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Gestão de Complexos Desportivos

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Academic year: 2021

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(1)

Prof. Paulo Santos

Gestão de Complexos Desportivos

Módulo 5 – Aula 1, 2 e 3

Sumário – Objetivos e metas a atingir no módulo 5;

Definições; Tipologias; Licenciamento de utilização desportiva; Responsabilidade técnica.

(2)

Objetivos do módulo 5

• Identificar as implicações legais, sociais, económicas, ambientais, territoriais e políticas do processo de planeamento e gestão de complexos desportivos;

• Identificar as principais áreas funcionais e de apoio, tendo por referência as estruturas humanas, recursos associados e as atividades de apoio à gestão;

• Definir e aplicar técnicas de apoio à gestão de complexos desportivos privilegiando abordagens centradas em técnicas de controlo, preparação, organização e manutenção de materiais e equipamentos em instalações;

• Aplicar a legislação relativa aos complexos desportivos;

• Caraterizar as principais atividades e serviços de desporto promovidos em complexos desportivos.

(3)

Prof. Paulo Santos

(segundo o Atlas Desportivo Nacional)

Recinto desportivo - é toda a área de prática desportiva.

Instalação desportiva - é todo o recinto ou conjunto de recintos do

mesmo tipo com anexos funcionais (balneários e arrecadações).

Complexo desportivo - conjunto de instalações ou recintos

desportivos de diversos tipos.

Complexo integrado - complexo desportivo complementado por outro

tipo de estruturas como zonas comerciais e serviços médicos.

Estes equipamentos estão concebidos para abranger as áreas da

formação desportiva, desporto de competição e alto rendimento,

assim como a prática de actividades de recreação e lazer.

(4)

Tipologias

Classificação das instalações desportivas (Tipologia)

Grandes jogos - Instalações de ar livre que se destinam à prática de modalidades como

o Futebol, Hóquei e Rugby. Possuem dimensões sempre superiores a 90x45m e os pisos podem ser relvados naturais e artificiais (de areia ou de água) ou pelados;

Pequenos jogos - Instalações de ar livre que se destina à prática do Andebol,

Basquetebol, Patinagem, Ténis e Futebol de Salão ou Futsal, áreas de piso muito diversificado com dimensões aproximadas de 40x20 metros;

Salas ou naves de desporto - Instalações cobertas para a prática das mais diversas

modalidades com dimensões superiores aos 40x20 metros;

Pistas de atletismo – de tipo ovalóide circunscritas por pistas que se destinam à prática

do atletismo;

Piscinas - Existem piscinas cobertas e descobertas para competição, ensino e recreação.

As primeiras poderão ter medidas entre os 50X25 e os 25X12,5 metros com profundidades variáveis;

Especiais - todas as instalações que não pertencem aos tipos anteriores (ex.: pistas

(5)

Prof. Paulo Santos

Exemplo:

No Decreto-lei n.º 141/2009, de 16 de junho os pavilhões

desportivos e salas de desporto aparecem em três tipologias

diferentes:

como instalações formativas;

como instalações especializadas e

(6)

Tipologias

Os pavilhões desportivos de tipologia formativa são concebidos e destinados para a educação desportiva de base e atividades propedêuticas de acesso a disciplinas desportivas especializadas, para aperfeiçoamento e treino desportivo, cujas características funcionais, construtivas e de polivalência são ajustadas aos requisitos decorrentes das regras desportivas que enquadram as modalidades desportivas a que se destinam.

(7)

Prof. Paulo Santos

Os pavilhões desportivos especializados são instalações permanentes concebidas e organizadas para a prática de atividades desportivas monodisciplinares, em resultado da sua específica adaptação para a correspondente modalidade e vocacionadas para a formação e o treino da respetiva disciplina.

(8)

Tipologias

Os pavilhões desportivos especiais para o espetáculo

desportivo são instalações permanentes, concebidas e

vocacionadas para acolher a realização de competições

desportivas, e onde se conjugam os seguintes fatores:

a) Expressiva capacidade para receber público e a existência de

condições para albergar os meios de comunicação social;

b) Utilização prevalente em competições e eventos com altos

níveis de prestação;

c) A incorporação de significativos e específicos recursos

materiais e tecnológicos destinados a apoiar a realização e

difusão pública de eventos desportivos.

(9)

Prof. Paulo Santos

O facto de serem considerados multiusos tem a ver com a sua

utilização ser desportiva e também para outros fins que não os

desportivos (feiras, conferências, concertos, etc). Exemplo da

praça de touros de Elvas transformado em pavilhão multiusos.

(10)

Tipologias

O que individualiza uma estrutura deste tipo é um conjunto de

indicadores técnicos que assim os classifica ou não para este ou

aquele tipo de evento:

-Áreas disponíveis | Tipos de piso

-Pé direito | Iluminação

-Climatização | Condições acústicas

-Capacidade e perfis das bancadas | Número e tipo de salas de

apoio

-Controlo de entradas | Segurança

-Balneários | Acessos à nave central

(11)

Prof. Paulo Santos

A Legislação

O decreto-lei nº 141/2009, de 16 de junho estabelece o regime

jurídico das instalações desportivas de uso público.

A instalação e a modificação de instalações desportivas obedece:

1) ao regime jurídico da urbanização e da edificação (RJUE)

(aprovado

pelo Decreto-lei n.º 555/99, de 16 de dezembro,

e alterado pela Lei n.º 60/2007, de 4 de setembro);

2) ao regime jurídico da acessibilidade (Decreto -Lei n.º

163/2006, de 8 de agosto)

3) às especificidades estabelecidas no decreto–lei nº 141/2009,

de 16 de junho.

(12)

Licenciamento de utilização desportiva

Alvará de utilização

A abertura e funcionamento das instalações desportivas

só pode ocorrer após emissão pela câmara municipal

territorialmente competente do alvará de autorização de

utilização do prédio ou fração onde pretendem

instalar-se as instalações desportivas e depende de prévia

comunicação da entidade exploradora à câmara municipal.

(13)

Prof. Paulo Santos

As competências do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ)

Compete ao IPDJ exercer as competências especialmente previstas no decreto-lei nº 141/2009, de 16 de junho relativamente às instalações desportivas especializadas e especiais para o espetáculo desportivo.

