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Violência doméstica na percepção de enfermeiros de serviço de emergência

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Academic year: 2021

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Domestic violence in the perception of emergency service

nurses

Violência doméstica na percepção de enfermeiros de serviço de emergência La violencia doméstica en la percepción de las enfermeras del servicio de emergencia

ABSTRACT

Objective: To know the perception of nurses who work in hospital emergency service on domestic violence. Methodology: Qualitative research conducted with fifteen nurses of emergency department three hospitals in medium and large. Data collection was made through semi-structured interviews with analysis of data through thematic content analysis. Results: The nurses recognize how domestic violence occurs, but can not see all the aspects involved in this issue, which may negatively influence the provision of assistance to individuals in situations of violence. Conclusion: It is necessary that nurses are trained to recognize and care for these individuals, in order to enable full and effective intervention strategies that promote the breakdown of the domestic violence cycle.

RESUMO

Objetivo: Conhecer a percepção do enfermeiro que atua no serviço de emergência hospitalar sobre violência doméstica.Metodologia: Pesquisa qualitativa, realizada com quinze enfermeiros do setor de emergência de três instituições hospitalares de médio e grande porte. A coleta de dados deu-se através de entrevista semiestruturada com análise dos dados através de análise de conteúdo temática. Resultados: Os enfermeiros reconhecem de que forma se dá a violência doméstica, porém, não conseguem visualizar todos os aspectos que envolvem essa problemática, o que pode influenciar negativamente na prestação da assistência aos indivíduos em situação de violência. Conclusão: Faz-se necessário que os enfermeiros sejam capacitados para o reconhecimento e assistência a esses indivíduos, no sentido de possibilitar estratégias de intervenção integral e efetiva, que favoreçam a quebra do ciclo da violência doméstica.

RESUMEN

Objetivo: Conocer la percepción de las enfermeras que trabajan en el servicio de urgencias del hospital sobre la violencia doméstica. Metodología:La investigación cualitativa realizada con quince enfermeras del servicio de urgencias de tres hospitales de mediana y grande. La recolección de datos se realizó a través de entrevistas semiestructuradas con el análisis de los datos a través de análisis de contenido temático. Resultados: Las enfermeras reconocen lo interno se produce la violencia, pero no se pueden ver todos los aspectos involucrados en este tema, lo que puede influir negativamente en la prestación de asistencia a las personas en situaciones de violencia. Conclusión: Es necesario que las enfermeras están entrenados para reconocer y atender a estas personas, a fin de que las estrategias de intervención completos y eficaces que promuevan la ruptura del ciclo de la violencia doméstica.

1Enfermeira, Petrolina, Pernambuco, Brasil. E-mail: kariny_3012@hotmail.com;

2Enfermeira, especialista em urgência e emergência, EBSERH, Salvador, Bahia, Brasil. E-mail: crissb_ped@yahoo.com.br; 3Enfermeira, especialista em urgência e emergência, EBSERH, Salvador, Bahia, Brasil. E-mail: crissb_ped@yahoo.com.br;

4Graduandas em enfermagem, Universidade de Pernambuco, Petrolina, Pernambuco, Brasil. E-mail: Danuza_oliveira@hotmail.com;

lethyrafael@hotmail.com;

5Enfermeira, Doutoranda em Inovação Terapêutica, Professora Assistente - Universidade de Pernambuco, Petrolina, Pernambuco,

ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE / ORIGINALE

ISSN: 0194201400083

Descriptors Domestic violence. Knowledge.

Nurses. Complex emergencies. Descritores Violência doméstica. Conhecimento. Enfermeiros. Emergências complexas. Descriptores Violencia doméstica. Conocimiento.

Enfermeiras. Emergencias complejas.

Sources of funding: No Conflict of interest: No

Date of first submission: 2016-07-22 Accepted: 2016-08-19

Publishing: 2016-09-30

Corresponding Address Rosana Alves de Melo

Rua dos Canários, 21, Padre Cícero, Petrolina-PE. Fone: (87)3866-6468.

