• Nenhum resultado encontrado

INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS NA INDÚSTRIA METALÚRGICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS NA INDÚSTRIA METALÚRGICA"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

CNM/CUT - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS METALÚRGICOS DA CUT DIEESE - DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SÓCIOECONÔMICOS – SUBSEÇÃO CNM/CUT

INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS NA INDÚSTRIA

METALÚRGICA

Dezembro - 2007

O emprego metalúrgico continua seguindo sua trajetória de crescimento, acumulando até novembro +10,7% de crescimento e um saldo de +184.027 postos de trabalho, ou seja, somos

1.908.499 metalúrgicos. No ano de 2006, neste mesmo período, o saldo entre admitidos e

demitidos ficou em +79.228 postos de trabalho, + 4,8%. (Tabela 1). Em relação aos últimos cinco anos, este é o segundo maior crescimento, atrás apenas de 2004, quando houve a maior alta, de 11,5%.

Tabela 1 - Variação do emprego metalúrgico formal de jan/nov 2003-20071

Mês 2003 2004 2005 2006 2007 jan 1.381.641 1.430.622 1.591.185 1.654.051 1.724.472 nov 1.437.141 1.594.658 1.662.888 1.733.279 1.908.499 Saldo de empregos no período 55.500 64.036 71.703 79.228 184.027 Variação % 4,0 11,5 4,5 4,8 10,7

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. 01/jan a 30/nov. Elaboração: DIEESE/CNM, 2007.

Se considerarmos janeiro de 2003, período em que o emprego metalúrgico voltou a ter uma retomada mais acentuada, o percentual de crescimento é de +38,1%, o que representa um saldo entre admitidos e desligados de +526.858 mil trabalhadores metalúrgicos a mais nesse período (Tabelas 2 e 3). Se compararmos esse número com o período do início da série, em 1995, é mais surpreendente, já que de janeiro de 1995 a dezembro de 2002 houve queda do número de trabalhadores no setor de -6,2%.

1 Os dados sobre emprego metalúrgico tratam do emprego formal. Esses dados são originários dos registros administrativos do Ministério do

Trabalho, sistematizados na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), no Perfil do Estabelecimento e no Caged (Cadastros Gerais de Empregados e Demitidos). Os dados também podem apresentar a formalização de trabalhadores que não possuíam vínculo empregatício formal.

(2)

Gráfico 2 – Emprego Metalúrgico – 1995 a Nov2007 (Mil trabalhadores)

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. Consideramos o dia 1º de cada mês e 30 de novembro. Elaboração: DIEESE/CNM/CUT, 2007.

Tabela 2 - Emprego metalúrgico, 1995 a 2003

Mês Nº Trabalhadores Variação % 1995 1.473.273 -1996 1.377.777 -6,5 1997 1.373.013 -0,3 1998 1.370.061 -0,2 1999 1.254.431 -8,4 2000 1.236.611 -1,4 2001 1.319.593 6,7 2002 1.349.322 2,3 2003 1.381.641 2,4

Saldo de empregos no período -91.632 -6,2

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. Consideramos o dia 1º de janeiro de cada ano. Elaboração: DIEESE/CNM/CUT, 2007.

Tabela 3 - Emprego metalúrgico, 2003 a 2007

Mês Nº Trabalhadores Variação % 01/03 1.381.641 -01/04 1.430.622 3,5 01/05 1.591.185 11,2 01/06 1.654.051 4,0 01/07 1.724.472 4,3 11/07 1.908.499 10,7%

Saldo de empregos no período 526.858 38,1%

Emprego metalúrgico - 1995 a 2007 (Mil Trab.)

1.473 1.378 1.373 1.370 1.254 1.237 1.320 1.350 1.382 1.431 1.591 1.654 1.909 0 300 600 900 1.200 1.500 1.800 2.100 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

(3)

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. Consideramos o dia 1º de janeiro de cada ano e 30 de novembro de 2007. Elaboração: DIEESE/2007.

Nas regiões Sul e Centro Oeste todos os estados tiveram crescimentos acima da média média nacional (12,07% e 15,34% respectivamente). Os Estados que mais se destacaram foram Mato Grosso do Sul (26,5%), Maranhão (24,4%), Mato Grosso (18,9%), Goiás (12,9%), Rio Grande do Sul (12,6), Santa Catarina (11,7%) e Paraná (11,6%). O estado do Espírito Santo apresentou uma queda de 3,23%.

