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Bruno Faccin Preischardt

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Academic year: 2021

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Bruno Faccin Preischardt

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II

O MARKETING ESPORTIVO NO SPORT CLUB INTERNACIONAL: UMA ANÁLISE DO COMERCIAL “É O INTER!”

Santa Maria, RS 2018/1

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Bruno Faccin Preischardt

O MARKETING ESPORTIVO NO SPORT CLUB INTERNACIONAL: UMA ANÁLISE DO COMERCIAL “É O INTER!”

Trabalho Final de Graduação II apresentado ao Curso de Publicidade e Propaganda, Área de Ciências Sociais, do Centro Universitário Franciscano – UNIFRA, como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Publicidade e Propaganda.

Orientador (a): Profª. Dra. Fabiana Pereira

Santa Maria, RS 2018/1

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Universidade Franciscana

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Monografia.

O MARKETING ESPORTIVO NO SPORT CLUB INTERNACIONAL: UMA ANÁLISE DO COMERCIAL “É O INTER!”

Elaborada por

Bruno Faccin Preischardt

Como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Publicidade e Propaganda

________________________________________ Prof.ª Dra. Fabiana Pereira

Orientadora (Universidade Franciscana)

_______________________________________ Prof.ª Dra. Sibila Rocha

________________________________________ Prof.ª Msa. Cristina Jobim

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O marketing esportivo no sport club internacional: uma análise do comercial “É o Inter!”

Bruno Faccin PREISCHARDT1 Fabiana da Costa PEREIRA2

Universidade Franciscana, Santa Maria, RS

RESUMO:

A paixão dos torcedores pelos times de futebol tem instigado aos gestores o investimento, cada vez maior, em ações de marketing. Nesse sentido, o uso do storytelling tem sido uma das estratégias da área de publicidade das empresas para sensibilizar o público, na busca de uma identificação com suas vivências e experiências. Situação que analisamos nesta pesquisa ao buscarmos compreender como o storytelling utilizado no comercial “É o Inter!” sensibilizou o torcedor do Sport Club Internacional, clube esportivo do Rio Grande do Sul. Ao final, identificamos que a narrativa foi o elemento que maior identificação trouxe ao torcedor colorado com o comercial analisado.

PALAVRAS-CHAVES: marketing esportivo; storytelling; Sport Club Internacional.

ABSTRACT:

The passion of the fans for the soccer teams has motivated to the managers the investment, more and more, in marketing actions. In this sense, the use of storytelling has been one of the strategies of the advertising area of the companies to sensitize the public, in the search of an identification with their lives and experiences. Situation that we analyzed in this research as we tried to understand how the storytelling used in the commercial "É o Inter!" sensitized the fan of Sport Club Internacional, sports club of Rio Grande do Sul. In the end, we identified that the narrative was the element that more identification brought to the colorado fan with the analyzed commercial.

KEYWORDS: sports marketing; storytelling; Sport Club Internacional.

1 Acadêmico do oitavo semestre do Curso de Publicidade e Propaganda – Universidade Franciscana E-mail: bfaccin18@gmail.com

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Orientadora. Relações Públicas, Doutora em Comunicação Midiática pela UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. Professora do Curso de Jornalismo da Universidade Franciscana. E-mail: fabiana.costa@unifra.br

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1 INTRODUÇÃO

O futebol é sem dúvida o esporte mais popular no Brasil e no mundo. Sem falar no estado do Rio Grande do Sul. A paixão pelo esporte mobiliza toda a população em torno das competições, eventos esportivos e produtos relacionados aos clubes. Nos dias de hoje os times de futebol organizam-se como verdadeiras empresas, o que transforma o esporte no grande responsável pelo entretenimento e a movimentação do mercado esportivo. A modernização da gestão dos clubes se mostra como a principal arma para conquistar e manter uma posição de destaque nessa nova configuração do esporte.

Segundo Leoncini (2001), esse momento de transição é resultante de um processo histórico e de evolução no setor esportivo do Brasil. Principalmente no que se diz em referência ao quadro social, pois a renda mensal é indispensável para a sobrevivência financeira das equipes. Com isso, há o crescimento do Marketing Esportivo que para Contursi (1996), abrange o marketing do esporte e o marketing através do esporte. O marketing desenvolvido dentro das instituições esportivas, que inclui produtos e serviços, faz com que o público e os torcedores possam identificar-se e buscar mais informações sobre a sua organização.

Para Kotler (2006), a participação no mercado não se compra. Sendo assim, dentro de uma acirrada concorrência, ela deve ser conquistada. Com isso, as campanhas de marketing, cada vez mais, buscam aproximar o consumidor da marca. Durante a evolução do marketing, dentro de suas fases (1.0,2.0,3.0,4.0), cada uma delas apresentou um novo posicionamento. No início, na fase 1.0, as ações eram voltadas para o produto. Com o passar do tempo, o avanço da tecnologia e o aumento da concorrência, fez com que tivesse o início da fase 2.0, a do relacionamento. Na fase 3.0, a manutenção do cliente foi o principal objetivo, chegando então na atual fase, a 4.0, onde o marketing é voltado aos sentimentos humanos, a transformações sociais e as revoluções de interação na rede. Como observado, o marketing evolui na mesma velocidade com que evoluem as gerações, a comunicação e as necessidades dos consumidores e do mercado.

No Brasil, além de um esporte, o futebol é também uma paixão nacional. Detentor de 5 campeonatos mundiais, o país é o único no mundo que esteve presente em todas as Copas do Mundo até o presente momento (1930-2018). Mas nem tudo se resume a seleção, em um país continental, com mais de 200 milhões

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de habitantes. Neste país habita sempre a paixão por algum clube de Futebol. Entre eles, o Sport Club Internacional, clube de Porto Alegre-RS, fundado no ano de 1909 pelos irmãos Henrique, José e Luís Poppe Leão. Em pesquisa realizada no ano de 2018 pelo Data-Folha, o Internacional ocupa a 9º posição no ranking de torcedores, entre os 12 clubes considerados grandes, com 3% da população ou 5,8 milhões de colorados.

Olhando por esse aspecto, somente com boas campanhas de marketing os clubes podem conseguir transformar a identidade e a paixão do torcedor em negócios bastante lucrativos. Conforme o site Torcedores.com e o site do próprio clube, o Sport Club Internacional de Porto Alegre, hoje, é o 8º clube no mundo com o maior quadro social, com um intenso investimento em comunicação realizado nos últimos dez anos. Período este, em que o clube sagrou-se campeão de seus principais títulos e comemorou o seu centenário.

