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CARTEIRA GRADUAL DA SEMANA

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Academic year: 2021

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CARTEIRA GRADUAL DA SEMANA

MUDANÇAS DA SEMANA

Empresa Código Preço Preço Alvo Upside Var. Ano Peso

BBAS3 26,35 32,00 +21% +5,0% 10% SSBR3 28,05 42,50 +52% -13,0% 10% CCRO3 19,32 24,20 +25% -0,7% 10% BEMA3 8,50 13,70 +61% +47,2% 10% SLED4 27,00 34,20 +27% +4,0% 10% OIBR4 7,06 11,50 +63% -15,1% 10% BRPR3 23,75 31,60 +33% -6,9% 10% KLBN4 13,60 16,00 +18% +6,3% 5% BRSR6 17,39 21,50 +24% +13,1% 5% ETER3 9,16 12,80 +40% +13,1% 5% SUZB5 7,05 9,30 +32% +0,4% 5% GOAU4 19,10 29,90 +57% -16,5% 5% VALE5 33,59 49,50 +47% -17,8% 5% CCR ON (CCRO3) de 5% para 10%. BANRISUL PNB (BRSR6) de zero para 5%. ETERNIT ON (ETER3) de zero para 5%. SUZANO PNA (SUZB5) de zero para 5%.

MET. GERDAU PN (GOAU4) de 10% para 5%. GRENDENE ON (GRND3) de 5% para zero. OGX PETRÓLEO ON (OGXP3) de 5% para zero. JBS ON (JBSS3) de 5% para zero.

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RESUMO DA ESTRATÉGIA SEMANAL

(por Paulo Esteves)

O Ibovespa acumulou queda de 2,7% na semana passada, descolado das bolsas americanas, que registraram alta no período. Nos EUA, indicadores econômicos melhores, como geração de empregos e produção industrial, animaram investidores e levaram os índices a novos patamares históricos. Já no Brasil, o clima predominante foi de desconfiança diante das dificuldades de retomada do crescimento econômico e dos riscos decorrentes da ingerência do governo na economia.

O Brasil sofre com a piora nas projeções macroeconômicas: o último relatório Focus do BC aponta alta da taxa Selic para 8,25% e redução da projeção do PIB para 3,03% em 2013. E, por parte dos investidores estrangeiros, o país segue perdendo atratividade em relação a outros países, como México, que teve sua perspectiva de rating soberano elevada para “positiva”, por conta das reformas em curso.

No front externo, os últimos desdobramentos na Europa prometem despejar mais adrenalina no mercado acionário. O programa de socorro aplicado ao Chipre elevou a preocupação em torno da crise europeia, com a possibilidade de que os governos deixem de apoiar os credores e de que os depósitos de correntistas sejam atingidos também em outros países da região. Adicionalmente, o S&P alerta para a situação social explosiva na zona do euro, com a continuidade do alto desemprego na Espanha, Itália, Portugal e França, e sérios obstáculos para concretização das reformas necessárias.

Diante do quadro exposto, atentamos para o foco da carteira recomendada no mercado interno, com direcionamento de pelo menos 80% de peso para empresas voltadas basicamente à economia doméstica, ainda beneficiada pela expansão da massa salarial e confiança do consumidor. Para a semana de 18 a 22 de março, excluímos Grendene (GRND3) e JBS (JBSS3) do portfólio, aproveitando as valorizações recentes, reduzimos a exposição em Gerdau (GOAU4) e retiramos OGX (OGXP3), diante dos últimos números operacionais decepcionantes da empresa. Na outra ponta, incluímos CCR (CCRO3), Banrisul (BRSR6) e Eternit (ETER3), conforme nossa estratégia de foco no mercado interno e também reintroduzimos Suzano (SUZB5) na carteira, repercutindo favoravelmente as últimas decisões da empresa, que buscam preservar seu caixa e reduzir o nível de endividamento.

TENDÊNCIAS MACROECONÔMICAS

(por André Perfeito)

ATIVIDADE – Apesar da alta do IBC-Br esta semana ter superado a perspectiva dos

economistas, o resultado foi obtido por uma alta expressiva da produção industrial que não deve se repetir. A produção de bens de capital saltou 8% em janeiro, mas amarga 9,7% de queda no acumulado.

