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N9 2. Abril. Completa um ano a Comissão de Emergência em Defesa da Vida Encontrinhos nas Escolas Notícias dos Setores...

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N9 2

Abril

Ascese, para que? ... . Família - "paixão" e "compaixão" . . . • 3 Os intercessores ou a força da oração . . . 6 A teologia da visita ...

Pais catequistas

Porque rezamos juntos ... . O Espírito na nossa vida

O "Encontro do Diálogo" "ln memoriam"

Completa um ano a Comissão de Emergência 8 12 13 15 16 19 em Defesa da Vida . . . 20 Encontrinhos nas Escolas . . . • . . . 23 Notícias dos Setores . . . 26

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EDITORIAL

ASCESE, PARA QUE?

Todo esforço de conversão, de ascese, de desprendimento nunca é um objetivo em si, mas simplesmente um meio: o de nos desatravancar, de eliminar tudo aquilo que no-s impede de progredir, de amar o Senhor e de amor os outros, de nos tor-narmos tais quais Deus nos quer. O esforço pelo esfo-rço pode ser uma atitude estóica, mas não é uma atitude cristã. Não pretendemos ser campeões de ascese nem procurar conquistar recordes; o esforço, para nós, não é um fim, é um meio. Nada mais. E, se devemo-s morrer, é para viver. Há uma definição de ascese cristã que considero muito feliz: é o amor que se des-vencilha daquilo que cria obstáculo; o amor de Deus que se desvencilha daquilo que, em nós, constitui obstáculo. Eis o que resume admiravelmente, penso eu, todo o sentido desse combate. "Não nos venham dizer que levamos uma vida de penitência para expiar os pecados do mundo, para evitar a guerra, por isso e por aquilo. Levamos uma vida de amor através da penitência, sem outro motivo senão o amor, que tem em si a sua razão de ser." (Madre Genoveva Gallois, o.s.b.).

Desprender-se, sim, mas porque amamos, e a fim de amar melhor. Desprender-se do pecado que faz de nós escravos - es-cravos do dinhe·ro, da ambição, da sensualidade, do egoísmo, da vaidade - para tornarmos a ser livres. Já repararam que as pessoas mais maravilhosamente desimpedidas, as mais disponíveis, são os santos? É natural; não estão mais apegados a nada: di-nheirc·, honrarias, reputação, amor próprio, nada. Estão total-mente disponíve·s para o que o Senhor deles desejar. Verdadei-ros instrumentos. Maravilhosamente libertos e alegres.

Acas-o homem algum foi mais maravilhosamente livre do que o Cristo? Livre em face dos preconceito-s, das pressões de toda espécie, livre face àqueles que queriam encerrá-lo em suas cate-gorias, util"zá-lo, etc. Mas esta liberdade não é senão o resultado

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de sua submissão ao Pai: "Faço sempre aquilo que o Pai me ordenou".

Acrescentarei apenas um ponto, que considero fundamental. É que esta libertação, este desprendimento, este despojamento do "velho homem", de que fala São Paulo em sua carta aos Co-ríntios, são a condição do testemunho que, na qualidade de casais cristãos, cabe a vocês darem no mundo de hoje.

A este respeito, gostaria de citar um trecho da palestra de Dom Etchegaray aos Responsáveis de Equipe da região de Mar-selha (1) : uNa linha mesma de sua vocação original, desejaria assinalar o papel de evangelização que lhes cabe de modo parrti-cular. Sem dúvida, como para qualquer casal cristão, ela visa seu meio social, seu bairro, sua profissão. Mas eu penso que cabe especialmente às Equipes de Nossa Senhora evangelizar a própria instituição familiar. E isto os coloca no cerne mesmo da evan-gelização: a certeza de que os futuro da fé repousa em grande parte sobre as famílias".

Reparem que é exatamente o pensamento de João Paulo II, tal qual se destaca de suas recentes intervenções. Mas não eram outras as palavras de Paulo VI, no discurso às Equipes de Nossa Senhora, por ocasião da peregrinação de setembro de 1976:

uo

casamento é igualmente um testemunho que se dá e uma missão que se cumpre. E, por estas dimensões, a instituição familiar está voltada para o exterior, para os outros, é feita pa'l'a o bem alheio. Por conseguinte, a família, enquanto tal, deve procurar ter um valor evangelizador e missionário. Ela realiza esta mis-são esforçando-se por dar um testemunho real de vida cristã e por se tornar, assim, cada vez mais, um apelo a acolher a Boa Nova do Evangelho".

E o Papa acrescentava: ((Muitos lares vos ficarão gratos pela ajuda que assim lhes haveis de dar. Efetivamente, hoje, a maior parte dos casais têm necessidade de ser ajudados". E concluía: ((Continuai a ser o que vos propusestes desde o primeiro dia, mantendo a vossa vocação de verdadeira escola de espiritualidade para os casais, profundamente fiéis em todos os campos - dou-trinal, litúrgico e mo'l'al - ao Magistério da Igreja".

Impossível resumir melhor qual deve ser a sua missão de casais cristãos no mundo de hoje e a maneira de realizá-la, de produzir muitos frutos para a salvação do mundo.

Henri Lataste, s.c.j.

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A PALAVRA DO PAPA

FAMíLIA - "PAIXÃO" E "COMPAIXÃO"

Continuação da alocução aos representantes de movimentos familiares, cuja publicação iniciamos em dezembro, sob o título "0 século da família".

Primeiro que tudo, importa-me dizer: é preciso restituir con-fiança às famílias cristãs. Na tempestade em que se encontra, sujeita como está a acusações, a família cristã é, cada vez mais, tentada pelo desconforto, pela desconfiança em si mesma e pelo temor. Devemos portanto dizer-lhe, com palavras verdadeiras e convincentes, que ela tem uma missão e um lugar no mundo con-temporâneo e que, para desempenhar tal missão, ela traz em si mesma formidáveis recursos e valores imperecíveis.

Estes valores são, antes de tudo, de ordem espiritual e reli-giosa: há um sacramento, um "sacramentum magnum", na raiz e na base da família, o qual é sinal de uma operosa presença de Cristo Ressuscitado no seio da família, assim como é igualmente fonte inexaurível de graça.

Mas estes valores são também de ordem natural: iluminá-los quando estão obscurecidos, reforçá-los quando estão enfraqueci-dos e reacendê-los quando estão quase apagaenfraqueci-dos é nobre serviço que se presta ao Homem. Tais valores são o amor, a fidelidade, o auxílio mútuo, a indissolubilidade, a fecundidade no seu signi-ficado mais pleno, a intimidade enriquecida com a abertura para com os outros, a consciência de ser a célula original da socieda-de, etc.

A família é depositária e transmissora privilegiada de tais valores. A família cristã o é a título novo e especial. Estes va-lores robustecem-na no seu ser e tornam-na dinâmica e eficaz no conjunto da comunidade a todos os níveis. Requer-se porém que

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a família creia nestes valores, os proclame impávida e os viva serena, os transmita e os propague.

o

O meu segundo pensamento é este: quanto mais extensa é a "paixão" da família nas condições do nosso mundo contempo-râneo e toma expressões variadas, tanto mais universal deve ser a "compaixão" pela família.

De que sofre então a família cristã hoje? Sofre, é claro, nos países pobres e nas zonas pobres dos países ricos, sofre graves prejuízos provenientes de situações lastimosas de trabalho e de salário, de higiene e alojamento, de alimentação e educação ... Mas este sofrimento não é único: a família, mesmo na abundân-cia dos bens, não está ao abrigo de outras dificuldades. A difi-culdade que vem da falta de preparação para as altas responsa-bilidades do casamento; a da incompreensão entre os membros da família, podendo trazer consigo graves discórdias; a do ex-travio, sob formas variadas, de um ou vários filhos, etc.

