• Nenhum resultado encontrado

Fibromialgia Aspectos práticos. Eduardo S. Paiva Professor Assistente Reumatologia Universidade Federal do Paraná Curitiba

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Fibromialgia Aspectos práticos. Eduardo S. Paiva Professor Assistente Reumatologia Universidade Federal do Paraná Curitiba"

Copied!
92
0
0

Texto

(1)

Fibromialgia – Aspectos

práticos

Eduardo S. Paiva

Professor Assistente Reumatologia

Universidade Federal do Paraná Curitiba

(2)

Conflito de interesses

• Advisory board

– Mundipharma – Grünenthal

(3)
(4)
(5)

Agenda

• Diagnóstico

• Diagnóstico diferencial • Tratamento

(6)

Caso clínico

• Uma mulher de 50 anos apresenta

queixa de três anos de duração de dor em todo o corpo, sono não reparador e cansaço. Refere também que sua memória está ruim, além de tristeza e desânimo. Relata sensação de inchaço nas articulações. A dor tende a ser pior no final do dia.

(7)
(8)

Dicas da pré-consulta

• Ela traz uma sacola de exames.

• Ela preencheu o FIQR adicionando

itens e complementando a escala VAS com observações.

• Ela folheia rapidamente as revistas,

(9)

Dicas da história clínica

• “ Sabe como me chamam, doutor? Maria

das Dores!”

• “ Eu sou bastante resistente à dor, então

quando reclamo, é porque a dor é muito forte”

• “Me chamam de “fresca” pois ninguém

pode me abraçar ou apertar que dói”

• “A Sra consome bebida alcóolica? Nem

(10)
(11)

Ao exame físico

• Ausência de sinovite, com boa ADM

das articulações.

• Dor à palpação de toda a musculatura, com algumas áreas mais enduradas do que outras.

(12)
(13)

Fibromialgia

• Síndrome clínica caracterizada por

dor crônica generalizada (PAIN) e dor à palpação da musculatura

(14)

Fibromialgia - epidemiologia

• Prevalência de 0,66 a 4%.

• Brasil: 2,5%. – Senna et al. J Rheumatol 31: 594-7, 2004. • Mulheres: 2% a 11,5%

(15)

Fibromialgia-Sintomas

típicos

• Distúrbios do sono. • Fadiga. • Sintomas cognitivos. • Sintomas somáticos.

(16)

Desencadeamento da Fibromialgia

?

Modificado de Antonio Collado, MD GENES GATILHOS FATORES PERPETUANTES SENSIBILIZAÇÃO DO SISTEMA NOCICEPTIVO SINTOMAS

(17)

COMO FAZER O

DIAGNÓSTICO?

(18)
(19)

Critérios Diagnósticos da

Fibromialgia

• Pela história -- Dor generalizada de

três meses de duração.

• Pelo exame físico -- Pontos

dolorosos (tender points).

– Palpação digital com uma força de 4kg. – Dor em pelo menos 11 dos 18 pontos

pré-definidos.

(20)
(21)
(22)

IDG – Índice de dor generalizada

Onde você teve dor na última semana?

ÁREA SIM NÃO ÁREA SIM NÃO

MANDÍBULA E MANDÍBULA D OMBRO E OMBRO D BRAÇO E BRAÇO D ANTEBRAÇO E ANTEBRAÇO D QUADRIL E QUADRIL D COXA E COXA D PERNA E PERNA D CERVICAL DORSO TORAX LOMBAR ABDOME

(23)

EGS - ESCALA DE GRAVIDADE DOS SINTOMAS

Marque a intensidade dos sintomas, conforme você está se sentindo nos últimos 07 dias

FADIGA (cansaço ao executar atividades) 0 1 2 3 SONO NÃO REPARADOR (acordar cansado) 0 1 2 3 SINTOMAS COGNITIVOS (dificuldade de memória, concentração , etc.) 0 1 2 3 SINTOMAS SOMÁTICOS (Cefaléia, Dor abdominal, Depressão) 0 1 2 3

(24)

