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Plano de prevenção e proteção contra incêndio em edifício residencial no município de Florianópolis - SC

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA RODRIGO DE ABREU

PLANO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS - SC

Florianópolis 2018

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RODRIGO DE ABREU

PLANO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS - SC

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof. José Humberto Dias de Toledo, Dr. Coorientador: Prof. Lázaro Santin, Bel.

Florianópolis 2018

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RODRIGO DE ABREU

PLANO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS - SC

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis, 28 de setembro de 2018.

______________________________________________________ Professor e orientador José Humberto Dias de Toledo, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Professor e coorientador Lázaro Santin, Bel.

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Dedico este trabalho, com todo carinho a meus familiares e amigos, pelo apoio e dedicação dispensados ao logo dessa jornada. A eles dedico esta conquista.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela vida e pelas bênçãos concedidas.

A meus pais, pelo exemplo de dignidade, amor e respeito na minha formação. Às minhas irmãs, pela amizade, amor, cumplicidade e união. Por sempre estarem presentes em todos os momentos da minha vida, nos meus sonhos e realizações.

A meus familiares que de alguma forma me ajudaram, que acreditaram e tiveram do meu lado nessa caminhada.

A meus amigos pela cumplicidade nesta caminhada, por me apoiarem e compartilharem comigo as conquistas.

Aos professores do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, que durante a caminhada do curso transmitiram conhecimentos profissionais e pessoais.

A todos que contribuíram de forma direta ou indiretamente para a conclusão deste trabalho.

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“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito”

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RESUMO

O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de apresentar o desenvolvimento de um Plano de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI) de uma edificação residencial

multifamiliar em fase de projeto na cidade de Florianópolis/SC. A prevenção de incêndios nas edificações são indispensáveis pois protegem as vidas dos ocupantes e seus patrimônios. Com base em pesquisas bibliográficas foi possível apresentar conceitos básicos sobre o fogo, incêndio e plano de prevenção e combate a incêndio. Para execução do projeto (PPCI) foram utilizadas as normas técnicas regulamentadoras da ABNT e as instruções normativas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina.

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ABSTRACT

The present work was developed with the objective of presenting the development of a Fire Prevention and Combat Plan (FPP) of a multifamily residential building in the project phase in the city of Florianópolis / SC. The prevention of fires in buildings is indispensable because they protect the lives of occupants and their assets. Based on bibliographical research it was possible to present basic concepts about fire, fire and fire prevention and fire prevention plan. For the implementation of the project (FPP), the regulatory technical standards of ABNT and the normative instructions of the Military Fire Brigade of the State of Santa Catarina were used.

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LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas CBMSC – Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agrimensura GN – Gás Natural

IN – Instrução Normativa

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

NFPA – Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA NBR – Norma Brasileira

NR – Norma Regulamentadora

PPCI – Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio PQS – Pó Químico Seco

SAL – Sinalização de Abandono de Local SI – Sistema Internacional

SIE – Sistema de Iluminação de Emergência SPE – Sistema de Proteção por Extintores NSCI – Normas de Segurança Contra Incêndios UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1-Triângulo do fogo. ... 18

Figura 2 - Tetraedro do fogo... 19

Figura 3 - Condução do calor. ... 20

Figura 4 - Convecção do calor. ... 20

Figura 5 - Irradiação do calor. ... 21

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LISTA DE GRÁFICOS

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dimensionamento da rede primária de GN. ... 30 Tabela 2 - Dimensionamento da rede secundária de GN. ... 30

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 14 1.1 JUSTIFICATIVA ... 14 1.2 OBJETIVOS ... 14 1.2.1 Objetivo Geral ... 14 1.2.2 Objetivos Específicos... 15 1.3 METODOLOGIA ... 15 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17 2.1 FOGO ... 18

2.1.1 Formas de Propagação do Calor... 19

2.1.2 Temperaturas Importantes dos Materiais Líquidos ... 21

2.1.2.1 Ponto de Fulgor ... 21

2.1.2.2 Ponto de Combustão ... 21

2.1.2.3 Ponto de Ignição ... 22

2.2 INCÊNDIO ... 22

2.2.1 Definição de Incêndio ... 22

2.2.2 Fatores que Influenciam o Incêndio ... 23

2.2.3 Classes de Incêndio ... 24

2.2.4 Extinção do incêndio ... 25

2.3 PROJETO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO (PPCI) ... 26

3 ESTUDO DE CASO – PROJETO (PPCI) ... 27

3.1 SISTEMAS DO PROJETO ... 28 3.1.1 Extintores de incêndio ... 28 3.1.1.1 Generalidades ... 28 3.1.1.2 Sinalização / Fixação ... 28 3.1.2 Saídas de emergência ... 29 3.1.3 Instalação de gás combustível ... 29 3.1.3.1 Central de GN ... 29 3.1.3.2 Canalização... 30 3.1.3.3 Dimensionamento da canalização ... 30

