida temática, destacando seus respectivos objetivos e principais achados, com ênfase maior em trabalhos que debatam o ensino contábil, em específico, estilos de aprendizagem.

Para dar suporte ao mesmo foram selecionadas algumas pesquisas anteriores, demonstradas abaixo no 7.

Quadro 7 – Estudos relacionados.

Autor Título Objetivos

Pinto, Paula e Gomes,

(2011)

Metodologia do Ensino: Uma Análise da Percepção dos Alunos frente a Diferentes Formas de Ensino

Verificar qual a percepção dos alunos do curso de Administração de Empresas presencial e à distância, de uma mesma Instituição de Ensino, sobre a disciplina Contabilidade Geral.

(34)

Nogueira et al. (2012)

Estilos De Aprendizagem e Desempenho em Educação a Distância: um Estudo Empírico com Alunos das Disciplinas de Contabilidade Geral e Gerencial.

Verificar se o desempenho dos alunos de educação a distância nas disciplinas de Contabilidade Geral e Gerencial é diferente de acordo com seu estilo de aprendizagem.

Nogueira (2012)

Desempenho acadêmico x estilos de aprendizagem segundo Honey-Alonso: uma análise com alunos do curso de Ciências Contábeis

Verificar se os discentes com diferentes estilos de aprendizagem apresentam diferença no desempenho acadêmico.

Oliveira (2012)

Impacto dos Estilos de Aprendizagem no Desempenho Acadêmico do Ensino de Contabilidade: Uma análise dos estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Identificar os estilos de aprendizagem dos alunos fazendo um paralelo com o estilo de aprendizagem dos professores, verificando se esta relação é refletida no desempenho acadêmico dos alunos de graduação em Ciências Contábeis da UFRN.

Cordeiro e

Silva (2012) Os Estilos de Aprendizagem Influenciam o Desempenho Acadêmico dos Estudantes de Finanças?

Verificar se existe relação entre os estilos de aprendizagem de estudantes de Administração de Instituições de Ensino Superior da cidade de João Pessoa e o desempenho acadêmico nos componentes curriculares de Finanças

Santos et al. (2013)

Estilos de Aprendizagem: um estudo empírico com alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Evidenciar o estilo de aprendizagem predominante dos alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal.

Souza et al. (2013)

Estilos de aprendizagem dos alunos versus métodos de ensino dos professores do Curso de Administração

Confrontar os estilos de aprendizagem dos alunos com os métodos de ensino utilizados e os estilos de ensino dos professores do curso de administração da Universidade Federal de Alagoas.

Godarth et al. (2014)

Estilos de Aprendizagem dos Alunos do Curso de Administração da UTFPR/Pato Branco: Aplicação do Inventário de DAVID KOLB.

Identificar os estilos de aprendizagem dos alunos do Curso de Administração da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR.

Silva et al.

(2014) Estilos de aprendizagem e variáveis influenciadoras: um estudo entre alunos tradicionais e não tradicionais do curso de ciências contábeis.

Diagnosticar o estilo de aprendizagem predominante dos estudantes tradicionais e não tradicionais do curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual da Paraíba-Campus I, identificando o comportamento de variáveis que influenciam em seus estilos de aprender.

Albuquerque et al. (2015)

Análise dos Estilos de Aprendizagem dos Discentes do Curso de Ciências Contábeis da UFCG a partir do Inventário de Kolb.

Objetivo principal identificar o estilo de aprendizagem predominante entre os alunos do curso de graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) na Paraíba.

Santos, Panucci Filho e Hein

(2015)

Estudo dos Fatores Associativos dos Estilos de Aprendizagem dos Acadêmicos do Curso de Ciências Contábeis da Furb

Evidenciar os fatores associativos dos estilos de aprendizagem dos acadêmicos do curso de ciências contábeis da FURB

(35)

Fonte: Elaboração própria (2016).

Neste início de século, os estudos sobre o ensino contábil têm se mostrado bastante significativos. Dentre as principais discussões evidenciadas na literatura, estão os estilos aprendizagem e o desempenho acadêmico. Entre os autores pesquisados que utilizaram estas variáveis encontram-se Nogueira (2012) e Oliveira (2012).

