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Efeito da realização simultânea de dois exercícios do treino de força, no consumo de O2 durante o exercício e na pressão arterial durante e após exercício

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EFEITO DA REALIZAÇÃO SIMULTÂNEA DE DOIS

EXERCÍCIOS DO TREINO DE FORÇA, NO CONSUMO DE

O2,DURANTE EXERCÍCIO E NA PRESSÃO ARTERIAL,

DURANTE E APÓS EXERCÍCIO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO ESPECIALIZAÇÃO EM ACTIVIDADES DE ACADEMIA

VILA REAL, 2013

Cátia Anaísa Madureira Teixeira da Silva

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Cátia Anaísa Madureira Teixeira da Silva

EFEITO DA REALIZAÇÃO SIMULTÂNEA DE DOIS EXERCÍCIOS DO

TREINO DE FORÇA, NO CONSUMO DE O2

DURANTE O EXERCÍCIO

E NA PRESSÃO ARTERIAL DURANTE E APÓS EXERCÍCIO

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Vila Real, Portugal, 2013

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Esta dissertação foi elaborada como parte integrante do processo curricular, do curso de 2º Ciclo (Mestrado) em Ciências do Desporto - Especialização em Atividades de Academia.

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Cátia Anaísa Silva ii

Índice Geral

Índice de Gráficos ... iii

Índice de Tabelas ... iv Índice de Equações ... v Lista de Abreviaturas ... vi Resumo ... vii Abstract ... viii 1. Introdução ... 1 1.1. Enquadramento ... 1 1.2 Objetivos do Estudo ... 4 2. Metodologia ... 5 2.1 Amostra ... 5 2.2 Procedimentos ... 6 2.3 Instrumentos e Medições ... 7 2.4 Tratamento Estatístico ... 10 3. Resultados ... 11 4. Discussão ... 14 5. Conclusão ... 18 6. Limitações e Propostas ... 19 7. Referências Bibliográficas ... 20 8. Anexos ... 24 ANEXO I – Anamnese ... 25 ANEXO II – ParQ-test ... 26

ANEXO III – Consentimento Informado ... 27

ANEXO IV – Folha de dados ... 28

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Cátia Anaísa Silva iii

Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Médias Marginais Estimadas para a Pressão Arterial Sistólica ... 13 Gráfico 2 - Médias Marginais Estimadas para a Pressão Arterial Diastólica ... 13

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Cátia Anaísa Silva iv

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Valores de Média e Desvio Padrão da Idade, Massa Corporal, Estatura e %

de Massa Gorda Estimada da amostra. ... 5

Tabela 2 - Valores do Teste e Re-Teste de 1RM. ... 6 Tabela 3 - valores de média e desvio padrão do VO2 absoluto, VO2 relativo, R e da

Frequência cardíaca em exercício ... 11

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Cátia Anaísa Silva v

Índice de Equações

Equação 1 - Equação Preditiva da Densidade Corporal para Homens (18-61 Anos) /

Raça Branca (Jackson & Pollock, 1978) ... 8

Equação 2 - Equação Preditiva da Percentagem de Massa Gorda (Jackson & Pollock,

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Cátia Anaísa Silva vi

Lista de Abreviaturas

 ACSM – American College of Sport Medicine  AF – Atividade Física

 bpm – Batimentos por minuto  FC – Frequência Cardíaca

 INE – Instituto Nacional de Estatística  O2 – Oxigénio

 PA – Pressão Arterial

 PAD – Pressão Arterial Diastólica  PAS – Pressão Arterial Sistólica  PP – Prensa de Pernas

 RM – Repetição Máxima

 RTR – Razão de Troca Respiratória  SIH – Supino Inclinado com Halteres  TA – Treino Aeróbio

 TF – Treino de Força

 TMB – Taxa Metabólica Basal  TMR - Taxa Metabólica de Repouso  VCO2 – Dióxido de Carbono Expelido

