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O crescimento do número de matrículas no ensino

superior: subsídios para o debate

Márcia Maria Dias Reis Pacheco

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade de Taubaté (1992), Mestrado em Educação: Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e Doutorado em Educação: Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). Atualmente é Professor Assistente Doutor da Universidade de Taubaté efetivo (2010), lotado no Departamento de Pedagogia, concursada na disciplina de Didática com atuação na graduação e pós-graduação. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Didática, Didática do Ensino Superior e Psicologia da Educação. Atua como Supervisor de Ensino pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Compõe o corpo permanente de docentes do curso de Mestrado Interdisciplinar de Desenvolvimento Humano: formação, políticas e práticas sociais. Suas Áreas de Pesquisa são: Formação de Professores, Avaliação Educacional e Políticas Públicas.

Edna Maria Querido de Oliveira Chamon

Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação e Desenvolvimento Humano da Universidade de Taubaté - UNITAU, possui graduação em Pedagogia pela Faculdade Nogueira da Gama (1991), graduação em Sciences de L’Education - Université de Toulouse II (Le Mirail) (1994), mestrado em Sciences de L’Education - Université de Toulouse II (Le Mirail) (1995), doutorado em Psicologia - Université de Toulouse II (Le Mirail) (1998) e pós-doutorado em Educação na UNICAMP (2003). Atualmente é professora assistente doutora da Universidade de Taubaté (UNITAU), em Taubaté, SP e Pesquisador colaborador na Universidade de Campinas (UNICAMP) no Departamento de Arquitetura e Construção da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo.

Carolina Moraes Fuzaro

Mestranda em Desenvolvimento Humano pela Universidade de Taubaté, possui graduação em Pedagogia pela Universidade de Campinas e atua como professora da Educação Básica.

Leonor M. Santana

Mestranda no Programa de Pós Graduação em Educação e Desenvolvimento Humano da Universidade de Taubaté - UNITAU. Possui graduação em Psicologia pela UNITAU, com especialização em Psicopedagogia (UNITAU), MBA em Gestão de Pessoas (FGV). Atualmente atua como docente em cursos de Administração e Recursos Humanos e em Pós Graduação na área de Psicopedagogia. Como Psicóloga Clínica, atua na área de Orientação Profissional.

Resumo

Este artigo apresenta os dados de crescimento do número de matrículas de uma Universidade do interior paulista e faz considerações quanto aos indicadores de matrícula no Ensino Superior no Brasil. O estudo tem por objetivo contribuir para o debate sobre a expansão da educação superior brasileira. Os dados possibilitaram olhar para o desafio existente nas relações entre a Educação Básica e a Educação Superior, bem como para o crescimento predominantemente das matrículas em Instituições de Ensino Superior privadas. As análises foram pautadas nas metas do Plano Nacional de Educação e nas políticas destinadas ao aumento da oferta do Ensino Superior no país. A democratização da Educação Superior pode ser vista como um processo ainda em andamento e que enfrenta equívocos nos moldes como vem tentando propiciar maior inclusão social neste nível de ensino.

Palavras-chave

Indicadores do crescimento de matrículas; Expansão da educação superior brasileira; Ensino Público e Privado.

Abstract

This article presents data growth in enrollment in a University of São Paulo and raises questions about the enrollment indicators in higher education in Brazil. The study aims to contribute to the debate on the expansion of Brazilian higher education. The data allow to look at the existing

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challenge in relations between the Basic Education and Higher Education, as well as for growth predominantly in enrollment in private higher education institutions. The analysis was guided by the goals of the National Education Plan and the policies aimed at increasing the supply of higher education in the country. The democratization of higher education can be seen as a process still underway and facing mistakes in the manner as has been trying to promote greater social inclusion in this level of education.

Keywords

Indicators of growth in enrollment; Expansion of Brazilian higher education; Public and private education.

Introdução

O Ensino Superior no Brasil tem alcançado destaque nas discussões sobre Educação desde que sua oferta e expansão estão asseguradas como meta no Plano Nacional de Educação (2014). Aparecem questões como: quantidade X qualidade; dissociação entre ensino e pesquisa; universidades públicas e privadas; formação profissional, programas de acesso à graduação, cotas, entre outras. Outro apontamento que atravessa a situação do Ensino Superior é sua própria relação com os outros níveis de ensino, em especial, o Ensino Médio.