O próprio Luiz Henrique Nuñez (2017), vice-presidente eleito e presidente de Marketing e Mídia do clube, afirma:

A nova campanha do Inter é a exaltação de um sentimento único que é o de torcer pelo Inter. Porque na realidade é isso o que realmente importa. O colorado de verdade sempre vai estar com o clube, independente de resultados, fases, conquistas, etc. E foi isso que tentamos resumir: a importância do Inter na vida do nosso torcedor.

Pensando nisso, fica claro identificar o porquê do slogan da campanha ser “É mais que o jogo!”, pois o sentimento que oscila entre amor, ódio e loucura do apaixonado torcedor com o clube é algo que não se consegue expressar com quaisquer palavras, nunca uma pequena expressão esteve tão cheia de significados, simplesmente “É o Inter!”

Especificamente é esta a expressão escolhida como título do comercial veiculado em 2016/2017: “É mais que um jogo. É o Inter!”. Neste comercial, o Clube utiliza-se de uma ferramenta do audiovisual, o storytelling, para abordar o torcedor, reforçando o relacionamento, em um momento em que o time não tem conseguido grandes vitórias, buscando despertar emoções que vão além do jogo.

O Storytelling, trabalha com a combinação de diversos elementos, como o som e a imagem, na ideia de contar uma história. O que acaba influenciando no resultado final da experiência do receptor. Sendo esse, um dos artifícios utilizados pela publicidade, para informar e convencer o público, apresentando um outro olhar

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sobre a marca, produto ou serviço, através da emoção. Sendo assim, esta relação estabelecida entre o Clube e os torcedores por meio do comercial é o foco deste trabalho.

Nesse sentido, tem como o problema de pesquisa: a partir de quais elementos o comercial “É mais que um jogo. É o Inter!” sensibilizou o torcedor colorado? E tem como objetivo geral compreender como o storytelling utilizado no comercial “É o Inter!” sensibilizou o torcedor colorado. E como objetivos específicos: Analisar o comercial “É mais que um jogo. É o Inter!”, identificar como as principais técnicas e recursos do storytelling se fazem presentes no comercial e analisar como os recursos e técnicas do storytelling identificados sensibilizaram os torcedores.

O futebol e os esportes têm sido uma área de interesse da sociedade em geral como parte da cultura brasileira (MEZZAROBA, 2009; KOCH, 2012). Por ser área de interesse de diferentes públicos, em idade, sexo, classe social, profissão, empresas e instituições comerciais têm investido em produtos associados ao esporte como estratégia de venda e de divulgação dos clubes e da cultura do futebol, iniciando-se, assim, a área do Marketing Esportivo (BRITO; FERRAZ; SILVA, 2008).

O Marketing Esportivo é uma ferramenta de comunicação utilizada também pelos Clubes de Futebol, por exemplo, com objetivos de aumentar o reconhecimento do público, valorizar a imagem da organização, envolver o clube com a comunidade, colaborando com o marketing institucional e promocional (SILVA, 2014). Especificamente o comercial escolhido para nossa pesquisa utiliza como estratégia de comunicação a apresentação de uma relação familiar, a de um pai com o filho, para estreitar o relacionamento de ambos e explicar de forma simples o porquê da identificação com o determinado clube de futebol, o Sport Club Internacional. Segundo dados do site Correio do Povo (2016), apesar do momento que o clube se encontra, as receitas e os números de associados não param de crescer.

De acordo com levantamento prévio de artigos e monografias, as pesquisas relacionadas às campanhas publicitárias do Sport Club Internacional são bastante recorrentes em diversas áreas envolvendo o Marketing Esportivo, Gestão e o Empreendedorismo como o trabalho “Marketing no esporte: uma análise das ações de sucesso do Sport Club Internacional de Porto Alegre-RS”, de Marco A. Spanemberg Marcondes, que engloba ambos os assuntos. Também os trabalhos “Em Direção ao Gol: Análise da Comunicação do Sport Club Internacional dirigida

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aos sócios”, da Caroline M. C. Kayser, e o trabalho “Internacional, um time gaúcho e internacional. Análise da Campanha do Centenário do Clube” da Aline Menezes de Freitas. É possível perceber que todos os trabalhos pesquisados traziam uma análise mais geral da comunicação e da gestão do Clube.

Nesse sentido, compreende-se como importante um outro olhar sobre o marketing esportivo, tendo em vista que a campanha “É mais que um jogo. É o Inter” teve uma grande repercussão. Com este trabalho, a ideia é trazer uma análise mais específica sobre todo o significado desta campanha e a utilização do Storytelling, para cativar o sócio torcedor. Em específico, o trabalho tem o sentido de demonstrar como a construção de uma narrativa com determinados elementos podem trazer diferentes emoções, significados e interpretações para as pessoas com uma paixão em comum, o Sport Club Internacional.

2 MARKETING E MARKETING ESPORTIVO

De acordo com o autor Richers (2001), o marketing nada mais é que o conjunto de atividades que tem por fim concretizar relações de troca e esta troca ocorre entre os produtos e serviços da empresa com o poder aquisitivo do consumidor. Sendo assim, o marketing é um processo social e gerencial pelo qual os indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam, por meio da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros. Em outras palavras, é uma forma de aproveitar as possibilidades do mercado para incrementar as receitas e o número de clientes fiéis de uma empresa ou produto.

Ao longo dos anos, é possível observar a evolução do comportamento do consumidor e como as empresas têm se adaptado às diferentes demandas do mercado. O marketing acompanhou essas tendências, fazendo com que as empresas procurem novas estratégias em busca de soluções para adequar uma linguagem correta para cada momento.Essa evolução, acabou sendo dividida em fases, conforme as tendências vão evoluindo, Marketing 1.0, 2.0,3.0 e atualmente, estamos vivenciando a 4.0.

Conforme Kotler (2006), a primeira fase, a do Marketing 1.0, foi caracterizada com as ações mais voltadas para o produto. Também chamada de “A era dos produtos”, onde os clientes é que precisavam se adaptar aos produtos e as empresas não faziam esforços para atender as necessidades do consumidor. Essa

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era foi baseada na premissa de que bons produtos venderiam a si mesmos, ou seja, se a concentração de esforços fosse no desenvolvimento de técnicas para a produção em larga escala, com boa qualidade e com preços acessíveis, os consumidores iriam até as fábricas para o consumo.

Num segundo momento, chegamos ao Marketing 2.0, esta era, também conhecida como “A Era das vendas”, caracterizou-se pelo fato de que só produzir não era mais suficiente, com o aprimoramento da tecnologia e a produção em massa, o resultado foi o acúmulo de mercadorias em estoque nas fábricas. Descobriu-se que os produtos não vendem a si mesmos. O foco, então, passou a ser na retenção e satisfação dos consumidores, com uma orientação mais voltada ao relacionamento, o objetivo era fazer o cliente voltar e comprar mais. Las Casas (2006, p. 06), afirma que neste período “o bom vendedor era aquele que conseguisse vender o produto mesmo que o cliente não precisasse dele”.