 VE – Ventilação

 VO2 – Consumo de Oxigénio

 VO2A – Consumo de Oxigénio Absoluto

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Cátia Anaísa Silva vii

Resumo

comum a execução simultânea de exercícios de treino de força (TF) em programas de treino que têm como objetivo o aumento do dispêndio energético. Nesses exercícios a carga induzida aos membros inferiores é sempre inferior à carga induzida aos membros superiores. Sendo a carga um fator importante para o aumento do consumo de oxigénio (VO2) durante e após o

exercício, foi objetivo deste estudo observar o efeito da execução simultânea de dois exercícios de TF, ajustados a uma carga de 70% da 1RM individualmente para Prensa de Pernas 45º (PP) e Supino Inclinado com Halteres (SIH), no VO2 e na pressão

arterial (PA) durante e após exercícios. A amostra foi constituída por 10 sujeitos, ativos, do sexo masculino, com 25,0±3,97anos de idade, 177,3±4,99cm de estatura, 75,1±7,61Kg de massa corporal e 5,04±4,14% de percentagem de gordura estimada. Estes sujeitos executaram, de forma randomizada, duas sessões de exercícios em que: SS executam os dois exercícios de TF de forma simultânea; e SI onde estes exercícios eram executados separadamente. Nestas duas sessões foram medidos os valores do VO2 absoluto (VO2A) e relativo (VO2R), a frequência cardíaca (FC), durante

o exercício e a pressão arterial (PA) sistólica (PAS) e diastólica (PAD) antes, durante, logo após, 10, 20 e 30 minutos após.

Foram observados valores de VO2A e VO2R, significativamente, superiores (P<0,001),

na SS em relação à SI (1,58±0,06 l.min-1 vs. 1,23±0,06 l.min-1 e 20,91±0,42 ml.kg

-1

.min-1 e 16,38±0,55 ml.kg-1.min-1, respetivamente). Em relação PA foram observados valores de PAS, significativamente, inferiores (P=0,036), na SS em relação ao SI, durante exercício (119,40±8,6 mmHg vs 132,60±5,93 mmHg, respetivamente).

Podemos, com base nos dados deste estudo, concluir que parece haver um VO2

superior e uma PAS inferior durante a execução simultânea destes dois exercícios de TF, podendo permitir, assim, a obtenção de um maior VO2 durante exercício em menor

tempo e com menores valores de PAS.

Palavras-chave: Consumo de O2; treino de força; Pressão Arterial; execução

simultânea

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Cátia Anaísa Silva viii

Abstract

he simultaneous performance of strength training exercise, is very common in strength training programmes that aim caloric expenditure. In this exercises the load applied for upper limbs is generally lower that the load applied for the lower limbs exercises. Being the load context so important for the increase in oxygen uptake (VO2) during and after exercise, this study aimed to verify the existence of different O2 consumption during, and Blood Pressure (BP) during and after, two distinct training sessions that use the same two resistance exercises (incline dumbbell press at 70% of its related 1RM and leg press 70% of its 1RM ).

The sample for this study consisted of 10 apparently healthy men, with 25,0±3,97years old, 177,3±4,99cm height, 75,1±7,61Kg weight and 5,04±4,14% fat mass. The protocols were selected in a random way, SS – simultaneous performance of both selected exercises or SI – isolated performance of both exercises in different sets. The values of the absolute and relative VO2 (VO2A and VO2R) and Heart Rate (HR) were continuously measured during session, and BP was measured with a mercury sphygmomanometer before the work session begun, immediately after every set and in the resting time after 10, 20 and 30 minutes.

Values obtained for VO2A and VO2R in the simultaneous protocol (SS) were significantly higher than SI 1,58±0,06 L.min-1vs 1,23±0,06 L.min-1 and 20,91±0,42 ml.kg-1.min-1 e 16,38±0,55 ml.kg-1.min-1, (P<0,001). Blood pressure values, during exercise, reveal that the SS induced a smaller increase on Systolic BP (SBP) 119,40±8,64 mmHg against 132,60±5,93 mmHg from the SI (P=0,036).

These findings point that the simultaneous realization of two strength training exercises incites greater VO2 and smaller increase of SBP, when compared with the performance of the same both exercises in separated sets.

