GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
A.O.S. DIOCESE DE ABAETETUBA EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA ANO/TURMA: 1º ANO
PROFESSORES (AS) RESPONSÁVEIS: NATÁLIA V. DOS SANTOS, VALDIR N. DA SILVA, JACQUELINE F. RIBEIRO E FRANCIVALDO M. QUARESMA.
NOME DO ALUNO (A): ___________________________________________ DATA DE RECEBIMENTO DA ATIVIDADE PELO ALUNO (A): ___/___/____ DATA DE DEVOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS PELO ALUNO (A)
NA ESCOLA: _____/_____/______ (COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA) CONTEÚDO 4º PERÍODO
(12/04/2021 A 30/04/2021)
ASSUNTO: LITERATURA MEDIEVAL: TROVADORISMO Caro(a) aluno(a)
A poesia brasileira tem suas raízes na literatura portuguesa. Afinal, com a colonização, os portugueses exerceram significativa influência na formação cultural em nossa terra e de nossa gente. Herdamos dos conquistadores a língua portuguesa, alguns traços culturais, mas somos um povo ímpar e formamos uma jovem e talentosa nação. Para que você, querido(a) aluno(a), possa compreender melhor este processo, faremos uma viagem no tempo e no espaço. Retornaremos à Idade Medieval. Certo!? Mas, vamos por partes, cautelosamente, passo a passo, para que o raciocínio possa manifestar-se de forma natural. Antes de estudarmos a Literatura Brasileira, faremos um "passeio" pela literatura medieval portuguesa. Acompanhe!
ERA MEDIEVAL Estilo de
Época TROVADORISMO HUMANISMO
Produção Literária Cantigas 1) De amor 2) De amigo 3) De escárnio 4) De maldizer Historiogra-
fia de Fernão Lopes Teatro de Gil Vicente Panorama
Português
Consolidação do Estado
Português Grandes Navegações
Panorama Mundial 1) Feudalismo 2) Teocentrismo 3) Primeiras Universidades Crise do Feudalismo Comércio Antropocentrismo
TROVADORISMO
Marcos Cronológicos: A primeira Época Medieval, ou Trovadorismo, compreende o período que se estende desde a produção da "Canção da Ribeirinha” (1189 ou 1198), até 1434, ano da nomeação de Fernão Lopes para o cargo de Cronista-mor da torre do tombo.
Nesta época, a Língua Portuguesa não estava totalmente caracterizada. Esta espelhava a unidade linguística que havia entre Portugal e Galiza, ou seja, o idioma usado nas cantigas medievais era o Galego-português.
Existente desde o século XI, as composições trovadorescas chegaram a Portugal no século XII, enraizando-se definitivamente. Já, a poesia dos trovadores encontrou solo fértil e floresceu, inspirando os portugueses a trovar. E de pena na mão, criaram as mais belas cantigas de todos os tempos. Veja o exemplo de uma!
Em Galego-Português No mundo non me sei parelha,
Mentre me for como me vay, Ca já moiro por vós - e ay! Mia senhor branca e vermelha, Queredes que vos retraya Quando vos eu vi em saya! Mao dia me levantei
Que vos enton non fi fea!
E, mia senhor, des aquel di’, ay! Me foi a mi muyn mal;
E vós, filha de don Paay Moniz, e ben vus semelha D'aver eu por vós guarvaya, Pois eu, mia senhor d’alfaya Nunca de vós ouve, nem ei, Valia d'ua Correa.
(Paio Soares de Taveirós)
Em Português No mundo ninguém se assemelha a mim
enquanto a minha vida continuar como vai porque morro por vós, e ai
minha senhora de pele alva e faces rosadas, queres que vos descreva
quando vos eu vi sem manto (roupa íntima) maldito dia! Me levantei
que não vos vi feia.
E, minha senhora, desde aquele dia, ai tudo me foi muito mal
e vós, filha de don Pai Moniz, e bem vos parece
de ter me por vós guarvaia (roupa luxuosa)
pois eu, minha senhora, como mimo (prova de amor) de vós nunca recebi
Esta cantiga chama-se "Canção da Ribeirinha" (1189 ou 1198). Esta canção de amor, escrita por Paio Soares de Taveirós, é considerada o mais antigo texto escrito em galego-português. Segundo consta, esta cantiga teria sido inspirada por Dona Maria Pais Ribeiro - A Ribeirinha - mulher cobiçada, amante de D. Sancho, o segundo rei de Portugal.
