• Nenhum resultado encontrado

Terceira idade NOVOS OLHARES EXERCÍCIOS SEXUALIDADE ALIMENTAÇÃO. Os benefícios das atividades físicas podem ser sentidos em qualquer idade

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Terceira idade NOVOS OLHARES EXERCÍCIOS SEXUALIDADE ALIMENTAÇÃO. Os benefícios das atividades físicas podem ser sentidos em qualquer idade"

Copied!
36
0
0

Texto

(1)

Terceira idade

NOVOS OLHARES

ANO 1 - EDIÇÃO 01 - ABRIL 2019 ALIMENTAÇÃO Escolhas adequadas contribuem para a longevidade SEXUALIDADE A prática sexual deixa de ser tabu para pessoas idosas

EXERCÍCIOS

Os benefícios das atividades físicas podem ser sentidos

(2)

Passam-se os anos e o que fica

são as marcas de um tempo

vivido, sentido e vencido.

(3)

A

Longeviver surge a partir da nossa percepção de que assuntos relacionados à terceira idade tem tido pouco espaço nos veículos de comunicação, tanto digital quanto impressos, incluindo também a mídia televisiva. O que não condiz com o crescente número de idosos no mundo, que hoje representam um quarto da população. No Brasil, aqueles acima de 60 anos são 14% da população, cerca de 30 milhões, de um total de 209 milhões. A Revista Longeviver chega com a proposta de dar visibilidade e retratar diversos segmentos sociais em que idosos estão inseridos e são parte ativa do cotidiano. Nossas reportagens têm como objetivo mostrar que é possível haver esta inserção, como por exemplo, no mercado da beleza, que passou a olhar com mais cuidado para os idosos, pensando no seu potencial poder de compra. Veremos também que a diversão e sexualidade podem ser vividas em qualquer fase da vida. Além disso, vamos apresentar histórias em que decisões tomadas em um momento aparentemente tardio podem mudar o futuro de alguém, como a escolha por voltar a estudar ou mesmo a mudança em sua alimentação, trazendo resultados positivos para a saúde. Esperamos que você, que já passou dos 60 anos, embarque nestes relatos e desfrute de um trabalho feito com muito empenho e que teve a intenção de fazê-lo se enxergar representado nesse conteúdo. Já para aqueles que ainda não chegaram à terceira idade, ficaremos felizes se ao terminar de ler nossa revista consiga entender melhor às mudanças pelas quais os mais experientes tem passado. Boa leitura!

(4)

SUMÁRIO

20

16

10

06

24

28

30

34

alimentação

Qualidade nutricional em qualquer fase da vida

baile

A diversão nas festas para a 3ª idade

VAIDADE

O crescimento do mercado cosmético e beleza para idosos

educação

Não existe idade para voltar a estudar

solidão

Quando estar só nao significa se sentir mal

entretenimento

Dicas de filmes e curiosidades sobre a terceira idade

OPINIÃO

Crônica: A Chave

exercícios físicos

A atividade física para manter o corpo em funcionamento

12

vivendo a sexualidade

O sexo passou a ser encarado de outra forma por grande parte dos idosos, que estão abertos a vivenciar momentos de prazer independente da idade.

(5)

Quem somos

Colaboradora

Criadores

Adailson Rosa Pereira

Acadêmico do curso de Jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia

Rafael vasconcelos de Aguiar

Acadêmico do curso de Jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia

Águeda aparecida borges

Professora do curso de Letras na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia

2019 ANO 01 Nº 01

PRODUÇÃO/EDIÇÃO/REPORTAGEM

Adailson Rosa Pereira Rafael Vasconcelos de Aguiar

orientação e revisão

Jociene Carla Bianchini Ferreira Pedrini

planejamento gráfico

Adailson Rosa Pereira Rafael Vasconcelos de Aguiar Neemias Souza Alves (apoio técnico)

(6)

6

BELEZA

4

SEMPRE VAIDOSA

O idoso de hoje está distante daquele estereótipo do passado, quando associávamos nossos avós a figuras sem vaidade, mas com o crescimento do mercado cosmético e beleza, eles passaram a consumir cada vez mais esses produtos.

C

om o aumento da ex-pectativa de vida, foi ampliado o mercado de consumo para os idosos, entre eles a área de beleza e cosméticos. Esta faixa etária passou a gerar interesse de grandes indús-trias deste setor, que veem nessa fatia da população uma potencial demanda. De acordo com relatório do SEBRAE, que analisou o mercado da beleza para mulheres acima dos ses-senta anos, elas possuem necessidade de mostrar quão felizes e realizadas são. Nesse sentido, aponta o relatório que a liberdade que se conquista na tercei-ra idade getercei-ra como con-sequência a ocupação do

tempo com elas próprias, dando espaço especial aos cuidados com a beleza.

Na cidade de Barra do Garças, Mato Grosso, este setor econômico vêm

cres-cendo, atualmente existem dez espaços

especializa-dos na área de estética. Proprietária de uma des-tas clínicas, a esteticista e fisioterapeuta, Lucianna Mendonça, afirma que me-tade do público atendido em seu estabelecimento é de idosos, na grande maio-ria mulheres. Segundo ela, a terceira idade é o melhor público, “eles são muito fi-éis, dificilmente trocam de clínica, pois se afeiçoam aos profissionais que os atendem e sempre voltam”.

A profissional conta que os procedimentos mais co-muns são os faciais, sendo a principal preocupação das mulheres, que buscam o rejuvenescimento do rosto. “Percebo que a mulher idosa ao procurar este tratamento,

Por Rafael Vasconcelos

Se cuidar faz

bem para a

autoestima,

ajuda a ficar

menos triste e

desanimada.

DONA IARA

LONGEviver

(7)

tem a preocupação de não ficar artificial, quer estar bem com a idade que possui”. Já em relação aos homens, ex-plica a esteticista, que o mais comum são procedimentos contra a calvície.