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA FIBROMIALGIA 1. IDG ≥ 7 e EGS ≥ 5 ou IDG 3-6 e EGS ≥ 9

1. Os sintomas estiveram presentes em um nível semelhante nos 3 últimos meses

2. O paciente não tem outra doença que explique a dor.

(25)

Fibromyalgianess

(26)
(27)
(28)

Imitadores da FM

• PMR

• AR, LES iniciais • Espondiloartrite • Miosite • Osteomalácia • Mieloma Múltiplo • Medicações • SFC • Depressão • Hipotireoidismo • Hiperparatireoidismo • Diabetes • Apnéia do sono • Medicações • Hipermobilidade • Hepatite C • Lyme • Simulação

(29)

COMO FAZER –

DIAGNÓSTICO

(30)

Como fazer – Diagnóstico diferencial da FM

• História cuidadosa, procurando“red

(31)

Red flags

• Perda de peso

• Nova dor generalizada que apareça

após os 50 anos de idade

• Dor noturna • Nova cefaléia

• Rigidez matinal profunda e

(32)

Como fazer – Diagnóstico diferencial da FM

• História cuidadosa,

procurando“red flags”

• Exame físico cuidadoso

(33)

1) O que pedir sempre:

• Hemograma • VHS

• PCR

(34)

2) O que pedir sempre, mas

sabendo que se vier alterado,

e você tratar, a FM não vai

melhorar:

• TSH

(35)

3) O que pedir de vez em

quando, mas que vale a pena

perseguir se a sua suspeita

clínica for grande:

• Investigação de espondiloartrite • CK - Miopatia por estatinas

(36)

4) O que nunca pedir:

• FAN • FR

• Outros auto-anticorpos

• RM de cada ponto doloroso,

(37)
(38)

Distúrbios do sono

• História do sono é essencial. Ir além do

“dorme bem ?”

• Distúrbio respiratório do sono é

comum em pacientes com FM, e sobrepeso também.

• RLS e PLMS são encontrados em

pacientes com FM.

(39)

Distúrbios do sono

• Considerar polissonografia se o distúrbio

do sono for além do sono não reparador.

• Estudem Síndrome das Pernas Inquietas! Shah et al. J Clin Rheumatol 2006; 12:277-281

(40)
(41)

ANTES DE TRATAR,

QUANTIFIQUE !

(42)
(43)
(44)

Fibromyalgianess

(45)

TRATAMENTO NÃO

FARMACOLÓGICO

(46)

O TRATAMENTO NÃO

FARMACOLÓGICO É O

PRINCIPAL TRATAMENTO DA

FIBROMIALGIA !!

(47)
(48)

Tratamento não

farmacológico

• Educação

• Atividade Física

(49)
(50)
(51)

Educação

• Explicar a fisiopatologia.

• Explicar o papel dos aspectos

emocionais.

• Reassegurar a benignidade.

(52)

Atividade Física

• EXERCISE FOR TREATING FIBROMYALGIA

SYNDROME

Busch AJ, Barber KAR, Overend TJ, Peloso PMJ, Schachter CL.The Cochrane Library, Issue 2, 2008

• Conclusão: Há evidência nível “OURO” na

realização de atividade aérobica supervisionada para pacientes com FM. Exercícios de

(53)
(54)

Exercícios aquáticos

Cuesta Vargas, Adams – Clin Rheumatol (2011) Assis, MR et al. Arthritis Care and Research, 2006. 55(1): 57-65

(55)
(56)
(57)
(58)
(59)

Catastrofização

• Parte cognitiva focada

exclusivamente na dor:

– Magnificação: visão negativa da dor

– Ruminação: pensando continuamente

na dor

– Desesperança: impossibilidade de

(60)

Equipe Multidisciplinar

• Fisioterapeuta • Terapeuta Ocupacional • Educador Físico • Psicólogo • Família

(61)
(62)
(63)

Tratamento farmacológico -

alvos

• SONO • DOR

(64)
(65)

Neuromoduladores

• Pregabalina

(66)