INFLAÇÃO – Os índices de preço ao consumidor devem apresentar queda esta semana cujo

destaque será o IPCA-15 na sexta-feira. Os últimos dados disponíveis apontam desaceleração, como é o caso do IGP-10 divulgado na última sexta-feira, com queda significativa do IPC.

JUROS – O mercado vem pressionando fortemente o Banco Central para elevar a taxa básica

uma vez que a inflação acumulada em 12 meses está em patamares muito próximos ao teto da meta. No entanto, não acreditamos na elevação da Selic ao longo deste ano, devido a atividade mais modesta, e a inflação mais controlada na margem.

DÓLAR - O dólar se valorizou recentemente, mas o movimento deve ser visto com cautela. O

governo observa atento o mercado e deve intervir caso haja uma desvalorização muito forte do real. O Banco Central, em nossa opinião, não está usando o câmbio para controlar a inflação.

EXPORTAÇÕES – A média diária exportada na segunda semana de março foi de US$ 900

milhões, valor este ligeiramente inferior ao dos últimos dias. No entanto, diferentemente de fevereiro, a balança comercial registra algum superávit acumulando no mês: saldo de US$ 236 milhões.

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DESEMPENHO COMPARATIVO

Carteira Semana Mês Ano Acumulado *

Gradual -2,70% -3,00% +0,35% +186,12%

Ibovespa -2,67% -0,96% -6,69% +17,41%

*Desde 9/9/08 até 15/3/13.

RENTABILIDADE MENSAL (ÚLT. 6 MESES)

10,6% -0,2% 4,4% 7,5% 1,0% 2,4% 3,7% -3,6% 0,7% 6,1% -2,0% -3,9%

set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13

Gradual Ibovespa

GRÁFICO COMPARATIVO

-40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 110% 120% 130% 140% 150% 160% 170% 180% 190% 200%

Carteira Gradual x Ibovespa

(Rentabilidade Acumulada desde 9/9/08)

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ALOCAÇÃO SETORIAL

RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Banco do Brasil ON BBAS3 26,35 32,00 6,1 - 7,6%

O Banco do Brasil apresentou lucro líquido ajustado de R$ 3,180 bilhões no 4T12, com crescimento de 5,1% sobre o mesmo período de 2011. No ano, o lucro líquido atingiu R$ 12,2 bilhões, 0,7% acima do registrado em 2011, recorde para o BB. A carteira de crédito ampliada (incluindo avais e fianças) teve crescimento de 24,9% em 12 meses, com total de R$ 580,8 bilhões. Destaque para a carteira de financiamento imobiliário, com alta de 69,0% em relação ao encerramento de 2011.

Destacamos os bons indicadores da instituição no trimestre, superando o consenso do mercado. A margem financeira bruta avançou de forma consistente e a inadimplência persistiu em sua tendência de queda.

O Banco do Brasil prossegue com bom desempenho nas suas operações, com êxito na expansão de sua carteira de crédito, com manutenção da qualidade dos ativos e contenção dos gastos administrativos.

Por fim, destacamos o IPO da BB Seguridade como importante catalisador para BBAS3. O lançamento das ações da nova empresa ocorrerá no 2T13, com injeção prevista de até R$ 3 bilhões no balanço do Banco do Brasil.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Sonae Sierra Brasil ON SSBR3 28,05 42,50 11,6 5,3 1,1%

A Sonae Sierra Brasil, incorporadora e administradora de shopping centers, deverá apresentar crescimento de vendas nos próximos trimestres, com controle dos índices de vacância e de inadimplência.

No 4T12, a Sonae Sierra obteve mais um trimestre de bons resultados operacionais e financeiros. Os principais destaques foram: (i) Vendas totais nos oito shoppings do portfólio cresceram 13,1% enquanto as vendas das mesmas lojas avançaram 6,4%. (ii) Aluguel nas mesas lojas foi 11,7% maior

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e a taxa de ocupação terminou em 97,4% no ano. (iii) Receita líquida atingiu R$ 70,7 milhões (+14,9% A/A) enquanto o EBITDA ajustado totalizou R$ 57,4 milhões (+16,9%) e margem de 81,2%. Mais importante que os resultados do 4T12 é a continuação do desenvolvimento de dois projetos greenfields: Boulevard Londrina com 40 mil m2 de ABL (Área Bruta Locável) e Passeio das Águas

(Goiânia) com 78 mil m2 de ABL. O primeiro será inaugurado no 2T13 e o segundo no 4T13. Além

disso, haverá expansões em alguns shoppings que resultará em mais 26 mil m2 de ABL. Somando

tudo, o portfólio de Sonae Sierra deve expandir 144 mil m2 de ABL em 2013, atingindo 375 mil m2

de ABL no final do ano, ou seja, crescimento de 63% no período.

