A Percepção Ambiental dos Compradores de Pavers no Município de
Cascavel - PR
Autores
Leonardo Alves de Oliveira Casimiro – mestrado profissional em andamento em Administração pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE / PR.
E-mail: leonardocasimiro2@gmail.com
Adriana Ireno de Souza - mestrado profissional em andamento em Administração pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE / PR.
E-mail:
Loreni Teresinha Brandalise - doutorado em engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC / SC e professora na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE / PR
E-mail: lorenibrandalise@gmail.com
Resumo
Este estudo buscou identificar o grau de percepção do comprador em relação às questões ambientais ao longo da Análise do Ciclo de Vida (ACV) do produto paver. O Estudo teve como base o modelo Vapercom, desenvolvido por Brandalise (2008), por meio do qual possibilitou descrever a importância para organizações em aplicar o modelo e obter maior conhecimento acerca de sua clientela, propiciando ações norteadas pela conduta do comprador em relação ao produto. Os principais resultados indicam uma alta percepção ecológica dos compradores, potencial a de tornar-se um consumidor ecológico e frequente preocupação do comprador com as etapas da ACV.
Palavras chave: Pavers, VAPERCOM, Análise do Ciclo de Vida.
The Environmental Perception of Pavers Buyers in the Municipality of
Cascavel - PR
Abstract
This study aimed to identify the degree of perception of the buyer in relation to environmental issues throughout the Life Cycle Analysis of the paver product. The study was based on the Vapercom model, developed by Brandalise (2008), through which it was possible to describe the importance for organizations to apply the model and obtain more knowledge about their clientele, propitiating actions guided by the conduct of the buyer in relation to the product . The main results indicate a high ecological perception of buyers, potential to become an ecological consumer and frequent buyer concern with the steps of the LCA.
Keywords: Pavers, VAPERCOM, Life Cycle Analysis
1. INTRODUÇÃO
A construção civil na economia brasileira ocupa uma posição de destaque, sendo responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB). O setor respondeu
por 5,1% do PIB total do país em 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017).
Embora o setor tenha grande representatividade na economia, na questão ambiental se observa inúmeros impactos que se tornam significativos em escala global, dentre os impactos diretos pode-se citar a geração de resíduos, que chega a ser de 40% do total de resíduos gerados pela sociedade (VECHI, GALLARDO e TEIXEIRA, 2016). O que de certa maneira também causam impactos na economia, aumento nos custos e perda de competitividade. A disposição inadequada de resíduos é uma das principais causas da degradação do meio ambiente, entretanto, já existem práticas ambientais adotadas no setor da construção civil que vêm contribuindo nas questões relacionadas aos impactos na cadeia produtiva, como o uso inadequado e desperdícios de energia, da água e na geração e disposição de resíduos (SILVA et al., 2017).
No que tange ao respeito meio ambiente, as empresas têm como papel a promoção do desenvolvimento, resolvendo, não apenas os problemas ambientais acumulados ao longo dos anos, em decorrência de suas atividades, mas também ampliando sua influência aos demais campos da atividade humana (BARBIERI, 2004). A busca por materiais alternativos é uma opção ecológica e tecnológica para minimizar a degradação ambiental por meio da redução de rejeitos e melhora no desempenho, buscando atingir os clientes que consideram fatores ecológicos no processo de compra (BARBOSA et al., 2013; SANTOS et al., 2016).
Apesar de uma maior preocupação e consciência ambiental a nível nacional e global, a indústria brasileira da construção civil está distante do que seria um processo de produção ecológica, preocupada com a fabricação, utilização e descarte de produtos. Com a exceção de algumas iniciativas como normas legislativas para a separação e reciclagem de entulho, o setor pode ser classificado como tradicional e reticente às necessidades da preservação ecológica (CONAMA, 2002; STACHERA, 2006).
Neste novo contexto onde existe uma crescente preocupação com a sustentabilidade, principalmente por clientes que consideram relevante a questão ambiental, é necessário redefinir o produto onde organizações incorporem a responsabilidade ambiental (PEATTIE e CRANE, 2005). Prática sustentáveis podem ser determinantes para o sucesso de uma empresa (BARBIERI, 2004). Uma organização não pode ser considerada sustentável se seus produtos fabricados, vendidos ou serviços prestados não respeitarem os princípios do desenvolvimento sustentável.
O Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (IDHE, 2017), define materiais ecológicos como bens de consumo elaborados sem agredir o meio ambiente e a saúde
dos seres vivos, a partir do uso de matérias primas naturais renováveis ou naturais não-renováveis, mas reaproveitáveis, recicláveis ou que tenham o menor impacto possível no processo de fabricação e pós-uso.
