Empresas
lusas
vão
ter
de
apostar
mais
na
exportação"
NUNO
DE
SOUSA
PEREIRA,
DIRECTOR DA
ESCOLA
DE
GESTÃO
DO PORTO,
APONTA
OS
GRANDES
DESAFIOSDA NOSSA ECONOMIA
BRUNOAMORIMeconomia@jn.pt
A
internacionalização é uma prioridade estra-tégica do país e,a pen-sar nisso, a Escola de Gestão do Porto-
Uni-versity of Porto Business School
(EGP-UPBS),
em parceria com uma congénere holandesa, lan-çou uma formação em Gestão In-ternacional paraajudar empresas nacionais a planearem asua en-trada no mercado externo. Nuno de Sousa Pereira, director da ins-tituição, traça ao"jn negócios" osdesafios daeconomia portuguesa e opapel quepode ser desempe-nhado pelos gestores.
0que levou aEGP-UPBS aapostar num curso deGestão Internacional?
Actualmente, não há desafio mais
relevante que a internacionaliza-ção. O crescimento da economia portuguesa deve passar por aíe resolvemos contribuir com esta formação, realizada em parceria com aRotterdam School
of
Ma-nagement
(RSM),
uma escola de negócios dereferência nesta te-mática. Ocurso foi pensado para dar aos executivos competências em áreas fulcraisnum
processo de internacionalização. Vai trazer algo muitoútil
para asempresasquequerem exportar.
Assoluções serão adaptadas à
acti-vidade decada participante?
Na prática,
umaempresa
que queira explorarum
novo merca-do poderá trazer essa ideia paracá, pelos seus quadros, podendo desenvolver eimplementar uma
estratégia que minimize osriscos desse processo de exportação.
Queriscos são esses?
Temos empresas bem sucedidas láfora, mas também hácasos de insucesso. Isso resultou de
um
mau planeamento e da concep-ção de que éigual vender aqui ou no estrangeiro.
Não
éverdade. Cada mercado temcaracterísti-cas, práticas e modelos de negó-cio distintos. Épreciso preparar tudo de forma competente.
Quando se inicia a formação?
Em meados de Junho.
Incluirá
uma semana de aulas na
RSM,
EGP-UPBS
VAI AJUDAR
A PREPARAR
ENTRADA
NO MERGADO
EXTERNO
COM CURSO DE GESTÃO
INTERNACIONAL
em Roterdão, com visitas a em-presas holandesas, eoutra sema-na no Porto. Os participantes, que poderão ser individuais ou equi-pas deempresas, vão
ter um
tu-tor
aacompanhar osplanos de negócios emdesenvolvimento.Ainternacionalização éuma das vias
paraaretoma daeconomia portuguesa?
É o único caminho aseguir.
Na
úl-tima
década, Portugaltem
evi-denciado um crescimento débil, o quemostra umgrave problema estrutural. Tomaram-se opções estratégicas erradas.A
nossa par-ticipação na união monetária, a diminuição das taxas de juro eoefeito
deriqueza
aparente das pessoas fizeram com que o con-sumointerno
aumentasse. Easempresas aproveitaram essa rea-lidade, negligenciando a necessi-dade deexportar. Com a liberali-zação de mercados,
um
conjunto de sectores mais tradicionaisfi-cou emcausa, o que se traduziu numa perda decompetitividade.
Ecomo se contorna este cenário?
De momento, há um sobreendi-vidamento dasfamílias e das em-presas, eo Estado terá de imple-mentar
um
forte processo de con-solidação orçamental.A
procura interna vai ressentir-se eas em-presas só poderão crescer com a conquista de novos mercados.A
solução passa pela exportação. Masas empresas lusas estão pron-tas para atacar o mercado externo?
Algumas empresas aproveitaram esta crise
para
sereestruturar,
apostaram nainovação e terão ca-pacidade para ser mais competi-tivas. Por sua vez, há
um
conjun-tode empresas que vão enfrentar dificuldades e o desafio maior es-tará no seu processo de mudan-ça.Não vai
serfácil,
mas estouconvicto
de que boaparte vai
conseguir ser mais competitiva.0
que sepode lazer paraimpulsio-nara competitividade empresarial?
É preciso reduzir custos de con-texto. Já se
fez
alguma coisa no sentido dediminuir aburocracia, masainda
hámuito
afazer. As empresas não dependem sóde si esetiverem dificuldade nas obri-gações administrativas perante o Estado, acabampor ver
a sua competitividade diminuir. Acre-dito que o Estado pode ajudar na simplificação administrativa.Equepapel podem ter os gestores no au-mento daconfiança dos mercados?
Isso tem muito aver com a
capa-cidade de
liderar
emotivar.Um
gestor tem deperceber a realida-de,
ter
uma visão edefinir
uma estratégia para a empresa. Esta-mos a assistir auma transforma-ção dotecido produtivo e à cres-cente qualificação dos gestores. Éum
sinal deesperança, que po-derá trazer ganhos de eficiência ecompetitividade associados a esta gestão que está a chegar.Mas nem sempre os gestores são fala-dos pelos melhores motivos. Veja-se a questão dos prémios..
Poderá não haver razoabilidade face à situação do país. Sou defen-sor deuma estrutura de incenti-vos com remuneração variável, emfunção de objectivos, mas te-mos deter consciência do actual momento eser razoáveis ao
re-munerar aperformance dos
ges-tores. Mas devo dizer que estes gestores foram bem sucedidos e
devem ser recompensados, sob o
risco deinibirmos omérito.
A crisetambém mostrou que nemtodos os gestores seportaram bem~
É verdade.
Num
período em que tudo crescia, aspessoas centra-ram-se em objectivos decurto
prazo e isso conduziu aabusos. Nãoépor acaso que asescolas de negócios começaram a preocu-par-se em
formar
gestores com competências técnicas, mas tam-bém comportamentais, de lide-rança, deética ede responsabili-dade social. Eacrise veio acele-raresse processo de reflexão.Que prioridades tem o nosso país pela
frente, noauto prazo?
Portugal temo desafio da conso-lidação orçamental. E,mais do que medidas pontuais, terá de re-pensar o
papel
do Estado, que deve estar presente napromoção dajustiça social e regulação, massecalhar menos interventivo so-bre aeconomia. Penso que este desígnio devia sertransversal a todos os partidos.
Há
quecriar
condições para que a economia possa crescer mais emelhor.Encontra algumas actividades que
pos-samcontribuir para esse salto?
Temos deexportar cadavezmais serviços de qualidade, emáreas como aengenharia ou oturismo ligado à saúde, por exemplo. Mas mais do que sectores, penso que estáemcausa acompetitividade decadafirma. Mesmo nos secto-res tradicionais, háempresa com condições excepcionais para se-rem líderes denichos de merca-do.
