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MÉTODOS DE CONTROLE E REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS PELA INDÚSTRIA MOVELEIRA

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MÉTODOS DE CONTROLE E REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS PELA INDÚSTRIA MOVELEIRA

Carlos Miguel Simões da Silva1, Amélia Guimarães Carvalho1, Antônio José Vinha Zanuncio1, Mateus Alves de Magalhães1, Diego Correa Ramos1, Angélica de Cassia Oliveira

Carneiro1 1

Universidade Federal de Viçosa, *karmiguel@yahoo.com.br

Resumo

O objetivo do presente estudo foi descrever alguns dos principais métodos de controle ambiental utilizados ou potencialmente utilizáveis pelas indústrias do setor moveleiro, principalmente as que têm a madeira como matéria-prima principal. O estudo foi dividido em três abordagens, sendo elas: redução, reutilização e reciclagem de resíduos. Para a redução na geração de resíduos durante a produção de móveis destacaram-se as propostas de criação de programas de produção limpa, modernização e melhoria do layout do setor produtivo e desenvolvimento de projetos sustentáveis. Para aumentar a reutilização dos resíduos destacam-se a criação da "Bolsa de Resíduos" para ter uma comunicação eficiente entre a indústria que gera os resíduos e os potenciais consumidores destes subprodutos, como a briquetagem de resíduos sólidos para fins energéticos. Dentre as inúmeras possibilidades de reciclagem, destaque para a produção em pequena escala de pequenos objetos de madeira. Palavras-chave: redução, reutilização e reciclagem.

Abstract

The aim of this study was to describe some of the main methods of environmental control used or potentially usable by the industries of the furniture sector, especially those with wood as the main raw material. The study was divided into three approaches, namely: reducing, reusing and recycling waste. To reduce the generation of waste during the production of furniture stood out proposals for the creation of clean production programs, modernizing and improving the layout of the productive sector and development of sustainable projects. To increase the reuse of waste includes the creation of "Residual Stock" to have effective communication between industry which generates the waste and potential consumers of these products, as briquetting of waste for energy purposes. Among the numerous possibilities of recycling, especially the small-scale production of small wooden objects.

Keywords: reducing, reusing and recycling.

1. Introdução

O aumento na geração de resíduos e poluentes é um dos principais aspectos negativos associados ao desenvolvimento econômico de qualquer sociedade. Essa geração ocorre em todo o ciclo de produção e consumo, desde as atividades primárias até as atividades de processamento industrial. Promover a destinação adequada dos mesmos, atendendo não só os preceitos ambientais, mas também os preceitos econômicos e sociais tornou-se o principal desafio a ser superado nesse contexto.

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Na indústria, o controle ambiental dos resíduos pode ser feito antes, durante e depois das atividades de processamento. A escolha de matéria-prima de melhor qualidade que possibilitem um maior rendimento final e o uso de equipamentos mais modernos e eficientes, aliados a adequação e padronização do processo produtivo, podem reduzir consideravelmente a geração de resíduos e poluentes, mitigando seus possíveis impactos ambientais negativos. O reaproveitamento e a reciclagem dos resíduos, convertendo-os à condição de subprodutos para serem consumidos no próprio processo produtivo ou em outras atividades distintas, são as alternativas que mais atendem os preceitos anteriormente citados. O reaproveitamento passou a ser ainda mais relevante a partir de 2010, quando foi sancionada a Lei n° 12.305/10 que delibera sobre a criação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010). Essa Lei determina que os resíduos produzidos por indústrias devam ser destinados a uma adequada reutilização ou reciclagem.

Reduzir, reutilizar e reciclar são os princípios básicos das principais metodologias de controle ambiental dessa geração de resíduos. Essas práticas estão associadas a um modelo de administração seguidos pelas empresas que desejam colocar no mercado produtos de comprovada responsabilidade ambiental no seu processo produtivo, chamado de “marketing verde”, baseando-se no popular conceito dos 3 “R’s” (reduzir, reutilizar e reciclar) (KOTER e ARMSTRONG, 1998).