O aquecimento deste mercado na cidade possi-bilitou a criação de um cur-so técnico ligado á área da beleza. No ano de 2014, o Centro Universitário do Araguaia (UNIVAR) inau-gurou o curso técnico em Estética e Cosmética. Lu-cianna Mendonça foi uma

das responsáveis pela im-plantação do curso, que surge da necessidade de profissionalizar a grande quantidade daqueles que já atuam na área da beleza na cidade. Segundo Men-donça, que hoje também leciona neste curso, estas pessoas atuavam sem es-tarem habilitadas para o que faziam. “A ideia foi tra-zer a capacitação para o público da região, dando o conhecimento necessário para o desenvolvimento de seus trabalhos”.

Vaidade que não acaba

De acordo com o relató-rio do SEBRAE, as mulheres demonstraram que o seg-mento de cuidados com a hi-giene e beleza é mais impor-tante hoje do que era quando tinham em torno dos 40 anos de idade. O que explica esse quadro, segundo a pesquisa é que atualmente as priorida-des são diferentes das que possuíam, como por exem-plo, a falta de tempo para cuidar da aparência. Além disso, hoje existe maior

co-Dona Iara se considera vaidosa e todos os dias se arruma mesmo que fique em casa.

Fotos:

Adailson

(8)

8

brança pela imagem saudá-vel e jovial. Moradora de Bar-ra do Garças, IaBar-ra Ramos, viúva de 65 anos, afirma que a vaidade não deve ser vista como futilidade. “Utilizo todos os cosméticos que me sinto bem, adoro passar blush, ba-tom, creme hidratante, pintar o cabelo, isso me deixa mais viva, significa muito para mim”. Para a aposentada, o uso de cosméticos de beleza deve ser para todos, “somos pessoas iguais as outras, por isso também consumo esses produtos”, afirma.

Dona Iara conta que ao se acostumar com um produto, dificilmente o troca por outro ou deixa de comprá-lo. “Se vejo que funcionou comigo, vou comprar sempre que es-tiver acabando e vou indicar

para minhas amigas”. O que também contribui para a ma-nutenção das compras são os preços mais acessíveis, que no passado eram bastan-te elevados, impossibilitando manter o consumo constan-te desconstan-tes produtos estéticos, diferente do panorama atu-al, onde a popularização do mercado da beleza atrai todo tipo de público.

Gerente de uma loja de cosméticos em Barra do Garças, Cristia-ne Araújo, revela que a quantidade de clientes idosos é maior

do que se imagina. “Pelo nosso

levantamen-to, 30% de nossos consumidores são da terceira idade”. Nesse sentido, ela afirma

que a clientela feminina é maior do que a masculina, além disso, ela revela que por parte do público mascu-lino ainda existe preconcei-to em relação aos cuidados com a aparência. “Percebe-mos uma inibição dos ho-mens, muitos pedem para que suas companheiras ve-nham comprar algo específi-co para eles”.

Segundo a gerente, o produto mais procurado por mulheres idosas é a colo-ração para os cabelos, en-quanto os homens buscam loções progressivas.

BELEZA

o que as mulheres

mais compram?

73%

70%

69%

67%

58%

hidratante

tintura para

protetor

maquiagem

Fonte: SEBRAE

hidratante

solar

corporal

facial

cabelo

Loja de Cosméticos em Barra do Garças

Fotos:

Adailson

Pereira

(9)

BELEZA

Abril - 2019 5

Com o passar dos anos, ficou comum associarmos a terceira idade à falta de desejo e libido sexual, porém o sexo.

Co m o p as sar d os a no s, fi cou

A VAIDADE

NUNCA DEVE

SER PERDIDA,

INDEPENDENTE

DA IDADE

VALTEMIRA GOMES

68 anos

protetor

maquiagem

solar

facial

(10)

10

Nos bailes da vida

Idosos se divertem no Bailão da Terceira Idade em Barra do Garças.

Em busca de divertimento e socialização com mais pessoas, idosos de Barra do Garças frequentam bailes focados em públicos de suas faixas etárias.

Por Adailson Pereira

A

dança é uma atividade que faz bem à saúde física e mental em qual-quer idade. Mas quando se trata de um público especí-fico, como a terceira idade, o benefício é ainda maior. A di-versão para os idosos, muitas vezes, é invisível aos olhos da

sociedade, que acabam crian-do um estereótipo crian-do aposen-tado, que deve ficar isolado em casa até o fim da vida.

O empresário Fernando Delmondes é dono de uma casa de festas, o Palácio do Forró. Todos os domingos, ele abre seu

estabelecimen-to para receber os idosos, “o objetivo é proporcionar diver-são e vida saudável a esse público”. Segundo ele, os ido-sos se socializam e acabam tendo algumas paqueras.

A doméstica, Luzia Frei-tas, 64 anos, descobriu a dança durante um período

Fotos:

Adailson

Pereira

(11)

em que estava com depres-são. “Meus amigos me cha-mavam para dançar, no co-meço eu ficava com raiva, e com muita insistência resolvi ir”. Ela ainda conta que no primeiro dia se sentiu como um animal assustado, e com o tempo, foi se soltando e conhecendo novas pessoas. “Posso dizer que graças à dança fui curada da depres-são, me sinto renovada”.

Ela lembra que frequentar o baile lhe trouxe até mesmo um novo amor. “Quando esta-va saindo da depressão, aca-bei me divorciando do meu marido, continuei frequentan-do o bailão e conheci meu novo parceiro aqui, há exata-mente um ano”, relembra.

Para a psicóloga Carolina Gomes da Silva, idosos que praticam exercícios físicos como esportes, dança e brin-cadeiras conseguem curar ou amenizar alguma doença e ajuda a revigorar as energias. Outro ponto em destaque que ressalta é a socialização, “eles acabam fazendo amiza-des nesses locais, com laços afetivos muito fortes entre si”.

A grande idealizadora do baile da terceira idade em

Barra do Garças, no ano de 1990, foi a ex-vereadora do município, Ana Luzia Teixeira Agnelli. Ela diz que o objetivo principal do projeto é fazer com que o idoso se movi-mente através da dança, “é um dos exercícios mais com-pletos para o corpo”.