Tabela 4 - Número de trabalhadores metalúrgicos por região, jan-out07

Setores 01/07 10/07 Postos de Trabalho % Norte 76.512 84.231 7.719 10,09 Nordeste 80.038 87.173 7.135 8,91 Sudeste 1.162.244 1.265.694 103.450 8,90 Sul 380.630 426.566 45.936 12,07 Centro-Oeste 25.048 28.891 3.843 15,34 Total 1.724.472 1.892.555 168.083 9,7

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. Consideramos o dia 1º de janeiro e 30/out/07. Elaboração: DIEESE/2007.

Tabela 5 - Número trabalhadores metalúrgicos por estado, jan-out07

Estados 01/07 10/07 Saldo % Rondonia 1.277 1.341 64 5,01 Acre 278 289 11 3,96 Amazonas 66.103 72.796 6.693 10,13 Roraima 66 68 2 3,03 Pará 8.064 9.013 949 11,77 Amapá 118 104 -14 -11,86 Tocantins 606 620 14 2,31 Maranhão 5.347 6.653 1.306 24,42 Piauí 2.090 2.270 180 8,61 Ceará 17.191 19.094 1.903 11,07 R G do Norte 2.770 3.133 363 13,10 Paraíba 3.149 3.264 115 3,65 Pernambuco 17.832 18.616 784 4,40 Alagoas 1.501 1.699 198 13,19 Sergipe 2.780 3.022 242 8,71 Bahia 27.378 29.452 2.074 7,58 Minas Gerais 211.233 230.934 19.701 9,33 E Santo 20.496 19.834 -662 -3,23 R Janeiro 98.375 104.532 6.157 6,26 S Paulo 832.140 910.394 78.254 9,40 Paraná 109.498 122.192 12.694 11,59 S Catarina 107.825 120.450 12.625 11,71 R G Sul 163.307 183.924 20.617 12,62 M G Sul 4.008 5.071 1.063 26,52 M Grosso 4.299 5.111 812 18,89 Goiás 13.632 15.384 1.752 12,85 D Federal 3.109 3.325 216 6,95

(4)

Total 1.724.472 1.892.585 168.113 9,7

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. Consideramos o dia 1º de janeiro e 30/out/2007. Elaboração: DIEESE/2007.

Quanto aos setores da indústria metalúrgica, os que apresentaram maior crescimento foram Materiais para escritório e equipamentos de informática (129%), Máquinas e equipamentos (11,4%) e Automotivo, autopeças, encarroçadoras (11,1%).

Tabela 6 – Número de trabalhadores metalúrgicos por setor, Jan-Out07

Setores 01/07 10/07 Postos de

Trabalho %

Metalurgia básica 226.890 242.578 15688 6,9

Produtos de metal 402.970 440.633 37663 9,3

Maq e equipamentos 356.117 396.872 40755 11,4

Maq p/ escritório e equip informática 36.855 41.597 4742 12,9

Maq, apar e mat elétricos 154.055 168.340 14285 9,3

Mat eletrônico e apar e equip comunicação 78.712 84.255 5.543 7,04

Equip de instrumentação medico-hospitalar 48.396 52.139 3.743 7,73

Automotivo, autopeças, encarroçadoras 343.142 380.930 37.788 11,01

Outros Mat de transporte 77.335 85.211 7.876 10,18

Total 1.724.472 1.892.555 168.083 9,75

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. Consideramos o dia 1º de janeiro e 30/out/2007. Elaboração: DIEESE/2007.

Na tabela abaixo, podemos observar a rotatividade nos setores na indústria metalúrgica no ano de 2007. Os setores com as maiores taxas de rotatividade são: Produtos de metal (36%) e Material elétrico, Aparelhos e equipamentos de comunicação (34,3%), Máquinas e equipamentos (32,2%) e Máquinas para escritório e equipamentos de informática (31,7%). É possível observar também que houve um crescimento de 2,5 pontos percentuais na rotatividade do período analisado, quando comparado com igual período em 2006.

