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X Legislatura Número: 24 III Sessão Legislativa (2013/2014) Quarta-feira, 05 de fevereiro de Suplemento

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Suplemento

Sumário

Decreto:

- “Define a titularidade de infraestruturas sob jurisdição portuária”.

Proposta de Decreto legislativo Regional:

- “Define a titularidade de infraestruturas sob jurisdição portuária”.

Projeto de Proposta de Lei:

- “Primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, que regula o exercício da atividade empresarial pública” (PCP).

X Legislatura

Número: 24

III Sessão Legislativa (2013/2014)

Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2014

(2)

Diário da Assembleia Legislativa

Suplemento da Sessão nº 24

X Legislatura, III Sessão Legislativa (2013/2014) Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2014

Decreto

“Define a titularidade de infraestruturas sob jurisdição portuária”

A APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, S.A. (APRAM, S.A.) detêm na sua área de jurisdição uma área de terreno localizado no terminal norte do porto do Funchal, considerada margem nos termos do artigo 11.º da Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro, na qual foi implantado um edifício construído pela Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, S.A., devidamente identificado no anexo I do presente diploma, que não está atualmente afeta exclusivamente ao interesse público do uso das águas que serve.

Justifica-se que aquela área continue sob jurisdição da APRAM, S.A., mas que esta entidade passe a deter sobre as mencionadas infraestruturas poderes de direito privado e não de direito público, o que passa pela sua integração no património daquela entidade.

Conforme já foi defendido no Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 654/2009, de 16 de dezembro, “Compreende-se a diferença de regime entre as infraestruturas específicas e as margens do mar como um todo: por um lado, não se pode afirmar que a titularidade regional de infraestruturas específicas existentes no perímetro normal das margens tenha necessariamente relevância estratégica sob o ponto de vista da “defesa nacional”, não se justificando portanto a invocação da cláusula de salvaguarda constante do artigo 144.º, n.º 2, do EPARAM; por outro lado, as infraestruturas carecem de cuidados de conservação e manutenção que deverão ficar a cargo de quem está mais próximo delas e mais diretamente delas retira benefícios. É neste sentido que se fala de um “domínio público infraestrutural” (ANA RAQUEL MONIZ, O Domínio

Público, págs. 221-251), e é nessa linha de raciocínio que se defende a titularidade regional das infraestruturas portuárias

existentes nas regiões autónomas (ibidem, pág. 238).”

A integração da infraestrutura identificada no anexo I do presente diploma no património da APRAM, S.A., não coloca em causa a titularidade do Estado sobre os recursos hídricos situados na RAM, conforme o definido na Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro, respeitando os princípios constitucionais consagrados nos artigos 84.º e 165.º, n.º 1, alínea v) da Constituição da República Portuguesa.

Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo

227.º da Constituição da República Portuguesa e alínea j) do artigo 40.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, na redação e numeração dada pela Lei n.º 130/99, de 21 de agosto, e pela Lei n.º 12/2000, de 21 de junho e do artigo 19.º da Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro, o seguinte:

Artigo 1.º

Objeto

1 - O presente diploma atribui à APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, S.A. (APRAM, S.A.), a titularidade da infraestrutura identificada no anexo I do presente diploma, demarcada com as seguintes coordenadas: N X Y 1 320749,645 3613011,455 2 320765,817 3612988,742 3 320877,008 3613067,751 4 320861,600 3613089,230 5 320845,585 3613111,806 6 320833,931 3613100,421 7 320792,806 3613075,897 8 320757,789 3613041,895 9 320761,711 3613036,367 10 320756,826 3613032,892 11 320765,433 3613020,819

2 - O disposto no número anterior não prejudica o regime da titularidade dos recursos hídricos situados na RAM, definido na Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro.

3 - Os termos do estabelecido no número 1 serão objeto de despacho conjunto do Secretário Regional com a tutela da APRAM, S.A. e do Secretário Regional com a tutela das Sociedades de Desenvolvimento.

Artigo 2.º

Integração

A infraestrutura mencionada no artigo anterior passa a integrar o património do ente público a que estava afeto, ou seja, da APRAM, S.A..

Artigo 3.º

Atos registais, administrativos ou outros

(3)

Artigo 4.º

Entrada em vigor

(4)

Diário da Assembleia Legislativa

Suplemento da Sessão nº 24

X Legislatura, III Sessão Legislativa (2013/2014) Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2014

Proposta de Decreto Legislativo Regional

“Define a titularidade de infraestruturas sob jurisdição portuária”

A APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, S.A. (APRAM, S.A.) detêm na sua área de jurisdição uma área de terreno localizado no terminal norte do porto do Funchal, considerada margem nos termos do artigo 11.º da Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro, na qual foi implantado um edifício construído pela Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, S.A., devidamente identificado no anexo I do presente diploma, que não está atualmente afeta exclusivamente ao interesse público do uso das águas que serve.

Justifica-se que aquela área continue sob jurisdição da APRAM, S.A., mas que esta entidade passe a deter sobre as mencionadas infraestruturas poderes de direito privado e não de direito público, o que passa pela sua integração no património daquela entidade.