Nenhuma pessoa, nenhum grupo humano pode, sem ajuda, levar remédio a estes diversos sofrimentos. Requer-se o esforço de todos: a Igreja, os Estados, os corpos intermediários e os di-ferentes grupos humanos são chamados, no respeito da persona-lidade de cada um, a um serviço eficaz prestado à família. É preciso sobretudo o empenho de cada um dos esposos, e, para isso, muito se deve ambicionar que o marido e a mulher tenham desde o princípio, ou se esforcem por vir a ter, a mesma visão sobre os valores essenciais da família.

o

O meu terceiro pensamento diz respeito às famílias cristãs e ao auxílio pastoral que a Igreja lhes deve dar.

Enquanto ouvia, há pouco, os vários testemunhos (1), fiquei impressionado não só pelo conteúdo de cada um deles e pelo ape-lo especial que deles provinha, mas fiquei também abalado por ta:s testemunhos e apelos virem todos de leigos, de maridos e mulheres cristãos, que efetivamente vivem a vida familiar. Este fator é significativo na atual ação pastoral da Igreja quanto à família.

A este propósito, não posso deixar de recordar a importância dos movimentos familiares; são numerosos e florescentes e, no

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atual século, são um dos sinais da vitalidade indefectível e da criatividade pastoral da Igreja. Aspecto essencial destes movi-mentos é serem princípio ativo para o aperfeiçoamento interior de muitas famílias nos diversos níveis da vida familiar; e ao mes-mo tempo constituem centros dinâmicos de zelo apostólico.

Não podemos deixar de estar reconhecidos a estes movimen-tos por tudo aquilo que fazem pela família. Não podemos deixar dt> alegrar-nos pelo empenho em alargar os seus horizontes em vista de um serviço que será cada vez mais válido, cada vez mais inteligente e cada vez mais em harmonia com as realidades com-plexas e os problemas dos nossos tempos. Apesar disto, deve-se exprimir a esperança de que os movimentos familiares não se apartem da própria inspiração fundamental, que é também o seu carisma e por isso a sua força, para evitar um serviço genérico e indiscriminado. Uma preocupação social legítima não deve levar a que estes movimentos caiam numa sociologia falsa que os esvaziaria do conteúdo pleno que lhes é próprio, enquanto se mantêm verdadeiros movimentos eclesiais.

Para serem completamente eficazes, todos os movimentos fa-miliares devem considerar aquela estrutura fundamental da Igre-ja que é a paróquia, e integrar-se nela.

A este propósito, é também útil recordar o que eu disse o ano passado no contexto da catequese: "a paróquia é ainda o maior ponto de referência para o povo cristão" (Catechesi Tra-dendae, 67). Através da sua atividade pastoral coordenada, a paróquia está inteiramente orientada para o bem da família e o bem-estar desta. Por sua vez, a família é chamada a sustentar a paróquia na sua missão essencial de construir o Reino de Deus levando a palavra divina à vida de todos ...

<continua>

Deus está convo.sco, especialmente na Páscoa de Jesus Cristo, sempre capaz de vos ajudar a assumir os sacriffcio.s quotidianos, que são esta morte a vós mesmo.s, para uma vida nova com o outro e pelo outro.

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OS INTERCESSORES OU A FORÇA DA ORAÇÃO

"Confiamos às suas orações, durante este trimestre, uma menina libanesa - filha adotivGJ de uma viúva - que se encontra com graves problemas renais; enquanto aguarda um transplante, tem de submeter-se a três diálises por se· mana ... "

"Eu queria pedir exs orações dos intercessores por um filho vicia-do em tóxicos . .. "

"Orem por um casal que perdeu todos os seus bens. Que o Senhor lhe conceda a graça de encontrá-lO nesta provação . .. "

Estes são alguns dos pedidos que no-s chegam e que são con-fiados aos "intercessores". Mas, afinal, quem são os intercessores?

Recordemos o artigo publicado na Carta Mensal em setem-bro de 1978: "Interceder é intervir em favor de alguém" ... "Toda a vida de Cristo é um grandioso gesto de intercessão". . . "In-tercessor é aquele que vigia sobre o campo de luta", como diz o profeta Ezequiel (Ez. 22, 30).

Inspirado no apelo de Cristo: "Não podeis vigiar uma hora comigo?", o Con. Caffarel lançou, em 1960, uma campanha sob o título "Precisa-se de voluntários". E foram se apresentando casais, das Equipes ou não, sacerdotes e religiosos, jovens e mes-mo adolescentes, e hoje são cerca de 1.500 pessoas no mundo in-teiro - Inglaterra, Irlanda, Bélgica, França, fnd:a, Estados Uni-dos, Iugoslávia, Zaire, para citar apenas alguns países.

No Brasil, já contamos com 169 pessoas congregadas nesse voluntariado da intercessão. Temos intercessores em Manaus, Brasília, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, São Paulo, ABC,

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Floria-nópolis, Porto Alegre e São Lourenço do Sul, além de muitas outras cidades.

Qualquer pessoa pode fazer parte dos intercessores. Basta que acredite no valor da intercessão, assumida pelo poder de Cristo no mistério da Comunhão dos Santos. E se comprometa a utilizar um dos meios de intercessão: a oração - diurna ou noturna - , o jejum e o oferecimento das provações.

O "orante" se compromete a fazer uma hora de oração por mês, no dia e hora escolhidos por ele. O "jejuador", a fazer um dia de jejum por mês. E o "ofertante", a oferecer a provação pela qual esteja passando.

A Secretaria das Equipes de Nossa Senhora em São Paulo fornece aos interessados uma ficha de inscrição (onde é anotado o dia- e a hora - quando é o caso, escolhidos pelo intercessor). A cada trimestre, o intercessor recebe um boletim, contendo tex-tos escolhidos para aprofundar o sentido da intercessão, alguns testemunhos e também algumas intenções para aquele trimestre. As intenções - pedidos de orações - , por sua vez, também de-vem ser encaminhados à Secretaria, em nome do casal Dirce e Rubens de Moraes.

Iniciamos timidamente uma empreitada que, logo nos seus primórdios, surpreendeu-nos. Somos testemunhas do poder da oração comunitária. Há uma generosidade imensa a ser canali-zada para uma multidão de irmãos que sofrem, por doenças, cri-ses de fé, problemas com os filhos, com parentes, etc.

Alguém escreveu-nos: "Tenho recebido tantas graças que queria oferecer esse dia de jejum por aqueles que sofrem".

Outra pessoa: "Perdi há pouco meu marido. Estávamos ca-sados há cinco anos e éramos muito felizes. Minha dor é muito grande. Queria oferecer esse meu sofrimento por aquele que mais necessite ... "

Ass·m, a cada carta, a cada pedido ou oferecimento, presen-ciamos tal manifestação de fé que só nos resta elevar as mãos para os céus e exclamar como Maria: "O Senhor fez em nós ma-ravilhas ... Santo é o seu nome".

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A TEOLOGIA DA VISITA

Examinando o sentido da visita nas Escrituras, vemos que o primeiro grande visitador é Deus; em seguida, seus mensageiros especiais e, finalmente, todos nós, cristãos. Visitar é uma coisa muito nobre e necessária no convívio entre seres racionais.

Qual o sentido de uma visita? Uma visita é, em primeiro lugar, sinal de solidariedade. Visita-se para cumprimentar por um sucesso, para participar de um evento agradável, nascimento, aniversário, etc. Visita-se para levar apoio no sofrimento, na dor, na dúvida, na incerteza, no temor. Visita-se para levar ajuda ou para buscá-la. Nas Escrituras, a visita tem um sentido espe-cial. Vejamos um pouco mais de perto o que a Bíblia no-s diz a esse respeito.