Compete ainda ao IPDJ emitir parecer sobre:

a) Projetos de instalações desportivas especializadas e especiais para o espetáculo desportivo;

b) Conformidade dos projetos de instalações de tiro destinadas a acolher competições e eventos desportivos com as normas legais e regulamentares aplicáveis.

c) Fixar a capacidade máxima de utilização e da lotação de espectadores, tendo em conta as exigências da respetiva tipologia.

(14)

Licenciamento de utilização desportiva

Âmbito do parecer do IPDJ

O parecer do IPDJ incide sobre a conformidade das

soluções funcionais e características construtivas

propostas face à tipologia das instalações e às

especificidades das atividades previstas, bem como sobre

a observância das normas relativas a condições técnicas e

de segurança aplicáveis (podem ser indicadas pelas

federações desportivas, sem caráter vinculativo).

Tem caráter vinculativo quando desfavorável ou sujeito a

condição.

(15)

Prof. Paulo Santos

As Competências dos órgãos municipais

São competências dos órgãos municipais:

1. Fixar a capacidade máxima de utilização e de acolhimento de

eventual público nas instalações desportivas de base, em função

da respetiva tipologia e em conformidade com as normas

técnicas e de segurança.

2. Efetuar e manter atualizado o registo das instalações

desportivas disponíveis no concelho em sistema de informação

disponibilizado pelo IPDJ.

3. Enviar ao IPDJ, até ao final do 1.º trimestre de cada ano, a

lista dos alvarás de autorização de utilização de instalações

desportivas emitidos.

(16)

Licenciamento de utilização desportiva

Autorização de utilização

Concluída a obra, o interessado requer a concessão

da autorização de utilização para atividades desportivas.

(17)

Prof. Paulo Santos

TAREFA – Dar um exemplo da emissão de um alvará

O alvará da autorização de utilização para instalações desportivas deve conter:

•Identificação do titular da autorização;

•Identificação do edifício ou fracção autónoma;

•O uso a que se destina o edifício ou fracção autónoma;

•Identificação tipológica da instalação ou instalações desportivas que a compõem, sua denominação e localização;

•Nome do proprietário ou concessionário da exploração da instalação, bem como do diretor ou responsável pela instalação;

•Indicação das atividades previstas e da capacidade máxima de utilização, descriminada para cada instalação ou espaço desportivo que integre no caso de complexos desportivos, centros de alto rendimento ou estabelecimentos de serviços de manutenção da condição física; •Lotação, em número máximo de espectadores admissíveis, para as atividades aí previstas.

(18)

Gestão das Instalações Desportivas

Gestão de Complexos Desportivos

Módulo 5 – Aula 4 e 5

(19)

Prof. Paulo Santos

Abertura e funcionamento

Decorridos os prazos para emissão da autorização de utilização ou para realização da vistoria (artigo 65.º do RJUE), o interessado na abertura ao público e início de funcionamento das instalações desportivas deve apresentar uma declaração à câmara municipal, através da submissão eletrónica de formulário, instruída com os seguintes elementos:

a) Identificação da atividade ou atividades a que se vai dar início;

b) Declaração de responsabilidade de que as instalações cumprem todos os requisitos adequados ao exercício da atividade ou atividades pretendidas;

c) Cópia do regulamento de funcionamento das instalações desportivas que deve incluir instruções de segurança e planos de evacuação, nos termos da legislação em vigor.

(20)

Licenciamento de utilização desportiva

Abertura e funcionamento (cont.)

A abertura ao público de complexos desportivos, centros de alto rendimento, centros de estágio e dos estabelecimentos que prestem serviços desportivos na área da manutenção da condição física (fitness), designadamente ginásios, academias ou clubes de saúde (healthclubs), é objeto de uma única comunicação para atividades desportivas sempre que a totalidade das atividades se inicie em conjunto.

Fora do caso previsto no número anterior, o início de nova atividade desportiva em complexo desportivo, centro de alto rendimento ou estabelecimento de serviços de manutenção da condição física depende de prévia declaração individualizada.

O comprovativo da declaração prévia a que se refere o n.º 1 constitui título válido de abertura e funcionamento das instalações.

(21)

Prof. Paulo Santos

A Legislação

O decreto-Lei n.º 271/2009 de 1 de Outubro define o

regime jurídico da responsabilidade técnica pela direção

das atividades físicas e desportivas desenvolvidas nas

instalações desportivas que prestam serviços desportivos

na área da manutenção da condição física (fitness),

designadamente os ginásios, academias ou clubes de

saúde (healthclubs), independentemente da designação

adotada e forma de exploração, bem como determinadas

regras sobre o seu funcionamento.

(22)

Responsabilidade Técnica

A Legislação

No decreto-Lei n.º 271/2009 de 1 de Outubro é referido que as exigências (a

existências de um diretor técnico, por exemplo) não se aplica às atividades físicas e desportivas que:

a) Sejam promovidas, regulamentadas e dirigidas por federações desportivas dotadas do estatuto de utilidade pública desportiva, desde que compreendidas no seu objecto social; b) Sejam desenvolvidas no âmbito do sistema educativo, curricular e de complemento curricular;

c) Se destinem exclusivamente aos membros das forças armadas e das forças de segurança;

d) Sejam desenvolvidas em instalações desportivas de base recreativas e sem enquadramento técnico;

e) Sejam desenvolvidas no âmbito do sistema prisional;

f) Sejam desenvolvidas em estabelecimentos termais e unidades de saúde e de reabilitação, utilizados sob supervisão médico-sanitária;

g) Por vontade expressa dos praticantes desportivos federados, sejam realizadas sem enquadramento técnico.

(23)

Prof. Paulo Santos

A alínea a) do slide anterior significa que, por exemplo, se num

pavilhão desportivo só se realizarem treinos de equipas federadas não será necessária a existência de um diretor técnico.

No entanto esta situação é provavelmente muito pouco frequente porque, por exemplo, se for realizada uma atividade de desporto para todos nessa instalação, então já será necessária a existência de um diretor técnico.

Aconselhamos a considerar sempre necessária a existência de diretor técnico uma vez que nunca sabemos a tipologia/âmbito das atividades que vão ser no futuro realizadas nestas instalações desportivas.

O legislador excetuou as situações apenas em que existem atividades dependentes de federações desportivas.

