• Nenhum resultado encontrado

MORFOLOGIA, CITOLOGIA E FISIOLOGIA DA CÉLULA BACTERIANA. Prof a. Francis Moreira Borges

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MORFOLOGIA, CITOLOGIA E FISIOLOGIA DA CÉLULA BACTERIANA. Prof a. Francis Moreira Borges"

Copied!
59
0
0

Texto

(1)

MORFOLOGIA,

CITOLOGIA E

FISIOLOGIA DA CÉLULA

BACTERIANA

(2)

SISTEMAS DE

CLASSIFICAÇÃO DOS

ORGANISMOS

(3)

Linnaeus

Primeiro sistema de classificação de microrganismos – 1753 (Carollus Linnaeus)

Domínio (Reino) - Divisão (filo) – Classe – Ordem – Família – Gênero – Espécie

Domínio Animalia

(animais e protozoários)

Constituído por seres não-fotossintéticos, móveis e sem parede celular

Plantae

(plantas, algas, bactérias e fungos)

Constituído por organismos fotossintéticos, imóveis e com parede celular

(4)

Haeckel

Tentativa de acomodar melhor os microrganismos – 1866 (Ernest Haeckel)

Organismos unicelulares de organização simples – terceiro reino => PROTISTA Animalia (animais) Plantae (plantas e algas multicelulares) Protista

(algas unicelulares, bactérias protozoários e fungos)

(5)

Whittaker

Desenvolvimento da microscopia e técnicas bioquímicas – 1969 (Robert H. Whittaker)

Cinco reinos relacionados com estrutura celular e forma de obtenção de nutrientes

Animalia (animais) Plantae (plantas)

Protista (algas e protozoários) Fungi (fungos)

(6)

Classificação dos seres vivos, de acordo com Whittaker (1969)

(7)

Woese

Sistema de classificação fundamentado no argumento de que a divisão dos microrganismos em procariotos e eucariotos era

insuficiente – 1991 (Carl R. Woese)

Divisão dos procariotos em Archae e Bacteria - seqüência do RNAr 16S e 18S

Archaea

(procariotas)

Eukarya (eucariotas: fungos, algas, protozoários, plantas e

animais)

Bacteria

(procariotas)

As archaea são procariotas porque não possuem núcleo envolvido por membrana, mas possuem lipídios e ácidos nucléicos ribossomais diferentes das bactérias e dos

(8)

ÁRVORE FILOGENÉTICA DA VIDA

(9)

PRINCIPAIS GRUPOS DE PROCARIOTOS

Domínio Bacteria

 Grande variedade fisiológica e morfológica.

 Diferentes tipos nutricionais quanto a fonte de carbono, energia e fatores ambientais (oxigênio, pH, temperatura e pressão osmótica) são encontrados.  Os principais grupos filogenéticos estão agrupados em 16 filos ou divisões

Domínio Archaea

 Bactérias com características altamente especializadas capazes de resistir a altas temperaturas, concentrações de sal e valores extremos de pH.

 Metabolizadores incomuns como redutoras de sulfato e metanogênicas.

 Os principais grupos filogenéticos estão agrupados em 2 filos. Mais 2 filos foram descobertos e compõe formas de vida primitivas e as menores já descobertas

(10)

DOMÍNIO EUBACTERIA

Cianobactérias e Proclorófitas Chlamydia Planctomyces Verrucomicrobios Proteobactérias

Bactérias Gram positivas

Flavobactérias Cytophaga Bactérias verdes sulfurosas Espiroquetas Deinococos Bactérias verdes não-sulfurosas Bactérias hipertermófilas Nitrospira e Deferribacter

(11)

DOMÍNIO ARCHAE

Euryarchaeota Crenarchaeota Halófitas Termófilas Metanogênicas

(12)

MORFOLOGIA BACTERIANA

Morfologia Bacteriana:

As células bacterianas são caracterizadas morfologicamente pelo seu tamanho, forma e arranjo.

Tamanho: 0,3 /0,8 m até 10/25 m. As espécies de interesse médico variam entre 0,5 a 1,0 m por 2 a 5

m.