Key-words: Oxygen consumption; strength training; blood pressure; simultaneous

performance

T

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Cátia Anaísa Silva 1

1. Introdução

1.1. Enquadramento

Entre diversos fatores impulsionadores da obesidade, os baixos níveis de Atividade Física (AF) das sociedades modernas e em vias de desenvolvimento é, segundo Bourchard, (2003), o fator principal para a proliferação desta epidemia. Seguindo este raciocínio, vários são os autores e associações médicas internacionais que recomendam a inclusão da AF no tratamento da obesidade (Bouchard, 2003; Matsuo, et al., 2007; American College of Sports Medicine (ACSM), 2009).

O efeito benéfico da AF e do exercício físico na prevenção e tratamento da obesidade está largamente documentado na literatura (Bouchard, 2003; American College of Sports Medicine (ACSM), 2009; Bloomer, 2005; Hunter, Weinsier, Bamman, & Larson, 1998). A pesquisa tem procurado estudar a melhor forma de conjugar as diferentes variáveis do exercício físico, de forma a permitir a criação de metodologias de treino seguras e sensatas e que se enquadrem nos estilos de vida das populações.

O treino aeróbio (TA) e o treino de força (TF) são métodos de treino reconhecidos como efetivos na prevenção, controlo e tratamento da obesidade (Ignarro et al, 2007; ACSM, 2009). Desde há vários anos o TA tem sido recomendado como o método mais efetivo para a prevenção e tratamento da obesidade. Contudo, na última década, a utilização do TF e da conjugação do TF com o TA também tem sido recomendado para este propósito. Este fato deve-se à observação de resultados de diferentes estudos, em que a execução do TF e da conjugação do TF com o TA, apresentam um aumento considerável dos valores de VO2 durante exercício (Hickson et al., 1984;

Ballor et al., 1989; Kuehl et al., 1990; Phoelman, et al., 2002; Morgan et al., 2003; Philips & Ziuratis, 2003; Philips & Ziuratis, 2004; Bloomer, 2005; Melanson, et al., 2005; Vilaça Alves et al. 2012), e valores superiores, após exercício quando comparados com a execução do treino aeróbio isoladamente (Drummond et al., 2005). Igualmente, está referenciado na literatura, uma correlação forte entre a massa muscular e a taxa metabólica de repouso (TMR) (Dolezal & Potteiger,1998). Sendo a TMR responsável por valores entre 40 a 75% do dispêndio energético diário, não pode ser descurada no planeamento de metodologias de treino com o objetivo de promover um combate efetivo à obesidade (Melby, Ho, & Hill, 2003). Desta forma, vários são os estudos que procuram estudar a influência da manipulação de diferentes variáveis do TF no VO2 durante e após TF. Contudo são muitas as variáveis que podem ser

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Cátia Anaísa Silva 2 utilizado na execução dos exercícios; o número de séries; o número de repetições; o número de exercícios; a intensidade da carga; o tipo de contração muscular; a quantidade de massa muscular envolvida; o tempo de execução nas diferentes fases de contração muscular; o tempo de recuperação entre séries e ainda em variáveis, como a idade, o sexo, o nível de atividade física e a composição corporal de quem o realiza (Bloomer, 2005).

Tendo em conta os estudos que observam a manipulação das variáveis anteriormente referidas no VO2, podemos afirmar que este é aumentando com: a alternância de

exercícios que envolvem os membros superiores e inferiores (Hickson et al., 1984); o uso de exercícios que envolvam grandes massas musculares (Bloomer, 2005); o uso de múltiplas séries (Haddock & WilKin, 2006; Philips & Ziuratis, 2003; Philips & Ziuratis, 2004); e o uso de uma carga em torno dos 70% da 1RM (Hunter et al., 1988). Desta forma, a combinação de exercícios de TF que envolvam os membros superiores e inferiores no mesmo momento, vai de encontro aos fatores do uso de grandes massas musculares e de alternância de exercícios para os membros superiores e inferiores na promoção de um aumento do VO2, durante uma sessão de treino. Mas,

