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Gestão e decisões da CVM frente às possibilidades de otimização das carteiras de investimento do país

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

DIOGO AGUIAR DE OLIVEIRA

GESTÃO E DECISÕES DA CVM FRENTE AS POSSIBILIDADES DE OTIMIZAÇÃO DAS CARTEIRAS DE INVESTIMENTO DO PAÍS

Niterói 2016

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DIOGO AGUIAR DE OLIVEIRA

GESTÃO E DECISÕES DA CVM FRENTE AS POSSIBILIDADES DE OTIMIZAÇÃO DAS CARTEIRAS DE INVESTIMENTO DO PAÍS

Projeto Final apresentado ao curso de graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para aquisição do Grau de Engenheiro de Produção.

ORIENTADOR: RICARDO BORDEAUX-RÊGO

Niterói 2016

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DIOGO AGUIAR DE OLIVEIRA

GESTÃO E DECISÕES DA CVM FRENTE AS POSSIBILIDADES DE OTIMIZAÇÃO DAS CARTEIRAS DE INVESTIMENTO DO PAÍS

Projeto Final apresentado ao curso de graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para aquisição do Grau de Engenheiro de Produção.

.

Aprovada em 25 de Julho de 2016.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________

Prof. RICARDO BORDEAUX-RÊGO

___________________________________________________________________________

Prof. RUBEN HUAMANCHUMO GUTIERREZ

___________________________________________________________________________

Prof. JOSE GERALDO LAMAS LEITE

Niterói – RJ

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as pessoas que estiveram presente em minha trajetória na UFF. Agradeço a todos os professores, coordenadores e servidores no período em que estive aqui.

Gostaria de agradecer também aos meus amigos que me acompanharam nessa trajetória: Matheus, Vinicius, Sérgio, Thammy e Camilla.

Agradeço a minha base familiar e amorosa, agradecendo aos meus pais Marco e Lilian, ao meu amado irmão, Bruno, aos meus avós, Américo, Antônio, Cinara e Milda.

Um agradecimento ainda mais especial à minha namorada, amiga e companheira para todas as horas, Ana Luísa.

Por fim, um agradecimento ao professor Bordeaux, o meu orientador, que me deu grandes ajudas para o meu trabalho.

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Resumo

Este trabalho realiza a análise da estratégia de uma empresa não lucrativa e estatal. A análise inclui a avaliação de cada objetivo estratégico através de indicadores. A empresa analisada foi a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que teve seu novo planejamento estratégico de 10 anos publicado em 2013.

No contexto da mudança de estratégia da organização, diversas leis e ações da CVM influenciaram o funcionamento do mercado financeiro do Brasil. Desse modo, este trabalho contribui para as discussões da estratégia de empresas não lucrativas. Além disso, devido ao fato de diversas atuações da organização afetarem o mercado financeiro, há a discussão de tópicos como compliance, risco, fronteira eficiente do mercado brasileiro e diversificação internacional.

A partir de uma análise qualitativa dos indicadores, foi possível concluir medidas erradas e medidas certas do planejamento estratégico da empresa, bem como se as suas propostas e metas foram cumpridas e atingidas corretamente.

O estudo necessitou do uso de ferramentas como o Solver para a fronteira eficiente, dados de mercado buscados do Yahoo Finance e dos relatórios anuais da CVM, e de fontes internacionais, e também, utilização de teorias e dados como o prêmio de risco implícito de mercado obtido da página do professor da New York University, Aswath Damodaran,

Por fim, o trabalho concluiu que a CVM teve um bom desempenho na parte de desenvolvimento do mercado, com suas propostas estratégicas atingindo o objetivo, porém do ponto de vista de compliance de mercado e de sua função como regulador, a atuação desta autarquia deixou a desejar.

Palavras-Chave: Objetivos Estratégicos; Indicadores; Fronteira Eficiente; Diversificação internacional.

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Abstract

This study does a strategic analysis of a non-profitable and public company. The analysis includes the evaluation of each strategic objective by using indicators. The company analysed was CVM (the securities commission of Brazil), that has published its new 10 years strategic planning in 2013.

In the context of the change of the company strategy, the CVM created some laws and iniciatives that affected the financial markets of Brazil. Thus, this study contributes to the discussion of the strategy of non-profitable companies. Furthermore, due to the fact that the financial markets are being affected, this study also contributes to the discussion of compliance, risk, efficient frontier of the brazilian market and international diversification.

After a qualitative analysis of the indicators, it was possible to conclude good and bad iniciatives of strategic planning of the company and if its proposals and targets have been achieved or not.

This study required the use of tools like Solver to calculate the efficient frontier, data from Yahoo Finance, annual reports from CVM, and from international sources. Furthermore, theories and sources like the implied risk premium were used, the data was obtained from the New York University professor, Aswath Damodaran.

Finally, the study concluded that CVM had a good performance in the market development part with its strategic proposals reaching the objectives, however in the point of view of market compliance and its function as a regulator, CVM had not reached its objectives.

Keywords: Strategic objectives; Indicators; Efficient Frontier; International Diversification.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa Estratégico CVM, f. 13

Figura 2 - Captação e Patrimônio Líquidos, f. 14 Figura 3 - Rentabilidade por tipo de fundos, f. 16

Figura 4 - Passos para análise da atuação da CVM, f. 36 Figura 5 - Utilização da Ferramenta Solver do Excel, f. 37 Figura 6 - Objetivos Estratégicos da CVM, f. 44

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Diversificação Internacional e Fronteira Eficiente, f. 19 Gráfico 2 - Fronteira Eficiente, f. 28

Gráfico 3 - Volume das ofertas registradas, f. 48

Gráfico 4 - Número de servidores em treinamento, f. 52 Gráfico 5 - Quadro de processos abertos e julgados, f. 54 Gráfico 6 - Quadro de inspeções em 2013, 2014 e 2015, f. 58 Gráfico 7 - Fronteira Eficiente Calculada - Limite 20%, f. 68 Gráfico 8 - Fronteira Eficiente Calculada - Limite 40%, f. 68 Gráfico 9 - Gráfico Comparativo das Fronteiras eficientes, f. 69

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - ICVM 409 x ICVM 555, f. 17 Tabela 2 - Classificação dos fundos, f. 18 Tabela 3 - Classificação dos fundos, f. 18 Tabela 4 - Limites no exterior, f. 19

Tabela 5 - Exemplo média geométrica e média aritmética, f. 24 Tabela 6 - Tabela dos Indicadores dos objetivos estratégicos, f. 44 Tabela 7 - Mapa dos Indicadores dos objetivos estratégicos, f. 46 Tabela 8 - Resumo das ofertas de distribuição, f. 47

Tabela 9 - Quadros comparativos de 2014 e 2015 do número de Regulados dividido pelo número de Servidores, f. 50

Tabela 10 - Quadros comparativos de 2014 e 2015 do número de Regulados dividido pelo número de Servidores, f. 50