Um dos muitos setores que caracteristicamente geram quantidades volumosas de resíduos são fábricas do setor moveleiro. Trata-se de um importante ramo industrial, com milhares de fábricas espalhadas por todo país, formado principalmente por micro e pequenas empresas, agrupadas em polos como os de Bento Gonçalves (RS), São Bento do Sul (SC), Arapongas (PR), Votuporanga (SP), Ubá (MG) e Linhares (ES). Comparada aos demais setores produtivos, a produção de móveis no Brasil ainda é considerada de baixa qualificação tecnológica e de pouco planejamento, o que aumenta ainda mais a geração de resíduos, que na maioria das vezes não são adequadamente reaproveitados (FARAGE, 2007; GALINARI et al, 2013).

Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi descrever os principais métodos de controle ambiental, utilizados ou potencialmente utilizáveis pelas indústrias do setor móveis, para redução, reaproveitamento e reciclagem dos resíduos sólidos, em especial as que utilizam a madeira como matéria-prima principal.

2. Revisão Bibliográfica

2.1. Resíduos da produção de móveis

Dentre as matérias-primas utilizadas pela indústria moveleira está um conjunto amplo e diversificado de materiais de natureza distinta que são utilizados de forma integrada no processo produtivo, tais como madeira maciça, painéis reconstituídos, lâminas naturais de madeiras ou de plásticos, metais, produtos químicos, vidros, tecidos, couros e pedras ornamentais (SANTOS et al., 2010). Devido a essa grande diversidade de matérias-primas, consequentemente, existe uma produção também alta e diversificada de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões aéreas de substancias químicas e particuladas.

Os resíduos sólidos são gerados nas etapas de processamento, corte, perfuração e polimento da madeira, representando até mais de 90% do total de resíduos produzidos (FARAGE et al, 2013). Os efluentes líquidos e gasosos são gerados nas etapas de

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acabamento, principalmente na pintura. A pintura de móveis é normalmente feita em cabines envoltas por “cortinas de água”. As águas residuárias dessas cabines podem conter compostos orgânicos (cetonas, ésteres, hidrocarbonetos aromáticos e resinas) e inorgânicos, que em conjunto contribuem para a elevada carga orgânica e potencialmente tóxica das águas residuárias geradas (SANTOS et al., 2010) .

Os principais aspectos ambientais do setor moveleiro apontados por Farage et al. (2013) são as emissões atmosféricas de pó, gases e vapores orgânicos (tintas, vernizes e solventes), efluentes das cabines e das linhas de pintura, além dos resíduos sólidos da matéria-prima e dos insumos (serragem, aparas de madeira, vidro, metal, plástico, papel e papelão, tecido, etc.) como exemplificado na Tabela 1.

Tabela 1. Caracterização dos resíduos gerados pelo setor moveleiro. Adaptado (FARAGE, 2009).

ETAPA RESÍDUOS PRODUZIDOS

Corte Pó fino de madeira, aparas e cavacos

Desempeno e Furação Pó fino de madeira e serragem

Lixamento Pó fino de madeira, lixa usada e abrasivos de lixa

Montagem Embalagem de cola

Pintura Borra de tinta, solvente sujo e embalagens vazias Massa seladora Resíduos de massa e embalagens vazias

Lixamento Pó com tinta e seladora e lixas usadas

Aplicação de verniz Efluentes da cabine, borra de verniz e embalagens vazias

2.2. Redução da geração de resíduos

A redução na geração de resíduos durante as etapas de produção de móveis é realizada através do gerenciamento adequado das entradas, dos processos produtivos e das saídas da empresa. Além de gerar uma série de benefícios como a diminuição nos custos de operação e a melhor administração do período de trabalho, o gerenciamento adequado ainda maximiza o aproveitamento da matéria-prima e dos insumos. O principio básico para reduzir a geração de resíduos é conhecer detalhadamente todo o processo produtivo e envolver todos os recursos disponíveis na empresa, sejam eles recursos tecnológicos, humanos, de matéria-prima, financeiro ou qualquer outro espécime de recurso, na busca da melhoria da produção.