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3.1.4 Iluminação de emergência e Sinalização para abandono do local nas áreas de

circulação e saídas de emergência. ... 31

3.1.5 Materiais de acabamento e revestimento da edificação ... 32

3.1.6 Sistema hidráulico preventivo ... 32

3.1.6.1 Calculo do sistema hidráulico preventivo ... 32

3.1.6.1.1 Memorial ... 33

3.1.6.1.2 Cálculo da Vazão no Hidrante mais Desfavorável (Q1) ... 33

3.1.6.1.3 Pressão no Hidrante mais Desfavorável (Q1) ... 33

3.1.6.1.4 Demais Vazões ... 35

3.1.6.1.5 Comprimento Equivalentes no Trecho (R-A) ... 35

3.1.6.1.6 Perda de carga unitária no trecho (R-A): ... 36

3.1.6.1.7 Cálculo da Altura X ... 36

3.1.6.1.8 Cálculo da Reserva Técnica de Incêndio ... 36

3.1.7 Plano de emergência... 37

3.1.8 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas ... 37

3.1.8.1 Descidas ... 37

3.1.8.2 Aterramento ... 37

3.1.9 Sistema de alarme e detecção de incêndio ... 37

3.1.10 Dispositivo para ancoragem de cabos ... 38

4 CONCLUSÃO ... 39

REFERÊNCIAS ... 40

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1 INTRODUÇÃO

O tema Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios começou a ser debatido no Brasil após incêndios de grandes proporções nas décadas de 70 e 80, foi quando iniciaram as construções de edifícios mais altos com materiais não resistentes ao fogo. Até o momento não havia preocupação pois nas décadas anteriores não tinha ocorrido incêndios de grandes proporções com perdas de centenas de vida de pessoas e patrimônios.

Os incêndios que chocaram e paralisaram o país foram os dos Edifícios Andraus em 1972 e Joelma em 1974, passando na televisão ao vivo. Essas tragédias causaram mudanças direta e indiretamente na vida da população com transtornos comportamentais e psicológicos. Diante destes fatos surgiu a necessidade de uma pesquisa aprofundada nessa área de conhecimento, mudanças na legislação e nas corporações de bombeiros. Mesmo nos dias atuais os riscos não param de aumentar com a execução de edifícios cada vez maiores e muito mais complexos, obrigando o desenvolvimento de uma nova cultura de segurança em prevenção.

O Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) deve ser obrigatório, protegendo principalmente vidas humanas e secundariamente patrimônios, fazendo com que as edificações sejam seguras independente do seu custo financeiro.

1.1 JUSTIFICATIVA

Toda edificação, exceto residencial unifamiliar necessita de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) aprovado no Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). As licenças de construções expedida por órgão público está condicionada à aprovação de PPCI junto ao CBMSC.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Este trabalho visa a elaboração de um projeto de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio de uma edificação residencial multifamiliar em fase de projetos na cidade de Florianópolis - SC, de acordo com as instruções normativas vigentes do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

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1.2.2 Objetivos Específicos

• Utilizar os conhecimentos adquiridos na Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, focando no Plano de Prevenção e Combate a Incêndio;

• Apresentar conceitos de fogo e incêndio;

• Desenvolver projeto da edificação residencial em estudo de acordo com as normas da ABNT e instruções normativas do CBMSC;

1.3 METODOLOGIA

O presente trabalho é composto por duas etapas distintas, conforme apresentado a seguir:

1. Referencial teórico: representa a revisão bibliográfica do tema abordado com pesquisas em artigos e livros.

2. Projeto: Execução do projeto de plano de prevenção e combate contra incêndio de acordo com as normas regulamentadoras da ABNT e instruções normativas (IN) do CBMSC.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura deste trabalho está organizada em quatro capítulos distribuídos da seguinte forma:

Cápitulo 1 – Introdução: Apresenta o tema da pesquisa, a delimitação do tema, objetivo geral, objetivos específicos, justificativas para o trabalho, metodologia e estrutura do trabalho.

Cápitulo 2 – Referencial teórico: Apresenta com embasamento teórico dos seguintes temas como fogo, incêndio e plano de prevenção e combate a incêndio.

Cápitulo 3 – Estudo de caso: Aplicação dos conceitos e conhecimentos adquiridos durante o curso de especialização no projeto proposto, definindo as características qualitativas e quantitativas dos sistemas que fazem parte do PPCI da edificação em questão.

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Cápitulo 4 – Conclusão: Trata das conclusões que envolvem os aspectos mais importantes do trabalho, seguidas das referências bibliográficas e os anexos com todas as pranchas do projeto (PPCI) e seus detalhamentos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O ser humano vem durante milhares de anos aprimorando seu conhecimento sobre o fogo. Antigamente ele controlava a ignição para fazer uma fogueira, mas não controlava o fogo causado pela natureza (descargas atmosféricas e erupções vulcânicas). Associavam esses fatos a castigos oriundos das divindades. O domínio do fogo foi essencial para evolução da vida humana, possibilitando a cocção de alimentos, fabricação de utensílios de cerâmica, vidro, aço, etc. Ao mesmo tempo que fogo é aliado na evolução da vida ele sempre esteve associado a perdas de vidas e bens devido a incêndios. O fogo só começou a ser encarado como ciência após a Segunda Guerra Mundial, pois era necessários conhecimentos em química, física, comportamento humano, engenharia, toxicologia, etc.

O Brasil só tomou conhecimento da importância da segurança contra incêndio em edificações na década de 70, após dois grandes incêndios ocorridos na cidade de São Paulo nos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974). Incêndios que resultaram em perdas de centenas de vidas humanas, tornando-se uma tragédia nacional. Apesar de haver países desenvolvidos em constantes avanços na área de segurança contra incêndio na época, no Brasil quase nada tinha sido feito em relação ao assunto. Após essas tragédias houve uma percepção da falta de segurança contra incêndio nos projetos arquitetônicos, desde os materiais utilizados na construção, detalhes construtivos, rota de fuga entre outros que dificultaram o salvamento dos ocupantes. Atualmente o país está em constante evolução, tem normas e regulamentações nacionais sobre o assunto para que projetistas a utilizem em seus projetos, incorporando medidas de segurança contra incêndio desde a criação do projeto.