O aposentado Silvio Olivei-ra, 83 anos, descobriu a dança quando tinha 20 anos de ida-de, e de lá pra cá nunca parou de dançar. “Eu só trabalhava, então tive que buscar algo que me proporcionasse diversão, o que encontrei nos bailões”. Ele ainda revela que “as amizades conquistadas no baile levarei para o resto da vida”.

Além do Palácio do Forró, há outro local em Barra do Garças que disponibiliza bai-les para os idosos. O Centro de Referência de Assistên-cia SoAssistên-cial (CRAS), do Bairro Santo Antônio, to-das as quintas-feiras, no pe-ríodo vespertino. Já na cida-de vizinha, Aragarças, GO, a prefeitura do município reali-za o bailão uma vez ao mês, além do clube Recanto do Forró, que abre as portas para idosos todos os domingos.

Eu só

trabalhava,

então tive

que buscar

algo que me

proporcionasse

diversão, o que

encontrei nos

bailões.

SILVIO OLIVEIRA

COMPORTAMENTO

(12)

12

Jacobson Torres e Dona Ordalina vivem a sexualidade na maturidade

Foto:

V

(13)

Sem tabu

sexualidade

Com o passar dos anos, ficou comum associarmos a terceira idade à falta de desejo e libido sexual, porém o sexo passou a ser encarado de outra forma pelos idosos, que estão abertos a continuarem vivenciando mo-mentos de prazer independente da idade

Por Rafael Vasconcelos

COMPORTAMENTO

C

om a longevidade sur-ge a necessidade de manter-se ativo com diversas atividades, in-cluindo a vida sexual. Nesse sentido, o sociólogo Michel Bozon aponta que a sexua-lidade tem sofrido mudanças profundas desde 1960. Se-gundo ele, mais do que uma revolução sexual, trata-se de uma individualização de comportamentos e de nor-mas, paralelamente a outras transformações da socieda-de e da família. A nova ter-ceira idade tem no sexo uma atividade que traz o senti-mento de pertencisenti-mento so-cial, além de proporcionar sensação de vitalidade.

Pesquisa Datafolha, pu-blicada em 2017, aponta que em média, metade dos idosos no Brasil pratica sexo (53%). De acordo com o relatório, na faixa de 60 a 70 anos, o índice daqueles que fazem sexo é de 58%, de 71 a 80 é de 43% e, depois, a 31% dos que possuem mais de 81 anos. Os números apresentados mostram um declínio grada-tivo, mas ainda significativos quando se trata de idosos.

Para a geriatra Aline Fer-reira de Melo, o sexo na ter-ceira idade enfrenta muitos tabus, mas é algo natural e inerente do ser humano. “E somado a isso, existem muitas terapêuticas que

au-xiliam idosos que tenham al-gum grau de disfunção sexu-al”. A profissional afirma que nessa faixa etária é possível manter uma vida sexualmen-te ativa, “e essa é uma visão geral da geriatria”.

Ainda segundo a pesquisa Datafolha, de cada cem ho-mens com 60 anos ou mais, 83 dizem que costumam ter relações sexuais, enquanto 29 de cem mulheres relatam ter vida sexual ativa. Neste caso, a menopausa femini-na pode ser uma das razões para a diferença entre o in-teresse sexual dos gêneros, uma vez que a mulher deixa de produzir hormônios res-ponsáveis pela lubrificação

(14)

14

COMPORTAMENTO

da vagina, gerando dores durante as relações.

Exemplos de vitalidade

Divorciado, mas com uma companheira ocasional, o ex -lavrador Nilton Cabral, 75, avalia como positivo manter-se manter-sexualmente ativo. Atu-almente ele diz que prefere ter relações sem compro-misso sério. “Hoje está tudo moderno, cada um fica na sua casa, quando sentimos necessidade, marcamos de se encontrar”, explica como funciona a relação.

Para ele, o sexo é impor-tante para manter a vitalida-de. “Se eu parar de praticar, acho que morro logo, não existe coisa melhor do que sexo (risos). A vida é tão boa e precisa ser curtida até o fim, é isso o que eu faço”. Cabral assume que às vezes faz uso de medicamentos es-timulantes, “se eles existem, são para serem usados, e sempre que preciso compro na farmácia”, admite.

Assim como o ex-lavra-dor, Ordalina de Souza, 81 anos, também acredita que a prática sexual só traz

be-nefícios para a vida do idoso. “Estou no quarto casamento e acho que para se sentir vi-vos temos que aproveitar a vida mesmo”. Ela considera que os mais velhos de hoje são mais ativos e nesse

sen-tido podem estar dispostos a vivenciar a sexualidade. “Assim como eu, minhas amigas também fazem sexo, é natural, não podemos ter preconceito com a idade das pessoas”, ressalta. Ela foi vi-úva por muito, e hoje tem um companheiro fixo.

José Almeida de Andra-de, 64, morador de Barra do Garças, diz viver a plenitude de sua vida amorosa. Se-gundo ele, o sexo na

tercei-ra idade é mais ptercei-razeroso. “As relações na minha idade são boas demais, nós temos mais experiência, consegui-mos aproveitar mais”, conta. Andrade enfatiza que por ter vivido muito, se sente mais preparado para a prática se-xual. “Sou divorciado, então estou solteiro. Já vivi bastan-te e procuro uma nova com-panhia para poder comparti-lhar o que já aprendi”, diz.

A psicóloga Lara Moreira, que atende em seu consul-tório diversos idosos, lem-bra que a imagem do tabu associado ao sexo na ter-ceira idade vem diminuindo. “Para nós, profissionais da saúde, já não existe mais. Também percebo que meus pacientes idosos já tratam deste assunto com maior naturalidade, conversamos sobre tudo”. Segundo ela, a resistência acaba sendo dentro do ambiente familiar, onde não existem conversas sobre sexualidade com os idosos, “para os parentes, enxergar naquelas figuras a existência de desejos sexu-ais acaba não fazendo sen-tido, o que não deveria ocor-rer”, conclui.

estou no quarto

casamento e

para se sentir

vivos temos que

aproveitar a vida

mesmo.

ORDALINA SOUZA

(15)
(16)

16

Alimentação

(17)

A aposentada Irene Medeiros, de 61

anos, acredita que a mudança em

sua alimentação foi fundamental para

a melhora de sua saúde, optando por

comer mais verduras e legumes.