Na pesquisa realizada por Nogueira (2012) foi verificado se os discentes com distintos estilos de aprendizagem apresentavam diferença no desempenho acadêmico. Para identificação dos estilos de aprendizagem foi utilizado o questionário de estilos de aprendizagem segundo Honey-Alonso, que destaca como estilos de aprendizagem quatro tipos: Ativo, Reflexivo, Teórico e Pragmático. O mesmo foi aplicado a alunos que cursavam a disciplina de contabilidade introdutória do curso de ciências contábeis de uma instituição paranaense. Quanto aos resultados, foi identificado com predominância o estilo de aprendizagem Reflexivo, e quando comparados os desempenhos com os estilos de aprendizagem não constataram estatisticamente, diferença significativa, concluindo não ser possível afirmar que os alunos com estilos de aprendizagem distintos apresentassem diferenças em seu desempenho acadêmico.

Semelhantemente, Oliveira (2012), buscou identificar os Estilos de Aprendizagem dos alunos e professores do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte no período 2011.2, examinando posteriormente se a relação entre os estilos de aprendizagem de ambos apresentavam impacto no desempenho acadêmico discente. Para tanto, a autora recorreu ao Índice de Estilo de Aprendizagem desenvolvido em 1991 por Felder-Soloman (IFS) que contempla quatro dimensões. O resultado revelou que os Estilos de Aprendizagem dos discentes eram reflexivo, visual, sensorial e sequencial, enquanto que os Estilos de Aprendizagem dos docentes eram Ativo, Visual, Intuitivo e Sequencial. Quanto à combinação dos estilos discentes e docentes, constatou que em três das quatro dimensões, a influência sobre o desempenho discente foi significativa. Concluiu ainda, que professores e alunos ativos apresentaram melhor desempenho, que nas palavras da autora, “se os alunos preferem discutir e questionar, tendo um professor que estimula essas características em sala, tais indivíduos tenderão a compreender e reter melhor a informação, resultando, assim, em notas médias estatisticamente maiores” (OLIVEIRA 2012, p. 7).

(36)

Além dos estudos acima referidos foram encontrados vários outros estudos como demonstrado no quadro 7, que evidenciam inquietações com a temática apresentada, incluindo além dos fatores mencionados outras variáveis capazes de interferir no processo de aprendizagem e desempenho de acadêmicos do curso de Ciências Contábeis em instituições brasileiras.

Em suas investigações, Silva et al (2014) buscaram diagnosticar o estilo de aprendizagem predominante dos estudantes tradicionais e não tradicionais do curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual da Paraíba-Campus I, bem como avaliar o comportamento das variáveis: motivação, ambiente de aprendizado, atividades de trabalho e família, entre si e entre os estilos de aprendizagem identificados. Consideraram estudantes tradicionais aqueles de idade inferior a 25 anos e não tradicionais os que tivessem de 25 anos ou mais. Para diagnosticar os estilos e aprendizagem aplicaram o questionário de Honey-Alonso. Os resultados apontaram o estilo reflexivo nos dois grupos de estudantes. Quanto à correlação entre as variáveis, utilizaram métodos estatísticos. Para os alunos tradicionais encontraram uma correlação estatisticamente significativa, positiva e de intensidade moderada entre o estilo predominante e a motivação. Já para os alunos não tradicionais, identificaram correlação significativa positiva moderada entre o estilo predominante e as atividades de trabalho e família. Evidenciaram entre a motivação e o ambiente de aprendizado uma correlação estatisticamente significativa e positiva, para os alunos tradicionais.

Utilizando o questionário de Kolb (LSI) e métodos estatísticos, Nogueira et al. (2012) pesquisaram os discentes de educação à distância em contabilidade geral e gerencial, cujo objetivo era verificar se o desempenho acadêmico dos mesmos, diferiam conforme o estilo de aprendizagem. Utilizaram como variável independente o estilo de aprendizagem dos alunos, identificados por meio do questionário aplicado, e como variável dependente, usaram o desempenho acadêmico, obtido pelas notas das referidas disciplinas. Os resultados encontrados demonstraram que o estilo de maior predominância era o assimilador e divergente, e constataram que não houve diferença no desempenho em relação aos estilos de aprendizagem, consideram que as conclusões não deviam ser generalizadas em função do pequeno número de observações, devendo restringir-se apenas à população examinada.

Já Santos et al (2013) propuseram-se evidenciar o estilo de aprendizagem predominante dos alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato

(37)

Grosso do Sul – Campus do Pantanal, avaliando grupos isoladamente. Os resultados evidenciaram que o estilo de aprendizagem predominante era o assimilador em 54,66% dos pesquisados. Quando analisados por gênero, confirmaram o estilo assimilador para sexo masculino e, estilo convergente para o gênero feminino. Identificaram este mesmo estilo de aprendizagem quando avaliados grupos isoladamente, como acadêmicos do 4º semestre, faixa etária entre 21 a 25 anos e os que estudavam de 8 a 10 horas semanais. Os autores ressaltaram que mesmo os estudantes de contabilidade tendo apresentado predominância com o estilo de aprendizagem assimilador, também evidenciaram a existência de grupos de alunos com métodos de aprendizagens diferentes, carecendo assim, a adoção de um planejamento de ensino que possa alcançar uma diversidade maior de estilos de aprendizagem.