Tabela 7 - Número trabalhadores metalúrgicos admitidos, desligados e saldo por setor Metalúrgico, jan07-out07

Setores Admitidos Desligados Saldo

Metalurgia básica 58.226 42.538 15688

Produtos de metal 185.855 148.192 37663

Maq e equipamentos 155.498 114.743 40755

Maq p/ escritório e equip informática 16.419 11.677 4742

Maq, apar e mat elétricos 54.319 40.034 14285

Mat eletrônico e apar e equip comunicação 32.521 26.978 5.543

Equip de instrumentação medico-hospitalar 16.892 13.149 3.743

Automotivo, autopeças, encarroçadoras 92.499 54.711 37.788

Outros Mat de transporte 25.578 17.702 7.876

(5)

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. Consideramos o dia 1º de janeiro e 30/out/2007. Elaboração: DIEESE/2007.

Tabela 8 – Taxa de rotatividade nos setores da indústria metalúrgica, 2006 e 2007

setores 2006 2007 Diferença (pp)

Metalurgia básica 18,0 18,7 0,8

Produtos de metal 33,9 36,8 2,8

Maq e equipamentos 27,6 32,2 4,6

Maq p/ escritório e equip informática 30,8 31,7 0,9

Maq, apar e mat elétricos 24,2 26,0 1,8

Mat eletrônico e apar e equip

comunicação 32,3 34,3 2,0

Equip de instrumentação

medico-hospitalar 23,8 27,2 3,4

Automotivo, autopeças, encarroçadoras 14,9 15,9 1,0

Outros Mat de transporte 19,3 22,9 3,6

Total 24,7 27,2 2,5

Fonte: Perfil do Estabelecimento, MTE, 2007. Consideramos o dia 1º de janeiro e 30/out. Elaboração: DIEESE/2007.

Indicadores dos setores da indústria metalúrgica

Todos os indicadores dos setores que compõe a indústria metalúrgica apresentam crescimento, em muitos deles, superior ao que foi projetado para o ano, como o setor de Bens de Capital, que previa uma queda de - 4,1% no faturamento, e já acumula um crescimento de +11,7%; o setor automotivo que previa inicialmente um crescimento de +3,5% na produção e acumula +12,8%; ou ainda o setor de autopeças, que previa crescimento de +3,9% no faturamento e acumula +8,6%.

O setor automotivo, com recordes de produção e vendas ao mercado interno mensais, avalia que fechará o ano com uma produção próxima a 3 milhões de unidades e no próximo ano o crescimento ficará em torno de 8% a 10%. Segundo avaliação da Fiat, o mercado interno pode chegar a 20% de crescimento.

Os segmentos de caminhões e ônibus também apresentam crescimento vertiginoso (29% e 14,5% respectivamente). O segmento de caminhões projeta um aumento em torno de 17% na produção para o próximo ano. O segmento de ônibus projeta uma produção próxima a desse ano, mas desconsidera que em ano de eleições municipais, historicamente, esse segmento apresenta forte crescimento.

A avaliação é de que o aumento de crédito e facilidades para o financiamento em todos os segmentos do setor, somado a queda na taxa de juros, retomada da agricultura, ritmo da atividade econômica, e a melhora na renda dos trabalhadores são os fatores que explicam esse movimento.

Com esse crescimento, surgiram novos gargalos que necessitam de investimentos. Segundo a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) a capacidade está

(6)

em 3,5 milhões de unidades e nos próximos 10 meses as empresas observarão os resultados do setor para definirem seus investimentos.

O setor de autopeças, apesar de mais heterogêneo, tem acompanhado o desempenho das montadoras e prevê recordes de faturamento. Diversos estados com maior participação desse setor têm apresentado forte crescimento: em Santa Catarina, por exemplo, o setor espera crescer 20% esse ano e no Rio Grande do Sul, o setor está sendo puxado pela produção de máquinas e equipamentos agrícolas, que teve um incremento de 43% frente a 2006 e espera manter esse cenário pelo menos nos próximos três anos.

O setor também já opera próximo a capacidade produtiva e também espera uma onda de novos investimentos a partir de 2008. Esse ano, os investimentos cresceram 60% em relação a três anos atrás.