Esta relação aflora aspectos do sistema educacional brasileiro como a divisão entre ensino propedêutico e profissional e sua intrínseca relação com a divisão de classes, próprias das sociedades capitalistas. A poucos o ensino voltado à pesquisa e saber científico e à maioria, às classes trabalhadoras, um ensino profissional para o mercado de trabalho.

Este contexto da educação superior no Brasil afeta a qualidade do ensino e o perfil dos profissionais que serão certificados para ingresso no mercado de trabalho uma vez que as reformas educacionais, as políticas de acesso e permanência estão intrinsecamente ligadas às relações do mundo do trabalho, às parcerias público-privadas e à massificação deste nível de ensino (SILVA JÚNIOR, LUCENA e FERREIRA, 2011).

Algumas causas da massificação do Ensino Superior foram estudadas e apresentadas por Schwatzman (2005), a saber: a competição constante por mais qualificação; a ampliação do período de “juventude”, com o adiamento do ingresso das pessoas no mercado de trabalho; a abertura para o desenvolvimento do ensino superior privado, que respondem às demandas mais do que o setor público; a incorporação crescente, ao nível superior, de cursos curtos, ou de orientação mais profissionalizante; e, o aumento de demanda por pessoas mais qualificadas em determinados segmentos do mercado de trabalho.

No Brasil, o a expansão do Ensino Superior pode ser vista nos últimos 12 anos quando as matrículas mais que dobraram, passando de 3.989.366, em 2003, para 7.839.765, em 2014. Mesmo que as matrículas em instituições federais, estaduais e municipais tenham crescido, o significativo aumento está diretamente relacionado ao crescimento do setor privado devido à redução de financiamento às Instituições Federais e pelas facilidades de criação de Instituições de Ensino Superior privadas. Em 2014, 74,9% (5.867.011) do total de matrículas de graduação são da rede privada, ficando a rede pública, portanto, com 25,1% (1.961.002) (INEP, 2015). De 2013 para 2014, o crescimento do número de matrículas foi de 7,1%, sendo 1,5% na rede pública e 9,2% na rede privada (INEP, 2015).

O Plano Nacional de Educação (PNE), por meio da Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014, determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional no período de dez anos (2014 a 2024). Como meta para a educação superior está a elevação da taxa de matrícula para 50%, a taxa líquida para 33% da população de 18 e 24 anos, buscando assegurar a qualidade e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público.

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125 Inúmeras medidas já foram iniciadas através políticas e programas como: Programa Universidade para Todos (ProUni), o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), além dos programas já existentes, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Cabe aqui também destacar o mais representativo programa de avaliação do ensino médio e de seleção à admissão no ensino superior, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Aos poucos o programa foi sendo implementado, assegurando participação em massa por meio da isenção do pagamento da taxa de inscrição aos alunos das escolas públicas e utilização da nota do ENEM como critério parcial ou total para a seleção nas universidades públicas.

Compreendemos a relevância dessas questões num momento de grandes transformações no Brasil por considerarmos as políticas públicas destinadas aos Ensinos Básico e Superior como parte de complexas relações ideológicas, sociais e econômicas. A formação no Ensino Superior passa a ser um critério de seleção para o ingresso em um mercado de trabalho cada vez mais escasso de empregos. O Ensino Médio, um divisor de águas na vida de muitos jovens que se deparam com os processos seletivos e o afunilamento das vagas em instituições públicas e o alto preço das instituições privadas superiores.

Apesar deste significativo aumento no acesso ao Ensino Superior, o número de jovens que concluem o Ensino Médio é muito maior do que os ingressantes em cursos de graduação e as matrículas da rede pública não aumentam significativamente. Este artigo tem, portanto, como objetivo principal a contribuição para o debate acerca da expansão da educação superior brasileira, através da análise de dados dos indicadores de matrícula de uma Universidade localizada em uma Região Metropolitana Paulista. Existe aqui o desafio de compreender as relações existentes entre a Educação Básica Pública e Privada e a Educação Superior.