(18)

18

o segredo da longevidade

Uma alimentação de qualidade deve ser mantida por pessoas de qualquer faixa etária, dessa forma, evitando problemas futuros com a saúde.

Por Adailson Pereira

A

a alimentação ba-lanceada é um dos segredos da longe-vidade. Para garantir um envelhecimento bem-sucedido, as nossas esco-lhas, principalmente rela-cionadas ao consumo de alimentos, devem ser pen-sadas por toda a vida, não

apenas quando é preciso cuidar da saúde.

O processo de envelheci-mento traz consigo mudan-ças na função hormonal, no metabolismo e na atividade diária, acarretando o consu-mo de alguns nutrientes. Para a nutricionista Thays Cristina Felizardo, pessoas que

es-tão na terceira idade devem, preferencialmente, ingerir ali-mentos ricos em cálcio, fibras e vitaminas. “A necessidade dos idosos é bem maior nu-tricionalmente, eles precisam de um número maior de vita-minas e minerais”.

Segundo ela, há consu-mo exagerado de açúcar,

Rogaciano mantém uma rotina alimentar mais saudável após sentir os efeitos negativos da má alimentação.

Foto:

Adailson

Pereira

(19)

Foto: queroviverbem.com.br

principalmente aqueles pre-sentes em refrigerantes. “O consumo desses produtos impede a qualidade de vida dos idosos e que tenham uma velhice mais saudável”. A profissional ainda cita que os idosos necessitam de ali-mentos antienvelhecimento e anti-inflamatórios, como ce-nouras e peixes.

A aposentada Irene Me-deiros, 61 anos, relata que precisou fazer uma dieta alimentar, conforme orien-tações médicas. “Deixei de comer uma série de alimen-tos, pois eu tinha problemas no intestino”. Atualmente, ela afirma que deixou de comer carne bovina e pas-sou a ingerir mais verdu-ras, o que segundo ela, fez grande diferença, “hoje eu

me sinto melhor, tudo pela minha saúde”.

O aposentado, Rogacia-no Alves de Melo, 74 aRogacia-nos,

também mudou seus hábi-tos alimentares. “Sempre

tive costume de comer muita gordura,

prin-cipalmente touci-nho de porco, mas reparava que não me fazia bem, s e n t i a u m mal

-estar, dores abdominais e de cabeça”. Ele explica que hoje sua alimentação é outra. “É importante comer uma variedade de verdu-ras, elas satisfazem e são saudáveis, sinto que tenho mais energia”, diz.

Conforme a nutricionista Thais Felizardo, o correto seria consumir de quatro a seis porções de frutas por dia. Já no almoço e jantar, o prato do idoso deve con-ter pelo menos três cores diferentes, principalmente com saladas. “Além de ar-roz, feijão e carne, que são carboidratos e proteínas, é necessário consumir vita-minas e fibras”.

Para ela, a alimentação tem que estar bem ade-quada, com a qualidade boa nutricionalmente e em quantidade de acordo com o paciente. Finaliza dizendo que é importante procurar um profissional para orien-tar sobre como se alimenorien-tar de forma saudável. “A nu-trição é baseada em cálcu-los, conforme a faixa etária de cada um, não podemos comer qualquer alimento“, conclui a especialista.

SAÚDE

É IMPORTANTE

COMER UMA

VARIEDADE DE

VERDURAS , ELAS

SATISFAZEM E SÃO

SAUDÁVEIS, SINTO

QUE TENHO MAIS

ENERGIA.

ROGACIANO MELO

(20)

W

20

Diferente de algumas décadas, a atividade física na terceira idade tem ocorrido com maior frequência, como forma de prolongar a vida de maneira saudável.

Por Rafael Vasconcelos

Os benefícios da

S

e manter ativo fisica-mente é fator primor-dial para evitar doen-ças cardiovasculares, aumento do colesterol, so-brepeso e tantas outras do-enças que acabam sendo associadas ao sedentaris-mo. Conforme aponta estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,3 milhões

de pessoas morrem por ano no mundo em razão da fal-ta de atividade física, sendo 300 mil apenas no Brasil.

Nesse sentido, uma pes-quisa publicada em 2018, pelo British Journal of Sports Medicine, demonstra a im-portância da atividade física para idosos. De acordo com os pesquisadores, reservar

algumas horas na semana para se exercitar já são su-ficientes para reduzir o risco de vida para essa faixa etá-ria. Também afirmam que 30 minutos diários de atividade com baixa intensidade reduz em 17% esse risco. Enquan-to, se optarem por atividades moderadas ou intensas, a re-dução sobe para até 33%.

ATIVIDADE FÍSICA

Os benefícios da

Foto: Adailson Pereira LONGEviver

(21)

Abril - 2019

W

Educador físico e instru-tor de uma academia em Aragarças, Goiás, Rogério de Sousa diz que exercícios físicos na terceira idade são vitais, pois ajudam a man-ter em funcionamento toda a estrutura muscular. Para ele, uma rotina de ativida-des adequada às condições de cada um contribui para o fortalecimento dos ossos. “Se chegam nessa idade apoiados nos benefícios da prática de exercícios, dimi-nuem, por exemplo, a faci-lidade de terem quedas, e caso ocorram, terão meno-res chances de alguma fra-tura grave. O corpo se torna mais flexível”, explica.

A prefeitura de Barra do Garças, através da Secre-tária de Assistência Social, implementou em 2008 a Es-tação Juventude, local para recreação de crianças, jo-vens e idosos. Entre as

ativi-dades oferecidas para a ter-ceira idade, a hidroginástica e hidroterapia são os desta-ques do Projeto Feliz Idade (foto abaixo), coordenado pela educadora física Cláu-dia Monteiro. “Oriento um grupo com cerca de 150 ido-sos, para isso utilizamos as instalações do Parque das Águas Quentes, que possui piscinas de grande porte”.