Tabela 11 - Tempo médio das respostas, f. 53

Tabela 12 - Quadros comparativos de 2014 e 2015 da quantidade de demandas, f. 53

Tabela 13 - Quadros comparativos de 2014 e 2015 da quantidade de demandas, f. 53

Tabela 14 - Quadro de demandas atendidas e realizadas de 2015, f. 56 Tabela 15 - Quadro de Publicações ano a ano, f. 58

Tabela 16 - Quadro dos ativos para fronteira eficiente, f. 62 Tabela 17 - Retornos mensais dos ativos., f. 64

Tabela 18 - Matriz das correlações, f. 65

Tabela 19 - Retornos esperados dos ativos, f. 65 Tabela 20 - Comparação 20% x 40%, f. 70

Tabela 21 - Análise de tópicos problemáticos e seus fatores, f. 72 Tabela 22 - Análise da proposta da CVM, resultado e causa, f. 72 Tabela 23 - Outros ativos, f. 74

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO, OBJETIVO DO ESTUDO...12

1.1 Mercado de Fundos de Investimentos no Brasil e a alteração de Lei...14

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA………...20

2.1. Análise do dinheiro no tempo... 20

2.1.1. Valor do dinheiro no tempo...20

2.1.2. Cálculo do Valor Presente Líquido...21

2.2. Classificação dos Fundos ………..……….…..………22

2.2.1. Compliance ...22

2.2.1. Liquidez...22

2.3 Conceitos de Risco-Retorno………..………...…………..23

2.3.1. Retorno…………..………..…………..23

2.3.2. Risco...25

2.3.3. Conceitos de Fronteiras Eficientes...27

2.4. Estratégia...29

2.4.1. Planejamento Estratégico...29

2.4.2. Mapa Estratégico...33

2.4.3. Indicadores e Medidas de Desempenho...34

3. METODOLOGIA...35

3.1. Metodologia de Análise da Estratégia………....35

3.2. Metodologia de Análise das Fronteiras eficientes………36

3.3. Busca de Dados...………..37

4. DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS...38

4.1. Metodologia de Análise da Estratégia………....38

4.1.1. Contextualização Histórica e competências...……….38

4.1.2. Processo de Criação do Mapa Estratégico...40

4.1.3. Valores...41

4.1.4. O Mapa Estratégico...41

4.1.5. O Cálculo dos indicadores...46

4.1.5.1. Indicador do Objetivo estratégico 1...46

4.1.5.2. Indicador do Objetivo estratégico 2...48

4.1.5.3. Indicador do Objetivo estratégico 3...49

4.1.5.4. Indicador do Objetivo estratégico 4...49

4.1.5.5. Indicador do Objetivo estratégico 5...51

4.1.5.6. Indicador do Objetivo estratégico 6...52

4.1.5.7. Indicador do Objetivo estratégico 7...52

4.1.5.8. Indicador do Objetivo estratégico 8...53

4.1.5.9. Indicador do Objetivo estratégico 9...54

4.1.5.10. Indicador do Objetivo estratégico 10...56

4.1.5.11. Indicador do Objetivo estratégico 11...57

4.1.5.12. Indicador do Objetivo estratégico 12...58

4.1.5.13. Indicador do Objetivo estratégico 13...58

4.1.5.14. Indicador do Objetivo estratégico 14...59

4.1.5.15. Indicador do Objetivo estratégico 15...59

4.2. O Estudo da Fronteira Eficiente...60

4.2.1. Determinação dos Ativos...60

4.2.2. Matriz de Covariância...63

4.2.3. Retornos Esperados...65

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4.2.5. Análise Qualitativa dos Indicadores...70

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES DE NOVOS ESTUDOS...74

5.1. Considerações finais...………...74

5.2. Sugestões de novos estudos...………..75

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1. Introdução, Objetivo do Estudo.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão público, ligado ao Ministério da Fazenda, criado em 1976 com a função de “fiscalizar, normatizar, disciplinar e promover o desenvolvimento do mercado de valores mobiliários no Brasil”.

Desse modo, analisa-se as obrigações da CVM em duas esferas distintas:

A. Obrigações de Compliance no mercado de valores mobiliários do Brasil: manter-se com as responsabilidades de Compliance e

regulatórias, de manter um mercado justo a todos, com legislações e procedimentos padrões para que tenha-se uma transparência correta de todos os agentes;

B. Desenvolvimento do mercado de valores mobiliários do Brasil:

responsabilidade de desenvolver o mercado, buscando atrair mais pessoas e capital para o mercado de valores, dando condições melhores para os investidores em termos de esclarecimentos e transparência, melhores possibilidades de investimentos diversos. A além disso, trazendo maior volume de investidores e, por consequencia, capital, buscar dar maior liquidez aos diversos produtos financeiros do país (ações, títulos privados e públicos, entre outros).

Em 2013, em linha com a atualização natural de acordo com as evoluções do mercado de acordo com o tempo, a CVM reformulou a estratégia institucional, bem como lançou o seu novo Plano Estratégico (detalhado em seu Mapa Estratégico, contido na Figura 1), definindo assim seus valores e objetivos até 2023.

Com esse Plano Estratégico, vieram também novas Leis que regem a Indústria de fundos de investimento do país. Essas novas leis, que passaram a ser implementadas no dia 01 de outubro de 2015, trouxeram

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mudanças não só operacionais, mas também no que diz respeito a otimização das carteiras de investimento do país.

O objetivo do estudo é então, no contexto da Engenharia de

Produção, estudar as otimizações das carteiras de investimento do país do ponto de vista do investidor e estudar como essas mudanças são parte do planejamento estratégico de 10 anos da CVM.

Figura 1: Mapa Estratégico CVM Fonte: Comissão de Valores Imobiliários1

1.1. Mercado de Fundos de Investimentos no Brasil e a alteração de lei.

1 Disponível em:

<http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/institucional/sobre/cvm.html>. Acesso em: 03 de mar. de 2016.

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O Fundo de Investimento é uma das modalidades de investimentos coletivos existente no mercado financeiro mundial e a mais utilizada no Brasil. Pode se evidenciar a importância dos fundos de investimento no Brasil com os dados levantados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) no Anuário de fundos 2015 como segue na figura abaixo:

Figura 2: Captação e Patrimônio Líquidos Fonte: Anbima2

Poder investir como um grupo de pessoas trás vantagens e benefícios importantes como:

 Poder contratar profissionais de investimento;

 Poder ratear os custos de transação das operações por uma maior quantidade de pessoas, e até conseguir descontos devido aos grandes volumes; e

 Poder investir em uma quantidade maior de ativos e conseguir investir em ativos com boa diversificação (o que um investidor individual, para conseguir tal diversificação necessitaria de uma quantidade de capital consideravelmente grande).

Em termos de bons investimentos, definitivamente o terceiro ponto é o fator mais importante que pode levar a um investidor individual

2 Disponível em: < http://www.anbima.com.br/anuariodefundos/2015/arqs/anuario2015.pdf>. Acesso em: 03 de mar. de 2016.

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(investidor pessoa física) buscar um Fundo de Investimento. Apesar dessas vantagens, cabe destacar que existem importantes considerações a serem feitas antes da aplicação, principalmente os custos de se ter profissionais de investimento e suas buscas por bons retornos, são esses custos principalmente:

 Taxa de Performance: Taxa variável cobrada pelos gestores, caso a rentabilidade do fundo ultrapasse certos parâmetros descritos no estatuto do fundo.

