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REGULAMENTO GERAL DE ÁGUAS E ESGOTOS E SUA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS. REVISÃO REGULAMENTAR EM CURSO, COM FOCO NAS

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Academic year: 2021

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EVISÃO REGULAMENTAR EM CURSO

,

COM FOCO NAS DISPOSIÇÕES RELATIVAS ÀS REDES DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO

POR ÁGUA

Armando Silva Afonso

Presidente da Direção da ANQIP (Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais)

(2)

REVISÃO DO REGULAMENTO GERAL DE ÁGUAS E

ESGOTOS

J

USTIFICAÇÃO E OBJETIVOS

:

O Decreto Regulamentar n.º 23/95, publicado há cerca de 20 anos, tem constituído uma referência estável para projetistas, donos de obra e instaladores, que permitiu a estabilização de diversas práticas no setor, aspeto que pode ser considerado como positivo.

(3)

Contudo, ao longo das últimas décadas, verificaram-se

importantes desenvolvimentos no âmbito destas instalações prediais, como, por exemplo, o aparecimento de novos

materiais e soluções técnicas, a relevância crescente das exigências ambientais, de sustentabilidade e de saúde pública, a publicação de diversos normativos europeus, o

desenvolvimento e consolidação de novas especialidades nos edifícios (como o SCIE) e ainda alterações na conceção dos sistemas, em resultado da investigação que tem vindo a ser prosseguida em diversos países neste domínio.

(4)

Por tal motivo, pode afirmar-se que o Decreto

Regulamentar n.º 23/95, na sua parte predial, revela

atualmente uma significativa desatualização, que impõe a sua urgente e profunda revisão, incluindo a

compatibilização com outras especialidades, como o SCIE.

A ANQIP, em articulação com a ERSAR, está presentemente a desenvolver uma proposta de revisão para o

(5)

A ANQIP (Associação Nacional para a Qualidade nas Instalações Prediais) é a associação que representa o sector das instalações prediais em Portugal.

É uma associação de carácter técnico-científico e sem fins lucrativos, que tem entre os seus associados (atualmente cerca de 200) diversas Universidades e Institutos

Politécnicos (14), empresas de referência (perto de 50), Entidades Gestoras (EPAL, AdRA, etc.), associações do sector, etc.

(6)

A manutenção do atual Regulamento Geral de águas e esgotos é particularmente lesiva para o sector, dado que:

a) Impede a aplicação de novas conceções, já generalizadas noutros países;

b) Condiciona a aplicação de novos materiais, sistemas e soluções técnicas;

c) Não enquadra soluções de sustentabilidade e eficiência hídrica, cada vez mais prementes;

d) Não está articulada com outra legislação portuguesa entretanto publicada (como a SCIE).

(7)

E

STRATÉGIA

:

Para a revisão do Decreto Regulamentar n.º 23/95, (parte predial) a ANQIP constituiu a Comissão Técnica CTA 1201. Esta CTA funciona a três níveis:

a) O Plenário dos membros da CTA 1201; b) A Comissão de Redação;

(8)

O Plenário dos membros da CTA 1201 é o principal órgão da Comissão, ao qual compete propor, em detalhe, as propostas de revisão.

Reúne periodicamente, mas o seu contributo é feito

essencialmente entre reuniões, através do envio voluntário e espontâneo à ANQIP de propostas individuais dos seus

membros.

As reuniões periódicas visam, essencialmente, efetuar uma análise crítica dos articulados que vão sendo elaborados pela Comissão de Redação, com base numa síntese dos contributos dos membros.

(9)

A Comissão de Redação da CTA 1201 é um órgão interno da ANQIP, composto por quadros da Associação.

Funciona em permanência, competindo-lhe elaborar, com base nos contributos recebidos dos membros da CTA, o articulado da proposta de revisão a ser posteriormente enviado à ERSAR ou utilizado em reuniões conjuntas com outras entidades externas, envolvidas também na revisão do RG.

