Provas de Mestrado em Urbanismo
e Ordenamento do Território
DA PROGRAMAÇÃO À GESTÃO DE PLANOS
JÚRI|
Presidente
:
Professora Maria Beatriz Marques Condessa
Orientador: Professor José Álvaro Pereira Antunes Ferreira
Vogal: Professor Amílcar José Martins Arantes
CANDIDATO|
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
I–ENQUADRAMENTO
II–METODOLOGIA
III–REVISÃO DA LITERATURA
III–REVISÃO DA LITERATURA
IV–CASO DE ESTUDO
V–MODELO DE PROGRAMAÇÃO E GESTÃO
GRANDES DESAFIOS
Demográfico Económico e
Financeiro
Social Climático Energético
CONTEXTO NACIONAL
- Disponibilidades +NecessidadesCRISE
I
NCERTEZA
C
ULTURA DE
P
LANEAMENTO
I
NVESTIMENTO
QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO
•
Porque é que num PMOT (especificamente num PDM) é necessária a componente de
programação?
• Quais os outputs fundamentais da componente de programação?
•
O que está estipulado pela lei? Responde aos outputs identificados?
• Que metodologias/modelos existentes podem ser aplicáveis na programação de planos?
• De que forma se faz a articulação da componente de programação com a componente de
gestão do plano?
• Como adaptar a programação de um plano à sua natureza de médio/longo prazo?
OBJECTIVOS
•
Estudar os elementos e a estruturação da componente de programação
•
Avaliar os requisitos legais referentes à programação e gestão dos IGT
•
Analisar modelos existentes no domínio da gestão de projectos que possam ser aplicáveis
•
Estudar os fenómenos da incerteza e da contingência, e perceber as suas consequências
•
Conceber um modelo de programação e gestão direccionado para um PDM
•
Estudar os fenómenos da incerteza e da contingência, e perceber as suas consequências
para o processo de planeamento
•
Compreender alguns dos métodos e ferramentas utilizadas para a avaliação do desempenho
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
PONTO DE PARTIDA
QUESTÕES DE
INVESTIGAÇÃO OBJECTIVOS FOCO
ESTADO
DA
CARACTERIZAÇÃO
CASO
CARACTERIZAÇÃO
MEIO
PROGRAMAÇÃO
MODELO DE
PONTO DE CHEGADA
ANÁLISE CRÍTICA PISTAS PARA TRABALHOS FUTUROS+
DA
ARTE
CASO
DE ESTUDO
MEIO
PROCESSO DE PLANEAMENTO
E
LABORAÇÃO DO
P
LANO
Propostas
Programação das
Propostas
G
ESTÃO DO
P
LANO
Implementação
Monitorização
Avaliação
População Políticos Investidores TécnicosPLANO
Plano-Produto
Estrutura de
Apoio à Tomada
de Decisão
PLANO – OBJECTIVOS E ACÇÕES
“Para que se quer um Plano?”
“O que se quer de um Plano?”
OBJECTIVOS
“O que fazer?”
“Quando fazer?”
“Como fazer?”
“Onde fazer?”
“Com quem fazer?”
ACÇÕES
PROGRAMAÇÃO
ÂMBITO
Identificação
TEMPO
Estimativa de durações
Relações de sequencialidade
CUSTO
Orçamentação
ACÇÕES
TIPOS
Financeiros
Não Financeiros
RECURSOS
ALOCAÇÃO
Relações de afectação
CALENDARIZAÇÃO / PRIORIZAÇÃO
Cronograma do Plano
INCERTEZA, RISCO E CONTINGÊNCIA
INCERTEZA
CONTEXTO
COMPLEXIDADE
Factores de Incerteza
Situação de Incerteza
Estado futuro para o qual existe um desconhecimento total
Tem origem em factores de incerteza e é despoletada por acontecimentos de incerteza
INCERTEZA
PRESSUPOSTOS
HORIZONTE TEMPORAL
Acontecimentos de Incerteza
PROCESSO DE
PLANEAMENTO
CONTEXTO
INCERTEZA, RISCO E CONTINGÊNCIA
Factor de Risco
Situação de Risco
FACTORES INTERNOS FACTORES EXTERNOS•
Territoriais
Situação em que é colocada em causa a realização de algum dos objectivos
fundamentais do plano
Variável, controlável ou não, que influencia a intensidade do risco
Acontecimento de Risco
•