 Taxa de Administração: Taxa, geralmente fixa, para administradores do fundo fazer a sua gerência.

 Taxa de Entrada/Taxa de Saída: Taxa que alguns fundos cobram dos investidores para aplicação e resgate.

Ao se aplicar em um fundo, essa aplicação se torna parte do Patrimônio Líquido do fundo e se torna então um cotista, isto é, detentor de cotas do fundo, que são partes exatas do Patrimônio Líquido total do fundo.

Além desses detalhes, cabe-se dizer que nem todos os fundos são iguais em termos de possibilidades de investimento. É tarefa do investidor, analisar em qual tipo de fundo busca investir, podendo aplicar em fundos que são focados em Ações, outros focados em Renda Fixa, outros focados em Câmbio, dentre outros. A importância do próprio investidor ter o conhecimento dos investimentos pode ser explicado com as diferenças de rentabilidade conforme indicado no anuário da Anbima.

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Figura 3: Rentabilidade por tipo de fundos Fonte: Anbima 3

Para a regulação do mercado de fundos Brasileiro, o órgão regulador que dita as regras e leis para atuação desses fundos é a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que busca principalmente a padronização dos fundos e as suas transparências para os investidores. Além disso, a Anbima que é conhecida como um órgão autorregulador, ou seja, apesar de não ser um órgão que dita regras obrigatórias para os fundos, ela propõe ideias e padrões para serem seguidos e consequentemente qualifica e desqualifica as gestoras de fundo que não seguem esses padrões.

A CVM mudou as leis quanto a classificação dos tipos de fundo no mercado brasileiro através da instrução ICVM 555, que entrou em vigor a partir de outubro-15. Seguem as explicações iniciais dessas mudanças de lei para posterior estudo sobre as mudanças dos investimentos brasileiros.

A. Classificação dos investidores:

A questão do tipo de investidor e suas qualificações depende inicialmente de limites mínimos, os quais foram mudados com a instrução ICVM 554, que entrou em vigor junto com a ICVM 555. Sendo classificados assim, conforme a nova lei:

3 Disponível em: <http://www.anbima.com.br/anuariodefundos/2015/arqs/anuario2015.pdf>. Acesso em: 03 de mar. de 2016.

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 Investidores Qualificados: Profissionais de investimento (PF certificada para atividades de agentes autônomos, analistas, consultores de valores); PF ou PJ com investimentos financeiros de no mínimo R$1.000.000,00; Clubes geridos por um ou mais cotistas que sejam investidores qualificados.  Investidores Profissionais: Instituições Financeiras, Seguradoras, Capitalização; Entidades de Previdência (aberta e fechada); PF ou PJ com investimentos financeiros de no mínimo R$10.000.000,00; Clubes geridos por administrador de carteira; Investidor não residente.

Quanto às mudanças, podemos resumir, de forma simplificada as alterações da ICVM 554 comparativamente com a lei anterior, a ICVM 409, de uma simples forma:

Tabela 1: ICVM 409 x ICVM 555

B. Classificação dos fundos:

As novas classificações estabelecidas pela CVM objetivam trazer mais racionalização e simplificação, buscando trazer maior clareza para os investidores e ter menos Macro-classificações, estabelecendo nomes simples de acordo com a natureza do investimento do fundo, porém como consequência, com muitas Micro-Classificações (sufixos). Comparando a antiga classificação com a nova teremos:

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Tabelas 2 e Tabela 3: Classificação dos Fundos

Em linhas gerais, as novas classificações apenas foram apenas mudanças de nome para simplificação, salvo alguns novos fundos como como o fundo o “Fundo Simples” (Fundo Renda Fixa Simples), que é um fundo que busca incentivar a taxa de poupança no país sendo uma porta de entrada para o investidor no mercado de valores mobiliários. Esse fundo caracteriza-se pelo baixo custo e baixo risco, sendo que 95% do Patrimônio Líquido deve estar investido em Títulos Públicos Federais ou instituições financeiras com risco equivalente. Além disso, dispensa certos documentos e burocracias como termo de adesão e ciência do risco.

As outras alterações significantes sobre os fundos não se aplicam a termos de nomenclatura e novos fundos, mas em termos de possibilidades de investimento. Houve mudanças significativas no contexto de investimento no Exterior e ampliação dos limites.

C. Limites no exterior:

Em termos de investidores já cotistas, uma das mudanças mais significativas foi a mudança em termos de limites de investimentos no exterior. Segundo a ICVM 409, tínhamos os seguintes limites:

i. Ilimitados para os fundos “Dívida Externa”;

ii. Até 20% para os fundos qualificados como “Multimercado”;

iii. Até 10% para os fundos não descritos nem em i nem em ii (Renda Fixa ou Ações, por exemplo).

Curto Prazo

-Referenciado

-Renda Fixa Renda Fixa

Ações Ações Cambial Cambial Dívida Externa -Multimercado Multimercado Classificação Antiga ICVM 409 Classificação Nova ICVM 555 Classificação Sufixos Curto Prazo Referenciado Simples Dívida Externa Longo Prazo Crédito Privado Investimento no Exterior BDR Nível I Mercado de Acesso Investimento no Exterior Ações Renda Fixa Renda Fixa ou Multimercado

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A ICVM 555 mantém ainda ilimitado os fundos Dívida Externa (Agora chamados Renda Fixa Dívida Externa), e altera os seguintes limites:

Tabela 4: Limites no exterior

A ICVM 555 foi considerada uma revolução positiva para o setor, não só por aumentar a transparência e padronizar ainda mais a indústria de fundos, porém no aumento da sua eficiência. A sua principal influência no ganho de otimização, é o fato dos fundos Multimercados terem seu limite aumentado para 40%.

Poder aplicar mais no exterior significa poder investir em novos ativos e novas características, isto se torna evidentemente importante na busca de um conjunto de investimentos que possam maximizar a relação Retorno/Risco. Isso significa um aumento da eficiência. A própria Anbima afirma isso citando o artigo de Bruno Solnik “Why not diversify internationally rather than domestically?” E exibe um gráfico da Fronteira Eficiência de acordo com a Diversificação internacional, como o abaixo:

Gráfico 1: Diversificação internacional e fronteira eficiente. Fonte: Anbima 4

2. Introdução Teórica:

4 Disponível em: <http://www.anbima.com.br/anuariodefundos/2015/arqs/anuario2015.pdf>. Acesso em: 03 de mar. de 2016.

FUNDO DESTINADO AO LIMITE DE INVESTIMENTO

VAREJO MÁXIMO DE 20%

INVESTIDOR PROFISSIONAL NÃO HÁ LIMITES MÁXIMO 40% OU MÍNIMO DE

67% EM FUNDO DE INVESTIMENTO NO EXTERIOR INVESTIDOR QUALIFICADO

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Existem diversos fatores a serem analisados frente a essas 3 mudanças. Observando inicialmente as mudanças já se tem a ideia de que a “Classificação dos investidores” e aos “Limites no exterior” são mudanças quantitativas, enquanto a “Classificação dos fundos” é uma mudança qualitativa e bem focada na ideia de compliance da CVM e da indústria de fundos no Brasil.