(24)

Responsabilidade Técnica

Diretor técnico (DT)

O diretor técnico (DT) é a pessoa singular que assume a

direção e a responsabilidade pela atividade ou

atividades físicas e desportivas que decorrem nas

instalações desportivas.

(25)

Prof. Paulo Santos

Funções do diretor técnico

O DT deve atuar diligentemente, assegurando o

desenvolvimento da atividade física e desportiva

num ambiente de qualidade e segurança.

(26)

Responsabilidade Técnica

Formação do diretor técnico

O DT deve :

- ser titular do grau de licenciado na área do Desporto ou

da Educação Física.

- frequentar ações de formação contínua durante o período

de validade da sua inscrição.

(27)

Prof. Paulo Santos

Divulgação

Em cada instalação desportiva devem ser afixados, em

local bem visível para os utentes, a identificação do ou

do(s) diretor(es) técnico(s) e o horário de permanência

daquele ou daqueles na mesma.

(28)

Responsabilidade Técnica

Entidade fiscalizadora

Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras

autoridades administrativas e policiais, compete à

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)

fiscalizar o cumprimento do disposto no decreto-lei

39/2012, de 28 de Agosto. (

Lei 39-2012 de 28Ago.pdf

)

(29)

Prof. Paulo Santos

Gestão de Complexos Desportivos

Módulo 5 – Aula 6 e 7

Sumário – Gestão do pavilhão da escola em contexto de competição, no torneio de futsal do secundário da escola (responsabilidade técnica).

(30)

2013-2016

Gestão das Instalações Desportivas

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 8

(31)

Prof. Paulo Santos

1. Tipos de ocorrências e sua inventariação;

2. Controlo e verificação de materiais;

3. Técnicas e tipos de manutenção;

4. Registo e controlo de consumos;

5. Relatórios e técnicas de apoio à gestão;

6. Contato e receção de clientes e fornecedores;

7. Lista de controlo de consumos;

8. Procedimentos de adaptação das instalações a

eventos.

(32)

Prof. Paulo Santos

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

1. Tipos de ocorrências e sua inventariação

Tipos: o que pode acontecer numa instalação

desportiva?

Inventariação: produzir fichas para registo e

monitorização.

–Mostrar documento de exemplo com algumas das ocorrências que podem acontecer numa instalação desportiva e respetiva ficha de registo (documento: Fichas_ocorrências)

–Mostrar exemplos de registos, formulários e impressos (pasta denominada: conjunto_exemplos)

(33)

Prof. Paulo Santos

1. Tipos de ocorrências e sua inventariação

Lista de documentos de um processo: o atendimento

–Procedimentos: “Identificação das necessidades do utente,

inscrições e contratos”

–Instruções: “Atendimento” e “Organização de fichas de

inscrição”

(34)

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

1. Tipos de ocorrências e sua inventariação

Exemplos de impressos relativos ao processo de atendimento de uma instalação desportiva

(35)

Prof. Paulo Santos

2. Controlo e verificação de materiais

Os materiais e equipamentos presentes numa instalação

desportiva têm de ser regularmente controlados e verificados.

Estes procedimentos têm como objetivo saber em cada

momento se os materiais e equipamentos se encontram na

instalação (roubo, mau uso, empréstimo sem autorização) e

permite também monitorizar o seu estado de manutenção.

Assim, dependendo do número de materiais e equipamentos e o

seu estado atual, pode ser necessário proceder à aquisição de

novos.

(36)

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

3. Técnicas e tipos de manutenção

Manutenção:

“conjunto de ações que permitem manter ou restabelecer

um bem num determinado estado específico ou com a

finalidade de assegurar um determinado serviço”

(37)

Prof. Paulo Santos

3. Técnicas e tipos de manutenção

Manutenção corretiva:

“operações realizadas num equipamento avariado de modo a reparar a avaria e tornar o equipamento novamente utilizável”

A manutenção corretiva é a forma mais óbvia e mais primária de manutenção. Significa que os equipamentos e instalações só são reparados quando avariam ou deixam de funcionar ou colocam em perigo a sua utilização.

Constitui a forma mais cara de manutenção. Conduz a:

• Diminuição da vida útil dos equipamentos, máquinas e instalações;

• Paragens para manutenção em momentos aleatórios e muitas vezes, inoportunos por corresponderem a épocas de utilização das instalações desportivas.

É claro que se torna impossível eliminar completamente este tipo de manutenção, pois não se pode prever em muitos casos o momento exato em que se verificará um defeito que obrigará a uma manutenção corretiva de emergência, no entanto a sua ocorrência

deve ser evitada através de métodos de prevenção que podem passar pela verificação do estado de funcionamento regularmente.

(38)

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

3. Técnicas e tipos de manutenção

Manutenção preventiva:

“operações realizadas num dado equipamento, mantendo-o em correto estado de funcionamento, evitando ocorrência de avarias”

A manutenção preventiva, como o próprio nome sugere, consiste num trabalho de prevenção de defeitos que possam originar a parada ou um baixo rendimento dos equipamentos em operação. Esta prevenção é feita baseada em estudos estatísticos, estado do equipamento, local de instalação, condições elétricas que o suprem, dados fornecidos pelo fabricante (condições ótimas de funcionamento, pontos e periodicidade de lubrificação, etc.), entre outros.

Algumas vantagens:

• Diminuição do número total de intervenções corretivas, aligeirando o custo da manutenção;

• Grande diminuição do número de intervenções corretivas ocorrendo em momentos inoportunos como por exemplos em períodos de utilização da instalação desportiva.

(39)

Prof. Paulo Santos

3. Técnicas e tipos de manutenção

Manutenção preditiva:

Atuação realizada com base, na modificação dos parâmetro da CONDIÇÃO ou DESEMPENHO, cujo acompanhamento obedece a um sistema.

(40)

2013-2016

Gestão das Instalações Desportivas

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 9 e 10

Sumário – Áreas multidisciplinares e técnicas de apoio à gestão desportiva; Aspetos físicos e funcionais

(41)

Prof. Paulo Santos

4. Registo e controlo de consumos

Existem procedimentos de registo e controlo de consumos para

monitorizar a existência de um determinado produto, a

necessidade de aquisição, o gasto ou despesas efetuadas.

Estes procedimentos são realizados em simples fichas de

registo, para cada material ou tipo de consumo.

