Pub. 85
Received: 27 November 2014 Accepted: 15 June 2015 Published: 27 July 2015 1Departamento de Clínicas Veterinária, Faculdade de Veterinária (FV), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brazil. 2Departamento de Patologia Animal, Laboratório de Reprodução Animal, FV, UFPel. 3Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS, Brazil. CORRESPONDENCE: F.C.C. Santos [carlini@portoweb.com.br - FAX: +55 (53) 3275-7292]. Departamento de Clínicas Veterinária, Faculdade de Veterinária, UFPel, Campus Universitário s/n. CEP 96010-900 Pelotas, RS, Brazil.
Hematoma no plexo pampiniforme associado à orquite em garanhão Crioulo
Hematoma in the Spermatic Cord in Association with Orchitis in a Crioulo StallionFernanda Carlini Cunha dos Santos1,2, Carlos Eduardo Wayne Nogueira1, Guilherme Oliveira Albuquerque de Cavalcanti1, Carine Dahl Corcini2, Antonio Sergio Varela Junior2,3 & Bruna da Rosa Curcio1
ABSTRACT
Background: The equine industry is growing in Brazil, specially the Crioulo breed, thus resulting in more investments
and more diagnoses in clinical and reproductive diseases. Orchitis is related to subfertility, as a result of infectious agents, autoimmune diseases and traumatic injuries. After a traumatic injury, metabolic and vascular changes may occur, including testicular pathologies associated with blood flow changes. Reproductive tract injuries in stallions may result in impotentia
coeundi and generandi, therefore requiring periodic monitoring and evaluation. This study aimed to report a case of he-matoma in pampiniform plexus and orchitis in a Crioulo stallion, with differential diagnoses.
Case: An equine, male, Crioulo horse, 6 years-old, was attended during reproductive season due to an increase in scrotal
volume. During clinical evaluation all parameters were within reference values. During reproductive clinical evaluation it was observed enlarged, edema, heat and pain in the scrotum and testicules bilaterally. The testicle and spermatic cord presented discrete rotation, approximately 45º. In the dorsal board of right testicle, in the spermatic cord, it was noticed a structure firm to palpation, anecoic and avascularized at ultrasound exam. Blood samples were collected in EDTA tubes for hematologic evaluation. Seminal samples were collected with an artificial vagina an estrus mare. In EcoDoppler exam it was observed anechoic liquid in vaginal tunic, compatible with transudate, and an anechoic structure with irregular edges, avascularized, 2.7 cm width and 1.3 cm height. Hematologic analyses were all within reference limits. Seminal analyses were above acceptable limits proposed for stallions. The diagnosis was hematoma in the spermatic in association with orchids. Initial treatment was based on flunixin meglumine 1.1 mg/kg IV, dexametasone 0.01 mg/kg IV for 3 days and cold bath for 20 min. After 7 days, inflammatory local signs have declined. After 15 days, the stallion showed again edema in the scrotum and was treated with pentoxifylline 6 mg/kg PO for 30 days, dexamethasone 0.05 mg/kg IV for 3 days and cold bath. After 45 days the stallion was submitted to clinical evaluation with no inflammatory signs in the reproductive tract. After 83 days, the stallion had no swelling in the scrotum and testicular parenchyma had homogeneous echogenicity.
Discussion: In stallions, an increase in scrotum volume with acute progress has several etiologies and differential diagnosis
include: varicocele, inguinal hernia, neoplasm, inflammatory processes and spermatic cord torsion. In Crioulo breed, sper-matic cord rotation is observed frequently by veterinary in the field, however there are few scientific reports. The partial or complete blood flow obstruction results in hemorrhagic and ischemic alterations in distal twisting structures, which may favor the occurrence of testicular degeneration and local hematomas. Ultrasound examination with Doppler was essential for morphological characterization of the lesion and performing differential diagnosis of neoplasia, varicocele, inguinal hernia. The diagnosis was based was based on clinical, hematologic, seminal and ultrasonography evaluation, which con-firmed the presence of a hematoma in the pampiniform plexus and testicular inflammation. The treatment aimed to reduce inflammatory signs and stimulate blood flow. The stallion was regularly assessed and responded to therapy approach, with a favorable prognosis.