No que é referente à “Classificação dos investidores”, é importante fazer a introdução teórica aos conceitos de Valor do dinheiro no tempo (“time value of Money”), para entender a razão da CVM fazer a modificação dos limites mínimos de investidor qualificado e investidor profissional.

Na segunda alteração quantitativa, a referente a “Limites no exterior”, é essencial explicar os conceitos de Risco-Retorno, tipos de risco, Precificação de Ativos, bem como as teorias de fronteira eficiente.

Sobre “Classificação dos Fundos”, entraremos nos conceitos de compliance, liquidez e transparência que a CVM preza para que o “desenvolvimento do mercado de valores mobiliários no Brasil” ocorra.

2.1. Análise do dinheiro no tempo:

Conforme demonstrado na Tabela 1, para que o Investidor seja qualificado era exigido o mínimo de R$ 300.000,00 e para que seja profissional, R$ 1.000.000,00. Tais valores foram mudados, de acordo com a ICVM 554-14 para R$ 1.000.000,00 e R$ 10.000.000,00 respectivamente.

Para analisarmos tais mudanças e se elas foram positivas, ou não, para o mercado brasileiro, deveremos usar os conceitos de Engenharia Econômica e Valor do Dinheiro no Tempo.

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O conceito de valor do dinheiro no tempo surge decorrente de alguns fatores, dentre eles o fato de que ao você emprestar um dinheiro para alguém, você cobra uma taxa, tendo um valor futuro maior. No Brasil, a principal entidade que pega dinheiro emprestado e é referência para valor do dinheiro no tempo é o Governo, através dos Títulos Públicos e da Poupança. Devido a esse fator a principal taxa para avaliar o valor do dinheiro no tempo é a Taxa de Juros.

O segundo fator essencial para o valor do dinheiro no tempo é a Inflação, que representa o aumento nos preços da economia geral. A inflação é ocorrida por diversos fatores, dentre eles aumento de preços por maior demanda, excassez da oferta, aumento de custos como salários e custo de produção, entre outros.

2.1.2. Cálculo do Valor Presente Líquido

O cálculo do Valor Presente Líquido se basea na ideia de que uma certa quantia de dinheiro no tempo presente vale mais do que essa mesma quantia no futuro.

O valor presente líquido é a principal medida de análise de um projeto ou investimento, o seu cálculo considera tanto os fluxos de caixa futuros, quanto o seu custo (e investimento) inicial. Desse modo, ao se obter um Valor Presente Líquido (VPL) positivo, o projeto trará um resultado positivo positivo para a empresa, caso seja negativo, significa que o investimento não é economicamente atrativo, pois consome mais recursos do que gera.

Define-se a fórmula de VPL por:

𝑉𝑃𝐿 = ∑ 𝐹𝐶𝑡 (1 + 𝑖)𝑡 𝑛 𝑡=1 Na qual: t = período em questão; i = taxa de juros adotada; n = número de períodos;

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2.2. Classificação dos Fundos

2.2.1. Compliance

A indústria de fundos de investimento é muito complexa por si só, com diferentes entidades reportando seus resultados e performances de modos diferentes. Devido a necessidade de padronizar para real identificação, e para a CVM justificar as regras que estão sendo seguidas, Compliance é muito importante para este órgão regulador.

O Compliance tem o significado de agir conforme as regras, tanto nos controles internos quanto externos das operações de uma empresa. O compliance conta com um conjunto de disciplinas para que as normas, leis e políticas sejam respeitadas.

Segundo o manual da OECD “Anti-Corruption Ethics and Compliance Handbook for Business” (Manual de Ética Anti-corrupção e Compliance), 6 pontos são principais para uma empresa que busque um programa global efetivo de ética e compliance:

1) Compromisso da Alta Gerência com o Compliance 2) Procedimentos Pensados e bem Estruturados 3) Avaliação dos Riscos

4) Due Diligence (auditoria) 5) Comunicação e Treinamento 6) Monitoramento e Revisão

2.3.1. Liquidez

A Liquidez é um conceito financeiro e contábil referente a capacidade e velocidade de um ativo ser transformado em dinheiro, ou seja, a capacidade de ser convertido em caixa. O ponto de promover o desenvolvimento do mercado de valores imobiliários do país é relativo a trazer mais liquidez para o mercado. Trazendo um maior número de

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investidores, haverá também um maior número de compradores, com isso fazendo com que os ativos se tornem mais líquidos.

2.4 Conceitos de Risco-Retorno.

2.4.1. Retorno

Retorno pode ser definido de diversos modos diferentes, de modo mais abrangente e geral define-se retorno com base na definição de “Retorno Mensurável”, que é qualquer benefício associado a um investimento/esforço. No caso administrativo ainda, descreve-se Retorno como o “objetivo supremo de qualquer projeto de investimento” (Robert A. Strong no livro “Portfolio Construction, Management, & Protection”.

Detalharemos alguns importantes retornos: “Holding-Period Return”:

É a taxa de retorno dada em um determinado período de investimento. Segundo Bodie-Kane-Marcus no livro “Essential of Investments” é a “medida-chave de sucesso dos investidores”, pois indica o quanto o produto ou ativo (ou fundo) cresceu em valor em determinado período.

O Holding-Period Return é formado de 2 partes, o ganho (ou perda de capital) e alguma forma de renda ganha. Por exemplo, uma pessoa compra um apartamento e decide não usá-lo e sim alugá-lo, quando essa pessoa vender o apartamento, qual será o retorno desse apartamento? Nesse caso o retorno será o aumento de valor do apartamento (preço de venda – preço de compra), somado com o valor ganho nos aluguéis.

Com fórmula então determinamos:

𝐻𝑃𝑅 =𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎+(𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎−𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎) 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎

No caso de um investimento em ação, o “Renda” seria o “Dividendo” e no caso de títulos públicos (Tesouro Direto), esse fator seria o bônus/Cupom.

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Uma das principais críticas a esse modelo é que ele não considera a passagem do tempo, assumindo também que o dividendo é pago totalmente no fim do período.

“Arithmetic Mean Return”: Média Aritmética

É a soma do retorno de cada período dividido pelo número de períodos. Média Aritmética=∑ 𝑅𝑖 𝑛 𝑛 𝑖=1 Na qual: i = período em questão; n = número de períodos; Ri = retorno do período i.

Muitas vezes a mais usada por ser a mais padrão e de mais fácil conhecimento. Apesar disso, não considera o valor do dinheiro no tempo e além disso, a multiplicação da média pelo número de períodos não dá o retorno total (HPR), pois considera Juros Simples e não Juros Compostos.

“Geometric Mean Return”: Média Geométrica

É o melhor método para cálculo de média de diversos períodos. É a raiz do produtório dos retornos relativos (pois raiz teria problemas se fosse uma raiz positiva para um número negativo).