A
inovação eespecialização são factores essenciais.¦
PERFIL
NUNO PE SOUSAPEKBRA
37ANOS ECONOMISTA
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO NATURAL DO PORTO
Oactual director daEGP-UPBS(em funções desde 2009)é licenciado e
mestre em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade doPorto, onde hoje dá aulas, e doutorou-se em Microe-conomia Aplicada na Universidade da
Pensirvânia (EUA).Éainda o
represen-tante de Portugal noConselho de
Admi-nistração doBanco Europeu de Investi-mento. No passado, foi diredor-geral do Gabinete dePlaneamento, Estratégia, Avaliação eRelações Internacionais do
Ministério das Finanças e exerceu funções
"A exploração
de
mercados
externos
pressupõe
um
conhecimento
profundo
da realidade"
Nuno
de Sousa
Pereira, presidente
da
EGP,
fala da
importância
da
formação
A simples transposição de modelos epráticas de negócios adoptados, em
Portugal não é,na maioria doscasos, garantia desucesso", diz Nuno de
Como
internacionalizar uma empresa, o que se deve fa-zer para ser bem sucedido lá fora? Para o presidente da Escola de Gestão do Porto(EGP), Nuno
de Sousa Pereira, não há margem para dúvidas: é preciso conhecer a realida-de que queremos enfrentar."A exploração de mercados externos pressupõe um co-nhecimento profundo da realidade que vai ser encontrada
euma identificação objectiva dos elementos eda estratégia
que permitirá aobtenção de vantagens competitivas", des-taca à
VE
apropósito do lançamento do curso de "Mana-ging Internationally". Eacrescenta: "A simples transposição de modelos epráticas de negócios adoptados, em Portugal não é, na maioria dos casos, garantia de sucesso".As empresas portuguesas têm, no entanto, capacidade para vencerem lá fora. "Se o processo de
internacionaliza-ção for devidamente planeado, várias empresas têm todas
as condições para se afirmarem internacionalmente. Os
exemplos de sucesso que já conhecemos sustentam esta afirmação", revela o presidente da EGP.
A
escola de negócios da Universidade do Porto quer potenciar esta realidade.Daí
o surgimento do curso de "Managing Internacionally". Pretendemos que "os partici-pantes deste curso aprendam um conjunto decompetên-cias nucleares para que o processo de internacionalização seja bem sucedido, com especial destaque na estratégia e
na integração desta com aspectos que vão da liderança ao
marketing, das finanças àgestão de operações, enfatizando
aabordagem no mercado externo", revela
Nuno
de Sousa Pereira.A
escolha da Escola de Gestão de Roterdão como parceira acontece por várias razões. Desde logo pelo facto da economia holandesa ser bastante internacionalizada, junto de mercados diversos, o mesmo acontecendo comaprópria escola, frequentada por mais alunos estrangeiros do que holandeses.
"Consideramos que a
EGP
e os seus alunos poderão be-neficiar desta parceria, através do intercâmbio, da partilha de experiências, do desenvolvimento de projectos conjun-tos", sublinha o responsável máximo da Escola de Gestãodo Porto.
Uma
estratégia que aEGP
quer continuar adesenvolver.A
ideia passa por estabelecer ligações com as melhoreses-colas, sobretudo nas áreas que lhes deram maior nome.
"O
objectivo não é, apenas, utilizar uma marca com prestígiointernacional, é também estabelecer uma parceria em que
o resultado final seja mais do que asoma das partes", expli-ca
Nuno
de Sousa Pereira.A
exemplo disto, aEGP
firmoujá uma parceria com a Fundação
Dom
Cabral, escola de negócios brasileira, no âmbito do Programa Parceiros paraaExcelência.
SANDRA RIBEIRO
Mil
edifícios
para
recuperar
Porto
Misericórdia
e
Universidade
fazem
protocolo
DORAMOTAECATARINA LIMAgrandeportD@jn.pt
Mais de mil imóveis daSanta Casada Misericórdia do Porto vão ser
requali-ficados. Odiagnóstico dos edifícios será
feito pela Faculdade de Engenharia do
Porto. Asede daMisericórdia seráa
pri-meira a entrar emobras e ainstituição admite demoliralguns imóveis.
A
Misericórdia é dasentidades que mais edifícios possuem na ci-dade do Porto. Entre opatrimónio dainstituição encontram-se, por exemplo, os hospitais de Santo António edeConde Ferreira, edi-fícios naGaleria deParis eaUni-versidade Lusíada. Contudo,
mui-tos dos prédios estão aprecisar de obras de reabilitação.
Ontem àtarde, aMisericórdia
do Porto eaFaculdade de Enge-nharia daUniversidade do Porto (FEUP) assinaram um protocolo de colaboração. OLaboratório de Física das Construções daquela faculdade vai preparar ocaderno de encargos para arequalificação dos mais demil edifícios, 982 si-tuados no concelho do Porto.
"É um trabalho que pode ser
muito
longo, tem uma duração prevista de um ano, mas oprazopode ser prorrogado", disse, ao JN, o director daquele Laboratório, Vasco Freitas,
coordenador
da equipa que vai elaborar apropos-ta de intervenção. Será a Santa Casa "a decidir o que é
prioritá-rio" no âmbito damonitorização. Património vasto
Descrever oselementos consti-tuintes do edificado, avaliar estru-turas, sugerir métodos de
inter-venção e avançar com uma esti-mativa de custos são algumas dastarefas daequipa da FEUP, que conta com uma dezena de
pes-soas eque pode, em
determina-Património
inclui
imóveis
emblemáticos
como
hospitais
do Conde
Ferreira
e Santo António
dos momentos, receber contribui-ções de outras valências do
De-partamento de Engenharia Civil. Este tipo de trabalho écomum para aFEUP. "O Laboratório de Física das Construções tem uma enorme experiência de levanta-mentos de edificados", salientou, ao JN, Vasco Freitas.
Alguns dos edifícios elencados para requalificação são antigos e emblemáticos na cidade.
Um
vas-topatrimónio adquirido ao longo demais de500 anos de história: aProtocolo
vantajoso
para
ambas
as instituições
?
|osé Luís Novaes, provedor daSanta Casa daMisericórdia do
Porto, argumenta que oprotocolo de colaboração com aFaculdade de
Engenharia permite minimizar os custos de uma operação queseprevê dispendiosa. 0responsável subli-nha, contudo, queacolaboração entre Misericórdia eUniversidade do
Porto (éaprimeira vez queas insti-tuições celebram um acordo) trará vantagens para ambas asentidades.
"Poderá abrir postos de trabalho a
muitas pessoas eoferecer estágios à
Universidade", afirmou |osé Luís
Novaes, ontem àtarde, na cerimónia de assinatura do protocolo de cola-boração. Asessão decorreu nasede daMisericórdia.
Reiterando aconfiança notrabalho a
desenvolver pela Universidade do Porto, |osé Luís Novaes salvaguardou queoprocesso implica uma "requali-ficação demorada"..
|osé Luís Novaes admitiu, ainda, reforçara ligação com aUniversidade doPorto. "AMisericórdia e a Universi-dade são duas das mais importantes instituições do Porto", assinalou.
Misericórdia é proprietária doHospital doConde Ferreira, noPorto
instituição foi fundada em1499.
A
sede daMisericórdia, na Rua das Flores, Centro Histórico do Por-to, será o
primeiro
imóvel
ater
obras de reabilitação.A
ambição do provedor, José Luís Novaes, écriar aliomuseu da Santa Casa. Outros edifícios marcantes da cidade deverão ser recuperados.