Keywords: blood flow, reproductive system, scrotum, stallion, testicle. Descritores: escroto, equino, fluxo sanguíneo, sistema reprodutivo, testículo.
INTRODUÇÃO
A crescente valorização econômica da raça Crioula resulta em aumento de investimentos na raça e profissionalização da criação de equinos [4], com consequente maior detecção de alterações clínico--reprodutivas.
A orquite, uma reação inflamatória testicular, apresenta na fase aguda aumento de tamanho, calor, dor, flacidez, hemorragia e necrose em parênquima testicular. A inflamação do parênquima está relacio-nada à subfertilidade temporária a permanente, sendo resultado de agentes infecciosos, enfermidades autoi-munes e lesões traumáticas [10].
Após um episódio de trauma testicular, as prostaglandinas aumentam o fluxo sanguíneo e per-meabilidade vascular e associada às citocinas alteram o centro hipotalâmico termorregulador, resultando em aumento da temperatura corporal [2]. O extravasamen-to de fluidos e proteínas do espaço vascular para o in-terstício resulta em edema local [2]. Um único episódio de trauma resulta em alteração de fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular por 24-48 h [2]. Dentre as patologias testiculares, a varicocele, necrose testicu-lar e torção de cordão espermático estão associadas a alterações no fluxo sanguíneo [12].
A ocorrência de alterações no trato reproduti-vo de garanhões é uma situação alarmante durante a estação reprodutiva, podendo resultar em alteração na potência coeundi e generandi, necessitando monitora-ção e avaliamonitora-ção periódica do garanhão, considerando que frequentemente estas são subdiagnosticadas.
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de hematoma no plexo pampiniforme associado a orquite em um garanhão Crioulo e respectivos diagnósticos diferenciais.
CASO
Foi realizado atendimento em um equino, macho, da raça Crioula, com 6 anos de idade, apresen-tando aumento de volume escrotal durante a estação de monta.
Na anamnese, o proprietário relatou que o garanhão estava sendo submetido a treinamento mo-derado e utilizado para cobertura de éguas 1-2 vezes por semana, sendo observado aumento de volume no escroto há 2 dias.
No exame clínico geral foi verificado que os parâmetros vitais apresentavam-se sem alterações.
No exame clínico específico foi verificado aumento de volume, edema, calor e sensibilidade em escroto e testículo bilateral (Figura 1). O testículo e cordão espermático direito apresentavam discreta rotação, aproximadamente 45º. Na borda dorsal do testículo direito, na região de cordão espermático, foi cons-tatada uma estrutura firme á palpação. Ao exame ul-trassonográfico com Doppler colorido (LogiqE®)1 foi
verificado que esta estrutura era anecóica, com bordas irregulares, avascularizada com aproximadamente 2,7 cm de largura e 1,3 cm de altura (Figura 2). Na túnica vaginal havia acúmulo de líquido anecóico, compatível com transudato, e as bordas testiculares apresentam irregularidades.
Figura 1. Dia 0 - Equino com aumento de volume em escroto e testículo
bilateral, mais acentuado no lado esquerdo.
Figura 2. Dia 0 - Exame ultrassonográfico com Doppler colorido (LogiqE®) na região de escroto e testículo de equino apresentando orquite, com visualização de área anecóica, com bordas irregulares e avascularizada próximo ao plexo pampiniforme (seta verde) - 8MHz.
As avaliações hematológicas e espermáticas foram realizadas periodicamente do dia 0 ao 83 (Tabela 1) e ao 165 (Tabela 2), respectivamente. Durante todo o período de avaliação, os parâmetros hematológicos permaneceram dentro dos limites fisiológicos para espécie e os parâmetros espermáticos estavam acima dos limites aceitáveis [5].
Considerando o histórico, avaliação clínica, ultrassonográfica, hematológica e espermática, foi constatado um hematoma no cordão espermático as-sociado a processo orquite.