No Antigo Testamento

O primeiro grande visitador é o próprio Deus, que vem ao encontro do seu povo nos mo-mentos mais difíceis. Deus vem livrá-lo, libertando-o da aflição: "Vai, reune os anciãos de Israel e dize-lhes: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó apareceu-me. E disse-me: Eu vos visitei, e vi o que fazem convosco no Egito ... " (Ex. 3, 16). E, mais adian-te, a mesma Escritura continua: "O povo acreditou. E, tendo ouvido que o Senhor viera visitar os filhos de Israel, e que vira sua aflição, inclinaram-se e prostraram-se" (Ex. 4, 31). Estes exemplos ilustram muito claramente o sentido da visita divina. Deus visita para libertar, para subtrair o seu povo da opressão; Deus vem em socorro dos seus. Deus visita e sua visita é ef:caz. Sua presença misteriosa realiza o que, em seu plano divino, havia estabelecido. "O Senhor visitou Sara, como ele tinha dito, e cum-priu em seu favor o que havia prometido" (Gn. 21, 1). Sara era estéril e a visita de Deus tornou-a fecunda.

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Ser visitado por Deus é o mesmo que ser objeto de uma atenção especial de sua parte, que ser cuidado por Ele. O pro-feta Sofonias ajuda-nos na compreensão disso: "Esta casa per-tencerá ao resto da casa de Judá, eles apascentarão ali os seus rebanhos. A noite, descansarão nas casas de Ascalon. Porque o Senhor, seu Deus, os visitará e os restabelecerá" (Sof. 2, 7).

"Deus visitou seu povo"

Finalmente, a grande visita de Deus a seu povo se realizou no nascimento de Cristo para Sqlvar os homens. "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo. 1, 14). Este era o sentimento da multidão quando presenciava um milagre de Jesus Cristo, co-mo se deu na ressurreição do filho da viúva de Naim: "Disse Jesus: Moço, eu te ordeno, levanta-te. Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o a sua mãe. Apo-derou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: um grande profeta surgiu entre nós: Deus visitou o seu povo" (Lc. 7, 14-17). Podíamos multiplicar os exemplos. Creio que basta citar apenas mais um: Jesus visita a casa de Zaqueu e diz que vai se hospedar lá. Zaqueu fica muito feliz, pois desejava ver Jesus de perto. Zaqueu era r:co, porém de estatura pequena. Ao passar por Jericó, o homenzinho encarapita-se num sicômoro, como menino curioso em beira de campo de futebol de cidade do interior. "Chegando àquele lugar e levantando os olhos, Jesus viu-o e disse: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa. Ele desceu a toda pressa e recebeu-o alegremente" (Lc. 19, 5-6). Diante da boa vontade de Zaqueu que se propunha a reparar todas as injustiças .cometidas, Jesus declarou: "Hoje entrou a salvação nesta casa" (Lc. 19, 9).

Como vemos nestes exemplos, visitar é um sinal de amizade, de amor, de disponibilidade, de solidariedade de Deus para com os homens, tanto para com a humanidade em conjunto, como para com cada um em particular.

A "visitação"

Encontramos, logo no início do Evangelho de São Lucas, um belo exemplo de visita serviçal. "Naqueles dias, Maria se levan-tou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel" (Lc. 1, 39-40). Maria fora prestar serviços à sua prima que estava para dar à luz João Batista. Ela, a mãe do Messias, estava lá para prestar ajuda, para servir. O evangelista Lucas nos informa que Maria ficou

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com Isabel três meses (Lc. 1, 56). Neste caso, a visita s: gnifica-va uma grande ajuda.

Na Igreja primitiva

Nos inícios do cristianismo, os que visitavam as comunidades fundadas pelos apóstolos tinham uma função muito importante. Com efeito, São Paulo nos diz: "Bendito seja Deus, por ter posto no coração de Tito a mesma solicitude por vós. Não só recebeu bem o meu pedido, mas, no ardor do seu zelo, espontaneamente partiu para vos visitar. Juntamente com ele enviamos o irmão

cujo renome na pregação do Evangelho se espalha por todas as Igrejas. Não só isto, mas destinado também pelos sufrágios das Igrejas para nosso companheiro de viagem, nesta obra de caridade

que por nós é administrada para a glória do Senhor, em

teste-munho de nossa boa vontade" (2 Cor. 8, 16-19).

Tito, que mais tarde foi designado bispo de Creta, é encar-regado de visitar a comunidade de Corinto. Ele é o elo da

liga-ção entre os fiéis de Corinto e Paulo, o apóstolo chefe. Essa ta-refa era considerada como uma obra de caridade. Esses visita-dores eram encarregados de levar uma boa palavra, esclarecer

alguma dúvida, apresentar sugestões e trazer informações sobre o andamento de determinada comunidade ao apóstolo chefe. A visita de Tito a Corinto deu resultado. Paulo diz: "Tenho gran-de confiança em vós. Grangran-de é o motivo gran-de me gloriar de vós. Estou cheio de consolação, transbordo de gozo em todas as nossas tribulações. De fato, à nossa chegada em Macedônia, nenhum repouso teve o nosso corpo. Em aflições de todos os lados, com-bates por fora, temores por dentro, Deus, porém, que consola os

humildes, confortou-nos com a chegada de Tito; e não somente com a sua chegada mas também com a consolação que ele rece-beu de vós. Ele nos contou o vosso ardor, as vossas lágrimas,

a vossa solicitude por mim, de modo que ainda mais me rego-zijei" (2 Cor. 7, 4-7; 1 Tess. 3, 1-13).

Para que essa tarefa fosse desempenhada com proveito, era necessário que fosse executada num clima de verdadeira caridade, como nos diz o mesmo apóstolo Paulo: "Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos somente ao bem. Amai--vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo" (Rom. 12, 9-19). Ora, a caridade é uma virtude que exige abertura, capacidade de

ouvir, requer silêncio, testemunho, franqueza, receptividade

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A visita apostólica nas E.N.S.

Como na primitiva Igreja, os casais que visitam as equipes devem estar preparados para essa tarefa de caridade fraternal. Logo, devem romper as barreiras do egoísmo, do individualismo.

Este talvez seja o aspecto mais difícil no ministério de visitar.

O fechamento de um grupo sobre si mesmo é um empobreci-mento; é um ato de egoísmo descabido em se tratando de grupo c!e cristãos. "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei e nisto reconhecerão os homens que sois meus discípulos" (Jo. 13, 34-35). Deus não criou o homem para viver isolado, nem como indivíduo, nem como grupo: "Como Deus não criou os homens para viverem isoladamente mas para formarem uma união social, assim tam-bém lhe aprouve ... santificar e salvar os homens não individual-mente, excluindo qualquer conexão mútua, mas construí-los em um povo, que o reconhecesse na verdade e o servisse santamen-te" (GS 32). A obra de Jesus Cristo tem uma índole profun-damente comunitária. O próprio Cristo quis participar da co-munidade humana fazendo-se homem. Ora, esta obra só pode ser realizada no amor. E nisto está a caridade fraternal no Corpo de Cristo que é a Igreja.

A equipe, sendo uma pequena comunidade eclesial de base, deve procurar realizar em si os vários aspectos da grande comu-nidade cristã. Há necessidade, portanto, de fazer circular uma

seiva unificante por todas as células do Movimento das ENS. É

preciso cultivar a unidade na caridade de Cristo.

Parece-me que o casal de ligação é o meio mais adequado para que esta tarefa fraterna seja levada a bom termo. Claro está que há necessidade de um redimensionamento da função do casal de ligação. Os casais de ligação devem tomar consciência

de sua nobre missão, mas também as equipes que recebem a

vi-sita desses casais devem usar de muita caridade, fraternidade e amizade, recebendo-os como aqueles que lá estão para prestar serviços e não como "olheiros" do Setor. Existe uma organi-zação em vista do bom funcionamento do conjunto, e os que têm a função de dirigir devem fazê-lo como quem serve, a exemplo do próprio Cristo, que disse: "Não vim para ser servido, mas para servir" (Mt. 20, 28).

Os casais de ligação, quando visitam determinada equipe, o fazem no intuito de servir, de ajudar, de dar ao Movimento uma unidade. São agentes de uma caridade incansável, de um espírito de un~ão e de ajuda fraterna para o bem de todos.

