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Desordens do aparelho digestivo. OBJECTIVO GERAL: Conhecer os protocolos de prevenção e terapêutica das principais Infeções Gastro- Intestinais

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Academic year: 2021

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Desordens do aparelho digestivo

OBJECTIVO GERAL:

Conhecer os protocolos de prevenção e terapêutica das principais Infeções

Gastro-Intestinais

(2)

Infecções do Trato Gastrintestinal

• Diarréia – liberação anormal de fezes. Perda de fluidos e eletrólitos.

• Disenteria – distúrbio inflamatório, geralmente associado a sangue e pus (fezes) e acompanhados de dor, febre, cólicas.

• Gastroenterite - sintomas gastrintestinais como náuseas, vômitos, diarréia e dores abdominais.

(3)

Desidratação

• Desidratação

Principal preocupação

relacionada com as infeções GI

A rehidratação constitui o pilar da terapêutica das infeções GI, sendo a

vi oral a via de eleição

Necessária uma avaliação inicial das perdas de fluído

(4)

Desidratação

• Perda de peso: principal parâmetro de

avaliação do grau de desidratação

• Sinais clínicos:

– Pressão arterial – Olhos encovados – Turgor da pele

– Membranas mucosas secas – Diminuição do fluxo urinário – Estado mental…

(5)

Desidratação

• Componentes das soluções de rehidratação oral (ORT): – Glucose – Sódio – Potássio – Cloro – Água

• Perda de peso ponderal superior a 9-10% é

considerada severa e requer hidratação por via EV com Lactato de Ringer, ou Cloreto Sódio 0,9%

(6)
(7)

Desidratação

• Reintrodução da alimentação: recomenda-se

logo que o doente tolere

• Uma dieta adequada à idade deve ser iniciada

logo que a desidratação esteja corrigida:

diminui o curso da diarreia

• Alimentos facilmente digeríveis (banana,

polpa de maçã, cereais) devem ser preferidos.

A evitar alimentos ricos em fibra, sódio e

(8)

Agentes etiológicos

• Escherichia coli • Salmonella • Shigella • Yersinia enterocolitica • Campylobacter • Vibrio cholerae • Vibrio parahaemolyticus • Staphylococcus aureus • Bacillus cereus • Clostridium botulinum

Bactérias – Vírus – Parasitas - Fungos

Enterobactérias

Intoxicação alimentar

(9)

Diarreia

(10)

Cólera

• Vibrio cholerae

 Espécie de maior relevância do gênero, que pertence à

família Vibrionaceae

 Bacilos Gram negativos, em forma de vírgula; móveis,

oxidase positivos

 Habitat aquático (vida livre)

 Transmissão: água ou alimentos contaminados

 Produtores de enterotoxina: hipersecreção de eletrólitos e água

 Infecção humana: gastroenterite - diarréia aquosa e

(11)

• Perda de 1 litro de fluidos por hora durante o pico da doença grave

• Tratamento: reposição de líquidos e eletrólitos. ORT preferida. No caso de intolerância: Fluidoterapia IV com Ringer Lactato • A terapia antimicrobiana, reduz o tempo de diarreia, reduz a

produção de toxina e elimina o microrganismo mais rápido. O regime preferencial é uma dose única de Doxiciclina. Em crianças com idade inferior a 7 anos, o cotrimoxazol,

eritromicina, ou fluorquinolonas são a alternativa.

Fezes com aspecto de “água de arroz”, característica do paciente com cólera Sem tratamento: 40-60% mortalidade!

