TH723
Gestão Ambiental
Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia
Calendário da disciplina
• Início: 05/06/17. Fim: 06/09/17
• Recesso: 17-28/07/17
• Não haverá aula: 31/07/17
Gestão Ambiental
• Processo de tomada de decisões que devem repercutir
positivamente sobre a variável ambiental de um sistema
• É uma busca da melhor opção
• Meta: Minimizar os impactos
• Grau do impacto depende:
– Forma de produção/ação
– Velocidade de extração de recursos naturais – que
permite ou não sua reposição
– Forma de tratamento e disposição dos resíduos
(líquidos, sólidos e gasosos)
Gestão
Integração entre
PLANEJAMENTO GERENCIAMENTO POLÍTICA
AMBIENTAL Predomina nas primeiras fases do ordenamento. É um meio sistemático de determinar o estágio em que se está, onde se deseja chegar e qual o melhor caminho de se
chegar lá.
Ênfase: tomada de decisão
Figura nas fases posteriores, ligadas à aplicação, administração, controle e monitoramento das alternativas propostas pelo planejamento
Gestão
(tradicional)
Sob o ponto de vista ambiental, a tendência das decisões era enfocada nos requisitos mínimos para se reduzirem impactos a curto-prazoFatores Financeiros Fatores Ambientais “Incompatibilidade”
Cresce o engajamento de tomadores de decisão com a VISÃO A LONGO-PRAZO e conhecendo a importância ambiental sobre o benefício econômico
Consciência da influência da poluição ambiental sobre fatores econômicos
Questão de mercado – empresas só contratam outras ambientalmente corretas e consumidores exigentes com a questão ambiental
Gestão
sustentável
Soluções
com melhor entendimento do
processo contextual
envolvido nas formulações da
Política
Gestão
ecológica
Promover mudanças, mas sem esgotar recursos e quebrar equilíbrio natural.
Sustentabilidade
Três dimensões ou três eixos de análise:
Ambiental: Para assegurar as necessidades ambientais a longo prazo
Econômico:
Ético:
Para assegurar as necessidades financeiras a longo prazo
Para assegurar a todos acesso a longo prazo aos usos básicos
Proteção dos recursos naturais em termos quantitativos, qualitativos e de diversidade ecológica.
Integração de exigências setoriais e integração espacial Integração com o planejamento urbano e gestão ambiental
Princípio do poluidor-pagador Cobrança pelo uso da água
Equidade e transparência
Sistema institucional da gestão dos RH é um componente importante Mecanismos de solução de conflitos entre níveis, setores e usuários individuais
Política e seus fatores contextuais
GESTÃO e PROTEÇÃO DO RECURSO Exigências sociais e econômicas Exigências ambientais DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Stakeholders Canali et al. 2000Alguns critérios de sustentabilidade
• “Assegurar à
atual e às futuras gerações
a necessária
disponibilida-de
de água, em
padrões de qualidade
adequados”
(Lei 9433/97, Art.2º)• Integrado
: entre setores e relação com o uso do solo
• Sistema de
informação
acessível
• Escala espacial
e
horizonte temporal
adequados
• Utilização
racional
do recurso
• Habilidade para
resolver conflitos
entre usuários
• Flexibilidade
da política e habilidade a adaptar a novas situaç
ões
• Recuperação de custos
e consideração a custos ambientais
• Transparência
nas tomadas de decisão
• Comunicação
entre usuários
Fases do Planejamento
Definição de objetivos
Inventário
Diagnóstico
Levantamento de dados (secundários, observações diretas)
Avaliação:
• Disponibilidade e demandas
• Fragilidades (grau) e potencialidades • Acertos e conflitos
• Cenários passado e presente
Problema/Limitação: “Informação é qualitativa e subjetiva, originada de diferentes métodos e escalas, apresentando
Prognóstico
Avaliaçoes temporais:Tempo
•“Planejamento não pode ser feito a partir de uma leitura estática do ambiente”
•Escala objetiva de análise que deve situar o passado, o presente e o futuro do espaço diagnosticado
•Tempo é representado por meio de construção de cenários
Construção de possíveis cenários futuros
•Devem retratar um conteúdo concreto •Construído a partir de:
•Diagnóstico
•Propostas governamentais
•Realidades apreendidas pela cultura, pelos sentidos e pela memória do homem da região
Tomada de decisão