A
demolição de imóveis deverá ser sempre oúltimo recurso eemcasos em que se
verifique
aim-possibilidade de requalificação. "O nosso objectivo écontribuir para o progresso da cidade", sub-linhou oreitor da Universidade do Porto,
Marques
dos Santos, agradecendo aconfiança deposi-tada pela Misericórdia.José Luís Novaes referiu que a
presença da Universidade do Por-tocredibiliza o projecto.
¦
AUniversidade do Porto vai ava-liar oestado dos mais de mil imóveis daSanta Casa da Mise-ricórdia da cidade, no âmbito de um protocolo ontem assinado. Entre osimóveis que serão ava-liados estão alguns dos mais emblemáticos edifícios da cida-de do Porto.
¦
Universidade
avalia
imóveis
emblemáticos
Terminal
de cruzeiros de
Leixões
começa a
ser
construído
hoje
Luísa
Pinto
Sócrates
edois
ministros
estarão na
cerimónia
de
arranque
do
cais,
que estará
pronto em
2011.
0
terminal
de passageiros
estará
concluído
dois anos depois
•
Esta não éaprimeira
vez que a obra do terminal decruzeiros de Lei-xões merece cerimónias eanúncios públicos. Mas acerimónia que hoje tem lugar, emLeça da Palmeira, Ma-tosinhos, para acolocação da primei-ra pedprimei-ra da construção do terminal, garantiu não só apresença do minis-tro das Obras Públicas, António Men-donça, mas também ado ministro da Ciência, Mariano Gago, e do próprio primeiro-ministro, José Sócrates.Oque estáem causa não éapenas
um
"edifício" para receber turistas. Trata-de de um projecto bem mais amplo que, nas palavras do ministro António Mendonça, "é revelador do papel que se queratribuir
aos por-tos, como agente relevante naquilo que hoje sedesigna por economia do mar". Oministro das Obras Públicas refere-se ao facto de o edifício do ter-minal de passageiros ir alojar asede do CIIMAR -Centro interdisciplinar de investigação marinha da Universidade do Porto, "uma das unidades deinves-tigação nacionais mais relevantes na áreadas investigações marinhas, inte-grado num dos únicos 25laboratórios associados ao Estado", sublinha.
Além do CIIMAR, um parque de ci-ência e tecnologias do mar, também da Universidade do Porto, eque vai
albergar várias unidades de investiga-ção com vocação marítima, vai estar associado a este projecto. A intenção é
"promover a investigação nos mais di-ferentes domínios -dos recursos ma-rinhos, robótica, energias renováveis, reparação naval edaprópria activida-de portuária -,mas também permitir a
possibilidade de ali nascerem
empre-sas que possam ser lançadas apartir dodesenvolvimento destas unidades de investigação", refere Mendonça.
Captar mais turistas
OGoverno quer que aaposta no de-senvolvimento do sistema portuário não se limite ao transporte de mer-cadorias. Mendonça sublinha que o
projecto revela opotencial dos portos
etambém "o nível de desenvolvimen-to atingido pela nossa investigação, particularmente pela Universidade do Porto". Este investimento aposta no segmento dos cruzeiros eespera-se
que possa assumir umpapel relevante na captação de fluxos turísticos, que tenham reflexos no movimento
por-tuário ena economia das cidades. O
projecto global tem umcusto estima-do de49milhões de euros, um valor que contempla 28 milhões de euros para oedifício e21milhões de euros para aobra marítima.
Asdragagens iniciaram-se no
passa-do mês de Setembro ehoje assinala-se oarranque da construção docais, cuja conclusão está prevista para Março de 2011. Ocais vai receber barcos com 340 metros decomprimento e18de largura eterá capacidade de acosta-gem de navios até
300
metros.0
iníciodas obras para o edifício do terminal depassageiros está previsto para o últi-mo trimestre deste ano, devendo estar concluído cerca de dois anos depois, ou seja, no último trimestre de 2013. Segundo oMinistério das Obras Pú-blicas, cerca de60navios são
espera-dos em2011, dos quais 15estão acima daactual capacidade, equalquer um deles com mais de
2000
passageiros. Oterminal
de passageirosdeverá
estar concluído nofinal
de2013UP aprova
primeiro
candidato
estrangeiro
a
reitor
Andrea
Cunha Freitas•
Ocaso inédito vaiter lugar na Uni-versidade do Porto. O actual reitor, Marques dos Santos, terá um estran-geiro como adversário naspróximas eleições paraolugar. Éaprimeira vez queum estrangeiro recebe luz verde para concorrer ao cargo dereitor nu-ma universidade portuguesa. O con-selho geral da Universidade do Porto aprovou estes dois candidatos tendo recusado outras cinco candidaturas, todas elas de estrangeiros. Ontem, àúltima hora, foi recebida mais uma candidatura ao cargo de reitor que deverá ser analisada até ao final do dia de hoje. Esta proposta é de mais
um
estrangeiro.Desta vez, oprocesso de abertu-ra das candidaturas foi diferente. O
anúncio publicado em jornais estran-geiros fez com que o conselho geral recebesse seis propostas de fora do país. Alguns europeus eduas propos-tas dos EUA(uma delas éde um bra-sileiro). Por cá, apesar deter sido pu-blicado emvários jornais nacionais,
ocargo sóterá despertado o
interes-se de
um
candidato, o actual reitor. Após análise, cinco das candidaturasestrangeiras foram chumbadas por, de alguma forma, não cumprirem os
requisitos.
Para
já,
aUniversidade do Porto não quer avançar pormenores sobreosvários candidatos estrangeiros nem sobre as instituições de origem. Os
candidatos recusados têm ainda um prazo de uma semana para recorrer da decisão do conselho geral e, assim,
sóno próximo dia 3de Maio deverão ser dados aconhecer os candidatos definitivos ao cargo.
Depois de homologadas as
candi-daturas, caberá ao Conselho Geral daUniversidade do Porto, presidido por Luís Portela, escolher opróximo reitor, que a instituição pretende que
tome
posse em finais deJunho. No concurso, foipedido
aos candida-tos que apresentassem um projecto estratégico para auniversidade nos próximos quatro anos, incluindo jáum
orçamento geral para suportaras actividades edefinindo oseu
pró-prio
ordenado. A escolhaterá por
base entrevistas pessoais com os candidatos.Onovo órgão de supervisão da ins-tituição, criado de acordo com
um
regulamento aprovado em
2009,
écomposto por 23 membros: 12
repre-sentantes dos professores e investi-gadores, quatro representantes dos estudantes, um representante do
pes-soal não docente enão investigador e
seis personalidades não pertencentes
àuniversidade,
com
LusaAs novas regras
Novo estatuto
permite
reitor estrangeiro
0
número 3do artigo 86.°do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, aprovado emfinal de 2007, diz que "podem ser eleitos reitores de uma universidade professores einvestigadores da própria instituição ou de outras instituições, nacionais ou estrangeiras, de ensino universitário ou de investigação". A Universidade deAveiro recebeu cinco candidatos estrangeiros mas foram recusados. Agora, no Porto, um estrangeiro foi aceite.Reitor
pode
ser
estrangeiro
UR OConselho Geral da Universidade do Porto aprovou dois candidatos a reitor,
um
dos quaises-trangeiro, oque acontece pela
primeira
veznuma
Actual reitor
concorre
com
estrangeiro
Porto
Aprovadas
duas candidaturas
para
a
Universidade
0Conselho-geral da Universidade do
Porto aprovou dois candidatos ao car-go dereitor, um dos quais estrangeiro,
oqueacontece pela primeira vez numa universidade portuguesa. Foram rejei-tadas cinco candidaturas, de
estrangei-ros. Ontem, chegou mais uma.