Da mesma forma, Santos, Panucci Filho e Hein (2015) evidenciaram os fatores associativos dos estilos de aprendizagem dos acadêmicos do curso de ciências contábeis da Universidade Regional de Blumenau – FURB, Santa Catarina. Para apropriação do estilo de aprendizagem dominante os pesquisadores usaram o Inventário de Estilo de Aprendizagem (Kolb, 1975), adicionando questões de identificação dos fatores associativos. Os resultados apontaram o predomínio do estilo de aprendizagem convergente entre os graduandos investigados. Quanto à associação, os achados revelaram a associação dos estilos de aprendizagem acomodador e divergente com acadêmicos de gênero feminino, acadêmicos da fase inicial do curso, com alunos de idade até 20 anos e com os acadêmicos que apresentaram altos níveis de estudos semanais. Apontaram ainda a associação dos estilos assimilador e convergente com os acadêmicos da fase terminal do curso, com os acadêmicos do gênero masculino com 21 a 25 anos, e que também possuíam elevadas horas de estudos semanais. Assim como no estudo anterior também se observa a necessidade de uso de metodologias variadas de forma que beneficie um maior número de Estilos de Aprendizagem.

Albuquerque et al (2015) também buscaram identificar o estilo de aprendizagem predominante entre os alunos do curso de graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) na Paraíba. Utilizaram o modelo de estilos de aprendizagem segundo a visão de David Kolb. Como resultado obtiveram o estilo assimilador, com 47,20%. Este estilo é compatível com os estilos de aprendizagem evidenciados nas pesquisas de Nogueira et al (2012) que pesquisaram os discentes de educação à distância em contabilidade geral e gerencial e com a de Santos et al (2013)

(38)

realizada com discentes do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Segundo os autores do estudo, esse estilo revela pessoas com raciocínio indutivo e com habilidades para desenvolver modelos abstratos e teóricos.

Outros estudos, semelhantes aos anteriormente mencionados são os que discutem as questões de melhoria no processo de ensino e aprendizagem nas ciências administrativas. Alguns destes estudos serão demonstrados a seguir.

Souza et al (2013) desenvolveram um estudo com discentes do curso de administração da Universidade Federal de Alagoas com o objetivo de Confrontar os estilos de aprendizagem dos alunos com os métodos de ensino utilizados e os estilos de ensino dos professores. Os resultados evidenciaram compatibilidades entre os estilos de aprendizagem dos discentes e as metodologias de ensino aplicadas pelos docentes, mas constataram assimetria entre os estilos de aprendizagem discente e o estilo de ensino dos educadores. Concluíram que essa diferença poderia justificar as dificuldades apresentadas pelos acadêmicos em sala de aula.

Considerando o conhecimento da Contabilidade como uma importante ferramenta para a gestão, Pinto, Paula e Gomes (2011) preocuparam-se com o ensino e a aprendizagem dos estudantes do curso de Administração de Empresas presencial e à distância de uma Universidade Pública do Rio de Janeiro. Tiveram como objetivo verificar a percepção dos mesmos quanto às metodologias utilizadas (ativa ou passiva) pelo docente na disciplina Contabilidade Geral I e II. Os resultados demonstraram que a percepção dos graduandos quanto aos métodos de ensino apresentaram diferenças significantes, e no que se refere à participação dos discentes, se ativa ou passiva, identificaram que no ensino à distância os alunos eram mais ativos pela busca do conhecimento do que os alunos do curso presencial. Os autores perceberam que em algumas situações essa divergência é explicada pela diferença de metodologias aplicadas por cada forma de ensino. Entretanto, é possível que essas diferenças sejam decorrentes das distintas formas existentes de aprender que os acadêmicos pesquisados possam apresentar. Os pesquisadores advertiram que os resultados não deviam ser generalizados, pois, os métodos de ensino avaliados foram de apenas um profissional.