(10)

A Comissão de Acompanhamento da CTA 1201 é um órgão consultivo da ANQIP, composto por cinco membros

convidados, com inquestionável mérito técnico-científico ou com responsabilidades relevantes no sector.

Esta Comissão é consultada quando necessário, e tem como competências principais apoiar a ANQIP na definição de linhas gerais do documento, dar parecer sobre eventuais divergências ou contradições em propostas apresentadas pelos membros da CTA e auxiliar a ANQIP, perante outras entidades, no

(11)

A Comissão de Acompanhamento da CTA 1201 está atualmente constituída pelos seguintes elementos:

- Prof. Victor Abrantes (Professor da Universidade do Porto)

- Prof. António Tadeu (Professor da Universidade de Coimbra e Presidente da Direção do ITeCons)

- Prof. Armando Silva Afonso (Professor da Universidade de Aveiro e Presidente da Direção da ANQIP)

- Eng.º Luís Branco (Diretor da DRC da EPAL)

- Eng.º Fernando Vasconcelos (Administrador da AdRA - Águas da Região de Aveiro/Grupo AdP)

(12)

C

RONOGRAMA

:

Neste momento está concluída a revisão do capítulo referente à drenagem pluvial e está em conclusão a revisão do capítulo referente à drenagem de águas residuais domésticas.

Seguidamente irá ser revisto o capítulo referente à

distribuição de água (que incluirá as redes hidráulicas de combate incêndios).

(13)

A

RTICULAÇÃO ENTRE O

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DIFÍCIOS

No que se refere às redes hidráulicas de combate a incêndios, é indispensável articular os dois regulamentos, referindo-se seguidamente, a título de exemplo, diversos aspetos onde a necessidade dessa articulação se torna evidente.

(14)

1. Caixa do contador

A caixa do contador constitui um ponto delicado, sobre o qual existem práticas e interpretações diferentes por parte das diversas entidades gestoras em Portugal.

Na realidade, a passagem direta da água para alimentação de carreteis ou reservatórios do SI deveria ser a regra, mas muitas entidades gestoras não prescindem da alimentação através de um contador, para prevenir usos abusivos da água do serviço de incêndio.

(15)

Embora se compreenda esta preocupação financeira por parte da entidade gestora, a contagem da água do serviço de incêndio apresenta diversos inconvenientes, como sejam: a) Necessidade de um contador separado do da rede

sanitária, pois os calibres necessários são, em geral,

muito diferentes e o rigor da medição exige o ajuste do calibre do contador ao caudal passado;

b) Este contador dedicado terá, em princípio, custos fixos mensais elevados para o consumidor;

(16)

c) Este contador irá introduzir perdas de carga elevadas na rede de distribuição, o que poderá ser muito

inconveniente, por exemplo, no caso da alimentação direta de carretéis;

d) O contador ficará provavelmente ocioso (em certos casos, não funcionará, em princípio, enquanto não houver uma situação de incêndio). Os contadores nestas condições, quando solicitados ao fim de muitos anos, podem nem funcionar (a menos que a entidade gestora proceda à sua substituição periódica, o que não é previsível), o que leva a questionar o interesse da sua existência.

(17)

contador, que estaria normalmente fechado (válvula selada) e só seria aberto em situação de incêndio, mas esta opção levanta questões operacionais (quem abre o by-pass? numa situação de emergência, com atuação de 1ª intervenção, quem se lembra? etc…). Em qualquer caso, nesta solução a alimentação da RI está sempre garantida através do

contador, embora com elevadas perdas de carga.

RS

RI da rede

(18)

Neste momento está em discussão a melhor solução para este problema, para o qual não se conseguiu ainda uma proposta consensual junto das diversas entidades gestoras. Mas será seguramente um aspeto em relação ao qual a

ANQIP não deixará de procurar (e incluir na proposta do

novo Regulamento Geral) uma resposta adequada do ponto de vista técnico-financeiro.

(19)

2. Dimensionamento hidráulico das redes

Este é um ponto que carece de clarificação, na opinião da ANQIP.