Apesar de só ontem ter dado entrada nos serviços da Universi-dade, acandidatura tem data de dia 12,pelo que está dentro dos prazos estipulados. Agora, será avaliada para se aferir asua vali-dade. As cinco candidaturas que foram rejeitadas têm uma sema-na para recorrer da decisão.
Sónoinício deMaio, depois de analisados os eventuais recursos,
éque oConselho-geral irá divul-gar os nomes e asinstituições de origem dos candidatos aceites,
re-feriu
fonte daUniversidade
do Porto, citada pela Lusa. O únicocandidato português, já anuncia- Universidade do Porto éaprimeira dopaís aaceitar candidato estrangeiro
I
do, éo actual reitor da instituição, Marques dos Santos.
A
Universi-dade não divulga onome nem anacionalidade da outra candida-tura já aceite.
Depois de homologadas as can-didaturas, caberá ao Conselho-ge-ral, presidido por Luís Portela,
es-colher opróximo reitor, que a ins-tituição pretende quetome posse em finais de Junho. No concurso
foi pedido
aos candidatos que apresentassem um projecto estra-tégicopara
aUniversidade
do Porto nos próximos quatro anos, incluindo jáum
orçamento geral para suportar asactividades ede-Chegou
ontem
mais
uma
candidatura
estrangeira,
que
será agora
analisada
pelo Conselho-geral
finindo o seu próprio ordenado, revelou areferida fonte.
A
esco-lha terá por base entrevistas pes-soais com os candidatos.O novo órgão de supervisão da Universidade écomposto por 23 membros: 12representantes dos professores einvestigadores, qua-tro representantes dos estudan-tes,um representante do pessoal não-docente enão-investigador e
seis personalidades não perten-centes àUniversidade.
¦
UNIVERSIDADE DO PORTO PIONEIRA EM PORTUGAL
Estrangeiro
candidato
a reitor
¦
0
Conselho Geral da Universidade do Porto aprovou dois candidatos ao cargo de reitor, um dos quais estrangeiro, oqueacontece peia primeira vez numa universidade portuguesa.
Indústria
do
pão
cria
linha
telefónica
Associações
reagem
a
estudo
sobre
substância
tóxica
CARLA SOARES
carlas@jn.pt
Associações da indústria e do
comér-cio de panificação criaram uma linha telefónica para informar oconsumidor
egarantir a qualidade do pão, após o
estudo que indica apresença de uma toxina com impacto nos rins, nofígado
eno surgimento decancros.
A
investigação comprovou apresença da ocratoxina em alguns tipos de pão consumidos pelos por-tugueses, aqual, destacam as
con-clusões divulgadas, tem "potencia-lidade tóxica para osrins, ofígado e
o aparecimento decancros". Quatro associações empresa-riais rejeitam, em comunicado, que o pão português "possa prejudicar
a saúde". "A indústria da
panifica-ção nacional tem vindo afazer, nos últimos anos, investimentos rele-vantes na sua modernização" e
cumpre "com as mais exigentes normas de higiene esegurança ali-mentar", garantem. Para informar
osconsumidores sobre
ingredien-tes eprocessos de fabrico do pão tradicional, activaram uma linha te-lefónica (228315124 e800205449).
Farão diligências junto das auto-ridades para esclarecer asituação, prometem colaborar nos estudos que ajudem amonitorizar o fabri-coetrocar informação sobre a pre-sença da toxina noutros alimentos.
Segundo ocomunicado do Insti-tuto Superior de Engenharia do Por-to(umadasentidades envolvidas), a
"ingestão contínua em baixos ní-veis" daOcratoxina pode acarretar
riscos, devido "ao potencial nefró-xico, hepatóxico ecarcinogénico destasubstância", apesar "da
inges-tão estimada parecer não constituir umproblema para asaúde' '.Da Uni-versidade de Coimbra, a investiga-dora Celeste Linodisse queas amos-tras estão, "na suagrande maioria", contaminadas, apesar de"os limites
encontrados, excepto numa amos-tra, serem inferiores aoslimites má-ximos permitidos pela UE". E expli-cou que"ascondições dehumidade
etemperaturas elevadas, eo tempo de armazenamento muito longo dos cereais são factores principais" para
odesenvolvimento dofungo.
¦
Indústria de panificação garante aqualidade dopão, apesar da presença datoxina
Associação
de
Moagem
diz
cumprir requisitos
?
AAssociação Portuguesa daIndústria de Moagem eMassas diz queasindústrias "efectuam a
compra de cereal deacordo com os
requisitos legais" epossuem "siste-mas decontrolo que permitem asse-gurar que todas asmatérias-primas" para fabrico dafarinha "estão em conformidade". Porque opaís depen-de "quase exclusivamente de impor-tações regulares", a"rotatividade dos cereais armazenados émuito
A
oferta dirigida aos executivos, em termos de formação, édiversificada eampla.Há
mui-to por onde escolher. Tanto que se cria uma zona cinzenta, algo indefinida, entre asescolas
de negócios e as universidades mais
tradicio-nais. Segundo os nossos convidados, apesar
das diferenças, estas duas realidades começam amostrar sinais de alguma convergência.
"Julgo que há, aqui, uma zona cinzenta
en-tre aspós-graduações, oprogramas executivos
eos mestrados", destaca o director do Institu-to Português deAdministração de Marketing
(IPAM),
Daniel Sá. "Não está muito claro",diz ainda.
O
processo de Bolonha só veiore-forçar este dado com as novas licenciaturas de
três anos eos mestrados dedois.
O IPAM,
por exemplo, optou por findar com aspós-gradu-ações, com esta terminologia, ao criar os
pro-gramas executivos. "A pós-graduação ainda é
um termo muito agarrado ao grau", salienta.
O
director da Escola deNegóciosCaixano-va, Eduardo Garcia Erquiaga, fala do risco de
se assistir auma "academização excessiva das
escolas".
Há
que "escapar aessaacademizaçãoe procurar uma formação executiva no saber
fazer enão tanto no saber saber", acrescenta.
O
motivo? Os rankings internacionais, ondeas escolas de negócios aparecem muito bem
classificadas, melhor do que as próprias
uni-versidades. Este responsável dá o exemplo
espanhol, onde aparecem três escolas de
ne-gócios entre as melhores do mundo e só uma universidade entre as 200 melhores. Como
explica, há sempre a possibilidade de "esco-lher entre um professor que publica nas
me-lhores revistas científicas, mas que nunca viu umaempresa nem em foto, eum profissional, habituado àrealidade empresarial, um direc-tor de Recursos Humanos".
A
Escola de Gestão do Porto (EGP), aesco-la de negócios da Universidade do Porto, tem uma opinião idêntica a esta. "Sobretudo com Bolonha começou a existir um terreno cin-zento, na medida em que os mestrados come-çaram aser mais profissionalizantes", refere a
directora executiva da EGP, Ana Paula Serra.