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PAIS CATEQUISTAS

Nos primeiros anos de vida da criança, lançam-se a base e o fundamento do seu futuro. Por isso mesmo devem os pais compreender a importância de sua missão a esse respeito. Em virtude do bat'smo e do matrimônio, são eles os primeiros cate-quistas de seus filhos: de fato, educar é continuar o ato de gera-ção. Nesta idade, Deus passa de modo particular "através da intervenção da família" (Diretório Catequético Geral, n.0

79). As crianças têm necessidade de aprender e de ver os pais que se amam, que respeitam a Deus, que sabem explicar as primei-ras verdades da fé, que sabem apresentar o "conteúdo cristão" no testemunho e na perseverança "de uma vida de todos os dias vivida segundo o Evangelho" (Catechesi Tradendae, n.0 68.

O testemunho é fundamental. A palavra de Deus é eficaz em si mesma, mas adquire sentido concreto quando se torna rea-lidade nas pessoas que anunciam. Isto vale de modo particular para as crianças, que ainda não têm condições para distinguir entre a verdade anunciada e a vida daquele que a anuncia. Para a criança, não há distinção entre a mãe que reza e a oração; mais ainda, a oração tem especial valor porque é a reza da mãe.

Não aconteça, diletíssimos pais que me ouvis, que vossos fi -lhos cheguem à maturidade humana, civil e profissional ficando crianças em assuntos de religião. Não é exato dizer que a fé é uma opção a fazer-se em idade adulta. A verdadeira a.pção supõe o conhecimento; e nunca poderá haver escolha entre coisas que não foram sábia e adequadamente propostas.

Pais catequistas, a Igreja tem confiança em vós, ela espera muito de vós.

João Paulo 11 (Na homilia em Porto Alegre)

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PORQUE REZAMOS JUNTOS

Estamos casados há um ano, e rezar junto·s tornou-se para nós uma necessidade. Quando adormecemos sem fazê-lo, pare-ce-nos que falta uma pedra no edifício do nosso dia.

Quando éramos noivos, já rezávamo-s juntos algumas vezes. Com o casamento, passamos a encontrar um conteúdo muito maior nesses momentos de oração a da.is.

A fórmula que adotamos é muito simples. Pedimos a Nossa Senhora que nos introduza na oração, e sentimos o benefício ime-diato dessas palavras, ditas lentamente: "Ave, cheia de graça ... " Confiar-nos à Mãe de Deus permite-nos falar livremente com Deus, mesmo na presença do outro. Maria vence em nós o res-peito humano e a timidez.

Depois, lemos algumas linhas do Evangelho, de um Salmo ou mesmo- de algum livro. No silêncio, ressoa em nós o sentido das palavras, dos acontecimentos do dia, das pessoas que encontra-mos. Juntos os apresentamos ao Amor de Deus.

Os benefícios são muitos. Orar diante do outro- é tornar-se mais transparente, já que se diz tudo a Deus. Faz com que a gente se conheça mais profundamente, pois diante de Deus tira-se a máscara, não se tem segredos.

Através do melhor conhecimento que adquirimos do- outro, Deus nos diz: - Hoje, ele (ela) precisa de determinada atenção; é desta ou daquela forma que você deve amá-lo (a). Faz-nos compreender o estado profundo da alma do outro, na sua pureza, sua vontade de amar, suas dificuldades.

Mais de uma vez pudemos constatar que a oração opera mi-lagres. Quebra as barreiras, apaga o rancor, ajuda a perdoar imed atamente, e bem melhor, e bem além do que se achava pos-sível. Cura as feridas, e sem deixar rastros. Isto não pode vir de nós mesmos!

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"Se não se edifica sobre a rocha ... " Pelo sacramento do matrimônio, Deus nos ligou um ao outro e a Ele. No dia em que nos comprometemos um com o outro, prestou juramento co-nosco. Sabíamos disto, mas a oração torna essa noção real e viva. Mergulhamos novamente nessa alegria, feita da certeza da indis-solub'lidade de nossa união. Sentimos verdadeiramente o roche-do de Deus debaixo de nossos pés. Esta graça, tão palpável no dia do nosso casamento, nos é dada novamente quando a pedi-mos. Ela é mais forte do que as rusgas que podemos ter. Por isso sentimos que nos falta algo se apagamos a luz sem entre-gar-nos antes a Deus.

Dificuldades, existem algumas. Se nosso dia foi difícil, cheio de preocupações para os dois, somos duas pessoas que procuram em vão harmonizar-se. Se não nos abrirmos antes a Deus, pes-soalmente, o clima de amor estará ausente. Por isso, ambos fa-zemos quinze minutos de oração pessoal antes da oração conjugal.

Nossos gostos são diferentes. Um gostaria de rezar por mais tempo e de modo mais entusiasta. O outro prefere o silêncio.

A preguiça também pode pôr tudo por terra, se um dos dois lembra: "Hoje, é muito tarde, amanhã ... " ou então: "Nós já fomos à missa hoje ... ", e o outro lhe der ouvidos.

Concluindo, sentimos que a oração constrói nosso amor de uma maneira inesperada e infinita. Quando pedimos a ajuda de Deus, Ele nunca nos responde como imaginamos. Transforma nossas diferenças e tira seu peso de obstáculo. Sem Deus, só fa-ríamos "fabricar" nós mesmos, penosamente, o nosso amor e de-pressa nos cansaríamos. É Ele quem inventa sempre algo de novo e sopra a chama do amor em nossos corações. Com Ele, por que haveríamos de temer um engajamento por toda vida, se cada dia é Sua invenção!

Benedita e Cristóvão

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O ESPÍRITO NA NOSSA VIDA

(De uma resposta ao tema de estudos "Reunidos em nome de Cristo", nQ 4)

O Espírito Santo é para mim a força, a luz, a misericórdia, a tranquilidade do coração, o amor.

A força, porque é Ele quem me tira dos momentos de desâ-nimo e me sustenta na caminhada.

A luz, porque é Ele quem me mostra claramente o caminho da verdade.

A misericórdia, porque Ele se compadece de minha fra-queza.

A tranquilidade do coração, porque seguindo sua inspiração esqueço os cuidados da vida e sinto a alegria de ser cristã.

O amor que me faz compreender e aceitar os outros e ado-rar ao Pai e ao Filho.

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O "ENCONTRO DO DIALOGO"

Lêramos, no Boletim de Jundiai, o entusiasmado relato de um casal que fizera o "Encontro do Diálogo". Desejosos de publicar algo mais a respeito, escrevemos a Nilza e José An-tonio, Responsáveis pelo Setor de Jundiai, perguntando se con-seguiriam para nós algumas informações .sobre o "Encontro". Eis a sua resposta, seguida do testemunho do cas-al ao qual nos referimos no início.

Vocês nos perguntam se o Encontro do Diálogo tem algo a ver com o Marriage Encounter americano. É o próprio. Ele foi trazido ao Brasil por um padre americano e iniciou-se em Ponta Grossa. Atualmente, a Coordenação Geral transferiu-se para Belo Horizonte e existem cinco regionais em expansão no Brasil: Ponta Grossa, Belo Horizonte, Curitiba, Juncliaí e Taboão da Ser-ra. Aqui em Jundiaí, por exemplo, já foram realizados 12 En-contros; os primeiros eram organizados inteiramente por coorde-nadores de Ponta Grossa, inclusive o sacerdote; atualmente já existe uma equipe jundiaiense de coordenadores do Encontro. Para instalar-se o movimento, há necessidade de sacerdotes que o assumam, pois é necessária a participação dos mesmos nos En-contros. Os próprios casais que fazem o Encontro do Diálogo convidam novos casais e padres a fazê-lo, propiciando assim a expansão.

Nove casais equipistas de nosso Setor já fizeram o Encontro e mais quatro estão inscritos para este mês. Nós dois fizemos o m's passado e confirmamos tudo o que vocês ouviram falar a respeito. A técnica empregada realmente funciona, principalmen-te I para os casais que, conhecendo e admitindo suas limitações nessa área, estão dispostos a chegar realmente ao diálogo aberto e sincero. O Encontro não se destina a casais com problemas e

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sim a casais que realmente desejam melhorar ainda mais o seu relacionamento. Nós não tínhamos nem imaginado que pudésse-mos um dia chegar ao grau de comunicação ao qual chegamos durante e após o Encontro. Nosso testemunho é de que, apesar de todo o conhecimento e o esforço realizado anteriormente para vivermos o sacramento do matrimônio em sua plenitude, foi nes-se Encontro que nossos olhos realmente nes-se abriram para todo o seu significado (na vivência, não na teoria). Nós o recebemos como um chamado e um presente de Deus.