No setor da construção civil a NBR 9781 descreve os pavimentos intertravados ou pavers como sendo peças pré-moldadas de concreto utilizadas na construção de pavimentos ou calçamentos (ABNT, 1987). Os pavers têm como principais características o fato das peças serem assentadas e permeáveis, logo podem ser vistos como ecológicos.
Nesse sentindo, verifica-se que os estudos que tratam de pavers como produto ecológico tinham como objetivo central a utilização de materiais ecológicos neste tipo de pavimento a nível teórico (SANTIAGO e DIAS, 2012; MEDINECKIENE, TURSKIS e ZAVADSKAS, 2010; DICKEL, 2017), bem como a nível empírico, por meio de testes e levantamentos acerca da substituição de componentes (SILVA et al., 2017; KLEIJER et al., 2017; DIAS, et al., 2016; COSTA, GUMIERI e BRANDÃO, 2014; BARBOSA et al., 2013; COLLINS, HUNT e HATHAWAY, 2008).
Diante do exposto, este estudo tem como questão de pesquisa: qual é a percepção ambiental dos compradores em relação ao ciclo de vida dos pavers? Portanto, o objetivo é identificar a percepção ambiental dos compradores de pavers, clientes da empresa objeto deste estudo.
O presente estudo está estruturado da seguinte maneira: inicialmente, além desta introdução, é apresentada uma revisão de literatura acerca de sustentabilidade na construção, percepção ambiental e Análise do Ciclo de Vida (ACV). Em seguida, evidencia-se o método utilizado para o desenvolvimento da pesquisa, na sequência é apresentada a análise dos resultados encontrados e, por fim, as considerações finais.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Tendo em vista identificar a percepção ambiental dos compradores de pavers, os conceitos envolvidos neste estudo são: sustentabilidade na construção civil, percepção ambiental e Análise do Ciclo de Vida de um produto.
2.1. Sustentabilidade na Construção Civil
o que a capacidade do planeta permite e, ao mesmo tempo, não devem empobrecer seu capital natural, que será transmitido às gerações futuras (MANZINI e VEZZOLI, 2005).
A gestão ambiental é a diretriz na atividade administrativa e operacional, e tem como objetivo obter efeitos positivos, seja reduzindo ou eliminando danos causados pela ação humana ao meio ambiente (BARBIERI, 2004).
Segundo Donaire (2008), pelo ponto de vista econômico, tem-se a percepção que os custos envolvidos sobre a variável ambiental são altos, o que pode se provar controverso, uma vez que é possível derivar ganhos e gerar oportunidades de negócio tendo como base o “Mercado Verde” (RODRIGUES, 2010). Bittencourt, Vieira e Martins (2012) conceituam “Mercado Verde” como aquele que resulta em melhoria do bem-estar das pessoas devido a uma maior preocupação com a equidade social, com os riscos ambientais e com a escassez dos recursos naturais. Mercado verde é uma mudança no comportamento do mercado e do consumidor.
Para Corrêa (2009), o primeiro passo para a sustentabilidade na construção é o compromisso das empresas da cadeia produtiva em criarem as bases para o desenvolvimento de projetos efetivamente sustentáveis, por meio de pré-condições fundamentais para construção desta base, ou seja, por meio da inovação.
A literatura traz argumentos que relacionam a inovação com a sustentabilidade. A junção das duas implica em mudanças nos processos e produtos para torna-los mais verdes “greener”, a exemplo da Análise do Ciclo de Vida de um produto. A base para a sustentabilidade na construção é alinhar ganhos ambientais, com os sociais aos com os econômicos, daí a necessidade e importância de inovações (CORRÊA, 2009).
2.2. Análise do Ciclo de Vida (ACV) de um Produto
Segundo a NBR ISO 14040 (ABNT, 2001), a ACV é uma técnica para avaliar aspectos ambientais e impactos potenciais associados a um produto, mediante a avaliação dos impactos ambientais, a compilação de um inventário associado as entradas e saídas, bem como a interpretação e análise do resultado das fases avaliação dos impactos e de inventário.
Esta técnica pode auxiliar na identificação de oportunidades de melhoria nos aspectos ambientais dos produtos nos variados pontos de seu ciclo de vida, na seleção de indicadores pertinentes ao desempenho ambiental, incluindo técnicas de medição, também na tomada de decisão e no marketing, por meio de uma declaração ambiental do produto ou rotulagem e propaganda de cunho ecológico (ABNT, 2001).
3. METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada sob uma abordagem quantitativa, visando mensurar a percepção dos compradores do produto paver em relação à ACV. A natureza da pesquisa é aplicada, pois, segundo Vergara (1990), a pesquisa aplicada é um estudo sistemático fundamentalmente motivado pela necessidade de resolver problemas concretos, tendo, portanto, uma finalidade prática.