Existem cinco passos para se ter um gerenciamento adequado dos resíduos, sendo eles: organização para aprimorar processo (conhecer o processo); analisar o processo produtivo, o planejamento da ação e a sua avaliação; aperfeiçoamento da eficiência, da eficácia e da adaptabilidade dos processos empresariais; medição e controle; melhoria (aperfeiçoamento) contínua do processo (ARGENTA, 2007; PIRES et al., 2008).

Argenta (2007), baseando-se nos princípios do gerenciamento adequado e em análises feitas no setor moveleiro de Santa Maria – RS propôs algumas alternativas de melhoria no processo produtivo visando diminuir os impactos ambientais encontrados nesse setor. Nesse estudo, verificou-se um alarmante descaso desse setor com as questões ambientais. Dentre as propostas feitas para melhorar a situação do setor estão a implantação de programas de produção mais limpas, com investimento na aquisição de matéria-prima e insumos de menor toxicidade, as práticas mais eficientes de controle das entradas e saídas do processo produtivo, a melhoria das estruturas físicas e do layout do setor produtivo para o aproveitamento mais

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eficiente e um acesso mais rápido da matéria-prima e dos seus resíduos. Além destas, outras práticas são sugeridas para o melhor gerenciamento da quantidade de resíduos gerados, como investimentos na manutenção dos equipamentos e em novas tecnologias objetivando minimizar os gastos de matéria-prima e energia, implantação de sistemas de exautores específicos para controlar a emissão de substâncias químicas e particuladas, criação de programas de gerenciamento, tratamento, reutilização e destinação adequadas dos resíduos.

Venzke e Nascimento (2002) sugerem algumas tecnologias necessárias a modernização e fortalecimento da cadeia produtiva do setor de móveis no que se refere a produção de resíduos, tais como:

 Disposição e organização adequada dos resíduos para aumentar a eficiência da recuperação dos resíduos pelas fábricas;

 Projetos voltados à simplicidade do produto, utilizando menos material para a produção sem perder a qualidade estética desejada;

 Adoção de tecnologias que possam recuperar e reaproveitar os resíduos gerados, aproveitando ao máximo a matéria-prima utilizada;

 Redução do consumo de materiais a partir da sua fonte durante todo o ciclo de vida do produto.

 Aplicação de práticas que visam recuperar e reutilizar as embalagens acumuladas durante todo o processo produtivo;

 Uso de substâncias à base de água, alternativamente ao uso de produtos à base de petróleo que possuem um potencial residual poluidor maior;

Projetos voltados a simplicidade estão associados aos termos design sustentável e ecodesign. Martins e Merino (2008) definem design sustentável como sendo os projetos que incluem entre os seus objetivos o descarte ou reuso adequado de produtos, com a utilização de materiais ambientalmente e economicamente viáveis. Já o ecodesign é definido por Kazazian (2005) como sendo um processo que visa tornar a economia “mais leve” por meio de uma concepção que aborde a redução dos impactos de um produto sem reduzir a qualidade em todas as fases do ciclo de vida do produto (pré-produção, produção, uso, descarte, reciclagem e reuso).

Silva e Figueiredo (2010) propuseram os conceitos do design sustentável e ecodesign, para desenvolver linhas de produtos que apresentem um aproveitamento mais eficiente de resíduos e que, consequentemente, evitem a extração desnecessária de matéria-prima da natureza. No estudo de caso realizado por esses autores no Polo Moveleiro de Linhares-ES, constatou a eficiência da utilização de softwares para o planejamento de corte das chapas de MDF, como exemplo o software “Corte Certo” e o maquinário de controle numérico computadorizado (CNC) que são empregados pelas empresas do setor no intuito de reduzir ao máximo suas perdas que podem chegar a até 35%, dependendo das dimensões da chapa, devido à alta produção de resíduos. Através do esquema de corte projetado no software, as peças são cortadas na disposição que gere menor quantidade de resíduos e estes, quando produzidos, são também reaproveitados.