Formulação de diretrizes
Seleção de alternativas/Definição de estratégia de ação
•Avaliação técnica, jurídica, administrativa e financeira das alternativas
•Hierarquização de alternativas
•Definição do modelo de organização territorial •Alternativas tecnológicas
Instrumentação técnica, jurídica e administrativa: •Definição de normas para organização territorial •Elaboração de planos e programas
•Propostas de monitoramento e controle •Proposição de subsídios para gerenciamento •Elaboração de mecanismos de gestão
Planejamento
• Multidisciplinar
• Dinâmico
• Participativo
PROPOSTA TÉCNICA (ALTERNATIVAS)Levada à discussão aberta e transparente com a COMUNIDADE ENVOLVIDA CONHECIMENTO DO PROBLEMA 1 2 3 4
Fases do Planejamento
Definição de objetivos
Inventário
Diagnóstico
Levantamento de dados (secundários, observações diretas)
Avaliação integrada: • Impactos
• Fragilidades (grau) e potencialidades • Acertos e conflitos
• Cenários passado e presente
Problema/Limitação: “Informação é qualitativa e subjetiva, originada de diferentes métodos e escalas, apresentando
Prognóstico
Avaliaçoes temporais:Tempo
•“Planejamento não pode ser feito a partir de uma leitura estática do ambiente”
•Escala objetiva de análise que deve situar o passado, o presente e o futuro do espaço diagnosticado
•Tempo é representado por meio de construção de cenários
Construção de possíveis cenários futuros
•Devem retratar um conteúdo concreto •Construído a partir de:
•Diagnóstico
•Propostas governamentais
•Realidades apreendidas pela cultura, pelos sentidos e pela memória do homem da região
Tomada de decisão
Formulação de diretrizes
Seleção de alternativas/Definição de estratégia de ação
•Avaliação técnica, jurídica, administrativa e financeira das alternativas
•Hierarquização de alternativas
•Definição do modelo de organização territorial •Alternativas tecnológicas
Instrumentação técnica, jurídica e administrativa: •Definição de normas para organização territorial •Elaboração de planos e programas
•Propostas de monitoramento e controle •Proposição de subsídios para gerenciamento •Elaboração de mecanismos de gestão
Definição de objetivos
PROBLEMA
Causas Agentes causadores Efeitos Agentes receptoresObtenção de consenso entre vertentes
Meios de implementação
Delimitação da área de estudo
Seleção da escala de trabalho
Consenso institucional, técnico-científico e comunitário
Recursos (humanos e financeiros) Área de influência (área institucional, bacia hidrográfica, global, regional, local)
Exemplo
Diagnóstico do problema:
1.
Erosão hídrica
2.
Degradação do solo
– Desequilíbrio nutricional
– Compactação e pulverização do solo
– Queda da atividade biológica e dos níveis de matéria
orgânica
3.
Poluição dos mananciais
– Por sedimentos erodidos das águas agrícolas
– Direta por pesticidas
– Com dejetos de animais oriundos das atividades pecuárias,
principalmente da suinocultura
Exemplo: Erosão hídrica
Perdas de 15 a 20 t/ha de solo nas áreas intensamente mecanizadas
Causas Desmatamento Uso inadequado do solo Preparo inadequado do solo Divisão fundiária adotada Agentes causadores Agricultores Agricultores Agricultores Governo estadual Governo estadual e municipal Degradação do solo Perda de produtividade agrícola e insumos Empobrecimento dos agricultores Assoreamento dos corpos de água Agricultores Agricultores Agricultores Agricultores e população a jusante População a jusante Agentes receptores Efeitos Planejamento inadequado das estradas rurais Poluição dos mananciais
Área de estudo
• Área de influência (do empreendimento)
Área de influência direta Área de influência indireta Área de influência regional Área de influência estratégica Fonte: Santos, R.F. 2004
Limite territorial Raio de ação Corredor Unidade homogênea
Planos diretores Pólos industriais Estradas, linha de transmissão, matas ciliares, portos de areia, corredores ecológicos Região de monocultura Fonte: Santos, R.F. 2004
• Bacia hidrográfica
– Visão ecossistêmica:
fragmentos naturais
interativos do território
• Divisão da área, por exemplo, por:
– Semelhanças de usos e coberturas
– Problema principal
Questões com relação a
escala
• Como definir a escala ideal?