O tratamento inicialmente instituído foi basea-do na administração de flunixin meglumine2 1,1 mg/kg,
dexametasona3 0,01 mg/kg ambos por via intravenosa
(IV) 1x ao dia por 3 dias e 20 min de ducha fria local por 7 dias.
Após 7 dias, ao exame clínico foi verificado redu-ção nos sinais inflamatórios locais. Após 15 dias, o animal apresentou edema em escroto, sendo neste momento reco-mendando a realização de 20 min de ducha fria local 2x ao dia por 30 dias, pentoxifilina4 6 mg/kg via oral 1x ao dia por
30 dias e dexametasona3 0,05 mg/kg IV 1x ao dia por 3 dias.
Após 45 dias, o animal foi novamente avalia-do apresentanavalia-do discreta presença de líquiavalia-do livre no escroto (Figura 3).
Após 83 dias, o garanhão apresentava ausên-cia de edema no escroto e parênquima testicular com ecogenicidade homogênea (Figura 4).
Tabela 1. Avaliação espermática de um equino Crioulo com alteração em sistema reprodutivo durante o período de acompanhamento.
Dia 0 Dia 7 Dia 27 Dia 63 D 165
Volume (mL) 60 27 70 51 60 Coloração Branco-acinzentado Branco-acinzentado Branco-acinzentado Branco-acinzentado Branco-acinzentado
Aspecto Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso Leitoso
Odor Suis generis Suis generis Suis generis Suis generis Suis generis
Motilidade (%) 95 95 95 90 80 Vigor (0-5) 4 4 4 4 3 Concentração (x106/mL) 300 220 120 130 370 Integridade Membrana (%) 81 86 96 85 -Potencial Mitocôndria (%) 89 82 89 81 -Integridade DNA (%) 100 100 100 100 -Integridade Acrossoma (%) 91 85 81 85 -NTE 18000 5940 8400 6630 22200 Morfologia normal (%) 89 91 85 84 80
Gota citoplasmática proximal (%) 1 0 0 1 2
Cauda enrolada (%) 0 0 4 1 1
Gota citoplasmática distal (%) 2 2 2 4 5
Cauda dobrada (%) 8 7 9 10 12
Tabela 2. Avaliação hematológica de um equino Crioulo com alteração em sistema reprodutivo durante o período de acompanhamento.
D 0 D 7 D 27 D 63 D 83 Hemácias (104/µL) 8,12 9,8 9,16 9,8 9,4 Hemoglobina (g/dL) 12 14,6 13,5 12,6 13,8 Hematócrito (%) 36 43,6 41 36,6 41 PPT (g/dL) 6 6,8 6,6 6,8 7 Plaquetas (µ/L) 165 197 137 161 170 Fibrinogênio (mg/dL) 100 200 200 200 300 Leucócitos (x103/µL) 7400 8800 8400 8600 8900 Neutrófilos (x103/µL) 3404 (46%) 4752 (54%) 6216 (74%) 5418 (63%) 4895 (55%) Linfócitos (x103/µL) 3700 (50%) 3784 (43%) 2100 (25%) 2838 (33%) 3820 (38%) Monócitos (x103/µL) 148 (2%) 0 (0%) 84 (1%) 172 (2%) 356 (4%) Eosinófilos (x103/µL) 148 (2%) 264 (3%) 0 (0%) 172 (2%) 267 (3%)
Figura 3. Dia 45 - Exame ultrassonográfico do testículo esquerdo com
presença de líquido livre (seta verde) - 10MHz. Figura 4. Dia 83 - Exame ultrassonográfico evidenciado parênquima testicular (lado esquerdo) com econgenicidade homogênea e ausência de líquido livre - 5Mhz.
DISCUSSÃO
Em garanhões, um aumento de volume em região escrotal com curso agudo apresenta diversas etiologias, sendo incluídos no diagnóstico diferencial: varicocele, hérnia inguinal, neoplasia, processos infla-matórios e torção de cordão espermático.