O Plano Nacional de Educação e as medidas de expansão

O Plano Nacional de Educação (PNE), por meio da Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014, determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional no período de dez anos (2014 a 2024), sendo as metas divididas em quatro grupos:

O primeiro grupo são metas estruturantes para a garantia do direito a educação básica com qualidade, e que assim promovam a garantia do acesso, à universalização do ensino obrigatório, e à ampliação das oportunidades educacionais. Um segundo grupo de metas diz respeito especificamente à redução das desigualdades e à valorização da diversidade, caminhos imprescindíveis para a equidade. O terceiro bloco de metas trata da valorização dos profissionais da educação, considerada estratégica para que as metas anteriores sejam atingidas, e o quarto grupo de metas refere-se ao ensino superior (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2015).

As metas voltadas ao Ensino Superior estão relacionadas abaixo:

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

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126 mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2015).

Tessler (2012) ressalta como esta meta 12 é ambiciosa considerando-se que para atingi-la o crescimento médio anual deveria ser de 7,2%, e no setor público este aumento deveria ser de 17,5%.

O Brasil tem vivenciado medidas de democratização do Ensino Superior desde a década de 1990 com ampla abertura de novas Instituições de Ensino Superior privadas. Este aumento, no entanto, alcançou um “[...] crescimento na oferta do ensino, sem o devido acompanhamento das atividades de pesquisa e extensão, isso porque as faculdades não possuem a obrigatoriedade de atuação nessas áreas” (CARMO et al, 2014, p. 310). No desenrolar das políticas destinadas ao crescimento de matrículas no Ensino Superior, diversos programas como o ProUni, Reuni e de reserva de vagas nas universidades públicas para estudantes de escolas públicas e cotas raciais e étnicas tem sido implantados e alcançado posições de destaque no debates nacionais.

Estas medidas, no entanto, guardam intrínseca relação com as características do Ensino Médio regular brasileiro que vive crises e contradições como: universalização, evasão, reprovações, formação integral, profissional e/ou propedêutica. Estas questões tomam dimensões e rumos diferentes quando analisadas dentro dos sistemas públicos e privados de ensino, uma vez que amplia a distância entre os alunos de escolas públicas e de escolas privadas na corrida para o acesso ao Ensino Superior. O desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e no ENEM são melhores nos alunos do ensino da rede privada, ao passo que a evasão e a reprovação são maiores entre os alunos do ensino da rede pública. Segundo Carmo et al (2014), outro fator que diferencia estas redes é a maior quantidade de horas em sala de aula aliada ao sucesso nas avaliações do Ensino Médio por parte dos alunos das escolas particulares. Este sucesso acaba por facilitar o acesso dos alunos das redes particulares nas universidades, tanto as que utilizam os critérios do ENEM para ingresso como, os vestibulares.

Dos investimentos públicos destinados à educação, a menor fatia é para o Ensino Médio que tem o menor gasto por aluno comparado aos outros níveis de ensino. Assim, favorecer o desenvolvimento do Ensino Médio e o acesso e continuidade no Ensino Superior requer também aumentar os investimentos destinados à Educação Básica. As insuficiências de um nível de ensino aprofundam-se nos seguintes, perpetuando as desigualdades dentro do sistema educacional brasileiro.

As deficiências não sanadas no ensino médio dificilmente serão resolvidas no ensino superior, onde a abordagem e a complexidade dos conteúdos são diferentes, tornando-se um fator complicador nessa esfera de ensino. O que tem ocorrido, na verdade, é uma transposição desse problema do ensino médio da rede pública para o ensino superior da rede privada, isso porque os estudantes de nível médio da rede privada, ao obterem melhores pontuações no Enem, garantem para si as vagas mais concorridas das universidades públicas, enquanto os estudantes de nível médio da rede pública, com defasagem de conteúdos, ficam em desvantagem na concorrência. Essa situação pode vir a ser resolvida com a Lei de Cotas e a garantia de reserva de metade das vagas para estudantes das redes públicas. Entretanto, não há, ainda, por ser uma medida recente, parâmetros suficientes para aferir tal situação (CARMO et al, 2014, p.315).