Se vocês quiserem informações do ponto de vista do sacer-dote, procurem Pe. Aquino. Ele participou de um dos Encontros aqui em Jundiaí no início do ano.

Um grande abraço dos amigos

José Antonio e Nilza

*

UM PRESENTE DE CRISTO

Foi como recebemos a nossa participação no fim de semana do Encontro do Diálogo.

Quando fomos convidados para participar de uma reunião in-formativa sobre o Encontro do Diálogo, não tivemos como dizer não, e para lá nos dirigimos meio contra a vontade. Durante a reunião ouvimos testemunhos de casa:s jovens, de casais madu-ros, de avós, e ficamos meio intrigados, porque aparentavam uma felicidade radiante. Muitos afirmavam já pertencerem a outros movimentos da Igreja, já terem participado de outros encontros e cursos, mas, segundo diziam, nada se assemelhava ao Encontro do Diálogo.

Não tivemos muito tempo de trocar idéias, e, sem querer, es-távamos preenchendo a ficha de inscrição. Mais tarde, em casa, conversamos e questionamo-nos quanto à validade de deixarmos o nosso filho, de enfrentarmos todas as barreiras dos nossos tra-balhos para participar do fim de semana.

Af:nal, já éramos equipistas, o Carlos era cursilhista, será que iríamos aproveitar? Mas, como Cristo queria realmente no.s presentear, todas as barreiras foram transpostas sem que fizésse-mos o mínimo esforço para tal.

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Resolvidos todos os problemas, chegou o fim de semana, e lá forros nós, meio contrariados, esquisitos, pouco à vontade. E, para completar, a Lígia com o pé machucado, precisando de re-pouso. Mas nada disso importou, porque tínhamos que receber o grande presente!

No momento em que entramos na Vila Galimberti, por incrí-vel que pareça, uma cortina se fechou e tivemos um fim de se-mana dedicado única e exclusivamente a nós dois. Tudo foi ma-rayilhoso e jamais poderemos esquecer os momentos que lá vi-vemos. Aprendemos a verdadeira técnica do diálogo. Nós, que "sabíamos dialogar" - afinal, fazíamos o dever de sentarse -qual não foi a nossa surpresa!

A técnica do diálogo abriu-nos uma dimensão nova para nos-sa Jvida a dois. Tivemos oportunidade de avaliarmos o nosso eu,

at~avés de um encontro pessoal conosco mesmo, para depois nos

abrirmos totalmente um para o outro.

O importante disso tudo é que não tem um efeito passageiro, mas se leva para casa uma grande bagagem, da qual pretende-mos nunca mais nos desfazer. Hoje, desfrutando diariamente da técnica do diálogo, agradecemos ao Pai tão importante pre-sente!

I Não podemos deixar de dizer que, durante o fim de semana, lembramos muito de nossos irmãos equipistas, po's sentimos que essa experiência deveria ser vivida por todos. E gostaríamos de alertar a todos: se tiverem a oportunidade de fazê-lo, não deixem de viver a "experiência do fim de semana". Não criem

barrei-ra~, apenas se disponham a ir e se entreguem, e certamente re-celDerão benefícios maravilhosos, porque o Encontro do Diálogo é tealmente um presente do céu.

Carlos e Lígia Equipe 7 de Jundia!

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"lN MEMORIAM"

Abril de 1980. Dia 12. 20 hs. Miguel, apóstolo exemplar, volta ao Pai. Um mês e pouco antes, compunha, por ocasião dos 25 anos das Equipes de Florianópolis, as singelas linhas que ora publicamos.

Ergamos, neste instante, as mãos em prece, num hino cheio de graças ao Senhor. Tivemos uma vida que ninguém esquece, pois maravilhas fez em nós o Criador! trames jovens, e nos comprometemos,

sem bem sabermos qual futuro para nós havia: dias de luz, de céu aberto, de sol que aquece? Quem sabe mesmo a noite tenebrosa e friá? E, peregrinos resolutos, nós partimos, ludo enfrentando, a tempestade, o vento, pois mesma fé e mesmo amor sentimos, sem nunca olharmos para Irás um só momento! Começamos, então, a nossa longa história, logo sentindo, equipe iniciando a vida,

que a medida do amar era amar sem medida, e achamos paz, amor, talvez vitória.

Encontramos a dor, a solidão, o erro, mas prosseguimos, passo a passo caminhando, com a certeza de estar nos amparando Nossa Senhora, a Virgem do Desterro. Tivemos sempre o gosto por servir, e sempre mais, em !roca, nos foi dado, o que !em sido muito, sem poder medir, aquele lanlo que foi de Deus agrado. Casais amigos que nós recebemos, o dom da vida, a fé, o amor fecundo, e as famílias ricas que nós lemos, para nós únicas, sem par no mundo. Que bem nos fez o campo percorrido. encontrando a rosa, também o espinho, o sorriso das crianças, os corações partidos, a fé jamais perdida, ao longo do caminho. E o que explicar, o que dizer no entanto, se nos perguntam, se alguém indaga: Tivestes medo, solidão, espanto? Foi ludo simples em vossa caminhada? Uma resposta simples, de amizade, vinda de equipe antiga, confiante, para animar as outras, cada instante, na perene busca da verdade: Tivemos dor, separação, lula vencida, muito perdão e muito amor de hora em hora, e o amor do Pai, constante em nossa vida, que nos impele e anima pelo tempo afora.

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COMPLETA UM ANO A

COMISSÃO DE EMERGt;NCIA EM DEFESA DA VIDA

No dia 12 de abril de 1980, reuniram-se em São Paulo, com bispos e sacerdotes representando a CNBB, representantes de Irstitutos da Família de vários Estados do Brasil ( cf. C.M. de junho-julho, págs. 25 a 27). Tratava-se çle atender à moção vo-tada na Assembléia Geral da CNBB no sentido de formar-se uma "Comissão de emergência" em defesa da vida, com o objetivo de

l

~

tar

contra a institucionalização do aborto.

Nessa reunião, elegeu-se um grupo de trabalho de 4 membros, um casal - M' guel e Dilma - e dois sacerdotes - o· Pe. N ey A!ffonso de Sá Earp, do Rio de Janeiro, e o Pe. David Regan, dfl CNBB. Naquela noite, o avião que levava Miguel de volta a Florianópolis acidentou-se - como lembra o Boletim da Comis-são, "era seu último dia na defesa da vida". Elsa e Oswaldo Aly, dks Equipes de Santos, substituiram Miguel e Dilma e o grupo começou a trabalhar. Mais adiante, foram conv:dados a inteirar o I grupo a Irmã Maria José Torres, assessora da CNBB para o planejamento familiar, o advogado Francisco Van Acker, do M.F.C., e o médico Arthur Altenfelder da Silva Wolff, das E.N.S.

( ais conhecido entre nós como Tusa).

Criou-se o Boletim "Em Defesa da Vida", que, todos os meses desde outubro, dedica-se a divulgar os esforços que se vêm fa-zendo em defesa da v da no Brasil e no mundo, apresentando mrterial de reflexão destinado, por sua vez, a ser divulgado por todos os que desejam militar nessa cruzada em defesa da vida. Noções, estatísticas, argumentos, transcrição de pronunciamentos,

d

~

artigos, notícias de esforços concreto-s aqui e ali são trazidos pelos boletins, constituindo-se numa fonte de informações de grande utilidade. Transcrevemos a seguir alguma coisa, mas é interessante que se assine os boletins, podendo o pedido ser feito n1 CNBB, em Brasília:

ComiEsão de Emergência em Def.esa da Vida ComiEsão Nacional dos Bispos do Brasil SE/Sul, Q. 801, Conj. B

C.P. 132067 BRAS1LIA, DF.

