Nossa passagem
pelo planeta.
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Tenha em mente que em qualquer curso,
explanação, texto, apresentação, leituras, surgirão ideias com novas
reflexões.
Não deixe que essas novas considerações se esvaneçam,
considere
e reflita, pois, poderão proporcionar
novas perspectivas e conhecimento
de algo ainda não explorado nem
considerado por você. Experimente! As possibilidades são intermináveis e não se
esgotam.
Estamos de passagem pelo planeta, chegamos sozinhos e vamos
embora sozinhos. Nesse intervalo somos “educados” recebendo
uma massa de informação técnica e social para nos adequarmos ao
gênero humano. Nesse contexto somos “convocados” a
empreender nossa própria evolução e contribuir para que cada um
possa também evoluir. São escolhas.
Nessa passagem nos manifestamos emaspecto físico, num aspecto
psíquico e num aspecto espiritual, almejando o estado divino; ou seja, o mundo
físico, o mundo astral e o mundo mental cuja meta é o mundo “celestial”.
Esses planos se interpenetram atuando e interagindo entre si
proporcionando todo processo evolutivo.
Aquele que atingiu o estágio de conhecer a si próprio (os três aspectos acima como
uma unidade), percebe em todos uma semelhança independente de raça
caracterizando a Humanidade.
Essas
figuras simbólicas
são do hinduísmo, podendo parecer estranhas, mas,
são representativas mostrando
o princípio, a dinâmica da existência e o fim
.
Tudo no Universo (macrocosmo ou microcosmo) se apresenta com esse processo,
e nos obriga, ou melhor, permite e favorece uma reflexão (sem preconceitos)
enviando-nos a considerar diferentes estados de consciência.
Consciência física – a forma corporal, a dimensão do corpo no espaço;
a compreensão de que somos entidades autônomas com discernimento e a consequente responsabilidade de conservação, bom uso e manutenção desse veículo.
Consciência mental – estar manifesto com possibilidade de ação.
Isso implica por em atividade todas nossas faculdades de raciocínio e entendimento, procurando sempre subjugar nossa vontade e dominando as paixões que nos aprisionam.
Consciência espiritual – os sentimentos elevados que transcendem a existência física e permitem ultrapassar as barreiras materiais convencionais.
Essa consciência não está subordinada a nenhuma crença específica, embora se manifeste com força e vigor durante nossa existência, provocando oscilações em nossos sentimentos.
Há um princípio de consciência que não pode ser identificado à personalidade representada por um nome, pois, independe de espaço e tempo,
não nasceu, não foi criado nem formado.
Cheguei!
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Essas forças que nos impulsionam são presentes e atuantes no Universo, embora ainda não conhecemos na sua totalidade ou campo de ação.
Há ocasiões em que usamos sem perceber que estão atuando. Todo mecanismo para sua ação está em nosso interior, apenas buscamos os modos de utilizá-la pelo conhecimento que
os diversos grupos resguardam como esotéricos, porém, sua ação não reside apenas nas técnicas, mas no empenho para utilização.
Nossa ciência tem revelado a complexidade da natureza e do Universo, mas ainda é incapaz de precisar um Criador, ou mesmo, compreender o conjunto de forças que se
manifestam dinâmica e inalteravelmente no Universo.
Há um controle e supervisão inteligente no Universo, não é uma dinâmica ao acaso.
Existem, portanto, manifestações com “leis” que desconhecemos, que estão além do nosso atual estágio de conhecimento.
Em todo histórico da civilização passamos por períodos de conhecimentos limitados pelo período da época (uma “ignorância” parcial e temporária)
que com a evolução da pesquisa técnica, avança e nos apresenta a cada momento um mundo diferente com possibilidades infinitas.
Nosso entendimento de ontem, se mostra hoje diferente e ultrapassado.
Desejamos e procuramos certezas que nos comprovem e afirmem que a “vida” continua após nossa transição (morte, mudança de estado). Essa busca não é imposta, mas
aparece naturalmente, pode não ser declarada, mas, está em nosso interior.
Todas religiões declaram em seus ensinamentos que a “vida” continua rumo ao Criador. Mas, o que continua? A personalidade, a individualidade, a consciência, a Alma?
