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Pires Lattaro

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Academic year: 2021

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Texto

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Os jogos de raciocínio e a matemática.

Luana de Souza Pires1 Jean Michel Lattaro2

Resumo

O presente texto tem por finalidade comentar sobre uma atividade matemática realizada durante o período de agosto a novembro de 2011, em escolas estaduais de uma cidade do interior do estado de São Paulo, através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID da USP/ICMC.As atividades foram elaboradas por discentes do curso de Matemática e Ciências Exatas e procuram seguir os requisitos estabelecidos na Proposta Curricular do Estado (2008) e dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (PCNs, 1997).

Palavras chaves: Educação matemática. Jogo. Raciocínio- lógico.

Introdução:

Durante o período de setembro a novembro do ano de 2.011 foram realizadas atividades diferenciadas de matemática em duas escolas estaduais de um município do interior do estado de São Paulo, como parte das atividades dos Bolsistas do Projeto PIBID ICMC/USP. Essas atividades foram elaboradas de maneira a complementar a disciplina de matemática, ou seja, fora do horário de aula e no intuito de incorporar o currículo nas atividades de estágio supervisionado do PIBID.

Por sermos responsáveis pela confecção de diversas atividades durante este semestre, optamos por comentar neste texto uma atividade que achamos ser fácil de aplicar com os próprios recursos oferecidos pela escola estadual e também por sua praticidade. Pois ambas pode ser desenvolvida pelos próprios alunos com o auxílio docente e também modificadas conforme o conteúdo matemático exposto.

Entendemos que metodologia de ensino, é uma área que busca as melhores técnicas e métodos para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra da melhor maneira possível.

1

luapires@grad.icmc.usp.br. Lincencianda em Matemática, ICMC/USP/São Carlos – Bolsista PIBID/ICMC/USP

2

jean.lattaro@yahoo.com.br, Licenciando em Ciências Exatas, IFSC/USP/São Carlos – Bolsista PIBID/ICMC/USP

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Assim, as atividades propostas em sala de aula do estágio/PIBID são ferramentas que auxiliam os estagiários na compreensão do conteúdo que será desenvolvido nas futuras aulas regulares, pois o desenvolvimento da contextualização tanto nos conteúdos como nos exercícios é fundamental para que os alunos entendam a importância do assunto.

Objetivo: Apresentar novas propostas de trabalho que englobem a realidade dos educandos

para uma melhor compreensão do conceito matemático proposto.

Desenvolvimento:

A atividade foi desenvolvida com alunos da educação básica do 6ºano respectivamente e pode ser adaptada, ou seja, aumentando a dificuldade conforme o ano que se pretende aplicar. Ela corresponde a uma adaptação do jogo amarelinha para a fixação do conceito de números.

Essa atividade foi planejada a partir da leitura dos seguintes livros: PCN de matemática; Como Pensar com Criatividade: 50 jogos para exercitar o pensamento criativo e Atividades e Jogos com números.

A motivação para sua elaboração partiu da importância de se trabalhar com o raciocínio lógico-criativo e também com jogos de matemática dentro da escola, pois segundo o PCN (1997) de matemática:

Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens, criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem a regras e dar explicações. (BRASIL, 1997, pág. 35)

A atividade inicialmente foi planejada para aplicação em espaço aberto como na quadra, onde lousa e giz seriam substituídos por uma ficha de observação, no entanto, devido à falta de disponibilidade desse espaço ocorreu na sala de aula mesmo. Para esta

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aula o material utilizado foi: 5 fitas adesivas coloridas, papel sulfite, lousa e giz, pano de prato e barbante.

Distribuímos as fitas usadas na confecção da amarelinha, para os alunos separando-os em 5 triseparando-os, com a intenção de que todseparando-os participassem da atividade desde do seu início, assim os próprios alunos foram os responsáveis pelo desenho da amarelinha no chão da sala.

O resultado desta etapa não foi o esperado por nós, que seria apenas com dois retângulos como o estilo mais conhecido, mas sim três, o que fez a maioria dos educandos e também a nós estranhar o “design moderno” que ela adquiriu.

