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Quadro 1 Grupos de variáveis a inventariar

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Academic year: 2021

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I

Quadro 1

Grupos de variáveis a inventariar

Variáveis Descrição ou informação relevante Importância para os estudos de ordenamento Dados

climáticos Destacam-se: - capacidade de dispersão da atmosfera – maior ou menor facilidade de diluição e dispersão dos contaminadores potenciais do ar

- conforto climático – importante para a concretização de habitats urbanos de qualidade.

Condicionam decisivamente a evolução dos ecossistemas (em termos físicos e biológicos) e a forma de utilização antrópica dos mesmos. O clima determinou a localização dos usos e as técnicas de aproveitamento dos recursos. Dados

relativos à terra

Formas do terreno (altimetria, declives, redes e bacias hidrográficas); geomorfologia; edafologia; recursos minerais; recursos culturais; condições dos terrenos para a construção; processos activos a curto, médio e longo prazo (ex: erosão, transporte de sedimentos e lavagem de nutrientes, etc.); outros dados relevantes em situações concretas (ex: exposição, escarpas, rugosidade, acessibilidade, etc.).

Variáveis relativas ao meio inerte Dados relativos à água existente, superficial ou subterrânea

A água subterrânea deve ser inventariada e cartografada sob 3 aspectos:

- localização e especificação dos dados necessários à sua possível utilização como recurso natural de qualidade;

- áreas de recarga;

- vulnerabilidade à contaminação.

A água é muito importante como recurso a usar racionalmente uma vez que a sua existência depende não só da população como também de várias espécies faunísticas. O meio marinho destaca-se pela extrema sensibilidade às actividades desenvolvidas na terra e em particular à contaminação.

Vegetação A vegetação resulta da interação dos demais

componentes do meio; é o produto primário de que dependem directa ou indirectamente os demais organismos; depende directamente do meio, proporciona uma visão integrada do conjunto dos factores que intervêm na organização da vida; a sua estabilidade no espaço permite identificar condições ecológicas homogéneas; é possível prevêr a sua evolução natural no tempo, sendo testemunha de influências artificiais em épocas passadas ou prevêr situações futuras sob actuações antrópicas; é o suporte de comunidades animais; ao permitir a caracterização da paisagem é considerada um factor de percepção.

Variáveis relativas ao meio biológico

Fauna É normalmente definida através dos seus biótopos que são determinados pela vegetação (comundades vegetais que têm uma fauna característica associada), a geomorfologia, a existência de água (marinhas, rios, etc.) ou por actuações antrópicas (jardins, parques, núcleos urbanos, etc.).

Variáveis relacionadas

com a paisagem As variáveis são estabelecidas a partir da identificação das características perceptuais do meio. Parâmetros que concretizam a paisagem e são cartografáveis e fáceis de integrar no processo de planeamento:

- a paisagem intrínseca – percepção que um observador tem num determinado ponto da unidade de paisagem;

- potencial de visualização - possibilidade de apreciação da paisagem circundante.

Variáveis relativas à

actividade humana - - Paisagens e equilíbrios antrópicos; Variáveis que estão essencialmente ligadas à gestão dos recursos nomeadamente, o cultivo e outros aproveitamentos, a produtividade e/ou rentabilidade agrária, as infra-estruturas de transportes, a exploração mineira, a caça e a pesca continental, a pesca oceânica, o equipamento recreativo, a distribuição dos povoamentos, as degradações existentes e os níveis de contaminação do ar, água e solo; - Dados relativos à acção humana de tipo social e

económico.

Paisagens e equilíbrios conseguidos com a intervenção humana têm valor como testemunho de épocas passadas e como expressão de culturas e formas de exploração primária do solo.

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II

Quadro 2

Grupos de elementos do meio

Variáveis Descrição ou informação relevante Importância para os estudos de ordenamento Elementos

relacionados com a terra

Geologia, morfologia e dados sobre o solo

(textura, composição química,

pedregosidade, riqueza nutritiva, etc.)

Essenciais ao conhecimento do território em termos da distribuição dos usos do solo e as suas repercussões.

Elementos relacionados com a atmosfera

Clima, variações de temperatura,

precipitação, velocidade do ventos e outros factores climáticos

Importantes pela sua influência na distribuição dos elementos bióticos e condições físicas do território.