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127 A ampliação do acesso e permanência no Ensino Superior está também relacionada ao acesso e conclusão com efetivo aprendizado no Ensino Médio. Cibele Yahn de Andrade (2012), pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP) da Unicamp analisa a equidade e a desigualdade no acesso ao Ensino Superior e coloca em questão a demanda qualificada dos alunos para este nível de ensino em termos de equivalência entre anos de estudo, acesso ao conhecimento, competências básicas e capacidades simbólicas que estão relacionadas à variável renda familiar. Para ela, compreender estes processos significa pensar nos obstáculos que existem para o bom funcionamento da educação e na formulação de políticas públicas para a melhoria de sua qualidade “[...] na superação das restrições decorrentes das clivagens sociais que se manifestam no interior de todo o sistema educacional – do ensino fundamental, médio e superior” (ANDRADE, 2012, p.7).

Existe ainda outro fator relevante quanto às relações Ensino Médio, Ensino Superior, público e privado que é a diferença dos cursos a que se destinam os alunos das redes públicas e das rede privadas podendo ser analisado para além de uma simples escolha profissional. Para Carmo et al (2014), existe um desequilíbrio,

[...] quando os estudantes são estratificados por curso, visto que, entre os cursos de maior concorrência (Medicina, Direito e Engenharia), a ocupação é quase exclusiva de alunos oriundos de escolas privadas, enquanto os cursos de menor concorrência, incluindo as licenciaturas, apresentam uma participação maior dos estudantes advindos de escolas públicas. Ainda, de acordo com o levantamento realizado pela Andifes, os estudantes ingressantes nas universidades federais são, majoritariamente, oriundos do ensino médio regular (87,4%). Já os estudantes oriundos de cursos técnicos, magistério e educação de jovens e adultos (EJA) representam 12,5% do alunado das federais (CARMO et al, 2014, p.309).

Essas diferenças presentes até mesmo na escolha dos cursos de graduação têm, portanto, relações com toda a estrutura do sistema educacional e a realidade sócio, econômica e cultural brasileira. Para o sociólogo Simon Schwartzman (2014), o grande limitador ao acesso e à qualidade do Ensino Superior é o Ensino Médio brasileiro que ainda não forma pessoas em quantidade suficiente e em qualificações necessárias para ascender aos estudos superiores. Desta forma, o gráfico abaixo confirma o maior número de não ingressantes do que de ingressantes no Ensino Superior. Elaborado por Barros (2015, p. 380), o gráfico (figura I) leva em consideração além dos concluintes do Ensino Médio, também “[...] os que já concluíram o Ensino Médio em anos anteriores, os que se inscreveram em mais de uma instituição, os que fizeram os exames por experiência, dentre outras situações”.

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128 Figura 1

Comparação entre os percentuais de ingressos e de não ingressantes em IES – 2001 a 2010

Fontes: BARROS (2015) a partir dos dados retirados dos Censos da Educação Superior (INEP, 2001- 2010).

Além do sistema de educação média brasileira não possibilitar maior demanda ao Ensino Superior, os setores de ensino de tipo tecnológico ou profissional e políticas de acesso ao Ensino Superior público, também não foi desenvolvido como em outros países da América Latina (SCHWARTZMAN, 2005). Cresce, portanto, no Brasil, o Ensino Superior privado, conforme figura 2.

Figura 2

Número de matrículas em cursos de graduação, por categoria administrativa – 2003 a 2014

Fontes: INEP 2014.

Este sistema de Educação Superior não acompanha a tendência de diferenciação institucional, expandindo a formação superior a distintas clientelas com tipos de instituição e cursos diferenciados. Para Schwartzman (2005, p. 30), essa tendência “[...] poderia atender a estudantes com diferentes tipos de formação, dando a cada qual uma educação compatível com suas possibilidades, e atendendo de forma mais eficiente às demandas diferenciadas do

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129 mercado de trabalho”. A opção por um “modelo único” de formação aparece, no Brasil, na “indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão” que acaba por desperdiçar recursos e apresentar sérios problemas de qualidade (SCHWARTZMAN, 2005, p. 22). Esta característica pode estabelecer uma hierarquia de prestígio entre segmentos, instituições e cursos de ensino profissional e/ou superior, como já vivenciado historicamente no Brasil, que carregou a formação técnica e profissional de marcas escravocratas e preconceituosas (FRIGOTTO, 2011). Novamente voltamos a olhar para a questão da Educação Superior como parte de todo o sistema de educação brasileira que apresenta deficiências em vários níveis de ensino e afasta a formação geral da educação profissional, o ensino tecnológico do acadêmico, a instituição de ensino pública, da privada.