Desse modo a fórmula é:

Média Geométrica = [∏𝑛𝑖=1(1 + 𝑅𝑖)](1/𝑛)− 1 Na qual: i = período em questão; n = número de períodos; Ri = retorno do período i. Exemplo Comparativo:

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Um exemplo bem básico, que no período 1º cresce 50% e no período 2º cai 50%. Analisaremos com o capital inicial de 100 reais.

Tabela 5: Exemplo média geométrica e média aritmética.

Podemos ver que, nesse caso, a média aritmética registrou 0%, enquanto que o HPR, que representaria o retorno total, foi de -25%. Por outro lado a média geométrica foi de -13,4%, ou seja, caso ao invés dos retornos serem +50% e -50%, eles serem -13,4% e -13,4%, o resultado final seria o mesmo.

“Expected Return”: Retorno Esperado

É o retorno esperado que o ativo traga de benefício. Em função de expectativas futuras, análises e estudos. É o conceito fundamental para o entendimento de Risco e para os conceitos da Teoria de Carteiras de Markowitz.

2.4.2. Risco

Risco é delineado através de qualquer possibilidade de qualquer evento, ou investimento, ou ação, sair fora do esperado. Conforme também descrito na NBR ISO 31.000, “um efeito é um desvio em relação ao esperado – positivo e/ou negativo”.

Risco, portanto, para existir deve ser acompanhado de um resultado ou retorno esperado. Não há risco enquanto não há uma posição efetiva de qual o esperado. Período 1 Período 2 Retorno 50% -50% Capital R$ 100 R$ 150 R$ 75 0,0% -13,4% -25,0% HPR Média Geométrica: Média Aritmética:

(27)

Os principais métodos para medir risco são o Desvio-Padrão e a Variância, ou seja, medidas que avaliam a dispersão em torno do valor esperado, assim como seguem as fórmulas abaixo:

Variância: 𝑉 = 𝜎2 = ∑𝑛𝑖=1(𝑝𝑟𝑜𝑏(𝑥𝑖) ∗ [𝑥𝑖 − 𝑥]̅2) Na qual:

i = período em questão; n = número de períodos; xi = valor no período i; 𝑥̅ = valor médio da amostra.

Desvio-Padrão: 𝐷𝑃 = √𝜎2

O fato de “Risco”, que é um termo normalmente analisado como negativo, também medir o desvio positivo em relação ao esperado, é observado como um enfraquecimento do uso das ferramentas Variância e Desvio-Padrão no contexto de medição de risco. Desse modo, certos estudiosos usam a “Semi-Variância”, que é a Variância que considera apenas as dispersões sobre o lado adverso, sobre o lado de piora em relação ao esperado. A consequência de usar a “Semi-Variância” ao invés da “Variância” é descrever “Risco” como “chance de perda” apenas.

“Risco Sistêmico e risco não-sistêmico”:

Em contextos econômicos existem 2 tipos de risco a serem discutidos bem: Risco Sistêmico (risco de mercado) e Risco não-sistêmico.

Risco Sistêmico, também chamado de risco de mercado, é aquele que afeta o mercado como um todo, fatores são Inflação, PIB, Taxas de Juros, Guerras. Tais fatores são responsáveis por causar mudança nos retornos de modo a afetar todas as companhias e projetos. São mudanças nas condições econômicas gerais.

Risco não-sistêmico é o risco que afeta apenas uma empresa, ou um projeto ou apenas um grupo de empresas e/ou projetos. Também chamados como risco específico de ativos ou risco único. São fatores de riscos como o preço de um determinado material, greves dos trabalhadores.

(28)

Derivado da ideia de risco Sistêmico está a fórmula conhecida como CAPM (“Capital Asset Pricing Model” – em português Modelo de Precificação de Ativos financeiros). A fórmula do CAPM diz que o retorno esperado para determinado ativo é igual ao ativo livre de risco mais o fator β, que representa o quanto este ativo é correlacionado com o mercado, multiplicado pelo prêmio de risco de mercado, que é a diferença do retorno esperado pelo mercado contra o próprio ativo livre de risco. Desse modo, tem-se:

𝐸(𝑅𝑖) = 𝑅𝑓 + 𝛽 ∗ ( 𝐸(𝑅𝑚) − 𝑅𝑓 )

2.4.3. Conceitos de Fronteiras Eficientes:

A Teoria das Fronteiras eficientes foi desenvolvida por Harry Markowitz em 1952 em seu artigo Portfolio Selection. Este artigo foi publicado enquanto Harry Markowitz fazia a sua pós-graduação em Pesquisa Operacional na Universidade de Chicago.

A Fronteira Eficiente nada mais é do que a aplicação dos conhecimentos de pesquisa operacional utilizando os conceitos de Risco-Retorno.

Os conceitos de Markowitz descrevem as seguintes equações:

𝐸 = ∑ 𝑥𝑖𝑖 𝑛 𝑖=1 𝑃2 = ∑ ∑ 𝑥 𝑖𝑥𝑗𝑖𝑗𝜌𝑖𝑗 𝑛 𝑗=1 𝑛 𝑖=1 ∑ 𝑥𝑖 𝑛 𝑖=1 = 1 𝑥𝑖 ≥ 0 Na qual: i, j = ativo em questão; n = número de ativos total;

xi = participação do ativo i na carteira; i = retorno esperado do ativo i;

(29)

𝑖𝑗 = Correlação entre o ativo i e o ativo j; 𝑖 = Desvio Padrão do ativo i;

E = Retorno esperado para a carteira; V = Variância da carteira.

A fronteira eficiente nada mais é do que a linha que tem a Maximização do Retorno relativo a cada grau de Risco. Abaixo está um

exemplo da fronteira eficiente utilizando apenas 2 ativos (Ibov e Selic):

Gráfico 2: Fronteira eficiente Fonte: HC Investimentos5

A questão base da Fronteira Eficiente é a ideia da Diversificação. Aumentando-se a quantidade de ativos em uma carteira, o risco dela diminui, isso porque quanto mais uma carteira é diversificada, menor o impacto do Risco não-sistêmico (também chamados como risco específico de ativos ou risco único).

Desse modo, no gráfico acima é importante analisar que não é eficiente investir 100% em Selic, já que investindo 90% em Selic e 10% em Ibov teria-se um risco menor para um retorno esperado maior, portanto mais eficiente.

5 Disponível em: <http://hcinvestimentos.com/2009/08/14/harry-markowitz-fronteira-eficiente/>. Acesso em: 01 de mar. de 2016.

(30)

O ponto 90% em Selic e 10% em Ibov é conhecido como o ponto da “Carteira de Risco Mínimo”, pois nesse ponto teria-se o maior retorno para o menor grau de risco possível.

2.5. Estratégia

A definição do referencial teórico de Estratégia, foca-se em descrever a base teórica dos principais assuntos relativos a Estratégia da entidade CVM. Vale-se destacar antes de tudo que por ser um órgão público, e sem fins lucrativos, seus objetivos não são semelhantes a maior parte das empresas, nos quais os focos são lucro e competitividade.