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O aborto e nossa resposta

Meias verdades e mentiras são as armas dos que querem fa-cilitar o aborto. A resposta é uma só: a verdade. E esta tem que ser d~ta e mostrada. Precisamos dizer a verdade sobre o aborto no mundo e mostrar claramente a falsidade dos argumen-tos pró-aborto. Ainda mais importante é mostrar a verdade so-bre a vida humana intra-uterina, a fim de levar ao conhecimento de todos precisamente o que faz o aborto: destrói a vida humana no seio materno.

Matar um ser humano indefeso é ato tão repugnante que as campanhas em favor do aborto procuram criar toda uma lingua-gem falsa, a f:m de acobertar a realidade da matança que querem facilitar. Fala-se em "interromper uma gravidez", quando a ques-tão é simplesmente matar uma criança antes de nascer. Evita-se falar na criança que vai ser sacrificada, e focalizam-se os proble-mas da mulher grávida. Fala-se em "feto" ou "embrião" quando não há como evitar essa referência, mas nunca se fala em "cri an-ça por nascer" ou em "bebê". Assim se procura dar a impressão-reforçada pela ignorância de muitos - d~ que se trata apenas de uma "geléia" qualquer ou de "massa" não humana.

Diante desse clima de mentira, as fotografias ou slides que mostram a realidade do ser humano nas primeiras etapas de de-senvolv:mento têm força enorme e criam impacto mesmo em pes-soas de cultura geral elevada mas sem formação biológica sufi-ciente.

Uma fotografia publicada na revista norte-americana "Time", mostrando uma criança de apenas alguns meses de gestação chu-pando o dedo dentro do seio materno fez, em favor da vida e contra o aborto, muito mais do que dezenas de artigos e discur-sos. "Com nove ou dez semanas, o bebê v:ra os olhos de um lado para o outro, faz movimentos de engolir, mexe com a língua, e, ao sentir uma batida na mão, ele a fecha. Com onze ou doze semanas (três meses), o bebê já estará chupando o dedo com força." (Dr. J. C. Willke e Sra. - O Aborto - Edições Paulinas, SP, 1980, pág. 28). A capa desse importante livro dos Willke traz uma das mais impressionantes fotos publicadas nos últimos anos: pés humanos de um bebê de 10 semanas de desenvolvimen-to intra-uterino segurados entre dois dedos de um aduldesenvolvimen-to: os pés são perfeitos, mas quatro vezes menores do que a unha do adulto.

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Agressão contra a espécie

Escreve um intelectual francês: "Em 1945, os homens tinham a sensação de terem entrado numa nova etapa da história. Ti-nham a sensação de que, para o futuro, à morte individual se acrescentava o risco da morte da espécie. Superestivam o peri-go atômico: a ameaça esperada veio um pouco mais tarde, e de uma outra direção. Em comparação com o modo em que foi usada a pílula de Pincus, sem medida e sem discernimentO>, os f9guetes termonucleares de cabeça múltipla, neutralizados pelos acordos SALT e pelo equilíbrio do terror, são brinquedos inofen-sivos. . . Os erros da pílula levam 27 por cento dos casais em idade fértil nos Estados Unidos e 5 por cento na França à lega-lização e à banalega-lização do aborto, à esterilega-lização. Depois do cri-me contra o indivíduo, vem o cricri-me absoluto contra a espécie".

(Do Boletim nQ 2) at quelas mãozinhas abertas"

O Boletim n.0 3 transcreve, do Boletim das Equipes de Nossa

Senhora de Brasília, o seguinte art; go, inspirado em palestra pro-movida no Rio de Janeiro pelo Movimento "Em defesa da vida": "Senhor, há momentos em que penso que vou sucumbir ao peso da minha cruz. Mas não vou pedir-lhe que a alivie para mim. Quero carregá-la até ao fim de meus dias.

Eu sei que o Senhor é pai, e que me daria, quem sabe, uma cruz mais leve. Porém, ó meu Deus, depois que vi o que fiz, não quero alívio. Que sentido terá a minha vida, daqui por dian-te1 a não ser procurar tornar menos dolorosas as chagas das mi-n~as feridas? Meu Pai, sofro também ao pensar como estão os seus olhos. Dos meus, jamais se apagarão a imagem do que vi-ram. Aquelas mãozinhas abertas, como se estivessem me su-plicando, me pedindo que as poupasse. E elas foram as últimas p~rtes dos destroços que restaram daquela criança. Daquela criança que era meu filho. A minha covardia não teve limites, meu Deus. Apanhei-o de surpresa, no escuro, sem que pudesse defender-se ou até esboçar um gesto de fuga.

Penso até que, se ele tivesse nasc'do e conhecido o "amor" da: sua mãe, não teria nem tentado a fuga, pois qual filho 1na inlaginar que a sua própria mãe queria matá-lo?

I Meu filho, me perdoe, se você puder perdoar esta mãe que se desespera ao pensar que podia tê-lo em seus braços agora".

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OPÇAO PELOS JOVENS

ENCONTRINHOS NAS ESCOLAS

Nosso interesse em trabalhar na Pastoral da Juventude

sur-giu espontaneamente, pela convivência diária com jovens que

apresentavam problemas familiares, educacionais, sociais ou reli-giosos. Como professores, sentíamos esses problemas na escola; como participantes de movimentos religiosos (Equipes de Nossa Senhora, Encontro de Casais com Cristo, Cursilho, etc.), sentía-mo-los na sociedade e na Igreja.

A tarefa era difícil, mas, com o auxílio de casais equipistas, procuramos um meio de fazer esse apostolado, humildemente, sem altas pretensões, mas com muita fé.

Em 1977, organizamos um Encontrinho de Jovens, muito sim-ples, onde nós dois éramos ao mesmo tempo organizadores e

pa-lestristas. Consistia no seguinte: - Oração inicial. Palestra:

Ajustamento, sexo e namoro. Café. Grupos de estudos. Painel.

Oração final - encerramento. Quanto à organização, consistia

numa ficha de inscrição, separação dos grupos e preparação do café e do lanche. A duração do Encontrinho era de aproxima-damente 4 horas, das 13h30 às 17h30 do domingo.

Realizamos, neste esquema, 9 Encontrinhos - 5 para moços,

4 para moças. O êxito foi além das expectativas, pois, à medida

que realizávamos esses Encontros, mais jovens queriam parti

ci-par, e os que já haviam participado pediam outro maior, de um dia ou mais, pois achavam insuficiente apenas uma tarde.

A partir daí, começamos a procurar orientação com sacerdotes

e com d;rigentes de Encontros de Jovens, no sentido de fazermos

a montagem de um Encontro maior, mas nada parecia correspon-der àquilo que pretendíamos, ou seja, um encontro para jovens afastados da Igreja. Nós queríamos um encontro relacionado com

a Pastoral da Juventude, mas do qual todos pudessem participar,

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T

seriam o lugar ideal para isso. Com uma propaganda onde se dektacasse "ajustamento", "sexo" e "namoro", tínhamos certeza que os jovens participariam.

I

Em junho de 1979, fomos escolhidos para Casal Responsável de nossa Equipe e fomos para São Paulo a fim de participar do EACRE. Em meio aos livros para vender, deparamos com um jogo de cadernos intitulados: "Encontrinhos na's Escolas",

do Pe. A. Queiroz. Pareceu-nos um milagre, pois era exatamen-te aquilo que andávamos procurando. Folheando os cadernos, ponderamos que, com pequenas modificações, a experiência do Pe1. Queiroz era aplicável à nossa região. Chegando a Araçatu-ba, iniciamos o trabalho de adaptação, pois a nossa "clientela" era mais heterogênea ou mais difícil que aquela que o Pe. Queiroz nos apresentava em seus cadernos.