Na terceira fase, o Marketing 3.0, onde o consumo já não era o fator principal, as empresas passaram a tratar o consumidor como pessoas com necessidades de ter experiências, sensações e sentimentos. Com o mercado se modificando e o surgimento de novas empresas, a concorrência acirrada gerou a necessidade de criar métodos diferentes de venda, de conquistar o consumidor e torná-lo fiel ao produto e à marca. Na “Era do Marketing” a abordagem deixou de ser a busca de novos clientes em oposição à manutenção dos mesmos e passou a considerar mais a importância da fidelização do cliente, criando laços comerciais ao dar razões para que os clientes continuassem voltando.

Em 2010, Kotler apresentou uma visão geral sobre as eras do marketing,

Nos últimos 60 anos, a comercialização passou do foco no produto (Marketing 1.0) para focar no consumidor (Marketing 2.0). Hoje, vemos como o marketing se transforma mais uma vez, respondendo às novas dinâmicas do entorno onde é aplicado (...) Vemos empresas expandirem seu foco nos produtos para dar atenção aos consumidores, e depois para os problemas da humanidade. O Marketing 3.0 é a fase em que as empresas evoluem para se concentrar nos consumidores, na humanidade e na qual os lucros são equilibrados com a responsabilidade corporativa.

Em um mundo cada vez mais conectado e sem tempo, saturado de concorrência, as empresas precisam criar fórmulas novas para ter visibilidade. Chegamos então, na quarta e atual fase, o Marketing 4.0, que procura mostrar as mudanças no comportamento dos consumidores, mas também, confiar em seu

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potencial como divulgadores das marcas. Segundo Kotler (2017) o consumidor de hoje tem menos tempo e atenção para dar à sua marca, o anunciante então precisa se destacar, ganhar sua atenção e transmitir a mensagem que ele deseja escutar. Quando o autor analisou a ascensão das mídias sociais ele visualizou a importância que esses canais teriam, pois os consumidores acabam por acreditar mais em uns aos outros do que nas próprias empresas.

No caso do marketing 4.0, essa relação não só se concretizou como também se tornou a base da comunicação e do marketing atualmente. Os consumidores voltaram para o boca a boca, como uma forma mais confiável de propaganda. Apesar de tudo isso, ainda é cedo para dizer que o marketing 3.0 é ultrapassado, pois existem pequenas diferenças em relação ao conceito da atual fase, como as mudanças na intensidade e na força com que a mensagem chega ao público final, e como ela impacta diretamente na forma como as empresas são percebidas.

Assim, pode-se entender que o marketing está especificamente preocupado com a forma que as relações são criadas, estimuladas, facilitadas e avaliadas. “O marketing de relacionamento estabelece sólidas ligações econômicas, técnicas e sociais entre as partes. Ele reduz o dinheiro e o tempo investidos nas transações.” (KOTLER, 2000, p.35) Nessa perspectiva é que acontece, também, com as relações criadas e estimuladas entre o Clube e os torcedores.

O Esporte promove no torcedor a sensação de realização e de paixão, visto que pertence ao seu clube e tudo que faz parte do mesmo. E, justamente, considerando essa relação é que as empresas investem no marketing esportivo. Para Sbrighi (2006), o marketing esportivo é a utilização do esporte como ferramenta de comunicação corporativa ou institucional. Ou seja, é a aplicação de estratégias do marketing tradicional na indústria do esporte. Olhando por essa perspectiva, pode-se afirmar que o marketing esportivo tem o poder de agregar valor ao próprio esporte, aos eventos esportivos e as marcas vinculadas ao esporte.

Sbrighi (2006) diz, em seu trabalho sobre as implicações do marketing na administração esportiva, que o marketing esportivo no Brasil ainda se encontra num estágio muito primitivo de desenvolvimento. Para ele, o lado organizacional do esporte precisa ser melhor desenvolvido, para que haja um crescimento do apelo aos patrocinadores. Isso, segundo o autor, resultaria num grande suporte para a evolução do marketing. Para ele, a partir do momento em que os clubes se tornarem mais profissionais, ganharão credibilidade. O que, conforme Vaz (2003), já vem

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ocorrendo, pois os esportes mais populares tendem progressivamente a adotar uma estrutura administrativa do mundo dos negócios. Ou seja, no fim vão acabar se tornando clubes-empresas. Tendo assim uma transparência maior em seus negócios, passando mais confiança não só aos anunciantes, mas a investidores, empresários, jogadores e principalmente para a torcida.

A credibilidade é um dos fatores fundamentais no marketing, pois a partir do momento que o consumidor acredita no produto, a sua relação com a empresa se torna mais próxima de um marketing 4.0, que é a ligação que todas as instituições procuram. Segundo Mullin, Hardy & Sutton (1996 apud CHATAIGNIER, 2004, p. 49),

Marketing Esportivo consiste em todas as atividades designadas a atender às necessidades dos consumidores de esporte por meio de um processo de intercâmbio. A expressão Marketing Esportivo desenvolveu duas vertentes principais: o marketing de produtos esportivos e serviços direcionados ao consumidor de esporte e o marketing de outros produtos de consumo, industrial e de serviços, pelo uso de promoções esportivas.

Através das campanhas em vídeo e de notícias presentes no próprio site do clube foi possível perceber que o próprio Sport Club Internacional, apresenta alguns exemplos das duas vertentes, como a plataforma “Inter Play”, lançada ainda no ano de 2017, em parceria com uma empresa de streaming, para a transmissão de jogos ao vivo do time sub-23, sub-20, futebol feminino, jogos amistosos do time profissional, além de trazer programas exclusivos com jogos e gols atuais e históricos do Internacional e programas especiais. Além, das ações direcionadas diretamente a quem prestigia os jogos, como o “Intervalo Premiado”, onde o sócio selecionado através do telão do estádio, ganha direito a uma camisa personalizada e um tour, com acompanhante, nas dependências do clube.

Mas, o principal exemplo, foi a ação de lançamento da nova camisa oficial do clube, para a temporada 2017/2018. Em parceria com a Nike, fornecedora do material esportivo, o clube proporcionou a 42 sócios, selecionados através do tempo de associação, um “Dia de Jogador”, onde estes tiveram a experiência de vivenciar o dia-a-dia de um atleta do clube, passando desde a concentração no hotel, para a viagem de ônibus, aquecimento no vestiário, entrada oficial em campo, além de realizar uma partida de futebol dentro do próprio estádio José Pinheiro Borba, o Beira-Rio. O evento contou com a presença de personalidades do clube, como os jornalistas Renata Fan e Fabiano Baldasso, além de ex e atuais jogadores do Internacional, como Iarley, Fabiano, Pinga, Rodrigo Dourado, William Pottker e Danilo Fernandes.