Desse modo, a CVM modela seu planejamento estratégico e seus objetivos através de suas obrigações e seus deveres.

2.5.1. Planejamento Estratégico

O “planejamento estratégico” é um processo de gestão e gerência que refere-se a formulação de objetivos e guias para que a empresa alcance suas metas de longo prazo, desdobrando-se em ações, dentro outros. De toda forma, a classificação exata considera empresas amplas e competitivas no mercado, de modo que muitas empresas sem fins lucrativos (3º setor, Organizações não-governamentais e órgãos públicos) não possuem um arcabouço completo de como fazer o seu planejamento estratégico.

Dentro da ideia das empresas competitivas, temos em segundo Almeida e Fischmann (1993, p. 25) que:

“Planejamento Estratégico é uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o cumprimento de sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar riscos.”

(31)

Seguindo a mesma teoria dessa definição, temos Kotler (1994:91) afirmando que o planejamento estratégico visa:

“desenvolver e manter uma adequação viável entre os objetivos, experiências e recursos da organização e suas oportunidades em um mercado continuamente mutante”.

As duas citações comentam acerca de oportunidades e ameaças, contextualizando o uso da ferramenta “SWOT” (FOFA – FORÇAS – OPORTUNIDADES – FRAQUEZAS - AMEAÇAS). Tais definições, porém, estão baseadas em empresas competitivas e com concorrentes, conceituamos então uma explicação mais ampla, como a descrita por Mintzberg (apud CORAL, 2002, p. 50):

“Processo pelo qual a estratégia da organização é formulada essencialmente num dado momento de um processo detalhado, onde todas as grandes decisões vão ser interrelacionadas. Por isso, o planejamento força a organizar suas estratégias globais e a desenvolver um senso explícito de direção estratégica. O planejamento é orientado para análise sistemática e detalhada e visa compreender o ambiente para poder influenciá-lo”.

Pode-se então concluir que o planejamento estratégico nada mais é do que uma saída (output) de um processo nos quais suas entradas (inputs) são as necessidades, as visões, os ideais e os objetivos da organização. Essa saída possui os seguintes componentes:

Missão:

É o detalhamento da razão de ser de uma organização. É a explicação do que a empresa é e para o que ela serve. Em geral em uma missão cita-se 3 elementos:

 O que a empresa produz;

 Previsão de conquistas futuras (muitas vezes inalcançável, utópico);

(32)

Alguns exemplos de missão são:

 Kopenhagen: “fabricar produtos de altíssima qualidade, preservando seu sabor com sofisticação e originalidade.”  BNDES: “Promover o desenvolvimento sustentável e

competitivo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais.”

Visão:

A visão é a direção desejada, sendo o norte que a instituição deve seguir. Segundo Chiavenato (2005, p.66), a visão:

“estabelece uma identidade comum referente aos propósitos da empresa em relação ao futuro, de modo a orientar o comportamento das pessoas quanto ao destino da organização quer alcançar”.

Hart, (1994, p.8), por sua vez, descreve visão como:

“Articulações das aspirações de uma empresa a respeito de seu futuro”.

Cabe destacar ainda que, embora Visão e Missão confundam tenha uma definição tênue, a Visão possui um caráter menos utópico e muito mais fundamentado de acordo com as possibilidades tangíveis da empresa.

Seguem os exemplos:

 Kopenhagen: “Ser um grupo competitivo que atue de forma abrangente no segmento alimentício, através de um portfólio de produtos com qualidade, representado por marcas fortes, com características e propostas únicas.”

 BNDES: “Ser o Banco do desenvolvimento do Brasil, instituição de excelência, inovadora e pró-ativa ante os desafios da nossa sociedade.”

(33)

Valores:

São as convicções que guiam as escolhas da organização. São os princípios que são considerados internamente pela instituição e por seus valores éticos e morais que ela gosta de ser reconhecida.

Temos por exemplo:

 Kopenhagen: “Lideranças Interativas; Trabalho em Equipe;

Proatividade; Qualidade;

Ética e Respeito.”  BNDES: “Ética;

Compromisso com o desenvolvimento; Espírito Público;

Excelência.”

Estratégia:

É o plano de ação em si do Planejamento estratégico. Detalha o procedimento que deve ser tomado para alcançar a visão.

Objetivos Estratégicos:

Os objetivos estratégicos, também chamados de desdobramentos estratégicos, são resultados essenciais que a organização visa atingir seguindo a sua Missão, para alcançar a sua Visão.

A dificuldade de poder criar esses objetivos estratégicos de modo definitivo e fiel à estratégia, levou a criação de uma ferramenta que busca simplificação de como criar as metas. Tal ferramenta tem o nome

(34)

de Objetivos S.M.A.R.T. Tais siglas representam as seguintes características:

 S- “Specific” (Específico): defina objetivos de forma objetiva, específica;

 M- “Measurable” (Mensurável): defina objetivos que sejam viáveis de possibilidades de medição;

 A- “Attainable” (Atingível): defina objetivos possíveis;

 R- “Realistic” (Realista): defina objetivos nao utópicos dentro das limitações encontras externa e internamente;

 T- “Time-Bound” (Com limites de tempo): defina objetivos com “deadlines” para serem atingidos, e analise se foram atingidos em tempo ou não.

2.5.2. Mapa Estratégico

Mapa Estratégico é de forma ampla a tradução da missão, visão e estratégia da instituição em um conjunto de objetivos que direcionam a empresa. Segundo Rezende (2003):

“retrata relações de causa e efeito referente ao atingimento da visão estabelecida para uma organização e coordena as atividades em todos os níveis com base em uma só direção estratégica”.

Em linha com essa teoria, Costa (2006, p. 12), afirma que o mapa tem:

“finalidade de decodificar os complexos processos de escolha, frente aos quais os gestores de todos os níveis são expostos diariamente.”

Os mapas estratégicos são resultado da metodologia do Balanced Scorecard da empresa, e tratam de 4 perpectivas macro:

1) Financeira (ou Resultado para empresas sem fins lucrativos); 2) Clientes;

3) Processos Internos; 4) Organização.

(35)

Observa-se que o próprio mapa estratégico da CVM (figura 1) segue essas 4 perspectivas, apenas utilizando Resultado ao invés de Financeira.

2.5.3. Indicadores e Medidas de Desempenho

Segundo Kaplan e Norton(2000,p.65):

“a estratégia da empresa é definida como um conjunto de hipóteses sobre os relacionamentos de causa e efeito entre: a) os objetivos e as ações necessárias para que eles sejam alcançados;

b) entre os objetivos e as medidas de desempenho obtidas no esforço de alcançá-los”

Os indicadores e as medidas de desempenho são semelhantes aos objetivos estratégicos utilizados pela empresa, só que de modo a analisar também fatores que não estão descritos como objetivos. As medidas de desempenho seguem a ideia dos KPIs (key performance indicators – indicadores chave de desempenho) e tendem fazer a avaliação de até que grau os objetivos foram de fato alcançados.