SSBR3 é nossa top pick no setor de shoppings, não só pelas perspectivas de crescimento das operações da Companhia nos próximos anos, como também por sua estratégia diferenciada, que privilegia a atuação nos centros urbanos com demanda não atendida e com foco no crescente segmento de classe média da população brasileira. Por fim, citamos a expertise dos acionistas controladores da Companhia: DDR e Sonae Sierra, que possuem atuação relevante no setor de shopping centers na América do Norte e Europa, respectivamente.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

CCR ON CCRO3 19,32 24,20 30,3 13,6 3,1%

Criada em 1998, a CCR é uma das maiores empresas de concessão de rodovias do mundo com oito concessionárias de rodovias. A Companhia detêm também participações em concessionárias de outros negócios como: vias expressas, operação e manutenção de linhas de metrô, inspeção ambiental veicular, exploração de linhas regulares de transporte aquaviário, operação e administração de aeroportos. Mesmo com a diversificação dos últimos anos, quase a totalidade de receita da Companhia advém da cobrança de pedágios nas rodovias em que opera. Em 2011, 91,9% da receita total adveio da tarifa de pedágio, 1,7% de receitas acessórias e 6,4% de outras receitas (ViaQuatro, STP e Controlar).

As perspectivas da CCR são animadoras em virtude da prioridade do Governo em relação à necessidade de maciços investimentos em infraestrutura no Brasil. E a Companhia está bem posicionada não apenas no segmento de rodovias, mas também nos segmentos de aeroportos e mobilidade urbana.

A divulgação dos resultados do 4T12 e de 2012 da CCR ocorrerá no dia 18 de março após o fechamento do mercado.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Bematech ON BEMA3 8,71 13,70 13,4 6,5 1,5%

A Bematech é uma das principais empresas brasileiras voltadas à automação comercial, produzindo soluções para pontos de venda por meio de plataformas integradas de equipamentos, sistemas de gestão, serviços e treinamentos. A Companhia oferece aos seus clientes a conveniência de uma

“one-stop-shop”, focada no aumento de rentabilidade do varejista, com maior eficiência no

controle de suas operações e nas relações com clientes e fornecedores.

Com suas impressoras, a Bematech está presente em 51,5% dos estabelecimentos automatizados do país e suas soluções corporativas podem ser encontradas em mais de 400 mil pontos de venda no Brasil.

Após um grande processo de reestruturação conduzido em 2011, a Bematech retomou a trajetória do lucro. No 4T12, o lucro líquido somou R$ 10,8 milhões, contra R$ 1,1 milhão no 4T11. O EBITDA atingiu R$ 19,6 milhões, com crescimento de 77,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida teve expansão de 5,0%, com total de R$ 87,2 milhões no trimestre. No ano, a

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receita totalizou R$ 328,4 milhões, 11,3% acima de 2011, com lucro líquido de R$ 32,5 milhões e crescimento de 89,2% do EBITDA, que acumulou R$ 62,3 milhões.

Estamos otimistas com a continuidade dos resultados positivos da Bematech, com o acerto do seu novo planejamento estratégico e diante das perspectivas de mercado mais favoráveis para importantes segmentos de clientes da empresa, como os de comércio e hotelaria.

Com base no desempenho de 2012 e nas nossas premissas de crescimento para a empresa, elevamos o preço-alvo de BEMA3 para R$ 13,70.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Saraiva PN SLED4 27,00 34,20 9,7 5,7 3,4%

A Saraiva constitui a maior rede de livrarias no Brasil, com 97 lojas e sete franquias. Atuando também no mercado editorial, a Companhia é a 4ª maior editora de livros didáticos (12,6% de

market share) e conta com 20,5% de participação no segmento de livros técnicos, científicos e

profissionais. Além da sólida posição das vendas físicas, vemos no comércio eletrônico (35,9% da receita líquida da Livraria Saraiva em 2011) um importante diferencial da Saraiva, que poderá dinamizar o crescimento da receita nos próximos anos.

