Onc
ologia
Principais temas
para provas
SIC
CLÍNICA
CIRÚRGICA
Janeiro, 2018
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da legislação vigente. Direitos exclusivos para a língua portuguesa licenciados
à Medcel Editora e Eventos Ltda. Av. Paulista, 1776 - 2º andar - São Paulo - Brasil
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.
Principais temas em Oncologia/ Eduardo Bertolli - Graziela Zibetti Dal Molin - Flávia Fairbanks Lima de Oliveira Marino - Rodrigo da Rosa Filho - Talita Colombo - Rodrigo Antônio Brandão Neto - Cristina Gonçalves Massant - Jamile Cavalcanti Seixas - Marcelo Freitas Schmid - Maria Aparecida Ferraz - Mauro Augusto de Oliveira - Victor Celso Cenciper Fiorini - 1. ed. -- São Paulo: Medcel, 2018. --
(Principais temas em Oncologia)
1. Oncologia - Concursos - 2. Residentes (Medicina)
© 2018 by
PRINCIPAIS TEMAS EM ONCOLOGIA
Eduardo Bertolli - Graziela Zibetti Dal Molin - Flávia Fairbanks Lima de Oliveira Marino - Rodrigo da Rosa Filho - Talita Colombo - Rodrigo Antônio Brandão Neto - Cristina Gonçalves Massant - Jamile Cavalcanti Seixas - Marcelo Freitas Schmid - Maria Aparecida Ferraz - Mauro Augusto de Oliveira - Victor Celso Cenciper Fiorini
Produção Editorial: Fátima Rodrigues Morais
Coordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite Projeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro
Diagramação: Jorlandi Ribeiro - Jovani Ribeiro - Diego Cunha Sachito - Matheus Vinícius Criação de Capa: R2 Editorial
Assistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del Fiore Preparação de Originais: Andreza Queiroz
Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de Souza
Revisão de Texto e de Provas: Caroline R. dos Anjos - Marcela Zuchelli Marquisepe
Maria Adriana Taveira - Mariana Rezende Goulart - Mônica d’Almeida
Serviços Editoriais: Eliane Cordeiro - Tatiana Alves Serviços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues
Autoria e colaboração
Eduardo Bertolli
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-versidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Cirurgia Geral pela PUC-SP. Título de especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Especialista em Cirurgia Oncológica pelo Hospital do Cân-cer A. C. Camargo, onde atua como médico titular do Ser-viço de Emergência e do Núcleo de Câncer de Pele. Título de especialista em Cancerologia Cirúrgica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. Membro titular do CBC e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Ins-trutor de ATLS® pelo Núcleo da Santa Casa de São Paulo.
Graziela Zibetti Dal Molin
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Oncolo-gia Clínica pelo Hospital A. C. Camargo. Oncologista clínica do Hospital São José/Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes (Beneficência Portuguesa de São Paulo).
Flávia Fairbanks Lima de Oliveira Marino
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista e mestre em Gine-cologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Me-dicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptora de Internos e Residentes de Ginecologia. Especialista em Endometriose e Sexualidade Humana pelo HC-FMUSP. Título de especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), da Socieda-de Brasileira Socieda-de Reprodução Humana (SBRH) e da World Endometriosis Society (WES).
Rodrigo da Rosa Filho
Graduado em Medicina e especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Reprodução Humana pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Federação Brasileira das As-sociações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Mem-bro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP). Médico atuante no corpo clínico das Maternidades Santa Joana e Pro Matre Paulista.
Talita Colombo
Graduada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo Complexo Hospitalar Santa Casa de Mi-sericórdia de Porto Alegre e pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Espe-cialista em Reprodução Humana pelo Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Médica plantonista do Centro Obstétrico do Hospital Dom João Becker.
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Univer-sidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em Endocri-nologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde é médico assistente da disciplina de Emergências Clínicas.
Cristina Gonçalves Massant
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Neurologia pela UNIFESP, onde é médica colaboradora do setor de Doen-ças Neuromusculares.
Jamile Cavalcanti Seixas
Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Residente em Neurologia pela Universida-de FeUniversida-deral Universida-de São Paulo (UNIFESP).
Marcelo Freitas Schmid
Graduado pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Residência Médica em Neurologia pela Real e Benemérita Sociedade de Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde atua como neurologista, e em Neuro-fisiologia e Epilepsia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia, de onde tam-bém é membro.