Forma e arranjo:

- Cocos (formas esféricas): grupo homogêneo em relação a tamanho, sendo células menores (0,8 a 1,0

m).

BACTÉRIAS - células procariontes, constituindo os menores seres vivos e os mais simples

estruturalmente, embora complexos e diversificados do ponto de vista bioquímico e metabólico - ADAPTAÇÃO

Características básicas dos procariontes:

Ausência de compartimentos dentro da célula - metabólitos dispersos no citoplasma;

(13)

• Diplococos: cocos agrupados aos pares. Ex.: Neisseria (meningococo)

• Tétrades: agrupamentos de quatro cocos

• Estreptococos: cocos agrupados em cadeias.

Ex.: Streptococcus • Estafilococos: cocos em grupos irregulares,

lembrando cachos de uvas. Ex.: Staphylococcus • Sarcinas: agrupamento de oito cocos em forma cúbica. Ex.: Sarcina

(14)

Bacilos ou bastonetes: cilíndricos, forma de bastão, podendo ser longos ou

delgados, pequenos e grossos, extremidade reta, afilada, convexa ou arredondada.

• Diplobacilos: bastonetes agrupados aos pares. • Estreptobacilos: bastonetes agrupados em cadeias.

(15)

Formas helicoidais ou espiraladas: células de forma espiral.

• Espirilos: possuem corpo rígido e se movem às custas de flagelos externos, dando uma ou mais voltas espirais em torno do próprio eixo.

• Espiroquetas: são flexíveis e locomovem-se às custas de filamentos axiais (flagelos periplasmáticos), podendo das várias voltas completas em torno do próprio eixo. Ex.: Gênero

Treponema

Formas de transição

• Bacilos muito curtos: cocobacilos. Ex.: Prevotella • Espirilos muito curtos, assumindo formas de vírgula: vibriões. Ex.: Vibrio cholerae

(16)
(17)

CITOLOGIA BACTERIANA

A observação interna das estruturas celulares dá-nos uma idéia de como a bactéria funciona no ambiente. A figura a seguir representa as diversas estruturas bacterianas:

(18)

ESTRUTURAS CELULARES EXTERNAS

Flagelos

Estruturas especiais de locomoção, constituídas pela proteína flagelina, que formam longos filamentos que partem do corpo da bactéria e se estendem externamente à parede celular.

O flagelo propulsiona a bactéria por movimento rotatório => dependente de energia fornecida pela diferença de potencial de membrana (fluxo de íons H).

A proteína flagelar antígeno H é útil para diferenciar entre os sorovares (variações dentro de uma mesma espécie G-) Ex: E. coli

Distribuição dos flagelos: atríquias (sem flagelo)

a) monotríquio b) anfitríquio

(19)

Fímbrias

Estruturas filamentosas mais curtas e delicadas que os flagelos, semelhantes a pêlos, que se originam da membrana plasmática, e são usados para fixação, e não para motilidade.

São constituídas por uma proteína denominada pilina.

Estão relacionadas com a aderência às superfícies mucosas (fímbrias comuns) => colonização.

Pili

São mais longos que as fímbrias, havendo um ou dois por célula. Une as células para transferência de DNA de uma célula para outra.

Pili F => relacionado com a transferência de material genético durante a conjugação bacteriana (fímbrias ou pili sexual – codificadas pelo plasmídeo F).

(20)

Fímbria comum

(21)

Cápsula

Camada que circunda a célula bacteriana externamente a parede celular, de consistência viscosa e de natureza polissacarídica (polissacarídeo extracelular) ou polipeptídica.

Pode ser evidenciada por métodos especiais de coloração (tinta nanquim).

Funções: proteção da célula bacteriana contra desidratação, permitir a fixação da bactéria em várias superfícies, evitar a adsorção de bacteriófagos na célula bacteriana.

Relacionada à virulência da bactéria, pois confere resistência à fagocitose pelas células de defesa do corpo – em uma mesma espécie, amostras encapsuladas são mais virulentas que as não-encapsuladas – AUMENTA A CHANCE DE INFECÇÃO.

(22)

Parede Celular

 Estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática e dá forma às células, além de proteção, mantendo a pressão osmótica intrabacteriana e prevenindo expansão e eventual rompimento da célula.