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As ações, sendo realizadas e bem planejadas, tendem a surtir efeitos maiores do que os esperados, pois o torcedor, já apaixonado, tende a se sentir ainda mais próximo do seu clube do coração, além de que algumas experiências podem ser tão marcantes que duram uma vida inteira. Sendo assim, o esporte é um dos setores que tem passado por maiores transformações, (marketing 4.0), principalmente pela quantidade de dinheiro que este mercado movimenta.

A presença de marketing esportivo diferenciado torna-se a principal alternativa de ligação dos clubes com os torcedores fanáticos. As empresas (clubes) desse mercado possuem consumidores (torcedores) muito fiéis, que dificilmente mudam de clube durante a vida. Assim, um clube novo (empresa entrante), a princípio, teria muitas dificuldades em encontrar e atingir consumidores, pois as estratégias estariam restritas àquelas pessoas que atualmente não torcem por nenhum time, ou novas gerações de torcedores, que teriam de se desenvolver muito até que pudessem gerar retornos para esses clubes.

Com a grande popularidade do esporte e o espaço que tem nas grandes mídias, passou-se a observar uma enorme fatia de mercado para gerar ainda mais renda, tanto para os clubes, como para os patrocinadores. Antônio Afif (2000) explica que hoje muitas pessoas começam a compreender que, além do patrocínio esportivo, podem ter a oportunidade de realizar alguns negócios, principalmente no futebol, participando de investimentos ou licenciando a marca do time para utilizá-la em suas ações de marketing. Assim, o autor ressalta que é importante que essas empresas tenham em mente que o que leva as torcidas ao estádio é as equipes e não as suas marcas.

Neste cenário, Soriano (2010) traz que o que os clubes buscam oferecer de forma geral, é o entretenimento. Sendo assim, os fatos apontam que o marketing esportivo tem como necessidade reforçar a identidade, a imagem e estabelecer ainda mais conexões com o torcedor. Segundo Camargo (2011) a relação da torcida com o clube ao qual torce é pouco questionada nos aspectos que a afetam e que são afetados por ela.

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Fica difícil saber ao certo, qual a data da criação do storytelling, já que contar histórias sempre foi uma característica do ser humano, antes mesmo de existir a língua escrita. Contar uma história consiste em entreter, encantar e transmitir ideias a uma audiência. Por isso, em uma narrativa é essencial definir fato, tempo, lugar, personagens, causa, modo e consequência (CASTRO, 2013). O termo storytelling dentro do contexto usado na área da publicidade e propaganda pode ser considerado como "uma ferramenta de comunicação estruturada em uma sequência de acontecimentos que apelam a nossos sentidos e emoções" (NÚÑES, 2007 apud XAVIER, 2015, p.12). Sendo assim, ele destaca-se, principalmente, pela capacidade de estreitar a relação entre uma marca e o seu consumidor. Além de compartilhar ideias, conhecimentos e demais interesses através de uma narrativa.

Comparando os dias de hoje, com as décadas passadas, as limitações de mídias oferecidas para os anunciantes, contrastam com a variedade de opções de contato que as marcas têm com os seus consumidores. Além das já tradicionais, televisão, rádio, jornal e revistas, hoje as empresas contam com toda a internet, além do Youtube, redes sociais, jogos de videogame, filmes, séries, editoriais de moda, produtos promocionais, entre várias formas da marca se relacionar com o seu público.

Essa grande variedade e possibilidades de mídias, fez com que a atenção do público se tornasse mais disputada e mais dispersa. Porém, de acordo com o psicólogo Jerome Bruner (2007), em uma entrevista ao jornal The Guardian, uma coisa tem 20 vezes mais chance de ser lembrada se estiver ligado a uma história. A publicidade encontrou então no storytelling uma plataforma que colabora na produção de conteúdos que seguram a atenção do seu público, por meio de mensagens que passam a fazer parte de suas vidas

Segundo Xavier (2015), existem três formas para se definir o storytelling: Definição pragmática: Storytelling é a tecnart de elaborar e encadear cenas, dando-lhes um sentido envolvente que capte a atenção das pessoas e enseje a assimilação de uma ideia central. Definição pictórica: Storytelling é a tecnart de moldar e juntar as peças de um quebra-cabeça, formando um quadro memorável. Definição poética: Storytelling é a tecnart de empilhar tijolos narrativos, construindo monumentos imaginários repletos de significado.

Ainda, conforme o autor, é preciso fazer a conexão da história com o consumidor através do polo emocional e cultural, pois sem a emoção não existe boa comunicação sequer agradável história, o segundo também traz consigo uma carga

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emocional e também necessita de elementos que sirvam de referência ao espectador causando assim, a identificação com a história. Existem também, três fatores que influenciam e agem diretamente na mente do consumidor, conforme Sant'Anna (2009), que são: a sugestão (uma ideia ou algo que a pessoa aceita) a imitação (a pessoa imita outro indivíduo) e a empatia que é “o aspecto coletivo ou sentimental da sugestão-imitação”, ou seja, é a capacidade de se identificar com outras pessoas, de experimentar novos sentimentos e também sentimentos que as outras pessoas sentem. O autor afirma que “para simpatizarmos inteiramente com outra pessoa, precisamos usar de imaginação, temos de nos colocar em seu lugar e encarar as coisas de seu ponto de vista” (Sant’Anna, 2009 apud Reske 2015, p.31).

É na capacidade de contar e recontar essas experiências de forma relevante ao público que se está lidando, que se resume a função do storytelling. Encontram-se então, diversos exemplos de comercias que trazem como pano de fundo, paródias de filmes ou acontecimentos de uma determinada época. Dessa forma, voltando o storytelling para a publicidade, ele comunica a sua mensagem em histórias curtas, porém com grande quantidade de conteúdo e significados. Por isso, com o avanço das tecnologias e a popularização de filmes e seriados, os comerciais apresentam cada vez mais a presença das linguagens do cinema e da internet. Segundo Buternshaw (2010) essa popularização ajudou a estimular o sucesso da publicidade cinematográfica. "O cinema permite que as mensagens de marca sejam comunicadas a um público cativo, disposto a absorver as informações apresentadas na tela grande enquanto espera para ser entretido" (BUTERNSHAW, 2010, p. 47).