Maria Aparecida Ferraz
Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Neurologia pelo HC-FMUSP. Neurologista do serviço de emergência do Hospital São Camilo.
Mauro Augusto de Oliveira
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-versidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Espe-cialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Professor das disciplinas de Neuro-cirurgia e Neurologia da PUC-Campinas. Médico da Casa de Saúde de Campinas.
Victor Celso Cenciper Fiorini
Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasi-leira de Clínica Médica (SBCM) e em Neurologia pela Aca-demia Brasileira de Neurologia, onde é membro titular. Residência em Neurologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC--FMUSP). Professor de Neurologia do Centro Universitá-rio São Camilo e médico neurologista do corpo clínico dos Hospitais Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Santa Catarina.
Atualização 2018
Eduardo Bertolli Talita Colombo Marcelo Freitas Schmid
Revisão de conteúdo
Nadia Mie Uwagoya Taira
Revisão técnica
Cinthia Ribeiro Franco Dan Yuta Nagaya Daniela Andrea Medina Macaya
Edivando de Moura Barros João Guilherme Palma Urushima
Luan Forti Lucas Kenzo Miyahara Mariana da Silva Vilas Boas Matheus Fischer Severo Cruz Homem Priscila Schuindt de Albuquerque Schil
Ryo Chiba Viviane Aparecida Queiroz
Wilian Martins Guarnieri William Vaz de Sousa
Apresentação
O ensino médico é desafiador por natureza, e o estudante que se decide
pelos fascinantes caminhos da Medicina sabe disso. Fascínio advindo, em
grande parte, justamente das inúmeras possibilidades e, até mesmo,
obri-gatoriedades que se abrem para esse aluno logo que ele ingressa no ensino
superior, a ponto de ser quase impossível determiná-las ou mensurá-las.
Dessa rotina faz parte, por exemplo, um inevitável período de aulas
práti-cas e horas em plantões de vários blocos, não só o responsável por grande
parte da experiência que determinará a trajetória profissional desse aluno,
como também o antecedente imediato do seu ingresso em um programa
de Residência Médica que seja referência, no mínimo, em todo o país – o
que exigirá dele um preparo minucioso e objetivo.
Esse é o contexto em que toda a equipe de conteúdo da Medcel,
forma-da por profissionais forma-das áreas peforma-dagógica e editorial e médicos forma-das mais
diferentes especialidades, preparou a Coleção SIC Principais Temas para
Provas. O material didático destaca-se pela organização e pelo formato de
seus capítulos, inteiramente voltado à interação, com recursos gráficos e
dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamentos, temas frequentes
em provas, leituras recomendadas e outros destaques, sem os quais o
alu-no não deve prestar nenhum exame. Tudo isso somado às questões ao
fi-nal, todas comentadas a partir de uma estrutura que lhe permite identificar
o gabarito de imediato.
Com tudo isso, nossa equipe reforça o ideal de oferecer ao candidato uma
preparação completa e lhe assegura um excelente estudo.
Índice
Capítulo 1 -
Bases da cirurgia oncológica ....15
1. Introdução ...16
2. Tratamento do tumor primário ...16
Resumo ...19
Capítulo 2 -
Princípios de Oncologia Clínica
e radioterapia ...21
1. Introdução ... 22
2. Princípios de Oncologia Clínica – tratamento
sistêmico ... 26
3. Princípios de radioterapia ... 28
Resumo ...30
Capítulo 3 -
Síndromes genéticas e
Oncologia ...31
1. Introdução ...32
2. Síndrome de predisposição hereditária ao
câncer de mama e ovário ...32
3. Síndromes genéticas associadas ao câncer de
cólon ...33
4. Síndrome de Li-Fraumeni ...37
5. Síndrome de câncer gástrico difuso hereditário
(HDGC) ...37
Resumo ... 38
Capítulo 4 -
Sarcomas de partes moles ... 39
1. Introdução ...40
2. Fatores de risco ...41
3. Quadro clínico ...41
4. Tratamento ... 42
Resumo ...44
Capítulo 5 -
Câncer de pele ... 45
1. Introdução ...46
2. Lesões pré-malignas ...46
3. Câncer de pele não melanoma ...47
4. Melanoma ...48
Resumo ... 52
Capítulo 6 -
Emergências oncológicas ...53
1. Introdução ... 54
2. Emergências metabólicas ... 54
3. Emergências infecciosas ... 56
4. Emergências estruturais ... 58
Resumo ... 62
Capítulo 7 -
Complicações dos tratamentos
oncológicos ... 63
1. Introdução ...64
2. Gastrintestinais ...64
3. Medulares... 66
4. Neurológicas ...67
5. Cardiovasculares ...67
6. Cutâneas ...67
7. Constitucionais ...68
Resumo ... 70
Capítulo 8 -
Doenças malignas da mama ...71
1. Introdução ...72
2. História natural e fatores de risco ...72
3. Tipos histológicos ...73
4. Fatores prognósticos ... 78
5. Estadiamento ... 79
6. Tratamento ...84
7. Doença metastática... 87
Resumo ...88
Capítulo 9 -
Doenças benignas da mama .... 89
1. Introdução ...90
2. Doenças infecciosas da mama ...91
3. Lesões benignas da mama ...94
4. Dor mamária/mastalgia ...97
5. Alteração da fi siologia mamária:
galactorreia ... 99
Resumo ...100
Capítulo 10 -
Infecção por papilomavírus
humano e neoplasias intraepiteliais de colo
de útero ...103