Nos 9M12, o lucro líquido alcançou R$ 31,3 milhões, com crescimento de 76,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida avançou 5,5% no período, com crescimento de vendas tanto da Editora quanto da Livraria, porém o destaque foi o EBITDA que atingiu R$ 105,4 milhões, com alta de 20,1% sobre 9M11. O resultado confirma o acerto do redirecionamento estratégico adotado pela Companhia a partir do 4T11, focado no aumento da rentabilidade por meio de uma política comercial mais seletiva.

Prosseguimos recomendando SLED4 por seus múltiplos atrativos e pelas boas perspectivas do setor, notadamente do segmento de sistemas de ensino.

A divulgação dos resultados do 4T12 e de 2012 da Saraiva está prevista para 21 de março.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Oi PN OIBR4 7,06 11,50 13,8 4,8 61,9%

Entendemos que o recuo recente da cotação de Oi abriu a oportunidade de reintroduzir a ação na carteira recomendada. Mesmo com o resultado do 4T12 aquém das expectativas, consideramos a boa geração de caixa da empresa e o perfil de longo prazo de sua dívida financeira, com quase 60% vencendo só a partir de 2017.

No 4T12, a Companhia registrou receita líquida de R$ 7,390 bilhões, com crescimento de 6,2% em relação ao 4T11 sustentado pela expansão da base móvel com foco no pós-pago e retomada de crescimento da receita do segmento residencial. O EBITDA de R$ 2,463 bilhões no trimestre representou expansão de 34,0% na comparação anual.

O lucro líquido somou R$ 113 milhões no trimestre, contra R$ 141 milhões do 4T11. No ano, o lucro foi de R$ 837 milhões, com recuo de 16,8% em relação ao resultado de 2011. Contudo, deve-se ter em conta o impacto da mais valia, decorrente da conclusão da reorganização societária, que afetou o resultado divulgado. Sem seu efeito, o lucro líquido recorrente de 2012 seria de R$ 1,8 bilhão.

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Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

BR Properties ON BRPR3 23,75 31,60 6,1 5,3 0,8%

A BR Properties é a maior empresa de investimentos em imóveis comerciais para renda do Brasil. A Companhia foca na aquisição, locação e venda de imóveis comerciais, como escritórios e galpões, nas principais regiões metropolitanas do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. O negócio da BR Properties tem proporcionado ganho em cinco momentos: primeiro, na compra de imóveis a preços atraentes já que não há vários compradores para grandes imóveis capazes de pagar à vista ou no curto prazo; segundo, na obtenção de empréstimos de diferentes prazos e taxas atraentes devido ao baixo risco do negócio; terceiro, no aumento dos aluguéis pós-aquisição dos imóveis depois de algumas melhorias estruturais (retrofit); quatro, no próprio aluguel que gera uma renda de médio prazo e com correção pela inflação (IPCA); e, quinto, na venda dos imóveis depois de terem se valorizado.

O ano de 2012 foi marcante para BR Properties devido a incorporação da One Properties que permitiu que o portfólio de imóveis atingisse um superior a R$ 13 bilhões e mais de 2 milhões de m2

de ABL. A receita bruta do ano totalizou R$ 678 milhões, alta de 82% em relação a 2011. Esse aumento significativo decorreu principalmente das receitas de locação das propriedades incorporadas da One Properties pela Companhia em 2012. No período, o EBITDA ajustado evoluiu para R$ 569 milhões, margem de 90%, de R$ 312 milhões, margem de 91%, no ano anterior graças ao aumento da receita e controle dos custos e despesas. O lucro líquido também cresceu substancialmente atingindo R$ 1,227 bilhão versus R$ 335 milhões, porém esses números são inflados contabilmente pelo ganho com atualização do valor justo das propriedades (imóveis) para investimentos. Em 2012, a Companhia realizou um ganho de R$ 1,746 bilhão versus R$ 443 milhões em 2011. Dado a ocorrência do ganho pela atualização do valor das propriedades que “polui” o EBITDA e o lucro líquido, a melhor maneira de analisar a rentabilidade da BR Properties é considerar o FFO (Fluxo de Fundos das Operações) que cresceu para R$ 154 milhões em 2012 de R$ 124 milhões em 2011, aumento de 24% no período.