Estes procedimentos permitem-nos fazer o que se denomina por

contabilidade analítica por centro de custos e por tipo de

despesas. Ou seja, sabemos o que se gasta em cada

instalação desportiva, em cada evento, para cada tipo de

produto analisado.

(42)

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

4. Registo e controlo de consumos

Exemplos:

–Consumo de eletricidade

–Consumo de gás

–Consumo de biomassa

–Consumo de cloro granulado

–Consumo de pH+

–Consumo de floculante

–Consumo de antialga

–Consumo de água

(43)

Prof. Paulo Santos

5. Relatórios e técnicas de apoio à gestão

Em cada tipo de instalação desportiva, evento ou atividade o

gestor de desporto deve elaborar um formulário próprio onde

são registadas as ocorrências mais importantes, o que

decorreu bem, o que decorreu mal, as oportunidades de

melhoria, um conjunto de dados (indicadores de gestão).

Não são mais do que documentos que auxiliam o gestor de uma

instalação desportiva ou evento a registar o que acontece num

determinado período no sentido de refletir sobre esses dados

e detetar oportunidades de melhoria.

(44)

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

5. Relatórios e técnicas de apoio à gestão

A periodicidade destes relatórios deve ser decidida pelo gestor

da instalação desportiva com base na necessidade que sente e

na tipologia da instalação desportiva, sendo que não deve ser

superior a um mês, podendo mesmo ser semanal.

TAREFA:

Identifica alguns aspetos que devem constar num relatório de

gestão de uma instalação desportiva.

(45)

Prof. Paulo Santos

6. Contato e receção de clientes e fornecedores

Formas de interação entre o gestor de desporto e os clientes e fornecedores: -Presencial; -Telefónica; -Pré-marcada; -Reunião; -Entrevista individual; -Entrevista de grupo.

Todas as formas de interação identificadas anteriormente pressupõem uma preparação e o cumprimento de requisitos mínimos para que o contato cumpra os seus objetivos e decorra da melhor forma.

(46)

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

7. Lista de contatos da instalação

Deve ser elaborada uma listagem de contatos dos clientes e dos

fornecedores de uma instalação desportiva ou evento desportivo,

sendo que os elementos constantes dessa listagem devem ser

atualizados e organizados de acordo com o que nos interessa

para ficarem mais facilmente acessíveis.

Contatos de fornecedores:

–Por tipo de empresa;

–Por produto habitualmente adquirido;

–Por tipo de equipamentos;

(47)

Prof. Paulo Santos

7. Lista de contatos da instalação

Organização por tipo de pessoa a contatar:

Numa mesma empresa podemos ter necessidade de contatar pessoas diferentes, consoante o caso e essa informação deve estar na lista de contatos:

- Se precisamos de saber as caraterísticas de um produto ou equipamento novo – comercial;

- Se precisamos de adquirir mais produtos ou materiais – vendedor; - Se precisamos de resolver uma avaria – piquete de manutenção; - Se precisamos de apresentar uma reclamação – superior

hierárquico;

- Se precisamos de fazer um convite formal – direção ou

administração.

(48)

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

7. Lista de contatos da instalação

Organização dos contatos dos clientes:

Que informação precisamos: morada, telefone, mail, data do aniversário, serviços que usufrue, tipo de produtos que adquire habitualmente, presença em redes sociais...

Tipos:

- Listagem de moradas para envio de cartas;

- Listagem de mails para envio de newsltters ou mails;

- Listagem por tipo de cliente (idade, género, serviços ou produtos que adquire, data de aniversário, atividade pontual em que se inscreveu); - Estas informações são importantíssimas para o sucesso do plano de comunicação das instalações desportivas.

(49)

Prof. Paulo Santos

8. Procedimentos de adaptação das instalações a eventos

As instalações desportivas por vezes são utilizadas para eventos

desportivos e não desportivos em determinados momentos ou

períodos de tempo.

Esses eventos têm um conjunto de necessidades,

dependendo das suas caraterísticas que são necessárias de ter

em consideração.

(50)

Áreas multidisciplinares e técnicas no apoio à gestão de instalações

8. Procedimentos de adaptação das instalações a eventos

Para além das adaptações que têm que ser feitas na própria

instalação (por exemplo colocar um palco), tem que ser

considerado o aumento das exigências (capacidade de

eletricidade) e o aumento dos utilizadores e frequentadores das

instalações (caixotes do lixo, reposição de consumíveis,

reposição de stocks de produtos no bar, procedimentos de

limpeza, etc)

(51)

Prof. Paulo Santos

8. Procedimentos de adaptação das instalações a eventos

Importa começar por estabelecer as caraterísticas do evento, os

seus requisitos e exigências para promover as alterações

necessárias para serem criadas as condições para o seu sucesso.

Tarefa:

Efetua um esquema (ficha de monitorização) de tarefas para a

atividade de...

(52)

2013-2016

Gestão das Instalações Desportivas

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 11 e 12

Sumário –

Gestão do pavilhão da escola em contexto de competição, no

(53)

Prof. Paulo Santos

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 13

(54)

Aspetos físicos e funcionais

1.Área desportiva útil

2. Áreas de apoio

3. Descrições técnicas – legislação específica aplicável;

4. Fichas técnicas de complexos desportivos;

5. Aspetos críticos da organização física e funcional;

6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas;

(55)

Prof. Paulo Santos

1. Área desportiva útil:

A área desportiva útil é entendida como sendo a área de facto

utilizada para a prática desportiva, acrescida das áreas de

segurança.

No caso das salas e dos pavilhões, poderemos considerar a

área ocupada pelos campos de jogo mais um metro de largura e

comprimento no retângulo formado por essa área ou pelas áreas

de prática habitualmente utilizadas (no caso das salas).

Nos casos em que os regulamentos das modalidades exigem

determinadas medidas de segurança, são essas que devem ser

consideradas.

(56)

Aspetos físicos e funcionais

1. Área desportiva útil:

No caso dos grandes campos de jogos, com ou sem pista de

atletismo, poderemos considerar a área ocupada pelos locais de

prática mais um metro de largura e comprimento no retângulo

formado por essa área.

Como referência existe o valor recomendável na união europeia

de 4m2 de área útil desportiva (contabilizando todas as

tipologias de instalações desportivas) por cada habitante de um

determinado território.

(57)

Prof. Paulo Santos

1

. Área desportiva útil:

No caso das piscinas parece-nos mais adequado considerar

apenas a área do plano de água, embora não seja incorreto

incluir as áreas de segurança da nave da piscina.