Quanto aos objetivos, o estudo caracteriza-se como descritivo, uma vez que tem como principal objetivo identificar, analisar e interpretar características da população analisada, empregando técnicas estatísticas e coleta de dados padronizada (RODRIGUES, 2007).
Quanto ao método de pesquisa, por haver interesse em um caso específico, a pesquisa é delimitada e considerada um estudo de caso único, sendo a escolha motivada pela possibilidade de analisar os consumidores do produto de uma organização, proporcionando a oportunidade de investigação sobre o tema (STAKE, 1995; DENZIN e LINCOLN, 2011).
Os dados primários foram coletados por meio de questionário estruturado, partindo de uma população definida, com amostra não probabilística selecionada por conveniência, além de dados secundários obtidos através de uma revisão de literatura acerca do tema. A aplicação do estudo desenvolveu-se em uma empresa do ramo de construção civil que produz e comercializa artefatos de cimentos, com atuação no município de Cascavel no estado do Paraná, desde 1972.
Os clientes da empresa objeto de estudo se caracterizam por 48 organizações jurídicas, das quais foram extraídas 20, que representam a principal fonte de faturamento da empresa nos últimos 5 anos. E, portanto, se constituem a amostra do estudo. Estes clientes se caracterizam por grandes empreendimentos empresariais, construtoras e lojas de materiais de construção.
Visando identificar a percepção ambiental dos compradores de pavers da empresa objeto de estudo, o questionário foi aplicado junto aos seus principais clientes, gerentes das construtoras e lojas de materiais de construção.
O estudo tomou como base o modelo Vapercom, desenvolvido por Brandalise (2008), que tem como objetivo avaliar a percepção do consumidor considerando a variável ambiental nas etapas da ACV, e foi aplicado no período de 27 de novembro a 15 de dezembro de 2017, por meio de questionário estruturado.
O modelo considera três elementos que atuam sobre o consumidor no macro ambiente, (influenciadores): a variável ambiental, os estímulos (internos e externos) e as influências
(sociais, marketing e situacionais), que incidem sobre outros três elementos associados ao produto e ao consumidor (influenciados): a ACV, a percepção e o processo de compra.
Vale ressaltar que embora o modelo propicie análise da percepção do consumidor da variável ambiental no momento da compra, este estudo foca na percepção dos compradores (também consumidores) com base no modelo proposto.
Por meio da interação entre os elementos, a variável ambiental influência a cadeia produtiva, considerando as principais etapas da ACV, da extração da matéria-prima ao descarte. Já os estímulos internos e externos são selecionados e interpretados, conduzindo à percepção. As influências sociais, de marketing e situacionais incidem no processo de decisão de compra. Conforme demonstra a Figura 1, de algum modo esses elementos interagem e se inter-relacionam, e isso se reflete no comportamento de compra e consumo, indicando o comportamento ambiental (BRANDALISE, 2008).
Figura 1 - Modelo VAPERCOM
Fonte: Brandalise (2008).
O modelo recebeu esse nome por considerar três elementos que atuam sobre o consumidor: VAriável ambiental, PERcepção e o COMportamento de compra. O modelo foi desenvolvido através de quatro etapas, que são: (1) caracterização do produto e do potencial consumidor; (2) identificação do perfil do pesquisado, da percepção ambiental, do consumo ecológico e das etapas da ACV; (3) identificação das discrepâncias (gap’s) entre as características ambientais do produto e as que o consumidor percebe; (4) definição de oportunidades de ações (de incremento e/ou ajustes).
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Nesta seção são apresentados os resultados da pesquisa. Os resultados são decorrentes das informações disponibilizadas pela empresa objeto de estudo e também pela análise das respostas obtidas na aplicação do instrumento de pesquisa com os clientes da empresa.
4.1. Caracterização do Produto
O produto em estudo neste trabalho foi o paver. Pavers são peças pré-moldadas de concreto utilizadas na construção de pavimentos ou calçamentos, Figura 2. O paver de concreto por sua versatilidade e facilidade de aplicação, tem sido bastante utilizado na construção de pavimentos urbanos. Várias são as vantagens da utilização de pavers, podendo destacar: Durabilidade: mais resistente a cargas que outros tipos de piso; Conforto: baixa condutividade térmica do sistema, dando mais conforto ao usuário; Economia de manutenção: toda vez que necessária a realização de manutenção em tubulações subterrâneas, é possível reaproveitar os mesmos blocos, que são assentados sobre areia, sem o uso de argamassa; Versatilidade: a variedade de tipos, cores e formatos de blocos existente permite inúmeras adequações estéticas e ambientais ao produto.
Figura 2 - Pavers
Fonte: imagens da pesquisa (2017).
