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BDC BANCO DE DADOS CLIMATOLÓGICO. José Roberto Motta Garcia *, 1 Luciana dos Santos Machado de Carvalho *, 2 Helio Camargo Junior *, 3

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Academic year: 2021

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BDC – BANCO DE DADOS CLIMATOLÓGICO

José Roberto Motta Garcia *,1

Luciana dos Santos Machado de Carvalho *,2

Helio Camargo Junior *,3

RESUMO: O Banco de Dados Climatológico é um acervo idealizado para que os usuários possam recuperar dados observados diários e mensais adquiridos de centenas de estações meteorológicas distribuídas por todo o Brasil e América do Sul. Algumas delas possuem dados desde 1888. Até agora temos um acervo de precipitação e temperaturas máxima e mínima, tanto diária como mensal, de dezenas de instituições meteorológicas. Apesar de manipular apenas estes poucos tipos de dados o BDC está preparado para gerenciar qualquer outro tipo de observação no formato diário e mensal. O objetivo principal é responder rapidamente questões que são, em geral, difíceis ou trabalhosas de responder dada a grande quantidade de informações. Há operacionalmente uma interface que atende nossos colaboradores internos mas uma nova interface externa está sendo desenvolvida para divulgação pública.

ABSTRACT: The Climate Database is a large database which users can retrieve daily and monthly observations acquired from thousands of meteorological stations spread all over Brazil and South America. Some of them report these observations since 1888. Up to now we have accumulated precipitation and maximum and minimum temperature as much daily as monthly data, from dozens of meteorological institutions. Despite managing only these few types BDC is prepared to manage any kind of daily and monthly observation data. It´s main goal is to quickly answer questions that are, in general, hard to answer due to the large amount of data. Now a days there is, in production level, an interface which is used by our internal staff but a new one is being developed to serve external users.

Palavras-chave: dados meteorológicos, banco de dados, dados históricos.

INTRODUÇÃO

O CPTEC – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, referência nacional na área de meteorologia, tem como função realizar Previsões de Tempo Diárias e Previsões Climatológicas Mensais para o Brasil e desenvolver Pesquisas Científicas na Área de Ciências Ambientais.

As Previsões de Tempo e Clima são realizadas através de cálculos matemáticos feitos pelos Sistemas de Modelagem Numérica. Para que estes Sistemas ou Modelos, como também são chamados, sejam executados são necessárias algumas informações como: os dados meteorológicos medidos por estações meteorológicas, dados fornecidos por Satélite e Aeroportos, entre vários outros. Todos estes dados precisam ser processados para serem utilizados pelos Modelos.

* CPTEC/INPE – Rod. Pres. Dutra, km 40 – Cach. Pta / SP CEP: 12630-000 1 (12) 3186-8405 – garcia@cptec.inpe.br

2 (12) 3186-8608 – lmachado@cptec.inpe.br

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Como complemento a este processo, os dados recebidos são adicionados a um acervo já existente de dados diários e mensais de precipitação e temperatura máxima e mínima. Este acervo, que cresce a cada dia, consegue rapidamente responder questões sobre o comportamento das observações mais relevantes a sociedade, utilizadas pelo nosso Setor de Atendimento ao Usuário e, por isso, tem se mostrado ser uma ferramenta valiosa para conseguir realizar os objetivos principais do CPTEC.

O BANCO DE DADOS CLIMATOLÓGICO (BDC)

A motivação para a criação do BDC surgiu a partir do momento em que as perguntas feitas sobre os dados observados começaram a demorar para ser respondidas, tais como: Qual a cidade do sul do Brasil que mais choveu em Janeiro de 2004? Quais as maiores temperaturas máximas do Centro-Oeste brasileiro em todos os tempos? Quando houve precipitação similar a que ocorreu em Janeiro deste ano no estado de São Paulo? Para respondê-las, várias pessoas eram envolvidas. Cada uma delas procurava a resposta em arquivos em formatos distintos que depois eram compilados para somente depois serem respondidas.

A idéia do BDC surgiu a partir destas dificuldades e foi idealizado de modo que este trabalho seja feito em instantes, bastando para isso preencher alguns campos de input e executar a pesquisa no computador através de alguns cliques. Como isso, conseguimos não só reduzir o tempo de resposta como também a economia de recursos humanos e a organização dos dados.

A área de abrangência do BDC engloba toda a América do Sul, no entanto 96% (noventa e seis porcento) das ~10.000 (dez mil) estações meteorológicas cadastradas localizam-se dentro do território brasileiro. Estas estações pertencem a diversas instituições que foram coletando informações ao longo do tempo. A diversidade de formatos dentre os dados das diferentes instituições constituiu em um grande obstáculo a ser vencido no momento de carregar o BDC com os dados. Adicionado a isto, há o fato de que não são somente os dados que devem ser carregados, mas também as informações sobre as estações que os reporta.