As perspectivas para BR Properties são boas não apenas nos próximos trimestres quando esperada uma melhora nas margens operacionais à medida que os imóveis que estão prestes a serem entregues, mas também pela potencial aquisição de imóveis para posterior locação. Além do exposto acima, estamos alocando parte da carteira nas ações da BRPR3 em função das receitas serem indexadas ao IPCA e assim protegerem da alta da inflação.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Klabin PN KLBN4 13,60 16,00 16,0 6,9 2,4%

A Klabin é a maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil e líder nos mercados de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras para serrarias e laminadoras.

Os resultados do 4T12 e ano de 2012 mostraram que a Companhia está colhendo os frutos do processo de redução de custos e aumento de eficiência das fábricas iniciado em 2010. Além disso, houve uma melhoria no mix de produtos e mercados. No 4T12, os destaques foram: (i) Volume de vendas de 437 mil toneladas com melhora de mix e participação de 70% do mercado interno, onde as margens são maiores, versus 66% no 4T11; (ii) Receita líquida de R$ 1.078 milhões, 8% maior que o 4T11; e (iii) EBITDA de R$ 384 milhões e margem de 35%, versus 32% no 4T11. Em 2012, os destaques foram o EBITDA ajustado de R$ 1,352 bilhão versus R$ 1,028 bilhão em 2011 e o Lucro líquido de R$ 752 milhões versus R$ 183 milhões em 2011.

As perspectivas também são positivas para Klabin não apenas pela esperada melhora da demanda de seus produtos no mercado interno com o maior crescimento da economia brasileira, mas

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também por novas medidas de redução de custos na área florestal e embalagens. Adicionalmente, a Companhia poderá anunciar a esperada constituição da Klabin Celulose em conjunto com investidores na qual serão investidores R$ 6,8 bilhões em uma fábrica com 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Banrisul PNB BRSR6 17,39 21,50 8,7 - 5,0%

O Banrisul, Banco do Estado do Rio Grande do Sul, figura entre os dez maiores bancos brasileiros pelos critérios de número de agências, depósitos totais e lucro líquido, conforme ranking do BC. Em 2012, o banco registrou lucro líquido de R$ 818,6 milhões, 9,5% abaixo do apurado no ano anterior. A queda do resultado refletiu o efeito da redução de taxas e de spreads, porém cabe destacar como contrapartidas, a elevação das receitas de crédito e de tesouraria, bem como o crescimento da receita de prestação de serviços.

Recomendamos Banrisul diante dos múltiplos convidativos da ação, de sua solidez financeira e das perspectivas favoráveis da instituição, que tem crescido sua carteira de crédito de forma sustentável, com baixo custo de captação e com reduzido índice de inadimplência.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Eternit ON ETER3 9,16 12,80 7,1 4,8 8,7%

A Eternit é a maior fabricante de telhas e caixas d'água de fibrocimento do mercado. Sua controlada SAMA atua na extração, beneficiamento e comercialização da crisotila no mercado interno e externo. A Tégula, adquirida em 2010, é líder no segmento de coberturas de concreto. O 4T12 é um trimestre sazonalmente mais fraco para o setor de materiais de construção devido ao Natal e foi ainda abaixo do 4T11. Porém, a Eternit foi bem melhor que o setor e do que no 4T11. Os principais destaques foram: (i) Receita líquida consolidada foi de R$ 255 milhões (+16% A/A) em função do reposicionamento de preços em todo o portfólio e valorização do dólar frente ao real, impactando positivamente as exportações. (ii) EBITDA atingiu R$ 53,6 milhões (+35% A/A), apesar da evolução de 22% nas despesas operacionais. (iii) Porém, o lucro líquido do 4T12 acabou sendo de R$ 29 milhões (-9,6% A/A), em função de um resultado financeiro menor e das primeiras despesas da implantação da fábrica de louças sanitárias.

As perspectivas são positivas com destaque para estimativa de crescimento do PIB da construção civil de 3,8% em 2013, segundo o Banco Central. Já a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) projeta um crescimento de 4,5% nas vendas para o ano de 2013 em relação 2012, que apresentou um crescimento de 1,4%. Além disso, a Eternit continua com seu programa de diversificação em materiais para construção e pretende aumentar de 15% para 50% seu faturamento ligado à diversificação em relação ao segmento de produtos a base de crisotila.