A caracterização do produto consiste em analisa-lo ao longo do seu ciclo de vida, iniciando pelas matérias primas que o compõem, passando pelo processo de produção até confecção do produto final, utilização do produto, pós-utilização do produto, até seu descarte. O paver é constituído basicamente por três matérias primas: Cimento, areia e pedrisco,
materiais oriundos de recursos não renováveis de origem geológica. Utilizando a matriz de características de produto ecologicamente correto com base no ACV (BRANDALISE e BERTOLINI, 2014), é possível classificar o produto paver conforme Tabela 1.
Conforme a matriz, Brandalise e Bertolini (2014) afirmam que podem ser considerados produtos com características ambientais fortes, os produtos originados de matérias primas renováveis, com impactos irrelevantes na extração, na armazenagem e no transporte, que em seu processo de produção e utilização consomem pouca energia e tem baixa geração de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas, que não seja contaminante e/ou tóxico, que necessite de pouca embalagem, que permita sua reutilização ou reciclagem, e que seu descarte não seja perigoso ou tóxico e/ou seja biodegradável. A situação inversa classifica o produto com característica ambiental fraca, e a situação intermediária classifica o produto com características ambientais mediana.
Tabela 1 - Caracterização do produto de acordo com as principais etapas da ACV
Etapas da ACV Aspectos e Impactos Ambientais relacionados Características Ecológicas Matéria Prima
Origem dos recursos. Oriundo de recursos não renováveis. Fraco
Impacto ambiental na extração. Alto impacto ambiental na extração. Fraco
Processos de Produção
Consumo de energia. Considerável consumo de energia na
criação e processo de fabricação. Mediano
Geração de resíduos sólidos, efluentes e emissões.
Alta utilização de insumos oriundos de MP não renovável, baixa geração de resíduos, efluentes e emissões.
Mediano Consumo de combustível no
transporte e distribuição.
Baixo consumo de combustível no
transporte e distribuição. Forte
Utilização
Vida útil do produto. Vida útil em torno de 25 anos. Forte
Necessidade de energia. Não necessita de energia na utilização
do produto. Forte
Potencial contaminação ao meio
ambiente. Não contaminante. Forte
Embalagem. Não há necessidade de embalagem. Forte
Pós Utilização
Possibilidade de reutilização. Baixa potencialidade de reutilização. Mediano Potencialidade de
reaproveitamento de componentes.
Baixa potencialidade de reaproveitamento de seus
componentes, alta potencialidade de reaproveitamento de resíduos provenientes de outras atividades.
Mediano
Possibilidade de reciclagem. Baixa potencialidade de reciclagem. Mediano
Descarte
Periculosidade ou toxidade. Não perigoso ou tóxico. Forte
Volume de material. Alto volume de material, não
recorrente. Mediano
Biodegradabilidade. Não é biodegradável. Fraco
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Tendo em vista caracterizar o perfil dos entrevistados - gerentes das construtoras e lojas de materiais de construção - foram feitas perguntas visando levantar informações acerca do sexo, escolaridade, idade e faturamento anual das empresas, a obtenção de informações em relação a questões ambientais, conhecimento sobre ACV, impacto ambiental do paver ao meio ambiente, valorização de ações ambientais e quais principais fatores observados no momento da compra de pavers.
Quanto ao sexo dos entrevistados, 18 eram do sexo masculino e apenas 2 do sexo feminino. Em relação ao nível de escolaridade, 12 afirmaram possuir nível superior, 6 afirmaram possuir algum curso relacionado a pós-graduação/MBA, e 2 afirmaram possuir apenas o ensino médio.
Em relação ao faturamento anual das empresas entrevistadas, o Gráfico 1 destaca que 10 empresas têm faturamento anual entre R$3,6 milhões até R$12 milhões, sendo caracterizado segundo seu faturamento anual como de médio porte. Já 5 empresas possuem faturamento entre R$ 360 mil até R$ 3,6 milhões, sendo enquadradas como empresas de pequeno porte, e 5 declararam possuir faturamento superior a R$ 12 milhões, sendo essas empresas de grande porte segundo seu faturamento anual.
Gráfico 1 - Faturamento anual das empresas entrevistadas
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Questionado em relação a principal fonte de informações sobre questões ambientais no dia-dia (Gráfico 2), 9 entrevistados responderam obter esse tipo de informação dos fabricantes
dos produtos. Já 7 afirmaram que a principal fonte desse tipo de informação são órgãos governamentais, e 4 afirmaram obter esse tipo de informação junto a mídia.
Gráfico 2 - Fonte de informações relacionadas a questões ambientais
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Buscando averiguar se os entrevistados têm conhecimento sobre ACV, os resultados mostram que 11 entrevistados têm dúvidas em relação a ACV, e 3 não sabem do que se trata ACV, por outro lado 6 dos entrevistados mostraram conhecer e saber o que significa ACV.