(12)

ESCHERICHIA COLI

Escherichia coli (maior causa de diarréia bacteriana)

06 patotipos: diferentes mecanismos de patogenicidade

E. coli enteropatogênia (EPEC)  E. coli enterotoxigênica (ETEC)

 E. coli entero-hemorrágica (EHEC)  E. coli enteroinvasiva (EIEC)

 E. coli enteroagregativa (EAEC)

 E. coli produtora de aderência difusa (DAEC)

(13)

ESCHERICHIA COLI

• ETEC é responsável pela maioria das “diarreias do viajante”. Capaz de produzir duas toxinas, uma

termolábil e outra estável ao calor. Qualquer uma delas produz uma diarreia secretória do “tipo

cólera”

• Náuseas e fezes aquosas, com ou sem cólicas abdominais.

• Início abrupto e resolução em cerca de 48 horas sem complicações.

• A maioria responde bem a ORT, que deve ser iniciado logo no início da diarreia.

(14)

ESCHERICHIA COLI

• A antibioterapia raramente é necessária,

embora em profilaxia parece haver alguma

efetividade no desenvolvimento da diarreia

• Regimes mais apropriados: Norfloxacina 400

mg ou Ciprofloxacina 500 mg 12/12 horas

durante três dias

• Regime alternativo: Cotrimoxazol

• NÃO usar Loperamida quando existe febre ou

disenteria.

(15)

Clostridium difficile (bacilo Gram +, anaeróbio, formador de esporos)

Destruição da microbiota normal (uso de antimicrobianos de amplo espectro)

Multiplicação do C. difficile: Colite pseudomembranosa

• Exotoxinas: enterotoxina (toxina A) e citotoxina (toxina B):

diagnóstico pela pesquisa das toxinas

• Doentes hospitalizados

• Infecção grave: metronidazol (500 mg 8/8 h – 10 dias, ou

vancomicina oral (125mg 6/6 h – 10 dias)

(16)

Diarreia Invasiva do

tipo Disenteria

(17)

Disenteria Bacilar - Shigella (bacilo Gram -)

 Causa quadros de disenteria bacilar (invasão do intestino grosso, com

presença de pus e sangue nas fezes)

 Dose infectante baixa (10-100 microrganismos)

 Dependendo da espécie envolvida os sintomas variam de leves a

graves:

o S. sonnei (leves)

o S. flexneri e S. Boydii (graves)

o S. dysenteriae (produtora da toxina Shiga;

doença mais grave)

 A shigelose é primariamente uma doença pediátrica  Não existem reservatórios animais

 Disseminação principal: pessoa a pessoa, via fecal-oral Situações

onde saneamento e higiene pessoais são deficientes

(18)

Disenteria Bacilar - Shigella (bacilo Gram -)

• Dor abdominal, cólicas e febre, seguida de diarreia aquosa. Posteriormente diarreia sanguinolenta e outros sinais de disenteria

• É auto-limitada e, se não tratada, dura cerca de uma semana • O tratamento inclui correção dos distúrbios hidroelectrolíticos • Antibioterapia está indicada em doentes,

imunocomprometidos, crianças em creches, idosos, malnutridos. Encurta o tempo de diarreia

• Cotrimoxazol é o agente de escolha nos EE UU

• Fora dos EE UU , Ciprofloxacina , Norfloxacina, ou

(19)

Salmonella (bacilo Gram -)

• Causa mais comum de diarréia associada a alimentos em países

desenvolvidos

• 3 espécies: Salmonella enterica (6 subespécies), Salmonella bongori e Salmonella subterrânea. Mais de 2.500 sorotipos

• Antígenos: O (parede celular) e H (flagelar)

• Amplo reservatório animal

• Dificuldades na erradicação (S. Typhi e S. Paratyphi: humanos únicos reservatórios). Estado de portador pode durar por várias semanas, meses ou anos (“Mary Typhoid”).

(20)

Mary Mallon (23 de

setembro de 1869, Cookstown,

Condado Tír Eoghain (Tyrone, em inglês), Irlanda do Norte – 11 de

novembro de 1938, Nova Iorque),

também conhecida como Maria

Tifóide.