Variáveis físicas

Elementos relacionados com a água

Recursos, quantidade e qualidade das

águas superfíciais, localização e

contaminação das águas subterrâneas.

O conhecimento da capacidade potencial deste recurso é importante para evitar os efeitos negativos de certas actuações humanas que a prazo limitam a disponibilidade de água.

Vegetação Deve ser estudada nas suas diversas

formas nomeadamente a agrícola, a florestal e a natural.

A sua estabilidade no espaço permite identificar unidades com fisionomia e composição florística homogéneas (em termos de condições ecológicas).

A vegetação é um dos indicadores mais importantes das condições ambientais do território porque é o resultado da interação entre os demais componentes do meio e é também o produto primário de que dependem, directa ou indirectamente, todos os outros organismos.

Variáveis biológicas

Fauna A fauna é fortemente condicionada pela

combinação da vegetação com os factores físicos. O seu estudo é particularmente relevante para determinar acções de conservação ou desenvolver actividades cinegéticas e recreativas.

Variáveis relacionadas com a

paisagem e a sua percepção Dependem de uma ampla gama de elementos, tanto bióticos como abióticos, de actuações humanas e de modificações naturais ou artificiais da superfície terrestre. As características que descrevem uma determinada paisagem variam com a forma do território, com as diferenças estacionais da vegetação, com a presença de massas de água ou de certas espécies faunísticas e

com uma grande diversidade de

características e processos.

Trata-se de um recurso que pode necessitar de protecção e pode e deve intervir na determinação da capacidade e fragilidade do território para o desenvolvimento das actividades humanas.

Influências humanas Todas as variáveis artificiais que, de alguma

maneira, podem influenciar a classificação do território designadamente, acessibilidade, o regime de propriedade, as actuações humanas, os valores culturais, etc.

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III

Quadro 3

Parâmetros de caracterização do território

Parâmetros Informação relevante Importância para os estudos de ordenamento do território Geologia Lito-estratigrafia, geomorfologia,

recursos subterrâneos,

condicionamentos geotécnicos e susceptibilidade a efeitos sísmicos e recursos não renováveis.

Factor chave na compreensão do território já que corresponde ao que este tem de mais permanente, determina outros importantes atributos (como o relevo e o solo) e fornece indicações sobre os recursos e riscos que são condicionantes sobre alguns usos e funções do território.

Clima Elementos climáticos e factores

regionais e/ou locais responsáveis

por modificações das

características climáticas gerais.

Permite equacionar alguns dos processos biofísicos mais importantes como o ciclo hidrológico, os processos pedogenéticos, os mais importantes fluxos energéticos, as condicionantes aos processos produtivos que envolvem animais e plantas, as condições mais propícias para os estabelecimentos humanos e/ou as técnicas utilizadas para alterar situações existentes.

Relevo Hipsometria, linhas e pontos

fundamentais do relevo, declives, orientações do terreno, síntese fisiográfica.

Influencía muitos dos elementos e processos fundamentais do sistema biofísico (clima, sistema hídrico, solos, usos e funções, etc) sendo por isso determinante nas aptidões, capacidades e potencialidades do território para todas as utilizações e funções úteis ao homem.

Água Águas superfíciais, ciclo

hidrológico, caracterização

qualitativa, utilização por parte das comunidades humanas.

Condiciona drasticamente tanto os processos biológicos como os tecnológicos e também usos e funções de carácter cultural, contribuindo directamente para a localização de actividades humanas em sítios seguros que permitam o aproveitamento dos recusos existentes sem os degradarem ou destruirem.

Solo Deve ser considerado numa dupla

perspectiva, como recurso

essencial à vida (incluindo a produção de alimentos e fibras indispensáveis à sobrevivência do homem e animais terrestres) e como suporte a estruturas e infra-estruturas.

É essencial o seu conhecimento para fundamentar as opções de distribuição de usos e funções, particularmente os que envolvem qualquer tipo de produção vegetal (agrícola, florestal, pastoril e suas combinações), sendo também bastante importante quanto a quase todos os usos urbanos, industriais e recreativos, bem como às funções de protecção, recuperação e regulação, pelo que integra grande parte dos critérios a aplicar na detecção de aptidões, capacidades e potencialidades.