Tendo em vista levantar o conhecimento dos entrevistados em relação ao impacto que os pavers causam ao meio ambiente, 17 entrevistados afirmaram que sim, conhecem os impactos causados pelo produto, e apenas 3 afirmaram não conhecer os impactos causados pelo paver ao meio ambiente.
Questionados em relação ao momento da compra de pavers, foi perguntado aos entrevistados, se no momento da compra eles levam em consideração ações ambientais realizadas pelos seus fornecedores, 9 afirmaram não conhecer empresas com tais características no mercado, 8 afirmaram que sim, valorizam fornecedores com ações ambientais, e 3 afirmaram que não valorizam fornecedores com tais ações.
Em seguida os entrevistados foram questionados a respeito do principal fator observado no momento da compra de pavers, 15 entrevistados afirmaram que a qualidade do produto é o principal fator observado no momento da compra, 4 afirmaram preço, e 1 afirmaram forma de pagamento, conforme Gráfico 3.
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
4.3. Percepção ambiental
Essa etapa teve como objetivo medir o grau de percepção ambiental dos entrevistados considerando a variável ambiental. As questões abordaram a conduta dos respondentes em relação ao seu comportamento em itens como reciclagem, utilização de recursos, práticas sustentáveis e fonte de informações sobre normas e leis ambientais.
As características psicográficas incluem as necessidades individuais, percepção, atitude, personalidade e estilo de vida, e são importantes devido ao fato de serem determinantes pessoais ou intrapessoais do comportamento do consumidor. As informações obtidas com esse conjunto de questões subsidiarão a identificação e proposição de oportunidades de ações de gestão do produto, conforme Tabela 2.
Tabela 2 - Conjunto de questões visando identificar conduta dos entrevistados conforme sua percepção ambiental
CONJUNTO 02 - PERCEPÇÃO AMBIENTAL
Semp re F re qu ent ement e Alg um a s Vezes P o uq uís sima s Vezes Nunca
10 Antes de jogar algo no lixo, você pensa em como poderia
reutilizá-lo? 4 4 11 1 0
11 Você é adepto da reciclagem? 3 12 5 0 0
12 Você separa o lixo que pode ser reciclado (papel, plástico,
alumínio, vidro, metais) e os dispõe para coleta? 0 8 11 1 0
13 Apaga as luzes, desliga aparelhos eletrônicos, ar condicionado,
14 Procura não deixar a torneira aberta ao escovar os dentes ou ao
fazer a barba? 10 2 6 2 0
15 Você utiliza os dois lados do papel para impressão, ou reutiliza
rascunhos? 2 7 11 0 0
16 Você evita imprimir coisas desnecessárias? 1 8 11 0 0
Total 29 44 62 5 0
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Os dados foram avaliados para análise seguindo a alocação de peso de acordo com cada resposta obtida: A (sempre) = 4 pontos; B (frequentemente) = 3 pontos; C (algumas vezes) = 2 pontos; D (pouquíssimas vezes) = 1 ponto; e E (nunca) = 0 pontos, conforme Tabela 3. Tabela 3 - Alocação de pesos e elaboração do grau de percepção ambiental, consumo
ecológico e de preocupação em relação à ACV
(a) Nº RESPOSTAS (b) VALORES (a X b) RESULTADO
A=29 4 116
B=44 3 132
C=62 2 124
D=5 1 5
E=0 0 0
(c) SOMA DOS RESULTADOS 377
(d) Nº DE QUESTÕES 140
(e = c / d) RESULTADO 2,69
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Após o cálculo do grau de percepção ambiental chegou-se ao valor de 2,69, com base na Tabela 4 verifica-se que os entrevistados possuem percepção ecológica. As escalas de classificação do grau de percepção ambiental obedecem a intervalos de 0,7 pontos, os resultados variam de acordo com a pontuação: entre 3,3 e 4,0 possuem alta percepção ecológica; entre 2,5 e 3,2 possuem percepção ecológica; entre 1,7 e 2,4 possuem potenciais traços de percepção ambiental; entre 0,9 e 1,6 possuem traços de percepção ambiental; e até 0,8 não possui percepção ecológica.
Tabela 4 - Classificação do grau de percepção ambiental
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Grau de percepção em relação às questões ambientais Valores
A) Possui alta percepção ecológica Entre 3,3 e 4,0
B) Possui percepção ecológica Entre 2,5 e 3,2
C) Possui potenciais traços de percepção ambiental Entre 1,7 e 2,4
D) Possui poucos traços de percepção ambiental Entre 0,9 e 1,6
4.4. Consumo ecológico
Esta etapa teve como objetivo identificar o comportamento de consumo dos entrevistados considerando a variável ambiental. Esse conjunto de questões (Tabela 5) tem por objetivo identificar a conduta de compra e consumo dos entrevistados em relação aos produtos ecologicamente correto.