1. Introdução ...104
2. Rastreamento do câncer de colo de útero –
diretrizes do Ministério da Saúde (2016)... 107
3. Exames alterados: recomendações ...109
4. Tratamento ...114
Resumo ... 116
Questões:
Organizamos, por
capítulo, questões
de instituições de
todo o Brasil.
Anote:
O quadrinho ajuda na lembrança futura
sobre o domínio do assunto e a possível
necessidade de retorno ao tema.
Questões
Cirurgia do Trauma
Atendimento inicial ao politraumatizado
2015 - FMUSP-RP
1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-pitalar informou que o paciente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC =
140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de tratar o choque desse paciente é:
a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-caminhar para laparotomia
b) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar para laparotomia
c) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomia d) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-nhar o paciente para laparotomia
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2015 - SES-RJ
2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de Glasgow, que leva em conta:
a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta motora
b) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundos c) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundos d) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2015 - UFES
3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-matizado inconsciente é:
a) verificar as pupilas b) verificar a pressão arterial c) puncionar veia calibrosa d) assegurar boa via aérea e) realizar traqueostomia
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2015 - UFG
4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-gulado no canal auditivo direito, além de retração e movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de Glasgow é:
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2015 - UFCG
5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:
a) aplicar morfina b) promover uma boa hidratação c) perguntar o nome d) lavar a face e) colocar colar cervical
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
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2014 - HSPE
6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado para o atendimento de um acidente automobilístico. Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso no crânio, após choque frontal com um carro. A criança está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea
Ci ru rgi a d o T ra um a Que st õe s
Comentários:
Além do gabarito oficial divulgado pela instituição, nosso
corpo docente comenta cada questão. Não hesite em
retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo
contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o
capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.
Comentários
Cirurgia do Trauma
Atendimento inicial ao politraumatizado Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado,
ins-tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.
Gabarito = D
Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em
con-ta a melhor resposcon-ta do paciente diante da avaliação da resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.
Gabarito = D
Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com
rebai-xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.
Gabarito = D
Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow
está resumida a seguir:
Abertura ocular (O)
Espontânea 4 Ao estímulo verbal 3 Ao estímulo doloroso 2 Sem resposta 1
Melhor resposta verbal (V)
Orientado 5 Confuso 4 Palavras inapropriadas 3 Sons incompreensíveis 2 Sem resposta 1
Melhor resposta motora (M)
Obediência a comandos 6 Localização da dor 5 Flexão normal (retirada) 4 Flexão anormal (decor-ticação) 3 Extensão (descerebração) 2 Sem resposta (flacidez) 1
Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.
Gabarito = C
Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica
de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a perguntando-ser tomada. Em caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-queal deve ser precoce.
Gabarito = C
Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é
um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.
Gabarito = A
Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo
ATLS®, a melhor sequência seria:
A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-tendo proteção à coluna cervical.
B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.
C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax esteja normal.
D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e a pressão arterial.
E: manter o paciente aquecido. Logo, a melhor alternativa é a “c”.
Gabarito = C
Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que
deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção precoce do sangramento, em uma reposição menos agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-mico ou o aminocaproico.