De
qualquer modo, aEGP tentou resolver oproblema. Enquanto esta escola de negócios ficou com toda a formação para executivos,
as Faculdades de Economia e Engenharia do Porto ficaram com aformação pós-graduda,
mas conferente de grau. Mas há outras
dife-renças.
Ana Paula Serra fala dos mestrados como uma formação mais especializada, de alunos sem experiência profissional e fazendo
ca-minho por si. Já a formação para executivos
revela-se de outra forma: a aprendizagem é
conjunta e a experiência das pessoas acaba
por ser muito relevante. As fronteiras entre as
duas realidades estendem-se também aos
do-centes. Os primeiros, académicos, os
segun-dos, universitários, mas também consultores,
executivos, aqueles cujo saber advém também da experiência. "A aprendizagem é
comple-tamente diferente ao misturarmos estas duas
vertentes", dizAna Paula Serra.
O
ideal seria combinar as várias compe-tências numa só pessoa. "Ê difícil encontrar alguém que seja um bom comunicador, umbom académico, tenha experiência e publi-que nas revistas internacionais", destaca esta responsável. Ainda assim, poderão existir al-gumas pessoas. Afinal, como refere Ana Paula
Serra, há académicos com muito para ensinar, sendo que alguns deles conseguem tirar
licen-ças e, assim, experimentar por algum tempo a
realidade empresarial.
Uma
oferta cada vez mais
diferenciada
Para Ana Paula Serra, não há margem para dúvidas: os públicos- alvo da EGP são pessoas com experiência profissional. "Não aceitamos
pessoas com 21, 22 anos", refere. "Eles
tam-bém não percebem arazão porque pagariam
cinco vezes mais do que num universidade e
por isso não vêm", acrescenta.
Há,
no entan-to, que estabelecer outro tipo de diferenças."Não é omesmo formar alguém com 60anos
num programa de alta direcção, um jovem engenheiro com três anos de experiência que
opta por um
MBA
ou um engenheiro de 40anos num
MBA
executivo", explica Eduardo Garcia Erquiaga. Ana Paula Serra dá conta da mesma preocupação. "Já nos aconteceu termos pessoas com uma experiência de três anos a quererem fazer umMBA
executivoe pessoas de 50 anos um
MBA
a tempo in-teiro", afirma.A
solução é uma só: explicaraos clientes o que é melhor para eles, o mais
adequado.
Daniel Sá fala de uma oferta cada vez mais diversificada, adaptada aos dias de hoje, em que os percursos das pessoas se caracterizam
pela elasticidade. "Na área das ciências empre-sariais ninguém vai ter emprego para toda a
vida, isso acabou", alerta.
"Há
15 anos atrás,tínhamos o conceito de curso para toda a
vida, de emprego para toda avida. Cada vez mais, ouço falar dos 10 cursos e dos 10 em-pregos", remata.
Caixanova
forma
jovens
apartir
dos
18anos
A
Escola de Negócios Caixanova quer co-meçar desde muito cedo. Ao contrário do tra-dicional, esta escola forma pessoas logo apar-tir dos 18 anos, apartir do momento em que
saem das escolas secundárias. "Não se pode começar uma carreira com 22 anos", afirma
Eduardo Garcia Erquiaga. "Se queremos for-mar profissionais, há que fazê-lo o quanto
an-tes, há que passar do saber para o saber/fazer",
acrescenta. E explica: "Nós queremos formar jovens que, ao entrarem na escola, ao fre-quentarem o seu primeiro dia de aulas, com
18 anos, estão, em simultâneo, aentrar numa
empresa". Trata-se de um programa cujos
conteúdos são iguais aos de qualquer outra universidade, mas com um metodologia dife-rente. "São jovens que, desde o primeiro dia,
expõem projectos, os desenvolvem, trabalham
sobre casos", destaca o director da Escola de
Negócios Caixanova.
"O
que se pretende éformar jovens capazes de resolver problemas, de sintetizar informação, de apresentá-la, de dar uma opinião. Infelizmente, no mundo académico tradicional, ascoisas não sepassam
dessa forma", disse ainda.
Uma coisa écerta: qualquer que seja o
for-mato do curso, este tem de mudar avida da
pessoa. "Se não muda avida dapessoa, então,
não cumpriu o seu papel", afirma Daniel Sá.
O
que "não significa que mude de emprego,de empresa, mas tem de transformar de al-gum modo", acrescenta.
Empresas
querem programas
que
os
ajudem
aencontrar
soluções
O
que as empresas procuram quandopro-curam aformação das escolas de negócios? As
empresas querem "programas com relevância
e que as ajudam e encontrar as soluções que melhor se adaptem à sua realidade", destaca
Ana Paula Serra. "A empresa olha para a for-mação como um investimento.
Há
um en-volvimento entre a escola e a empresa que écompletamente diferente daquilo que sepassa
num mestrado", acrescenta.
Ese éverdade que as empresas querem
pes-soas com uma formação prática, desejam
tam-bém que ela tenha algum tipo de sustentação
científica. "As organizações querem essa
apro-ximação ao mundo empresarial, mas querem,
igualmente, que isso esteja sustentado nalgu-ma evidência nalgu-mais científica, sobretudo naárea
das competências comportamentais", explica
Ana Paula Serra. "Não há nada mais prático do que uma boa teoria", acrescenta Eduardo Garcia Erquiaga. "Uma escola que não tenha
modelos, capacidade académica, professores capacitados, enfim, é uma escola com muitas
carências", sublinha este responsável. Mas,
como diz, "isso tem de ser acompanhado por
trabalho na prática, já que é disso que vivem as
empresas".
De
outra forma, as escolas corremo risco de se "tornarem castelos".
Há
que estarligado ao mundo real, perceber como ele fun-ciona. "Do que precisamos éde treinadores de executivos enão de observadores de realidades empresariais", destacou opresidente da Escola
deNegócios Caixanova.
A
ponte entre as duas realidades é sólida. Ana Paula Serra fala de um diálogo perma-nente entre aEGP
e as empresas. "Sabemoscom quem podemos contar. Se as empresas
nos colocam um problema e não temos a
so-lução internamente, vamos à sua procura".
Formar pessoas,
transmitir
valores
trans-mitir conhecimentos ou também formam
cidadãos? Os nossos convidados inclinam-se, sem dúvida, para a segunda hipótese. "Pode-mos estar a formar pessoas até mais do que
as escolas no sentido tradicional do termo, na
medida em que formamos pessoas para serem
grandes gestores", salienta Eduardo Garcia
Erquiaga. Eacrescenta: "Quando se dáàs
pes-soas a oportunidade de realizarem uma mu-dança, estamos, de igual modo, aformá-las". Daniel Sáconsidera que os
MBA
tiveram, aocontrário do que se diz apropósito da crise, a
preocupação de dar formação ética aos seus
participantes.