Vegetação Cartografia das áreas com relativa homogeneidade quanto a coberto vegetal, caracterização de cada uma dessas unidades e indicações sobre as características e qualidades da vegetação.

Contribui para a definição e compreensão global do actual sistema ambiental, influindo na tomada de decisões, no que se refere a aptidões, capacidades e potencialidades, por informar acerca da presença de elementos naturais e resultantes da acção humana que justificam medidas de protecção e/ou valorização, de ambientes de características especiais, de capacidades directamente produtivas, de riscos e disfunções que afectam pessoas e bens.

Fauna Inventário de espécies e definição

de habitats. Permite fundamentar mais correctamente propostas de ordenamento que integrem medidas de protecção/promoção dos recursos faunísticos. Usos e funções

do território Descrição de cada uso e função, conjuntos ou combinações deles, distribuição no espaço e variação

no tempo, exigências e

consequências relativamente ao meio e comunidades humanas, interrelações com outros usos e funções.

São essenciais na definição de sínteses ambientais com vista ao ordenamento, particularmente na elaboração de critérios para se chegar às aptidões, capacidades e potencialidades do espaço, detecção de valores e de degradações, avaliação de impactes biofísicos, socio-económicos e culturais provocados por alterações à situação actual (situação de referência).

Percepção Definição de espaços com relativa homogeneidade visual e sua

caracterização através de

parâmetros de reconhecida

influência nas preferências relativamente a paisagens.

É importante na definição de valores e de degradações (e portanto em propostas a eles associadas) bem como na previsão de comportamentos envolvendo mudanças de uso e funções do território ou de reacção a essas mudanças.

Síntese de

valores e

degradações

Valores são os elementos que dão resposta às necessidades e aos

desejos fundamentais e

permanentes das comunidades humanas. Degradações é o que reduz as aptidões, capacidades e potencialidades de uso e fruição do território.

A existência de valores muito interessantes ou de degradações muito significativas, condiciona decisivamente as opções de ordenamento em termos dos critérios utilizados na determinação de aptidões, capacidades e potencialidades do território para os vários usos e funções, realçando particularmente as funções de protecção e recuperação. Quando os valores e degradações têm um significado menor, essa informação deve ser usada numa fase posterior, para afinação das opções já tomadas. Fonte: Adaptado de Cancela d’Abreu, 1989.

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IV

Quadro 4

Informação geográfica física a considerar

Tipo de infomação Descrição

BASE

Cartografia topográfica e/ou corográfica Caracterização genérica do território. Cadastro geométrico da propriedade rústica e

urbana

Componentes fisiográficas Ocupação do solo, hidrografia, declives, hipsometria, exposições.

Parâmetros climáticos Estações ou postos metereológicos e/ou estações de controlo de poluição

atmosférica e/ou sismográficas; temperaturas, precipitações, marés, cheias, inundações, insolação, nebulosidade, nevoeiro, humidade, evaporação e evapotranspiração, orvalho, geada, ventos, classificação climática.

Divisão administrativa

ESPECÍFICA Solo e subsolo sob os pontos de vista geológico,

geotécnico e hídrico Recursos em exploração e potenciais, riscos naturais, aptidão dos solos à construção, aspectos geologicamente notáveis. Solo e meio aquático sob os pontos de vista vegetal

e animal Recursos em exploração e potenciais, vegetação natural, Reserva Agrícola Nacional, Reserva Ecológica Nacional, fauna, áreas protegidas ou a proteger, áreas degradadas a recuperar, estrutura fundiária, evolução da ocupação do solo.

Redes de infra-estruturas Abastecimento de água, esgotos de águas residuais e/ou pluviais, recolha e

deposição e/ou tratamento e/ou aproveitamento de detritos, redes rodoviária, ferroviária, eléctrica, de telecomunicações e de gás, aeroportos e portos.

Indústrias Dados gerais da instalação; matérias primas utilizadas; produtos,

subprodutos e resíduos; tipos de poluição potencial e sistemas de tratamento

Património arqueológico ou histórico

Áreas sujeitas a servidões administrativas Domínio público marítimo, instalações nucleares, quarteis, prisões, paióis, faróis, aeroportos, monumentos nacionais, etc..