Outro setor que tem sua demanda fortemente atrelada ao setor automotivo é a fundição, com 53% de sua produção destinada para a produção de peças para veículos automotores. No entanto, com dificuldades de financiamento para o aumento de capacidade produtiva, em especial, pelo baixo retorno dos investimentos, o setor é um dos centros da atenção dos possíveis gargalos da cadeia automotiva. Com a dificuldade para atender a demanda, o setor teme perder espaço para os produtos importados nesse momento de crescimento. Os investimento anunciados para os próximos dois anos são de US$ 140 milhões, para adequar sua capacidade de 3,7 milhões de toneladas à demanda nacional. O setor prevê crescimento de 10% no faturamento para este ano.

O setor siderúrgico também tem se beneficiado pelo crescimento de outros setores e também pelo aumento do preço internacional do aço. O setor que já opera no limite da capacidade a pelo menos dois anos, espera um aumento de capacidade de 41% nos próximos 5 anos. Para ter uma idéia, o crescimento da liberação de recursos do BNDES para este setor em 2007 cresceu 127%.

O setor de Bens de Capital em seus diversos segmentos também tem apresentado indicadores positivos, com destaque para o segmento de máquinas agrícolas, como dito acima, e para o segmento da construção civil, antes geralmente atrelado a momentos eleitorais, apresenta desde 2003 taxas de crescimento consideráveis que devem ficar em 13% para 2007 e 2008, e seguir em 7,5% até 2012. Esse setor vislumbra o bom momento não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina, que tem apresentado taxas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre 4% a 5%.

O setor naval que está retomando a produção nacional fundamentando sua estratégia em (1) realizar seu primeiro estágio de recuperação com a produção de navios de apoio marítimo; (2) expandir a capacidade de produção com a construção dos petroleiros para a Transpetro; e (3)

(7)

consolidar sua participação de mercado com a construção de navios porta-contêineres, primeiramente para a cabotagem e em seguida para exportação.

O setor de construção de material ferroviário também nutre forte expectativa para o ano de 2008. A previsão é de dobrar a produção e chegar à 3 mil vagões. Existe ainda a possibilidade de compra da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) de mais 12,5 mil vagões nos próximos 5 anos, o que aumentaria esses números provavelmente já no próximo anos.

As previsões de desembolsos de recursos para 2008 para obras em andamento é de R$ 500 milhões, sendo R$ 440 milhões para navios de apoio marítimo; R$ 1,9 bilhão para o financiamento de embarcações mercantes; R$ 240 milhões para o financiamento à produção; R$ 50 milhões para o financiamento de embarcações pesqueiras. A demanda futura (até 2013) é de 19 navios porta-contêineres – valor estimado US$ 1,3 bilhão; 16 graneleiros – valor estimado US$ 750 milhões; 6 navios químicos - valor estimado US$ 238 milhões; 3 navios-tanque - valor estimado US$ 33 milhões.

Os fatores que asseguram a sustentação da construção naval são: a descoberta de petróleo cria demanda de plataformas e navios de apoio; a necessidade de navios para cabotagem; a demanda da navegação interior de travessia e hidroviária; o Profrota –Programa de Construção de Navios de Pesca; a Modernização da Marinha do Brasil; e os Financiamentos suficientes e adequados. Recentemente o governo federal anunciou também um pacote de medidas para estimular a navegação de cabotagem, como a criação de um fundo garantidor para cobrir o risco do estaleiro não entregar o navio, a desoneração do combustível usado pelos navios e de insumos importados utilizados na produção de navios de cabotagem, e a flexibilização das regras de afretamento.

O setor aeroespacial também apresenta um bom desempenho no ano de 2007, apesar da queda nos lucros da principal empresa do setor, a Embraer. Isso ocorreu devido ao rápido crescimento e o conseqüente aumento dos investimentos necessários para atender a demanda, como a contratação de trabalhadores para a abertura de mais um turno. A avaliação é de que com o fechamento do ano e a entrega dos aviões, o setor tenha resultados positivos. A previsão é de 31% de crescimento da produção de aeronaves para este ano.