Requisitos
•
Equipa
•
Métodos e Técnicas
•
Territoriais
•
Culturais
•
Económicos
•
Político-Legais
Acontecimento, que no caso de ocorrer, desencadeia uma situação de risco
Intensidade de Risco
INCERTEZA, RISCO E CONTINGÊNCIA
Contingência
Teoria da Contingência
Abordagem Contingencial (na Gestão de Projectos)
Abordagem Contingencial (na Gestão de Projectos)
3 premissas essenciais:
(i) Os projectos diferenciam-se de acordo
com vários critérios
(i) Os critérios de sucesso dos projectos
devem variar conforme o tipo de projecto
(i) As práticas de gestão de projecto devem
variar com o tipo de projecto
Novidade Ritmo Tecnologia Complexidade Derivativo Plataforma Inédito Baixa Média Alta Super. Alta Matriz SistemaMontagem Urgente Tempo / Crítico Regular Rápido Projecto 1 Projecto 2 Projecto 3 Fonte: Shenhar et al., 2007 [adaptado]
DESEMPENHO
Conformidade vs Desempenho
D
ESEMPENHO
Eficácia
Eficiência
+
Sistema de Medição
Dimensão i Dimensão n-i
Dimensão n AMBIENTE (Meio envolvente) Sistema de Medição do Desempenho Métricas Métricas Métricas
Avaliação
do
Desempenho
DESEMPENHO
Key Performance Indicators
Balanced ScoreCard
Inteligíveis
Mensuráveis
De fácil medição
Específicos
Medição global do desempenho
Específicos
Em pequeno número
Realistas
Orientados para a acção
Bem balizados no tempo
Conjugação de 4
perspectivas distintas
GESTÃO FLEXÍVEL
Abordagem do tipo IF/THEN ? Não...
D
INÂMICA DEI
MPLEMENTAÇÃOTempo
Incerteza
Atributos do Plano
Complexidade
Contexto
+
Modelo “AGILE”
Fonte: Howell et al. 2009
Projecto 2 Novidade Ritmo Tecnologia Complexidade Derivativo Plataforma Inédito Baixa Média Alta Super. Alta Matriz SistemaMontagem Urgente Tempo / Crítico Regular Rápido Projecto 1 Projecto 3 Fonte: Shenhar, 2012
Fonte: Shenhar et al., 2007 [adaptado]
CONCELHO DE SANTIAGO DO CACÉM
Área = 1060 km
2População = 29.749 hab.
11 freguesias
8 km de frente de costa
Faixa lagunar – Lagoa
de Santo André
Serras de Grândola e do
Cercal
Tipologias de
povoamento distintas
Formas de ocupação do
solo diferenciadas
Ruínas de Miróbriga
PDM DE SANTIAGO DO CACÉM
LE I
Valorização e Conservação
do Património Natural
LE II
Qualificação e Inovação da
Base Económica
LINHAS
ESTRATÉGICAS
Planta de Ordenamento
LE III
Melhoria e Sustentabilidade
da Mobilidade
LE IV
Equilíbrio
e
Coesão
dos
Espaços Urbano e Rural
LE TRANSVERSAL
Governança e Relações com
PROGRAMAÇÃO E GESTÃO – LEI E REALIDADE EM PORTUGAL
RJIGT
Define a arquitectura do sistema de avaliação
através da obrigatoriedade de elaboração de
REOT em cada um dos âmbitos do sistema de
gestão territorial, com periodicidade bienal
(art.º28)
Dever
da
“permanente
avaliação
da
adequação e
concretização da disciplina
Conteúdo material do PDM - Identificação dos
meios disponíveis face às acções propostas (art.º
85º nº1, alínea d)) e a programação de execução
dessas acções (alínea m) do mesmo artigo)
Conteúdo documental do PDM - Programa de
execução, contendo designadamente disposições
indicativas sobre a execução das intervenções
LBOTU
RJIGT
PROGRAMAÇÃO
GESTÃO
adequação e
concretização da disciplina
consagrada” nos IGT, “bem como dos efeitos
significativos da sua execução no ambiente”
(art.º 144º)
indicativas sobre a execução das intervenções
municipais previstas, bem como sobre os meios de
financiamento das mesmas (art.º 86º, nº2, alínea
d))
•
Fraca implementação de
processos de monitorização e
avaliação
D
EBILIDADES
A realidade ...