Segundo a educadora, o incentivo de políticas pú-blicas voltadas aos idosos é fundamental. “Tem que existir investimentos para essa faixa etária. Perce-bemos os benefícios das atividades oferecidas para eles, pois demonstram sa-tisfação, muitos chegam depressivos e acabam mu-dando sua postura social”, conta. Ela acredita que a maioria dos familiares aca-ba não tendo tempo para

eles, já que muitos traba-lham, “fazendo com que os idosos se sintam sozinhos em casa. Eles gostam de conversar, dar risadas e o espaço da hidroginástica se torna um refúgio”, relata.

Corpo em movimento

Maria Madalena da Fé, de 70 anos, aposentada, é uma das participantes das aulas de hidroginástica.

SAÚDE

enquanto eu

tiver SAÚDE E

CONDIÇÕES FÍSICAS,

continuarei a me

exercitar.

RAYMUNDO OLIVEIRA

Foto:

Arquivo pessoal Claúdia Monteiro

(22)

22

SAÚDE

“Desde 2010, faço parte desse grupo e minha saúde só tem melhorado por conta destas atividades físicas”, diz. Para ela, é importante se exercitar, pois contribui para o fortalecimento do corpo. “Já temos uma ida-de avançada, por isso é ne-cessário se manter sempre em movimento, o corpo foi feito para mexer e não ficar parado”, diz a aposentada.

Raymundo Pereira (foto), militar aposentado de 82 anos, é um exemplo de vi-talidade. Ele já participou de corridas profissionais para a terceira idade e hoje se man-tém ativo com exercícios direcionados na academia. Toda essa disposição tem explicação, que começou em razão de sua antiga

profis-são. “Fui militar durante trinta anos e dentro do quartel a atividade física é algo que to-dos fazem”. Ele explica que enquanto esteve no exérci-to, adquiriu hábitos de atle-ta e não abandonou mais. “Mantive o interesse de estar sempre em movimento. En-quanto eu tiver saúde e con-dições físicas, continuarei a me exercitar para o bem da minha saúde”, diz.

Ele conta que passou por uma situação complica-da há cinco anos, quando descobriu que tinha câncer de próstata. “Foi difícil lidar com essa doença, mas fiz a operação e me curei”. O seu restabelecimento tem ligação direta com os exer-cícios. “Uma coisa interes-sante é que os médicos

disseram que a minha boa recuperação se deve ao fato de eu ainda ter uma ro-tina de atividades físicas”, relata o ex-militar.

Com 22 anos, o estudan-te Marlon Valadares não fica um dia sem ir à acade-mia. Ele diz que nesse am-biente é comum ver idosos se exercitando. “É difícil o dia que venho malhar e não vejo um idoso por aqui. Admiro a força de vontade deles, acabam se tornando exemplo para os mais jo-vens”. Ele acredita que na velhice irá colher os frutos das atividades que prati-ca hoje. “Somos o resul-tado daquilo que fazemos ao longo da vida e o corpo acaba refletindo nossas es-colhas”, diz.

l

melhora a flexibilidade

l

aumenta a autoestima

l

favorece a atividade cerebral

l

ajuda no combate à depressão

l

insere o idoso no meio social

oS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA

Fonte: Michelle Franzoni (Educadora Física)

(23)

4

ALIMENTAÇÃO

Abril - 2019

PRATICAR ATIVIDADE

física

me deixa

sempre

disposta

Terezinha de Oliveira

60 anos

(24)

24

Fotos:

Adailson

Pereira

Dona Yolanda, de 62 anos, está prestes a se formar no Ensino Médio.

(25)

NUNCA É TARDE

Educacao :

Hoje o país tem aproximadamente 3.5 milhões de matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA), entre eles, cerca de 100 mil são idosos

Por Rafael Vasconcelos

A

os 62 anos de idade, a aposentada

Yolan-da Bittencourt decidiu voltar a estudar, quatro anos depois, ela comemora a decisão que mudou sua rotina e perspectivas. Ela faz parte de um pequeno grupo, que apesar de esperar tantos anos para decidir regressar à sala de aula, encontra nesse ambiente novos estímulos de vida. Ela está matriculada em uma turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA), na ci-dade de Barra do Garças, em Mato Grosso e sua formatura será daqui dois meses.

”Quando eu era jovem não pude estudar, não tinha condições financeiras, saí do nordeste e fui para São Paulo

trabalhar, tive que escolher: ou trabalhava ou estudava. Agora que meus filhos estão grandes, criados, é a hora de

cuidar da minha vida, todos me apoiam”, conta.

Aqueles que fazem parte da terceira idade e que deixa-ram a escola quando jovens veem na Educação de Jo-vens e Adultos uma oportuni-dade de terminarem seus es-tudos. De acordo com dados do Anuário da Educação, do MEC, em 2016, havia cerca de 3.5 milhões de pessoas matriculadas nesta modali-dade de ensino no país. Sen-do os iSen-dosos, pouco mais de 100 mil matriculados.

A dona Yolanda enxerga nesse retorno aos estudos a possibilidade de novas pers-pectivas profissionais. “Meu objetivo após terminar o en-sino médio é entrar em uma universidade, ainda não es-colhi o curso, mas sei que

EDUCAÇÃO

Meu objetivo após

terminar o ensino

médio é entrar na

universidade, sei

que vou continuar

estudando.

DONA YOLANDA

(26)

26

vou continuar estudando”, conta empolgada.

Com 63 anos, Valter Santos é aluno do curso téc-nico em Análises Clínicas, no Secitec de Barra do Gar-ças. Ele afirma que a edu-cação foi fundamental para sua formação como pessoa. “Desde os meus sete anos nunca parei de estudar, cur-sei biologia na UFMT e hoje sou funcionário público da prefeitura municipal”. Pau-lista, ele migrou para a ci-dade há mais de vinte anos e ainda possui muitos

obje-tivos profissionais, por esta razão, no último ano, se matriculou no curso técnico. “Me interessei bastante pelo campo das análises clínicas e futuramente penso até mesmo abrir um laboratório nesse segmento”, revela.

Encontro de gerações

Laura Vicuna Rocha é co-ordenadora pedagógica no EJA Marisa Mariano, onde Yolanda estuda e afirma que a preparação para lidar com este público é contínua.