(8)

Tabela 8 – Crescimento setores da indústria metalúrgica – 2007 Automotivo (Jan-out) Indicadore s Número % Produção 2,48 +12,8 % Faturamento ND -Emprego 103,1 mil +9,5% Exportação US$ 10,8 bilhões +6,8% Importação 205.588 unidades +96,9% Investimento 2006-2011 US$ 971,9 milhões -Fonte: Anfavea, 2007. Autopeças (Jan-set) Indicadore s Número % Produção - -Faturamento ND +8,6 % Emprego 210,6 +5,8 % Exportação US$ 6,63 bilhões +1,7% Importação US$ 6,65 bilhões +28,9% Investimento 2006-2011 US$ 102 milhões -Fonte: Sindipeças, 2007. Siderurgia (Jan-ago) Indicadore s Número % Produção* 25,0 milhões Ton +9,8% Faturamen to US$ 2,7 bilhões +16,5% Emprego 60.925 +3,8%

Exportação US$ 4,6 bilhões +9% Importação US$ 1,1 bilhões 6,8% Investimen

to 2006-2011

US$ 3,6 bilhões

-Fonte: Ibs, 2007. * Jan-Set.

Bens de Capital (Jan-ago) Indicador es Número % Produção - -Faturament o* R$ 45,5 bilhões +12,6% Emprego 220 mil +5,7 % Exportação R$ 5,42 bilhões +18, 7% Importação R$ 9,6 bilhões +33, 3% Investiment o 2006-2011 325,9 milhões

-Fonte: Abimaq, 2007. *Jan-set

Eletroeletrônico (Jan-set) Indicador es Número % Produção* - -Faturament o* ND +6% Emprego* 153 mil ND

Exportação US$ 6,82 bilhões -0,15 % Importação US$ 17,26 bilhões 18%+ Investiment o 2006-2011 US$ 1,2 bilhões

-Fonte: Abinee, 2007. *Jan-Jun.

Alumínio (Jan-set) Indicadore

s Número %

Produção* 1.376,1 mil Ton +3,1 % Faturamento ND -Emprego ND -Exportação US$ 2511 milhões +8% Importação US$ 646 milhões +47,3% Investimento 2006-2011 47,2milhõesUS$

-Fonte: Abal, 2007. * Jan-out.

Elaboração subseção DIEESE CNM/CUT, 2007. ND – Não disponível. Os dados sobre emprego são comparados com igual mês de 2006. Os outros dados são comparados com igual período.

Em estudos realizados pela ONU (Organização das Nações Unidas) o Brasil foi indicado como o 5º país mais procurado para investimentos no mundo, atrás da China, Índia, EUA e Rússia. Essa avaliação já pode ser confirmada com os números divulgados pelo BNDES: com valores superiores a R$ 1 trilhão, dos quais R$ 380 bilhões destinados à Indústria, o que representava um crescimento real de 13% a.a. frente ao período 2002/2005 . Os novos investimentos mudaram de intensidade a partir de 2006 quando foram anunciados projetos vultosos de novas plantas industriais

(9)

em setores que, até aquele momento, caracterizavam-se apenas pela modernização de fábricas existentes.

Em 2007, as previsões vêm sendo confirmadas pelos dados do IBGE com o crescimento de 13,8% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no segundo trimestre do ano frente ao mesmo período de 2006, apontando para a modificação em curso no nível dos investimentos da economia. Para 2008/2011, os investimentos industriais atingiram o montante de R$ 447 bilhões, 12,4% maior que no período 2003/2006 (tabela 10) .

Tabela 10 - Crescimento nos investimentos mapeados (2008/2011 - 2003/2006) Setores Investimentos (R$ Bilhões)

Realizado Previsão

2003-2006 2008-2011

Taxa de crescimento (em % ao ano) Petróleo e gás 126,3 202,8 9,9 Extrativa Mineral 38,0 81,3 16,4 Automotivo 22,3 35,0 9,5 Siderurgia 17,6 31,2 12,1 Petroquímica 5,7 26,4 36,1 Papel e celulose 10,9 27,4 20,3 Sucroalcooleiro 13,3 20,5 9,0 eletroeletrônica 9,5 14,0 8,1 Fármacos 3,9 5,1 5,6 Software 2,0 3,3 10,5 Indústria total 249,4 447,0 12,4

Fonte: PDI-BNDES, Prospecção do Investimento, APE/BNDES, 2007. In Visão do desenvolvimento, nº 40, nov/2007.