quando, usualmente, estes exercícios são conjugados, a carga absoluta utilizada para os membros inferiores é sempre superior do que a utilizada nos membros superiores. Outro aspeto importante na realização dos exercícios de TF dinâmicos é o aumento da frequência cardíaca (FC), do volume sistólico e do débito cardíaco. Estas alterações, devidas à produção de metabolitos, promovem vasodilatação na musculatura ativa gerando, assim, redução das resistências vasculares periféricas aumentando a PAS e geralmente provocando uma redução da PAD (Brum, Forjaz, Tinucci, & Negrão, 2004). Contudo, estes fatores também são alterados, pelas variáveis do treino, já mencionadas, como a carga, a intensidade, a massa muscular envolvida e a duração do exercício (MacDonald, 2002; Forjaz, Cardoso, Rezk, Santaella, & Tinucci, 2004; MacDonald, MacDougall, & Hogben, 2000; MacDonald, MacDougall, & Hogben, 1999; Forjaz, Santaella, Rezende, Barretto, & Negrão, 1998). A Pressão Arterial é um fator cardiovascular a levar em conta em toda a população mas, torna-se mais emergente no que diz respeito à segurança e efetividade dos treinos prescritos, numa população obesa, uma vez que existe a grave possibilidade da associação de uma hipertensão à obesidade (European Society Of Cardiology, 2007). A literatura é, consensual quanto aos benefícios do exercício em indivíduos com ambas as patologias (obesidade e hipertensão), e até mesmo em indivíduos saudáveis e normotensos, é igualmente observado uma redução da PA pós-exercício. Podendo, este fato deve-se à redução do débito cardíaco por diminuição do volume sistólico (Brum, Forjaz, Tinucci, & Negrão, 2004).

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Cátia Anaísa Silva 3 Sendo a carga e a massa muscular envolvida, dois aspetos importante na promoção do VO2 durante o exercício (Hunter, et al., 1988) e na promoção de uma diminuição da

PA após exercício, pensamos em usar um exercício para os membros inferiores, em aparelho, prensa de pernas (PP) 45º, e aproveitando a possibilidade de manipulação do banco deste aparelho usar halteres para realizar outro exercício, em que os membros superiores e grandes massas musculares estivessem envolvidas, neste caso o supino inclinado com halteres (SIH), permitindo, assim, manipular a carga para cada exercício e executante.

Como, o objetivo dos profissionais do exercício físico é promover atividades seguras e sensatas, faz todo sentido estudar o efeito da execução simultânea destes exercícios do TF nos valores de PA durante e após a sessão de exercícios.

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Cátia Anaísa Silva 4

1.2 Objetivos do Estudo

O objetivo deste estudo é observar o efeito da execução simultânea de um exercício para os membros inferiores e superiores, no Consumo de O2 durante o exercício e na

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Cátia Anaísa Silva 5

2. Metodologia

2.1 Amostra

A amostra foi constituída por 10 sujeitos, do sexo masculino, normotensos (PAS ˂ 140mmHg, PAD ˂ 90mmHg) (European Society Of Cardiology, 2007), com experiência de pelo menos 6 meses na realização dos exercícios de TF e com 25,0±3,97 anos de idade, 177,3±4,99 cm de estatura, 75,1±7,61 Kg de massa corporal e 5,04±4,14% de gordura estimada. Na Tabela 1, encontram-se os valores obtidos para caracterizar a amostra deste estudo, observando-se as médias e respetivos desvios padrão para a idade, para a massa corporal, para a estatura e estimativa da percentagem de massa gorda.

TABELA 1 - VALORES DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO DA IDADE, MASSA CORPORAL, ESTATURA E % DE MASSA GORDA ESTIMADA DA AMOSTRA.

Legenda:

Idade – anos; MCorporal – massa corporal (Kg); Estatura – Altura (cm); %MGorda - % massa gorda estimada.

Os critérios de inclusão, dos sujeitos neste estudo foram os seguintes: ser do sexo masculino; ter uma idade compreendida entre os 20 e 35 anos; praticar TF, há pelo menos 6 meses, com uma frequência semanal de 3 vezes; ser aparentemente saudável; não ser fumador; e não estar sob o efeito de medicação que pudesse adulterar a resposta ao esforço a que seriam expostos.