No entanto, bastou explicar que se tratava de uma amarelinha especial para a experimentação da ciência matemática que eles ficaram super curiosos para entender quais eram as regras.

Um dos maiores empecilhos durante a sua confecção foi a de não poder escrever com o giz os números no chão da sala, assim a solução foi fazer os números em pedaços de folha sulfite e alocá-los ao lado dos retângulos correspondentes.

Outra diferença entre a amarelinha “convencional” foi a escolha dos números, pois nesta optamos pela maioria de números primos para facilitar a explicação do conteúdo, esse fato motivou novamente a estranheza dos alunos, essa estranheza foi entendida por nos como uma quebra do paradigma sequencial imposto pela matemática, possibilitando então o início do processo de criação do pensamento lógico-criativo como queríamos inicialmente, conforme Piaget em sua teoria dos estágios apresenta a idéia de esquemas mentais.

Terminando a confecção da amarelinha chegou a hora de brincar, assim nós impusemos as seguintes regras: pular só nos números primos, não pular em nenhum

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retângulo do meio e a partir da segunda rodada responder as questões propostas. Assim o primeiro desafio lançado para os educandos foi o de pular somente nos números primos, por parecer de maneira diferente das quais eles estavam acostumados, ninguém conseguiu acertar de primeira, mas a medida que um errava os demais iam “memorizando” quais os cinco números que deveriam pular.

Durante as etapas que aumentavam a dificuldade da brincadeira o conteúdo foi apresentado de maneira intuitiva usando a idéia de conjuntos, que neste caso se limitou à quantidade de divisores que os números primos possuem, ou seja, os elementos e de divisibilidade e multiplicidade com os números propostos.

Conclusão

Essa atividade mostrou diante da atitude dos alunos a importância da mudança de perspectiva do professor de matemática, ou seja, da visão formal e tradicional para uma empirista construtivista durante sua aula. Afinal este estilo tradicional apesar de ainda ser útil em alguns conteúdos matemáticos transforma os alunos em seres passivos, os quais sentirão dificuldades para exercer a autogestão exigida na contemporaneidade.

Com tudo, devemos ir além do conteúdo e começar a desenvolver desde cedo a concepção de alunos autogestores, que neste caso são aqueles que usam a prática para chegar na teoria, isto é, aprendem a aprender. Mas, para que isso ocorra satisfatoriamente nós devemos antes avaliar se somos capazes de faze-lo com a nossa formação.

Assim, é através dos desafios vivenciados durante a permanência no Projeto PIBID que estamos tendo a oportunidade complementar nossa docência e nos tornando alunos que aprendem a aprender, além de também contribuir para uma melhora na educação básica.

Referências Bibliográficas:

BRASIL (país). Ministério da Educação e Cultura/Brasil. Secretaria de Educação

Fundamental MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Fundamental:

Matemática. Brasília: 1997.

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http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12657:parametr os-curriculares-nacionais-5o-a-8o-series&catid=195:seb-educacao-basica&Itemid=859

MOREIRA, M. A. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: UM CONCEITO SUBJACENTE. In: Moreira, M.A., Caballero, M.C. e Rodríguez, M.L. (orgs.) (1997). Actas del Encuentro Internacional sobre el Aprendizaje Significativo. Burgos, Espanha. pp. 19-44.

Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigsubport.pdf

PHILIPS, C. Como Pensar com criatividade: 50 jogos para exercitar o pensamento criativo, traduzido por: ANDRADE, P.P. F. Rio de Janeiro: 2009. Ediouro.

São Paulo (estado). Governo do Estado/Secretaria do Estado de Educação. Proposta

Curricular do Estado de São Paulo/ Matemática: Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio. São Paulo: 2008, p. 50.

Disponível:

http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/PropostaCurricularGeral_Int ernet_md.pdf

SMOOTHEY, Marion. Atividades e jogos com números. In: Invetigação Matemática. São Paulo: 2002. Scipione.

Referências

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