Associação Afro-Cultural Pai João de Angola
Os colares usados na Umbanda são pólos de irradiação, pára-raios, defesa, patuás, terços ou qualquer nome que queira dar, conforme crença, região ou língua. Na Umbanda utilizamos as guias (colares), as pulseiras, braçadeiras (contra-eguns), patuás e outros elementos obedecendo aos seguintes preceitos:
Usam-se somente produtos naturais como: sementes, pedras, conchas, pedras preciosas e semipreciosas (mesmo que lapidadas), cristais e outros. Jamais se usa plástico ou outro produto artificial.
Usa-se metal apenas quando o Guia Espiritual ou Orixá pede.
Usam-se peles, partes de animais (dentes, guizos, unhas, etc) sempre em harmonia com a entidade a quem se oferta à guia.
Dá-se preferencia a cordão de algodão (barbante cru) encerados (Fio de nylon somente em último caso)
As contas, sementes e outras peças devem formar múltiplos de 3, 7 ou 9. Todo material pronto (Guia já fechada) deve ser cruzado pelo chefe do Terreiro (Mãe/Pai de santo) ou pelos Guias Espirituais.
Para montar uma guia, deve-se montar tranquilo, sem agitação externa. Dependendo da doutrina de cada casa deve ser feita uma firmeza no conga (ascendendo uma vela por exemplo) antes de montar a guia.
Lembre-se que cada peça da guia (conta, concha, semente.. etc) vai ter uma oração dirigida a ela. Essas orações dadas pelos guias são para proteção, defesa, e aumentar a vibração do médium que a usa. A guia é uma peça benta com força e irradiação para nos proteger e aumentar nossa força, nossa vibração.
Uma questão delicada, muito difundida por aí ,estão as guias de porcelana e de vidro, quando não de plástico, materiais de natureza isolante, que não retém nada energético, sendo pois apenas úteis no mesmo princípio de elevação mental das imagens, ou seja, predispõem o psiquismo dos médiuns a um efeito psicológico-positivo, efeito este que se estende ao consulente devido às várias cores que essas guias chamadas de sugestivas possam ter. Este cromatismo induz os pensamentos a vibrarem em sintonia com cada cor, cada uma delas tendo uma função particular de acordo com seu matiz:
AS BRANCAS, como já foi dito a respeito da roupa , lembra e induz o pensamento as coisas puras, como a criação e o silêncio além de serem de caráter refletor.
AS VERMELHAS são úteis para repulsar cargas negativas, além de quebrarem correntes negativas, significam sangue, guerra, fogo, sexo, geração e movimento.
AS MARRONS, podem ser atribuídas os mesmos significados.
AS AMARELAS, ótimas para quebrar mau-olhado e energias perigosas oriundas de sentimentos pesados como a inveja, cobiça, invoca a riqueza, a inteligência, a fecundidade e a fertilidade.
Estudo Continuado
AS VERDES, limpam a mente de pensamentos maldosos e atuam muito bem atraindo fluídos mentais de cura, simboliza a vegetação, a natureza, o mistério das florestas, o poder das folhas e a transformação da matéria.
AS AZUIS acalmam e ativam estados mentais relativos às coisas superiores dando suavidade e destreza.
AS AZUIS ESCURAS, representam agressividade e está associada à terra e ao ferro. AS ROSAS elevam o pensamento às coisas puras no sentido do amor fraterno. AS PRETAS representam a cultura, o conhecimento, a terra e os mortos.
·Existe uma confusão por aí, mas relacionada a uma certa aproximação com o Candomblé, que dedica a cor da guia a determinado Orixá. A coisa não é bem assim; na UMBANDA, as guias tem função independente e as cores dos colares são relativas apenas ao cromatismo, uma vez que existe uma cor ritual para os Orixás e uma cor energética, a qual é a real cor vibratória do Orixá. Essas cores rituais variam de um lugar para outro e estão confusas devido à aproximação com o Candomblé, que utiliza nos colares a cor a eles dedicados.
·Na Umbanda, as cores energéticas dos Orixás, de sua verdadeira vibração, são as seguintes:
Orixá Cor Manifestação Vibração Essência/Linha
OXALÁ: Branco Templo Mente Cristalina / Fé; OXUM : Amarelo Cachoeiras Coração Mineral / Amor; OXOSSI: Verde Matas Nervos Vegetal/Conhecimento; XANGÔ: Marrom Montanhas Músculos Ígnea / Justiça ; OGUM : Vermelho Caminhos Sangue Aérea / Lei ; OBALUAIYÊ: Violeta Campos Ossos Telúrica / Evolução ; YEMANJÁ: Azul Águas Fluídos Aquática /Geração. ·Existem também as guias NATURAIS, que são feitas com elementos minerais, vegetais ou animais e que tem rela valor energético de absorção ou repulsão de forças magnéticas, e que realmente constituem escudo eficaz para os médiuns. Estas guias podem ser feitas de: ELEMENTOS MINERAIS: Pedras de cristal; de rocha; ametista, etc.
ELEMENTOS ANIMAIS: Conchas, do rio ou do mar; cavalo-marinho; búzios.
ELEMENTOS VEGETAIS: Favas; lágrimas de N´Senhora;capacete de Ogum. Caules: arruda, guiné, jasmim; várias sementes; vários frutos
.
·Deve ficar bem claro que não adianta nada se ter uma guia no pescoço sem que ela esteja devidamente imantada, pois do contrário de nada irá funcionar, será apenas um enfeite. Quando bem imantada, é um poderoso escudo e seu uso nos trabalhos torna-se indispensável.
Nenhum Médium mesmo que trazendo suas guias pessoais de outras casas, poderá usá-las sem a autorização de Pai João de Angola. Tais guias ou instrumentos de uso particular de cada
entidade, deverá ser apresentado a P. J. A . em avaliação(*).
(*) Ocasião em que P. J. A . solicita a presença dos iniciados para confirmação de suas atividades na casa, assim como conhecer seus Orixás.
CABALA ou kabalah : é o estudo de toda filosofia mística e esotérica que não tenha
limitações em suas buscas, nem seja impregnada de dogmas e medos, e nos oferece uma ampla perspectiva tendo em vista que abrange os mais variados aspectos da vida.
A Cabala de Tradição foi resgatada em suas origens para oferecer o conhecimento das várias formas de visões dos elementos da natureza , atos físicos e espirituais que tenham por objetivo promover uma mudança na vida do indivíduo, para as pessoas de mente ampla, que buscam novos horizontes, sem medos, preconceitos ou idéias fixas, estudando os seguintes tipos:
Cabala Pessoal - Através da Angelologia . Cabala de Canalização - Mediunidade:
Cabala de Tradição - Conceito sobre a Criação.
Cabala de Magias - Magia Branca e Negra, Identificação com os caminhos.
PONTO DE FOGO NO RITO CABALÍSTICO
O Pentagrama (Estrela de cinco Pontas) representa o corpo humano, cuja ponta
superior forma a cabeça; se esta aparece para baixo, torna-se o signo da loucura, do
desequilíbrio, da desarmonia.
O Ponto cabalístico do Pentagrama (Estrela de cinco Pontas) serve para diversos ritos de modalidade de trabalhos mágicos, porém aqui mostraremos apenas como o iniciado opera dentro do ritual, mais conhecido na gira como Ponto de Fogo, "Descarrego", e as razões de certos fenômenos observados.