Segundo Barsano (2015, p. 167):

A proteção contra incêndio deve ser compreendida como o conjunto de medidas mais amplas para a detecção e o controle do crescimento do incêndio e sua consequente contenção ou extinção. O incêndio, por ser considerado um dos sinistros mais “terríveis” e “cruéis”, merece atenção especial das autoridades competentes. Sua forma de evolução é “traiçoeira”, pois ora surge como um simples princípio de incêndio (um cesto de lixo pegando fogo, por exemplo), ora pode se propagar pelo ambiente, alcançando altas temperaturas (e aquele simples princípio se torna um incêndio incontrolável).

Afim de facilitar o entendimento do assunto é necessário esclarecer conceitos básicos sobre fogo, incêndio e plano de prevenção contra incêndio.

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2.1 FOGO

Conforme normas de vários países não há um consenso global para definição de fogo. Vejamos a seguir:

a) Brasil - NBR 13860: fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.

b) Estados Unidos da América - (NF PA): fogo é a oxidação rápida autossustentada acompanhada de evolução variada da intensidade de calor e de luz.

c) Internacional - ISO 8421-1: fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor acompanhado de fumaça, chama ou ambos.

d) Inglaterra - BS 4422: Part 1: fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor acompanhado por fumaça, chama ou ambos.

A pouco tempo atrás existia a teoria do Triângulo do Fogo, na qual eram necessários três elementos para que o fogo existisse: combustível, comburente e calor.

Figura 1-Triângulo do fogo.

Fonte:(www.cursodebombeiro.com.br)

De acordo com novos estudos sobre o tema houve a necessidade da mudança na teoria, onde é necessário um quarto elemento que interaja de maneira proporcional aos elementos do triangulo para que se inicie o fogo, sendo esse quarto elemento chamado de reação em cadeia. Dando origem a nova teoria batizada de Tetraedro do fogo.

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Figura 2 - Tetraedro do fogo.

Fonte: (www.bc-systems.pt/wp-content/uploads/2015/11/triagulofogo.png)

De acordo com Barsano (2015, p. 169) podemos definir melhor cada elemento do tetraedro do fogo, a seguir vamos conhecer mais sobre esses quatro elementos essenciais para que haja fogo:

Combustível - Qualquer substância capaz de produzir calor por meio da reação química, seja sólido (papel, madeira, etc.), líquido (gasolina, álcool, etc.) ou gasoso (GLP, GNV, etc.).

Comburente – Agente químico que alimenta a reação, que lhe dá vida, como o oxigênio.

Calor – É a temperatura necessária para que determinado combustível consiga desprender vapores suficientes para ter combustão.

Reação em cadeia - É a interação proporcional dos três elementos essenciais: combustível, comburente e calor. De modo que, se houver algum desses elementos para mais ou para menos, não haverá combustão.

2.1.1 Formas de Propagação do Calor

Uma vez iniciado o fogo, seu calor resultante se propaga de três formas diferentes e fundamentais para o incêndio. Sendo elas: condução, convecção e irradiação. A seguir vamos conhecer suas características de acordo com Barsano (2015, p. 169 e 170).

Condução do calor: A energia é transmitida através de um material sólido, ou seja, de um local de temperatura elevada em direção à outro de baixa temperatura.

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Figura 3 - Condução do calor.

Fonte: (www.bing.com/images/search)

Convecção do calor: é a transmissão da energia por meio de fluidos aquecidos de um ponto mais baixo até um mais elevado. Por exemplo, no caso de um andar pegando fogo, o calor pode se propagar pelo poço do elevador, aquecendo os andares superiores.

Figura 4 - Convecção do calor.

Fonte: (http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2015/07/metodos-de-propagacao-da-energia.html)

Irradiação do calor: Propagasse por meio de um gás ou do vácuo na forma de energia radiante. Um exemplo, no caso de duas edificações construídas uma ao lado da outra, se uma delas pegar fogo o calor pode se irradiar horizontalmente pelas ondas eletromagnéticas.

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Figura 5 - Irradiação do calor.

Fonte: (http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2015/07/metodos-de-propagacao-da-energia.html)

2.1.2 Temperaturas Importantes dos Materiais Líquidos

As substâncias só pegam fogo, ou seja, entram em combustão a partir de determinadas temperaturas. De acordo com Barsano (2015, p. 171) temos as seguintes características:

2.1.2.1 Ponto de Fulgor

É a temperatura mínima necessária para que um material combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis, os quais, combinados com o oxigênio do ar e a ação de uma fonte externa de calor, iniciasse a queima.

Na NR-20 Portaria MTb nº 860, de 16 de outubro de 2018, temos as definições dos materiais inflamáveis e combustíveis:

• Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60º C. • Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20º C e a uma pressão

padrão de 101,3 kPa.

• Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60º C e ≤ 93º C

2.1.2.2 Ponto de Combustão

Seguindo com essa fonte de calor, os vapores e gases desprendidos desses combustíveis, ao atingirem determinadas temperaturas entram em combustão, ou seja, inicia-se

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o fogo (princípio de incêndio). Mas, se for retirada essa ação do calor, o fogo se apagará. A esse ponto em que, ao retirarmos a fonte de calor sobre o combustível, o fogo se apaga por ainda não existir uma proporcionalidade entre os elementos essenciais do fogo, denominamos ponto de combustão.