Tâmara Requião Peralva ¹

Ana Kariny Costa Araújo 2

Cristiane Souza Bezerra 3

Danuza de Oliveira Souza 4

Letícia de Cerqueira Rafael 4

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INTRODUÇÃO

A violência é considerada um fenômeno complexo, que manifesta-se de diversas formas, em diferentes contextos, e tem um potencial de causar danos capazes de afetar a saúde individual e coletiva dos indivíduos. Trata-se de um problema de saúde pública, que também acomete a economia mundial, interferindo nas despesas anuais da saúde, além de provocar a morbimortalidade da população. Tudo isso acarreta dor, sofrimento e traumas (1).

Dentre os diversos tipos de violência existentes, a doméstica está fortemente presente e tem o potencial de causar um impacto significativo na vida de todos os membros da família, mesmo que não deixe marcas visíveis, sendo causada por integrantes da própria família e/ou por aqueles que não tenham um laço consanguíneo. Acomete crianças, adolescentes, mulheres e idosos, e em menor proporção, homens (2).

Pode ser classificada em violência física, sexual, psicológica e negligência, atingindo em menor ou maior grau os indivíduos (3). Apesar de sua complexidade diante das diversas formas como pode ocorrer, a violência doméstica pode ser atendida nos diversos níveis de assistência, devendo o profissional enfermeiro estar apto a prestar um atendimento efetivo. Todos os casos suspeitos ou confirmados de violência doméstica devem ser notificados, no intuito de favorecer a proteção dos indivíduos que vivem em situação de violência, bem como de suas famílias (3).

Existem uma rede de proteção que envolve os serviços de Pronto atendimento; Setores de emergência e da assistência hospitalar; Serviços de saúde mental; Centro de referência de assistência social; Ministério público; Conselho tutelar; Delegacias da mulher; Vara da família; e Juizado de menores, aptos a proteger e assistir os indivíduos em situação de violência diante de suas necessidades sociais e de saúde, minimizando as possíveis consequências decorrentes do ciclo da violência (3-4).

O atendimento no setor de emergência ao indivíduo em situação de violência é o primeiro contato deste com uma unidade hospitalar, onde deverá ocorrer o cuidado inicial e, diante das necessidades do indivíduo, deve haver uma abordagem adequada pela equipe multiprofissional, o que inclui a assistência de enfermagem. Isso possibilita a intervenção precoce e os devidos acompanhamentos e

encaminhamentos necessários à rede de proteção (5).

O profissional enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, tem a função de auxiliar na assistência dos casos existentes, prestando uma assistência integral e resolutiva, o que poderá favorecer a quebra do ciclo da violência. Sua intervenção envolve o contato imediato, exigindo um atendimento humanizado e imparcial diante dos seus sentimentos, em meio à necessidade de solucionar o problema do indivíduo (6).

Para que o enfermeiro possa desenvolver suas funções diante da complexidade do fenômeno, é crucial que o mesmo tenha conhecimento do que seja violência doméstica e os diversos aspectos que envolve a problemática, para que possa intervir de forma estratégica na promoção, prevenção e reabilitação dos indivíduos, sendo um agente facilitador.

Nesse sentido, o profissional deve conhecer a relação existente entre o agredido e o agressor, bem como os diversos contextos que envolvem os casos

existentes, procurando sempre aprimorar os

conhecimentos adquiridos durante a graduação, através de estudos e participando da organização de grupos multidisciplinares para o conhecimento de instrumentos necessários utilizados no atendimento, além do comprometimento na resolução dos casos que são imprescindíveis para o desafio de assistir e cuidar de famílias em situação de violência (7).

O conhecimento e as estratégias adotadas, frente aos casos de violência doméstica, são importantes para a condução dos casos, e isso envolve a necessidade do profissional enfermeiro ter conhecimento abrangente a respeito da temática, com uma visão assistencial integral, interdisciplinar, holística, humanizada e contextualizada, para que possa acolher, assistir e direcionar as pessoas em situação de violência (8).