Cabe evidenciar que este estudo considera produto ecologicamente correto, aquele que impacta minimamente o meio ambiente, nas principais etapas do ciclo de vida, que são: aquisição e processamento de matérias primas, utilização, pós-utilização e descarte, considerando a extração de matéria prima, transporte, consumo de energia, vida útil, biodegradabilidade e reciclabilidade.
Tabela 5 - Conjunto de questões visando identificar conduta dos entrevistados em relação aos produtos ecologicamente correto
CONJUNTO 03 – CONSUMO ECOLÓGICO
Semp re F re qu ent ement e Alg um a s Vezes P o uq uís sima s Vezes Nunca
17 Você considera a variável ambiental na compra de um produto? 1 11 8 0 0
18 Ao comprar você se deixar influenciar pela propaganda, pelos
amigos ou pela família em relação às questões ambientais? 1 3 16 0 0
19 Ao comprar, você procura saber se o fabricante pratica ações
ambientais? 2 8 10 0 0
20 Ao comprar, você valoriza o fabricante que tem “postura”
ecologicamente correta? 2 8 9 1 0
21 Antes da compra você verifica rótulos e embalagens, para
identificar um produto ecologicamente correto? 3 4 11 1 1
22 Procura comprar produtos e/ou embalagens fabricados com
material reciclado ou que tem potencial para serem reciclados? 1 7 11 1 0
23 Você verifica o consumo de energia na compra de um produto? 1 7 9 2 1
24 Você compra produtos biodegradáveis? 3 2 5 2 8
25 Você se dispõe a pagar mais por um produto ecologicamente
correto? 3 13 2 1 1
26 Você se dispõe a mudar de marca de produto para auxiliar na
conservação do meio ambiente? 1 6 13 0 0
27 Você pagaria mais por um “paver” fabricado com adição de
borracha proveniente de pneus inservíveis? 1 13 6 0 0
A análise da pontuação obtida nesse conjunto de questões foi alocada na Tabela 03 (Alocação de pesos e elaboração do grau de percepção ambiental, consumo ecológico e de preocupação em relação à ACV) para identificar o grau de consumo ecológico dos entrevistados. O cálculo do grau de consumo ecológico resultou no valor de 2,40, indicando que os entrevistados possuem potencial possibilidade de se tornar um consumidor ecológico, conforme evidenciado na Tabela 6.
Tabela 6 - Classificação do comportamento de compro e consumo ecológico dos entrevistados
Grau de consumo de produtos ecologicamente corretos Valores
A) Consumidor ecológico Entre 3,3 e 4,0
B) Grande possibilidade de tornar-se um consumidor ecológico Entre 2,5 e 3,2
C) Potencial possibilidade de tornar-se um consumidor ecológico Entre 1,7 e 2,4
D) Fraca possibilidade de tornar-se um consumidor ecológico Entre 0,9 e 1,6
E) Não é um consumidor ecológico Até 0,8
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
4.5. Preocupação nas etapas da ACV
Essa etapa teve como objetivo identificar a preocupação ambiental dos pesquisados em relação as etapas da ACV. O conjunto de questões do Tabela 7 visa analisar a importância que os entrevistados atribuíram às características ambientais nas principais etapas da ACV do produto. A ACV abrange os estágios do ciclo de vida de um produto, desde a aquisição da matéria prima ou geração de recursos naturais até a disposição final.
Tabela 7 - Conjunto de questões visando identificar características ambientais dos entrevistados nas principais etapas da ACV do produto
CONJUNTO 04 - ETAPAS ACV
F o rt e preo cupa çã o F re qu ent ement e me preo cupo M édia P re o cupa çã o F ra ca preo cupa çã o Nenhu ma preo cupa çã o
Em relação à matéria prima indique seu grau de preocupação com:
29 Origem dos recursos (se são renováveis) 6 12 2 0 0
30 Impacto ambiental na extração (e no transporte) 6 3 11 0 0
Em relação ao processo de produção indique seu grau de preocupação com:
32 Geração de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões
atmosféricas 2 17 1 0 0
33 Consumo de combustível na armazenagem e/ou transporte e
distribuição 4 5 11 0 0
Em relação à utilização do produto indique seu grau de preocupação com:
34 Vida útil do produto 10 8 2 0 0
35 Necessidade de energia 9 8 2 1 0
36 Potencial contaminação ao meio ambiente 13 2 4 1 0
37 Embalagem (tipo e/ou volume) 6 3 11 0 0
Em relação à pós-utilização do produto indique o grau de preocupação com:
38 Possibilidade de reutilização 6 13 1 0 0
39 Potencialidade de reaproveitamento de componentes 6 8 6 0 0
40 Possibilidade de reciclagem 8 4 8 0 0
Em relação ao descarte do produto indique seu grau de preocupação com:
41 Periculosidade ou toxidade 9 10 1 0 0
42 Volume de material (incluindo embalagem) 4 8 8 0 0
43 Biodegradabilidade 5 14 1 0 0
Total 104 123 71 2 0
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Os respectivos valores atribuídos as alternativas de respostas foram alocados na Tabela 03 (Alocação de pesos e elaboração do grau de percepção ambiental, consumo ecológico e de preocupação em relação à ACV). O resultado obtido 3,09, de acordo com a Tabela 8, os entrevistados têm frequente preocupação com as características ambientais ao longo do ciclo de vida do produto paver.