2.1.2.3 Ponto de Ignição

É o ápice da temperatura de determinado material combustível. É o momento em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão somente pelo contato com o comburente (O2) do ar, independentemente de qualquer fonte de calor. É nesse ponto que nasce o incêndio.

2.2 INCÊNDIO

2.2.1 Definição de Incêndio

De acordo com a NBR 13860 e a ISO 8421-1 temos as seguintes definições de incêndio:

• Brasil NBR 13860: O incêndio é o fogo fora de controle.

• Internacional ISO 8421-1: Incêndio é a combustão rápida disseminando-se de forma descontrolada no tempo e no espaço.

Esses conceitos de incêndio deixam claro que ele não é medido pelo tamanho do fogo.

Segundo Seito (2008, p. 43) aqui em nosso país quando o sinistro causado pelo fogo é pequeno, costuma-se dizer que houve um princípio de incêndio e não propriamente um incêndio.

Em um incêndio são produzidos três produtos oriundos da combustão, que são utilizados nos sistemas de detecção e chuveiros automáticos (sprinklers).

• Calor; • Fumaça; • Chama.

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2.2.2 Fatores que Influenciam o Incêndio

De acordo com Seito (2008, p. 43), os incêndios nunca são iguais, pois são vários os fatores que colaboram para seu início e desenvolvimento, podendo-se citar:

a) Forma geométrica e dimensões da sala ou local.

b) Superfície específica dos materiais combustíveis envolvidos. c) Distribuição dos materiais combustíveis no local.

d) Quantidade de material combustível incorporado ou temporário. e) Características de queima dos materiais envolvidos.

f) Local do início do incêndio no ambiente.

g) Condições climáticas (temperatura e umidade relativa). h) Aberturas de ventilação do ambiente.

i) Aberturas entre ambientes para a propagação do incêndio. j) Projeto arquitetônico do ambiente e ou edifício.

k) Medidas de prevenção de incêndio existentes. l) Medidas de proteção contra incêndio instaladas.

A maioria dos incêndios iniciam bem pequenos, seu aumento depende do primeiro item ignizado, das características do comportamento ao fogo dos materiais na proximidade do item ignizado e sua distribuição no ambiente.

Gráfico 1 - Curva de evolução do incêndio.

Fonte: Seito (2008, p. 44)

Observando o gráfico da curva de evolução do incêndio, é possível identificar três fases distintas:

A primeira fase da curva temos a pré-ignição e um crescimento lento do incêndio, tendo em média uma duração entre cinco a vinte minutos até a ignição, após a ignição entramos

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na segunda fase onde há o crescimento do fogo com suas chamas aquecendo o ambiente. Para uma resposta eficiente e com grande probabilidade de sucesso é necessário que o sistema de detecção e combate a incêndio opere na primeira fase. Quando o ambiente tem sua temperatura elevada chegando perto dos 600ºC fica saturado por gases e vapores combustíveis, consequência da pirólise dos combustíveis sólidos. Caso haja combustíveis líquidos no ambiente, esses contribuíram com seus vapores gerando uma inflamação generalizada fazendo com que o incêndio tome conta de todo o local. E por último temos a terceira fase onde todo material combustível foi consumido pelo incêndio fazendo com que a temperatura e as chamas entre em recesso gradual. (SEITO, 2008, p. 44).

2.2.3 Classes de Incêndio

Segundo Barsano (2014, p. 67), o incêndio é classificado de acordo com a periculosidade e propriedades dos materiais combustíveis, de acordo com as particularidades específicas de cada sinistro, ou seja, características dos materiais supostamente envolvidos na ocorrência de incêndio e com isso possa ser definido o agente extintor apropriado no combate do mesmo. Classificação essa que foi desenvolvida pela NFPA – (Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA) sendo aceita pelos corpos de bombeiros do mundo, no Brasil foi adotada pelas corporações e instruções técnicas vigentes.

A Norma Regulamentadora (NR 23 - Proteção contra Incêndios) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), traz as seguintes definições para a classificação de fogo:

[...] Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a seguinte classificação de fogo:

Classe A: são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua

superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra etc.

Classe B: são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua

superfície, não deixando resíduos, como óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina etc.

Classe C: quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados, como motores,

transformadores, quadros de distribuição, fios etc.

Classe D: elementos pirofóricos, como magnésio, zircônio, titânio.

Barsano (2014, p. 67), cita que ainda existem mais duas classes de incêndio reconhecidas e pouco divulgadas por não constarem na NR 23, são elas:

• Classe E: trata de fogo em materiais radioativos e nucleares.

• Classe K: trata de fogo em cozinhas industriais e similares (banha, gordura e óleo)

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2.2.4 Extinção do incêndio

Como visto anteriormente para se iniciar o fogo é necessário que os elementos do Tetraedro do Fogo se interajam de forma proporcional, para evitar que isso aconteça e o incêndio se torne generalizado em todo o local é necessário neutralizar um ou mais dos elementos que fazem parte do Tetraedro do Fogo, interrompendo assim seu ciclo de alimentação.

Segundo Barsano (2014, p. 68), para a interrupção desse ciclo constante deve-se utilizar métodos de extinção de incêndio, sendo necessário agentes extintores apropriados de acordo com a classe de incêndio em questão, assim tendo eficiência no combate sem oferecer riscos adicionais aos combatentes em ação.

Tem-se quatro métodos básicos eficientes para a extinção do fogo:

• Isolamento: consiste na retirada do material combustível que ainda não foi atingido pelo fogo, evitando assim a propagação do incêndio na área do sinistro.