2.3. Reutilização dos resíduos

Outra metodologia do controle ambiental na indústria moveleira é a reutilização dos resíduos gerados. O princípio é reutilizar os resíduos dentro do próprio processo produtivo.

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Esses resíduos seriam considerados subprodutos, podendo retornar como insumo (matéria-prima) na própria indústria de móveis ou de outro ramo de produção.

O que necessita para o bom funcionamento dessa metodologia são o gerenciamento e classificação adequados dos resíduos, deixando-os mais acessíveis a reaproveitamento. Pires (2007) avaliando o potencial de criação de uma Bolsa de Resíduos no Polo Moveleiro de Ubá constaram a viabilidade e a estabilidade econômica desse investimento. A análise financeira mostrou ser vantajosa a implantação de um projeto como esse na região. Dentre as possíveis formas de reutilização dos resíduos, essa análise listou:

 Fonte de energia, utilizando-se principalmente o processo de briquetagem;

 Produção de chapas (painéis) de partículas e fibras com o reaproveitamento dos resíduos de madeira;

 Uso na biorremediação como tratamento de solos contaminados. A serragem, além de funcionar como material estruturante na biorremedição de solos contaminados com petróleo, também é utilizado como material absorvente dos corantes dos efluentes líquidos da indústria têxtil.

 Destilação da borra de lavagem das máquinas visando recuperar os solventes presentes nesse material. Essa prática pode ser seguida de inertização, processo pela qual ocorre a estabilização dos resíduos provenientes da destilação possibilitando o seu posterior aterramento.

 Destilação com reaproveitamento de tinta. O material final é um pigmento classificado como de segunda linha, mas que ainda apresenta diversas utilidades.

Pires et al. (2008) propõe o levantamento quantitativo e qualitativo de resíduos da produção moveleira visando uma posterior implantação de uma unidade de gerenciamento de resíduos em conjunto com uma Bolsa de Resíduos, identificando as alternativas de operação e gestão.

A gestão de resíduos tem como alicerce a criação de uma central que gerencie de forma adequada uma base de dados bem estruturada, quantificando os volumes e caracterizando de resíduos gerados e armazenado quanto ao seu valor de mercado e o seu potencial de reaproveitamento pela própria empresa ou por terceiros. Bolsa de resíduos é um sistema de troca de informações e de comunicação entre os interessados na comercialização ou doação de resíduos. Esse sistema visa incrementar um maior intercâmbio de resíduos entre uma determinada empresa que é considerada geradora e uma que utiliza esse resíduo gerado como matéria-prima nos seus processos de produção.

Briquetagem é uma técnica alternativa de reaproveitamento dos resíduos com finalidades energéticas. Trata-se de processo de compactação da biomassa, dentre as quais estão os resíduos de madeira maciça e de painéis reconstituídos, utilizando alta pressão e temperatura, com ou sem adição extra de aglutinantes, objetivando gerar um produto que apresenta dimensões padronizadas e alta concentração energética por volume se comparados com o material de origem, facilitando assim o transporte e armazenamento. O ganho em densidade energético pode chegar a cinco vezes mais do que os resíduos na forma de serragem. As principais aplicações dos briquetes de madeira são os fornos de padaria e pizzaria, as lareiras das casas, as saunas, as caldeiras industriais, as caldeiras a vapor para geração de energia elétrica e para cocção de alimentos (QUIRINO, 1991).

