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Í N D I C E. Como é que o Trabalho a Favor da Comunidade pode ser aplicado no sistema sancionatório português... 2

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Academic year: 2021

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Í N D I C E

Como é que o Trabalho a Favor da Comunidade pode ser aplicado no sistema

sancionatório português ... 2

O que é a Prestação de Trabalho a Favor da Comunidade?... 3

O que é a Substituição da Multa por Trabalho (SMT)?... 4

Como se pode aplicar o TFC no âmbito da

Suspensão da Execução da Pena de Prisão?... 5

Como se pode aplicar o TFC no âmbito da

Suspensão Provisória do Processo?... 6 Como pode ser aplicada o TFC a jovens delinquentes?... 7

Como é que o TFC pode ser utilizado no combate à

delinquência juvenil e ao consumo de drogas? ... 8

A PTFC, a opinião pública e o Conselho da Europa no ano 2000 ... 9 Criar condições de sucesso favoráveis à aplicação da PTFC ... 10 Informações estatísticas sobre sanções de prestação de trabalho…….……...……..…….……... 12 .

Entidades Beneficiárias de Trabalho (EBT) - Exemplos ……... 14 Protocolos celebrados no âmbito da PTFC…... 15

(3)

Como é que o Trabalho a Favor da Comunidade (TFC)

pode ser aplicado no sistema sancionatório português ?

No Código Penal:

• Como pena autónoma (PTFC) substitutiva da pena de prisão não superior a dois anos; • Como sanção substitutiva da pena de multa (SMT), após o julgamento, a requerimento

do condenado;

• Como dever imposto no âmbito da Suspensão da Execução da Pena de Prisão (SEP); • Como pena substitutiva da prisão, no âmbito da comutação da pena, total ou parcial,

no processo de Indulto.

Outras situações

O Trabalho a Favor da Comunidade (TFC) é ainda aplicado nas seguintes situações:

• Como injunção no âmbito da Suspensão Provisória do Processo, na fase pré- -sentencial (Código de Processo Penal);

• Como obrigação aplicável a jovens delinquentes, com idades compreendidas entre os 16 e os 21 anos, segundo o regime penal especial previsto no DL n.º 401/82, de 23 de Setembro;

Como alternativa às sanções previstas no regime jurídico do consumo de estupefacientes

e substâncias psicotrópicas (Lei n.º 30/2000, de 29 de Novembro), aplicável pelas

(4)

O que é a Prestação de Trabalho a Favor da Comunidade

(PTFC)?

• A Prestação de Trabalho a Favor da Comunidade é uma pena substitutiva da prisão não

superior a dois anos, pronunciada pelo tribunal.

• A PTFC consiste na prestação de trabalho não remunerado a favor do Estado ou de outras entidades, públicas ou privadas, de interesse para a comunidade.

• A PTFC tem uma duração variável, fixada no máximo até 480 horas de trabalho, podendo ser executada em dias úteis, sábados, domingos e feriados. O tempo de execução não pode ultrapassar os 30 meses.

• A PTFC requer a aceitação do arguido e o seu empenhamento na execução de tarefas úteis e de interesse social.

• Se o condenado não cumprir a prestação de trabalho, por razões da sua responsabilidade, ou se cometer novo crime, o Tribunal pode ordenar o cumprimento da pena de prisão determinada na sentença.

• À Direcção-Geral de Reinserção Social compete auxiliar o Tribunal na aplicação da PTFC, assegurando as suas condições práticas, em colaboração com as entidades beneficiárias de trabalho, e acompanhar a execução da PTFC, informando o Tribunal, sempre que necessário ou obrigatoriamente nos casos previstos na lei, através de instrumentos técnicos concebidos para o efeito.

(5)

O que é a Substituição da Multa por Trabalho (SMT)?

• A requerimento do condenado, no prazo de 15 dias, pode o tribunal ordenar que a

pena de multa fixada seja total ou parcialmente substituída por dias de trabalho.

• O trabalho pode ser prestado em oficinas ou obras do Estado ou de outras

pessoas colectivas de direito público, ou em instituições particulares de solidariedade social, quando se concluir que esta forma de cumprimento realiza de

forma adequada e suficiente as finalidades da punição.