(36)

3 Metodologia:

A metodologia deste trabalho será quebrada em 2 grandes partes devido às diferenças de assunto delas:

3.1) Metodologia de Análise da Estratégia.

3.2) Metodologia de Análise das Fronteiras eficientes.

Apesar dessa separação, cabe destacar que o resultado da Análise das fronteiras eficientes (5.2) será usado como um indicador para a Análise da Estratégia (5.1).

3.1 Metodologia de Análise da Estratégia:

De modo geral, com o Mapa Estratégico da Comissão de Valores Mobiliários, bem como o seu “Planejamento estratégico CVM 2013_2023”, é possível fazer análises da atuação da CVM. Certos pontos serão efetuados em seus seguintes passos:

i. Verificar como as suas obrigações estão sendo consideradas no planejamento estratégico e repassadas para os objetivos estratégicos;

(37)

ii. Baseando-se nos 15 objetivos estratégicos apresentados, traçar indicadores, utilizando o conceito de objetivos S.M.A.R.T., que avaliem cada um, e verificar o andamento deles;

iii. Analisar as mudanças de regulação efetuadas (CVM 554 e CVM 555), de acordo com os 15 objetivos estratégicos.

Tais passos podem ser melhor explicados de acordo com o diagrama abaixo:

Figura 4: Passos para análise da atuação da CVM

3.2. Metodologia de Análise das Fronteiras eficientes:

Conforme explicado no referencial teórico, um dos diferentes fatores que afetam a Fronteira Eficiente é o peso de cada papel.

A ICVM 555 aumentou o limite de investimento no exterior desse modo afetando os valores xi (= participação do ativo i na carteira) e possibilitando uma mudança na fronteira eficiente para os Fundos de Investimentos Brasileiros.

(38)

Para análise dessa modificação portanto, deveremos pegar todos os ativos existentes para possível investimento e calcular a Fronteira Eficiente considerando que o limite é 20% e depois considerando que o limite é 40%.

Para tal análise, será utilizada a base de 3 anos, mensalmente (36 dados). A utilização de um período grande como esse faz referência em:

1) Poder ter uma boa base de dados;

2) Considerar que nos últimos anos, o “Prêmio de Risco” por investir em ativos com maior risco não tem sido usual, fato que identificamos com os resultados do Ibovespa nos últimos anos (negativo desde 2012);

3) Criação do COPOM (Comitê de Política Monetária) estabelecendo as taxas básicas de juros e definindo as diretrizes da política monetária.

O cálculo da fronteira será feita com a utilização da ferramenta Solver do Excel, minimizando o desvio-padrão para determinado retorno, como mostra a figura abaixo:

Figura 5: Utilização da ferramenta Solver do Excel

(39)

Um importante ponto do Desenvolvimento é a obtenção de dados. Dados são necessários para fazer a análise dos indicadores e também para calcular as fronteiras eficientes.

No caso dos Indicadores, os principais dados são relativos

principalmente dos relatórios de gestão anuais da CVM. Outros, porém, foram obtidos dos informes de Recursos Humanos.6

No caso dos dados para Cálculo Fronteira Eficiente, os dados de mercado foram obtidos através de fontes como CVM, Anbima, Bloomberg e relatórios de bancos e gestoras de recursos.

4 Desenvolvimento e Resultados:

4.1. Análise do Planejamento Estratégico 2013-2023 da CVM:

A CVM é um importante órgão de regulação do mercado financeiro, sendo conhecido por fazer o Registro das Companhias Abertas, por Organizar o funcionamento da Bolsa de Valores, por exigir o cancelamento de registro de empresas ou credenciados, fazer o intermédio das negociações do mercado de valores mobiliários e fazer exigências de legislações que os participantes devem seguir.

Diante do fato de que a CVM possui obrigações vinculadas e não possui o foco no lucro como a maior parte das empresas, será introduzido primeiro as suas obrigações legais e seu mandato para posterior análise do Planejamento Estratégico Decenal 2013-2023.

4.1.1. Contextualização Histórica e Competências:

Assim como já mencionado, a CVM foi estabelecida 07/12/1976 pela Lei 6.385/76. E no apresentava como os seus objetivos: fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Diante dessa criação, em um contexto totalmente diferente do

6 Disponível em: <

http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/servidores/informe/informe_rh.html>. Acesso em: 01 de maio de 2016.

(40)

contexto atual, definia-se a sua finalidade de acordo com os seguintes pontos, de acordo com a PORTARIA Nº 327, DE 11 DE JULHO DE 1977 (Publicada no D.O.U. de 12.07.77):

“Art.3º -A CVM tem por finalidade:

I - estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários;

II -promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais;

III -assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da Bolsa de balcão; IV - proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado conta: a) emissões irregulares de valores mobiliários;

b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários;

V -evitar ou coibir modalidade de fraude ou manipulaçâo destinadas a criar condições artificiais

de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado; VI -assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e às companhias que os tenham emitido;

VII -assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários;

VIII -assegurar a observância, no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Nacional;

IX -promover, disciplinar e fiscalizar a internacionalização do mercado de valores mobiliários, sem prejuízo da competência do Banco Central do Brasil no tocante à entrada e saída de recursos do País; * (Redação dada pela Portaria 312/88, de 16/09/88).

X -cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho Monetário Nacional, e exercer as atividades que por este lhe forem delegadas”

E para competência, os seguintes pontos:

“Art.4º-Compete à CVM:* (Redação dada pela Portaria 312/88, de 16/09/88)

I -firmar Convênios ou acordos com as demais Comissões de Valores Mobiliários ou entidades similares de outros países, para a defesa, internacionalização e integração dos mercados de capitais;* (Redação dada pela Portaria 312/88, de 16/09/88)

II -exercer as atividades de regulamentação, de administração, fiscalização e autorização previstas na Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976, na lei de sociedades por ações e neste Capítulo; * (Redação dada pela Portaria 312/88, de 16/09/88)

(41)

III -colaborar com o Governo Federal no programa de desestatização das empresas controladas por pessoas jurídicas de direito público. * (Redação dada pela Portaria 312/88, de 16/09/88)”

Mudanças ocorreram devido às diferentes perspectivas dos tempos, mas ainda sim se mantém as principais bases feitas de acordo com a finalidade e a competência então definidas. Atualmente define-se o mandato legal da CVM nesses 5 pontos:

1) Desenvolvimento do Mercado;

2) Eficiência e funcionamento do mercado; 3) Proteção aos investidores;

4) Acesso à informação adequada; 5) Fiscalização e Punição.

Observando a competência e a sua finalidade da CVM, estabelecidas em sua criação, e o atual mandato legal, pode-se concluir que as

obrigações dessa autarquia são divididas em 2 segmentos distintos: Obrigações de Compliance no mercado de valores mobiliários do Brasil; e Desenvolvimento do mercado de valores mobiliários do Brasil.

4.1.2. Processo de criação do Mapa Estratégico:

O Mapa Estratégico da CVM é a representação do Planejamento estratégico de 10 anos da organização durante os anos de 2013-2023. Esse Planejamento foi criado no ano de 2013 inteiro através de 3 etapas:

1) Visão do futuro (de Janeiro a Junho): discutir propósitos e valores com os servidores e sociedade. Rever os focos desde a criação, em 1976. Analisar a expectativas do mercado, tendências

econômicas e necessidades de melhoria.