O estudo desenvolvido por Cordeiro e Silva (2012) pretendeu verificar a existência de relação entre os estilos de aprendizagem de estudantes de Administração de Instituições de Ensino Superior da cidade de João Pessoa/PB e o desempenho acadêmico nos componentes

(39)

curriculares de Finanças. Através do uso de técnicas estatísticas constataram que os estilos de aprendizagem não interferiam no desempenho acadêmico nos componentes curriculares de Finanças. Porém perceberam divergência no desempenho dos discentes com relação ao tipo de instituição de ensino. Verificaram ainda, que a experiência profissional interferia nos estilos de aprendizagem dos acadêmicos pesquisados.

Em 2014, Godarth et al investigaram os estudantes do Curso de Administração da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, objetivando identificar seus estilos de aprendizagem aplicaram o inventário de David Kolb. Os resultados indicaram uma maior concentração de estudantes com estilo de aprendizagem divergente. Sendo menos representado o grupo Convergente. Observaram também, uma maior representatividade de alunos com Experimentação Ativa (49%), ficando a Experiência Concreta com apenas 6% dos acadêmicos entrevistados.

(40)

3 METODOLOGIA

3.1 TIPOLOGIAS DE DELINEAMENTO

No que diz respeito às pesquisas quanto as tipologias de delineamento e considerando os aspectos particulares da contabilidade, segundo BEUREN et al (2012) esta subdivide em três grupos: quanto ao objetivo, quanto aos procedimentos e abordagens.

A presente pesquisa pode ser classificada, quanto aos objetivos como sendo descritiva. De acordo com Gil (1999) apud Beuren (2012, p. 81) “pesquisa descritiva é definida como sendo aquela que objetiva a descrição das características de determinada população ou fenômeno, assim como o estabelecer de relações entre variáveis”.

Ainda citando Gil (1999) apud Beuren (2012, p. 81), ele esclarece que “descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos”. Assim sendo, compreende-se que o presente estudo enquadra-se como uma pesquisa descritiva, tendo em vista, que este tem como desígnio identificar, relatar e comparar o perfil de aprendizagem de uma população, neste caso, os estudantes das disciplinas de Contabilidade introdutória II e Orçamento Empresarial do curso de contabilidade da UFRN.

Em se tratando de procedimentos, o estudo classifica-se como levantamento, que conforme Gil (2008, p.55) diz “As pesquisas deste tipo caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”. Esta pesquisa considera-se de levantamento, tendo em vista envolver a indagação direta de pessoas, no caso, um grupo alunos de contabilidade, o qual se deseja conhecer, ou dele extrair informações, de forma que se possa conhecer seu perfil e estilos de aprendizagem.

Ainda em relação aos procedimentos, a pesquisa também pode ser classificada como sendo bibliográfica, já que se utilizou de livros, periódicos e documentos publicados para a construção do referencial teórico. Gil (2008) assevera que estudos podem ser desenvolvidos a partir de fontes bibliográficas exclusivamente, porém em quase todas as pesquisas elaboradas necessitam desse tipo de procedimento. Neste sentido, assim se classifica esse estudo, pois se recorreu à literatura pertinente para fundamentação de todo o processo de desenvolvimento do trabalho.

A pesquisa é caracterizada como estudo de caso, acerca do mesmo, Yin ( 2001 p. 34) “defende que se trata um estudo empírico que admite investigar um fenômeno no contexto da

Referências

Documentos relacionados

A Promotora se reserva o direito de desclassificar qualquer participante que julgue estar manipulando a operação desta Promoção ou violando os termos e condições deste

No caso de a resposta não referir ou referir incorretamente os conteúdos referentes ao domínio específico da disciplina, não é classificado o desempenho no

O Porto Novo – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado em Liquidação, adiante designado por Porto Novo, Fundo ou OIC, é um Fundo de Investimento Imobiliário Fechado de

Se deixar a área de emissão do programa de informações de trânsito ajustado, ouve após cerca de 30 segundos um som de aviso. Ao premir uma tecla de estação na qual está memorizado

do fluxo de fótons fotossintéticos sobre características agronômicas e acúmulo de nitrato em plantas de alface cultivadas em hidroponia.. Horticultura Brasileira

Considerando-se o indicador de processo do Ministério da Saúde (MS), primeira consulta realiza- da até 120 dias ou quarto mês de gravidez, como parâmetro, os resultados atingidos

No curto prazo, um ou mais insumos da empresa s˜ ao fixos O custo total pode ser dividido em custo fixo e custo vari´ avel O custo marginal de uma empresa ´ e o custo vari´

NO(A)EC - Concentração máxima que não éobservado ne- nhum efeito (adverso); NO(A)EL - Nivel máximo que não é observado nenhum efeito (adverso); NOELR - Taxa de