Farage (2009) avaliou o potencial de reaproveitamento energético dos resíduos de madeira e seus derivados. Tomando como base de estudo os resíduos produzidos no Polo

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Moveleiro de Ubá – MG, onde o autor constatou a inexistência de uma ação integrada eficiente de gerenciamento e destinação correta dos resíduos, ele desenvolveu um estudo objetivando quantificar, caracterizar energeticamente e classificar os resíduos quanto à periculosidade e assim, identificar a possibilidade ou não, técnica e economicamente, de se implantar uma unidade de produção de briquetes junto ao Polo Moveleiro visando reaproveitar os resíduos por esse produzidos.

Foi constatada uma grande geração de resíduos que de um modo geral apresentaram teores de umidades considerados baixos e poder calorífico alto, aspectos estes que demonstram o potencial para o reaproveitamento energético através da briquetagem. Nos ensaios de combustão feitos, não houve geração de gases contendo substancias ou compostos tóxicos acima dos limites citados na legislação ambiental vigente. Entretanto, as cinzas dos resíduos de alguns aglomerados, em destaque os que possuíam ureia-formaldeído na composição, apresentaram concentrações consideradas perigosas de cromo, além da identificação de clorofórmio e formaldeído no extrato lixiviado da serragem dos painéis, necessitando de realizar a disposição final adequada das cinzas geradas na queima dos briquetes produzidos na Unidade de Produção proposta e classificada como economicamente viável (FARAGE, 2009).

2.4. Reciclagem dos resíduos

A reciclagem consiste em transformar o resíduo em novos produtos, dando uma destinação diferente a ele. Uma opção é o artesanato para produção de pequenos objetos de madeira (POM’s). Os POM’s são artigos domésticos de caráter utilitário, de caráter decorativo, de uso pessoal, brinquedos e complementos de outros produtos. Eles não sofrem exigência quanto à espécie de madeira, já que podem ser confeccionados com restos de outros setores produtivos. A valoração ambiental desses objetos pode ajudar a difundir esses produtos e promover o trabalho artesanal, maneira pela qual geralmente são produzidos. Além disso, o fato de se trabalhar com material alternativo e reciclado é mais vantajoso economicamente, já que o investimento financeiro na matéria-prima é bem mais em conta (ABREU et al., 2009)

Abreu et al., (2009) desenvolveram um estudo intitulado de “Aproveitamento de resíduos de painéis de madeira gerados pela indústria moveleira na produção de pequenos objetos”. A base do estudo foi avaliação de 10 diferentes objetos, projetados em AutoCad e reproduzidos individualmente por 3 artesões e depois avaliados por um arquiteto, um marceneiro, um projetista e um consumidor. Considerando os 10 diferentes objetivos, todos os painéis de madeira foram adequados para a confecção. Os objetos confeccionados com mistura de resíduos de painéis não apresentaram diferenças significativas em relação aos produzidos com painéis, mas esteticamente a mistura de vários resíduos em um mesmo objeto não é indicada. Eles concluíram ser tecnicamente viável a produção de pequenos objetos a partir de resíduos de painéis de madeira gerados pelo setor moveleiro.

3. Considerações Finais

No geral, o controle ambiental nas indústrias moveleiras do Brasil ainda é ineficiente, mas existem muitas empresas do setor, em processo de modernização, investindo em sistemas eficientes de controle e reaproveitamento dos resíduos. Estudos realizados por universidades e

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demais instituição de pesquisas mostram que existem muitas métodos, além dos descritos pelo presente estudo, para se obter o devido controle ambiental desse importante ramo industrial.

Sugere-se que para aplicar o popular conceito dos três “R’s” (reduzir, reutilizar e reciclar) nas indústrias moveleiras, necessita-se antes o conceito dos três “C’s”, sendo eles:

 Conhecer: o processo produtivo, especificando onde e que quantidade os resíduos são gerados.

 Classificar: os resíduos quanto à periculosidade e a melhor forma potencial de reaproveitamento;

 Capacitar: em tecnologias de produção, na mão-de-obra e nas formas de controle ambiental.

4. Agradecimentos

Os autores agradecem a Fapemig.

Referências Bibliográficas

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