(58)

Aspetos físicos e funcionais

2. Áreas de apoio:

Locais e instalações necessários para o apoio à realização das atividades principais a que se destinam as instalações desportivas.

As áreas de apoio de um pavilhão e/ou sala de desporto podem (dependendo da dimensão e tipologia consideradas) referir-se aos seguintes casos:

- Vestiários, balneários e sanitários para os praticantes desportivos; - Instalações sanitárias para os espetadores;

- Vestiários e balneários para árbitros e juízes; - Instalações para controlo de antidopagem; - Instalações de aquecimento e musculação; - Instalações para treinadores;

(59)

Prof. Paulo Santos

2. Áreas de apoio (cont.):

- Instalações para órgãos de comunicação social;

- Instalações para administração e serviços auxiliares; - Instalações técnicas (iluminação, difusão sonora);

-Instalações para pessoal encarregado da manutenção e administração;

- Secretaria;

- Locais de guarda-roupa (quando não existem armários nos balneários);

- Arrecadação de material das instalações e de treino Locais para espetadores:

Camarotes; tribunas com lugares sentados numerados e individualizados (bancadas); tribunas com lugares sentados em bancadas corridas; galerias; terraços; zonas de peão.

(60)

Aspetos físicos e funcionais

3. Descrições técnicas – legislação específica aplicável

Informações das instalações desportivas (contidas no complexo

desportivo) relativas às caraterísticas gerais e específicas que

permitam conhecer a sua localização, estado de conservação,

caraterísticas técnicas e funcionais.

(61)

Prof. Paulo Santos

3. Descrições técnicas – legislação específica aplicável

Exemplo:

–Denominação: PAVILHÃO MUNICIPAL DE N.ª Sr.ª DE FÁTIMA –Localização: Rua Sousa Lopes, freguesia de N.ª Sr.ª de Fátima –Caracterização:

–Inserção no PDM: “Área de Equipamentos e Serviços Públicos”- Subseção I, Seção VII do Capítulo II – “Do Espaço Urbano”.

–Área Bruta de Construção: 1 412 m2 –Ano de construção: 2005

–Estado de conservação: Bom –Pavilhão Desportivo: 44mx22m –Bancadas: 90 espetadores

–Estacionamento: não tem –Proprietário – CML

(62)

Aspetos físicos e funcionais

3. Descrições técnicas – legislação específica aplicável

Exemplo:

O Pavilhão Municipal de N.ª Sr.ª de Fátima localiza-se no Bairro de Santos. Inserido numa zona residencial de habitação colectiva, entre a Av. das Forças Armadas e a Av. dos Combatentes, dispõe de acessos relativamente facilitados podendo-se utilizar o Autocarro como transporte público ou metropolitano sendo a estação mais próxima a de Entrecampos, a 690m.

O acesso da rede escolar ao Pavilhão Municipal de N.ª Sr. ª de Fátima localiza-se à seguinte distância: Escola Secundária Dom Pedro V a 760m, Escola EB 1 Mestre Arnaldo Louro Almeida a 110m e a Escola Primária n.º 134 a 785m.

(63)

Prof. Paulo Santos

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 14 e 15

(64)

Aspetos físicos e funcionais

4. Ficha técnica de complexos desportivos

Exemplo:

Ver exemplo da carta desportiva da CMFV.

(Carta_Desportiva_Figueiro_dos_Vinhos.pdf)

Ver exemplo da página web do município de Figueiró dos Vinhos – ficha de caracterização dos equipamentos desportivos (Fichas de

(65)

Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.1. Conforto desportivo nos pavilhões desportivos

5.2. Elementos do conforto desportivo

5.3. Conforto acústico

5.4. Conforto visual e luminoso

5.5. Conforto térmico

5.6. Humidade relativa

5.7. Conforto pneumático

(66)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.1. Conforto desportivo nos pavilhões desportivos

Para Cunha (2007) “o conforto é uma medida equilibrada que revela o ajustamentos das condições de realização às necessidades da prática e do praticante desportivo cujo efeitos resultam a vários níveis, quer através de melhores prestações desportivas, de melhor mobilização e adesão às práticas correspondentes, quer inclusivamente à origem de sensações desportivas, reforçadas em imagens mentais construídas pelos praticantes ou utilizadores dos espaços da instalação desportiva, que os impelem ao retorno e correspondente reutilização futura”.

Segundo o mesmo autor o conforto desportivo deve ser considerado como uma medida e avaliada segundo critérios qualitativos.

(67)

Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.1. Conforto desportivo nos pavilhões desportivos

Para este o conforto carateriza-se pelo cumprimento das

seguintes características:

1)Adequação do espaço e do respectivo apetrechamento à

prática desportiva.

2) Não ser um fator de agressão física aos praticantes ou a outro

nível, nomeadamente fator de risco para a sua integridade física,

a saúde e a sua segurança.

(68)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.1. Conforto desportivo nos pavilhões desportivos

3) Ser capaz de provocar sensações positivas (de prazer e de autoconfiança) e de reforço volitivo, de forma a desencadear no utilizador a vontade de voltar a usufruir da instalação e de nela realizar essa ou outra prática desportiva.

4) Permitir o desenrolar das acções relativas à prática desportiva e a todas as outras práticas complementares, nomeadamente o espectáculo desportivo, a festa do desporto e todas as outras atividades que as suportam.

5) Permitir a realização das ações necessárias com o correspondente desafogo.

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5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo

Para Cunha (2007) os elementos do conforto desportivo são componentes, constituintes ou critérios de organização ou de codificação dos materiais, dos espaços e dos tempos, e prendem-se

com a respetiva aplicação à funcionalidade requerida para as ações.

Além de serem vários e estarem organizados sob o ponto de vista de utilização ou valoração que estamos a realizar, eles permitem uma focalização dos gestos nas atividades a realizar garantindo um reforço dos estímulos de retorno e a criação de imagens positivas e sensações positivas.

(70)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo

1. Estéticos – incidem sobre a forma, a cor, o significado simbólico, os valores que estão associados quer à instalação quer às diferentes partes que a compõem. Incluem-se a textura dos materiais e o apetrechamento desportivo.

