• Nenhum resultado encontrado

Reflexões Preliminares sobre o impacto da Reforma Tributária no financiamento da Seguridade Social e especificamente da Saúde (versão 2)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Reflexões Preliminares sobre o impacto da Reforma Tributária no financiamento da Seguridade Social e especificamente da Saúde (versão 2)"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Reflexões Preliminares sobre o impacto da Reforma Tributária no financiamento da Seguridade Social e especificamente da Saúde

(versão 2)

XXIV Congresso do Conasems – 8 a 11 de abril de 2008

Audiência Pública da Comissão de Seguridade Social e Família – 17 de abril de 2008 Reunião do Conselho Nacional de Saúde – 17 de abril de 2008

Prof. Dr. Elias Antônio Jorge

Diretor de Programa de Economia da Saúde e Desenvolvimento

Secretaria Executiva

(2)

O papel das contribuições no arranjo atual

de custeio da Seguridade Social

As contribuições sociais foram instituídas e/ou ampliadas para viabilizar a extensão de direitos sociais promovida pela Constituição Federal de 1988.

(3)

• Apesar da garantia legal de recursos para a Seguridade, parte da arrecadação realizada em nome da área social é direcionada para outros gastos (dívida e EPU).

• Desvinculação de receitas que legalmente

estão atreladas ao financiamento da saúde, previdência e assistência social, comprometendo o custeio dessas áreas (FEF, FSE e DRU).

Percalços no arranjo atual de custeio da

Seguridade Social

(4)

Destinação dos recursos das Contrib. Sociais

R$ milhões - valores correntes

CSLL 25.048,5 140,1 1.461,1 15.952,1 17.553,3 - 7.495,2 29,9% Cofins 86.855,4 9.768,0 29.827,0 7.708,7 47.303,7 20676,7 39.551,7 45,5% Contrib. Previd. 108.434,0 - 107.701,7 - 107.701,7 - 732,3 0,7% CPMF 22.895,7 - 5.928,9 11.724,3 17.653,2 - 5.242,5 22,9% FCEP 6.105,5 4.841,8 - 104,0 4.945,8 - 1.159,7 19,0% Total 249.339,1 14.749,8 144.918,8 35.489,1 195.157,7 20676,7 54.181,4 21,7% CSLL 26.547,2 1.537,5 962,4 17.786,4 20.286,3 768,2 6.260,9 23,6% Cofins 90.105,1 12.187,0 31.543,1 5.990,9 49.721,0 23403,5 40.384,0 44,8% Contrib. Previd. 123.520,2 - 123.431,4 - 123.431,4 - 88,8 0,1% CPMF 25.212,0 - 6.756,1 13.554,2 20.310,3 - 4.901,8 19,4% FCEP 6.723,2 6.370,4 - - 6.370,4 - 352,8 5,2% Total 272.107,8 20.095,0 162.693,0 37.331,5 220.119,5 24171,7 51.988,4 19,1% Fonte: Anfip (2007).

Notas: (1) Os recursos do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (FCEP) integram a CPMF na razão de 8/38. (2) Não incide DRU sobre os recursos do FCEP e das contribuições previdenciárias.

Ano Retido ou desviado

via DRU Despesas realizadas MDS MPS MS Total Utilizadas em outros órgãos 2005 2006 Arrecadação realizada Fonte

(5)

Participação das C.S. no custeio da Saúde

em %

Fontes de Financiamento 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Recursos Ordinários 1,0 10,8 14,7 5,2 14,3 10,3 13,1 7,1 4,8 Títulos Resp. Tesouro Nac. 2,8 0,5 0,8 0,7 0,9 1,3 0,5 0,0 0,0 Operações Crédito Externas 0,5 1,1 1,4 2,6 2,1 1,8 1,1 0,7 0,7 Recursos Diretam. Arrecadad 2,4 2,6 3,5 3,2 3,1 2,6 2,3 2,2 2,3 Contribuições Sociais 73,1 71,1 62,5 81,5 74,1 78,7 80,9 87,2 88,2

CSLL 19,3 8,0 13,3 12,3 7,1 23,5 27,4 32,7 39,7

COFINS 25,9 26 26,6 37,7 39,5 19,2 21,1 25,1 19,2 CPMF 27,8 37,1 22,6 31,5 27,6 36 32,4 29,4 29,3

Fundo de Estabilização Fiscal 19,5 13,3 14,2 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

FCEP 0,0 0,0 0,0 0,0 4,3 1,7 0,0 0,9 0,3

Demais Fontes 0,7 0,7 3,0 6,8 1,2 3,5 2,2 1,9 3,7

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

(6)

Portanto, apesar de constitucionalmente estar definido um modelo de custeio da Seguridade Social, no qual se insere a previsão de fontes de recursos para financiamento da Saúde, o custeio da área sempre enfrentou percalços. Por isso, no cenário político atual, a proposta de reforma tributária deve ser analisada com cautela naquilo que pode representar para o financiamento do SUS.

