Estudo sobre a Comunicação
na Crise Hídrica no Brasil
© 2015 ABERJE – Estudo sobre a Comunicação na Crise Hídrica no Brasil – 2015
Concepção e planejamento:
Prof. Dr. Paulo Nassar
Coordenação:
Carlos A. Ramello e Rodrigo Cogo
Desenvolvimento:
Carlos A. Ramello e Rodrigo Cogo
Pesquisa Quantitativa (Coleta de Dados)
Carlos A. Ramello
Processamento
Carlos A. Ramello
Análise de dados
Carlos A. Ramello e Rodrigo Cogo
Copyright © 2015 by ABERJE. Todos os direitos dessa publicação são reservados à ABERJE
É proibida a duplicação ou reprodução no todo ou em parte, por qualquer meio, sem expressa autorização ABERJE. Estudo sobre a comunicação na crise hídrica no Brasil - 2015. São Paulo: Aberje, 2015. (Pesquisa)
Esta pesquisa busca identificar o planejamento e as práticas
adotadas pelas organizações em relação à utilização racional e
à redução efetiva do consumo de água. A proposta é colaborar
com a mobilização e a conscientização das pessoas em torno da
crise hídrica.
Também procura identificar as ações que vêm sendo estudadas
para implementação futura, em caso de recrudescimento dessa
crise.
Trata-se de uma pesquisa quantitativa com amostra
não-probabilística por conveniência.
A coleta de dados ocorreu entre fevereiro e março de 2015, por
meio de autopreenchimento em sistema on-line.
Participaram 65 organizações do banco de relacionamentos da
ABERJE, de diversos segmentos e setores da economia e com
localização principal nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais.
localização das empresas participantes
São Paulo, com 67,0%, é onde se concentra a maioria
das empresas participantes. São Paulo – 67,0%
Rio de Janeiro – 10,0% Minas Gerais – 13,0%
Diversos Estados – 10,0%
tipo de empresa participante
PRIVADA NACIONAL 46,9% PRIVADA MULTINACIONAL 42,2% PÚBLICA 3,1% MISTA 1,6% ENTIDADE
6,3% A quase totalidade (89,1%) dos participantes é constituída de empresas privadas, tanto nacionais quanto multinacionais.
3,4% 3,4% 3,4% 6,9% 6,9% 8,6% 5,2% 3,4% 5,2% 3,4% 3,4% 3,4% 13,8% 8,6% 3,4% 1,7% 1,7% 1,7% 1,7% 10,3%
ramo de atividade das empresas participantes
total de funcionários das empresas participantes
até 100 9% de 101 a 500 13% de 501 a 1.000 6% de 1.001 a 2.000 14% de 2.001 a 3.000 9% de 3.001 a 4.000 8% de 4.001 a 5.000 3% de 5.001 a 10.000 16% de 10.001 a 20.000 8% acima de 20.000 14%A diversidade de ramo de atividade e do total de funcionários é a característica básica das empresas participantes.
Parte do processo produtivo 36% Como matéria-prima 2% Para consumo humano 62%
sistema de abastecimento de água
utilização principal da água
62,0% das empresas participantes têm o consumo humano como utilização principal da água. Para 36,0%, a água é utilizada, de forma principal, para atender ao processo produtivo da organização.
Concessionária 67,0% Poço Artesiano 8,0% Ambos 16,0% Outro 9,0%
A maioria (67%) é abastecida exclusivamente por meio de empresas concessionárias de abastecimento de água (ex.: sabesp, cedae e copasa).
Sim 8% Não
92%
problema decorrente da crise hídrica
•
Falta de água para abastecimento dos restaurantes;•
Paralisação temporária da produção pela falta de água;•
Intermitências no abastecimento por parte das concessionárias;•
Aumento expressivo do valor das contas de energia elétrica da organização;•
Necessidade de elaboração plano estratégico (curto / médio / longo prazo) para atender as questões decorrentes da falta de água;A quase totalidade das empresas participantes (92,0%) não enfrentou qualquer tipo de problema decorrente da crise hídrica atual.
comitê formal para tratar as questões relativas à crise hídrica
74,1% 33,3% 48,1% 22,2% 74,1% 66,7% 22,2% ENGENHARIA FINANCEIRA RECURSOS HUMANOS MARKETING COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL / OPERAÇÕES MEIO AMBIENTEQuase metade das organizações participantes (45,0%) tem comitê formal estruturado para tratar das questões apresentadas pela crise hídrica. Como decorrência do papel estratégico assumido, a área de Comunicação, assim como a de Engenharia e a Industrial / Operações, são as com maior presença nesses comitês.
áreas que compõem o comitê formal
Não 55% Sim
campanhas de conscientização do público
interno
40,6%
adequação das instalações (troca de
torneiras, descarga, entre outras.)