“Nosso alunos são pessoas mais velhas, estamos sem-pre prontos para as dificul-dades que possam surgir com estes estudantes. Os conteúdos e metodologias são todos direcionados para eles”. Mas a coordenado-ra conta que ao longo dos anos os idosos se tornaram minoria na escola, diferente do passado.

“Fizemos um levanta-mento e constatamos que a maioria de nossos alunos era da faixa etária entre 20 e 30 anos, o que já era

per-O funcionário público Valter Santos é um dos alunos mais dedicados na Escola Técnica de Barra do Garças.

(27)

ceptível, não vemos mais tantos idosos na escola. No momento, estamos com apenas dois alunos matri-culados com mais de ses-senta anos, num total de 696 alunos”.

Para a coordenadora é importante a socialização entre as gerações. Ela conta que existem casos de idosos que buscam a escola como modo de vivenciarem expe-riências que colaborem até mesmo para curar alguma doença psicológica, como a depressão, “já ocorreram casos desse tipo nessa ins-tituição”, relata.

Ela revela que já tiveram problemas pontuais em rela-ção ao conflito que a diferen-ça de idade entre os alunos

pode causar. “É até triste comentar sobre isso, mas um aluno idoso que tivemos matriculado acabou não se adaptando. Em razão de al-gumas discussões que teve com alguns colegas de tur-ma, pois ele pedia mais dis-ciplina na sala de aula, optou por desistir do curso”. Ela conta que houve intervenção pedagógica no conflito, “mas mesmo assim o aluno já ha-via tomado sua decisão por cancelar a matrícula, senti-mos muito”.

Aluno do EJA, Brenno Guimarães, de 20 anos, la-menta esse tipo de compor-tamento dos alunos mais jo-vens. “Na minha sala temos uma idosa e fazemos de tudo para manter o respeito em

relação a ela, socializamos como fazemos com todos, nunca tivemos problemas ou conflitos”. O estudante do ensino médio conta que percebe o interesse dos alunos idosos em interagir, “às vezes por quererem se enturmar acabam sendo até mais abertos do que os mais novos”.

A psicóloga Carolina Gomes afirma que para o

idoso, estar matriculado na escola vai interferir e influen-ciar diretamente na autoes-tima dele. “Não apenas pelo estudo em si, que irá adqui-rir novos conhecimentos, descobrir um universo novo, é também uma questão so-cial”. Para ela, o ingresso do idoso na escola pode con-tribuir na parte psicológica, pois irão conhecer novas pessoas, criar laços sociais, amizades. “Sair de casa e ter novas experiências cola-bora para estimular o idoso e esta é uma oportunidade de trocas e conhecimento”.

EDUCAÇÃO

NOSSOS ALUNOS

SÃO PESSOAS

MAIS VELHAS,

ESTAMOS SEMPRE

PRONTOS PARA AS

DIFICULDADES QUE

POSSAM SURGIR.

LAURA ROCHA,

Coordenadora Pedagógica

MILHÕES

MILHÕES

MIL

ENS. FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

IDOSOS

2.1

1.3

104

Fonte: MEC/ 2016

MATRICULADOS NO EJA

(28)

28

A

solidão pode ser considerada como sentimento de inse-gurança, provocado principalmente pelo aban-dono de pessoas que gos-tamos. Alguns têm a sensa-ção de não serem amados, pelo simples fato de não ter alguém ao seu redor. Entre-tanto, pode ser apenas um modo como o ser humano encara a vida.

O baiano Aurelino dos Santos, 74 anos, reside no Lar da Providência em Aragarças há cerca de quatro anos. Vi-veu grande parte de sua vida

viajando pelo país em busca de trabalho. Devido a essas viagens, acabou não se ca-sando e nem tendo filhos. “Ficava 15 dias num local, 30 dias em outro, tive alguns re-lacionamentos, mas nenhum duradouro, porque logo tinha que mudar de cidade”.

Estar sozinho também pode ter algumas vantagens,

como por exemplo aumentar a nossa capacidade de su-peração. Aurelino aprendeu com esse sentimento o poder de conquistar novas amiza-des. “Não tenho parentes, só eu e Deus, além dos amigos que conquistei aqui no Lar e o apoio das irmãs de caridade”.

Responsável pelo Lar da Providência, irmã

Maya-ra Marinho afirma que a instituição tenta manter o vínculo entre família e idoso, “é um dos requisi-tos do abrigo”. A religiosa

o avesso da solidao

Pesquisa feita por universidade norte-americana mostra que idosos criativos encontraram um novo sentido para a vida.

Por Adailson Pereira

João Aguiar, de 94 anos vive só em sua

residência

(29)

ainda revela que em casos como de Aurelino, que não tem família, a instituição dá total suporte para que não se sinta sozinho.

A psicóloga Lara Moreira cita que há casos onde as pessoas preferem ficar so-zinhas, como uma manei-ra de buscar refletir sobre algo, “seja por perda de um grande amor, ou por outras coisas, essa é uma saída que eles encontraram, e pode até fazer bem”.

O aposentado João Aguiar, 94 anos, morador de Barra do Garças, mesmo com três filhos e cinco netos passa a maior parte do dia sozinho em casa. “Meus fi-lhos trabalham, meus netos estudam, e eu fico só”. Para suprir a ausência, ele pro-curou fazer outra atividade, conversar com amigos, “aí é tudo maravilha”, diz.

A psicóloga analisa que para ser feliz não é neces-sário depender da existên-cia de um parceiro ou rela-cionamento. A viúva Anália José, 64 anos, é prova dis-so, perdeu seu marido há quase 30 anos. A saída para curar a solidão foi

frequen-tar uma instituição religiosa. “Também recebo visitas das irmãs da igreja e tenho a companhia de alguns filhos e netos, quando chegam do trabalho e escola”.

Um estudo da Univer-sidade de Buffalo, nos Es-tados Unidos, estabeleceu

uma relação entre pesso-as que gostavam de estar

só de vez em quando com criatividade. A pesquisa re-latou que idosos solitários criativos curaram algumas feridas do passado e en-contraram um novo sentido para a vida.