AMPLIFICAÇÃO DOS IMPULSOS NOCICEPTIVOS ASCENDENTES

Staud. artritis Res Ther [serial online]. 2006;8:208; Henriksson. J Rehabil Med. 2003;41(suppl 41):89-94

3. Finalmente, um sinal de dor é enviado ao cérebro desde a haste dorsal 2. Depois, o Ca2+ extracelular e o óxido nítrico se difundem dentro dos neurônios e causam uma

exagerada liberação de sustância P e

glutamato; isto resulta em hiperexcitabilidade neuronal 1. Primero, os impulsos aferentes despolarizam os neurônios da haste dorsal •SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL: •Consequência: HIPERALGESIA e ALODÍNEA

(67)

Pregabalina

• Age no sono e na dor!

• Começar com 75 mg à noite

• Maioria dos pacientes: 150 mg duas

vezes ao dia – tenho concentrado a dose à noite.

• Efeitos colaterais: náuseas,

sonolência,ganho de peso (tendem a estabilizar).

(68)

DULOXETINA

• Age na dor e na depressão.

• Efeitos analgésicos independentes da

ação antidepressiva.

• Aprovada pelo FDA e ANVISA para DNPD,

fibromialgia, transtorno de ansiedade,

depressão, dor crônica (lombalgia e OA de joelhos).

(69)

Modulação da Sensibilização do SNC pelos tratos descendentes de 5-HT e NA

Adapted from: Baron R. Nat Clin Pract Neurol. 2006;2:95-106.

Descending 5-HT neuron - - Descending NE neuron

(70)

DULOXETINA

• Começar 30 mg de manhã após o

café por 7 a 14 dias e depois 60 mg.

• Efeitos colaterais : náusea, cefaleia,

(71)

• Dezessete (17) estudos, 7739 pacientes • Sem diferenças no alívio da dor.

• As três melhores que placebo, exceto:

– DLX não funciona para fadiga

– PGB não funciona para humor deprimido

(72)

TRATAMENTO

FARMACOLÓGICO BASEADO

EM SINTOMAS

(73)
(74)
(75)
(76)

Sono – opções à amitriptilina

• Trazodona • Zolpidem • Tizanidina

(77)
(78)
(79)
(80)

• Pacientes com FM e com opioides:

– Maiores taxas de:

• Desemprego • Disability • Doença psiquiátricas • Suicídio • Abuso de drogas Am J Med (2011) 124, 955-960

(81)

ESTÍMULOS NOCICEPTIVOS

PERIFÉRICOS CONTÍNUOS

(82)
(83)

TRATAMENTO DE

(84)
(85)
(86)
(87)
(88)
(89)

FIBROMIALGIA –

NEUROPATIA DE FIBRAS

FINAS?

(90)
(91)
(92)

OBRIGADO!

Referências

Documentos relacionados

Nesta liquidação, os selecionadores de todo o país terão a oportunidade de integrar a seus plantéis animais de exceção, fruto deste trabalho que se consolidou ao longo do tempo

Nascimento do Serviço Social – origem na Ação Católica (intelectualidade laica ligada a hierarquia da Igreja Católica – que tinha por objetivo a

Francisco relatou que não há uma norma, Amarilio Neto reforçou a 69.. necessidade de intercomunicação entre as instituições e sugeriu a criação de um banco

Com a intenção de agregarmos a utilização do tablet no ensino, bem como as potencialidades do Google Docs, vamos propor duas atividades de lógica para os

O Diretor Presidente do SICOOB NOSSACOOP - Cooperativa de Economia e Crédito dos Empregados das Instituições de Ensino Superior e Pesquisas Científica e Tecnológica e dos Servidores

De volta ao Brasil, sua participação política tornou-se mais intensa, o que levou Prado a obter mais espaço dentro do Partido Comunista, apesar de a direção nacional do partido

6.1.4.13.5 Os aditivos utilizados para outro fim que não os da protecção contra as radiações ultravioletas podem entrar na composição da matéria plástica das caixas (4H1 e

Com intuito de explorar um entendimento mais abrangente do significado da contabilidade criativa e identificar a percepção que os profissionais possuem a cerca da