Individualidade – o que constitui o indivíduo; o conjunto das qualidades que dentro da mesma espécie distinguem um ser do outro ser; originalidade. Indivíduo – que não admite divisão sem perder o seu caráter peculiar, indivíduo; ente com existência peculiar e distinta.
Personalidade – conjunto das faculdades e forças da mente que constitui, mantém e impulsiona o ser humano para a vida. Energia
latente
Essa manifestação – a energia latente – fragmenta-se, tornando-se manifesta em potencialidade para uma
evolução particular, formando e adquirindo expressão própria. Nessa trajetória evolutiva, armazena as ações produzidas
durante sua existência, acarretando e acumulando bons ou maus aspectos.
Como compreender?
Temos uma central de comando (cérebro). Sem o cérebro não há pensamento
(como cognição voluntária e objetiva, nem armazenamento de informações). Além do pensamento existe a mente, que é uma força transportadora ativa, sendo o
pensamento veiculado por essa força.
A mente faz as coisas acontecerem no universo. Para os seres humanos, a mente se manifesta pelo/como pensamento.
Seu alcance é ilimitado e não há barreira que possa impedir.
Como ex.: desejo algo pelo meu pensamento, estimulo com isso uma determinada frequência que direcionada pode refletir meu desejo, criando, alterando ou firmando
características desejadas psíquicas ou espirituais (de minha livre escolha).
Tudo que vemos e temos contato provém de uma infinita variedade de frequências que por seu arranjo possibilitam a manifestação ou projeção no mundo.
“O que semeamos, aqui colhemos.”
Essa é a “Justiça” rígida e inflexível que governa todas as ações e que se apresenta na “colheita” da felicidade ou da aflição.
É preciso dedicação para compreender, pois, tudo existe por uma causa anterior, um encadeamento de eventos que colhemos como resultados.
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Perdemos contato com o TODO quando nossa
mente se fixa em
particularidades, fragmentando assim a compreensão desse TODO.
Se você procurar estabelecer uma perfeição em seu propósito de evolução e ter a Divindade como desejo, precisa firmeza de Fé procurando:
• Contentar-se com a incerteza; • Aprender com o desapontamento; • Reavaliar-se com a derrota aparente; • Revigorar-se em presença das dificuldades; • Exibir coragem sem temor em face da Imensidão;
• Exercitar uma fé inquebrantável quando confrontar com o desafio do inexplicável.
Divindade – em dicion.: qualidade de divino; natureza divina; Deus.
Divino – em dicion.: respeitante ou pertencente a Deus; sobrenatural, sublime; perfeito.
Fé – em dicion.: firmeza na execução de uma promessa ou de um compromisso; crença, confiança; sinceridade, lisura; acreditar, crer;
perceber, notar, ver; convicção que vem da percepção da verdade; conhecimento que resulta da experiência; crença religiosa.
Sempre buscamos técnicas e maneiras para nos harmonizar, equilibrando nossas forças vitais, procurando uma vida melhor e
mais saudável. Não bastam as “escolas” de aperfeiçoamento interior sem antes despertarmos e expandirmos nossa
consciência além do nosso “mundo” particular.
O espaço ocupado por uma garrafa continua a existir depois
da destruição dela, assim também nosso corpo é dissolvido continuando sua essência.
Para considerar e refletir:
“O passado nada mais é do que uma prefiguração do futuro.
Nenhum acontecimento é irreversível, e nenhuma transformação é final. Num certo sentido, é até possível dizer que nada de novo acontece no mundo,
pois tudo não passa de uma repetição dos mesmos arquétipos primordiais;
esta repetição, ao atualizar o momento mítico em que o gesto arquetípico foi revelado, mantém constantemente o mundo no mesmo instante inaugural do princípio.
O tempo só torna possível o aparecimento e a existência das coisas.
Não exerce uma influência final sobre sua existência, já que, ele próprio, passa por uma constante regeneração.”
Mircea Eliade 1907/1986
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Arquétipo – modelo de seres criados; padrão exemplar, modelo, protótipo; Jung: imagens psíquicas do inconsciente coletivo