•
PE com conteúdo vago
•
PE com pouca sustentação e detalhe
nas estimativas de investimento
•
Não articulação com os instrumentos
de gestão financeira do município
O MODELO
Estrutura-base
MODELO
Componente 1 Componente ComponenteComponente 1 –
Programação
Componente 2 –
Articulação da
Programação com a Gestão
Componente 3 -
Gestão
Principais Objectivos
Programar as acções do plano por forma a dar contributos efectivos para a gestão do mesmo
Gerar um sistema que permita compilar, processar e analisar as informações sobre os progressos
alcançados pelo plano
Fornecer informações aos responsáveis de tomada de decisão sobre o desempenho do plano
Prever procedimentos de adaptação do plano
3 2
COMPONENTE 1 - PROGRAMAÇÃO
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3
PLANO OBJECTIVOS ACÇÕES TAREFAS
WBS do Plano Acções Instrumentos de Gestão Financeira do Município Restrições de Recursos Financeiros Características das Acções e Tarefas Acções Estratégicas Acções não Estratégicas Alocação dos Recursos Financeiros Calendarização
COMPONENTE 1 - PROGRAMAÇÃO
INVENTARIAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ACÇÕES
LINHA ESTRATÉGICA OBJECTIVOS SUB-OBJECTIVOS ACÇÕES TAREFAS
I 3 - 10 19
II 2 4 8 8
III 2 2 7 20
IV 3 - 6 44
Transversal 3 - 3
-ORÇAMENTAÇÃO DAS ACÇÕES
ORÇAMENTAÇÃO TOTAL DO PLANO 209.980.000 € 100% INVESTIMENTO TOTAL DA CÂMARA MUNICIPAL 63.130.000 € 30% INVESTIMENTO TOTAL DE OUTROS ACTORES 146.850.000 € 70% 13% 6% 55% 25% 1%
Investimento Total Câmara Municipal -repartição por âmbito temático
LE I LE II LE III LE IV LE Transversal 29% 54% 17%
Investimento Total Câmara Municipal -repartição por âmbito temporal
CP / MP LP
COMPONENTE 1 - PROGRAMAÇÃO
Curto Prazo / Médio
Prazo
Longo Prazo
Muito Longo
Prazo
TOTAL
LE I
3.450.000 € 3.260.000 € 1.385.000 € 8.095.000 €LE II
2.120.000 € 1.550.000 € 500.000 € 4.170.000 €LE III
4.250.000 € 21.700.000 € 8.700.000 € 34.650.000 €LE IV
8.005.000 € 7.435.000 € 100.000 € 15.615.000 €LE Transversal
600.000 € 0 € 0 € 600.000 €TOTAL
18.500.000 € 33.945.000 € 10.685.000 63.130.000 €ALOCAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS
ALOCAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS
(€)
2007
2008
2009
2010
2011
5 Anos
Média
Receitas Correntes Sub Total 16.965.522 17.910.396 18.941.708 19.181.497 18.205.272 18.240.879 Receitas de Capital Sub Total 6.463.594 5.941.817 9.747.123 4.827.826 8.526.767 7.101.425 Receitas Totais 23.429.116 23.852.213 28.688.831 24.009.323 26.732.039 25.342.304Execução Orçamental da Receita
COMPONENTE 1 - PROGRAMAÇÃO
Média 5 Anos
(%)
Impostos directos
4.562.529 € / ano 10 456.253 €/anoTaxas, Multas e Outras Penalidades
668.269 € / ano 75 501.202 €/anoPassivos financeiros
1.917.636 € / ano 20 383.527 €/anoTOTAL
7.148.433 € /ano 23 1.340.982 €/anoExecução Orçamental da Despesa
Média 5 anos
Despesas de Capital
(Investimentos)
4.687.890 €Novos Investimentos
2.952.590Investim. em
Ano 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Acções / Tarefas a decorrerem (n) 9 28 31 32 33 28 29 33 35 35 Investimento (€) 696.000 2.086.000 2.130.000 1.878.500 1.753.500 1.846.000 2.031.000 1.881.000 2.046.000 2.151.000CALENDARIZAÇÃO DO PLANO
Investim. em
Conservação/Manutenção
1.735.300 €Despesas Totais
25.329.698 €COMPONENTE 2 – ARTICULAÇÃO ENTRE PROGRAMAÇÃO E GESTÃO
Horizonte do Plano t0 t1 tn A1 (t0) A2 (t0) O1 (t0) KPI O1 (t1) O1 (tn) KPI KPI KPI . . A1 (t1) A2 (t1) . . A1 (tn) A2 (tn) . . C1 (t0) (Cenário escolhido) C1’ (tn) Indicadores de Estado An (t0)Info (t0) Info (t1) Info (tn)
≠ ≠ . An’ (t1) . An (tn) . (Cenário atingido) Legenda: A i – Acção C i– Cenário OI – Objectivo
COMPONENTE 3 – GESTÃO
Perspectiva da População Perspectiva do Plano
Objectivos Acções Objectivos Acções
PDM
Santiago do Cacém
– ESTRATÉGIA –
Perspectiva da Administração Municipal Perspectiva dos Investidores
Objectivos Acções Objectivos Objectivos Objectivos Procedimentos de Adaptação necessários Acções Acções KPIs OBJECTIVOS
KPIs OBJECTIVOS KPIs OBJECTIVOS
KPIs OBJECTIVOS KPIs ACÇÕES KPIs ACÇÕES KPIs ACÇÕES KPIs ACÇÕES Acções Procedimentos de Adaptação necessários Procedimentos de Adaptação necessários Procedimentos de Adaptação necessários
CONCLUSÕES