• Quando o condenado culposamente não cumpra os dias de trabalho pelos quais, a seu pedido, a multa foi substituída, cumprirá a prisão subsidiária, fixada na sentença, mas reduzida a dois terços, ainda que o crime não fosse punível com prisão.

• Quando se verifique aquela situação, o condenado pode, a todo tempo, evitar, total ou parcialmente a execução da prisão subsidiária pagando, no todo ou em parte, a multa a que foi condenado.

• Quando o condenado não cumpra os dias de trabalho por causa que lhe não seja

imputável, pode a execução da prisão subsidiária ser suspensa, por período de 1 a 3

anos, desde que a suspensão seja subordinada ao cumprimento de deveres ou

regras de conduta de conteúdo não económico ou financeiro.

• No caso de suspensão, se os deveres ou as regras de conduta não forem

cumpridos, executa-se a prisão subsidiária, se forem cumpridos, a pena é declarada extinta.

(6)

Como se pode aplicar o TFC no âmbito da Suspensão

da Execução da Pena de Prisão?

• A execução da pena de prisão, não superior a 5 anos, é suspensa, pelo período de 1 a 5 anos, se o tribunal concluir que a simples censura do facto e a ameaça da prisão realizam de forma adequada e suficiente as finalidades da punição.

• A Suspensão da Execução da Pena (SEP) pode ser subordinada ao cumprimento de

deveres ou à observância de regras de conduta, ou ser acompanhada de regime de prova, de forma isolada ou cumulativa.

• Os deveres, as regras de conduta e as obrigações impostas no regime de prova, enunciados na lei a título exemplificativo, destinam-se a reparar o mal do crime, a facilitar a reintegração do condenado e a aperfeiçoar o seu sentimento de responsabilidade social.

• Neste contexto, o Trabalho a Favor da Comunidade tem vindo a ser aplicado como dever imposto no âmbito da Suspensão da Execução da Pena, atendendo às suas finalidades de reparação e de facilitação da reinserção social do condenado.

• A DGRS intervém na aplicação e execução do TFC, por solicitação do tribunal, em moldes idênticos aos utilizados na execução da PTFC.

(7)

Como se pode aplicar o TFC no âmbito da Suspensão

Provisória do Processo?

• A Suspensão Provisória do Processo (SPP) é aplicada na fase pré-sentencial, por decisão do Ministério Publico, com a concordância do juiz de instrução.

• A SPP é aplicável a crimes puníveis com pena de prisão não superior a 5 anos ou com outra sanção diferente da prisão.

• A SPP exige a concordância do arguido e a verificação de vários pressupostos: a concordância do assistente, ausência de condenação ou aplicação anterior por crime da mesma natureza, não ser de aplicar uma medida de segurança de internamento, ausência de um grau elevado de culpa, ser de prever que o cumprimento das injunções e regras de conduta impostas respondam suficientemente às exigências de prevenção que no caso se façam sentir.

• Para além das injunções e regras de conduta previstas na lei, com objectivos reparadores e de prevenção, pode ainda ser imposto ao arguido qualquer outro comportamento especialmente exigido pelo caso.

• O Trabalho a Favor da Comunidade tem vindo a ser aplicado como injunção imposta no âmbito da Suspensão Provisória do processo, face ao seu carácter essencialmente reparador.

• A DGRS intervém na aplicação e execução do TFC, por solicitação judiciária, em moldes idênticos aos utilizados na execução da PTFC.

(8)

Como pode ser aplicado o TFC aos jovens delinquentes?

(DL N.º 401/82, de 23 de Setembro)

• O regime penal especial para jovens adultos, com idades compreendidas entre os 16 e os 21 anos, assenta na ideia de que o jovem imputável é merecedor de um tratamento especial, instituindo um direito mais responsabilizador do que simplesmente repressivo.

• Quando seja de aplicar uma pena de prisão, deve o juiz atenuar especialmente a pena, se tiver razões sérias para crer que da atenuação resultem vantagens para a reinserção social do jovem condenado.