Observando o perfil destes investimentos, é possível notar que:

• Os condicionantes internos apresentam um quadro mais positivo, favorecendo o investimento, como no caso do setor automotivo. O levantamento para 2007/2010 tinha por base uma expectativa de demanda doméstica relativamente menor e elevados níveis de capacidade ociosa no setor. A expansão da atividade econômica e a melhoria das condições de financiamento à aquisição de veículos em 2007 mudaram esse quadro, contribuindo para impulsionar novos investimentos.

• Destaca-se a expressiva aceleração dos investimentos no setor extrativo mineral. O volume de investimentos é da ordem de R$ 81 bilhões, contra R$ 53 bilhões no mapeamento anterior. A mudança é explicada pela aceleração nos investimentos da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce).

(10)

• O setor petroquímico, com investimentos previstos da ordem de R$ 26,4 bilhões para 2008/2011, representa uma taxa média de crescimento de 36% a.a.. O grande fator responsável por essa expansão é o segmento alcoolquímico, que visa fornecer insumos para indústria petroquímica a partir do etanol, constituindo-se em uma rota alternativa ao petróleo.

• A maioria dos setores mapeados é intensiva em capital, o que tem forte implicação sobre os investimentos em máquinas e equipamentos.

Segundo relatório do MDIC (Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), dos investimentos previstos para o período de 2006 a 2011 para a indústria metalúrgica, os destaques são: o setor siderúrgico (57%), eletroeletrônico (19,5%) e automobilístico (17,2%). Quanto ao destino dos recursos, 57,7% são para implementação de novas unidades, 24% para expansão, 4,8% para expansão e modernização e 3,9% para modernização do parque industrial.

No caso do setor siderúrgico, podemos destacar a implantação da usina siderúrgica integrada por parte da CSN Itaguaí para a produção de placas de aços; do alto-forno IV pela Usiminas; e de uma usina siderúrgica integrada para a produção de placas de aço pela empresa chinesa Baosteel, com a participação da CVRD. Dos projetos já em curso, destaca-se o da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), joint venture formada pelo grupo alemão Thyssen Krupp (90%) e CVRD (10%), para a implantação de um complexo siderúrgico no Rio de Janeiro, com capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano.

Negociações coletivas

Os resultados abaixo fazem parte de um painel com 66 Sindicatos de Trabalhadores Metalúrgicos dos 90 filiados à CNM/CUT. Os documentos utilizados cobrem cerca de 80% do total de trabalhadores representados pela CNM/CUT, sendo portanto, um painel bastante significativo. Das 66 Convenções Coletivas de Trabalho, 3 sindicatos tiveram, além do reajuste, abono salarial. Em 2 documentos, ficou acertado antecipação salarial de 1% e de 1,5%. A maior concentração está na faixa de 1,51% a 2,50% de aumento real e o reajuste médio da categoria, nacionalmente, ficou em 2,3% de aumento real, acumulando de 2004 até 2007 um aumento real médio de 9,4%.

Com os ganhos obtidos através dos reajustes salarias de 2007 e o aumento de emprego, são mais R$ 61,3 milhões mensais injetados na economia.

No que diz respeito ao piso salarial, a maior parte dos pisos tiveram reajustes acima do aplicado aos salários, resultando em 66% com valores acima de R$ 501,00.

(11)

Tabela 11- Ganhos Reais nos Acordos e Convenções Coletivas no Ramo Metalúrgico Faixa de reajuste Reajustes Salariais (INPC)

Freqüência nos

CCTs Trabalhadores

Percentual Número

Menor que o índice 0 0% 0

Igual ao índice 0 0% 0

Maior que o índice 66 100% 714.284

Até 0,5% de ganho real 0 0% 0

De 0,51 a 1,50 % de ganho real 3 4,4% 31.735

De 1,51 a 2,50 % de ganho real 59 83,3% 594.619

De 2,51 a 3,50 % de ganho real 4 12,3% 87.930

Fonte: Sindicatos de Metalúrgicos Filiados à CNM/CUT, 2007. Elaboração: DIEESE/CNM/CUT, 2007.