Deixando as "fofocas literárias" de lado, e voltando ao assunto, veja um outro exemplo de cantiga:
QUEIXA Um amor assim delicado
Você pega e despreza Não o devia ter despertado Ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo Pela sua grandeza
Não sou o único culpado Disso eu tenho a certeza Princesa
Surpresa
Você me arrasou Serpente
Nem sente que me envenenou Senhora, e agora
Me diga onde eu vou Senhora
Serpente Princesa
Um amor assim delicado Nenhum homem daria Talvez tenha sido pecado Apostar na alegria
Você pensa que eu tenho tudo E vazio me deixa
Mas Deus não quer Que eu fique mudo E eu te grito essa queixa Um amor assim violento Quando torna-se mágoa É o avesso de um sentimento Oceano sem água
Ondas: desejos de vingança Nessa desnatureza
Batem forte sem esperança Contra a tua dureza
Princesa Surpresa
Serpente
Nem sente que me envenenou Senhora, e agora
Me diga onde eu vou Senhora Serpente Princesa Princesa Surpresa Você me arrasou Serpente
Nem sente que me envenenou Senhora, e agora
Me diga onde eu vou Amiga
Me diga.
(VELOSO, Caetano. ln: Cores, nomes. LP Polygram, 1982)
Estás surpreso(a)? Isso mesmo! O movimento trovadoresco predominou nos séculos XI, XII e XIII, mas as cantigas ultrapassaram as barreiras do tempo e do espaço, e vieram semear nosso solo brasileiro tão fértil de lirismo e poesia. Como se pode ver a letra da música de Caetano Veloso assemelha-se a uma cantiga medieval.
Ao quebrarmos essa barreira "ilusória" de tempo e espaço literário, estamos aptos a entender melhor o que foi o movimento trovadoresco e suas composições. Bem como aceitá-las e compreendê-las, hoje.
Agora, saiba um pouco mais sobre as cantigas medievais. AS CANTIGAS
As composições deste período eram acompanhadas por um instrumento musical e cantadas em coro, daí serem chamadas de cantigas. Elas eram compostas por um Trovador: poeta quase sempre um nobre, que compunha sem preocupações financeiras. Eram cantadas em praças públicas ou dentro dos palácios, pelos jograis, segrel ou menestrel, que eram homens de condições sociais inferiores. Elas classificam-se em:
DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE AS CANTIGAS CANTIGAS LÍRICAS
Cantiga de Amor
Autoria: masculina
Sentimento: masculino
Origem: provençal (Provença – região do sul da França)
Ambiente: palaciano (aristocrático)
O homem presta vassalagem amorosa
A mulher é um ser idealizado, superior
Cantiga de Amigo
Autoria: masculina
Sentimento: feminino
Origem: galego-portuguesa (Península Ibérica)
Ambiente: rural (popular)
A mulher sofre pelo “amigo” ausente
A mulher é um ser mais real e concreto
As cantigas líricas de amor e de amigo falam de amor Cantiga de Amor
A dona que eu am’e tenho por senhor
A mostrade-me-a Deus, se vos en prazer for Se non dade-me-a morte.
A que tenh’eu por lume destes olhos meus
e por que choram sempre amostrade me-a Deus. se non dade-me-a morte
Essa que Vós fizestes melhor parecer de quantas sei, ai Deus, fazede-me-a ver, se non dade-me-a morte.
Ai Deus, que me-a fizestes mais ca mim amar, Mostrade-me-a u possa com ela falar,
Se non date-me-a morte. (Bernardo de Bonaval)
TRADUÇÃO A dona que eu sirvo e que muito adoro
Mostrai-ma, ai Deus! pois que vos imploro, senão, dai-me a morte.
Essa que é a luz destes olhos meus
por quem sempre choram, mostrai-ma, ai Deus! senão, dai-me a morte.
Essa que entre todas fizestes formosa, mostrai-ma, ai Deus! onde vê-la eu possa, senão, dai-me a morte.
A que me fizeste amar mais do que tudo, mostrai-ma e onde possa com ela falar, senão, dai-me a morte.
Cantiga de amor transcrita em português moderno "Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão que me tomou inteiro o coração; mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor, a tristeza que tenho, a imensa dor que sofro desde o dia em que vos vi" [...]
(Fernandes, Afonso)
Cantiga de Amigo - Ai, flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo? Ai, Deus, e u é?
Ai, flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado? Ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo? Ai, Deus, e ué?
Se sabedes novas do meu amado, Aquel que mentiu do que m’á jurado? Ai, Deus, e ué?
- Vós preguntades polo voss’amigo? E eu ben vos digo que é san’e vivo. Ai, Deus, e ué?
Vós preguntades polo voss’amado? E eu ben vos digo que é viv’e sano Ai, Deus, e ué?
E eu ben vos digo que é san’e vivo, e será vosc’ant’o prazo saído. Ai, Deus, e ué?
E eu bem vos digo que é viv’e sano, E será vosc’ant’o prazo passado. Ai, Deus, e ué?