O crescimento do número de matrículas e suas implicações

Um olhar aguçado para os indicadores de matrícula de uma Universidade pode possibilitar subsídios para o debate sobre o desenrolar das metas presentes no Plano Nacional de Educação e sobre os moldes da expansão do Ensino Superior no Brasil. Para tanto, tomamos uma Universidade de categoria administrativa considerada especial. Para o Relatório do Censo de Ensino Superior (2013), esta categoria não apresenta uma explicação detalhada, mas é reconhecida como “autarquia municipal”. Dados do Censo da Educação Superior de 2014 (INEP, 2015) apontam que 12,6% das IES são públicas, dentre as quais 24,5% são municipais. Estas IES regidas pelas leis municipais deveriam estar de comum acordo com a Constituição Federal quando estabelece que todo ensino oferecido pelas prefeituras seja gratuito. Com liminares favoráveis, no entanto, essas instituições passam a cobrar mensalidades por seus cursos, muitas vezes equiparadas a valores de instituições privadas, justificando que sua manutenção não se dá preponderantemente por dinheiro público. Assim, estas Universidades são tidas, pela ótica dos alunos e de toda a população, como IES privada.

A Instituição de Ensino Superior (IES) pesquisada localiza-se em uma Região Metropolitana do interior Paulista e iniciou suas atividades em 1974, a partir da Lei Municipal nº1498 como uma Instituição Municipal de Ensino Superior, sob a forma de autarquia educacional de regime especial. Ela oferece 44 cursos de Graduação nas áreas de Biociências, Humanas, Exatas e Tecnologia, sendo Instituição referência em sua região.

De acordo com os dados pesquisados, foi possível verificar um aumento de 29,9% no total de matriculas de ingressantes, dentre de 3 anos, conforme demonstrado no quadro 1. Considerando os alunos provenientes de escolas públicas o aumento foi de 16%, e de escolas privadas, 53% (Figura 3).

Quadro 1

Total de matriculas no primeiro ano (todas as áreas)

2012 2013 2014

2395 2362 3111

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130 Figura 3

Crescimento do número de matrículas

Fontes: elaboração própria a partir de dados da Universidade (2015).

Na figura 4 é possível verificar o aumento de matrículas, por área, sendo que o maior aumento foi na área de Ciências Exatas, 64%, seguida pela área de Biociências, 29% e Ciências Humanas, 11%.

Figura 4

Número de matriculas no primeiro ano, por área.

Fontes: elaboração própria a partir dos dados da Universidade (2015).

A distribuição dos alunos por área de conhecimento, da Universidade observada, corrobora com estudos sobre a estratificação da Educação Superior brasileira. Tanto no setor público, como no privado, existem instituições e cursos muito mais competitivos e dispendiosos e outros mais abertos e baratos, selecionando os alunos de acordo com suas condições de formação e recursos financeiros (SCHWARTZMAN, 2008). A maior parte dos estudantes de graduação encontram-se nas áreas das ciências humanas, administração,

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131 educação e serviços.

Dados sobre a escolha por cursos na Área de Ciências Humanas por alunos da rede pública estão presentes nos estudos de Martins e Noronha (2010) que verificaram correspondências entre a escolha em determinadas áreas, as características econômicas e o nível de escolaridade dos pais. Oliveira e Melo-Silva (2010), também abordaram a escolaridade dos pais, o nível socioeconômico e a natureza do ensino cursado relacionando-os ao sucesso no vestibular e à escolha da carreira. Nestes estudos verificou-se que além de influenciar a escolha do curso, estes aspectos são fatores que possibilitam (ou não) a permanência e a conclusão do curso. Poder concluir o ensino superior demanda possibilidades financeiras – há estudantes que precisam dividir suas atividades de aprendizagem com atividades laborais – e necessidades de informação e competências para acompanhar o desenvolvimento do curso.