Tabela 12 - Piso salarial no ramo metalúrgico

Faixa de piso salarial Freqüência nos CCTs

Número Percentual Nº Trabalhadores Até R$ 400,00 1 2% 9.558 De R$ 401,00 até R$ 450,00 7 14% 153.816 De R$451,00 até R$ 500,00 9 18% 75.092 Acima de 501,00 33 66% 263.854 Total 50 100% 502.320

Fonte: Sindicatos de Metalúrgicos Filiados à CNM/CUT, 2007. Elaboração: DIEESE/CNM/CUT, 2007.

Considerações finais da CNM/CUT

A CNM/CUT avalia de forma positiva o crescimento dos indicadores econômicos dos setores que compõem esta indústria. A maior oferta de crédito, o maior número de trabalhadores empregados, os aumentos salariais acima da inflação, que acumularam de 2004 a 2007 uma média de 9,4% de aumento real, geram um ciclo positivo que aumentam o consumo do mercado interno, aumentando a demanda de forma mais sustentável e estável.

E isso não ocorre apenas na indústria metalúrgica. Com as diversas medidas econômicas, de política industrial, de política de desenvolvimento e política social, o país tem garantindo a melhoria em diversos indicadores que medem a pobreza. A redução da pobreza tem um impacto positivo no

(12)

consumo, demandando mais das indústrias, comércio e serviços, que contratam mais e alimentam esse círculo virtuoso que a muito tempo não se tinha notícia no país.

A Confederação reforça sua preocupação que todo esse processo continue e aprofunde os mecanismos de distribuição de renda, como a garantia de vínculos empregatícios de melhor qualidade. Um dos pontos que defendemos para garantir a qualidade do emprego é a ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que define mecanismos contra a dispensa imotivada, ponto com o qual o presidente Lula se comprometeu a encaminhar.

A CNM/CUT também acredita que uma outra forma de garantir uma melhor distribuição de renda, de forma mais eqüitativa, é a definição de um Contrato Coletivo Nacional de Trabalho (CCNT). Conforme os resultados da pesquisa Do Salário às Compras, é possível afirmar definitivamente que as diferenças salariais das diversas regiões do país não têm nenhuma relação com o custo de vida nessas regiões. Enquanto um trabalhador do ABC, em uma montadora ganha R$ 3.563,22 e gasta com a cesta de produtos e serviços pesquisada R$ 2.554,28 (71% do salário), um trabalhador do mesmo setor em Sete Lagoas ganha R$ 756,90 e gastaria, caso fosse adquirir a mesma cesta de produtos 2.183,29 (188,5% do salário). Na indústria siderúrgica, no município de Serra, a remuneração média é de R$ 2.598,12 e a despesa com a cesta de produtos e serviços é de R$ 2.214,67 (gasta 85% do salário), enquanto no município de São Luiz o salário médio é de R$ 714,78 e a despesa ficaria em R$ 2.473,72 (246,41% do salário).

A pesquisa também pôde demonstrar que a luta realizada nos últimos anos pelo Contrato Coletivo nacional de Trabalho já demonstra resultados positivos e importantes, como por exemplo, a melhoria das condições de trabalho e salário na unidade da Ford em Camaçari:

Itens 2002 2007

Jornada de Trabalho 44h 40:30h

Salário Médio R$ 608,36 R$ 1.035,65

Horas de Trabalho para

comprar a cesta de alimentos e farmácia

123:05 horas mensais 80 horas mensais

Fonte: Do salário às compras, 2007, DIESSE/CNM/CUT/SMABC, 2007..

O aprofundamento da luta pelo CCNT foi a principal ação da Confederação no ano de 2007:  Entrega da Pauta Unificada em SP na Anfavea, no Sindipeças, na Abifa, em Sindicatos

Patronais e na FIESP, com uma passeata em que esteve presente diversos sindicatos e federações de todo o país.

(13)

• Em 25 julho, foi entregue a Pauta unificada em Belo Horizonte, Minas Gerais, com uma passeata dos Metalúrgicos, que serviu para abrir um canal de negociação com a ARCELOR MITTAL.