Feito o nosso esquema, começamos a montagem do primeiro "Encontrinho nas Escolas", que foi realizado no dia 28 de outu-bro de 1979, na EEPG. "José Cândido", de Araçatuba. Foi um sucesso! Esse primeiro Encontrinho serviu de propaganda para os !seguintes, pois, devido ao êxito, logo outras escolas vieram nos pr0curar. Assim sendo, começamos imediatamente a montagem do I segundo, contando então com uma equipe de jovens para nos auxiliar.

I

Até fim de outubro de 1980, foram realizados 9 Encontrinhos nas Escolas, com número sempre crescente de participantes. O totlal de jovens atingidos num ano, desde o primeiro Encontrinho, em outubro de 1979, foi de 509 jovens. Participam de cada En-contrinho jovens de ambos os sexos, de 15-16 anos até 20-21.

I

Sendo que nossos objetivos eram ajustar os jovens à família, à sociedade e, conseqüentemente, à Igreja, nosso esquema foi montado procurando atingi-los através de palestras e grupos de e:;:tudos referentes a ajustamento familiar e social, sexo, namoro,

o jovem na sociedade, e a Família de Deus.

) O resultado tem sido ótimo, bastando dizer que mais de 50% dos jovens encontristas estão engajados em movimentc·s religio-sos e em trabalhos de promoção humana. Os próprios pais têm testemunhado sobre a mudança pela qual passaram seus filhos após o Encontrinho: melhoraram no relacionamento familiar e

no

~aproveitamento

escolar.

Após o Encontrinho, os jovens continuam se reunindo, em grupos de reflexão. No início do ano passado, tínhamos 9 grupos,

qwT se reuniam mensalmente, seguindo um roteiro elaborado por nó,. No momento, estamos tentando fundar as Equipes de

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Jo-vens de Nossa Senhora, para dar continuidade e estrutura a esses grupos.

Temos tido o apoio integral de nosso Bispo, que nos está dando um grande incentivo, diante do resultado que temos al-cançado, e também das Equipes, que jamais deixaram de nos auxiliar nas equipes de serviços.

Wilma e Alfredo Martinez

Equipe 5 de Araçatuba

Endereço de Wilma e Alfredo, para quem queira maiores esclarecimentoo: Rua Gandhi, 325

16.100 - ARAÇATUBA, SP Fone: (0186) 23-6856

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I

NOTíCIAS

DOS SETORES

RIO DE JANEIRO/E - Obrigado, Pe. Alvaro

Transferido para Brasília, o Pe. Alvaro Barreiro, Conselhei-rp Espiritual de quatro equipes e do Setor E, deixou um grande vazio e muita saudade. Escrevem Therezinha e Thiago, Respon-sáveis pelo Setor, contando tudo o que as Equipes de Padre Mi-guel lhe devem e externando sua admiração pelo sacerdote que, ''com toda sua cultura de professor de teologia da PUC, sabe co-municar-se tão maravilhosamente com as pessoas mais simples": "Conhecêmo-lo há cinco anos, como pároco de fim de semana da Paróquia Maria Mãe da Igreja e São Judas Tadeu, em Padre Mi-guel - que alcançava após uma hora de viagem em dois ôni-bus. É difícil traduzir em palavras toda a personalidade de Pe. Alvaro, mas dela podemos dar uma característ:ca: é o homem

que

'trabalha em silêncio'. Embora sua influência junto a cada um dos casais das equipes que orienta sempre tenha sido funda-mental, nunca permitiu que aparecesse. Sabia como puxar pela iniciativa dos equipistas e dos paroquianos, num saudável entro-samento equipes-paróquia, e colaborou para que nossos casais ti-vessem um crescimento conjugal e familiar com efetivos reflexos na comunidade, onde muitos atuam como Ministros da Eucaristia, nas pastorais do batismo, crisma, primeira Eucaristia e matrimô-nio, na pastoral da saúde, na promoção humana, na ajuda ao grupo de jovens que se formou.

Em outubro, como numa despedida antecipada, Pe. Alvaro pre-gou o retiro do Setor E, com o tema Maria está presente, orando,

servindo, compadecendo. Dizendo que não viera para falar mas

para ouvir o reflexo da Palavra de Deus no coração dos casais, apresentou textos bíblicos e jogou pistas de reflexão e oração. Foi um retiro diferente e muito proveitoso.

Se um dia vier a ser escrita a história do Setor E-Rio das Equipes de Nossa Senhora, ela não poderá deixar de registrar com destaque o seu nome como nosso Conselheiro Espiritual pio-neiro, o sacerdote que acreditou no Movimento e viveu seu ver-dadeiro espírito."

- Novas equipes e armário comunitário

Mais duas equipes foram lançadas no Setor E. Uma delas já vinha se reunindo há quase dois anos como pré-equipe, sob

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a orientação de Leda e Carlos, agora seu casal piloto. A equipe, cujos membros moram em Austin, bairro de Nova Iguaçu, conti-nuará se reunindo, como vinha fazendo, na igreja São José, à tarde, nos segundos domingos de cada mês. Contam Therezinha e Thiago que, tendo ouvido falar do famoso "armário comunitá-rio" das equipes do Pe. Caffarel durante a guerra, resolveram fazer o seu, na sacristia da igreja: mediante uma chave comum, cada um coloca e retira tudo aquilo que tiver a dar ou estiver a necessitar.

A outra, lançada no fim de janeiro, em Acarí, é fruto do apostolado de casais da Equipe 51, quase todos ali residentes. Não querendo ser os únicos equipistas do lugar, foram conquistando outros casais, encontrando-se com eles, desde abril de 1980, em reuniões de oração e informação, em casa de um deles, Luiza e Gerson. Os pilotos são Adelina e Leandro, da Equipe 55/E.

Ainda há uma pré-equipe, em Padre Miguel, sob a

orienta-ção de Thereza e Luiz Sérgio, sentindo o Movimento,

verifican-do se ele atende àquilo que os casais procuram. Parece que em

breve teremos a 12.11 equipe do Setor.

- De catequistas a padrinhos

Três casais da Equipe 16 e um da 54 ajudaram a preparar 14 jovens, cujas idades variavam de 12 a 22 anos, para o Batismo. Acabaram sendo padrinhos de 4 deles (1 de 12, 1 de 16 e 2 de 18). Dois casais ainda foram padrinhos na fé de cinco casais que ajudaram a preparar para o Sacramento do matrimónio (eram casados só no civil).

- Vocação

Notícia auspiciosa, tirada do "Informativo" do Setor E: Ge-túlio, filho de Nair e Severino, da Equipe 59, depois de comple-tar o curso vocacional, iniciou, em março, os estudos no Semi-nário São José. Os pais estão radiantes.

RIO DE JANEIRO/C - Retiro

Escrev-em Maria Rita e Francisco José, da Equipe 33:

"O local não poderia ser mais apropriado para um encontro

com Deus - o alto do Sumaré, de onde se descortina

maravilho-sa vista de toda a cidade! Lugar abençoado, onde se hospedou o Papa João Paulo II.

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1 O Pe. Djalma Rodrigues de Andrade ajudou-nos a refletir

sopre o tema Família - Comunidade Missionária. Foram dois

diks .I, de reflexão e oração, dos qua:s participaram 42 casais e 6 vmvas.

Os temas abordados foram: Família - Igreja doméstica;

Fa-mília - Missão; Cristo na comunidade familiar; Família entre

tensões; e Família - Comunidade orante.

I Como po·nto alto, tivemos, no sábado, a liturgia penitencial,

prfsidida pelo Pe. Djalma, que nos lembrou que a penitência de-via ser um momento de alegria, porque de reconciliação com Deus e os irmãos. A noite, tivemos uma vigília eucaríst'ca, que

constou de leituras bíblicas, cântica.s, bênção do Santíssimo

Sa-cramento e um longo tempo de silêncio e interiorização.

I -Contamos, ainda no sábado, com a visita de D. Celso José

Pipho da Silva, Bispo auxiliar e responsável pela Pastoral

Fa-m]liar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que discorreu sobre

as conclusões do último Sínodo sobre a Família. Lembrou ele

o constante apelo de Ja.ão Paulo II no sent'do da vocação à san-tidade: "A força do sinal está em ser diferente". No domínio da sexualidade, da responsabilidade e do uso dos bens materiais, pata ser missionário, o cristão é chamado a ser diferente.