Tabela 8 - Classificação quanto a preocupação dos entrevistados em relação a ACV
Grau de preocupação em relação às etapas da ACV Valores
A) Forte preocupação Entre 3,3 e 4,0
B) Frequente preocupação Entre 2,5 e 3,2
C) Mediana preocupação Entre 1,7 e 2,4
D) Fraca preocupação Entre 0,9 e 1,6
E) Nenhuma preocupação Até 0,8
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Após a conclusão desta etapa do modelo, passa-se a etapa seguinte, onde é feito a identificação das discrepâncias entre características do produto e as que o consumidor percebe.
4.6. Identificação das discrepâncias entre características do produto e as que o consumidor percebe
Nesta etapa buscou-se mapear o produto utilizando o resultado da caracterização do produto ao longo do ciclo vida conforme a Matriz de Características de Produto Ecologicamente Correto e o grau de preocupação do consumidor em relação às etapas da ACV, utilizando o resultado obtido na etapa anterior com a Classificação da preocupação do consumidor em relação à ACV.
O resultado desse mapeamento propicia o conhecimento da preocupação do consumidor em relação a cada uma das etapas da ACV e quais dessas etapas são atendidas pelo fabricante do produto.
Essa comparação é demonstrada pelo Mapa do Produto e da Preocupação do Consumidor (Tabela 9) e serve de base para a verificação das discrepâncias e suas origens, na qual se verifica os gap’s entre as características ambientais do produto e as características da ACV valorizadas pelos consumidores através da comparação entre as mesmas. Identificando a origem do gap, se é do produto ou do comportamento, é possível saber se o consumidor quer mais ou menos do que o produto oferece. Com a identificação das discrepâncias entre as características do produto e as que o consumidor percebe, prioriza-se as características passíveis de serem alteradas com base nos fatores: custo e competitividade.
Tabela 9 - Mapa do produto e percepção dos entrevistados
Ciclo de Vida do Produto
Caracterização do Produto versus Preocupação do Consumidor Características do Produto
Ecologicamente Correto Preocupação do Consumidor
Matéria-prima Fraco Frequentemente
Processo de produção Mediano Frequentemente
Utilização do produto Forte Frequentemente
Pós-utilização Mediano Frequentemente
Descarte Mediano Frequentemente
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
O resultado da caracterização do produto paver conforme apresentado na Tabela 9, demonstra que o produto apresenta características distintas ao longo do seu ciclo, já os resultados quanto ao grau de preocupação dos consumidores entrevistados demonstram que os entrevistados apresentam frequente preocupação com todas as etapas da ACV. Nesse sentido,
as sugestões foram centradas nas etapas com fracas características ecológicas, sendo, matéria-prima.
No que se refere a matéria-prima, verificou-se que o paver possui poucas características ecológicas, uma vez que, são oriundos de recursos não renováveis e possuem alto impacto em sua extração. Para fortalecer a característica ecológica relacionada a etapa de matéria-prima, sugere-se a inserção de materiais ecológicos, com o objetivo de minimizar o uso dos demais materiais. Como por exemplo, a utilização de resíduo de borracha - conforme verificado na literatura existente, e comprovadamente viável tecnicamente - na proporção de 10% conforme estudo de Silva et al. (2017), substituindo parte do agregado miúdo (no caso a areia) utilizado como matéria prima na produção de pavers.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo tinha como objetivo identificar a percepção ambiental dos compradores de pavers, seus resultados foram pautados na percepção dos 20 principais clientes da empresa objeto de estudo, ou seja, gerentes das construtoras e lojas de materiais de construção.
Dentre os resultados obtidos ressalta-se a alta percepção ecológica destes compradores. Quanto ao comportamento de compra e consumo ecológico, observa-se potencial possibilidade de tornar-se um consumidor ecológico. Já com relação a preocupação dos entrevistados com as etapas da ACV, verificou-se uma frequente preocupação.
Verificou-se ainda que em relação as características ecológicas no ciclo de vida do produto, a etapa matéria-prima merece atenção por ter sido classificada como fraca. Nesse sentindo, recomenda-se a utilização de materiais residuais da construção civil, ao invés da opção pela aquisição de materiais extraídos de fontes não renováveis, o que tornaria o produto efetivamente sustentável.