Lara Moreira cita que é preciso saber estar só e focar no que há de bom na vida e nas pessoas que nos cercam. Uma das estraté-gias é conscientizar-se do que a pessoa realizou para dimensionar o seu valor pes-soal. Para exercitar a forma física e mental, ela aconse-lha levar os idosos para pra-ticar natação, visitar amigos, fazer caminhadas na praça, entre outras, “essas ativida-des farão com que eles não se sintam solitários”.

COMPORTAMENTO

é preciso saber

estar só e focar

no que há de bom

na vida.

LARA MOREIRA

O aposentado Aurelino dos Santos vive no Lar da Providência.

(30)

30

Destaque

nos cinemas

DO JEITO QUE ELAS QUEREM

(2018)

Nos arredores da Califórnia, quatro amigas de longa data estão na casa dos 60 anos e decidem ler no clube do livro mensal o romance Cinquen-ta Tons de Cinza. Esse não é o tipo de livro que elas leem normalmente, o que faz com que a vida dessas mulheres bem-sucedidas e refinadas mude completamente. ANTES DE PARTIR

(2007)

Carter (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Sub-metido a um tratamento para combater o câncer, ele se sente mal no trabalho e com isso é in-ternado em um hospital. Logo passa a ter como companheiro de quarto Edward (Jack Nichol-son), um rico empresário que é dono do próprio hospital. Carter tem uma lista de coisas que de-seja realizar antes de morrer. Ao tomar conheci-mento dela, Edward propõe que eles a realizem, o que faz com que ambos viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida.

UM SENHOR ESTAGIÁRIO (2015)

GRAN TORINO

(2009)

Jules Ostin (Anne Hathaway) é a criadora de um famoso site de venda de roupas. Ela leva uma vida bastante atarefada, devido às exigências do cargo e ao fato de gostar de manter contato com o público. Sua empresa inicia um projeto de contratar idosos como estagiários, cabe a ela trabalhar com o viúvo Ben Whittaker (Ro-bert De Niro). Aos 70 anos, ele leva uma vida monótona e vê o estágio como uma oportunidade de se reinventar.

Walt (Clint Eastwood) é um veterano da Guerra da Coréia. Ressentido e des-confiando de todos, deseja passar só o tempo que lhe resta de vida. Até que Thao, seu tímido vizinho adoles-cente, é obrigado por uma gangue a roubar o carro do veterano, um Gran Torino retirado da linha de monta-gem pelo próprio. Com isso, se iniciam os conflitos.

CENTRAL DO BRASIL (1998)

Longe das paisagens paradisíacas do Rio de Janeiro, bem no meio do efervescente movimento de tra-balhadores da Central do Brasil, Dora (Fernanda Montenegro) ga-nha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas que sentem necessidade de comunicar-se com os seus. Essa ex-professora se sensibiliza aos trancos e barran-cos com o drama do menino Josué (Vinicius de Oliveira), cujo desejo de conhecer o pai esbarra em di-versos contratempos. A morte da mãe amplia a orfandade dele.

Fonte: Adoro Cinema Willie (Morgan Freeman), Joe

(Michael Caine) e Albert (Alan Arkin) são amigos há décadas. Eles levam uma vida pacata, mas sofrem com problemas financeiros. Quando Willie tes-temunha o assalto milionário a um banco, decide chamar Joe e Albert para elaborarem o seu próprio assalto. É a vez de os idosos se rebelarem contra a exploração dos bancos. DESPEDIDA EM GRANDE

ESTILO (2017)

(31)

Astros experientes nas telonas

MEMÓRIAS SECRETAS

(2015)

Aos 80 anos, Zev (Christopher Plummer) aceita uma missão incumbida pelo seu colega de asilo, Max Zucker (Martin Landau): deixar o local em que vive em busca de um antigo guarda nazista. Seu objetivo é, mesmo após tantas décadas, puni-lo pelo assassinato de sua família durante a Segunda Guerra Mundial. Só que, ao longo da jornada, Zev precisa lidar com falhas de memória causadas pela idade avançada.

Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados apaixona-dos por música. Eles têm uma filha musicista que vive em outro país. Certo dia Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo parali-sado. O casal de idosos passa por graves obstáculos que colocarão o seu amor em teste. O drama se passa quase que inteiramente den-tro de um espaçoso apartamento, cuja mobília e decoração denotam uma vida inteira de bom gosto.

AMOUR (2012)

UP- ALTAS AVENTURAS (2009)

Carl Fredricksen é um vendedor de balões que, aos 78 anos, está prestes a perder a casa em que sempre viveu com sua esposa. O terreno onde a casa fica locali-zada interessa a um empresário, que deseja construir no local um edifício. Após um incidente em que acerta um homem com sua bengala, Carl é considerado uma ameaça pública e forçado a ser internado em um asilo. Para evi-tar que isto aconteça, ele enche milhares de balões em sua casa, fazendo com que ela levante vôo.

(32)

32

LAURA CARDOSO, 91

Considerada uma das gran-des atrizes brasileiras, está em atividade desde a década de 1950. Ganhou notoriedade nas telenovelas. Nasceu em 13/09/1927.

CACO BARCELLOS, 69

É jornalista, repórter de te-levisão e escritor brasileiro, se especializou em jornalis-mo investigativo, documen-tários e grandes reporta-gens sobre injustica social e violência. Nasceu na pe-riferia de Porto Alegre, na Vila São José do Murialdo.

carlos a. nóbrega, 83

Apresentador de TV, desde 1987 apresenta o programa humorístico A Praça é Nossa, da emissora de televisão SBT. Nasceu em 12/03/1936.

LIMA DUARTE, 88 ANOS

O ator, diretor e dublador é pioneiro da televisão brasileira. Tornou-se famoso através de vários papéis memoráveis ao longo da história da telenovela, é vinculado à TV Globo.

OPRAH WINFREY, 65

Apresentadora de televisão, atriz e empresária norte-americana, vencedora de múltiplos prêmios Emmy por seu programa The Oprah Winfrey Show, o talk show com maior audiência da história da TV.