Um exemplo que ilustra seu uso é a clássica campanha da Válisere, de 1987, que acompanha de forma emocionante e sensível a história de uma menina solitária, na fase da adolescência, que passa a ter mais autoestima ao ganhar o seu primeiro sutiã. Além deste case de sucesso, podemos citar outros exemplos nacionais e internacionais, entre eles, o premiado comercial da Panvel Farmácias “A história do Lilinho”, lançado no ano de 2011, que conta com quase 400 mil visualizações atualmente, só no Youtube. A propaganda acompanha, um casal, que através de uma pequena mentira, a troca de dois peixinhos, um já sem vida e um novo, tentando assim adiar por alguns anos que a sua filha, sentisse a dor da perda.

No ano de 2016, foram lançadas outras duas campanhas de sucesso e de grande repercussão internacional, a primeira, assinado pela Nike, traz uma grande estrela do futebol mundial como protagonista, Cristiano Ronaldo. Nesta peça

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produzida para a Eurocopa, o astro português, em meio a uma partida, acaba em um choque de cabeça trocando de corpo com um gandula inglês e, durante o decorrer da história, ambos os personagens têm de aprender a viver em sua nova realidade, ou seja, o gandula vivenciando o dia a dia de um ícone e a pressão em ser o melhor do mundo, e o jogador voltando a viver uma rotina considerada normal. Ainda em clima de Eurocopa, a Hyundai emocionou o mundo ao lançar uma série de vídeos intitulados de “Real Fans First”, trazendo em cada um dos curtas, um personagem, desde uma criança a um avô, mostrando os sacrifícios que cada um teve de fazer para conseguir acompanhar a sua seleção no campeonato. Essas histórias, nos permitem imaginar diversas situações, cenários, lugares, paisagens, enredos diferentes através das emoções.

Segundo Carrilho e Markus (2014) quando o objetivo de participação na história é alcançado, torna-se o mais importante da campanha. Exemplos de campanhas assim, como a do Internacional, analisada no presente estudo, fazem com que o consumidor se identifique, tenha simpatia pela marca, defenda-a e se reconheça dentro da história. Simon Sinnek, em sua apresentação no TEDX em 2009, nos fala sobre como o consumidor se conecta as empresas, “As pessoas não compram o que você faz, elas compram o porque você faz isso”. O autor, compara então, os discurso de marcas que renderam bons frutos através da emoção, como os da Apple, com a oratória de grandes líderes que inspiraram e continuam inspirando multidões. Como por exemplo, Martin Luther King. Para Roberts (2005) as empresas não podem mais incomodar as pessoas e implorar por sua atenção. Elas têm de aprender como engajá-las, e como atraí-las. Sabendo que estamos na fase do marketing 4.0, Xavier (2015, p. 16) é ainda mais incisivo, para ele a relevância do storytelling reside no fato de que apenas “[...] os melhores contadores de história vencerão”.

Através dos avanços da sociedade e do que dizem os autores, fica claro que existem certos caminhos a serem seguidos para que as ideias não se percam em meio a tantas informações, entre elas, tem ganhado força a construção de histórias que emocionem o espectador, tornando mais fácil conquistar e atrair pessoas, criando vínculos e conexões com o público. Logo, é importante ter a noção do seu público-alvo para que a mensagem presente seja bem personalizada e assertiva possível. Portanto, se um produto ou serviço usar de características ou sentimentos que toquem o consumidor, a aproximação entre ambos fica mais fácil e de maneira

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mais natural, e assim, como consequência é possível que o consumo da marca possa ocorrer de maneira mais rápida e eficaz.

O uso do storytelling tende a funcionar então como uma ferramenta de atração, trazendo novas histórias, com referências conhecidas, gerando a simpatia e a afinidade da marca com o consumidor. Conforme Xavier (2015) cada marca tem sua história e por isso um universo e ao passo que esses universos são bem traçados se torna mais fácil conduzir a narrativa. Logo, o storytelling, como ferramenta da publicidade, no seu emaranhado de símbolos, torna-se mais que um simples artifício que pode ser utilizado pelas empresas para se comunicar com o público, mas sim, ter a sua atenção e identificação com os propósitos da marca.

As campanhas, anteriormente citadas, da Valisére e da Panvel, mesmo com o passar de anos, ainda são bastante lembradas e estão presentes no imaginário dos consumidores como boas histórias. Por isso, Diego Campos (2011, on-line), no seu blog Sopa recupera uma importante frase de Marshall McLuhan que, em meados dos anos 1960, já afirmava: “Os historiadores e arqueólogos um dia descobrirão que os anúncios de nosso tempo constituem os mais ricos e fiéis reflexos diários que uma sociedade pode conceber para retratar todos os seus setores de atividades”. E Rocha (2006, p. 12) completa: “Fazendo com que, a publicidade seja uma das principais produtoras de sistemas simbólicos do nosso tempo”.

4 METODOLOGIA

A pesquisa faz um estudo do marketing esportivo do Sport Clube Internacional, analisando, especificamente, o comercial “É mais que um jogo. É o Inter” veiculada entre junho de 2016 e junho de 2017.

A campanha teve a produção da Agência Publivar/On (http://www.publivar.com.br/?popup=no) e contou com o apoio das produtoras de Áudio e de Video, Radiotiva e GutsandFilms. A direção ficou a cargo de Thiago Saul Borges, que também participou da criação, com o auxílio de Fernando Garros e Luciano Maciel. A produção foi desempenhada por Rogerio DellaVechia e Artur Moraes. Contando além da peça audiovisual, com anúncios em jornais, revistas e conteúdo para redes sociais, gerando um grande engajamento, conforme dados da própria agência.

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O audiovisual analisado, faz parte da campanha “É mais que um jogo. É o Inter!”, na narrativa, ele traz a história de um menino, que tenta compreender a paixão do pai, pelo Sport Club Internacional. Ao passar por seus questionamentos, a criança reflete, sobre as cores do clube, as conquistas, mas não chega a uma conclusão. Mas no dia em que ela vai ao estádio pela primeira vez, ela não só compreende, mas passa a sentir a mesma paixão que o pai.

Este trabalho vai reunir informações sobre o marketing esportivo, identificando na escolha pela utilização do storytelling e os efeitos no relacionamento com o torcedor, considerando os elementos e suas respectivas características.

Figura 1: Abertura do comercial “É o Inter!”

Fonte: Publivar/On

A imagem, com o personagem centralizado, observa a parede do pai, com algumas a decoração toda do Sport Club Internacional, como fotos e outros objetos, além de faixas, flâmulas e o wallpaper do computador.

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Figura 2: Cena onde o pai do personagem comemora um gol

Fonte: Publivar/On

O pai do personagem, demonstra felicidade, ao vibrar com um gol do Sport Club Internacional, vestido com a camisa do clube, sentado aparentemente na sala, rodeado por almofadas, plantas, livros e demais objetos da casa.