 Composição: peptidioglicano (mucopeptídeo ou mureína) – estrutura rígida

da parede:

N-acetilglicosamina (NAG) ácido N-acetilmurâmico (NAM) tetrapeptídeo (4 aminoácidos)

Devido as propriedades da parede celular, as bactérias podem ser divididas em dois grandes grupos: GRAM POSITIVAS e GRAM NEGATIVAS, de acordo com a sua resposta à coloração de GRAM.

(23)

PAREDE DAS GRAM POSITIVAS

 Possuem maior quantidade de peptidioglicano, o que torna a parede dessas bactérias mais espessa e rígida.

 Composta por peptidioglicano e ácidos teicóicos (cadeias de polifosfato com resíduos de ribitol e glicerol) ou ácidos lipoteicócicos.

Citoplasma

Peptideoglicano Ácidos teicóicos

Membrana citoplasmática

Os ácidos teicóicos/lipoteicóicos estão ligados ao peptidioglicano APENAS nas bactérias Gram positivas, nunca nas Gram negativas.

(24)

PAREDE DAS GRAM NEGATIVAS

 Mais complexa - a quantidade de peptidioglicano é menor, e possui uma membrana externa envolvendo a fina camada de peptidioglicano, que se situa no espaço periplasmático.

 MEMBRANA EXTERNA: Serve como barreira seletiva que controla a passagem de algumas substâncias.

Estrutura: bicamada assimétrica, contendo fosfolipídios, semelhante à MP.

• Internamente => camada de fosfolipídeos e lipoproteína, que está ancorada ao peptidioglicano.

• Externamente => camada impermeável de lipopolissacarídeo (LPS) – molécula anfipática.

(25)

A membrana externa das bactérias Gram negativas contém proteínas (OMP), que formam canais por onde penetram diversas substâncias.

Membrana citoplasmática Membrana externa Citoplasma Lipopolissacarideo Espaço periplasmático e lipoproteínas Peptideoglicano Espaço periplasmático

Essas proteínas presentes na membrana externa das Gram negativas constituem aprox. 50% da membrana, não relacionadas com as proteínas da MP, e possuem diversas funções.

(26)

3 segmentos ligados covalentemente: lipídio A, cerne do polissacarídeo e antígenos O.

A porção lipídica do LPS é também chamada de ENDOTOXINA.

O LPS pode ser tóxico, causando febre, diarréia, destruição de hemácias e um choque potencialmente fatal. Efeito protetor nas bactérias Gram negativas intestinais (resistência à solubilização pelas enzimas intestinais e bile).

(27)

Implicação da estrutura da parede celular bacteriana - COLORAÇÃO DE GRAM

Baseado nas propriedades da parede celular (substâncias lipídicas na camada externa)

• 1884 – Hans Christian Joachim Gram

Experimentos com pneumococos – corantes seletivos para bactérias

Desenvolvimento de um protocolo de coloração de esfregaços bacterianos

Permitiu a divisão destes organismos em 2 grandes grupos - visualização por microscopia óptica

 Revolução no diagnóstico das doenças infecciosas.

(28)

PAREDE CELULAR DAS MICOBACTÉRIAS

Bacilos aeróbios, imóveis, não-formadores de esporos, de parede celular complexa rica

em lipídios e ceras, especialmente ácidos micólicos que são ligados covalentemente a lipidios acil (ácidos arabnogalactamicos). Causadores da tuberculose e da lepra.

Estrutura da parece celular:

A parede celular das micobactérias é responsável por muitas características das

bactérias (por exemplo, ácido resistência, crescimento lento, resistência aos detergentes, resistência aos antibióticos comuns).