2. Funcionais – incidem sobre os recursos (espaços, tempos e recursos) submetidos à lógica das exigências na realização das atividades:

- a previsão dos espaços, a adaptação das suas características e respetiva codificação;

- os materiais e apetrechos previstos e a correspondente disposição para as ações a desencadear;

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Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo 2. Funcionais (cont.):

- os recursos humanos recrutados e formados especificamente para as funções a desempenhar;

- as rotinas constituídas, os tempos reservados;

- os processo de regulação que discriminam os comportamentos adequados aos espaços e à utilização dos apetrechos estabelecidos.

(72)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo

3. Higiene – permitem uma garantia por parte dos utilizadores a dois níveis:

- Apetência imediata para a utilização dos espaços e dos apetrechos em estado de disponibilidade;

- Garantia de ausência de doenças ou contaminações adquiridas no contacto com os espaços e os apetrechos existentes nas instalações desportivas;

- Garantias ao nível de segurança, dado que a falta de higiene leva ao desconforto ou desadequação dos materiais e das superfícies de utilização às solicitações que se lhes exigem.

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Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo

4. Segurança – incidem sobre os espaços próprios, os sistemas elaborados e os processos ou rotinas constituídos que salvaguardam a integridade das pessoas, a estabilidades dos espaços, e a continuidade dos bens materiais e apetrechos. Materializam-se através de normas, regulamentos, protocolos, manuais de procedimentos e comportamento.

5. Desafogo – possibilita a adequação diferenciada do espaço.

Permite a identificação das vocações principais e complementares ou de outro tipo para os espaços e instalações desportivas.

(74)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo

6. Reserva – espaços cuja função não está ainda definida e que permitem funções complementares múltiplas ocasionais, permitem um certo desafogo, bem como a possibilidade de virem a ser utilizados no futuro.

Relativamente ao caso de instalações desportivas o conforto geral manifesta-se com a existência de uma harmonia, onde decorrem várias ações e processos com o maior equilíbrio possível.

Este indicia uma predisposição do espaço para uma utilização proveitosa e agradável.

(75)

Prof. Paulo Santos

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 16

Sumário – Aspetos físicos e funcionais – Elementos do conforto desportivo, indicadores dos aspetos críticos da organização física e funcional

(76)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo

Podemos definir um conjunto de indicadores que serão nos revelarão um conjunto de informações sobre o nível de oferta de apetrechamento disponíveis para as atividades e também sobre a

qualidade de serviço que pode ser esperada para a respetiva

realização.

Permitem-nos recolher dados sobre informações que traduzam boas condições ambientais a vários níveis (Cunha, 2007).

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Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo Indicadores para o conforto desportivo:

1. Higiene – nº de intervenções por dia/semana – o utilizador é informado da pressão de utilização da rotina de limpeza. Esta informação é disponibilizada através de quadros de ocorrência de tarefas de limpeza.

2. Segurança – diz respeito à informação sobre o meio envolvente, como acidentes ocorridos na instalação; facilidade de acesso a mecanismos de guarda de valores individuais; número de funcionários destinados à segurança; sobre os pontos de socorro, saídas de emergência, etc.

(78)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo

3. Arrumação – informação sobre localização correta dos apetrechos, números de referência, etc. é efectivado através do regulamento.

4. Desafogo espacial – informação relativa aos espaços de atividade principal, respetivas vizinhanças: estes dados apresentam-se em m² por pessoa disponíveis para cada modalidade desportiva.

5. Desafogo tecnológico ou de equipamento – informação sobre o nº de equipamentos disponíveis por utilizador.

6. Consumo ou Produtividade – informação sobre o consumo de recursos espaço, tempo, recursos humanos, financeiros).

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Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.2. Elementos do conforto desportivo

Podemos referirmo-nos a este tipo de conforto desportivo, como aquele que o praticante desportivo toma contacto, quando existe proximidade com espaço desportivo a utilizar, e o mesmo se apercebe que este está preparado e nas melhores condições para o receber.

(80)

2013-2016

Gestão das Instalações Desportivas

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 17 e 18

Sumário – Aspetos físicos e funcionais – Conforto acústico, visual e luminoso, térmico e de humidade.

(81)

Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.3. Conforto acústico

O controlo do ruído pode gerar um aumento de conforto como a melhoria da comunicação no interior da instalação desportiva.

Segundo Cunha (2007) o conforto acústico pode ser conseguido através da manipulação das características de reverberação do som ou de absorção de ruído dos materiais que fazem parte da instalação.

Assim assumimos como competência do gestor desportivo a capacidade de prever na fase de conceção, ou durante a realização de atividades, os ajustamentos necessários de forma a propiciar os níveis de conforto acústico adequados à atividade a realizar.

(82)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.3. Conforto acústico

Para alcançarmos o conforto acústico de uma instalação desportiva é essencial controlar a geometria do espaço, condicionar os espaços interiores, isolar os recintos, silenciar as fontes de ruído e instalar um sistema sonoro adequado.

(83)

Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.4. Conforto visual e luminoso

Os pavilhões desportivos devem dispor de boas condições de iluminação natural e artificial, de modo a evitar a fadiga visual dos usuários, originada pela inadequação do nível de iluminação, quer pela ultrapassagem dos limites de tolerância visual e luminosidade que podem provocar encadeamento, quer ainda pela instabilidade e má qualidade da luz. (Barreira, 2003)

(84)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.4. Conforto visual e luminoso

O conforto visual pode ser perspetivado na ótica do praticante ou do espetador a dois níveis:

- a existência de boa visibilidade no interior do recinto de jogo – ponto de vista do praticante;

- a existência de uma boa visibilidade para o interior do recinto de jogo, a partir do seu exterior – do ponto de vista do espetador. (Cunha, 2007).

Além destes aspetos, o conforto visual depende também de uma adequação dos níveis de luminosidade às necessidades de realização das atividades e da direcionalidade dos focos de luz e respetiva intensidade.

(85)

Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.4. Conforto visual e luminoso

O problema do encadeamento não se relaciona apenas com a luz natural, uma vez que pode ser provocado pela luz artificial, no caso de projetores ficarem colocados incorretamente.

Esta situação é extremamente importante uma vez que poderá influenciar a verdade desportiva e o normal funcionamento de uma atividade.