• Para todo projeto, deve-se usar somente uma
escala?
• Quais os cuidados que se deve tomar com
relação aos dados espaciais?
Leitura do cap. 3 - Santos (2004) p. 44-50
Área, escala e tempo. Paradigmas do planejamento.
E responder as questões acima!!!
Verificação da melhor escala
Estudo em Bertioga: Verificar a melhor escala de representação das várias fisionomias de Mata Atlântica.
Referência: Escala 1:25.000
Escala
NÍVEL DE ESCALA (Tipo) PLANEJAMENTO REPRESENTACÃO DA ESCALA Macro (Reconhecimento)Planejamento tipo econômico e
ecológico, que visariam grandes
impactos e avaliação de recursos existentes > 1:500.000 Meso (Semi-detalhada) Planejamento de potencialidades de uso e proposição de zoneamento 1:250.000 – 1:25.000 Micro (Detalhada) Estabelecer zoneamento detalhado (planos diretores)
< 1:10.000
Fonte: Cendrero, 1989 (modificado), apud Santos (2004)
Check list
Disponibilidade:
Alta ... Média ... Baixa ...
Qualidade das águas:
Apta para todos os usos ... Não apta para consumo humano ... Inadequada ...
Uso e ocupação do solo inadequado:
Em áreas de mananciais ... Em áreas de proteção permanente ...
Agricultura:
Com uso de agrotóxicos ... Com uso de fertilizantes ... Sem práticas adequadas de manejo ...
Indústrias:
Com emissões líquidas tóxicas ... Com carga orgânica ... Com carga de nutrientes ...
Antes, deve-se descrever como caracterizar a
disponibilidade: Q95%
Check list
Área Urbana: % tratamento de esgoto ... % abastecimento ... População ... Lixo ... Captação de água: Irrigação ... Navegação ... Abastecimento urbano ... Abastecimento industrial ... Dessedentação de animais ... Ar: Emissões veiculares ... Emissões industriais ... Vegetação: Social: Economia:Outras alternativas
Potencial agrícola Capacidade de suporte Indicadores Potencial agrícola Capacidade de suporteAnálise de risco
Combinação entre:
• Índice de Vulnerabilidade SINTACS • Índice de Perigo
Milek, 2011 AVALIAÇÃO DO RISCO DE CONTAMINAÇÃO DA
ÁGUA SUBTERRÂNEA EM UMA ÁREA URBANA DO AQUÍFERO CARSTE EM ALMIRANTE TAMANDARÉ
Planejamento ambiental/territorial
• Análise de fatores físico-naturais, econômicos,
sociais e políticos de uma área (país, estado,
município, etc)
• Estabelecimento de formas de uso
consideradas adequadas
– Definição de amplitude e localização
– Recomendações sobre normas que regulamentam
o uso do território e de seus recursos
Tomando decisão
• Definição do problema
– Fatos
(dados empíricos disponíveis)
– Atitude
(interpretação dos fatos e julgamento desse
valor)
• Aplicação de metodologias
– Análise multicritério
• Dificuldades:
– Acesso à informação
– Escassez de dados
– Inconsistência de dados
– Limitação do conhecimento
Resolvendo problemas
Gestão
Primeira etapa:
• Tomada de consciência e conhecimento do problema.
• Definição das variáveis ambientais afetadas pelo problema.
Segunda etapa:
• Planejamento.
• Busca por soluções.
Participação da comunidade,
instituições governamentais e não governamentais, etc
Disponibilidade de recursos
financeiros, planos plurianuais,
programas de governo, etc.
Terceira etapa:
• Acompanhamento das metas.
Gestão democrática, participativa
Bacia hidrográfica, Município, comunidade Empresa