Gabarito = A
Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente
poli-traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e
garan-Ci ru rgi a d o T ra um a Com ent ár io s
Capítulo 11 -
Câncer de colo de útero ... 117
1. Epidemiologia ...118
2. Rastreamento e prevenção ...118
3. Etiopatogenia ... 119
4. Quadro clínico ... 119
5. Diagnóstico e estadiamento ... 120
6. Tratamento ...122
7. Seguimento ...124
Resumo ...125
Capítulo 12 -
Tumores de ovários ...127
1. Tumores de baixo potencial maligno ou
tumores proliferativos atípicos de ovário ... 128
2. Câncer de ovário ...129
3. Outros tipos de tumores ovarianos não
epiteliais ... 134
Resumo ... 138
Capítulo 13 -
Câncer de endométrio ...139
1. Epidemiologia ...140
2. Fatores de risco ...140
3. Quadro clínico ...140
4. Diagnóstico ...141
5. Estadiamento ... 142
6. Tratamento ... 146
Resumo ...148
Capítulo 14 -
Tumores do sistema
nervoso ...149
1. Epidemiologia e classificação ... 150
2. Quadro clínico ...153
3. Tumores benignos primários...156
4. Tumores malignos primários ...160
5. Metástases do sistema nervoso central...167
6. Carcinomatose meníngea ...167
7. Apêndice ... 168
Câncer de pele
Eduardo Bertolli
Neste capítulo, abordaremos os principais tipos de cân-cer de pele: entre os carcinomas mais comuns, temos o carcinoma basocelular, que costuma apresentar agres-sividade local , mas baixo potencial de metástases, e o espinocelular, que tem maior potencial de disseminação linfonodal e a distância. Questões sobre o melanoma têm sido cada vez mais cobradas nos concursos médi-cos, com o advento de novas estratégias terapêuticas, uma vez que é o tumor de pele que causa o maior índice de mortalidade. O tratamento dependerá da espessura da pele acometida e do comprometimento linfonodal.
câncerdepele
47
Figura 2 - Lesões benignas e pré-malignas: (A) ceratose seborreica; (B) ceratose ac-tínica; (C) doença de Bowen; (D) corno cutâneo
O tumor triquilemal é uma neoplasia anexial benigna incomum,
origi-nada a partir da bainha epitelial externa do folículo piloso. Geralmente
se apresentam como lesões do couro cabeludo. Outras localizações
menos comuns incluem pescoço, tronco, axilas, pube, vulva, membros
inferiores e superiores, lábio superior e região glútea. A ressecção
ci-rúrgica com margens livres é o tratamento de escolha.
3. Câncer de pele não melanoma
Os principais tipos são o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma
espinocelular (CEC). O CBC é o mais comum, compreende 75% dos
tu-mores epiteliais malignos e localiza-se, preferencialmente, em áreas do
corpo expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo e
tronco (Figura 3).
Clinicamente, classifica-se em nodular, ulcerado, superficial, sólido,
pig-mentado, esclerodermiforme e cístico.
Dica
Na forma nodular, o
câncer de pele não
mela-noma apresenta-se como
pápula rósea, com bordas
perláceas e aparência
translúcida com finas
telangiectasias, de
pro-gressivo crescimento.
Conforme a progressão da lesão, há a possibilidade de ulceração. O CBC
tende a ser agressivo localmente, com baixa incidência de metástases
linfonodais e sistêmicas.
Figura 3 - Apresentações do carcinoma basocelular: (A) nodular; (B) esclerodermiforme; (C) multifocal; (D) superficial
O CEC, além de aparecer nas áreas já descritas, aparece no lábio inferior, nos membros superiores, no pênis
e em locais que sofreram algum tipo de trauma, como queimaduras (úlcera de Marjolin) ou cicatrizes.
Importante
Ao contrário do
car-cinoma basocelular, o
carcinoma espinocelular
raramente apresenta
coloração perlácea
trans-lúcida e telangiectasias,
sendo a apresentação
mais comum a presença
de placas ou de nódulos
com graus variáveis de
crostas, erosão e
ulcera-ção (Figura 4).