Para verificar os critérios de inclusão na amostra, todos os sujeitos preencheram os seguintes questionários: uma Anamnese (ANEXO I) em que estavam incluídas questões sobre a idade, hábitos alimentares, hábitos de atividade física, e a utilização de fármacos passíveis de influenciar a resposta aos esforços; e o questionário ParQ-test proposto pela ACSM (ANEXO II). Posteriormente, foi esclarecido todos os procedimentos deste estudo e permitindo os sujeitos da amostra questionarem sobre qualquer dúvida que pudessem ter. Após este procedimento os sujeitos que satisfizeram estes critérios e que de forma livre mantivessem a vontade de fazer parte

N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Idade 10 21,00 32,00 25,00 3,97

MCorporal 10 61,00 86,00 75,10 7,60

Estatura 10 168,00 183,00 177,30 4,98

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Cátia Anaísa Silva 6 deste estudo, foram incluídos na amostra. Para formalizar a sua inclusão na amostra deste estudo, os sujeitos assinaram um documento de consentimento informado (ANEXO III), elaborado segundo a declaração de Helsinki, (1964), e tendo em conta a última revisão de 2008.

De seguida foi-lhes efetuada a medição da estatura, massa corporal e calculada a massa gorda estimada. Esses valores foram registados numa ficha realizada para o efeito (ANEXO IV).

2.2 Procedimentos

Para cada sujeito foram necessárias quatro sessões de recolha de dados.

Na primeira sessão foram aplicados os questionários Par-Q test e anamnese. Após análise das respostas aos questionários os sujeitos assinaram o consentimento informado e foram realizadas as medições da estatura e massa corporal, estimada a massa gorda, e ainda averiguada a repetição máxima (1RM) dos exercícios: de Prensa de Pernas 45º (PP) no equipamento (Panatta, Leg Press 45º with lever, Apiro, Italia) e de Supino Inclinado com Halteres (SIH) a 45º.

Na segunda sessão, no mínimo, 72h após a primeira, foi realizado o re-teste para averiguação da 1RM dos mesmos exercícios. Os valores do teste e re-teste de 1RM dos exercícios selecionados para este estudo encontram-se na Tabela 2. Revelando uma correlação intra classe 93% para o exercício de SIH e de 98% para o exercício de PP.

TABELA 2 - VALORES DO TESTE E RE-TESTE DE 1RM.

Legenda:

RM – repetição máxima; RRM – re-teste de 1RM; SIH – Supino Inclinado com Halteres; PP – prensa de pernas

N Mínimo Máximo Média Desvio padrão

RM SIH 10 28,00 40,00 35,20 4,44

RRM SIH 10 28,00 45,00 36,50 4,60

RM PP 10 140,00 240,00 188,00 31,55

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Cátia Anaísa Silva 7 A terceira e quarta sessão serviram para aplicar, de forma randomizada, um dos seguintes protocolos1:

a) Simultâneo (SS): 3 séries de 10 repetições de SIH a 70% 1RM em simultâneo com PP45º a 70% 1RM, com uma cadência de execução do exercício de 60 bpm, com 60 segundos de intervalo entre série;

b) Separado (SI): 3 séries de 10 repetições de PP 45º a 70% 1RM, seguido de 3 séries de 10 repetições de SIH, a 70% 1RM, com uma cadência de execução do exercício de 60 bpm, com 60 segundos de intervalo entre série.

A cadência de execução dos exercícios foi controlada através de um metrónomo (Korg, MA-30, USA).

Estas sessões foram constituídas por quatro momentos: 1) Fase Repouso, com duração de 30min onde os sujeitos permaneceram sentados; 2) Fase de aquecimento, 5min no ergómetro de remo indoor para ativação geral; 3) Fase Ativa, realização de um dos protocolos, e 4) Fase de Recuperação, onde os sujeitos permaneciam calmamente sentados durante 30min após exercício.

De forma a assegurar uma maior fiabilidade dos dados, todos os elementos da amostra foram informados da necessidade de não ingerirem álcool e/ou cafeína, nas 12h antecedentes ao período da recolha de dados e de não realizarem exercício físico nas 72 horas prévias às sessões de estudo. Foi-lhes pedido para registarem numa ficha elaborada para o efeito (ANEXO V), todos os dados sobre a sua ingestão alimentar nas 24 horas precedentes à terceira sessão de estudo, de forma a permitir a sua repetição integral na quarta sessão (Wilmore e Costil, 2001). A terceira e quarta sessão de estudo, de todos os elementos da amostra, foram realizadas, no mesmo horário entre as 17h e as 18h30 da tarde. Este horário foi selecionado mediante disponibilidade de todos os elementos da amostra.