Assim, considerando as diversas atribuições do enfermeiro nesse contexto, bem como a importância das práticas assistencialistas de sua responsabilidade, o presente estudo objetivou conhecer a percepção do profissional enfermeiro que atua nos serviços de emergência hospitalar, sobre violência doméstica. METODOLOGIA

Estudo de abordagem qualitativa, que possui a capacidade de interligar os significados e a intencionalidade às relações humanas, levando em consideração principalmente os significados, ou seja, uma modalidade de investigação que busca responder de modo aprofundado e particular as questões que ocupam um nível da realidade social que não deve ser quantificada (9).

O estudo foi desenvolvido, no setor de atendimento de emergência do Hospital Dom Malan e Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco, instituições estas de médio e grande porte, respectivamente, no município de Petrolina-Pernambuco. Visitou-se também o Hospital Regional do município de Juazeiro-Bahia, instituição de médio porte, especializada na parte clínica.

Os participantes do estudo foram quinze enfermeiros que atuam no serviço de emergência das três instituições, sendo entrevistados em maio de 2015. Apesar de toda a equipe multiprofissional ter a função de assistir os indivíduos em situação de violência, dentro de suas atribuições, optou-se por entrevistar somente enfermeiros, considerando que as pesquisadoras fazem parte da mesma categoria profissional escolhida e despertaram o interesse em trabalhar com a percepção destes profissionais, dentro desse contexto.

Como critério de inclusão adotou-se: ser enfermeiro assistencialista e estar atuando na unidade de emergência há pelo menos seis meses, tempo esse considerado adequado e suficiente para que os profissionais tivessem contato com a rotina do serviço e

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oportunidade de assistir pacientes em situação de violência, em pelo menos um momento. Assim, para preservar o anonimato dos entrevistados optamos por atribuir códigos identificadores, de acordo com a sequência em que foram entrevistados (P1, P2, P3...P15).

A coleta de dados deu-se através de entrevista semiestruturada. A abordagem partiu dos seguintes questionamentos: Como o enfermeiro percebe a violência doméstica e as atribuições de enfermagem diante dos casos? Quais os sentimentos despertados diante dos casos de violência doméstica?

Para que pudéssemos alcançar os resultados, foram traçadas as seguintes questões norteadoras: 1. Sua visão sobre violência doméstica 2. Relatar os sentimentos despertados diante dos casos de violência doméstica 3. Descrever o papel do profissional enfermeiro frente aos casos de violência doméstica.

As entrevistas foram realizadas em horários previamente agendados com os participantes, pelas próprias pesquisadoras, após rigoroso treinamento, de forma a viabilizar o correto andamento do processo e não permitisse a perda de informações importantes para a conclusão da pesquisa. Essa etapa de coleta dos dados durou em média 15 minutos por enfermeiro e foram realizadas em local reservado, de acordo com a conveniência dos mesmos.

Operacionalmente, a análise temática percorre pela leitura compreensiva, exploração do material ou análise e síntese interpretativa, compondo assim as três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados com interpretações dos dados (9).

A constituição do corpus para análise ocorrem com a organização do material empírico, qual seja a transcrição, na íntegra, do material audiogravado, realizado após cada entrevistas. De posse do material já transcrito, a primeira fase da análise aconteceu com leituras exaustivas e flutuantes do material, buscando organizá-lo conforme similaridades das falas, e outros aspectos relevantes trazidos pelas participantes, de acordo com o tema geral desta investigação, configurando-se como uma pré-análise do corpus. Nessa fase as pesquisadoras tiveram um contato direto e intenso com o material, deixando-se impregnar pelo seu conteúdo.

A segunda fase, que foi a exploração do material, consistiu na categorização que serviu para avançarmos na análise temática do material, em que priorizamos os sentidos sobre a visão de violência doméstica para os enfermeiros e as atribuições de enfermagem frente a esse agravo, segundo os objetivos propostos.

A terceira e última fase de análise, o tratamento dos dados obtidos e interpretações, se configurou no momento em que realizamos inferências e abrimos outras pistas ou dimensões sugeridas a partir da leitura exaustiva do material, resultando nas categorias de análise.