Ana Paula Serra destaca os projectos que a
EGP estabelece com outras entidades, onde
os valores ganham uma relevância maior. Será
o caso dos alunos de
MBA
que vão ajudar oprojecto "Zéthoven"
-
uma iniciativa que visa promover amúsica junto decrianças da Beira Interior -ater uma estratégia empresarial.As crises podem ser benéficas quer para empresas quer para as escolas. As grandes
em-presas, por exemplo, podem ter serviços
so-bredimensionados eaproveitar este momento para os emagrecer. Por outro lado, as escolas
podem proporcionar aformação que lhes per-mita fazer isto. "Podemos irbuscar aqualquer
lado da Península o melhor que existe num tema concreto ecolocá-lo na empresa", revela
Eduardo Garcia Erquiaga. "Acabamos por ver
um maior número depessoas airem estudar",
afirma Daniel Sá.
O
director doIPAM
con-sidera, contudo, que será sempre um número pequeno. Afinal, apenas, 18% da população
activa portuguesa é licenciada.
"O
nossoní-vel de qualificações ébaixíssimo.
Há
20anos,divulgou-se aideia de que éramos um país de
doutores quando este grupo não chega a ser
1/5 da população", afirmou.
Os
MBA
eoutras formações têm um customuito elevado? Segundo os nossos
entrevis-tados, trata-se de um custo adequado ao tipo
de formação ministrada. "Quando o nível de
qualidade do produto é elevada, é
eviden-te que o custo terá também de ser elevado", considera Eduardo Garcia Erquiaga. Daniel
Sá recorda que os valores praticados pelas
universidades são bastante inferiores aos das
universidades. Como refere, cabe às escolas
de negócios mostrarem as suas mais-valias, que passam pela aproximação ao mundo
empresarial, pela rede de conhecimentos ou bagagem dos professores. Quanto àformação
financiada, o director da escola da Caixanova considera que esta pode ser uma faca de dois
gumes. "A empresa habitua-se a não pagar pela formação e esquece-se daquilo de que
verdadeiramente necessita".
SANDRA RIBEIRO sandraribeiro@vidaeconomica.pt
Escolas
com
os
olhos
postos
no
mundo
empresarial
Daniel Sá,
director do Instituto Português de Administração de Marketing
Há alguma aproximação entre as escolas de negócios e as
universidades, os institutos. Há uma zona cinzenta, cujas fronteiras são difíceis de definir. Bolonha veio adensar esta questão, com o surgimento das licenciaturas de três anos
e os mestrados de dois. Para resolver o problema, o IPAM
optou por uma solução: acabar com as pós-graduações. A
aposta vai, agora, para os programas executivos.
Como refere Daniel Sá, o curso, o emprego para toda a vida
é uma realidade do passado. Hoje, mais do que nunca, é preciso actualizar a informação. As escolas de negócios
es-tão preparadas para o fazer, com uma oferta que se adapta
às necessidades de cada um.
Ana Paula Serra,
directora Executiva da Escola de Gestão do Porto A Escola de Gestão do Porto quer afirmar-se como uma escola global, onde alunos e professores têm a oportuni-dade de frequentar um ambiente internacional, que lhes
vai dar a oportunidade de dar um impulso às suas car-reiras.
A estratégia já foi montada e passa por captar pessoas de
outras paragens, pelas aulas em inglês, mas também pelos cursos em parceria com escolas estrangeiras ou pela acre-ditação internacional.
As empresas agradecem. Como diz Ana Paula Serra, estas querem, sobretudo, programas adaptados à sua realidade, com um forte sentido prático.
Eduardo Garcia Erquiaga, director da Escola de Negócios Caixanova
A Escola de Negócios Caixanova tem um projecto inédito: uma formação dirigida a jovens que acabam a sua forma-ção secundária. "Não se pode começar uma carreira com 22 anos", afirma Eduardo Garcia Erquiaga. "Se queremos formar profissionais, há que fazê-lo o quanto antes, há que
passar do saber para o saber/fazer", acrescenta.
Sobre os custos da formação, a opinião do director da es-cola da Caixanova é igual à dos seus colegas: este é
adap-tado à realidade, à qualidade apresentada pelas escolas. A
formação financiada, considera, pode ser uma faca de dois gumes, com as empresas e alunos a não darem aos cursos
Banqueiros
e
economistas
elogiam
escolha
de
Carlos
Costa
para
liderar
o Banco
de
Portugal
Cristina
Ferreira
Larga
experiência
no sector
financeiro,
discrição
esentido de
independência
são
qualidades
apontadas
ao
ainda
responsável
do BEI
•
Tem experiência no sector financei-ro nacional einternacional, conheceos dossiers europeus, tem bom carác-ter, édiscreto ecalmo. Foi com estas apreciações queosector financeiro re-cebeu a notícia de que Carlos Costa
se-rá o novo líder do Banco de Portugal, substituindo Vítor Constâncio
-
que a1de Junho assume avice-presidência
do Banco Central Europeu (BCE). A nomeação pelo Governo deCarlos
Costa para encabeçar o BdP foi bem recebida entre banqueiros, economis-tas epolíticos, com Manuela Ferreira Leite aelogiar aescolha do ministro
das Finanças. Costa, que vai deixar a
vice-presidência do Banco Europeu deInvestimento (BEI), étido como um homem discreto, que evita colocar-se embicos dos pés, e que actua com rectidão, não tomando decisões por encomenda.
Ao indicar Costa para gerir o órgão regulador, o Governo deu
um
sinal aomercado de resistir àtentação de escolher uma figura ligada àpolítica,designadamente
partidária,
como chegou aser equacionado, optando por alguém com umalonga experiên-cia no sector financeiro ecom aum
perfil de economista respeitado. Mas também um conhecedor dasmatérias europeias, pois Carlos Costa foi che-fede gabinete do comissário João de Deus Pinheiro emembro da
represen-tação permanente de Portugal junto
da União Europeia (Reper).
Por isso se espera que, além de representar o sector financeiro nos vários fóruns internacionais, Costa seja sobretudo uma voz
indepen-dente, quando falar sobre as gran-des questões macroeconómicas do país. Ontem, era dada como provável
arecondução dos actuais membros da equipa deVítor Constâncio.
Asua experiência internacional,
apar das suas características pesso-ais, deverá influenciar omodo como Carlos Costa sevai relacionar com a
comunicação social. Espera-se que exerça um mandato pouco
mediáti-co, só aparecendo apronunciar-se pu-blicamente quando for estritamente necessário.
Formado nos bancos da Faculdade do Porto (licenciou-se em 1973) - de onde saíram Fernando Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, e
Car-los Tavares, presidente da CMVM
-,
onovo governador do BdP exerceu o cargo de administrador executivo da CGD (2004 a2006),
de director-geral do BCP, epertenceu àequipa de Mi-guel Cadilne no antigo BPA.Durante o dia, foram várias as vo-zes chamadas aemitir asua opinião sobre anomeação de Carlos Costa. O
CEO do BCP, Carlos Santos Ferreira, optou por salientar aexperiência e a sua competência", enquanto
Ar-tur
Santos Silva, o chairman do BPI. classificou aescolha do Governo de "excelente", quer pelo seu currículo, quer pela pessoa que é. Por sua vez, Ricardo Salgado, do BES, disse "não ter dúvidas" de que o novo governa-dor vai "estar àaltura
do desafio" colocado pelas mudanças que estão em curso na actividade financeira.Nomeadamente, as suscitadas pela adopção do Acordo Basileia 111, que
vão "representar impactos tremendos naeconomia europeia".