2.3 Instrumentos e Medições

Massa Corporal

Para obter a massa corporal foi utilizada uma balança eletrónica (Tanita BF – 562, Yiewsley Middlesex, Reino Unido) onde os sujeitos da amostra, descalços e apenas de calções, se colocaram no centro da plataforma da balança e permaneceram imóveis

1

A realização do protocolo a)SS ou b)SI na terceira sessão foi selecionada de forma randomizada (o sujeito retirava sem ver, um papel indicando qual sessão realizaria na 3 sessão), sendo que o sujeito que na terceira sessão realizasse o protocolo a) na quarta sessão realizaria o protocolo b) e vice-versa.

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Cátia Anaísa Silva 8 até ao final da leitura. A massa corporal foi então expressa em Kg, com aproximação às décimas.

Estatura

Para medir a estatura, distância, em linha reta, entre o vértex (crânio) e o piso sobre o qual se apoiam os pés, foi utilizado um estadiómetro (Sanny ES 2030, São Paulo, Brasil). Os sujeitos tiveram de estar em posição anatómica, descalços e com os calcanhares juntos, o cóccix, a coluna dorsal e a parte occipital em contacto com o estadiómetro, e com a cabeça orientada segundo o plano de Frankfurt. A leitura foi feita após inspiração profunda e expressa em centímetros, com aproximação às décimas.

Gordura Corporal Estimada (%)

A estimação da percentagem de gordura corporal foi efectuada através da medição das pregas cutâneas de gordura sub-cutânea peitoral, abdominal e crural, com recurso a um adipómetro (Sanny AD1010, São Paulo, Brasil). Após determinação dos valores, a soma destes foi introduzida na Equação 1 utilizada para obter a densidade corporal segundo autores Jackson e Pollock e depois convertida em percentagem segundo a Equação 2 dos mesmos autores (Jackson & Pollock, 1978).

EQUAÇÃO 1- EQUAÇÃO PREDITIVA DA DENSIDADE CORPORAL PARA HOMENS (18-61 ANOS) / RAÇA BRANCA (JACKSON & POLLOCK, 1978)

D (G/CM3) = 1,109380 – 0,0008267 X ∑3P + 0,0000016 X ∑3P2 – 0,0002574 X IDADE

EQUAÇÃO 2 - EQUAÇÃO PREDITIVA DA PERCENTAGEM DE MASSA GORDA (JACKSON & POLLOCK, 1978)

%MG = [(4,95/Densidade) – 4,50] X 100

1RM

Para determinar a 1RM dos dois exercícios selecionados, foram efetuados os procedimentos apresentados por Kraemer & Fry (1995) sendo estes os seguintes: realização de uma ativação geral com cinco a dez repetições com uma carga entre 40 a 60% do máximo percetível; seguido de 1 minuto descanso, executar 3 a 5 repetições com uma carga de 60 a 80% do máximo percetível; após dois minutos de repouso, colocar, de uma forma conservadora, uma carga próxima da máxima percetível e tentar realizar uma repetição máxima; após esta carga ter sido ou não vencida,

(19)

Cátia Anaísa Silva 9 permitir um descanso de 5 minutos aumentando ou diminuindo, respetivamente, o valor da carga anterior. A carga máxima foi aquela que permitiu aos sujeitos da amostra executar apenas uma única repetição a uma cadência de 60 bpm, controlado através de um metrónomo (Korg, MA-30, USA) (Kramer & Fry, 1995). Este procedimento foi repetido, realizando-se o chamando teste de reprodutibilidade, após 72h, de forma a averiguar com mais precisão a 1RM. Os valores de 1RM e os protocolos foram executados sempre na mesma máquina de prensa de pernas (Panatta, Leg Press 45º with lever, Apiro, Italia).