Paralelamente a criação da estrutura de armazenamento dos dados observados e ao trabalho de carga do banco, foi definido “como” o usuário faria para extrair as informações do banco de dados. Para isso, foi construída uma interface web interna (Figura 1) que funciona em nossa

Intranet. Ela possui como característica principal o fato de ter seus inputs centralizados, ou seja, em

apenas uma tela consegue-se definir tempo, espaço e tipo de dado que se deseja consultar, não necessitando percorrer várias páginas para realizar as consultas.

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Área de escolha do tipo Área de escolha do tempo Área de escolha do espaço

Figura 1: Tela principal do BDC

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

controle de qualidade

Objetivando ter uma confiança maior nos dados fornecidos, foi idealizado um sistema de controle de qualidade em 3 níveis. O trabalho de configuração de cada um deles é diretamente proporcional ao nível de precisão dos limites estipulados, ou seja, quanto mais apurado se deseja que o controle de qualidade seja, mais trabalho deve ser dispendido para configurá-lo.

O controle de qualidade existe nos níveis global, setorizado e por estação. Para configurá-los foram definidos limites máximos e mínimos aceitáveis para cada variável manipulada.

Para o controle global, foram estabelecidos um valor máximo e um valor mínimo que cada variável pode atingir dentro do domínio de atuação do BDC. O escopo global serve para eliminar os valores absurdos no banco de dados, ou seja, os erros de digitação ou leitura dos sensores que capturam os valores. Quando um valor se encontra fora dos limites estabelecidos no controle global, o dado é automaticamente movido para um arquivo separado, com o intuito de não prejudicar o processamento das pesquisas aumentando a quantidade de registros.

Para o controle setorizado, primeiramente foi feito um trabalho de divisão do domínio global do BDC em setores (Figura 2) e depois foram estabelecidos um valor máximo e um valor mínimo que cada variável pode atingir dentro de cada setor. O escopo setorizado serve para alertar os usuários quanto à possibilidade de um valor ser suspeito. Quando um valor se encontra fora dos

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limites estabelecidos no controle setorizado, o dado é automaticamente marcado com uma codificação especial que aparece na tela de consulta e o dado permanece no arquivo principal.

Figura 2: Divisão dos setores do controle de qualidade

O controle por estação meteorológica, por ser de difícil execução, ainda não está implementado, mas o banco de dados está preparado. Para que ele funcione, devem ser estabelecidos um valor máximo e um valor mínimo que cada variável pode atingir em determinadas estações meteorológicas. O escopo por estação foi idealizado para que os limites estabelecidos no controle setorizado não precisassem ser “relaxados” por causa de ocorrências discrepantes conhecidas por todos dentro de um setor, ou seja, para que os limites setorizados não precisassem ser aumentados ou diminuídos por causa de cidades como São Joaquim/RS e Campos do Jordão/SP (no aspecto de temperatura) e Ubatuba/SP (no aspecto de precipitação). Quando um valor se encontra fora dos limites estabelecidos no controle por estação, o dado é automaticamente marcado com uma codificação especial que aparece na tela de consulta e o dado permanece no arquivo principal.

período de dados e falhas

Antes de consultar um valor, o usuário necessita escolher qual estação meteorológica ele deseja consultar. O BDC possui umas rotinas internas que atualizam de periodicamente a data que a estação possui o primeiro e último dado reportado. Além disso, as rotinas fazem uma contabilidade

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em relação às falhas (tempo sem informação) que cada estação meteorológica ficou sem informar algum dado. Estas informações são mostradas ao usuário no momento que ele escolhe as estações que deseja consultar (Figura 3) e serve para facilitar a escolha das estações, evitando que o usuário escolha um período em que a estação não estava operando ou mesmo escolha uma estação com muitas falhas.

Figura 3: Interface BDC para escolher as estações meteorológicas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

z Silberschatz, A.; Korth, H.; Sudarshan, S. Sistemas de Banco de Dados, São Paulo, Makron Books, 1999. Terceira Edição, 778 p.

z Silberschatz, A.; Korth, H.; Sudarshan, S. Data Models, ACM Computing Surveys, v. 28, n. 1, Mar 1996.

z Codd, E. F. A relational model for large shared data banks. Communications of the ACM, v. 13, n. 6, Jun 1970.

z Rumbaugh, J. Modelagem e Projeto Baseado em Objetos. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1994.

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