• Acampamento em Brasília: uma ação com grande repercussão na imprensa, e com a entrega da Pauta na CNI, no Ministério do Trabalho e Emprego, Supremo Tribunal Federal e Senado Federal.

• Entrega da Pauta no Espírito Santo.

• 18 de setembro, Dia Nacional de Mobilização dos Metalúrgicos da CNM/CUT, com diversas manifestações e paralisações em todo o país na defesa do CCNT. Nesse dia, houve paralisações em 86 fábricas, cerca de 200 mil metalúrgicos em todo o Brasil.

• 3 jornais nacionais somente no segundo semestre, cada um com 500 mil unidades de tiragem tratando da luta pelo CCNT e das lutas locais.

O resultado foi que algumas categoria conseguiram modificar a data-base para setembro ou perto de setembro, e outras já tem o compromisso dos sindicatos patronais de iniciar o debate no ano de 2008. O outro resultado positivo é que os sindicatos de empregadores da indústria metalúrgica puderem perceber que existe uma repercussão e uma unidade nacional dos trabalhadores metalúrgicos.

Mas com certeza os resultados mais significativos são os ganhos para os trabalhadores: um aumento acima dos reajustes concedidos aos salários para os pisos salariais e um reajuste superior ou igual ao conquistado no estado de São Paulo, para outros estados da federação, o que significa que estamos conseguindo garantir uma aproximação dos direitos e conquistas dos trabalhadores em nível nacional, e ganhos maiores para quem ganha menos.

Conquistamos ainda outros pontos importantes da agenda metalúrgica, como o compromisso do presidente da república em encaminhar a Convenção 158 da OIT, como citado acima, e a portaria 412/2007, do Ministério do Trabalho que disciplina a alteração na jornada e no horário de trabalho dos empregados que trabalhem em regime de turno Ininterruptos de revezamento.

Dessa forma, esperamos unificar os direitos dos trabalhadores nacionalmente, definindo garantias mínimas para os trabalhadores em todos os cantos do país, que busque eliminar as diferenças salariais, de jornada de trabalho e de condições de trabalho absurdas e sem fundamentos e unificar a data-base da categoria para 1º de setembro.

É preciso contudo, estar atento para os impactos da não aprovação da CPMF, como a queda de recursos para a saúde, e a realocação de recursos que poderiam ser investidos em áreas como infra-estrutura ou programa sociais. Resta saber se a redução do volume de impostos, irá garantir

(14)

que esses R$ 40 bilhões que não irã circular via ações governamentais, e que irão circular via consumo ou investimento privado, trarão resultados benéficos para o país, mais ainda, se a redução na carga de imposto terá reflexo nos preços ao consumidor, ou será absorvido somente pelos empresários.

Outro ponto que chama a atenção da Confederação é o câmbio, que reduz os ganhos das exportações. Por enquanto, a perda das exportações estão sendo absorvidas pelo mercado interno, mas o mercado externo é um importante espaço para o crescimento da produção interna.

Encerramos o ano com a certeza de que demos passos importantes em 2007. O ano de 2008, avaliando as projeções de produção dos setores da indústria metalúrgica, as projeções de crescimento da economia e os investimentos anunciados pelas empresas, será uma ano de continuidade desse crescimento e com certeza, de continuidade das lutas dos trabalhadores metalúrgicos.

Referências

Documentos relacionados

A motivação para o desenvolvimento deste trabalho, referente à exposição ocupacional do frentista ao benzeno, decorreu da percepção de que os postos de

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Se dispuser de uma peça de mão X-Smart IQ ® , você pode operar o localizador apical Propex IQ ® no modo combinado para o monitoramento simultâneo da progressão da lima

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

todas as doenças dos centros nervosos: as myélites chronicas, as paralysias, certas doenças cancerosas, etc.; vendo os hospitaes, as casas de saúde cada vez mais repletas

De facto, Carlyle, com as suas teorias sobre o culto do herói e as referências aos poderes do homem, "the mights of man", em detrimento dos seus direitos, "the rights

The proposed scheduling algorithm MRCD was compared with other scheduling strategies from the literature, which were divided in two classes: the first one produces a unique

Para atender a esse objetivo, foi realizado o levantamento de informações fitogeográficas e florísticas da vegetação do Parque; a identificação de 30 elementos arbóreos