40,6%
utilização de água de reuso e captação de
água da chuva
39,1%
maior monitoramento e controle de perdas e
vazamentos
20,3%
melhoria dos processos e definição de
metas de redução do consumo
12,5%
medidas/ações para redução do consumo de água a empresa já vinha
adotando anteriormente à atual crise hídrica
77% das empresas participantes têm adotado medidas e/ou realizado ações visando minimizar os efeitos da crise hídrica. Entre as mais desenvolvidas, temos:
Entre outras ações desenvolvidas destacam-se: “apoio a fazendeiros no cercamento e manutenção de nascentes”; “educação ambiental em escolas”; “horários alternativos de trabalho / home office”; “premiação para novas ideias de otimização do consumo”, “redução de resfriamento por água nos componentes de fornos de tratamento térmico” e “racionalização do consumo para atividades de limpeza e implantação de descartáveis”.
medidas/ações para redução do consumo de água a empresa passou a
adotar como decorrência da atual crise hídrica
campanhas de conscientização do público
interno
42,2%
adequação das instalações (troca de
torneiras, descarga, entre outras)
25,0%
utilização de água de reuso e captação de
água da chuva
14,1%
perfuração de poços artesianos
7,8%
melhoria dos processos e definição de
metas de redução do consumo
7,8%
As empresas, em decorrência da atual crise hídrica, intensificaram as ações que vinham sendo desenvolvidas anteriormente e adotaram novas que não vinham sendo desenvolvidas:
Entre outras ações desenvolvidas destacam-se: “aprimoramento dos planos de contingência e emergenciais”; “inserção do tema como pauta fixa do comitê diretivo”; “estratégias para garantia operacional e sustentabilidade de forma integrada às comunidades”, “utilização de 50% da iluminação em horários de pequeno fluxo (almoço e saída)” e “uso de materiais descartáveis nos laboratórios”.
ações junto ao público interno para conscientização da necessidade
do uso racional / economia de água
Sim 81% Não 5% Em desenvol vimento 14%
A maioria das organizações participantes (81,0%) tem desenvolvido ações junto ao seu público interno com o objetivo de conscientização da necessidade de economia e do uso racional da água, tanto no ambiente empresarial quanto no doméstico.
Das empresas que não desenvolveram ações, os motivos apresentados foram: “falta de cultura orientada para a sustentabilidade”, “consumo de água muito baixo na empresa” e “o assunto está entrando em pauta”.
Veiculação de matéria em jornal mural 47,5% Afixação de cartazes / outdoors / adesivos na empresa 57,6% Veiculação de matéria em revista/jornal interno 64,4% Envio de e-mails 64,4% Divulgação na intranet da empresa 71,2%
1º
4º
5º
2º
3º
ações junto ao público interno para conscientização da necessidade
do uso racional / economia de água
de matéria em revista, jornal interno (64,4%) e jornal mural (47,5%), do envio de e-mails ( 64,4%) e da afixação de cartazes, outdoors e adesivos (47,5%). Outras ações desenvolvidas foram: realização de palestras e workshops (33,9%);
divulgação no site corporativo (15,3%); distribuição de cartilhas e manuais
(15,3%); programas na tv corporativa (13,6%), transmissão de vídeos (10,2%) e
distribuição de brindes (6,8%).
Para 71,2% dos participantes, a “divulgação na intranet da empresa” é a ação mais utilizada para
percepção em relação à crise hídrica no Brasil
Irá piorar Permanecerá nos níveis atuais
Irá melhorar
55,0% 42,0% 3,0%
A crise hídrica no Brasil, na percepção dos participantes, irá piorar para 55,0% nos próximos meses, enquanto que, para 42,0%, ela permanecerá nos níveis atuais.
ações planejam implementar em caso de agravamento da crise hídrica
alternativas para obtenção de água (poços,
carros pipa, entre outras)
15,6%
ações ainda em definição
12,5%
adoção de racionamento interno, de acordo
com o fluxo de trabalho
9,4%
adoção de home office
6,3%
Além da intensificação das ações já em desenvolvimento, as empresas participantes planejam:
Entre outras ações planejadas destacam-se: “adotar procedimento de rodízio para fechamento de agências”; “implementação de programa de Continuidade dos Negócios”; “desenvolvimento de parceria com o poder público”, “mudança da sede” e “adoção de um comitê de crise”.
Ser o centro de referência na produção e disseminação de
conhecimento e práticas de Comunicação e Relacionamento,
inspirando as organizações em suas estratégias de gestão.
VISÃO
Articular a Comunicação das organizações por meio de iniciativas
em Educação, Gestão do Conhecimento, Reconhecimento e
Relacionamento, produzindo e compartilhando saber, disseminando
as melhores práticas e fortalecendo o papel estratégico do
comunicador.
MISSÃO
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