Mary emigrou sozinha para

os Estados Unidos em 1883. Embora

tenha contraído febre tifóide, seu caso foi de gravidade baixa. Seu

organismo conseguiu deter os efeitos nocivos da bactéria que causa

a doença, mas continuou capaz de

transmitir a enfermidade a outras pessoas, ainda que estivesse aparentemente saudável.

(21)

Salmonelose

• Quatro categorias:

– Gastroenterite aguda (enterocolite) – Bacteriemeia

– Doença de localização extraintestinal – Febre enterica (tifoide ou paratifoide)

• Enterocolite ocorre com náuseas, vómitos após 72 horas da ingestão, seguidas de cólicas, febre e diarreia

• Pode ocorrer bacteriemia sem enterocolite ou febre entérica. Ocorre com febre intermitente e arrepios.

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Salmonelose

• Pode ocorrer infeção extraluminal e formação de abcessos em qualquer localização, antes ou

depois de outros sintomas (osso, quistos, rim, pulmão, fígado…)

• A febre entérica é causada por S. typhi e chama-se febre tifóide. O início dos sintomas é gradual, com sinais inespecificos como febre, cefaleia, mal estar, anorexia e mialgias. Febre ligeira a

princípio, mas ao fim de uma semana pode ser de cerca de 40º C. Arrepios náuseas, vómitos, tosse e dor de garganta podem estar associados

(23)

Salmonelose - Tratamento

• Enterocolite: Terapia de reposição de fluídos.

Evitar fármacos antimotilidade. Antibióticos só

em situações especiais.

• Bacteriemia: Ceftriaxone 2g /dia e

ciprofloxacina 500 mg 12/12 h por via oral

• Febre enterica: Ciprofloxacina 500 mg 12/12 h

durante 10 dias

• Portadores crónicos: Norfloxacina 400 mg

12/12 h por 28 dias

(24)

Campylobacter

• Bacilos Gram-negativos em forma de “S”

• Uma das causas mais comuns de diarréia em humanos C. jejuni • Crescem bem a 42ºC; exigem meio de cultura especial

• Amplo reservatório animal (ovinos, bovinos, roedores, aves)

• A diarréia causada por Campylobacter é clinicamente semelhante

àquela causada por Salmonela e Shigella. Causa bastante comum.

• Infecções adquiridas através de alimentos contaminados (aves, leite,

água).

• Período de incubação mais prolongado (48h), microaerofilia

• Bacteremia em neonatos e adultos debilitados são relativamente

comuns

(25)

Yersina enterolitica (bacilo Gram -)

• Causa de infecção associada a alimentação

• Mais comum nos EUA e Europa. Menos frequente no Brasil • Crescimento entre 22-25ºC, podendo crescer lentamente a 4ºC • Reservatórios animais (roedores, porcos, carneiros, bovinos,

cavalos e animais domésticos)

• Diarréia sanguinolenta, cólicas abdominais e febre (1-2 semanas) •Susceptível às fluorquinolonas sozinhas ou em associação com

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Gastroenterites agudas virais

• Rotavírus:

– A maior frequência de diarreia associada a

rotavírus aparece em crianças até 5 anos de idade

•Tratamento de suporte e

rehidratação com ORT ou fluídos por via EV.

•Não usar fármacos antimotilidade devido à natureza auto limitada da doença

•Lactobacillus oral pode reduzir a duração da diarreia

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Gastroenterites agudas virais

• Calciviroses

– Norovirus e Sapovirus

– Início súbito de cólicas abdominais e vómitos e ou náuseas

– Os sinais e sintomas duram geralmente de 12 a 48 horas

– Doença autolimitada que não requer terapia. Em certas ocasiões pode haver necessidade de

(28)

•Pharmacotherapy Handbook. 7th Edition. Wells BG, DiPiro JP. 2008. New York.McGraw Hill Inc. Cap. 39.

•Pharmacotherapy. A Pathophysiologic approach. 7th Edition. Wells BG,

DiPiro JP. 2008. New York.McGraw Hill Inc. Cap.117.

Referências

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