Figura 3: Cena onde o Pai e o personagem vão ao estádio Beira-Rio

Fonte: Publivar/On

O personagem, contempla admirado a vista do estádio Beira-Rio pela primeira vez, ao lado pai, que o abraça e aparentemente sorri.

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A natureza desta pesquisa é qualitativa, porque interessa o que e como foi elaborada a campanha publicitária do Internacional. Michel (2009) descreve que “esse tipo de pesquisa se fundamenta na discussão da ligação e correlação de dados interpessoais, na coparticipação das situações dos informantes, analisados a partir da significação que estes dão aos seus atos” (MICHEL, 2009, p. 37).

Ainda, a mesma autora afirma que nesse tipo de pesquisa não há necessidade de comprovação através de números ou estatísticas, e sim, a análise realizada de forma detalhada, abrangente, consistente e coerente, tal como a argumentação lógica de ideias, que é o se busca ao analisar o conteúdo e a relevância do comercial para os sócios. Para que seja possível identificar as estratégias e os efeitos da campanha, este trabalho utilizará os elementos do storytelling como categorias de base. Para sustentação do estudo, se faz importante, num primeiro momento, o levantamento bibliográfico, visto que

Realizar um levantamento bibliográfico é se potencializar intelectualmente com o conhecimento coletivo, para se ir além. É munir-se com condições cognitivas melhores (...) conhecer os recursos necessários para a construção de um estudo com características específicas; desenvolver estudos que cubram lacunas na literatura trazendo real contribuição para a área de conhecimento; propor temas, problemas, hipóteses e metodologias inovadores de pesquisa (...) (GALVÃO, 2010, p.1).

A procura por bibliografia mais ampla sobre o que já foi ou que estava sendo escrito sobre o assunto ajudou a identificar quais autores e estudos realizados seriam de maior interesse para a construção da pesquisa. Também, auxiliou ao reconhecer a história do clube a fim de explorar o contexto e localizar as estratégias utilizadas e de que maneira estas ferramentas foram utilizadas para transmitir novos significados e sentimentos aos espectadores.

A coleta de dados se deu através da entrevista em profundidade. Afim de analisar quais os efeitos causados no espectador, em específico os torcedores do Internacional, desenvolveu-se uma série de 10 questões abertas, para melhor facilitar a identificação de quais sentimentos a campanha envolveu, se a campanha mudou o pensamento do torcedor sobre o clube, se estreitou o relacionamento, entre outras possibilidades. Foram entrevistados 15 sócios-torcedores do Internacional, exclusivamente de Santa Maria, que tiveram contato com as peças da campanha, especificamente o audiovisual.

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Em um primeiro contato atráves do grupo no Facebook: @ComuDoInter, que contém atualmente mais de 40 mil membros ativos, foi possível conversar e selecionar estes 15 residentes da cidade de Santa Maria para a realização das entrevistas. Essas pessoas foram entrevistadas entre os dias 7, 8 e 9 de maio, deste ano, tendo ocorrido as entrevistas em diferentes locais, visto que o pesquisador se propôs a ir ao encontro do entrevistado, deixando o momento bem informal para facilitar a coleta das declarações. A técnica, como já apresentada, foi a utilização de roteiro de entrevista, em que o entrevistador fazia as perguntas e anotava as respostas.

Além da Idade, qual a relação com o clube, também foi perguntado aos entrevistados se ele lembrava onde e quando assistiu o comercial na época de veiculação, foi pedido para ele definir o comercial, descrever em algumas palavras, qual a sua principal mensagem e dizer qual foi o primeiro sentimento que o mesmo lhe causou. Ainda, entre algumas opções (Narrativa, Enredo, Personagem, Planos e Trilha Sonora), o entrevistado pode selecionar a que mais lhe encantou. Por fim, foi perguntado se foi possível estabelecer uma memória com a história contada no comercial e se sim de qual forma isso foi possível.

As entrevistas duraram em média de 20 a 30 minutos. Após a coleta de dados, foi realizada a seleção das 10 entrevistas (que tiveram suas identidades preservadas e são identificados por “Entrevistado A, B, C, D, E, F, G, H, I e J”), cuja as respostas mais interessavam para a realização da pesquisa, sendo estas utilizadas como base para a análise.

4.1 Sport Club Internacional

O Sport Club Internacional, uma instituição centenária, foi fundada em 4 de abril de 1909 pelos irmãos paulistas Henrique, José e Luís Poppe Leão e por João Leopoldo Seferin, sendo este o primeiro presidente da história do clube. O nome do clube, foi escolhido em alusão a um clube de mesmo nome do estado de São Paulo o qual os irmãos eram torcedores. As cores vermelho e branco foram escolhidas devido a escola de samba da época, Venezianos Carnavelescos, que também ostentava as cores alvirrubras. No dia 18 de julho de 1909 a equipe realizou sua primeira partida, sendo derrotado pelo rival Grêmio pelo placar de 10x0. E no dia de

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10 de outubro do mesmo ano, obteve sua primeira vitória, vencendo por 2x1 o Militar Football Clube.

No período entre 1940 e 1946, apesar dos acontecimentos históricos, os anos transcorreram bem para a torcida do Internacional, pois nascia ali no Estádio dos Eucaliptos, a equipe conhecida como o “Rolo Compressor”. Contando com jogadores símbolos, como Carlitos, até hoje o maior artilheiro da história do clube, e Tesourinha. O apelido foi dado pelo torcedor símbolo Vicente Rao, pois o Internacional era uma máquina que ia amassando os adversários. No período o clube disputou 28 clássicos, vencendo 19. Além de conquistar em sequência 6 campeonatos gaúcho.

Durante os anos de 1956-1969 a equipe continuou mandando seus jogos no Estádio dos Eucaliptos enquanto construía uma nova casa as margens do Rio Guaíba. O Beira-Rio, como é chamado, foi um exemplo de solidariedade, onde milhares de torcedores, de todo o estado, contribuíram com dinheiro ou material de construção, ou ajudando para que o estádio fosse erguido. A construção do estádio só foi finalizada em 1969, em um jogo de inauguração vencido pelo Internacional por 2x1 contra o Benfica, de Portugal, atual campeão Europeu.

Na década de 1970, a equipe comandada por Rubens Minelli, conquistou o feito de ser bicampeão brasileira em 1975-76 e octacampeão gaúcha (1969-1976). No ano de 1979, a equipe comandada por Enio Andrade, alcançou o tricampeonato brasileiro, de forma invicta. Contando com jogadores como o capitão Dom Elias Figueroa, Paulo Roberto Falcão, o goleiro Manga, Valdomiro e Paulo César Carpeggiani, a equipe é considerada por especialistas e estudiosos como a melhor da história do Rio Grande do Sul.