Complicações
dos tratamentos
oncológicos
Graziela Zibetti Dal Molin
Neste capítulo, será abordado o manejo das princi-pais toxicidades decorrentes do tratamento oncológico quimioterápico. Essas complicações são vistas no tra-tamento de praticamente todos os tipos de tumores e podem ser cobradas de inúmeras maneiras nos concur-sos médicos. A maioria das toxicidades é comum a todos os agentes quimioterápicos, com algumas particularida-des, a depender da classe de drogas que deve ser vista individualmente, muito mais da alçada do especialista. Os efeitos colaterais mais comuns são gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarreia) e medulares (neutropenia, anemia, plaquetopenia). O controle dos sintomas, em geral, é feito com sintomáticos. Outros efeitos menos comuns, mas que podem ocorrer com drogas específi-cas, são alterações neurológicas (insônia, alteração de memória, neuropatia periférica), cardiovasculares, cutâ-neas e constitucionais. Em alguns casos, é necessária a redução da dose ou a suspensão do antineoplásico.
complicaçõesdostratamentosoncológicos
65
As principais drogas que causam a diarreia são fluoruracila (5FU),
iri-notecano e capecitabina. Drogas-alvo que também causam esses
sintomas são erlotinibe, gefitinibe, sorafenibe, sunitinibe, axitinibe,
la-patinibe e cetuximabe. Também pode estar associada a radioterapia.
Figura 1 - Avaliação da diarreia induzida por quimioterapia
C - Mucosite
Ocorre devido à destruição das mucosas, em geral alguns dias após o
início do tratamento, bem como durante o curso de radioterapia.
Ade-quada higiene oral é importante para a sua prevenção.
Quadro clínico
Os principais sintomas
de mucosite são dor na
cavidade oral, odinofagia,
disfagia, alteração da
saliva e sangramentos
orais.
Pode haver a formação de úlceras tanto orais quanto esofágicas. As
principais complicações são infecções por Candida e reativação do
her-pes-simples. As principais drogas que causam mucosite são 5FU,
cape-citabina e metotrexato.
O
nc
ologia
Principais temas
para provas
SIC
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Questões
Oncologia
Bases da cirurgia oncológica
2016 - SANTA CASA-SP - CLÍNICA CIRÚRGICA
1. Um homem de 56 anos foi encaminhado da Hemato-logia devido a linfoma primário esplênico das células da zona marginal após tratamento com quimioterapia, já com indicação de tratamento cirúrgico. Sua indicação é:
a) vacinação; esplenectomia com linfadenectomia e dre-nagem da cavidade mandatória
b) vacinação; esplenectomia subtotal e drenagem da ca-vidade mandatória
c) vacinação; esplenectomia com linfadenectomia e bi-ópsia hepática
d) não é necessário vacinação; esplenectomia com linfa-denectomia e drenagem da cavidade mandatória e) não é necessário vacinação; esplenectomia com
linfa-denectomia e biópsia hepática
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder 2016 - UESPI - ACESSO DIRETO/CLÍNICA CIRÚRGICA
2. Em um paciente com lesão metastática única no fíga-do, será indicada a hepatectomia quando a lesão primá-ria tem a seguinte localização:
a) mama b) próstata c) esôfago d) cólon e) pâncreas
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder 2015 - HNMD - CLÍNICA CIRÚRGICA
3. Com relação a marcadores tumorais, assinale a afi r-mativa correta:
a) o antígeno carcinoembrionário (CEA) não é útil como teste de rastreamento em função de sua baixa sensi-bilidade em doença em estágio inicial
b) a alfafetoproteína (AFP) é usada para a detecção do carcinoma hepatocelular, porém não se correlaciona com seu estágio e prognóstico
c) o antígeno 19-9 (CA-19-9) é usado como marcador diagnóstico do câncer de pâncreas, sendo útil no ras-treamento desta devido à sua alta sensibilidade em doença em estágio inicial
d) o antígeno prostático específi co (PSA) é amplamente usado no rastreamento do câncer de próstata, porém sua utilização não tem validade na monitorização da resposta a terapia
e) o antígeno 125 (CA-125) é útil como ferramenta diagnóstica para câncer de ovário devido à sua alta especifi cidade, porém não tem validade na monitori-zação do curso da doença
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder 2015 - SES-GO - CLÍNICA CIRÚRGICA
4. O cirurgião tem papel de grande importância na pre-venção, no diagnóstico, no estadiamento e no tratamen-to do paciente com câncer. A cirurgia pode ter caráter paliativo ou ser curativa. A ressecção curativa é aquela em que todo o câncer visível é removido e as margens ci-rúrgicas são microscopicamente livres de lesão. O termo
status R foi criado para descrever o status após a
ressec-ção tumoral. Assim, que status é indicativo de doença microscopicamente residual?