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade de Pernambuco, sob o número de CAAE 38588514.8.0000.5207.

RESULTADOS

Foram entrevistados quinze enfermeiros

assistencialistas. Destes, onze são solteiros, quatro casados, três têm filhos e doze não têm. Em relação à religiosidade, treze referiram ser católicos, um protestante e um espírita. Quanto à idade do entrevistados, treze estão na faixa etária de 21 a 28 anos e dois na faixa etária de 36 e 37 anos. O tempo de graduação varia de seis meses a dezesseis anos, e o tempo de atuação no setor de emergência vai de seis meses a quatro anos. Onze deles possuem pós-graduação concluída e os quatro restantes estão em andamento. No entanto nenhum deles possui especialização em emergência, sendo tão somente em outras áreas da saúde.

Após a caracterização dos participantes, traremos as categorias encontrada após a análise dos dados coletados: Percepção do enfermeiro sobre violência doméstica; Sentimentos despertados diante dos casos de violência doméstica; O enfermeiro frente aos casos de violência doméstica.

Percepção do enfermeiro sobre violência doméstica A violência doméstica é considerada um problema complexo e que devasta a vida de todos os envolvidos, porém, ainda é pouco reconhecida como violência por ocorrer em sua maioria dentro de casa, lugar tido como sagrado e de maior conforto e proteção aos membros da família.

Ao serem questionados sobre o entendimento a respeito da violência doméstica, alguns dos sujeitos demonstram entender que é aquela que ocorre no ambiente domiciliar:

A violência doméstica é aquela que ocorre no âmbito doméstico, quer dizer, no lar. (P04)

Violência doméstica que acontece no ambiente intradomiciliar. (P09)

É aquele tipo de violência que ocorre dentro de casa. (P13)

No entanto, alguns consideram que a violência doméstica pode ocorrer não só no ambiente domiciliar, mas também em qualquer outro local fora deste:

Esse tipo de violência pode ocorrer em qualquer lugar. (P01) No âmbito doméstico, em casa, mais não significa que deva ocorrer lá (P11)

É todo ato que acorre ou dentro de casa ou fora de casa. (P15)

Apesar de a violência doméstica ser um problema que permeia as relações familiares e ser passível de ocorrer com todos os membros da família (homem, mulher, criança, adolescente e idoso), alguns dos sujeitos a entende como a violência que acomete mulheres, principalmente cometida pelo cônjuge e, em menor proporção, por outros membros da família.

A violência doméstica é quando a mulher é agredida em todos os lugares que a mulher atuar. (P02)

Acredito que possa ser sexual ou assédio moral a companheira. (P06)

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[A violência doméstica] é a violência a mulher né... hoje em dia. (P12)

A violência doméstica pode ser classificada de diversas formas, dependendo das características apresentadas e reconhecidas. Os enfermeiros trouxeram em suas falas que a violência doméstica envolve tanto a violência física, psicológica, sexual e negligência, como também a violência moral:

Eu acredito que pode ser sexual, assédio moral, física. (P03). É qualquer tipo de agressão física e psicológica. (P05). É a de violência sexual a violência física por maus tratos é mais a negligencia. (P06)

Não é só aquela que bate a violência verbal e sexual. (P12)

Com relação à violência física, para os entrevistados, é um tipo de violência que pode se apresentar por meio de “tapas”, “murros”, permeando a agressão física, e deixando marcas aparentes:

Até chegar ao ponto da agressão física...um tapa...um murro. (P05)

Percebo através das marcas do corpo. (P08) As principais características são as marcas. (P10)

Já, a violência sexual, segundo alguns entrevistados, é uma das mais passíveis de ocorrer no ambiente doméstico, podendo ocorrer com qualquer indivíduo, porém, trazendo como as maiores vítimas crianças, sendo com o consentimento das mães:

Um menino de dois anos vinha sendo abusado sexualmente pelo padrasto e a mãe desconfiava teve o abuso, mas não ia deixar o cara. (P02)