2) Mobilização para a Ação (Julho): Workshop, contando com

(42)

gerentes, analistas, agentes executivos, inspetores e procuradores, para realizar a integração entre os funcionários, geração de idéias e início da montagem dos grupos de trabalho para execução das ideias.

3) Estrutura de Implementação (de Agosto a Dezembro): Uso do método gerencial PDCA (Plan, Do, Check, Act) para montar a estrutura para implantação e desenvolvimento dos projetos

definidos, a política de comunicação que seria implementada e a revisão da própria estratégia.

4.1.3. Valores:

Além dos 5 pontos do Mandato Legal, a CVM também descreveu os seus valores que seriam considerados. Esses valores são:

1. “Valorização permanente do corpo funcional, com foco na sua capacitação, comprometimento, motivação e meritocracia.

2. Ambiente de trabalho que preze a coordenação, cooperação e constante diálogo entre as diferentes áreas e níveis hierárquicos.

3. Busca permanente de estruturas organizacional, física e tecnológica adequadas, suportadas por uma autonomia administrativa, orçamentária e financeira.

4. Educação financeira como instrumento essencial para o fortalecimento do mercado de capitais.

5. Atuação coordenada com instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, na busca de maior eficiência das atividades de regulação, registro, supervisão, fiscalização, sanção e educação.

6. Atuação técnica, independente, célere e transparente, pautada pela ética, eficiência, equilíbrio e segurança jurídica das decisões.

7. Atuação regulatória com foco no atendimento das necessidades do mercado e sua evolução, em consonância com padrões internacionais, e pautada na participação da sociedade, inclusive por meio das audiências públicas.

8. Atuação pautada na proteção do investidor, na exigência de ampla divulgação de informação, no monitoramento dos riscos de mercado e na estabilidade financeira, inclusive com o apoio da autorregulação.”

(43)

Esses valores são usados pela organização guiando as suas ações. Desse modo, os 8 pontos são a filosofia considerada para construção de um projeto para alcançar os seus objetivos de longo prazo.

4.1.4. O Mapa Estratégico:

O desenvolvimento da estratégia se deu através de 3 inputs principais:

 8 pontos que descrevem os seus Valores;  5 obrigações estabelecidas pelo Mandato Legal;

 Expectativas dos funcionários e da sociedade referente às tendências e necessidades.

Esses inputs deram origem ao Mapa Estratégico (Figura 1 - página 7). Este, por sua vez é dividido em 4 partes, assim como descrito anteriormente, seguindo a perspectiva do Balanced Scorecard, no caso da CVM temos:

1) Financeira (ou Resultado para empresas sem fins lucrativos) -> Visão e Propósito, que foram descritos em linha seguindo os valores e propósitos;

2) Clientes -> São os resultados que a organização trará para os seus clientes, que no caso são os investidores, a sociedade e as empresas. Esses resultados são exatamente os 5 pontos do mandato legal da empresa.

3) Processos Internos -> Com quais características são exercidos os processos da organização, Ex: Atuação célere, técnica e independente; regulação brasileira sempre em linha com as melhores práticas exercidas no mundo, entre outros.

4) Organização -> Os pontos fortes que a CVM tem, frisando o Pessoal disciplinado e motivado, Logística com instalações seguras e modernas e super evoluída tecnologicamente, e Orçamento definido pela própria organização para atingir os objetivos estratégicos.

(44)

Um ponto antes da Definição do Mapa Estratégico, porém, foi a definição dos Objetivos Estratégicos, os quais são, conforme descrito no referencial teórico, os resultados essenciais que a organização visa atingir seguindo a sua Missão, para alcançar a sua Visão.

A CVM detalhou 15 objetivos estratégicos e atribuiu a cada um deles a sua devida justificativa e como seriam buscados. São descritos a seguir, então, esse 15 objetivos estratégicos diante de seu propósito, se está relacionado a esfera de Compliance ou esfera de Desenvolvimento, e seu possível indicador para análise.

Os indicadores foram definidos através da análise dos Objetivos Estratégicos, a justificativa da CVM e utilizando os dados, principalmente do relatório de gestão. Desse modo, temos os seguintes objetivos7 e seus respectivos indicadores:

7 Disponível em:

<http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/menu/acesso_informacao/planos/estrategico/Planejam ento_estrategico_CVM_2013_2023.pdf/>. Acesso em: 05 de mar. de 2016.

(45)

Figura 6: Objetivos estratégicos da CVM

No Resumo da Justificativa

(46)

1

Dados recentes demonstraram que a CVM tem a sua atuação reconhecida por agentes externos, devido ao

aprimoramento contínuo dos padrões de governança e do cumprimento de sua

missão institucional. C-D Empresas acreditarem que vale a pena entrar no mercado pela regulação e pelo futuro. % Crescimento do Volume de ofertas de distribuição. 2

O crescimento do mercado e mudanças estruturais da economia exigem

ampliação do espaço físico, melhoras

tecnológicas e dos servidores. C

Relacionado a modernização dos computadores e sistemas. Indicador auto-avaliativo da CVM relativo a Tecnologia da Informação. 3 Com o mercado de capitais em processo

de expansão, há a necessidade de Capacitação e adaptação dos recursos

humanos. C Análise do total de funcionários da CVM. %Lotação efetiva sobre autorizada 4 Ampliações da quantidade de agentes

regulados e dos volumes negociados, e a diversificação de produtos impõe a

necessidade da CVM aumentar e

qualificar sua estrutura de servidores. C

Relação do total de funcionários e total de regulados. Número de Servidores sobre número de regulados. 5 Estrutura decisória bem definida, com

servidores comprometidos e tecnicamente especializados são focos para esse

objetivo. C Servidor comprometido e especializado. Horas totais de treinamento. 6 Maior complexidade e do tamanho do

mercado de capitais brasileiro exigem uma melhora da atuação e novos

investimentos pela CVM. C O quanto do orçamento planejado foi executado. %Contingen-ciado do Orçamento. 7

Maior transparência, controle e celeridade aos processos. Melhorando o acesso à informação e a prestação dos serviços

disponibilizados ao público. C Relativo ao tempo médio e a efetividade do atendimento. Evolução do Tempo médio das respostas. 8 Necessidade de melhoria nos meios de

comunicação e atuação mais rápida nos processos de supervisão, fiscalização e

sancionador. C Capacidade de atender a demanda (Sanções). No Processos Julgados / No de processos abertos. 9

Aprimoramento da base de dados

econômico-financeiros com a finalidade de subsidiar pesquisas e análises (externas e

internas). D Projeto iniciado recentemente. Número de projetos educacionais em andamento. 10 Estar em linha com às melhores práticas

globais. Aumentar a participação social. Manter reconhecimento público e por

organismos internacionais. C Atender aos organismos internacionais. Demandas Atendidas sobre as Realizadas.

Referências

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