Conforme já foi defendido no Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 654/2009, de 16 de dezembro, “Compreende-se a diferença de regime entre as infraestruturas específicas e as margens do mar como um todo: por um lado, não se pode afirmar que a titularidade regional de infraestruturas específicas existentes no perímetro normal das margens tenha necessariamente relevância estratégica sob o ponto de vista da “defesa nacional”, não se justificando portanto a invocação da cláusula de salvaguarda constante do artigo 144.º, n.º 2, do EPARAM; por outro lado, as infraestruturas carecem de cuidados de conservação e manutenção que deverão ficar a cargo de quem está mais próximo delas e mais diretamente delas retira benefícios. É neste sentido que se fala de um “domínio público infraestrutural” (ANA RAQUEL MONIZ, O Domínio

Público, págs. 221-251), e é nessa linha de raciocínio que se defende a titularidade regional das infraestruturas portuárias

existentes nas regiões autónomas (ibidem, pág. 238).”

A integração da infraestrutura identificada no anexo I do presente diploma no património da APRAM, S.A., não coloca em causa a titularidade do Estado sobre os recursos hídricos situados na RAM, conforme o definido na Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro, respeitando os princípios constitucionais consagrados no 84.º e 165.º, n.º 1, alínea v) da Constituição da República Portuguesa.

Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo

227.º da Constituição da República Portuguesa e alínea j) do artigo 40.º do Estatuto Político – Administrativo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, na redação e numeração dada pela Lei n.º 130/99, de 21 de agosto, e pela Lei n.º 12/2000, de 21 de junho e do artigo 19.º da Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro, o seguinte:

Artigo 1.º

Objeto

1 - O presente diploma atribui à APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, S.A. (APRAM, S.A.), a titularidade da infraestrutura identificada no anexo I do presente diploma, demarcada com as seguintes coordenadas: N X Y 1 320749,645 3613011,455 2 320765,817 3612988,742 3 320877,008 3613067,751 4 320861,600 3613089,230 5 320845,585 3613111,806 6 320833,931 3613100,421 7 320792,806 3613075,897 8 320757,789 3613041,895 9 320761,711 3613036,367 10 320756,826 3613032,892 11 320765,433 3613020,819

2 - O disposto no número anterior não prejudica o regime da titularidade dos recursos hídricos situados na RAM, definido na Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro.

3 - Os termos do estabelecido no número 1 serão objeto de despacho conjunto do Secretário Regional com a tutela da APRAM, S.A. e do Secretário Regional com a tutela das Sociedades de Desenvolvimento.

Artigo 2.º

Integração

A infraestrutura mencionada no artigo anterior passa a integrar o património do ente público a que estava afeto, ou seja, da APRAM, S.A..

Artigo 3.º

Atos registais, administrativos ou outros

(5)

Artigo 4.º

Entrada em vigor

(6)

Diário da Assembleia Legislativa

Suplemento da Sessão nº 24

X Legislatura, III Sessão Legislativa (2013/2014) Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2014

Projeto de Proposta de Lei

“Primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, que regula o exercício da atividade empresarial pública”

Preâmbulo

O Decreto-Lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, conseguiu um novo regime jurídico do sector público empresarial, do qual resultam graves implicações, pondo em causa o princípio da negociação e contratação coletiva, e atentando contra um vasto conjunto de direitos, usurpando rendimentos dos trabalhadores, nomeadamente ao impor, entre outros subsídios, a redução do subsídio de refeição e do pagamento do trabalho noturno e extraordinário.

A pretexto de um maior controlo sobre o sector público empresarial, alegando objetivos de maior rigor com vista a promover uma melhor gestão dos recursos públicos alocados ao exercício da atividade empresarial, são violados princípios fundamentais da Autonomia. Não só são desrespeitados princípios de autonomia do Poder Local, como também são postos em causa princípios da disciplina jurídica aprovada na sequência do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira.

Por se tratar de matérias de interesse específico para efeitos de poderes da Região a orientação, direção, coordenação e fiscalização do sector empresarial público da Região Autónoma da Madeira, importa alterar corrigindo mecanismos que amputam a Autonomia, expropriando-a de forma ilegítima, usurpando recursos e meios autonómicos, configurando um intolerável controlo e ingerência inadmissível.

Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, nos termos no disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 227.º e na alínea b) do n.º 1 do artigo 37.º do Estatuto Político-Administrativo da RAM, aprovado pela Lei n.º 31/91, de 05 de junho, com as alterações introduzidas pelas Leis n.ºs 130/99, de 21 de agosto e n.º 12/2000, de 21 de junho, apresenta à Assembleia da República a seguinte Proposta de Lei:

Artigo 1.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 133/2013, de 03 de outubro

É aditado ao Decreto-Lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, o artigo 73.º-A, com a seguinte redação:

"Artigo 73.º-A

Entidades administrativas ou empresariais públicas na Região Autónoma da Madeira

Sem prejuízo das implicações previstas quanto aos municípios e às suas associações, em virtude do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira, excluem-se da nova disciplina jurídica aprovada pelo presente diploma as entidades de carácter administrativo ou empresarial público, reconhecidas à Região Autônoma da Madeira.".

Artigo 2.º

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Funchal, 11 de outubro de 2013.

Pel’A Representação Parlamentar do PCP na ALRAM, O Deputado único,

Ass.: Edgar Silva.-

Referências

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