A limitação deste estudo consiste na escolha da amostra, uma vez que a mesma foi restrita aos principais clientes diretos e não aos consumidores finais de pavers. Como sugestão para trabalhos futuros, tem-se a possibilidade de aplicação da pesquisa com este público, sendo necessária sua identificação.
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR ISSO 14040: gestão ambiental - avaliação do clico de vida - princípios e estrutura. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2001.
ABNT. NBR 9781: peças de concreto para pavimentação, especificação. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1983.
Barbieri J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. Saraiva, 2004.
Barbosa M. B., et al. Resistência ao impacto e à abrasão de concreto de alta resistência com cinza de casca de arroz e borracha de pneus. Revista IBRACON de Estruturas e Materiais, n. 6 v. 5 p. 811-820, 2013.
Bittencourt, A. L.; Vieira, R. S.; Martins, Q. J. N. Economia verde: conceito, críticas e instrumentos de transição. Revista Eletrônica Direito e Política, v. 7, n. 2, p. 788-811, 2012.
Brandalise, L. T. A percepção do consumidor na análise do ciclo de vida do produto: um modelo de apoio à gestão empresarial. Edunioeste, 2008.
Collins K. A.; Hunt W. F.; Hathaway J. M. Hydrologic comparison of four types of permeable pavement and standard asphalt in eastern North Carolina. Journal of Hydrologic Engineering, n. 13, v. 12, p. 1146-1157, 2008.
CONOMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 307: diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Ministério do Meio Ambiente, 2002.
Corrêa, L. R. Sustentabilidade na construção civil. Monografia, Universidade Federal de Minas Gerais, 2009.
Costa A. V.; Gumieri A. G.; Brandão P. R. G. Pavimento intertravado produzido com rejeito de sinter feed. Revista IBRACON de Estruturas e Materiais, n. 7 v. 2 p. 244-259, 2014.
Denzin, N. K.; Lincoln, Y. S. The Sage handbook of qualitative research. Sage, 2011.
Dias L. L., et al. Desenvolvimento de um novo produto cerâmico para pavimentação de passeios e áreas públicas. Ambiente Construído, n. 16 v. 4 n. 155-165, 2016.
Dickel P. The impact of protectability and proactiveness on the environmental performance of new ventures. Corporate Governance: The International Journal of Business in Society, n. 17 v. 1 p. 117-133, 2017.
Donaire, D. Gestão ambiental na empresa. Atlas, 2008.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Notícias Produto Interno Bruto. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/>. Acesso em: 24 jun. 2017.
IDHE - Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica. Nove Passos para a
Construção Sustentável. Disponível em:
Kleijer A. L., et al. (2017). Product-specific life cycle assessment of ready mix concrete: comparison between a recycled and an ordinary concrete. Resources, Conservation and Recycling, n. 122 p. 210-218, 2017.
Manzini E.; Vezzoli C. O desenvolvimento de produtos sustentáveis. Edusp, 2002.
Medineckiene M.; Turskis Z.; Zavadskas E. K. Sustainable construction taking into account the building impact on the environment. Journal of Environmental Engineering and Landscape Management, n. 18 v. 2 p. 118-127, 2010.
Peattie K.; Crane A. Green marketing: legend, myth, farce or prophesy? Qualitative Market Research: An International Journal, n. 8 v. 4 p. 357-370, 2005.
Rodrigues, W. C. Metodologia científica. Faetec/IST, p. 2-20, 2007.
Rodrigues, W. A. Sistemas de gestão ambiental. Revista Interface Tecnológica, n. 7 v. 1 p. 11, 2010.
Santiago L. S.; Dias S. M. F. Matriz de indicadores de sustentabilidade para a gestão de resíduos sólidos urbanos. Engenharia Sanitária e Ambiental, n. 17 v. 2 n. 203-212, 2012.
Santos M. R., et al. O uso da avaliação do ciclo de vida e da ecoeficiência para avaliar alternativas de valorização de resíduos: um estudo em empresa termelétrica. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, v. 9 p. 82-99, 2016.
Silva F. M., et al. Avaliação da resistência mecânica de pavimentos intertravados de concreto sustentáveis (PICS). Revista Matéria, n. 22 v. 1, 2017.
Stachera J. T. Avaliação de emissões de CO2 na construção civil: um estudo de caso da habitação de interesse social no Paraná. Dissertação, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2006.
Stake R. E. The art of case study research. Sage, 1995.
Vechi N. R. G.; Gallardo A. L. C. F.; Teixeira C. E. Aspectos ambientais do setor da construção civil: uma contribuição para a adoção de sistema de gestão ambiental pelas pequenas e médias empresas de prestação de serviços. Sistemas & Gestão, n. 11 v. 1 p. 17-30, 2016.