A criança estava apresentando um sangramento vaginal a mãe relatava um acidente de bicicleta. (P04)

Os tipos de violência eu acredito que pode ser sexual, às pessoas que moram e convivem na mesma casa. (P15)

Com relação à violência psicológica, mesmo tendo emergido em muitas falas, associada à violência física, foi apresentada nas suas diversas expressões de manifestação, como agressão verbal, que tem uma tendência a resultar em outras formas de violência se não percebida e interrompida a tempo:

É, pra mim a violência doméstica é qualquer tipo de agressão física, psicológica. (P09)

Tem psicológico, não é? assim, atinge a parte verbal, você... violência não é só apanhar, não é? (P13)

A violência verbal, que começa assim pela verbal e vai tomando uma proporção maior e você não faz nada, não toma atitude e vai deixando até chegar ao ponto da agressão física. (P14)

Outra forma como a violência doméstica pode se apresentar é a negligência, que pode ser reconhecida também através de atos de abandono e descuido diante das necessidades básicas e essenciais do indivíduo e foi pouco trazida na fala dos participantes, talvez pela dificuldade ainda de se reconhecer suas diversas manifestações:

[A violência doméstica] é mais a negligencia, falta de higiene, essas coisas. (P03)

Negligencia que é um dos maiores tipos de maus tratos, não deixa marcas, então, algumas vezes é difícil de identificar. (P07) Negligencia. (P15)

Com relação aos possíveis agressores, a maioria dos enfermeiros entrevistados considera que as agressões são executadas pelos membros da família ou por pessoas sem nenhum laço de consanguinidade, concordando com a afirmação acima. Em contrapartida, um pequeno grupo acredita que apenas os familiares são os agressores, não sabendo diferenciar a violência doméstica da violência intrafamiliar que, apesar de ocorrer dentro de casa, esta sim, é exercida apenas pelos membros da família:

As outras pessoas que moram e convivem na mesma casa (P04). Parte do companheiro (a) ou também pai-filho. (P09) Tios, primos, pessoas da própria família, avós, pais que seja no ambiente familiar. Ou com pessoas que não tenham consanguinidade, mas que tenham aquela função parenteral, tipo padrasto, madrasta. (P14)

Sentimentos despertados diante dos casos de violência doméstica

A violência é um fenômeno bastante presente na nossa realidade atual e capaz de despertar diversos sentimentos em quem a vivencia diretamente ou convive com indivíduos em situação de violência, seja nas relações sociais ou no ambiente profissional.

Neste sentido, os enfermeiros, assim como todos os integrantes da equipe de saúde, vivenciam diversos sentimentos, incluindo revolta, impotência, tristeza e raiva, diante dos casos que adentram os serviços de emergência, já que esta é a porta de entrada do serviço de saúde hospitalar:

Meu sentimento é de indignação, raiva. (P01) Hum, o meu sentimento é de tristeza. (P03)

A gente sempre tem aquele sentimento de pena, de solidariedade. (P06)

Revolta, você não quer aceitar. (P08) Me sinto impotente. (P09)

O enfermeiro frente aos casos de violência doméstica A maioria dos profissionais mostrou desconhecer conceitos básicos que envolvem a temática da violência e

quando conhecem, não visualizam os devidos

encaminhamentos que devem ser dados por parte da Enfermagem, ao passo que reconhece a violência como um problema que deve ser resolvido por outros integrantes da equipe de saúde multiprofissional:

Aqui a gente só notifica e não encaminha. (P03)

O papel no enfermeiro é identificar para o assistente social e o mesmo identifica para o conselho tutelar. (P07) Assim, é uma coisa que a gente não pode intervir, não pode instigar não é? A gente tem que ser imparcial em relação a isso. (P11)

A equipe multiprofissional é responsável em prestar um atendimento de qualidade aos indivíduos em situação de violência, devendo estar capacitada e empenhada em solucionar o problema da melhor forma, com respaldo nos dispositivos legais e em protocolos que direcionem esse atendimento de forma efetiva:

Aqui a gente não encaminha. A gente só notifica. A gente não tem esse preparo aqui e orientação. A gente acaba orientando por fora. (P04)

(5)

Essa não é só a realidade daqui, mas de diversos hospitais, diversos profissionais e estudos referem a dificuldade do enfermeiro em dar o encaminhamento. (P15)

DISCUSSÃO

A violência doméstica é considerada um problema com potencial de afetar toda população, independentemente do nível socioeconômico cultural, religioso ou étnico, manifestando-se por diversas causas, incluindo a má distribuição de renda, o processo de urbanização e ineficácia das políticas sociais. É um tipo de violência que ocorre entre pessoas que convivem no mesmo ambiente doméstico,

independentemente de ter ou não laços consanguíneos (10).

De acordo com o conceito trazido pelos entrevistados, foi percebido certa confusão com relação ao conceito de violência doméstica e violência intrafamiliar, em que a primeira é aquela que se manifesta dentro do domicilio, praticada por qualquer indivíduo, e a segunda é aquela advinda da ação de um agressor que possui laços familiares e pode ocorrer dentro ou fora do ambiente domiciliar (11). O entendimento desses entrevistados pode estar associado ao fato de a maioria dos profissionais não conseguir associar a perpetuação da violência ao ambiente doméstico, local de referência na proteção dos indivíduos e de suas famílias.

Ficou evidente também que havia o entendimento de que violência contra mulher é a única passível de ocorrer no ambiente doméstico. Assim, vale enfatizar que a Organização Mundial de Saúde revela que a violência perpetrada pelo parceiro íntimo é a mais frequente, atingindo cerca de 30% das mulheres, sendo em sua maioria no ambiente doméstico (12). Porém, sabemos que todos os indivíduos são alvos de atos violentos em casa, apesar de a mulher ser uma das principais vítimas dessa violência exacerbada.

Em virtude da intensidade das agressões sofridas pela mulher nos diversos contextos, tendo como agressor principal o próprio companheiro e o ambiente domiciliar o local mais comum a agressão, favorece a percepção do profissional enfermeiro a considerar a violência contra a mulher como aquela mais visível e exacerbada no ambiente doméstico (13).

Estudos mostram que, apesar de os profissionais reconhecerem os casos de violência doméstica na maioria somente contra a mulher, há a desarticulação entre os

serviços, havendo uma gama destes funcionando

isoladamente, onde a articulação, quando ocorre, “é feita mediante iniciativas pontuais e pessoais, não estando estabelecida uma rede articulada e referenciada para a atenção a esses casos” (14-15).

Com relação aos tipos de violência que mais ocorrem em casa, observamos que a violência física e a sexual foram as que mais emergiram nas falas, corroborando com outra pesquisa que mostra que os profissionais de saúde tem uma percepção mais apurada quando lidam com casos

de violência física e sexual, em comparação com os demais tipos de violência existentes (16).

CONCLUSÃO

O fato dessas violências serem mais identificáveis, na percepção dos profissionais, pode estar relacionado ao fato de serem os dois tipos mais passíveis de deixar marcas visíveis e, dessa forma, se tornam mais fáceis de serem identificadas. Contudo, é importante destacar que a violência psicológica e a negligencia, apesar de não deixarem marcas aparentes, na maioria dos casos, têm uma tendência a deixar maiores sequelas nos indivíduos que a vivenciam, considerando que decorrem de situações de violência exacerbadas a longo prazo (17).

A violência física, expressada pelos entrevistados através de tapas, murros, mordidas, queimaduras, entre outras, corrobora com o que é trazido pela literatura, sendo denominada como qualquer ação ou omissão que cause danos à integridade física de uma pessoa, tendo por objetivo ferir, provocar danos de forma intencional, levando ou não a morte, onde na maioria das vezes deixam marcas evidentes (18).

Já a violência sexual é todo ato ou jogo sexual com a intenção de estímulo ou realização do mesmo, incluindo manipulação da genitália, pornografia, exibicionismo e ato sexual com ou sem penetração e é considerada um grave problema de saúde pública devido aos altos índices de incidência e às sérias consequências para o desenvolvimento cognitivo, social e familiar dos indivíduos (17).