• No caso de infractores maiores de 18 anos e menores de 21, não sendo a pena de prisão necessária nem conveniente à sua reinserção social, pode o juiz substituir a pena de prisão até 2 dois anos (concretamente aplicável) por medidas de correcção previstas no regime penal especial, de entre as quais se destaca a imposição de determinadas obrigações.

• Entre as obrigações admissíveis conta-se a aplicação de Trabalho a Favor da

Comunidade.

• A DGRS intervém na aplicação e execução da medida de TFC, segundo os procedimentos regulamentados em termos gerais.

(9)

Como é que o TFC pode ser utilizado no combate à

delinquência juvenil e ao consumo de drogas?

• A PTFC é especialmente indicada para reagir a crimes de pequena e média gravidade praticados pelos jovens (desobediência, injúria, ofensas corporais, danos/vandalismo, furto, condução sem habilitação legal, condução em estado de embriaguez, consumo de estupefacientes). A PTFC poderá ser o instrumento privilegiado no combate à delinquência juvenil, tendo em conta o ideário de justiça

reparadora e de reintegração social.

• Atentos os condicionalismos que podem limitar a eficácia das sanções pecuniárias, maxime da multa, impostas a jovens delinquentes, a SMT e a PTFC podem representar uma alternativa mais adequada, pedagógica e potenciadora do

sentimento de responsabilidade social do jovem.

• Visível e sustentáculo de acções positivas e reparadoras, a PTFC é também uma alternativa de cariz mais incisivo do que a ameaça de imposição de pena de prisão (suspensão da execução da pena).

• A PTFC mostra-se uma resposta particularmente adequada para ser utilizada como medida correctiva, no âmbito do regime penal especial destinado a jovens adultos, regime este mais flexível e que possibilita um campo de aplicação mais alargado.

• Relativamente ao consumo de estupefacientes, problema transversal na sociedade portuguesa, com uma incidência especial entre os jovens, salienta-se que a “Lei da Droga” - Lei n.º 30/2000, de 29 de Novembro - prevê expressamente, para os consumidores toxicodependentes e não toxicodependentes, a possibilidade de aplicação da prestação de serviços gratuitos a favor da comunidade.

(10)

A PTFC, a Opinião Pública e o

Conselho da Europa

“A introdução, na legislação e na prática, de novas sanções e medidas executadas na comunidade deverá ser acompanhada de campanhas de relações públicas dinâmicas, com vista a obter o apoio público” (Recomendação REC (2000) 22 do Conselho da Europa).

A posição e o valor punitivo da prestação de trabalho a favor da comunidade no sistema internacional de sanções penais foram reafirmados através da REC (2000) 22 do Conselho da Europa.

A PTFC foi considerada, por peritos do Conselho da Europa, como uma das novas sanções executadas na comunidade mais populares.

(11)

Criar condições de sucesso favoráveis à aplicação

da PTFC – Como?

1. O que foi feito?

(Principais acções)

Alargamento do campo de aplicação da PTFC (reforma penal de 1995);

Regulamentação da execução da PTFC (1997) – definição dos direitos e deveres de todas as partes envolvidas – serviços de reinserção social e entidades beneficiárias de trabalho;

Criação de um Manual de procedimentos internos, da DGRS, contendo orientações e instrumentos técnicos, a fim de garantir rigor e segurança no controlo da execução da pena e aumentar a confiança dos magistrados;

Divulgação, pela DGRS, das condições práticas de execução da PTFC ao Conselho Superior da Magistratura, Procurador-Geral da República, Centro de Estudos Judiciários, Ordem dos Advogados e magistrados em geral;

Criação da bolsa nacional de entidades beneficiárias de trabalho;

Divulgação da PTFC junto da opinião pública, incluindo, particularmente, as comunidades jurídica e judiciária, com recurso a utilização de folhetos, cartazes, vídeo, muppies, écrans luminosos, flashes e meios de comunicação social;

Manutenção de reuniões com magistrados;

Reforço da cooperação entre o Centro de Estudos Judiciários (CEJ) e a DGRS, na formação dos auditores de justiça e assessores;

Envolvimento do Ministério da Justiça em iniciativas públicas, simbolizando o compromisso formal do Governo na implementação da política criminal adoptada e, concretamente, na promoção das penas executadas na comunidade;

(12)

Definição de linhas directrizes relativas à execução da política criminal, em matéria de aplicação de sanções de prestação de trabalho (Despacho do Procurador Geral da República - PGR, de 7 de Junho de 1999), tendo em vista o aumento da eficácia na acção do Ministério Público.