Quando falamos no conjunto de características de luminosidade, de natureza artificial, requeridas para uma determinada atividade ou ações estamos a referirmo-nos ao conforto luminoso. (Cunha, 2007)

(86)

Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.5. Conforto térmico

As condições térmicas ambientais influenciam frequentemente o esforço físico. Fazer exercício com elevadas ou baixas temperaturas impõe uma pesada carga sobre os mecanismos que regulam a temperatura corporal.

Podemos definir conforto térmico pela adequação das condições de temperatura exterior ao tipo de esforço que está a ser desenvolvido. (Cunha, 2007)

(87)

Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.6. Humidade relativa

Os valores de humidade relativa do ar, mais confortáveis para a prática desportiva situam-se em torno de valores inferiores a 50%.

Valores longe deste limite provocam desconforto, provocando maior desgaste nos praticantes da atividade desportiva.

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Aspetos físicos e funcionais

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

5.6. Conforto pneumático

Nas instalações desportivas, o consumo de ar no recinto de jogo é substancialmente elevado, sendo que os jogadores e os espectadores partilham da mesma fonte de alimentação.

Assim é fundamental que o volume de ar de uma instalação desportiva seja suficiente para responder as necessidades de consumo de oxigénio tanto dos espectadores como dos praticantes.

Quando as instalações possuem uma volumetria adequada este problema não se coloca, mas quando a ventilação é considerada insuficiente, surge a necessidade de utilizar sistemas de ventilação artificial.

(89)

Prof. Paulo Santos

5. Aspetos críticos da organização física e funcional

(90)

2013-2016

Gestão das Instalações Desportivas

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 19

Sumário – Acessibilidades e barreiras arquitetónicas. Terminologia em Português e Inglês.

(91)

Prof. Paulo Santos

6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas

6.1. Decreto Lei 163_2006

Secção 3.4—Recintos e instalações desportivas:

3.4.1—Nos balneários, pelo menos uma das cabinas de duche para cada sexo deve satisfazer o especificado nos n.os 2.9.7, 2.9.8, 2.9.9, 2.9.10, 2.9.11, 2.9.16 e 2.9.17.

3.4.2—Nos vestiários devem ser satisfeitas as seguintes condições:

1) Deve existir pelo menos um conjunto de cabides fixos e cacifos localizados de modo a permitir o alcance por uma pessoa em cadeira de rodas de acordo com o especificado na secção 4.2;

2) Após a instalação do equipamento, deve existir pelo menos um percurso que satisfaça o especificado na secção 4.3 e na secção 4.4.

(92)

Aspetos físicos e funcionais

6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas

6.1. Decreto Lei 163_2006

3.4.3—Nas piscinas deve existir pelo menos um acesso à água por rampa ou por meios mecânicos; os meios mecânicos podem estar instalados ou ser amovíveis.

3.4.4—As zonas pavimentadas adjacentes ao tanque da piscina, bem como as escadas e rampas de acesso, devem ter revestimento antiderrapante.

3.4.5—O acabamento das bordas da piscina, dos degraus de acesso e de outros elementos existentes na piscina deve ser boleado.

3.4.6—As escadas e rampas de acesso aos tanques das piscinas devem ter corrimãos duplos de ambos os lados, situados a uma altura do piso de 0,75 m e 0,9 m.

3.4.7—Os locais destinados à assistência em recintos e instalações desportivas devem satisfazer o especificado na secção 3.6.

(93)

Prof. Paulo Santos

6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas

6.1. Decreto Lei 163_2006

Secção 3.5—Edifícios e instalações escolares e de formação:

3.5.1—As passagens exteriores entre edifícios devem ser cobertas. 3.5.2—A largura dos corredores não deve ser inferior a 1,8 m.

3.5.3—Nos edifícios com vários pisos destinados aos formandos devem existir acessos alternativos às escadas, por ascensores e ou rampas; em edifícios existentes, se não for possível satisfazer esta condição, deve existir pelo menos uma sala de cada tipo acessível de nível, por ascensor ou por rampa

(94)

Aspetos físicos e funcionais

6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas

6.1. Decreto Lei 163_2006

Secção 3.6—Salas de espectáculos e outras instalações para actividades sócio-culturais:

3.6.1—O número de lugares especialmente destinados a pessoas em cadeiras de rodas não deve ser inferior ao definido em seguida:

1) Um lugar, no caso de salas ou recintos com uma capacidade até 25 lugares;

2) Dois lugares, no caso de salas ou recintos com uma capacidade entre 26 e 50 lugares;

3) Três lugares, no caso de salas ou recintos com uma capacidade entre 51 e 100 lugares;

(95)

Prof. Paulo Santos

6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas

6.1. Decreto Lei 163_2006

4) Quatro lugares, no caso de salas ou recintos com uma capacidade entre 101 e 200 lugares;

5) 2% do número total de lugares, no caso de salas ou recintos com capacidade entre 201 e 500 lugares;

6) 10 lugares mais 1% do que exceder 500 lugares, no caso de salas ou recintos com capacidade entre 501 e 1000 lugares;

7) 15 lugares mais 0,1% do que exceder 1000, no caso de salas ou recintos com capacidade superior a 1000 lugares.

(96)

Aspetos físicos e funcionais

6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas

6.1. Decreto Lei 163_2006

3.6.2—Os lugares especialmente destinados a pessoas em cadeiras de rodas devem:

1) Ser distribuídos por vários pontos da sala;

2) Estar localizados numa área de piso horizontal;

3) Proporcionar condições de conforto, segurança, visibilidade e acústica pelo menos equivalentes às dos restantes espectadores;

4) Ter uma zona livre para a permanência com uma dimensão não inferior a 0,8 m por 1,2 m;

5) Ter uma margem livre de 0,3 m à frente e atrás da zona livre para a permanência;

6) Estar recuados 0,3 m em relação ao lugar ao lado, de modo que a pessoa em cadeira de rodas e os seus eventuais acompanhantes fiquem lado a lado;

(97)

Prof. Paulo Santos

6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas

6.1. Decreto Lei 163_2006

3.6.3—Cada lugar especialmente destinado a pessoas em cadeiras de rodas deve estar junto de pelo menos um lugar para acompanhante sem limitações de mobilidade.

3.6.4—Os lugares especialmente destinados a pessoas em cadeiras de rodas podem ser ocupados por cadeiras desmontáveis quando não sejam necessários.