Na raça Crioula, as torções de cordão esper-mático são observadas com frequência por médicos veterinários a campo, no entanto ainda existem poucos relatos científicos. O posicionamento horizontal do tes-tículo favorece a ocorrência da enfermidade podendo resultar em alterações locais ou sistêmicas, variando conforme o grau da torção e comprometimento vascu-lar. A obstrução parcial ou completa do fluxo sanguíneo resulta em alterações hemorrágicas e isquêmicas das estruturas distais a torção [3], podendo favorecer a ocorrência de degeneração testicular e hematomas locais. No presente caso, o garanhão apresentava dis-creta torção de cordão espermático, com consequente rotação testicular, sendo que este fato um fator predis-ponente a ocorrência do hematoma pela obstrução do fluxo e fragilidade vascular.
O exame ultrassonográfico testicular permite a avaliação do edema escrotal, arquitetura testicular, presença de gás ou líquido, qualidade do líquido, hematocele ou hidrocele [8]. No presente caso, a ultrassonografia com Doppler possibilitou localizar uma área de lesão com bordas irregulares, no plexo pampiniforme, avascularizada, além de acúmulo de líquido anecóico, compatível com transudato, na tú-nica vaginal. O exame ultrassonográfico foi essencial
para caracterização morfológica da lesão e realização de diagnóstico diferencial. Baseado na falta de vas-cularização e arquitetura da estrutura foi descartado uma lesão neoplásica. A varicocele é uma dilatação patológica das veias em qualquer região testicular, sem delimitação e com rara remissão espontânea, sendo também descartada. Durante a avaliação clínica e ultrassonográfica não foi verificado estruturas compa-tíveis com alças intestinais, descartando-se a suspeita de hérnia inguinal. Além disso, a resolução da hérnia inguinal de forma espontânea em adultos é rara, sendo a correção cirúrgica recomendada imediatamente após o diagnóstico [7]. Tendo em vista o padrão de ecoge-nicidade e a proximidade com plexo pampiniforme, a imagem da lesão visualizada no presente caso era compatível com um hematoma em fase de resolução, resultado da lesão em veias e capilares, relacionado ao processo inflamatório local.
A realização periódica de ultrassonografia tam-bém permitiu avaliar a resposta do individuo frente à terapia. A associação de anti-inflamatórios esteroidais e não esteroidais tem efeito aditivo, tendo em vista que estes medicamentos atuam em diferentes locais na cascata inflamatória [2], sendo esta associação utilizada no presente caso para redução dos sinais clínicos de inflamação.
No presente caso, a pentoxifilina foi utilizada com intuito de melhorar o fluxo sanguíneo na região testicular e auxiliar a resolução da lesão, sendo que após 30 dias de administração foi constatada resolução do hematoma. A pentoxifilina é um agente vasodilata-dor periférico, com mínimo efeito cardiovascular,
re-comendado nas condições envolvendo microcirculação deficiente e hipercoagulabilidade [14]. Em equinos, a pentoxifilina tem a capacidade de reduzir a resistência vascular da artéria testicular, com consequente aumen-to da perfusão testicular de forma temporária [13], permitindo a perfusão sanguínea adequada sendo esta crucial para função testicular plena [6].
Lesões testiculares resultam em alteração fluxo circulatório e no mecanismo de termorregulação, com consequente redução temporária na produção espermá-tica, sendo uma importante causa de infertilidade em garanhões [2]. A degeneração do epitélio seminífero ocorre devido alteração no mecanismo de termorregu-lação testicular, com consequente produção de gametas defeituosos. Um quadro de orquite tende a evoluir para degeneração testicular em diferentes graus, resultando em subfertilidade temporária a permanente [11]. Nos quadros de degeneração testicular pode ser observado redução na motilidade e aumento nos defeitos esper-máticos [1]. No presente caso, o garanhão sofreu uma lesão na região testicular com inflamação e consequen-te alconsequen-teração no metabolismo local, no entanto duranconsequen-te o período subsequente ao episódio não foi constatado alteração significativa nos parâmetros seminais. Trans-corridos 165 dias foi constatado discreto declinou na
motilidade e morfologia espermática, no entanto esta época também coincide com o término da estação de monta. A influência da estação do ano na qualidade espermática de garanhões é relatada por diversos autores, sendo observado uma redução na qualidade espermática durante o período de outono-inverno [9], conforme relatado no presente caso.