Considerando o exposto acima mais o múltiplos abaixo da média do setor e o dividend yield (dividendos/valor de mercado) de 8,7% nos últimos 12 meses, decidimos alocar parte da carteira recomendada nas ações da Eternit (ETER3).

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Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Suzano PNA SUZB5 7,05 9,30 neg 11,1 5,0%

Suzano é uma empresa de base florestal com foco em dois segmentos: celulose de mercado para exportação e papel, cujo portfólio é integrado por papel revestido, papel não-revestido, cutsize e papelcartão. A companhia ocupa a posição de segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, a oitava maior produtora de celulose de mercado e lidera o mercado de papéis brancos no Brasil/América do Sul.

Depois de um período difícil de resultados nos 9M12, a Suzano apresentou sensível melhora no último trimestre do ano, o 4T12, sendo os principais destaques: (i) EBITDA de R$ 404 milhões (+21,9% vs 3T12) e margem EBITDA de 27,5% (+3,1 p.p. vs 3T12). (ii) Forte venda de papéis no mercado interno: 71% (vs 60% no 4T11) e (iii) custo médio unitário dos produtos vendidos no 4T12 foi de R$ 1.217,4/ton, 9,4% inferior ao 3T12 e 5,2% superior ao registrado no 4T11. No ano, o custo médio unitário foi de R$1.263,8/ton, 5,3% superior ao registrado em 2011, em linha com a inflação do período.

As perspectivas para 2013 são positivas. No segmento celulose a Suzano já anunciou dois aumentos: um de US$ 30/ton válido para 1/janeiro e outro de US$ 20/ton válido para 1/março. No segmento de papel que a Companhia atua espera-se um desempenho melhor da demanda do que em 2012, quando avançou-se apenas 1,9%, em virtude de um estimado crescimento econômico do país.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Met. Gerdau PN GOAU4 19,10 29,90 17,0 5,1 1,7%

A Gerdau é a top pick da Gradual no setor siderúrgica por três razões. Primeiramente, vemos ainda um melhor cenário para o segmento de aços longos, foco da Gerdau, em relação aos aços planos. Em segundo lugar, a atuação da Gerdau via mini-mills confere uma flexibilidade operacional superior àquelas siderúrgicas baseadas em usinas integradas. Esse detalhe é relevante principalmente em momentos de maior volatilidade da demanda, como o atual. Por fim, a dispersão geográfica da Companhia, com plantas industriais em diversos países, dilui o risco decorrente de eventuais contrações de mercados regionais.

Apesar do fraco resultado no 4T12, recomendamos o posicionamento em GOAU4 diante das perspectivas de recuperação da Companhia já em 2013.

Ação Código Preço Alvo P/L 12 EV/E 12 Div. Yield

Vale PNA VALE5 33,59 49,50 17,8 9,5 6,7%

Acreditamos que o pior já tenha passado no caso da Vale, com queda do preço do minério de ferro e compressão de margens em 2012. Caso a retomada da atividade econômica na China seja confirmada, há espaço para o preço do minério de ferro avançar até US$ 180 a tonelada.

Apesar do recuo do resultado no ano passado, a Vale tem demonstrado êxito na otimização da geração de caixa para os acionistas, por meio de uma eficiente gestão de capital. Dentro desta ótica, os projetos com maiores taxas de retornos estão sendo priorizados pela Companhia.

Após o registro do prejuízo no 4T12, as perspectivas da Vale para 2013 são de recuperação, com a alta do preço do minério de ferro melhorando a geração de caixa da empresa ainda no primeiro semestre.

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O forte movimento de urbanização na China e em outras economias asiáticas deve prosseguir, mesmo diante da recessão na Europa, mantendo a demanda por minério de ferro em um quadro de oferta apertada da commodity prevista para os próximos anos. Os múltiplos bastante descontados da ação também contam para a recomendação de VALE5.

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TOP5 – SUGESTÕES POR CATEGORIA

Ações elegíveis por categoria:

MidLarge Cap – Empresas de maior valor de mercado e de elevada liquidez (também denominadas

blue chips ou de primeira linha), podendo ser listadas no Índice Mid-Large Cap (MLCX) da BM&F

Bovespa. Empresas de grande porte, normalmente de alcance internacional, com solidez financeira e longo histórico de rentabilidade. Muitas destas companhias também são listadas no exterior (NYSE, Latibex).