I Uma das ca.isas que mais nos marcou neste retiro foi o pro-fundo amor e a dedicação do Pe. Djalma à causa da família. Ele

é ktualmente reitor do Seminário Arquidiocesano de São José,

mas participa do Movimento há 10 anos."

BRASíLIA - Terço e noites de oração

Várias são as equipes que se reunem para rezar o terço toda

semana, com grande benefício para a vida espiritual e o entrosa-mento entre os casais. Escreve o pessoal da Equipe 6: "A ex-periência tem trazido imensa alegria para todos nós." Já a Equi-pe 8 partiu para noites de oração. Qualquer que seja a fórmula ad tada, os equipistas estão rezando mais, e gostando.

J - Entrosamento ENS-ECC

Através de levantamento realizado pelos do!s Setores quan-to aos engajamenquan-tos apostólicos dos casais, nota-se que o traba-lho1 no ECC é o mais difundido. - ganha, de longe, de todos os

derpais. Principalmente no Setor A, onde são 36 os casais que

traealham no ECC, ou seja, três vezes o número dos que se

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paróquia (9). No B, a proporção é mais equil'brada: são 27

ca-sais, mas também são 27 com trabalhos paroquiais e 16 com

en-cargos nas Equipes. Toda essa dedicação tem sua compensação:

"É interessante notar como as ENS estão sendo divulgadas

den-tro do ECC, escrevem os equipistas da 23. O exemplo e as

men-sagens levadas por nossos casais despertam nos outros a vontade

de participar do nosso movimento. Desta vez, foram M;riam e

Oswaldo que, após o último ECC, deram nada menos de 6 nomes

de casais interessados no Movimento." - Curso de pilotos

Realizou-se mais um curso de formação de casais pilotos para

ambos os Setores. A organização e direção do curso esteve a

cargo de Germana e Joaquim e de Marieta e Cid. Parf ciparam

6 casais, tendo os "diplomas" sido entregues na missa da Festa

da Imaculada Conceição.

- Catequese, um apelo

"A catequese sempre foi considerada como tarefa primordial pela Igreja", escrevem Julieta e El Moor, da Equipe 13, "e, na homilia da Missa em Porto Alegre, o Santo Padre chamou muito a atenção para ela, mostrando, de forma clara, a sua importância na Pastoral Familiar." E acrescentam:

"Quantos de nós poderiam ajudar neste trabalho! No

entan-to, pensam não terem a base necessária para ministrar a cate-quese. Ora, lembramos que, na Arquidiocese de Brasília, já há algum tempo existe curso para esse fim; a "Escola Catequética", funcionando todos os sábados, das 8,00 às 11,30 horas, com dura-ção de um ano letivo. Temos também a "Coordenação Argui-diocesana de Catequese", onde funciona o "Centro catequético", às segundas, quartas e sextas-feiras, pela manhã e à tarde.

Meus irmãos, temos que nos despertar para esse trabalho, pois, em muitas escolas, por medo ou omissão de nossas professo-ras católicas, as aulas de religião estão sendo dadas por pratican-tes de outras religiões, confundindo, assim, aqueles que, por se-rem batizados em nossa religião, têm o direito ao ensino católico.

De ressaltar-se ainda não ser a catequese trabalho só para mulheres! Com prazer, registramos que existem casais fre-quentando a Escola catequética, em busca da formação ind;spen-sável a essa missão relevante, de que o mundo nunca foi tão carente como agora."

Transcrevemos esse apelo feito em Brasília acreditando ser

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I

-

''Tempo de criança"

Apesar da chuva, o dia, organizado pelas equipes 8 e 10, foi um sucesso. Logo no início, houve a Santa Missa, celebrada por Frei Domingos, que, com linguagem apropriada às crianças, con-seguiu uma linda participação, motivando-as a cantar e a orar. "Não esquecendo, escrevem Vera e Paulo, vez por outra, com pa-lavras significativas, de lançar a carapuça para os pais." Essa missa, segundo escreve o pessoal da 23 no boletim, foi muito elo-giada. Quanto ao pique-nique, "foi uma festa. Houve uma par-ticipação nas brincadeiras entre pais e filhos, excelente. Os pais jogaram futebol na chuva com os filhos, estavam encharcados e se divertiram a valer. Os filhos contribuíram com a alegria, to-cando violão e cantando."

JAO - Evangelização e catequese

Realizou-se no Colégio São Norberto, em dezembro, mais uma manhã de reco·lhimento, com palestra do Cônego Pedro, que falou sobre "Aperfeiçoamento do homem" (São Tiago, cap. 3, vers. 1-12) ", insistindo bastante sobre evangelização e catequese. "Não havendo a catequese após a evangelização, não há o Sim a Cris-to". Para reflexão nos círculos, o querido Conselheiro Espiritual do Setor colocou a seguinte pergunta: "Qual o ponto em que você está? Passou da evangelização? E a catequese ... ?"

ARARAQUARA- Tarde de formação

"Foi uma tarde de enorme proveito para to<ios", escrevem Leonor e Danillo, no Boletim de São Carlos. Vindo especialmen-te de Guaxupé, onde é Reitor do Seminário - além de Vigário Geral da diocese - , Pe. Marcelo Prado Campos falou sobre A atuação do Espírito Santo na Bíblia e na Igreja.

Para terminar a tarde, Pe. Marcelo celebrou a Missa, que era a Missa mensal das Equipes de Araraquara, abrilhantada pelas

v~zes e pelos violões de nove seminaristas que haviam vindo com ele.

"Contou-nos que seus seminaristas estão terminando os estu-dos de filosofia e não estão encontrando vaga para fazerem teo-logia - qual não foi nossa surpresa ao ouvirmos dele que os seminários estão lotados. Imaginem, lotados! Que ótima notícia!"

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-VOLTARAM PARA O PAI Frei Francisco Perin

Conselheiro Espiritual da Equipe 4 de Dracena. Os jornais noticiaram o acidente automobilístico que vitimou quatro frades capuchinhos, quando se dirigiam a Piracicaba para uma reunião de Superiores. Um deles era Conselheiro Espiritual de equipe em Dracena. Takashi Enokibara, da Equipe 2, nos escreve: "A trágica notícia emocionou e chocou profundamente a nossa comu-nidade, a quem Frei Perin serviu durante muitos anos, sendo bastante estimado e admirado pelo seu testemunho de Cristo.

Fundador das Equipes de Nossa Senhora em Dracena, em 1967, e sempre cooperando como padre assistente, nunca mediu esforços para melhorar nossa espiritualidade conjugal e familiar. A sua lembrança será sempre para nós um estímulo em nossa luta, para que sejamos sua alegria e sua coroa, até o nosso re-encontro na Vida Eterna. Obrigado, Frei Perin."

Clarice Mercury Alvarenga Freire

Da Equipe 6 de Limeira. "Vítima de assalto à joalheria de sua irmã, onde prestava sua colaboração, perdeu a vida, escreve Ayres, no dia 20 de fevereiro, friamente assassinada por um dos assaltantes que a mantinha como refém." Com apenas 27 anos, deixa dois filhos pequenos. A cidade, consternada, prestou-lhe homenagem: após a missa de corpo presente, na catedral, com-pareceu maciçamente ao enterro.

"Várias vezes responsável, com Paulo Cesar, pela Equipe 6, atuante nos cursos de noivos e encontros de casais, estava sem-pre disposta a dar sua colaboração, juntamente com o marido, com o qual formava um casal muito feliz. Sempre alegre e com um sorriso aberto para todos, desfrutava de grande estima entre as pessoas que a conheciam, e deixa uma lacuna no coração de todos nós, assim como a certeza de que contamos com uma nova intercessora no Céu."

Nilson Prado Telles

Da Equipe 1 de Dois Córregos- Escrevem Jane e Pedro Gil-berto, responsáveis pela Coorden::.ção:

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