Quanto à procedência dos alunos matriculados no primeiro ano, a figura 5 possibilita a comparação dos alunos advindos de escolas públicas e privadas, constatando a maior concentração de alunos da rede pública na área de Ciências Humanas. Estes dados também foram observados nos estudos de Oliveira e Melo-Silva (2010), e acrescenta que a busca por cursos menos concorridos é maior entre essa população. O fato de determinados cursos ser destinados a população mais pobre é, também, destacado por Schwartzman (2014), ao descrever o nascimento das Universidades Americanas nos séculos XVIII e XIX.

Em meados do século XIX, os estados americanos começaram a doar terrenos para a criação de escolas superiores que ficaram conhecidas como land-grant cal/eges, dedicadas à educação em "agricultura, tática militar e artes mecânicas", assim como aos estudos clássicos de letras, humanidades e artes para a população mais pobre, sem, no entanto, o caráter extremamente elitista das universidades europeias. (SCHWARTZMAN, 2014, p.24)

Figura 5

Número de matriculas no primeiro ano, por área e procedência.

Fontes: elaboração própria a partir dos dados da Universidade (2015).

Esta Universidade Pública Municipal que cobra mensalidades pelos cursos oferecidos (caracterizando-se como privada) apresenta uma maior quantidade de alunos provenientes da rede de Ensino Médio público, o que reafirma a tendência do Ensino Superior privado brasileiro estar destinado aos estudantes com menores oportunidades financeiras e de

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132 competição por desempenho nos vestibulares das Universidades públicas.

Sobre este Sistema de Educação Superior, Baldino e Cavalcante (2014) possibilitam uma reflexão a respeito das metas propostas no PNE enquanto possibilidades de melhorias ao acesso de jovens das camadas populares, além de jovens de grupos considerados excluídos (negros, indígenas e com deficiência). Destacam que, o acesso precoce de jovens de camadas populares ao mundo trabalho, como forma de auxiliar o sustento da família provoca uma descontinuidade no seu processo de escolarização no ensino médio, refletindo o seu acesso e permanência no ensino superior. Entretanto esse jovem vive o dilema de ter que conquistar um ganho financeiro imediato, e poder conquistar melhor nível de escolaridade para poder permanecer neste mercado de trabalho, visto que a busca por profissionais qualificados é uma realidade. Estes jovens, que geralmente advém do ensino médio público não apresentam bagagem de informações e conhecimentos exigidos nos processos seletivos do Ensino Superior público, tendo como consequência a busca por IES privadas e, a escolha por determinadas áreas e cursos.

O acesso ao Ensino Superior no Brasil reflete aspectos da natureza social e política do país, reforçando as diferenças e instituindo uma democratização relativa. Desde a Constituição Federal de 1988 e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei n. 9.394/1996) as IES possuem autonomia para definirem seus processos seletivos. Os modos como estas instituições passam a selecionar seus futuros estudantes, portanto acabam por evidenciar,

[...] o alto nível de exclusão econômica e de seletividade social no Brasil, em termos do acesso e permanência nesse nível de ensino. Pode-se afirmar, portanto, que aqueles que conseguem ingressar no ensino superior, mesmo no turno noturno, fazem parte de um segmento que já passou por um processo de seleção social bem mais amplo. (OLIVEIRA e BITTAR, 2010, p. 4).

A realidade socioeconômica da maioria dos jovens que ingressam no nível superior de ensino exige continuar trabalhando e certo apoio familiar para a permanência e conclusão do curso. As dificuldades neste processo, no entanto, acabam por aumentar o número de inadimplência e evasão presentes nas IES privadas. Nem mesmo os programas de incentivo ao acesso como ProUni e Fies conseguem ser efetivos na permanência, conclusão de curso e oportunidade de ascensão social para seus bolsistas, uma vez que possibilitam o ingresso em inúmeras instituições sem avaliações positivas de qualidade. Além disso, a que se pensar na estrutura destes programas que oferecem isenções fiscais às IES privadas deixando assim de arrecadar impostos que poderiam ser usados na oferta de vagas em IES públicas.