Do mesmo modo, Nuno Amado, do Santander Totta, salientou que Car-los Costa "tem operfil adequado para
continuar atraçar o necessário rumo de qualidade e exigência do BdP". Carlos Rodrigues do BIG considerou "acertada" adecisão de nomear
Cos-ta,
pela sua "integridade, pelo seu carácter sereno, mas firme". Todos sublinharam o seu conhecimento do sector nacional einternacional, assim como das matérias europeias.Em declarações ao PÚBLICO, Antó-nio Borges disse que Costa éa"pessoa indicada, no momento actual, para re-orientar o BdP paraasua missão fun-damental de assegurar aestabilidade financeira do país ede supervisão do sector bancário". Realçou ainda oseu "grande calibre intelectual eagrande experiência" em instituições nacio-nais einternacionais. "Éum homem sério, degrande integridade, que dá garantia dese poder fazer um traba-lho sério eindependente no BdP, aliás bastante necessário".
Em declarações àagência Lusa,
João Duque apoiou a escolha de Carlos Costa que, "pela sua competência e
currículo, dá confiança", mas também pela "independência face aos parti-dos políticos eao Governo", algo que Pedro Pita Barros também destacou ao salientar que onovo governador não é"um alto-comissário político". Nogueira Leite evidenciou "o vasto currículo, não apenas em termos de estudos económicos epolítica mone-tária, mas na área financeira", onde o BdP "carecia de novo alento".
Carlos
Costa
é
o
próximo
governador
do
banco
central
Regulador
Está escolhido o sucessor deVítor
Constâncio, queiniciará
funções no Banco Central Euro-peu a1de Junho. Carlos Costa éopróximo governador do Banco de Portugal (BdP). Oseu nome foi anunciado, ontem, após o Conse-lho de Ministros por Teixeira dos
Santos, ministro dasFinanças, que enalteceu ofacto de setratar de um "reputado economista", com "larga experiência" no sector
fi-nanceiro ecom uma "larga expe-riência internacional".A
escolha do até agora vice--presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI)gerouconsen-so entre os vários partidos políti-cos e abanca. Ricardo Salgado, presidente do BES, disse que
Car-los Costa é"um banqueiro expe-riente ereúne todas ascondições para ser um grande governador".
Uma opinião
partilhada
pelo 'chairman' do BPI: "Tem imensa experiência profissional e diver-sificada, quer na área dos bancosquer
no acompanhamento das questões europeias".Como
próximo
governador, Carlos Costa terá pela frente gran-des desafios. Oprincipal será re-cuperar acredibilidade nasuper-visão financeira, depois de esta ter sido abalada por um período de grande instabilidade das
institui-ções financeiras. Notopo da agen-da estará, também, aconclusão do caso BPP e oprocesso de
puni-ções no BPN. Caso seja aprovadono Parlamento onovo modelo de supervisão já apresentado pelo
Governo,
ofuturo
governador
terá poderes mais amplos.A
pro-posta coloca sob aalçada do BdPavigilância prudencial de todo o
sistema financeiro, mas
retira
asupervisão comportamental. Carlos Costa foi dado como cer-to em alguns meios políticos, mas uma série de potenciais candidatos foram surgindo. Vítor Bento, presi-dente daSibs, eVítor Gaspar, con-selheiro deDurão Barroso, eramos
nomes mais falados para suceder a
Constâncio. António Borges,
Car-losTavares eManuel Pinho foram, também, apontados para a lideran-ça da instituição, catarina craveiro
CARLOS COSTA 60ANOS
VICE-PRESIDENTE DOBEI
Ao fim de três anos, Carlos Costa,
até agora vice-presidente do Banco Europeu deInvestimento
(BEI), troca o Luxemburgo por Portugal. Para trás fica uma
vasta experiência no sector
bancário, tendo conseguido
aumentar significativamente o
nível de envolvimento de Portu-gal com obanco. 0 número de projectos nacionais financiados
pelo BEI aumentou. Licenciado pela Faculdade de Economia do Porto, foi administrador daCGD.
Entre outros, passou pelo BCP e
BNU.Esteve ligado ao ensino. Ocupou também vários cargos
internacionais.
Escolas
de
negócios
apostam
cada vez mais
em programas
de
âmbito
internacional
Cursos
em parceria com
congéneres
estrangeiras
eformação
ministrada
em
várias países
são
algumas
das
inovações
A
formação de executivos passa, sem dúvida, pelas escolas de negócios.A
concorrência é grande, as novidades
diversas.
A
última tendência é aapos-ta forte na internacionalização, através de parcerias com escolas estrangeiras
e de programas ministrados em vários
países.
Os exemplos chegam de vários
la-dos. Desde logo, da
EGE-Atlantic
Business School.
A
escola de negóciosformada pela Universidade Católica, Universidade de Aveiro e Associação Empresarial de Portugal apostou
for-te nesta área com a criação do
MBA
Atlântico.Trata-se de um projecto que visa combinar o melhor que a lusofonia
tem para oferecer, através dos esforços
conjuntos de Portugal, Angola eo
Bra-sil.
A
ideia é uma só: formar gestores de topo, capazes de aproveitar assiner-gias que se estabelecem entre os três países, de potenciar o
desenvolvimen-to das empresas que actuam nos palcos atlânticos da lusofonia.
O MBA
já se encontra em funcio-namento - o programa foi estruturadoem três blocos trimestrais com uma componente lectiva de 180horas, sen-do o primeiro leccionado em Luanda,
o segundo em São Paulo, o último no Porto - com o suporte daUniversidade Católica do Porto, Católica de Ango-la, em Luanda, e a Pontifícia Univer-sidade Católica de São Paulo, Brasil. "Este éum projecto único de parceria
no espaço da Lusofonia, inserindo-se no espírito e missão das três
institui-ções envolvidas.
O MBA
Atlânticoquer contribuir para a edificação de uma rede de diplomacia económica no mundo de expressão portuguesa", destaca o director da
EGE,
Álvaro Nascimento.Os apoios à iniciativa chegam tam-bém do mundo empresarial, de
em-presas como o BES, EDP, Galp,
Mota-Engil ou Deloitte Portugal.
O MBA
Atlântico recebeu ainda o alto
patro-cínio da Presidência da República Por-tuguesa e da República Federativa do Brasil.
No
médio prazo, é de preverque o
MBA
Atlântico chegue a outras paragens, nomeadamente, até onde chega a rede internacional deuniver-sidades católicas.
O
investimento
no
carácter
prático
dos cursos
Nos tempos mais recentes, o desta-que da
EGE
vai ainda para asua pós-graduação em Gestão e Organização de Eventos.A
decorrer em Lisboa eno Porto —na capital, vai jánasuasegun-da edição —, esta formação avançada dirigida a consultores de empresas de eventos ou licenciados à procura de um vertente mais prática para os seus cursos surge com um objectivo: o de consolidar conhecimentos, de com-binar as competências transversais à
experiência prática em áreas como o
marketing, os recursos humanos ou a
contabilidade. Tudo isto enquadrado por uma visão estratégica do negócio.