• Resfriamento: consiste na diminuição ou retirada do calor do material combustível, diminuindo sua temperatura com a utilização de água para evitar a liberação de gases e vapores combustíveis responsáveis pela propagação do incêndio.

• Abafamento: é a retirada ou diminuição do comburente (oxigênio), elemento necessário para intensificar e propagar o fogo, utilizando agentes extintores de origem natural (areia/terra) ou químicas (bicarbonato de sódio, sulfato de alumínio, grafite em pó etc.).

• Quebra da reação em cadeia: consiste no encerramento da reação em cadeia, interrompendo o ciclo contínuo diretamente na área das chamas, utilizando agentes extintores que ao entrarem em contato com o fogo sofrem reação química eliminando o comburente (oxigênio).

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2.3 PROJETO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO (PPCI)

A segurança contra incêndio é fundamental nas edificações para manter a segurança da vida, minimizar perdas materiais e ambientais. O projeto com o Plano de Prevenção Contra Incêndio deve ter seus objetivos claramente definidos nas etapas iniciais dos projetos da edificação, pois é nessas etapas que se solucionam as questões relacionadas à segurança contra incêndio. Para garantir confiabilidade e efetividade do plano de prevenção contra incêndio previsto em projeto é primordial que na fase de execução do edifício seja implantado todos os sistemas.

De acordo com SEITO (2008, apud BERTO, 1991, p. 57), para garantir níveis adequados de segurança contra incêndio em um edifício tem-se as seguintes medidas de prevenção e proteção contra incêndio:

a) Precaução contra o início do incêndio. b) Limitação do crescimento do incêndio. c) Extinção inicial do incêndio.

d) Limitação da propagação do incêndio. e) Evacuação segura do edifício.

f) Precaução contra a propagação do incêndio entre edifícios. g) Precaução contra o colapso estrutural.

h) Rapidez, eficiência e segurança das operações relativas ao combate e resgate.

O Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) é composto por documentos escritos e gráficos, sua aprovação depende da análise dos órgãos públicos competentes, só pode ser elaborado por profissional legalmente habilitado e com registro no respectivo conselho de classe.

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3 ESTUDO DE CASO – PROJETO (PPCI)

O objeto deste trabalho trata-se de um residencial multifamiliar em fase de projeto a ser executado na cidade de Florianópolis – SC, terá apenas 1 bloco com 12 pavimentos e área total construída de 11.118,99 m². Para elaboração do projeto preventivo contra incêndio e pânico foi utilizado as Instruções Normativas (IN) do Corpo de Bombeiro Militar de Santa Catarina, no qual compete analisar o projeto, vistoriar imóveis e expedir os atestados de aprovação no Estado de Santa Catarina..

Figura 6 - Fachada do residencial.

Fonte: Projeto arquitetônico.

Conforme o Artigo 115 da IN 01/CBMSC, a classe de ocupação do imóvel em questão é a residencial privativa multifamiliar, sendo assim sua classe de risco de incêndio de acordo com o Artigo 5 da IN 03/CBMSC é considerada de risco leve.

No Artigo 124 da IN 01/CBMSC, temos os sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico que o referido imóvel deve obrigatoriamente possuir em função dos seus parâmetros, sendo esses:

• Proteção por extintores; • Saídas de emergência;

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• Iluminação de emergência e Sinalização para abandono do local nas áreas de circulação, nas saídas e emergência e nos elevadores;

• Materiais de acabamento e revestimento, ver IN 18/CBMSC; • Sistema Hidráulico preventivo;

• Plano de emergência;

• Sistema de proteção contra descargas atmosféricas; • Sistema de alarme e detecção de incêndio;

• Dispositivo para ancoragem de cabos.

3.1 SISTEMAS DO PROJETO

3.1.1 Extintores de incêndio

Foi utilizado a IN 06/CBMSC para dimensionamento do sistema preventivo por extintores. Serão instalados extintores de incêndio do tipo PQS – 4kg, conforme localização em planta baixa.

3.1.1.1 Generalidades

A máxima distância percorrida pelo operador não poderá ser maior que 20m, entre o ponto mais afastado e a unidade extintora.

Conforme Artigo 8 são exigidos no mínimo 2 extintores por pavimento, inclusive para edificações térreas, mesmo que apenas um extintor atenda a distância máxima a ser percorrida.

3.1.1.2 Sinalização / Fixação

A fixação do aparelho deverá ser feita com previsão de suportar 2,5 vezes o peso total do aparelho a ser instalado.

Deverá ser instalado sob cada extintor, a 20 cm da parte inferior do mesmo, um círculo com a inscrição em negrito "PROIBIDO DEPOSITAR MATERIAIS", podendo ser utilizadas as seguintes cores: branco com bordas vermelhas, vermelho com bordas amarelas, ou amarelo com bordas vermelhas.

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Sobre cada extintor, a 20 cm da parte superior do mesmo, uma seta com a inscrição em negrito "EXTINTOR", podendo ser utilizadas as seguintes cores: branco com bordas vermelhas, vermelho com bordas amarelas, ou amarelo com bordas vermelhas.

3.1.2 Saídas de emergência

Conforme anexo B (Tipo e números de escadas) da IN 09/CBMSC, o projeto necessita de uma Escada do tipo Enclausurada à prova de fumaça que inicia no térreo e vai até o barrilete. Os corredores estão projetados com dimensões maiores que a mínima solicitada no Artigo 63 da IN, que é de 1,20 m de largura.