Reforçam-se, então, as características contraditórias da democratização do Ensino Superior. A oferta de vagas nas IES públicas são insuficientes, os programas de incentivo como ProUni e Fies são simbólicos, o programa ReUni que aumenta as vagas nas Instituições Federais pode apresentar percalços como a abertura de IES em locais sem demanda, admissão de alunos sem instalações adequadas, obrigação de criação de cursos noturnos e contratação de professores mesmo quando não há candidatos qualificados (SCHWARTZMAN, 2008). Temos ainda questões relacionadas ao incentivo à modalidade de formação superior à distância e às políticas de cotas, esta última, base para debates incessantes quanto aos motivos das diferenças brasileiras serem sociais e/ou raciais.

Historicamente, o sistema educacional brasileiro desempenha a função de fornecer diplomas como forma de garantir conhecimentos, prestígio e poder,

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133 no contexto de reprodução da sociedade e de dualização da educação, ou seja, de uma escola para as elites e de uma escola para as camadas menos favorecidas. O ingresso no ensino superior é certamente uma parte visível desse funil de seletividade social, perpassado por processos de seleção excludentes adotados pelas IES, especialmente as públicas. Processos que aniquilam o ideário, o sonho, a igualdade real de oportunidade dos estudantes que buscam, no ensino superior, uma oportunidade de conquistar um espaço na carreira acadêmica e profissional. O esforço é ainda maior para os estudantes universitários que estão matriculados nos cursos noturnos, pois para a grande maioria, isso acontece depois de uma jornada de trabalho diária de oito horas. A frustração pode vir de várias formas nessa trajetória: evadir-se por não conseguir pagar as mensalidades; não acompanhar o curso devido a fragilidade da formação anterior; concluir o curso e descobrir que pouco ou quase nada foi agregado de valor à formação, devido a qualidade do curso; não conseguir inserir-se profissionalmente no mercado de trabalho; e, finalmente, não conseguir a melhoria da qualidade de vida que tanto desejava (OLIVEIRA e BITTAR, 2010, p.10).

A universalização do Ensino Superior é uma exigência na nossa sociedade moderna e a elevação da taxa de matrícula um passo para tanto, mas as políticas de incentivos ao ingresso nas IES brasileiras estariam realmente comprometidas com a democratização desse nível de ensino? Os dados do INEP, bem como da Universidade pesquisada, demonstram claramente o crescimento no número de matrículas, mas continuam reforçando os aspectos de estratificação do Ensino Superior por curso e de diferenciação socioeconômica presente nos níveis de Ensino Médio e Superior.

Podemos considerar que o modo como a expansão do Ensino Superior vem ocorrendo no Brasil deixa transparecer o caráter excludente da toda a Educação Básica e as influências das condições socioeconômicas na trajetória dos estudantes (BARROS, 2015). O ainda reduzido número de pessoas entre 18 e 24 anos fora do Ensino Superior está diretamente relacionado à histórica deficiência da Educação Brasileira que ainda não conseguiu sanar as deficiências de aprendizagem nem universalizar o Ensino Médio.

De acordo com o Censo Escolar da Educação Básica 2013 (INEP, 2014), o número de matrículas no ensino médio no período de 2007 a 2013 se manteve estável, sendo a rede estadual a que oferece maior oferta, com 84,8% das matrículas, as escolas privadas 12,8% e as municipais e federais com 2,4%. Conforme a tabela 2, a média do número de matriculados entre 2007 e 2012, no Ensino Médio, foi de 8.367.974 ao passo que, segundo a tabela 3, a média de concluintes foi de 1.798.272 alunos. A conclusão de apenas 21,48% dos alunos é preocupante para o desenvolvimento deste nível de ensino, bem como para a necessidade de compreender onde estão estes jovens que não concluem o Ensino Médio.

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134 Quadro 2

Número de matrículas no Ensino Médio

Fontes: elaboração própria a partir dos dados do Censo Escolar da Educação Básica 2013 (INEP, 2014).