(29)

Os diferentes lipídios da parede celular das micobactérias formam uma bicamada assimétrica com cadeias curtas de glicerol-fosfolipídios que atuam como barreira a substâncias aquosas tornando a superfície celular hidrofóbica e resistente a numerosos desinfetantes, álcoois e ácidos. Gram + Gram - Micobacterias Bi-camada lipídica Peptídeoglicano LPS Porina Ácido Micólico Arabnogalactose Glicolipídio (lipoarabnomanana) Lipídios acil (ceras) Gram + Gram - Micobacterias Bi-camada lipídica Peptídeoglicano LPS Porina Ácido Micólico Arabnogalactose Glicolipídio (lipoarabnomanana) Lipídios acil (ceras)

(30)

Membrana Citoplasmática

Aproximadamente 10 nm e separa a parede celular do citoplasma. É constituída de fosfolipídeos e proteínas.

Desempenha importante papel na permeabilidade seletiva da célula – funciona como barreira osmótica.

Difere da membrana citoplasmática dos eucariotos por: - não apresentar esteróis (colesterol) em sua composição;

- ser sede de numerosas enzimas do metabolismo respiratório => (MESOSSOMO); - controlar a divisão bacteriana através do mesossomo.

(31)

ESTRUTURAS CELULARES INTERNAS

Área citoplasmática

 Citoplasma: 80 % de água, ácidos nucléicos, proteínas, carboidratos, compostos de baixo peso molecular, lipídios, íons inorgânicos. Sítio de reações químicas.

 Ribossomos: ligados a uma molécula de mRNA, são chamados de poliribossomos. Presentes em grande número nas células bacterianas. São menores – ribossomos 70S  Grânulos de reserva (inclusões): os procariotos podem acumular no citoplasma substâncias sob a forma de grânulos, constituídos de polímeros insolúveis (ex.: grânulos de glicogênio, amido, lipídios, polifosfato, enxofre e óxido de ferro) .

(32)

Área citoplasmática

 Ribossomos: ligados a uma molécula de mRNA, são chamados de poliribossomos. Presentes em grande número nas células bacterianas. São menores – ribossomos 70S Responsáveis pela síntese proteica

(33)

Área nuclear

 Nucleóide: cromossomo bacteriano, constituído por uma única molécula dupla fita circular de DNA não delimitado por membrana nuclear e sem a presença de histonas. Contém as informações necessárias à sobrevivência da célula e é capaz de replicação.

 Elementos extracromossomais

Plasmídeos:, moléculas menores de DNA, dupla fita, circulares, cujos genes não codificam características essenciais, mas podem conferir vantagens seletivas para as bactérias que os possuem (ex.: genes de resistência a antibióticos, metais tóxicos, produção de toxinas, etc). Auto-duplicação independente do cromossomo bacteriano, e podem existir várias cópias dentro da célula.

(34)

Função: proteção da célula vegetativa das adversidades do meio ambiente (limitação de nutrientes, temperatura, e dessecação). Sua formação leva em torno de 6 horas.

Têm pouca atividade metabólica, pode permanecer latente por longos períodos -

forma de sobrevivência, e não de reprodução. Ex. Bacillus e Clostridium.

Endosporos verdadeiros encontrados em bactérias gram positivas.

Esporos

Também chamados de endosporos (porque se formam dentro da célula).

Esporos contém pouca água no citoplasma, possuem parede celular muito

espessa, são altamente resistentes a agentes físicos e químicos, devido a sua capa impermeável de proteína tipo queratina (associado ao cálcio) e presença de ácido dipicolínico.

(35)
(36)

As células procarióticas são compostas por água, macromoléculas,

apresentando também uma menor quantidade de outros compostos

orgânicos e íons.

(37)

Quebra de compostos orgânicos complexos em compostos mais simples, com liberação de energia. Ex.: Degradação do açúcar.

CATABOLISMO

Construção de moléculas orgânicas complexas a partir de moléculas simples, com gasto de energia. Ex.: formação das proteínas.

ANABOLISMO

Todos os organismos vivos necessitam de compostos para sua nutrição, crescimento e multiplicação. Esses compostos são utilizados para a formação

dos constituintes celulares e na obtenção de energia.

VIAS ANABÓLICAS E CATABÓLICAS

Dentro da célula bacteriana ocorrem reações químicas catalisadas por enzimas. O conjunto de transformações da matéria orgânica é denominado

(38)

NUTRIÇÃO DOS MICRORGANISMOS

Os microrganismos necessitam de um ambiente propício com todos os constituintes físicos e químicos necessários para seu crescimento. As substâncias ou elementos retirados do ambiente são utilizadas como blocos para a construção da célula.