No período entre 2005-2011 o clube vivenciou um dos melhores momentos de sua história, conquistando seus principais títulos. No ano de 2005 a equipe alcançou o tetracampeonato gaúcho (2002-05) e foi vice-campeão brasileira em um bastante controverso campeonato. No ano seguinte, em 2006, uma equipe que começou o ano desacreditada, além de novamente ser vice-campeão brasileira, sagrou-se campeão da Libertadores da América e no fim do ano, conquistou o Mundial de Clubes, batendo o Barcelona por 1x0. Em 2007 e 2011 a equipe conquistou o bicampeonato da Recopa Sul-Americana. Em 2008, tornou-se o primeiro clube brasileiro a conquistar a Copa Sul-Americana.

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No ano do centenário, em 2009, novamente um vice-campeonato brasileiro, além de trazer de terras orientais a taça Suruga Bank. Em 2010, sagrou-se bicampeão da taça Libertadores da América, mas não conseguiu trazer novamente a taça do mundial para casa, ficando em 3º lugar. Nesse período, destacaram-se principalmente o treinador Abel Braga, além dos jogadores Clemer, Indio, Bolívar, Iarley, Rafael Sóbis, Tinga, Fernandão, D’Alessandro, Alex, Nilmar e Leandro Damião.

No biênio de 2016-17, época da veiculação do comercial a ser analisado, a equipe vivenciou um dos seus piores momentos da história, sendo rebaixada para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro em 2016, pela primeira vez, onde disputou a Série B, em 2017, anos os quais viu o seu principal rival, o Grêmio, voltar a conquistar títulos e a disputar grandes campeonatos. A equipe conseguiu novamente o acesso para jogar a primeira divisão, a Série A, em 2018. Ano em que passa por uma reconstrução e reformulação, visando em alguns anos tornar-se o clube campeão de antigamente.

Tabela 1: Histórico de títulos do Clube

Campeonato Gaúcho 45 (1927 – 2016) Campeonato Brasileiro 3 (1975, 1976, 1979) Libertadores da América 2 (2006, 2010) Recopa Sul-Americana 2 (2007, 2011) Mundial de Clubes 1 (2006) Copa do Brasil 1 (1992)

Copa Suruga Bank 1 (2009)

Fonte: Elaborada pelo autor

5 ANÁLISE E RESULTADOS

Observando o cenário no âmbito esportivo, e estando na quarta fase do Marketing, a fase denominada 4.0, onde a relação marca/consumidor se tornou a base da comunicação, para Soriano (2010) os fatos apontam que o marketing esportivo tem como necessidade reforçar a identidade, a imagem e estabelecer ainda mais conexões com o torcedor. E essa conexão é que procuramos observar na relação dos torcedores entrevistados com o comercial “É o Inter!”.

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O interesse pelo esporte e a torcida pelo clube geralmente acontece de forma natural, ou vem do berço, como cita o Entrevistado H, ao ser questionado se o comercial estabeleceu alguma relação de memória com a sua história: “Sim, pelo fato de que meu pai me introduziu ao futebol e ao clube’’ ao referir-se ao fato da narrativa contar a história de uma paixão passada de pai para filho.

Segundo Xavier (2015) é necessário estabelecer uma comunicação, com o polo emocional e cultural do consumidor, quando se conta uma história, pois sem a conexão com o primeiro, não se gera a empatia e sem o segundo, a pessoa fica sem referencias. Analisando as respostas dos formulários, 8 em 10 dos entrevistados, responderam que sentiram emoção e/ou identificação com a história contada no storytelling, ao perguntados qual foi a primeira reação que tiveram. O Entrevistado J comenta “Foi um momento conturbado e achei muito interessante a forma em que foi abordado a paixão pelo clube.’’ O Entrevistado C complementa que o comercial “Descreve bem o que é ser torcedor sem forçar a barra e entrar em clichês.” Enquanto o Entrevistado F descreve a peça como “Simples, verdadeira e atemporal.”

Para Kotler (2017) o consumidor de hoje, tem menos tempo para dar atenção para as marcas, os anunciantes precisam, então, destacar-se dos outros, sendo uma opção justamente contar histórias que o público deseja escutar. Como o futebol em si, já é um entretenimento e o clube, uma paixão do torcedor, ele sempre e cada vez mais quer consumir informações e notícias relacionadas a ele.

Sendo assim, a partir do momento que o consumidor confia na marca, a sua relação com a empresa se torna mais próxima de um marketing 4.0, que é a ligação que as instituições estão em busca nos dias de hoje. Para o Entrevistado A o comercial transmite bem “A relação de amor entre torcedor e Clube.” Enquanto o Entrevistado B cita que para ele a principal mensagem do storytelling é que “Ser Colorado é um orgulho.” O Entrevistado I complementa “tudo que envolve o Inter é muito mais do que apenas futebol.’’ Já o Entrevistado G, utilizando-se do slogan da campanha, finaliza “não é só um clube, é o Inter.”

Para os autores, Carrilho e Markus (2014) quando a participação do público-alvo na história, ou nesse caso, dos torcedores, é alcançada, isso torna-se o mais importante da campanha. No caso, 7 dos 10 entrevistados recordam ter assistido ao comercial pela primeira vez, através de compartilhamentos em redes socias, seja no Twitter, Facebook ou Youtube. Entre estes, 2 citaram o slogan que da nome a peça

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“É o Inter!”, em algum momento da entrevista, mesmo o comercial tendo sido veiculado a cerca de 2 anos. Como por exemplo, o Entrevistado E, ao lhe ser pedido para descrever o storytelling, respondeu da seguinte maneira:

“Me arrepiou, me identifiquei demais, lembrei de quando eu tinha 13 anos, em 2010, morando na roça, sentindo a tensão tomando conta do corpo e pegando o radinho, a TV por assinatura era pouco difundida na época, na Rádio Guaíba, na Rádio Gaúcha, aqueles jogos na Libertadores, surreal mesmo. É um sentimento diferente de amor, paixão. É o Inter!”

Compreende-se então que o torcedor e/ou consumidor, acaba por identificar-se com o que é mais identificar-semelhante a ele. Com o que lhe gera alguma emoção. E o storytelling, para Núñes (2007) é uma ferramenta utilizada dentro da publicidade, como uma ferramenta de comunicação que apela para os nossos sentidos e emoções. O Entrevistado J, ao perguntado qual relação o comercial estabeleceu com sua memória junto ao clube, respondeu “Os títulos de Sul-Americana, Libertadores e Mundial onde pude estar sempre presente.” Ele ainda complementa “Foram momentos únicos.”