Na abordagem dos tipos de violência pelos entrevistados, a violência psicológica foi evidenciada pelo termo agressão verbal, com o potencial de causar sofrimento e ser exacerbada ao logo do tempo, se não forem tomadas medidas de enfrentamento e proteção. De acordo com a literatura, esse tipo de violência é definida como toda ação de intimidação, humilhação, coação, acarretando prejuízo ao psicológico e ao desenvolvimento pessoal, podendo se manifestar também através da agressão verbal, mostrando que a percepção dos entrevistados está de acordo com o conceito preestabelecido (15).

A negligência é um tipo de violência doméstica que envolve o abandono e a falta de cuidado e proteção a qualquer indivíduo que seja dependente de outro, seja por uma deficiência física permanente ou temporária, ou por uma questão de idade, englobando maus tratos e abandono.5 Dessa forma, compreendemos que um dos maiores desafios do profissional de saúde no combate a qualquer forma de violência é saber reconhecer os seus aspectos psicológicos e negligenciais, considerados os que em mais sinais subjetivos e assim tornam-se os mais difíceis de serem identificados.

Os enfermeiros explanaram que a violência doméstica é praticada por pessoas que moram ou convivem no mesmo ambiente doméstico, sendo tios, primos, avôs, pais, padrastos, madrastas e companheiros afetivos. Essas informações corroboram com aquelas trazidos por um estudo que mostrou que os principais perpetradores da violência em casa, principalmente contra crianças, são padrastos, pais, avôs, tios, ou mes-

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mo alguém com o qual a vítima mantém uma relação de dependência, afeto ou confiança (11). Outro estudo mostra que nesse contexto, a violência que mais ocorre é aquela voltada contra a mulher e em sua maioria é perpetrada pelo parceiro íntimo (15).

A violência doméstica geralmente é praticada por membro inserido no âmbito domiciliar do indivíduo, podendo ter uma relação parenteral ou não, envolvendo pais, irmãos, tios, demais parentes e, em menor grau, vizinhos e amigos. Diante do grau de parentesco presente na maioria dos casos, há certa dificuldade de denúncia, por medo de represálias e aceitação de que o agressor seja alguém querido da família, ou seja, a agressão permanece oculta, pois prevalece o sentimento de medo de sofrer repreensões por parte do agressor (18).

Os sentimentos despertados pelos profissionais, quando diante de casos de assistência a vítimas de violência doméstica permeiam as relações que envolvem esses profissionais e o indivíduo tanto no momento da assistência, como após os encaminhamentos dados aos casos. É importante enfatizar que a violência desperta emoções distintas em todos os envolvidos, incluindo os profissionais de saúde que vivenciam a assistência direta aos indivíduos, pelo contato com situações de diversas denominações e pela impotência vivenciada diante da complexidade de alguns casos (6).

O que deve-se ter em mente é que não se pode deixar que o lado emocional, somente, conduza as situações e que direcione as condutas, considerando que agir com profissionalismo e ética favorecerá a efetividade das ações, e lembrando que não temos o direito de julgar e nem apresentar juízo de valor diante das situações antes de serem apurados os fatos que envolvem determinadas situações. E isso não se configura como função do enfermeiro.

Apesar de estar evidenciado nas falas dos entrevistados a não responsabilização da enfermagem, bem como o desconhecimento de alguns protocolos que envolvem a assistência aos indivíduos em situação de violência, é importante enfatizar que a violência exige um atendimento pautado no cuidado integral do ser humano, sendo que os serviços de saúde e toda a equipe multiprofissional devem estar organizados para compreender de forma ampliada as necessidades de indivíduos em situação de violência que

demandam um atendimento diferenciado (19).