Os nutrientes podem ser de vários tipos, dispostos em três categorias, de acordo com a sua concentração e importância na célula bacteriana:

macronutrientes, micronutrientes e fatores de crescimento.

NUTRIENTES

(39)

MACRONUTRIENTES

Macronutrientes Funções

gramas

Carbono (Compostos orgânicos, CO2)

Constituintes de carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucléicos

Oxigênio (O2, H2O, comp. orgânicos) Nitrogênio (NH4, NO3, N2, comp. org.) Hidrogênio (H2, H2O, comp. Orgânicos)

Fósforo (PO4)

Enxofre (SO4, HS, S, comp. enxofre)

mg

Potássio (K+) Atividade enzimática

Cálcio (Ca2+) Resistência ao calor do endosporo

Magnésio (Mg2+) Cofator de enzimas, complexos com ATP,

estabiliza ribossomos e membranas

Ferro (Fe2+/Fe3+) Constituição de citocromos, cofator de enzimas,

(40)

MICRONUTRIENTES

(41)

FATORES DE CRESCIMENTO

São compostos que alguns tipos celulares necessitam em quantidades muito pequenas.

Embora a maioria dos microrganismos seja capaz de sintetizá-los, alguns microrganismos necessitam que eles sejam adicionados ao meio de cultura.

Estes compostos entram na composição das células ou de precursores dos constituintes celulares.

Aminoácidos

Purinas e pirimidinas

Colesterol

(42)

Vitaminas requeridas pelos

microrganismos e suas funções

(43)

FONTES DE CARBONO E ENERGIA PARA O

CRESCIMENTO BACTERIANO

As bactérias, de acordo com a fonte de carbono e de energia que utilizam, podem ser classificadas em diferentes tipos nutricionais:

CARBONO

ENERGIA

HETEROTRÓFICOS AUTOTRÓFICOS FOTOTRÓFICOS QUIMIOTRÓFICOS

Microrganismos que utilizam carbono orgânico Microrganismos que utilizam carbono inorgânico (CO2) Microrganismos que utilizam energia radiante (luz) Microrganismos que utilizam energia química (compostos químicos)

(44)
(45)

PROCESSO DE NUTRIÇÃO EM PROCARIOTOS

1) Nutrição em Gram positivos

=> Estas bactérias sintetizam uma série de exoenzimas, as quais são liberadas no meio, clivando os nutrientes, que são captados por proteínas transportadoras.

2) Nutrição em Gram negativos

=> Devido à presença de uma membrana externa (LPS), as bactérias Gram negativas apresentam um grande número de porinas associadas à camada lipopolissacarídica, e que permitem a passagem de moléculas hidrofílicas, de baixa massa molecular.

=> No espaço periplasmático dessas células, são encontrados proteases, fosfatases, lipases, nucleases e enzimas de degradacão de carboidratos.

Os microrganismos exibem os mais diversos mecanismos nutricionais. A nutrição ocorre predominantemente pela absorção, através da oxidação de substâncias com

(46)

I

– Fermentação: processo no qual os compostos orgânicos são

parcialmente degradados

FORMAS DE OBTENÇÃO DE ENERGIA

Lática: ácido lático Alcoólica: etanol

Aceto-butírica: ácido butírico e acetona Acética: ácido acético (vinagre) Propiônica: ácido propiônico

=> Libera energia de açúcares (2 ATP) ou moléculas orgânicas;

=> Não requer oxigênio (mas pode ocorrer na presença deste);

=> Não requer o uso do ciclo de Krebs ou cadeia de transporte de elétrons;

=> Utiliza uma molécula orgânica como aceptor final de elétrons

(47)

II - Respiração

a) RESPIRAÇÃO AERÓBICA:

processo onde os compostos

orgânicos são completamente

degradados, e o O

2

é o aceptor

final dos elétrons.

(48)

b) RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA: processo no qual os compostos

orgânicos são completamente degradados, e uma molécula diferente

do O

2

é o aceptor final dos elétrons (SO

4

, CO

3

, NO

3

, fumarato, etc)

A quantidade de ATP gerada na respiração anaeróbica varia de acordo

com o microrganismo e a via.