As escadas são dotadas de corrimãos de madeira ou metálicos colocados em ambos os lados, incluindo os patamares, construídos de forma a permitir contínuo escorregamento das mãos ao longo de seu comprimento e com condições de suportar um tracionamento de 200Kg/cm2

Possuem luminárias de emergência devidamente posicionadas e piso antiderrapante e incombustível.

Seu piso será de cerâmica antiderrapante, terá as seguintes dimensões: • Piso: 28 cm (0,28m)

• Espelho: 18 cm (0,18m)

3.1.3 Instalação de gás combustível

A edificação será abastecida por gás natural (GN), seus dimensionamentos seguiram os requisitos da NSCI/CBMSC.

3.1.3.1 Central de GN

Conforme o Art. 36 da IN 08, o abrigo do conjunto de controle e manobra para GN, deve ter as dimensões mínimas de 30 x 60 x 20 cm, altura de instalação mínima de 100 cm do piso externo, ter o Conjunto de Regulagem e Medição de GN instalado no exterior próximo ao abrigo, aberturas para ventilação na parte superior do abrigo e/ou nas laterais e fechamento em material transparente, com a inscrição: “EM CASO DE INCÊNDIO, QUEBRE E FECHE O REGISTRO”.

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3.1.3.2 Canalização

A tubulação de gás conforme o Art. 106 da NSCI poderão ser em: • Aço preto ou galvanizado - com ou sem costura;

• Cobre - com ou sem costura; • Latão - sem costura.

Quando a tubulação for subterrânea deverá possuir tratamento ante-corrosivo.

3.1.3.3 Dimensionamento da canalização

O dimensionamento da rede primaria de canalização GN é apresentado a seguir:

Tabela 1 – Dimensionamento da rede primária de GN.

Para o dimensionamento da rede primária foi adotado o trecho de maior comprimento.

Tabela 2 - Dimensionamento da rede secundária de GN.

Para o dimensionamento da rede secundária foi adotado o trecho de maior comprimento. TRECHO L ∑ Pc ∑ L PA Ø Ø Adotado K - L 2,88 1035 80,44 831 1.1/2'' 2" J - K 2,88 2070 77,56 1500 2" 2" I - J 2,88 3105 74,68 1790 2" 2" H - I 2,88 4140 71,8 2020 2" 2" G - H 2,88 5175 68,92 2130 2" 2" F - G 2,88 6210 66,04 2240 2" 2" E - F 2,88 7245 63,16 2340 2" 2" D - E 2,88 8280 60,28 2450 2" 2" C - D 12,2 9315 57,4 2560 2" 2" B - C 6,00 18630 45,20 3210 2" 2" A - B 39,2 18630 39,2 3210 2" 2"

REDE PRIMÁRIA

TRECHO L ∑ Pc ∑ L PA Ø Ø Adotado FOGÃO - AQUEC. 3,15 150 14,25 150 1/2" 1/2" MEDIDOR - FOGÃO 11,1 267 11,1 267 3/4" 3/4"

REDE SECUNDARIA

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31

3.1.3.4 Dimensionamento das ventilações permanentes

O dimensionamento das ventilações permanentes será dado em função dos aparelhos de queima.

O dimensionamento é apresentado a seguir:

• Potência nominal total dos aparelhos a gás instalados = 267 (kcal/min).

Á çã = 267 1,5

Á çã = 400,5 ²

Há dois modelos de ventilação adotados (vide projeto)

3.1.4 Iluminação de emergência e Sinalização para abandono do local nas áreas de circulação e saídas de emergência.

Sistemas dimensionados de acordo com a NSCI, IN 11 e 13. Serão do tipo Bloco autônomo de iluminação.

As luminárias de emergência deverão ser construídas de forma que resistam a uma temperatura de 70º C por uma hora, ser do tipo que impeça a propagação de chamas e que sua combustão não emane gases tóxicos, deve ser fixada de modo que não sejam superiores as aberturas dos ambientes, o fluxo luminoso do ponto de luz, exclusivamente de iluminação de sinalização deve ser de no mínimo 30 lumens.

A iluminação de sinalização deve ser contínua durante o tempo de funcionamento do sistema quando da interrupção da alimentação normal, o material empregado para sinalização e sua fixação deve ser tal que não possa ser facilmente danificado.

A iluminação de emergência deve garantir um nível mínimo de iluminamento de 3 Lux em locais planos e 5 Lux em locais com desníveis.

O sistema de iluminação de emergência terá autonomia mínima de uma hora de funcionamento garantindo a intensidade dos pontos de luz e os níveis mínimos de iluminação.

É de responsabilidade do instalador a execução do sistema de iluminação, respeitando fielmente o projeto elaborado.

O funcionamento do sistema deve ser assegurado por técnico qualificado pelo fabricante ou por órgão credenciado pelo corpo de bombeiros.

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A sinalização de abandono de local se constitui de placas com indicação de "SAÍDA", iluminadas.

As placas serão colocadas defronte ás portas das saídas de emergência em cada pavimento, e na porta de saída do pavimento de descarga (térreo).

3.1.5 Materiais de acabamento e revestimento da edificação

Esses materiais devem seguir as especificações e propriedades exigidos pela IN 18/CBMSC visando prevenir acidentes, restringir a propagação do fogo e o volume de fumaça nos imóveis.

3.1.6 Sistema hidráulico preventivo

A IN 07/CBMSC dispõe sobre o Sistema Hidráulico Preventivo, onde o sistema e exigido para a ocupação do projeto, conforme disposto na IN 01/CBMSC.