Contributo para uma atitude de pragmatismo operacional do plano, tendo
sempre como meta a efectiva implementação do mesmo
Incorporação e destaque dado à dinâmica do processo de planeamento, ao
serem introduzidas temáticas como a incerteza e a contingência mas
também ao explorar-se respostas a este atributo do processo, como foram
os casos da abordagem contingencial e da avaliação do desempenho
Reforço
de uma abordagem alargada ao plano, vertido no não
desligamento entre o plano e o contexto / ambiente específico em que se
integra
Proposta de um modelo de programação flexível associada a um sistema de
avaliação in continuum que permite, ao plano, uma reacção efectiva e um
ajuste às mudanças registadas no contexto em que se insere
DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
Detalhar o funcionamento do modelo, nomeadamente através do:
- Desenvolvimento de indicadores de desempenho adequados
- Estudo e proposta de mecanismos de adptação do plano
Aplicar as componentes 2 – articulação entre programação e
gestão – e 3 – gestão – do modelo ao PDM de Santiago do Cacém
Validar e ajustar o modelo para os diferentes tipos de PMOT (base
Validar e ajustar o modelo para os diferentes tipos de PMOT (base
em casos reais)
Estes desenvolvimentos futuros só poderão contribuir para uma prática de planeamento
mais eficaz e eficiente em Portugal se forem enquadrado por ...
Alteração ao enquadramento legal
Alteração de atitude nas entidades promotoras dos planos
DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
Proposta de Lei n.º 183/XII
(3 Outubro de 2013)
Artigo 56.º - Programação da execução
Os programas e planos territoriais estabelecem a programação da respetiva execução, a qual deve conter, em função do tipo de plano ou programa a executar:
•A explicitação dos respetivos objetivos e a identificação das intervenções consideradas estratégicas ou estruturantes;
•A descrição e a estimativa dos custos individuais e da globalidade das ações previstas bem como dos respetivos prazos de execução;
respetivos prazos de execução;
•A ponderação da respetiva sustentabilidade ambiental e social, da viabilidade jurídico-fundiária e da sustentabilidade económico-financeira das respetivas propostas;
•A definição dos meios, dos sujeitos responsáveis pelo financiamento da execução e dos demais agentes a envolver;
•A estimativa da capacidade de investimento público relativa às propostas do plano territorial em questão, tendo em conta os custos da sua execução.
•Os elementos referidos no número anterior integram, de forma autónoma, o programa de execução e o plano de financiamento dos programas e planos territoriais.
•A programação da execução dos programas e planos territoriais estabelece as ações tendentes à sua execução, define o modo e os prazos em que estas se processam e identifica os responsáveis pela execução e respetivas responsabilidades.
•São instrumentos de programação, designadamente, as unidades de execução e as operações de reabilitação urbana delimitadas pela câmara municipal nos termos previstos na lei.
A programação dos planos territoriais de âmbito intermunicipal ou municipal é obrigatoriamente inscrita nos planos de atividades e nos orçamentos municipais, nos termos e condições previstos na lei.
DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
Artigo 57.º - Monitorização e avaliação Artigo 57.º - Monitorização e avaliação
•Todos os programas e planos territoriais devem definir parâmetros e indicadores que permitam monitorizar a respetiva estratégia, objetivos e resultados da sua execução.
•O Estado, as Regiões Autónomas e as autarquias locais recolhem a informação referida no número anterior e promovem a elaboração dos respetivos relatórios de execução, bem como a normalização de fontes de dados e de indicadores comuns, no prazo e condições a definir na lei.
•A informação referida no número anterior é disponibilizada publicamente, através dos meios informáticos adequados e que promovam a interoperabilidade e a articulação a nível nacional, regional e local.
•A necessidade da alteração, revisão ou revogação de um programa ou plano territorial fundamenta-se no respetivo relatório de execução.