(DINIS, d in Antologia da poesia trovadoresca galego-portuguesa. Porto, Leito & irmão – Editores, 1977. p. 250-1) TRADUÇÃO
- Ai flores, ai flores do verde pinheiro,
se por acaso sabeis novidades do meu amigo, ai, Deus, onde está ele?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
Se por acaso sabeis novidades do meu amado, Ai, Deus, onde está ele?
Se sabeis novidades do meu amigo,
aquele que mentiu no que prometeu para mim, ai, Deus, onde está ele?
- Vós perguntais pelo vosso amigo? Eu bem vos digo que ele está são e vivo. Ai, Deus, onde está ele?
Vós perguntais pelo vosso amado? Eu bem vos digo que ele está vivo e são. Ai, Deus, onde está ele?
E eu bem vos digo que ele está são e vivo. E estará convosco no prazo combinado. Ai, Deus, onde está ele?
E eu bem vos digo que está vivo e são, e estará convosco no prazo combinado. Ai, Deus, onde está ele?
Cantiga de amigo transcrita em português moderno "Enquanto Deus me der vida,
viverei triste e coitada, porque se foi meu amigo e disso fui a culpada
pois que me zanguei com ele quando daqui se partia: por Deus, se agora voltasse, muito alegre eu ficaria." [...]
(Juan Lopes D’uhoa)
MAIS SOBRE AS CANTIGAS DE AMIGO Quanto ao assunto
Alvas- quando se passam ao amanhecer.
Bailias- quando seu cenário é uma festa onde se dança.
Romarias- sobre visitas a santuários, enquanto as “madres queymam candeas”.
Barcarolas- falam do temor de que o “amigo” vá às expedições marítimas; do perigo de que ele não volte mais.
Pastorelas- quando seu cenário é o campo, próximo a rebanhos.
Tensões (ou tenções) - são marcadas por diálogo. Quanto à forma Podem ser:
Cantigas de mestria: não tem refrão
Cantigas de refrão: apresentam refrão ou estribilho (repetição de versos).
Cantigas paralelísticas: apresentam paralelismo (construção que se repete com pequenas alterações a cada estrofe).
CANTIGAS SATÍRICAS De Escárnio
Sátiras indiretas, palavras ambíguas, expressões irônicas, sem, contudo, revelar o nome da pessoa satirizada.
De Maldizer
Sátiras diretas com citação nominal da pessoa ironizada, marcadas pela maledicência. Usavam também um vocabulário direto com palavras obscenas, carregadas de erotismo. Criticavam atos inescrupulosos praticados por pessoas de qualquer classe social.
Cantiga de escárnio Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv' en [o] meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar en que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus me perdon, pois avedes [a] tan gran coraçon
que vos eu loe, en esta razon vos quero já loar toda via; e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei en meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já un bon cantar farei, en que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei:
(NOBILING, Oskar. As cantigas de Dom Joan Garcia de Guilhade. Apud: MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. São Paulo, Cultrix, s/d. p. 29-30).
NOTAS:
avedes tan gran coraçon: tendes tanto desejo loarei: louvarei loaçon: louvor
sandia: louca
Cantiga de maldizer
Meu senhor arcebispo, and'eu escomungado porque fiz lealdade; enganou-me o pecado!
Soltade-m’, ai, senhor, e jurarei, mandado, que seja traëdor.
Se traïçon fezesse, nunca vo-la diria; mais pois fiz lealdade, vel por Santa Maria,
soltade-m', ai, senhor, e jurarei, mandado, que seja traëdor.
Per mia malaventura tive hun en Sousa e dei-o a seu don' e tenho que fiz gran cousa.
Soltade-m', ai, senhor, e jurarei, mandado que seja traëdor.
Por meus negros pecados tive hun castelo forte e dei-o a seu don', e hei medo da morte. Soltade-m', ai, senhor, e jurarei, mandado
que seja traëdor.
(PEZELHO, Diego Apud: LAPA, Rodrigues. Crestomatia arcaica, Belo Horizonte, Itatiaia, 1960. p. 38).
O tom das cantigas satíricas é de irreverência total. Essas composições ridicularizam a tudo e a todos: maus jograis, cavaleiros mentirosos e covardes, falam de mulheres, satirizam os ricos decadentes, falam de adultério, amores interesseiros ou ilícitos (padres), etc.
OS CANCIONEIROS
As cantigas medievais chegaram até nós através dos cancioneiros, que são compilações manuscritas de toda a produção do trovadorismo português conhecida em nossos dias. São eles:
Cancioneiro da Ajuda - Foi compilado em fins do século XIII, e encontra-se, hoje, na Biblioteca do Palácio da Ajuda em Lisboa. Contém 310 cantigas, quase todas de amor. É o mais antigo dos cancioneiros.