Os projetos de Segurança Contra Incêndios em Edifícios devem indicar quais os meios de intervenção a considerar no edifício, as suas características e localização, mas não incluem o dimensionamento hidráulico das redes.

Contudo, o atual Regulamento Geral de águas e esgotos também não refere este dimensionamento.

(20)

Para colmatar este hiato, a proposta do novo Regulamento incluirá um novo capítulo dedicado ao dimensionamento

hidráulico das redes de combate a incêndios em edifícios.

Contudo, as respetivas bases e critérios de dimensionamento devem ser definidas em sede da regulamentação de SCIE, o que tem estado a ser desenvolvido através da publicação, sob a forma de Despachos, das Notas Técnicas n.º 13, 14, 15 e 16. Este é um ponto onde se revela da maior importância a

articulação entre os dois regulamentos, definindo claramente o que compete a cada um.

(21)

3. Simbologia

A simbologia utilizada nos projetos de SCIE e a simbologia utilizada no Regulamento Geral de águas e esgotos, para as mesmas redes e órgãos acessórios, é substancialmente

diferente.

Esta situação é suscetível de criar obvias confusões e complica a articulação entre os dois projetos, pelo que deverá ser corrigida. Em princípio, será adotada no

Regulamento Geral a simbologia dos SCIE (embora possam existir exceções em relação a órgãos comuns ou redes).

(22)

4. Drenagens

A regulamentação técnica do SCIE prevê a necessidade, em diversas situações, de fossas de retenção e de sistemas de drenagem da água utilizada no combate a incêndios.

Também neste caso é importante a articulação entre os dois regulamentos, definindo o RT-SCIE as bases e critérios de dimensionamento para estas drenagens e o

Regulamento Geral as condições de integração com os restantes sistemas de drenagem sanitária do edifício e o dimensionamento hidráulico conjunto.

(23)

Nas redes hidráulicas de combate a incêndios, a estagnação prolongada da água provoca um decaimento dos teores de cloro e uma degradação acentuada da qualidade da água, que a torna imprópria para consumo humano.

A interligação de redes pode contaminar a rede sanitária e criar diversos problemas de saúde pública (incluindo

legionella).

O problema pode verificar-se, por exemplo, nas ligações entre as duas redes antes ou depois do contador e nas interligações entre reservatórios.

(24)

Existem rotinas de manutenção que podem minorar este problema, mas a legislação atual não exige (ainda) esses procedimentos.

Do ponto de vista técnico, podem adotar-se outras

soluções, como a instalação de válvulas antipoluição, a obrigatoriedade da alternância de utilização dos

reservatórios ou ainda sistemas de garantia da qualidade da água em reservatórios por recirculação com recloragem.

Nas figuras seguintes mostram-se dois exemplos de más práticas.

(25)

Aveiro

Reservatórios separados para combate a incêndio e de água sanitária, mas com possível interligação para uso do RASI quando falta água no

(26)

Hotel residencial na Figueira da Foz

Entrada de água no reservatório do SI submersa e ausência de descarregador de superfície no RASI.

(27)

C

ONCLUSÕES

A articulação entre o Regulamento Geral de águas e esgotos, na sua parte predial (e, de certo modo, também na parte

pública), e o Regulamento Técnico de SCIE é de importância evidente e não existiu no passado.

O facto de as duas regulamentações se encontrarem

simultaneamente em revisão cria uma oportunidade para

corrigir essas falhas de articulação e construir um quadro legal coerente no sector.

(28)

A facto de uma mesma entidade técnico-científica

representativa do sector das instalações prediais (a ANQIP) estar envolvida nas duas revisões (como consultor convidado, no caso do RT-SCIE e Notas Técnicas complementares, e como autor da proposta de revisão, no caso do Regulamento Geral português de águas e esgotos) poderá seguramente facilitar esta articulação, estabelecendo a necessária ponte entre as diversas entidades envolvidas nestes processos.

(29)

Obrigado pela atenção dispensad

a

ARMANDO SILVA AFONSO

LISBOA, MAIO DE 2015

Referências

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