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MUSEU ITINERANTE DE CIÊNCIAS NATURAIS: PRÁTICAS MULTIDISCIPLINARES

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Academic year: 2021

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MUSEU ITINERANTE DE CIÊNCIAS NATURAIS: PRÁTICAS MULTIDISCIPLINARES

Ana Lúcia Crisostimo Profª Deptº de Ciências Biológicas da UNICENTRO-PR, anacrisostimo@hotmail.com

Cristiane Hiert, Bióloga do Museu de Ciências Naturais de Guarapuava, UNICENTRO, cristianehirt@ hotmail.com

Ana Carolina Sékula – acadêmica de Biologia, Faculdade Guairacá Felipe Alexandre da Silva – acadêmico de Geografia, UNICENTRO

Karoline Bueno – acadêmica de Geografia, UNICENTRO Claudia Fernanda Paisani – acadêmica de Fisioterapia, UNICENTRO

Tatiana Thiesen - acadêmica de Fisioterapia, UNICENTRO Eliane Gonçalves de Jesus Fonseca, Profª do DEFISIO - UNICENTRO

Ana Carolina Dorigoni – Profª do DEFISIO – UNICENTRO Irene dos Santos Pacheco Olivette – Profª; PDE UNICENTRO Universidade Estadual do Centro-Oeste/ Setor de Ciências Agrárias e

Ambientais

Palavras-chave: Educação Ambiental; Formação de Professores; Iniciação

Científica

Resumo:

O projeto desenvolve e organiza exposições itinerantes com materiais diversos da área de Ciências Naturais, junto às escolas públicas e particulares. Paralelamente a estas exposições são ofertadas, desde 2008, oficinas e palestras ministradas por acadêmicos e docentes de diversos

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cursos de graduação da UNICENTRO e da Faculdade Guairacá. Objetiva-se a divulgação da Ciência em diferentes espaços educacionais.

Introdução

O termo “museu”, apesar de longínqua origem e da sua utilização generalizada na sociedade moderna, possui diferentes significados em cada ambiente cultural em que a instituição se encontre. Conceitualmente, tomando como base os conceitos apresentados pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), podemos defini-lo como:

“... uma instituição cultural com caráter permanente, aberta ao público, sem fins lucrativos, em que se conservam, estudam e, em parte, se expõem os testemunhos matérias da evolução do Universo, dos ambientes físico, biológico e social do mundo passado e atual e das realizações do homem ao longo da sua existência”.

Desta definição derivam quais são as funções atribuídas aos museus: conservação, exposição, ação, cultural e investigativa.

Os museus de Ciências Naturais, particularmente, se propõem a difundir os conceitos científicos de maneira participativa, acessível e lúdica à população em geral e, particularmente, a alunos e professores do ensino formal, sendo uma relevante fonte de apoio para as atividades docentes desde o ensino fundamental até o nível superior. Os museus, segundo VENTURA (1977), que desempenham a missão pedagógica de transmissão da cultura, além da preservação da memória e do patrimônio, atualmente extrapolam a concepção de cultura científica, ampliando o conceito de Ciência, dando um sentido a tecnologia e as técnicas integradas ao desenvolvimento industrial, embora de origens e funções sociais diversas.

Entretanto, alguns segmentos da sociedade e mesmo espaços educativos (escolas, creches, associações de bairro, projetos de responsabilidade social) têm dificuldade de acesso à informação e transporte, o que tem limitado o acesso aos centros de memória de ciências naturais. Os museus e espaços de ciências da atualidade abarcam diversas responsabilidades com a sociedade, ampliando o papel de articulação entre a universidade, seus saberes, e outros setores da sociedade, com vistas a novas parcerias institucionais.

O projeto interinstitucional Museu Itinerante de Ciências Naturais do

PR: uma ação cultural multidisciplinar tem como objetivo desenvolver,

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adultos, alicerçando preceitos de inclusão e cidadania. Nesta direção o projeto busca tratar de forma lúdica o conhecimento cultural e científico.

Material e Método

O projeto Museu Itinerante de Ciências Naturais do PR organiza junto às escolas e instituições públicas e privadas uma exposição itinerante com materiais do acervo do Museu de Ciências Naturais de Guarapuava, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) e da Faculdade Guairacá, englobando inicialmente as seguintes coleções: Geologia, Malacologia, Entomologia, vertebrados (exemplares taxidermizados e in

vitro), Anatomia Humana (peças e modelos anatômicos), entre outros.

Além disso, a equipe executora do projeto ministra simultaneamente oficinas e palestras sobre temas relacionados aos materiais expostos e temas diversos, ou seja, desenvolve um trabalho de divulgação do museu (utilizando técnicas reconhecidas universalmente de Comunicação Institucional) e, ao mesmo tempo, trabalha a Educação Ambiental.