Devido a somente uma parte do ciclo de Krebs funcionar sob

condições anaeróbias, o rendimento de ATP nunca é tão alto

(49)

Os microrganismos em crescimento estão, na verdade, aumentando o seu número e se

acumulando em colônias

COLÔNIAS => grupos de células => visualização sem utilização de microscópio.

Quando falamos em crescimento microbiano no referimos ao número e não ao

tamanho das células.

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CRESCIMENTO MICROBIANO Físico-químicos (ambientais) • Temperatura • pH • Pressão Osmótica • O2 Químicos • Água • Macronutreintes • Micronutrientes • Fatores de crescimento

REQUERIMENTOS FÍSICOS E AMBIENTAIS PARA O

CRESCIMENTO MICROBIANO

(50)

Temperatura

Cada tipo de bactéria apresenta uma temperatura ótima de crescimento. Acima do limite, ocorre desnaturação protéica e conseqüente morte celular. Temperaturas inferiores levam a uma desaceleração das atividades metabólicas.

(51)

pH

A maioria das bactérias cresce melhor dentro de variações pequenas de pH, sempre perto da neutralidade, entre pH 6,5 e 7,5.

(52)

Pressão Osmótica

A capacidade dos microrganismos se adaptar a pressões osmóticas chama-se

OSMOADAPTAÇÃO.

Os microrganismos são

frequentemente encontrados

em ambientes onde a

concentração do soluto é igual o seu citoplasma (meio isotônico).

(53)

• Halotolerantes: toleram altas concentrações de sais-10% NaCl • Halofílicos: requerem altos níveis de NaCl (Vibrio cholerae).

(54)

Oxigênio

O oxigênio pode ser inócuo, indispensável ou letal para as bactérias, o que permite classificá-las em:

OXIBIÔNTICAS ANOXIBIÔNTICAS

Aeróbios Anaeróbios

obrigatórios

Aeróbios

obrigatórios

Extremamente

sensíveis

Microaerófilos

Aerotolerantes

Anaeróbios

facultativos

Aeróbio estrito Anaeróbio estrito Anaeróbio facultativo Anaeróbio aerotolerante

(55)

Incapacidade de eliminação ou capacidade limitada de eliminar

produtos do metabolismo do oxigênio molecular.

Redução do Oxigênio O2 + e- = O 2- (ânion superóxido) O2 + 2 e- = H 2O2 (peróxido de hidrogênio) O2 + 3 e- = H 2O + OH- (radical hidroxila) O2 + 4 e- = H

2O (água => redução total)

Espécies Reativas do Oxigênio (EROs)

(56)

Estratégias de defesa dos microrganismos: mecanismos

antioxidantes

(57)

REPRODUÇÃO BACTERIANA

As bactérias se multiplicam por DIVISÃO BINÁRIA SIMPLES, um processo devido

à formação de septos na região do mesossomo, que se dirigem da superfície para o interior da célula, dividindo a bactéria em duas células filhas.

A fissão é precedida pela duplicação do DNA, que se processa de modo semi-conservativo, e cada célula filha recebe uma cópia do cromossomo da célula-mãe.

O período da divisão celular depende do tempo de geração de cada bactéria

Tempo de geração: tempo necessário para um célula se dividir em

duas

(58)
(59)

Quando uma bactéria é semeada em um meio apropriado, nas condições apropriadas, o seu crescimento segue uma curva definida e característica:

A – Fase LAG: pouca divisão celular, os microrganismos estão se adaptando ao meio em que estão crescendo. As células aumentam de volume, mas não se dividem.

B – Fase exponencial (log): crescimento exponencial, divisões celulares sucessivas, grande atividade metabólica.

C – Fase estacionária: decréscimo na taxa de divisão celular, onde a velocidade de crescimento = velocidade de morte

D – Fase de declínio ou morte: condições impróprias para o crescimento, meio deficiente em nutrientes e rico em toxinas, onde as células mortas excedem o número de células vivas

Referências

Documentos relacionados