Cancioneiro da Biblioteca Nacional - É o mais completo dos cancioneiros, com
1647 cantigas de todos os gêneros. Foi encontrado na Itália e adquirido pela Biblioteca Nacional de Lisboa, no inicio do século XX.
Cancioneiro da Vaticana - Encontrado na Biblioteca do Vaticano é composto por 1205 cantigas de diversos tipos.
OS ARTISTAS
Trovador – poeta que compunha a letra e a música de canções; em geral era uma
pessoa culta.
Jogral - cantor e tangedor ambulante, geralmente de origem plebéia.
Menestrel – músico-poeta sedentário; vivia na casa de um fidalgo, enquanto o jogral andava de terra em terra.
Segrel – trovador profissional, fidalgo desqualificado que ia de corte em corte, acompanhado de um jogral.
Causas da decadência do Trovadorismo
Decadência do mecenatismo real: A partir da metade do século XIV, os artistas deixaram de ter o apoio financeiro dos nobres.
Aburguesamento de Portugal: Portugal começa a tomar novos rumos: sai de uma estrutura feudal e volta-se para o comércio.
Conflitos entre Portugal e Espanha: As tensas relações entre os dois países ocasionaram uma separação lingüística e literária. Cada nação procurou formas mais próprias de expressão, abandonando o que era feito em comum.
ATIVIDADE
NOME DO ALUNO (A): ________________________________________________ ANO/TURMA: __________
01. (Mackenzie) Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é INCORRETO afirmar que:
(A) refletiu o pensamento da época, marcada pelo teocentrismo, o feudalismo e valores altamente moralistas.
(B) representou um claro apelo popular à arte, que passou a ser representada por setores mais baixos da sociedade.
(C) pode ser dividida em lírica e satírica.
(D) em boa parte de sua realização, teve influência provençal.
(E) as cantigas de amigo, apesar de escritas por trovadores, expressam o eu-Iírico feminino.
02. (Espcex-Aman) É correto afirmar sobre o Trovadorismo que (A) os poemas são produzidos para ser encenados.
(B) as cantigas de escárnio e maldizer têm temáticas amorosas. (C) nas cantigas de amigo, o eu lírico é sempre feminino.
(D) as cantigas de amigo têm estrutura poética complicada. (E) as cantigas de amor são de origem nitidamente popular.
03. (IFSP)
Cantiga de Amor Afonso Fernandes
Senhora minha, desde que vos vi, lutei para ocultar esta paixão que me tomou inteiro o coração; mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor, a tristeza que tenho, a imensa dor que sofro desde o dia em que vos vi. Já que assim é, eu venho-vos rogar que queirais pelo menos consentir que passe a minha vida a vos servir (...)
(www.caestamosnos.org/efemerideS/118. Adaptado)
Observando-se a última estrofe, é possível afirmar que o apaixonado (A) se sente inseguro quanto aos próprios sentimentos.
(B) se sente confiante em conquistar a mulher amada.
(C) se declara surpreso com o amor que lhe dedica a mulher amada. (D) possui o claro objetivo de servir sua amada.
(E) conclui que a mulher amada não é tão poderosa quanto parecia a princípio. 04. (FAAP)
SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. (Vinícius de Morais)
Releia com atenção a última estrofe: "Fez-se de amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente".
Tomemos a palavra AMIGO. Todos conhecem o sentido com que esta forma linguística é usualmente empregada no falar atual. Contudo, na Idade Média, como se observa nas cantigas medievais, a palavra AMIGO significou:
(A) colega (B) companheiro (C) namorado (D) simpático (E) acolhedor 05.
I. As poesias palacianas eram produzidas para serem declamadas, enquanto as cantigas trovadorescas para serem cantadas.
II. As cantigas satíricas trovadorescas são subdividas em dois tipos: cantigas de escárnio e cantigas de maldizer.
III. O trovadorismo é uma escola literária de transição que marcou o fim da Idade Média.
Estão corretas apenas (A) I
(B) I e II (C) I e III (D) II e III (E) I, II e III
06. (UNIFAP-2007) Sobre as cantigas de escárnio do trovadorismo português, é correto afirmar que
(A) apresentam interesse, sobretudo histórico através da voz lírica feminina.
(B) revelam detalhes da vida íntima da aristocracia através das convenções do amor cortês.
(C) apresentam uma linguagem velada, sem deixar de lado o humor sobre a vida social da época.
(D) utilizam-se de sátiras diretas, revelando a vida campesina e urbana.
(E) fazem a crítica rude, direta, muitas vezes enveredando para a obscenidade.
OBSERVAÇÃO: APÓS A CONCLUSÃO DESTE ASSUNTO, OS ALUNOS DEVEM FAZER A REVISÃO DOS DEMAIS ASSUNTOS QUE JÁ FORAM TRABALHADOS NESTE BIMESTRE.
REFERÊNCIAS