3.6.5—No caso de edifícios sujeitos a obras de alteração ou conservação, os lugares especialmente destinados a pessoas em cadeiras de rodas podem ser agrupados, se for impraticável a sua distribuição por todo o recinto.

(98)

Terminologia em português e inglês

Desportos e atividades desportivas e locais de prática

Basquetebol - basketball

Futsal -Futsal

Badminton - badminton

Andebol - Handball

Ginástica – Gymnastics

Pavilhão desportivo –sports hall / pavilion

(99)

Prof. Paulo Santos

Espaços (área útil e de apoio)

Campo – field

Warm-up area – área de aquecimento

Retail outlets/merchandising – pontos de venda, lojas de

venda/merchandising

Toilets – casas de banho

Media conference room – sala de conferência de imprensa

Storage, operations and maintenance facilities – instalações de

armazenamento e de operações de manutenção

(100)

Terminologia em português e inglês

Espaços (área útil e de apoio)

Dressing or changing rooms – vestiários

ticket office – bilheteira

Car parking – parque de estacionamento

Media facilities – instalações para a comunicação social

Support facilities – instalações de apoio

Medical and first aid facilities – instalações médicas e de

primeiros socorros

(101)

Prof. Paulo Santos

Espaços (área útil e de apoio)

Technical installations – instalações técnicas

Parking (for VIPs, players, match officials and delegates) –

estacionamento (para pessoas muito importantes, jogadores,

árbitros e delegados ao jogo)

Lugares para pessoas muito importantes - VIP seats

Hall de entrada - entrance lobby

(102)

Terminologia em português e inglês

Equipamentos não desportivos

Coat hooks – cabides

Mirrors – espelhos

Notice boards – quadros de avisos

tier of benchs – bancada

Showers – chuveiros

Clothes storage lockers – cacifos de roupa

Benches – bancos

Floodlight – holofote

Chairs – cadeiras

(103)

Prof. Paulo Santos

Equipamentos desportivos

Rede – net

Scoreboard – placard de resultados

Ball – bola

Goal – baliza

(104)

Terminologia em português e inglês

Bilhete de jogo - match ticket

Capacity of the sports pavilion – capacidade do pavilhão

Access and egress – acesso e saída

Signage – sinalética

Advertising – publicidade

Concerts – concertos

Conferences - conferências

Specific access requirements and facilities fordisabled people –

requisitos específicos de acesso e instalações para pessoas com

deficiência

Artificial turf – relva artificial

Maintenance – manutenção

(105)

Prof. Paulo Santos

Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos

Módulo 5 – Aula 20 e 21

Sumário – Normas de utilização – regulamento. Atividades e serviços e atividades de receção.

(106)

Tipos de atividades e técnicas de gestão de complexos desportivos

1. Normas de utilização – Regulamento

2. Atividades e serviços

3. Atividades de receção

4. Procedimentos de organização e planeamentos –

mapas de utilização diária, semanal, mensal e anual

5. Normas de controlo e gestão integrada de acessos

6. Aspetos de segurança e meios de informação ao

utente

(107)

Prof. Paulo Santos

1. Normas de utilização - Regulamento

O que é um Regulamento?

Texto de caráter normativo que contém um conjunto de

regras e princípios cujo objetivo é estabelecer o modo de

funcionamento de um grupo quando frequentam as instalações

desportivas ou de uma atividade que se realiza num complexo

desportivo.

Os regulamentos, sendo um conjunto de princípios e normas

não podem contrariar a legislação em vigor sobre a matéria.

(108)

Tipos de atividades e técnicas de gestão de complexos desportivos

1. Normas de utilização - Regulamento

Os regulamentos devem ser elaborados com uma estrutura que sirva aos objetivos que se pretendem.

Têm normalmente a seguinte estrutura:

1|Preâmbulo

Devem constar no preâmbulo; os antecedentes, o enquadramento, os objetivos e as notas justificativas e as finalidades.

2|Normas gerais

Onde se explicitam os direitos e deveres dos utilizadores e os procedimentos. Podem constar das normas gerais: princípios de planeamento e qualidade, regras de cedência, tipos de cedência e utilização, regras gerais e específicas para utilizadores, períodos e horários de utilização, utilização de esquipamentos, regras de segurança, regras para assistência, seguro, termo de responsabilidade, regras para publicidade, pagamentos de serviços, etc.

(109)

Prof. Paulo Santos

1. Normas de utilização - Regulamento

3|Competências

Nas competências são definidas as responsabilidades de cada responsável das instalações (Ex. Presidente da Câmara, Diretor técnico, Presidente do Clube)

4|Sanções

Aqui são definidos os tipos de infrações para quem não respeitar o definido no Regulamento. As sanções podem ser: repreensão verbal, repreensão escrita, inibição temporária de utilização das instalações, inibição definitiva de utilização das instalações, pagamento de coimas, etc.

5|Disposições finais

Nas disposições finais podem constar: formas de integração de dúvidas ou omissões, formas de publicação e data de entrada em vigor.

(110)

Tipos de atividades e técnicas de gestão de complexos desportivos

1. Normas de utilização - Regulamento

Acesso e utilização do Pavilhão:

1 – Está vedada aos utentes a entrada nos recintos desportivos com objetos estranhos e calçado inadequados à prática desportiva.

2 – Dentro dos espaços destinados à prática desportiva só é permitido o uso de calçado que observe os seguintes requisitos:

a) Ter sola de borracha com rasgo adequado; b) Não ter sido usado no exterior.

3 – Compete ao funcionário de serviço avaliar as condições dos equipamentos e calçado dos praticantes, impedindo a sua utilização nos espaços para prática desportiva, caso estes possam provocar danos no piso.

4 – Caso os utentes não possuam o calçado apropriado à prática desportiva, só poderão circular nos espaços para prática desportiva com cobertura protetora. 5 – Dentro dos Pavilhões não é permitida a entrada e permanência de animais, exceto quando se trate de cães guias.

(111)

Prof. Paulo Santos

1. Normas de utilização - Regulamento

Consumo de alimentos e bebidas:

1 – É proibido o consumo de alimentos e bebidas no interior das instalações do pavilhão, à excepção da zona do bar e dos utentes praticantes, que, nos respectivos balneários e espaços de prática desportiva podem consumir bebidas para efeitos de hidratação.

2 – É expressamente proibido a venda e consumo de bebidas alcoólicas no interior do Pavilhão Desportivo.

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