O abastecimento do sistema hidráulico preventivo será feito através do reservatório superior, com adução por gravidade.

As canalizações serão em tubo de aço preto sem costura com diâmetro de duas polegadas e meia e três polegadas (APSC - φ 2.1/2” e φ 4”).

Haverá um hidrante em cada pavimento, instalado dentro do abrigo de mangueiras, e no passeio será localizado o hidrante de recalque.

O reservatório superior se composto por duas caixas em concreto. Foram instalados 15 hidrantes observando-se os encaminhamentos previstos por norma de maneira que toda edificação fique protegida.

O de recalque será instalado no passeio, em local de fácil acesso para os bombeiros. Este abrigo deverá ser em alvenaria de tijolos ou em concreto, como especificado em projeto

3.1.6.1 Calculo do sistema hidráulico preventivo

Visando garantir a pressão mínima de segurança no hidrante mais desfavorável do sistema, foi realizado o cálculo de dimensionamento da altura mínima necessária entre o fundo da caixa d’água e o hidrante mais próximo.

O valor da uma altura calculada foi 5,46 m. Foi adotado em projeto 6,19m. Segue o cálculo:

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3.1.6.1.1 Memorial

• Edificação de risco leve • P. dinâmica= 4m.c.a • Ø do Esguicho= 13mm • Ø Canalização= 2.1/2" e 4"

• N° de Hidrantes instalados= 15 unidades. • N° de Hidrantes em uso simultâneo= 4 unidades

3.1.6.1.2 Cálculo da Vazão no Hidrante mais Desfavorável (Q1)

Sendo: D= 13 mm H= 4m.c.a

Q1= 0,2046 x 13² x √4

Q1= 69,15 l/min ou 0,001153 m³/s

3.1.6.1.3 Pressão no Hidrante mais Desfavorável (Q1)

Sendo:

Δhman= Perda de carga na mangueira Δhtub= Perda de carga na tubulação

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34 Sendo: Q= 0,001153 m³/s C=120 (coeficiente de rugozidade) D=63mm Jt = 0,0039 m/m Comprimentos equivalentes: Tê de 63mm saída lateral = 3,43 m Registro angular = 10,00 m Redução = 0,60 m Tubulação = 0,50 m Comprimento total = 14,53 m Δhtub = 14,53 x 0,0039 Δhtub = 0,056 m

Perda de carga na mangueira:

Sendo:

Q= 0,001153 m³/s

C= 140 (coeficiente de rugosidade) D= 38 mm

(36)

35 Δhman =30 x 0,0344 Δhman =1,032 m P = 4 + 0,056 + 1,032 P = 5,088 m 3.1.6.1.4 Demais Vazões Qb = 0,2046 x 13² x √(4+2,88) Qb = 0,001512 m³/s Qc = 0,2046 x 30² x √(6,88+2,88) Qc = 0,0018 m³/s Qd = 0,2046 x 13² x √(9,76+2,88) Qd = 0,002049 m³/s QTotal = Q1 + Qb + Qc + Qd Qtotal = 0,006514 m³/s

3.1.6.1.5 Comprimento Equivalentes no Trecho (R-A)

1 Entrada Normal ( 4") = 1,6 m 1 Registro de Gaveta ( 4") = 0,7 m 1 Valvula de Retenção ( 4") = 12,9 m 1 Joelho 90° ( 4") = 3,76 m 1 Tê saída lateral/pas. direta ( 4") = 6,65 m 1 Redução ( 2.1/2" e 4") = 1,1 m Canalização ( 4") = 5 m

(37)

36

Comprimento total = 31,71m

3.1.6.1.6 Perda de carga unitária no trecho (R-A):

Sendo: Q = 0,006514 m³/s C = 120 (coeficiente de rugosidade) D = 0,10 m Jra = 0,01 m/m 3.1.6.1.7 Cálculo da Altura X P = X – Δh(a-r) Δh(r-a) = J(r-a) x (X + 31,71) P = X - ( 0,01X + 0,01 x 31,71) 5,088 = X - 0,01X - 0,32 X = 5,408 / 0,99 X= 5,46 m

3.1.6.1.8 Cálculo da Reserva Técnica de Incêndio

Conforme Artigo 48 da IN 07, a reserva técnica tem seu volume definido em função da classificação de risco de incêndio e da área total construída da edificação. Para o projeto em questão a RTI tem que ter um volume mínimo de 20 m³, foi adotado em projeto o volume de 20.090,40 litros atendendo a instrução normativa.

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3.1.7 Plano de emergência

O plano de emergência contra incêndio deve atender a IN 31/CBMSC contendo procedimentos básicos na segurança contra incêndio com exercícios simulados, plantas de emergência e programa de manutenção dos sistemas preventivos.

3.1.8 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas

O dimensionamento do sistema seguiu as especificações da NSCI e a NBR 5419.

A captação será feita por captor do tipo terminais aéreos, posteriormente distribuídos por condutores através do sistema de esferas rolantes.

O sistema é composto por cabos de cobre S=35mm² esticados por todo perímetro de cobertura, fixados a cada 2,0m na platibanda por conectores tipo splitbolt.

3.1.8.1 Descidas

Serão ao todo 06 descidas de escoamento, locadas dentro do limite máximo de 20 m de distância uma das outras, executadas com cabos de cobre nu S=35mm².