Small Cap – Companhias com menor valor de mercado e liquidez inferior às blue chips, também

conhecidas como empresas de segunda ou de terceira linha. Normalmente, investidores institucionais e fundos de investimentos têm restrições nas alocações em small caps, por conta dos volumes negociados diariamente. Ações listadas no Índice Small Cap (SMLL) da BM&F Bovespa.

Value/Yield – Empresas negociadas abaixo dos seus valores intrínsecos e/ou pagadoras de elevados

dividendos. Tipicamente, estas ações apresentam baixos múltiplos P/VPA, P/L e EV/EBITDA e elevados dividend yields.

Growth – Empresas com consideráveis vantagens competitivas e posicionadas em mercados em

expansão. Estas companhias apresentam taxas projetadas de crescimento de resultados superiores à média do mercado. Por conta de reinvestimentos dos lucros, muitas delas não distribuem dividendos ou possuem baixos yields.

MidLarge Cap

Ação Código Preço

BBAS3 26,35 VALE5 33,59 GOAU4 19,10 CCRO3 19,32 KLBN4 13,60

Small Cap

Ação Código Preço

BRSR6 17,39 BEMA3 8,50 SLED4 27,00 SSBR3 28,05 ETER3 9,16

Value / Yield

Ação Código Preço

VALE5 33,59 BRSR6 17,39 SLED4 27,00 BBAS3 26,35 BRPR3 23,75

Growth

Ação Código Preço

CCRO3 19,32

OIBR4 7,06

SUZB5 7,05

GOAU4 19,10

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GRADUAL INVESTIMENTOS

Macroeconomia

Economista André Perfeito (55 11) 3074-1257 aperfeito@gradualinvestimentos.com.br

Análise de Investimentos

Estrategista

Paulo Esteves, CNPI (55 11) 3074-1255

pesteves@gradualinvestimentos.com.br

Análise Fundamentalista

Flavio Conde, CNPI (55 11) 3372-8300

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Análise Gráfica

Regis Chinchila, CNPI (55 11) 3372-8300

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DISCLAIMER

Este relatório foi desenvolvido pela equipe de análise de investimentos da Gradual Investimentos. Trata-se de material de uso exclusivo da companhia e de seus clientes, não podendo ser publicado ou redistribuído sem prévia autorização escrita.

O presente relatório não deve ser considerado de forma isolada. Neste sentido, não só outras informações financeiras, mas também condições macroeconômicas devem ser consideradas pelo investidor. Ainda que baseadas em perspectivas e estudos extensos da nossa equipe de análise, os preços, opiniões e projeções do presente relatório podem ser alteradas. Não obstante, a Gradual Investimentos não assume nenhuma responsabilidade em comunicar quaisquer destas alterações para as partes interessadas.

A Gradual Investimentos não deve, de maneira nenhuma, ser responsabilizada por ganhos ou perdas financeiras de clientes decorrentes de decisões tomadas com base neste relatório.

Gradual Investimentos é nome fantasia da Gradual CCTVM S/A, instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

DECLARAÇÕES DO(S) ANALISTA(S)

Sem prejuízo do disclaimer acima e em conformidade com as disposições do Artigo 17 da Instrução CVM nº 483, de 6 de julho de 2010, o(s) analista(s) de investimentos responsável(is) pela elaboração deste relatório declara(m) ainda que:

(I) é(são) certificado(s) e credenciados pela APIMEC;

(II) as análises e recomendações refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais, às quais foram realizadas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Gradual Investimentos;

(III) assim como seu(s) cônjuge(s) ou companheiro(s), pode(m) ser titular(es), diretamente ou indiretamente, de ações e/ou outros valores mobiliários de emissão da companhia objeto da análise deste Relatório, mantendo no entanto sua imparcialidade na elaboração de documentos;

(IV) assim como seu(s) cônjuge(s) ou companheiro(s), pode(m) estar direta ou indiretamente, envolvido(s) na aquisição, alienação ou intermediação dos valores mobiliários objeto deste Relatório, mantendo no entanto sua imparcialidade na elaboração de documentos;

(V) sua(s) remuneração(ões) é(são) fixa(s) e não está(ão), diretamente ou indiretamente, relacionada(s) à recomendação específica ou atrelada à precificação de quaisquer dos valores mobiliários de emissão da companhia objeto de análise neste Relatório.

Referências

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