Estudo realizado com enfermeiros mostrou que a maioria deles visualizam a violência doméstica como um fenômeno grave e passível de cuidados mais específicos e eficazes e acreditam que os indivíduos que sofrem violência são vistos como graves, sendo que os perpetradores também necessitam de tratamento psicológico. Porém, esses profissionais reconhecem que ainda sentem-se inseguros quanto as suas reais obrigações legais frente aos casos, e que necessitam ter consciência apropriada sobre o que é violência e educação sistemática contínua nas emergências,

para que possam proporcionar intervenções adequadas (20).

Outros estudos com enfermeiros e estudantes de graduação em enfermagem trazem que a formação contínua, a discussão e acompanhamento de pessoas em situação de violência possam aumentar a confiança dos profissionais du-

rante a assistência prestada e sua eficácia, mas, assim como os profissionais entrevistados nessa pesquisa, acreditam que a preparação na graduação é significativamente importante para a efetividade da assistência às vítimas e suas famílias durante e após o contato assistencial. Os mesmos veem que a formação acadêmica deficiente traz impacto negativo sobre a prática profissional diante dos casos existentes (5-8).

O enfermeiro, enquanto membro da equipe saúde, deve estar capacitado para perceber e enfrentar o problema, dando os devidos encaminhamentos aos órgãos da rede de proteção, realizar notificações e orientações, não só ao agredido, mas à família. É responsável por prestar cuidados diretos e ser um agente facilitador na quebra do ciclo da violência. Dessa forma, considera-se que o mesmo necessita ter conhecimento técnico-científico que favoreça a prestação de uma assistência adequada (19,21).

A articulação entre a equipe multiprofissional e a rede de proteção é de extrema importância para o atendimento, pois cada uma, com os conhecimentos específicos, poderá intervir de forma efetiva, propiciando melhoria do atendimento prestado aos indivíduos em situação de violência.22 Nesses casos, a atuação do enfermeiro, tanto na assistência, quanto no gerenciamento de serviços, é relevante, pois oferece suporte ao indivíduo e à sua família que sofre no processo de atendimento dos casos.

CONCLUSÃO

De acordo com o resultado dessa pesquisa, pudemos observar que o profissional enfermeiro consegue, em sua maioria, descrever o que é violência doméstica, porém nem sempre essa percepção resulta no entendimento dos tipos de violência doméstica existente, assim como no reconhecimento de quem pode ser ou não agredido, acreditando que somente as mulheres são passíveis de sofrer violência nos lares.

A maioria dos entrevistados referiu que os sentimentos despertados diante dos casos de violência assistidos, bem como o desconhecimento de como proceder diante dos mesmos, são fatores que limitam a realização de um atendimento amplo, de qualidade e de uma notificação eficaz, muitas vezes baseado em uma formação acadêmica deficiente nesses aspectos. Assim, a assistência prestada fica comprometida e o indivíduo em situação de violência fica à mercê de cuidados e encaminhamentos pouco efetivos.

Diante disso, faz-se necessário a inclusão do tema violência em todas as discussões, desde o momento da graduação, considerando que os profissionais em formação possam atender e conduzir os casos em suas práticas diárias, já que a violência se faz presente em todas as sociedades, nos diversos contextos, atingindo todos os indivíduos, direta ou indiretamente.

Espera-se ter contribuído para uma reflexão sobre a temática da violência doméstica, embora saibamos que esse assunto não se esgota com os resultados desta pes-

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quisa. Pelo contrário, este foi apenas um recorte possível neste momento, e novos e mais aprofundados estudos precisam ser realizados como subsídios aos profissionais de saúde na prevenção e solução da violência doméstica que atinge todos os indivíduos.

As limitações da pesquisa foram quanto à dificuldade na coleta dos dados em razão de um dos hospitais estar num período de transição de gerenciamento e admissão de nova equipe. Associado a este fato, tivemos resistência de alguns profissionais e também dos gestores das instituições escolhidas, em participar da pesquisa, por não visualizarem a importância de estudos que favoreçam a inovação na prestação de serviços de saúde. Outro fator, foi a pouca quantidade de enfermeiros que atendiam aos critérios de inclusão da pesquisa, o que nos impediu de contemplar um número maior de participantes.

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