Mas não ficamos por aqui. Os alunos vão ser postos à prova. Ao longo de todo o curso, vão ter aoportunidade
de desenvolver o seu próprio projecto ligado à organização e gestão de um evento. Os docentes são profissionais
do quadro habitual da
EGE,
mas também pessoas do sector, habituadasa lidar no dia-a-dia com esta
realida-de.
Quem
também aposta forte na in-ternacionalização é a Eudem.A
esco-la de negócios de origem espanhola vai começar, já no próximo mês de
Maio,
mais uma edição do Master de Comércio Internacional e Marketing(MCIM).
Como referem as fontes da Eudem, esta formação "responde àsnecessidades das
empresas nacionais
que pretendem alcançar altos níveis de competitividade, sendo necessário
que toda a estratégia da empresa con-temple a perspectiva internacional". Em causa vão estar matérias como as
exportações, importações, logística, o
funcionamento das alfândegas ou o
manejar de divisas.
O
valor total docurso é de 6500 euros, estando aberta
ahipótese de pagar por fases de acor-do com proposta aapresentar.
EGP
associa-se
àEscola
de
Gestão
de
Roterdão
Mais um exemplo de parcerias e
in-ternacionalização. Desta feita, estamos
a falar da Escola de Gestão do Porto
— a escola de negócios da Universida-de do Porto — que acaba de
apresen-tar o "Managing Internationally".
O
curso de Gestão, criado em conjunto com a Escola de Gestão de Roterdão, Holanda, foi concebido a pensar nas
empresas portuguesas que queiram iniciar, aprofundar ou melhorar o seu processo de internacionalização.
Tal como outros, também este
cur-so tem uma componente de formação presencial — as aulas vão decorrer no Porto eem Roterdão —eoutra compo-nente de projecto. Além disto, os
alu-nos vão trabalhar em grupo ao longo do curso eser acompanhado por
tuto-res. Estes vão ajudá-los acriar soluções
para um dos desafios de internaciona-lização das suas próprias empresas.
A
propina anual do novo curso éde nove mil euros.
O
valor podediminuir
seuma dada empresa enviar três ou mais participantes.
Um seminário
dedicado
à
marca
pessoal
Quanto vale anossa imagem pessoal?
Por certo muito. Foi apensar nisto, na
sua potenciação, que a Escola de
Ne-gócios Caixanova - um projecto com forte implantação na euroregião Norte de Portugal/Galiza —criou o seminário "Marca Pessoal/Personal Branding". Dirigido a empresários, gestores,
qua-dros dirigentes ou técnicos com ex-periência, esta formação vai ajudar os
participantes a gerirem asua imagem, a sua projecção pessoal perante os ou-tros, em particular, no campo profis-sional. "Este programa está desenhado para analisar as dimensões da gestão
estratégica da marca pessal e
desenvol-ver novas ideias em etapas cruciais da trajectória de vida dos participantes", destaca o director de Programas da Es-cola de Negócios Caixanova em
Portu-gal, António Costa.
O
seminário tem uma duração de 20 horas e vai ter lugar nas cidades do Porto, Vigo e Corunha. São doisfins-de-semana consecutivos, sendo que, na capital do Norte, a formação começa a7e termina a15de
Maio.
O
preço total é de
740
euros, com um desconto de40%
para os membrosda associação de alunos. As empresas vão beneficiar de um desconto de 15%
na inscrição de uma segunda pessoa e
seguintes caso sejam elas a suportar a
formação.
SANDRA RIBEIRO
Quadros
Ferreira
expõe
pintura
recente
em
Gaia
AGOSTINHO SANTOS
_agostinhosantos@jn.pt
Aexposição "Metamorphosis", de An-tónio Quadros Ferreira, éinaugurada
amanhã, às15.30 horas, naCasa
Mu-seu-Teixeira Lopes/Galerias Diogo de Macedo, em Gaia. São 14acrílicos
so-bretela, executados em 2009, que
ocu-parão as várias salas do edifício.
Opintor eprofessor catedráti-co da Faculdade de Belas Artes do Porto apresenta, então, as suas mais recentes produções, que, aliás, assentam na mesma linha estética que vem trabalhando ao longo dos tempos. Optando pela concepção de formas geométri-cas, oartista
utiliza
eprivilegia, fundamentalmente, acor como base central da sua obra. Apesar deutilizar variadíssimastonalida-des, o
trabalho
final
surge de modo disciplinado eharmonioso, equilibrado. Aeste propósito, Na-dir Afonso refere que "aos olhos do artista, acor em si não ébela nem feia; oseu grau deintensida-de em relação àgraduação das ou-tras cores éque lhe surge mais ou
menos equilibrado". "Possibilitar o novo"
Assim, Nadir Afonso assegura ser
"justamente esse
equilíbrio
de forma e decor que confere àpin-tura de António Quadros Ferrei-raasua grande qualidade".
Para opróprio
António
Qua-dros
Ferreira,
que se assume "como umexperimentador
das formas que sepropõem aoolhar,oacto de
pintar
significa oactodepossibilitar onovo eoacto de explorar".
Num
dos textos inseridos no catálogo, António Quadros Fer-reira assume que apintura
é"o universo deum processo de mu-tações, de metamorfose entre opensar e ofazer. E, nessa meta-morfose, aideia fundamenta a ne-cessidade do acto de pintar, como acto de um sentido também de imprevisibilidade".
Sublinhe-se que Quadros Fer-reira vive etrabalha no Porto, rea-lizou diversas mostras individuias
eparticipou em dezenas de mos-tras colectivas. Está representado em diversas colecções oficiais e
particulares.
"Metamorphosis" estará paten-te até ao dia 27 de Junho.
¦
#\
I
I
ILyLJvJ
LJvJ
ii
ULU
Já se
vende
fruta
nas
ruas de Lisboa
E
para servir
os
escritórios,
há cada vez mais empresas no
negócio das maçãs.
A
roda
dos
alimentos
aconselha cinco peças deste
ou de outro fruto por dia
Ma^^Ft^dscaSeabra*
francisca.seabra@sol.pt
EM
QUASE todos os bancos de Portugal, ostrabalhadorestrin-cam
fruta
de graça nos inter-valos.Em
vez deinterrompe-rem oseu
trabalho para fumar
um
cigarro, pegam nas maçãs, pêras ou bananas empilhadas em cestos ecomem-nas.Os
frutos
vêmdirectamente
doMARL,
onde aSimpleFruit
tem a sua sede eafrota
esta-cionada. DesdeJaneiro
de 2009 que aempresa
vendefruta
fresca
para escritórios
e,em pouco mais deum
ano,conse-guiu
convencer 250adminis-tradores a
incentivarem
a saú-de dos seusfuncionários.
Além
damaioria
dos bancos, fornecem«escritórios
dead-vogados e
consultoras»,
con-taRita
Sousa Tavares, uma das sócias e responsável pela co-municação emarketing da Sim-pleFruit. A
ideia élevar
cestos de 20ou 40peças para esteslo-cais todas as semanas,
privile-giando oproduto nacional:
«A
fruta
portuguesa
está
na
boca
das pessoas,não há
quem não
prefira
anossa àespanhola.
Dizem
sempre
que
émais
saborosa».Mas também hásemanas em que épreciso