Quadro 3

Número de Concluintes no Ensino Médio

2007 1.749.731 2008 1.761.425 2009 1.781.366 2010 1.793.167 2011 1.825.980 2012 1.877.960

Fontes: elaboração própria a partir dos dados do Censo Escolar da Educação Básica 2013 (INEP, 2014)

Segundo o Censo da Educação Superior de 2014 (INEP, 2015), 3.110.848 são os ingressantes em cursos de graduação do Ensino Superior dos quais 2.562.306 estão nas redes privadas e 548.542 nas redes públicas no ano de 2014. Assim sendo, podemos verificar a quantidade de jovens fora do sistema de educação brasileira, uma vez que muitos não concluem o Ensino Médio nem ingressam no Ensino Superior.

Considerações finais

A expansão do Ensino Superior no Brasil vem ocorrendo e modificando a realidade deste nível de ensino. Mas estas mudanças tem sido qualitativas? Tem modificado a vida dos brasileiros quanto suas oportunidades de profissionalização, competitividade para o mercado de trabalho e qualidade de formação? Sem muitas análises já podemos verificar os desafios presentes neste processo e quão longe estamos de atingir a metas propostas.

Considerando todo o crescimento do número de matrículas, alcançado com os incentivos para o ingresso no Ensino Superior, o país ainda possui grande parte da sua

2007 8.369.369 2008 8.366.100 2009 8.337.160 2010 8.357.675 2011 8.400.689 2012 8.376.852

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135 população de 18 e 24 anos fora deste nível de ensino. Além disso, podemos ponderar a qualidade questionável dos inúmeros cursos que passaram a ser ofertados na imensa quantidade de IES privadas, os fatores envolvidos na estratificação por cursos e os déficits presentes em todo o sistema de Educação Básica.

O crescimento dos ingressantes no Ensino Superior no Brasil está acontecendo de um modo que reforça a desigualdade social e o caráter excludente de todo seu sistema de educação. Vemos a meta do PNE (MEC, 2015) de elevação da taxa de matrícula limitada pelas desigualdades de acesso e pelas medidas implementadas, uma vez que as políticas não estendem as oportunidades com qualidade a todos, nem fazem crescer a oferta do segmento público.

Ao considerar os tipos de universidades descritas por Johan P. Olsen, Schwartzman (2014), permite reflexão e identificação, no Brasil, de IES com características de dois tipos: as autônomas e as que se assemelham a empresas privadas. As IES de autonomia não dependem de recursos externos e não existe consenso entre professores, estudantes e funcionários a respeito de seus valores e objetivos. A lógica presente é a mesma das democracias representativas nas quais as autoridades são eleitas e diferentes setores e grupos fazem valer seus interesses e opções ideológicas. Sendo assim, são os processos políticos da Instituição que definem suas mudanças e melhorias.

As IES que se aproximam do modelo das empresas privadas tem os professores e funcionários como empregados e os alunos como clientes. Como ainda enfatiza Schwartzman (2004), elas operam segundo as mudanças no mercado e se reestruturam de acordo com as oportunidades de maior obtenção de lucros.

Sendo assim, como alinhar estes interesses políticos e mercadológicos ao desenvolvimento equânime de uma população, de uma região, de um país? Quais são as lógicas que estariam presentes na formação das pessoas que passam a ingressar no Ensino Superior após sua massificação? O que se dirá da perpetuação do caráter dualista na Educação básica e Superior? As pesquisas nos permitiram considerar quão inconclusas são as pesquisas sobre a expansão do Ensino Superior no Brasil e como faltam indicadores que possibilitem olhar para a complexa relação existente entre o número de ingressante e não ingressantes em IES. É relevante para nós, a possibilidade de pensar em um Ensino Superior que atenda tanto as necessidades do mercado como as da sociedade quanto sua formação e criação de oportunidades para o desenvolvimento humano. As medidas que pretendem cumprir as metas colocadas pelo PNE (MEC, 2015) precisam visar o desenvolvimento da Educação Básica e Superior a fim de possibilitar, como ressaltado por Barros (2015), maior mobilidade profissional e social a milhares de pessoas.

Acreditamos que este debate é extenso e abarca múltiplos aspectos – sociais, econômicos, políticos e culturais, sendo os dados obtidos para este artigo uma faísca que possibilita um olhar reflexivo sobre o tema.

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