Aglomerados urbanos Infra-estruturas, equipamentos, indústrias, classificação de zonas

construídas, zonas verdes e terrenos livres, planos de urbanização ou de pormenor, edifícios com interesse público, etc..

Fontes poluidoras e áreas sujeitas a poluição Dados gerais da fonte, tipo e nível de poluição, alterações já verificadas no equilíbrio da área, etc..

Relações inter-regionais e/ou inter-municipais Fonte: Adaptado de Marini Portugal, 1982.

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V

Quadro 5

Informação necessária ao planeamento e gestão urbanística

Informação Descrição

INFORMAÇÃO ALFANUMERICA

Base geográfica Identificação das freguesias, lugares e relações de pertença.

População Informação sobre a estrutura da população nomeadamente sobre a idade, o sexo, a

instrução e a ocupação.

Habitação Informação sobre os edifícios e os alojamentos.

Economia Informação sobre o emprego, as empresas e o volume de negócios das empresas.

Planos Regulamentos dos planos em vigor.

Gestão Informação relativa à gestão dos processos de pedido de informação prévia e de

licenciamento de loteamentos e obras.

Lesgislação Identificação dos diplomas que constituem o corpo da legislação urbanística portuguesa

e dos diplomas que, directa ou indirectamente, influenciam a actividade autárquica. INFORMAÇÃO CARTOGRAFICA

Características físicas Topografia (planimetria, altimetria e rede geodésica) e componentes fisiográficas (características do relevo).

Características legais e administrativas Informação sobre a divisão administrativa (concelhos, freguesias, lugares, quarteirões e perímetros urbanos), a estrutura fundiária (elementos do cadastro da propriedade rústica e urbana, os terrenos estatais ou municipais e os baldios) e os instrumentos de planeamento (PDM, PU, PP, loteamentos e obras e outros planos de ordenamento). Características do solo e do subsolo

sob os pontos de vista geológico, geotécnico e hídrico

Servidões e restrições de utilidade pública, recursos existentes, avaliação das potencialidades e riscos, potencialidades e riscos.

Características do solo e do meio aquático sob os pontos de vista vegetal e animal

Servidões e restrições de utilidade pública, utilização do solo e do meio aquático, potencialidades.

Património arqueológico e histórico Valores a preservar e respectivas áreas de protecção. Infra-estruturas de saneamento básico,

energia e telecomunicações Sistemas de infra-estruturas de saneamento básico (abastecimento de água, esgotos e lixos), de distribuição de energia, de telecomunicações e de infra-estruturas de segurança (combate a incêndios e iluminação pública).

Infra-estruturas de circulação e

transportes Servidões e restrições de utilidade pública, rede rodoviária nacional, municipal e urbana, rede ferroviária, rede fluvial, portos e rotas de navegação, aeroportos e rotas de navegação e transportes colectivos.

Equipamentos Servidões e restrições de utilidade pública, equipamentos colectivos e mobiliário urbano.

Fontes poluidoras e áreas sujeitas a

poluição Poluição sonora, do ar, da água e do solo.

Ocupação do solo e dos edifícios Classes de uso dominante, categorias dominantes e ocupação dos edifícios. Fonte: Adaptado de Mendes, 1993.

Quadro 6

Informação necessária à realização de estudos em planeamento municipal

Estudos a Desenvolver Informação Necessária Estudos de caracterização física Componentes fisiográficas do terreno;

Ocupação actual do solo; Capacidade de uso do solo; Caracterização de tipos de solo; Recursos do subsolo e jazidas minerais; Recursos hídricos de superfície; Recursos hidrogeológicos. Estudos de caracterização social Propriedade rústica e urbana;

Indicadores de caracterização demográfica; Indicadores de caracterização social. Estudos de caracterização económica Propriedade rústica e urbana;

Indicadores de caracterização do tecido produtivo;

Caracterização das relações de interdependência do tecido produtivo. Estudos de caracterização urbanística Limites dos aglomerados;

Sistema de infra-estruturas de comunicações entre aglomerados urbanos; Relações entre aglomerados urbanos;

Áreas de identidade urbana; Relações entre áreas intra-urbanas; Património arquitectónico e urbanístico; Características funcionais dos edifícios; Características das redes de infra-estruturas;

Características de processos de planeamento de nível superior e inferior. Fonte: Adaptado de Neves, 1996.

Referências

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