(7)

A Proposta de Reforma Tributária e seu significado para o custeio da Seguridade

IR CSLL IPI COFINS PIS Salário Educação CIDE

IR IPI IVA-F 38,8% SEGURIDADE 6,7% FAT/BNDES 2,3% EDUCAÇÃO BÁSICA 2,5 % INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

(8)

Como foi definido o percentual da Seguridade?

(9)

É a participação da COFINS e CSLL no total de receitas que integram o montante gerado por IR, IPI e IVA-F (estimado através da arrecadação efetuada com Cofins, Pis, Salário Educação e CIDE).

Ou seja, é: (R$ 28 + R$ 91,5/ R$ 308)x 100. Assim, definiu-se a participação da Seguridade no bolo gerado pelo IVA-F (que substituirá 4 Como foi definido o percentual de 38,8% para a

(10)

Qual é o problema dessa metodologia?

Não leva em conta os recursos arrecadados pela CPMF e que compunham o financiamento da Seguridade até 2007.

Houve uma aceitação tácita da revogação da CPMF e o mais preocupante: sem indicar alternativas de reposição dos recursos antes aportados por essa fonte no custeio da Seguridade.

(11)

Estimativa de novo percentual levando em

conta a CPMF

(R$ bilhões)

Arrecadação Destinações Sem DRU Com DRU

IR 125,8 Seguridade Social (Cofins, CSLL e CPMF) 151,8 121,4

CSLL 28,0 FAT/BNDES (PIS) 20,6 16,5

Cofins 91,5 Infra-Estrut. de transportes (CIDE) 7,8 6,3 CPMF 32,3 Educação Básica (Salário-Educação) 6,9 6,9

PIS 20,6 FPE (21,5% IR + IPI) 32,9 32,9

CIDE 7,8 FPM (23,5% IR + IPI) 36 36

Salário-Ed. 6,9 Fundos Constitucionais (3% IR + IPI) 4,6 4,6

IPI 27,4 FPEX (10% IPI) 2,7 2,7

Total 340,3 Total 263,3 227,3

Fonte: Ministério da Fazenda (Cartilha da Reforma Tributária 2008) e STN. Elaboração Própria.

(12)

Como ficaria o custeio da Seguridade, se o projeto atual for aprovado?

Simulação realizada com dados de 2007 mostrou que os recursos definidos nesse novo arranjo não cobririam os gastos realizados pela Seguridade Social em 2007. Ou seja, o percentual proposto não garante os recursos necessários para a manutenção das atuais atividades e programas da Seguridade, pois haveria um desfalque de cerca de R$ 9 bilhões. Considerando ainda a incidência da DRU, o desfinanciamento é ainda mais grave,

(13)

Considerações finais

Portanto, para que o novo modelo tributário não comprometa o custeio da Seguridade, seria necessário revisar o percentual de vinculação (38,8%), levando em conta o montante antes aportado pela CPMF, ou o bolo de receitas sobre o qual ele irá incidir, acrescentando-se outras fontes. Outra possibilidade seria a revisão da DRU.

(14)

OBRIGADO

Professor Doutor Elias A. Jorge

Diretor de Programa da Área de Economia

da Saúde e Desenvolvimento

Secretaria Executiva

Referências

Documentos relacionados

EXPERIMENTANDO E DESCOBRINDO: A CONTRIBUIÇÃO DE UMA OFICINA PARA DESPERTAR ALUNOS DE NÍVEL MÉDIO PARA AS DIMENSÕES DA ÓPTICA COMO DISCIPLINA E CAMPO DE PESQUISA..

Buscando contribuir para a composição do estado da arte da pesquisa contábil no Brasil, a investigação lançou mão de técnicas de análise bibliométrica para traçar o perfil

Over time, more and more proactive actions have been created based around legitimation drivers, like the Green Company Program which im- plement Integrated Management Systems at

We propose a conformance testing theory to deal with this model and describe a test case generation process based on a combination of symbolic execution and constraint solving for

Diversos métodos foram usados para avaliar a fertilidade masculina, inclusive desprendimento, coloração e germinação de pólen e formação de sementes após "sib-matings";

Daí a classificação da doutrina clássica em impostos de natureza real e impostos de natureza pessoal, significando que aqueles só levam em conta na fixação do aspecto

R: Sim, caso não existam beneficiários finais para os quais os equipamentos possam ser transferidos, ou estes não tenham capacidade de gerir os bens, os mesmos poderão ser

Este estudo apresenta como tema central a análise sobre os processos de inclusão social de jovens e adultos com deficiência, alunos da APAE , assim, percorrendo