O diagnóstico foi formulado baseado nos resulta-dos de exames clínicos, ultrassonográficos, hematológicos e espermáticos, sendo constatada a presença de um he-matoma no plexo pampiniforme e inflamação testicular. O tratamento instituído teve como intuito a redução nos sinais inflamatórios e estímulo ao fluxo sanguíneo. O garanhão foi avaliado periodicamente e respondeu a abordagem terapêutica, com prognóstico favorável. MANUFACTURERS
1GE Healthcare. Little Chaflont, UK. 2Jofadel. Belo Horizonte, MG, Brazil. 3Coopers Brasil. São Paulo, SP, Brazil. 4Medley. São Paulo, SP, Brazil.
Declaration of interest. The authors report no conflicts of
interest. The authors alone are responsible for the content and writing of the paper.
REFERENCES
1 Alvarenga M.A. & Papa F.O. 2009. Principais distúrbios reprodutivos observados em garanhões no Brasil. Revista
Brasileira de Reprodução Animal. 18: 204-209.
2 Beard W. 2011. Abnormalities of the Testicles. In: McKinnon A.O., Squires E.L., Vaala W.E. & Varner D.D. (Eds).
Equine Reproduction. 2nd edn. Ames: Wiley-Blackwell, pp.1161-1165.
3 Bock M., Govaere J., Martens A., Hoogewijs M., Schauwer C., Van Damme K. & Kruif A. 2007. Torsion of the spermatic cord in a Warmblood stallion. Vlaams Diergeneeskundig Tijdschrift. 76(6): 443-446.
4 Canto L.S., LaCorte F.D., Brass K.E. & Ribeiro M.D. 2006. Frequência de problemas de equilíbrio nos cascos de cavalos crioulos em treinamento. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. 43(4): 489-495. 5 Colégio Brasileiro de Reprodução Animal. 2013. Equinos. In: Manual para exame andrológico e avaliação de sêmen
animal. 3.ed. Belo Horizonte: CBRA, pp.43-46.
6 Damber J.E. & Bergh A. 1992. Testicular microcirculation - a forgotten essential in andrology? International Journal
of Andrology. 15(4): 285-292.
7 Gaughan E.M. 1998. Inguinal hernias in horses. Compendium on Continuing Education for the Practicing
Veterinar-ian. 20: 1057-1059.
8 Love C.C. 1992. Ultrasonographic evaluation of the testis, epididymis, and spermatic cord of the stallion. Veterinary
Clinics of North America Equine Practitioners. 8(1): 167–82.
9 Magistrini M., Chanteloube P. & Palmer E. 1987. Influence of season and frequency of ejaculation on production of stallion semen for freezing. Journal of Reproduction and Fertility. 35: 127-133.
10 Nascimento E.F., Santos R.L. & Edwards J.F. 2011. Sistema reprodutor masculino. In: Santos R.L. & Alessi A.C. (Eds). Patologia Veterinária. São Paulo: Roca, pp.855-880.
www.ufrgs.br/actavet
CR 85
11 Oristaglio-Turner R.M. 2007. Pathogenesis, diagnosis and management of testicular degeneration in stallions.Clini-cal Techniques in Equine Practice. 6(4): 278-284.
12 Pavlica P. & Barozzi L. 2001. Imaging of the acute scrotum. European Radiology. 11(2): 220-228.
13 Pozor M.A., Muehlhaus J., King A., Macpherson M.L., Troedsson M.H. & Bailey C.S. 2011. Effect of pentoxifylline treatment on testicular perfusion and semen quality in Miniature horse stallions. Theriogenology. 76(6): 1027-1035. 14 Ward A. & Clissold S.P. 1987. Pentoxifylline, a review of its pharmacodynamic and pharmacokinetic properties and