GLÓRIA MARIA, 69

Jornalista, repórter e apresen-tadora de TV, Glória tornou-se conhecida pelas reportagens especiais e viagens a lugares exóticos que fez, uma das mais famosas foi pelo deserto do Saara. Em outra viagem des-taque, ela percorreu o caminho de Cristo na Palestina.

O trabalho é o maior prazer destes profissionais que se destacam na nossa televisão, confira a história de cada um deles na galeria que preparamos para você:

famosos NA TV

Fotos: Reprodução internet

(33)

o mais velho do brasil

Moacir Gonçalves de Jesus, 118 anos, mora em Rio das Ostras, RJ. O idoso é reconhecido como o homem mais velho do Brasil, segundo informações do Insti-tuto Nacional do Seguro Social (INSS), além de estar entre os cinco homens mais velhos do mundo. Para surpresa de alguns, ele planeja chegar aos 120 anos.

atleta exemplar

Hidekichi Miyazaki, 105 anos bateu o recorde mundial de cor-rida na categoria sênior, para pessoas que já passaram os três dígitos na idade. O japonês fez 100m em 42,2 segundos e ainda tirou onda com Usain Bolt. O jamaicano faz os mes-mos 100m em 9,58 segundos.

idosos dormem

menos?

Sim, os idosos têm neces-sidade de dormir menos que jovens. Além disso, apresentam um compor-tamento diferente com re-lação ao sono, precisando de pequenos períodos de descanso durante o dia.

bora viajar!

Um quinto da população idosa investe mais em viagens agora do que na juventude, tal razão se dá pelo tempo livre e o benefício da aposentadoria.

cidade com mais idosos

Coqueiro Baixo/RS, é a ci-dade com maior número de idosos no Brasil, 3 em cada 10 residentes têm mais de 60 anos. Ela possui um pouco mais de 1.500 habitantes.

Separamos algumas informações inusitadas sobre os idosos:

(34)

34

Um convite de dois garotos me colocou uma quantidade de “pulgas atrás da orelha”: escrever uma crônica a respeito da relação entre terceira idade e trabalho em uma página???

Aceitei o desafio e registre-se: eu tenho uma relação paradoxal com a escrita. Ela afeta o meu corpo, sinto calafrios em meio a um turbilhão de palavras, mas quando encontro aquela, sabe? Ela me liberta, alivia, fico plena de prazer. Escrever dá um trabalho danado!

Eis que, aqui estou, dando um duro, a tarefa de arranjar as palavras de modo que elas produzam o efeito de sentido que desejamos

não é simples, é trabalhosa...

Viva! Eureca! Encontrei a chave: idade deveria ser um estado de graça, não tem que ser medida em escala, essa é mais uma besteira convencionada à revelia da vida e sigo refletindo...

pois se a morte não chega antes, todas as pessoas estão fadadas ao envelhecimento. E, convenhamos acumular histórias e experiências é, também, muito trabalhoso.

Eu diria, inclusive, que ao invés de Terceira Idade, a designação deveria ser Velhescência, sim velhice com experiência. A experiência ocuparia o espaço de significação de trabalho, aliás dos diversos e incontáveis “trabalhos” que determinariam o valor, em larga dimensão, para a pessoa que não morreu antes do tempo de trabalhos vividos.

E mais, ao alcançar o auge da Velhescência, a pessoa teria, por direito, respeito, admiração, valor em todos os sentidos. Mas, o problema é que se impõe, na nossa sociedade, uma relação de trabalho com dinheiro/consumo e o sujeito que, não “nasceu em berço de ouro”, nesse apogeu ainda carece de batalhar para garantir o que lhe caberia, simplesmente, por ter chegado ali...

O fato é que, envelhecer numa sociedade capitalista é ser considerado improdutivo, é ter o tempo de vida submisso ao tempo de trabalho, a valorização baseada em um modo de produção explorador, isso implica na constituição do pensamento de parte significativa da sociedade, ou seja, velhice é prejuízo.

Por isso mesmo, é necessário garantir e fazer valer Políticas Sociais conquistadas, como, por exemplo, a Política Nacional do Idoso; Política Nacional de Saúde do Idoso; Estatuto do Idoso, dentre outros. Cá nas minhas confabulações, já nos meus mais de sessenta anos, sonhadora que sou, penso na Velhescência como tempo das interações felizes, do bom humor, dos passeios, da tranquilidade... para a manutenção da saúde, um dia de cada vez, no presente, até porque o amanhã não existe.

Se a palavra é o verbo, então que seja para fazer companhia para a Velhescência: Esperançar!

a chave

Águeda borges

61 anos, professora universitária

A DESIGNAÇÃO

DEVERIA SER

VELHECÊNCIA.

LONGEviver CRÔNICA

(35)

o trabalho

me motiva

a viver

Jeová da costa

62 anos

(36)

Referências

Documentos relacionados

Com a realização da Ficha de Diagnóstico, o professor deve averiguar as aprendizagens dos alunos já realizadas sobre números racionais não negativos – operações e propriedades.

In order to reverse SBS values after bleaching, we looked for peroxidase and observed that there is no scientific evidence in the literature that used it enzyme obtained from

32 para escutar e aprender sobre a palavra, pois isso para eles significa aprender sobre eles e, mais importante (do ponto de vista deles), aprender sobre Deus.

Sendo essenciais os projetos de ações sociomuseológicas para sensibilizar a população local quanto à importância de seu patrimônio, como também para capacitá- la para

O grupo de amostras que foi produzido para ser utilizado no ensaio de molhabilidade apresentou rugosidade entre 0,11µm e 0,25 µm antes do processo de jateamento

Como já exposto anteriormente, dado o número de medições de tensão em regime permanente associadas ao atendimento aos dispositivos da Resolução ANEEL 505/01, seja por efeito das

Analisando a pirâmide de automação, vemos que no nível de atuadores/sensores existem algumas redes industriais, logo podemos citar a AS-Interface (AS-i) onde os

Bahia, embora não seja conhecida a sua distribuição geográfica. O estudo foi realizado durante os anos de 1999 a 2007 em diferentes regiões do Estado da Bahia, com o objetivo