2. O que pode ainda ser feito?

(Entre outras acções)

Reafirmar a ideia de que a PTFC é um instrumento sancionatório privilegiado para fazer face aos problemas da delinquência juvenil;

Explorar todas as potencialidades de aplicação da PTFC no sistema sancionatório português, reforçada com as recentes alterações legislativas do Código Penal e de Processo Penal;

Intensificar a cooperação com magistrados do Ministério Público;

Continuar a divulgar a PTFC, incrementando sessões de trabalho com advogados e magistrados;

Produzir material sistematizado e sintético que facilite o acesso generalizado dos operadores judiciários às melhores práticas sobre PTFC, tanto ao nível do processo de aplicação da pena como da sua execução;

Divulgar trabalhos de investigação sobre a evolução da prestação de trabalho a favor da comunidade em Portugal (aspectos técnicos, jurídicos e de política criminal judiciária);

Avaliar e divulgar a reacção da comunidade e das Entidades Beneficiárias de Trabalho (EBT) à PTFC.

(13)

Informações estatísticas sobre sanções de prestação

de trabalho

SOLICITAÇÕES ACOMPANHAMENTO DE SANÇÕES DE TRABALHO (1997-15 Dezembro 2009) 3867 2755 2724 2073 1932 1438 999 777 481 275 171 170 172 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 15- Dez-09 PTFC SMT

(14)

SOLICITAÇÕES DE PRESTAÇÃO TRABALHO A FAVOR DA COMUNIDADE 40 52 47 96 155 257 240 344 340 375 624 735 459 0 100 200 300 400 500 600 700 800 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 15- Dez-09

SUBSTITUIÇÃO DE MULTA POR TRABALHO

132 118 124 179 326 520 759 1094 1592 1614 3295 4433 2349 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 15- Dez-09

(15)

Entidades Beneficiárias de Trabalho

Alguns exemplos: • Câmaras Municipais; • Juntas de Freguesia;

• Cruz Vermelha (Delegações Regionais); • Santa Casa da Misericórdia;

• CERCI;

• Instituto Português da Juventude;

• Instituto Nacional dos Arquivos Nacionais - Torre do Tombo; • Caminhos de Ferro Portugueses;

• Associações de Bombeiros; • Jardim Zoológico; • Escolas; • Hospitais; • Centros Paroquiais. • O Companheiro; • Fundação AMI;

• Liga Portuguesa de Deficientes Motores;

Federação dos Produtores Florestais de Portugal.

PTFC SMT 1997 40 132 1998 52 118 1999 47 124 2000 96 179 2001 155 326 2002 257 520 2003 240 759 2004 344 1094 2005 340 1592 2006 459 1614 2007 375 2349 2008 574 2181 15-Dez-09 757 3110

(16)

PROTOCOLOS CELEBRADOS NO ÂMBITO DO TFC

1999 – 2009

Delegações Regio- nais

Anos

DRA DRC DRL DRM DRN DRS TOTAL

1999

41 78 39 15 50 59 282

2000

22 41 28 -

78 - 169

2001

- - 81 -

15 - 96

2004

- 11 - -

36 18 65

2005

- - 51 -

- - 51

Sub-total

63 130

199 15 179 77 663

2006

Federação dos Produtores Florestais de Portugal (Protocolo de âmbito nacional)

1

2007

- 8 - -

- 23 31

2008

1 - - -

21 - 22

2009

45

45

TOTAL 64 138

199 15 179 100 762

• Os protocolos celebrados com as EBT’s, de 1999 a 2009, abrangem um total de 90 concelhos, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

• A Direcção-Geral de Reinserção Social colabora ainda com mais de 2000 entidades não protocoladas.

Referências

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