O Entrevistado I comenta que a peça o fez recordar “quando fui no Beira-Rio pela primeira vez.” Além dele, os outros 9 entrevistados argumentaram que passaram por situações semelhantes e/ou iguais as descritas no audiovisual. A entrevistada B ainda completa “sou Colorada desde pequena e tenho orgulho disso.” O psicólogo Bruner (2007), afirma que se estiver ligada a uma história, uma coisa tem 20 vezes mais chances de ser lembrada.

Para Xavier (2015) cada marca tem seu próprio universo. A medida que esses universos são bem traçados e definidos, facilita na hora de identificar qual a melhor estratégia a atingir o seu consumidor. Como estamos falando de um clube de futebol, o seu universo é a sua história, jogadores, títulos, dirigentes e principalmente sua torcida. Ao lidar com as memórias afetivas dos torcedores, nos permitimos imaginar o que, entre todos os elementos presentes no storytelling em questão, encantou e/ou marcou mais o telespectador.

Dos 10 entrevistados, 5 responderam que foi como a história se desenvolveu, ou seja, a sua Narrativa, outros 3, responderam que foi a história como um todo, o seu Enredo, os outros 2, disseram que foram a escolha das Imagens. Além destas, ainda lhes foi apresentadas as alternativas “Personagem” e “Trilha Sonora”, as quais não foram selecionadas. O Entrevistado D define o comercial como “Bem elaborado

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e coerente com o sentimento de ser torcedor do Internacional.” Enquanto o C complementa que a peça foi “Um acerto para o Torcedor.”

Através da pesquisa e das respostas dos entrevistados sobre os formulários, podemos definir que o comercial “É mais que um jogo, é o Inter!” sensibilizou o torcedor colorado através da relação de cada torcedor, cultivada durante todos os anos em que acompanhou o clube, das experiências vivenciadas através dos títulos e/ou jogos importantes os quais viu o clube conquistar e disputar, do sentimento de ter ido ao estádio pela primeira vez ainda criança. Referência que, justamente, foi a utilizada na narrativa do comercial.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A forma como uma marca estabelece a sua comunicação com o seu público-alvo, é a principal maneira de se estabelecer um relacionamento saudável e recíproco entre empresa e consumidor. E é através dela que as empresas se fazem presente na vida e memória de seus clientes. Com a evolução das fases do Marketing, durante o passar dos anos, as empresas foram se adaptando e buscando novas maneiras de estabelecer uma boa relação com o público.

O Marketing 3.0 ainda se mantém muito forte e é bastante presente nas principais ações das empresas para com os seus clientes. Mas é importante ressaltar, que para alguns estudiosos e especialistas, já nos encontramos em uma nova fase, a 4.0. O que demonstra que cada vez mais as empresas vêm a necessidade de estabelecer uma comunicação natural e um relacionamento ainda mais forte e duradouro com seus clientes.

Observando por esse lado, o storytelling surge como uma bela alternativa para ajudar ainda mais nessa nova fase do marketing. Ao trazer uma linguagem já conhecida do público, sendo ela a da Internet ou a cinematográfica, como a ideia de se relacionar, comunicar e entreter ao mesmo tempo, faz esse contato entre entre empresa e o público de uma maneira mais sútil e facilmente mais aceita e assimilada. Sendo assim, a instituição faz seu papel, de buscar estabelecer uma ligação ou reforçar as existentes com os seus fregueses. E de maneira simples e direta passa a fazer parte do seu cotidiano.

Porém, como estamos falando de um clube de futebol, essa relação se torna ainda mais importante e relevante, pois estamos lidando com algo que não só faz

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parte do cotidiano do público, no caso, o torcedor, como também é uma das suas paixões. Ou seja, em casos como esse, onde o cliente da marca já é cativo do esporte e/ou de um determinado clube, a relação marca/consumidor dificilmente será rompida, mas tende a ficar mais forte conforme o torcedor vai criando mais memórias afetivas com o seu clube do coração. Ao demonstrar que o clube também se preocupa com os seus milhões de fãs apaixonados, na mesma proporção que o torcedor zela pelo futuro do clube, acaba os elevando a principal patrimônio da marca, estabelecendo não só relação com seu dia-a-dia, mas com a sua história de vida.

Na perspectiva do estudo, utilizando o storytelling “É mais que um jogo. É o Inter!”, nos resultados das análises, podemos perceber que o clube, fez acertadamente este tipo de abordagem, utilizando-se da verossimilhança das histórias de vida de seus torcedores, a paixão pelo clube ser de família, como a do personagem central da peça, captando assim a emoção do torcedor através de suas memórias. São as histórias de vida do torcedor que foram identificadas como sendo a contada na narrativa, onde pai e filho se aproximam ao identificarem a paixão pelo clube que vem de criança e transpassa gerações.

Observando o péssimo momento do clube na época da veiculação da peça, o comercial acabou por estreitar ainda mais essa relação, unindo cada vez mais as partes em prol de um objetivo. É a memória afetiva que acaba sendo movimentada, pois, apesar do Clube no momento não ter grandes vitórias, as conquistas antigas vêm à mente do torcedor mais velho que pode relatar e relembrar os tempos de glória. Quanto a perspectiva da campanha nos dias de hoje, fica difícil quantificar aproximadamente o seu impacto em números específicos, pois o vídeo original foi retirado do Youtube, mas acabou por ser repostado diversas vezes por canais não oficiais e fã-clubes. Mas, pode-se dizer que o seu impacto emocional no imaginário do torcedor foi muito forte e importante, pois como foi possível perceber nas entrevistas realizadas, até hoje a frase título da campanha é utilizada por alguns colorados.

Ao chegar no final desta pesquisa, podemos compreender como o presente comercial sensibilizou o torcedor colorado utilizando dos elementos do storytelling, como personagens, narrativa, imagens, enredo e trilha sonora, embora foi salientado que a narrativa e o personagens são os que causaram mais impacto com o público. O trabalho também se mostra importante como referencial teórico, tendo em vista

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que estamos vivendo em um momento de transição nas fases do Marketing, além de que o estudo na área do Marketing Esportivo está em pleno crescimento em nosso país.

Por fim, tendo em vista o gosto pessoal em estudar não só uma forma de audiovisual, o storytelling, por ser uma das ferramentas da publicidade que mais me interessa, mas, por também ser um dos torcedores do Sport Club Internacional que se sensibilizaram e indentificaram-se com essa narrativa, o que demonstra os efeitos da publicidade como estratégia do clube na conquista e relacionamento com seus fãs.

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