a) R1 b) R2 c) R3 d) R4
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder 2015 - SURCE - CLÍNICA CIRÚRGICA
5. Uma adolescente de 15 anos apresenta lesão de cres-cimento progressivo em parede abdominal, conforme imagem de tomografi a computadorizada (vide Figura), medindo 9x8x5cm. Apresenta bom estado geral e sem outras lesões detectáveis nos exames de estadiamento. Realizou biópsia por agulha grossa da lesão, que revelou sarcoma de Ewing.
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Oncologia
Bases da cirurgia oncológica
Questão 1. Uma vez que o paciente será submetido a
es-plenectomia eletiva, deverá receber vacinação prévia. O tratamento requer esplenectomia com linfadenectomia e biópsia hepática pela possibilidade de linfoma hepato-esplênico de células T.
Gabarito = C
Questão 2. A ressecção hepática por metástase
colorre-tal é a mais bem documentada em Oncologia. Pacientes com neoplasia metastática de pâncreas e esôfago, pelas características da doença primária, raramente são can-didatos a metastasectomia. Mama e próstata, em casos selecionados, até podem ser submetidos a cirurgia da metástase.
Gabarito = D
Questão 3. O PSA é um marcador de doença prostática,
que pode se elevar em qualquer doença que acometa a glândula, como HPB, prostatite e câncer de próstata, não sendo específi co para neoplasia. Entretanto, uma vez feito o diagnóstico de câncer de próstata e institu-ída terapia, o PSA é um excelente marcador da efi cácia e resposta do tratamento, permitindo seguimento labo-ratorial seguro e indicando precocemente recidiva da doença.
Gabarito = A
Questão 4. Classifi ca-se o status R da seguinte maneira:
- R0: ressecção completa;
- R1: ressecção com margens microscópicas comprome-tidas;
- R2: ressecção com margens macroscópicas comprome-tidas.
Gabarito = A
Questão 5. O protocolo atualmente aceito para
trata-mento do sarcoma de Ewing compreende quimioterapia neoadjuvante seguida de cirurgia. A radioterapia adju-vante depende do resultado da anatomia patológica da peça removida.
Gabarito = C
Questão 6. O diagnóstico de síndrome carcinoide se dá,
entre outros dados clínicos, pela elevação do 5-HIAA na urina. Os demais exames listados são utilizados no diagnóstico de feocromocitoma.
Gabarito = A
Questão 7. Tumores desmoides, ou fi bromatose, são
lesões caracterizadas por proliferação exagerada de tecido conjuntivo e produção de grandes quantidades de fi bras colágenas formando massas irregulares ou nó-dulos, de caráter infi ltrativo e com grande potencial de recorrência. Sempre que possível, o tratamento deve ser cirúrgico, uma vez que são tumores que não respondem à quimioterapia. Radioterapia pode ser usada em lesões irressecáveis ou após ressecções marginais.
Gabarito = A
Questão 8. Sempre que possível, preconiza-se a
ressec-ção de sarcomas com margem tridimensional de 2cm. Aos casos em que a ressecção é marginal, há benefício da radioterapia no leito operatório.
Gabarito = B
Questão 9. Os corpúsculos psamomatosos são
caracte-rísticos do carcinoma papilífero de tireoide. Também po-dem ocorrer nos carcinomas papilares de células renais e nos carcinomas serosos de ovário. Dessa maneira, a in-vestigação desta paciente deve contemplar a avaliação desses órgãos, sendo o mais adequado realizar USG de tireoide e TC de abdome e pelve.
Gabarito = D
Questão 10. As indicações para nutrição parenteral ao
paciente oncológico seguem as mesmas indicações de uso do paciente geral, com algumas situações específi -cas. Entre as situações nas quais o trato gastrintestinal não pode ser utilizado, devem-se acrescentar as mucosi-tes severas e os processos actínicos. Também se indica NPT na desnutrição produzida pelo tumor ou por alguma modalidade terapêutica.
Gabarito = D
Princípios de Oncologia Clínica e radioterapia
Questão 11. Sabe-se que o tabagismo é fator de risco