Os discentes que participam do projeto são oriundos das duas instituições de Ensino superior citadas, tais como Ciências Biológicas, Enfermagem, Fisioterapia e Geografia. Cada aluno desenvolve atividades dentro e fora de sua área de atuação, demonstrando o caráter multidisciplinar desta proposta extencionista. Para possibilitar um nivelamento de conhecimentos entre os envolvidos, ocorre um processo de capacitação ao longo do desenvolvimento do projeto por meio de cursos de curta duração com os temas vinculados às atividades do projeto.

Também são realizadas reuniões quinzenais, visando momentos de estudos e organização das atividades a serem desenvolvidas. Como o projeto é destinado a estudantes e ao público em geral, as atividades propostas (exposições, mostras, oficinas e palestras educativas) são realizadas mediante um agendamento prévio junto à Coordenação do projeto.

Somadas às reuniões quinzenais foram organizados cursos de curta duração sobre os temas tratados na implementação das atividades (exposições e oficinas), visando à formação permanente de caráter multidisciplinar dos acadêmicos envolvidos.

As exposições itinerantes foram realizadas em escolas públicas do Município de Guarapuava, Paraná. O público alvo, até o momento, foi cerca de 2.000 pessoas, entre elas alunos, professores e comunidade em geral de localidades urbanas e rurais, além das escolas estaduais e municipais.

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Paralelamente às exposições itinerantes as escolas puderam optar também pelas oficinas que tratam de temáticas diversas. Cabe ilustrar que o objetivo das oficinas foi mostrar aos alunos das escolas envolvidas a importância de conhecer a realidade que cada um possui, o ambiente local, além de procurar identificar os processos históricos que contribuiriam para que o ambiente atingisse o nível em que se encontra. As temáticas ministradas durante nas oficinas realizadas no ano de 2008 foram: Animais em extinção; Entomologia regional; Animais Peçonhentos: Araucária na preservação da biodiversidade; Rochas e minerais; Educação ambiental voltada à ornitologia, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs); Orientação postural.

As oficinas certamente abriram espaços para as crianças exercitarem a sensibilidade e criatividade, possibilitando um entendimento maior de como vêem e sentem o mundo. Considerando que o ser humano é um ser de ação e de relação e não pode ser percebido fora de suas relações com os outros e com o mundo, ele é capaz de transformar-se e de transformar a sua realidade. Dentro desta visão, a característica metodológica inerente aos processos pedagógicos para a abordagem da educação ambiental está baseada principalmente na participação.

Conclusão

Quanto maior for o nível de cultura científica do cidadão, mais apto e qualificado ele estará para exercer a cidadania. Sendo assim a difusão de maneira mais eficaz dos saberes científicos, nos conduz a uma diminuição da distância entre o saber acadêmico e a comunidade leiga. No seu livro sobre a história do Museu Nacional publicado em 1905, João Batista de Lacerda, cita que os museus não são unicamente destinados a exibir coleções, mais ou menos coordenadas e classificadas. Eles visam também instruir o público com o auxílio dessas coleções, e a maneira de tornar efetiva esta instrução, baseada no conhecimento prático dos objetos, é dá-la mediante conferências públicas LACERDA (1905)

As atividades ora socializadas não só atenderam as expectativas do citado autor como revitalizou e democratizou o Museu de Ciências Naturais de Guarapuava ao tornar acessível o acervo cultural e divulgador científico a diferentes grupos sociais e em diferentes espaços educacionais. Com isso foi possível o aprofundamento e aquisição de conhecimento no domínio das especialidades trabalhadas, consequentemente fornecendo os meios para torná-las compreensíveis, por elas próprias como elementos essenciais da

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contemporânea. Além da ampliação de oportunidades educacionais o projeto tem facilitado o acesso a uma nova linguagem que realiza uma síntese do conhecimento científico e tecnológico para seduzir o público.

O envolvimento dos acadêmicos nesta atividade proporcionou a busca de informações e complementos ao conteúdo escolhido por cada grupo para ser trabalhado, além do aspecto lúdico que, segundo relatos dos acadêmicos, é um forte instrumento de ensino e de educação ambiental, com potencial de proporcionar relações concretas entre os conteúdos e a realidade dos educandos no processo ensino-aprendizagem. Além de contribuir no enriquecimento dos subsídios necessários a uma boa prática pedagógica nas diversas áreas de conhecimento envolvidas, possibilitou aos participantes relacionar o arcabouço teórico com a realidade, percorrendo a ponte que liga o teórico ao empírico e vice-versa.

Referências

LACERDA, J. B. de. Fastos do Museu Nacional. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1905.

VENTURA, P.C.S. Quels musées de Sciences et Techniques pour lê

XXIe siècle? Memorial de DEA, GHDSO: Orsay: Université Paris-Sud 11,

1977.

Referências

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