3.1.8.2 Aterramento

Cada decida será conectada a hastes de aterramento do tipo Copperweld ø5/8”x 244 cm. As hastes devem estar em caixas circulares com ø30cm.

Toda ligação deverá ser isolada através do material tipo silicone.

O cabo de aterramento será em cobre nu S=50mm² com resistência Ômica <10 ohms e profundidade> 60cm.

3.1.9 Sistema de alarme e detecção de incêndio

O dimensionamento do sistema seguiu os requisitos da IN 12/CBMSC de acordo com a sua classificação.

O projeto conta com uma central de alarme que atende a quantidade de acionadores e detectores de fumaça ópticos determinados em planta. Os acionadores de

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alarme de emergência serão instalados ao lado de cada caixa de hidrante, será do tipo quebra-vidro “Push-button”, ambos com sinalizador sonoro com intensidade mínima de 90dB e máxima de 115dB e frequência de 400 a 500 Hertz com mais ou menos 10% de tolerância. Será instalado detectores de fumaça óptico no posso dos elevadores.

3.1.10 Dispositivo para ancoragem de cabos

O projeto está dimensionado conforme IN 09/CBMSC, com quatro dispositivos para ancoragem de cabos de salvamento dispostos na cobertura e em pontos onde a parede ofereça menor probabilidade de exposição às chamas.

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39

4 CONCLUSÃO

Apresentou-se nesse trabalho a importância da prevenção contra incêndio com a fundamentação teórica sobre o assunto. Constatando a importância de projetos bem detalhados, que deverão apontar o sistema a ser empregado para cada edificação de acordo com a sua ocupação. Salientando e sugerindo sistemas de combate e prevenção normatizados pelos órgãos competentes, podendo afirmar que: em conformidade com as normas; mão de obra qualificada; fiscalização e conferência dos serviços executados; planos e programas de manutenção e utilização adequada da edificação, serão fatores que tem como objetivo orientar e prevenir potencialmente a incidência de incêndios. Ou seja, antecipar problemas na fase de projeto é essencial. Portanto, a consciência da prevenção deve ser inerente a todos envolvidos no processo construtivo de uma edificação e seus ocupantes.

Para que o plano de prevenção contra incêndio tenha sucesso, há uma série de fatores que precisam ser cumpridos que iniciam desde as fases iniciais de projeto até a manutenção do imóvel em toda sua vida útil. Um simples descuido pode representar falha e, dependendo da fase em que tenha ocorrido, poderá prejudicar o projetista, o construtor ou mesmo o usuário final, ou a todos, se a solução projetada não for a mais adequada para a situação.

Por fim, após estudos acerca dos métodos de prevenção e proteção adotados, conclui-se que o projeto de prevenção e combate a incêndio elaborado atende e as Instruções Normativas do Corpo de Bombeiro Militar do Estado de Santa Catarina (CBMSC) e as normas técnicas regulamentadores da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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REFERÊNCIAS

BARSANO, Paulo Roberto. Controle de riscos: prevenção de acidentes no ambiente ocupacional. São Paulo: Erica, 2014.

BARSANO, Paulo Roberto. Segurança do trabalho para concursos públicos. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 13860/1997. Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio. Rio de Janeiro: 1997.

NFPA – National Fire Protection Association - NFPA 101A. Alternative approaches to life safety. 2003 Edition.

ISO 8421 Part 1. General terms and phenomena of fire. Genève.

British Standard Institution - BS 4422: Part 1. Terms associated with fire Part 1. General terms and phenomena of fire.

Norma Regulamentadora (NR 20) – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis. Portaria Ministério do Trabalho e Emprego nº 3.214, de 08 de junho de 1978. SEITO, Alexandre Itiu. Et all. / coordenação. A Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008.

Norma Regulamentadora (NR 23) – Proteção Contra Incêndios. Portaria Ministério do Trabalho e Emprego nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

ESTADO DE SANTA CATARINA, POLICIA MILITAR, CORPO DE BOMBEIROS, CENTRO DE ATIVIDADES TECNICAS. NORMAS DE SEGURANCA CONTRA INCENDIOS (NSCI). Decreto Estadual no 4.909, de 18 Out 1994.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Instrução Normativa nº 01: Da Atividade Técnica. Florianópolis, 2015.

______. Instrução Normativa nº 03: Carga de Incêndio. Florianópolis, 2014.

______. Instrução Normativa nº 04: Carga de Terminologia de Segurança Contra Incêndio. Florianópolis, 2018.

______. Instrução Normativa nº 06: Sistema Preventivo por Extintores. Florianópolis, 2014.

______. Instrução Normativa nº 07: Sistema Hidráulico Preventivo. Florianópolis, 2017.

______. Instrução Normativa nº 08: Instalações de Gás Combustível (GLP e GN). Florianópolis, 2014.

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41

______. Instrução Normativa nº 09: Sistema de Saídas de Emergência. Florianópolis, 2014.

______. Instrução Normativa nº 10: Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas. Florianópolis, 2014.

______. Instrução Normativa nº 11: Sistema de Iluminação de Emergência. Florianópolis, 2017.

______. Instrução Normativa nº 12: Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio. Florianópolis, 2014.

______. Instrução Normativa nº 13: Sinalização para Abandono de Local. Florianópolis, 2017.

______. Instrução Normativa nº 18: Controle de Materiais de Revestimento e Acabamento. Florianópolis, 2014.

______. Instrução Normativa nº 25: Rede Pública de Hidrantes. Florianópolis, 2014. ______. Instrução Normativa nº 31: Plano de Emergência. Florianópolis, 2014.

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Referências

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