Consumo de Oxigénio (VO2)

A medição dos indicadores respiratórios, foi efetuada através de um sistema de circuito aberto portátil, o espirómetro portátil K4b2 (COSMED® K4b2, Roma, Itália) e registados os valores do tempo, frequência respiratória, volume total, ventilação, consumo de oxigénio, produção de dióxido de carbono e frequência cardíaca (FC) (VO2, VCO2, VE e rácio VCO2/VO2). Os sujeitos usaram o espirómetro portátil logo

após a fase de aquecimento, imediatamente antes da fase ativa se iniciar e continuamente até aos primeiros 5min da fase de recuperação. Para os valores de VO2 em SS a duração foi de 4 minutos (20segundos de execução por cada série (1

minuto no total) mais 60segundos de intervalo entre séries (3minutos)) em SI foi de 8 minutos (20segundos de execução por série (2minutos no total) mais 60segundos de intervalo entre séries (6minutos)).

Frequência cardíaca

A Frequência Cardíaca (FC) foi monitorizada continuamente durante todas as sessões de estudo através do transmissor de frequência cardíaca (Polar Wireless Double Electrode, Kempele, Finlândia) colocado no peito dos sujeitos da amostra, devidamente ajustado às suas medidas antropométricas, e os valores foram registados continuamente pelo K4b2.

Pressão Arterial

A Pressão Arterial (PA) foi medida através de um esfigmomanómetro de mercúrio (Riester Ri-san®, Jungingen, Alemanha) e um estetoscópio de uma campana (SpainCare KT-118, Valencia, Espanha) pelo método auscultatório, sempre pelo mesmo avaliador com experiência. As medições realizaram-se: no fim da fase de repouso, isto é 30 min após os sujeitos chegarem ao local de realização do estudo, imediatamente após o fim de cada série e ao fim de 10, 20, e 30min da fase de recuperação, foram registados os valores de Pressão Arterial Sistólica (PAS) e de

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Cátia Anaísa Silva 10 Pressão Arterial Diastólica (PAD). Antes e após exercício, as medições eram realizadas com o sujeito sentado. Durante exercício as medições foram realizadas com os sujeitos posicionados na máquina de prensa de pernas na mesma posição com que realizaram o exercício mas com os pés colocados no chão. O braço dos sujeitos era colocado na lateral à altura da linha mamilar dos mesmos.

2.4 Tratamento Estatístico

A análise de todos os dados foi efetuada utilizando o software de tratamento e de análise estatística SPSS (Statistical Package for the Social Sciences, SPSS Science, Chicago, USA).

Para caracterizar os valores das diferentes variáveis em estudo foi efetuada uma análise exploratória de todos os dados, em termos de tendência central e dispersão. Realizou-se, posteriormente, uma observação gráfica com o objetivo de detetar a existência de outliers e possíveis introduções incorretas de dados de todas as variáveis. Foram calculadas, na análise estatística descritiva, as médias e os respetivos desvios padrão de cada variável. Para realizar uma análise estatística inferencial, foi necessário avaliar a normalidade da distribuição dos dados recolhidos através do teste de Shapiro-Wilks, para verificar a homogenidade realizou-se o teste de Levene e para verificar a esfericidade o teste de Mauchly. Para comparar o efeito entre sessões dos valores médios de consumo de oxigénio absoluto e relativo, frequência cardíaca e razão de troca respiratória, entre as duas sessões foi usado um t-test para medidas dependentes. Foi efetuado uma ANOVA para medidas repetidas com o modelo (2 sessões X 6 momentos) para os valores de pressão arterial sistólica e diastólica, com o post hoc de Bonferroni. O nível de significância foi P<0,05.

(21)

Cátia Anaísa Silva 11

3. Resultados

Consumo de O2

Na Tabela 3 estão os valores de média e desvio padrão, obtidos nos protocolos, simultâneo e separado, para as variáveis de VO2A, VO2R, R e FC, em exercício (4

minutos para SS e 8 minutos para SI). Comparando os dois protocolos, obtiveram-se valores de VO2A mais elevados para o protocolo simultâneo, (F=76,610; P˂0,001;

ƞp2=0,895) com um poder estatístico de 100%, os valores de VO2R foram igualmente

mais elevados no protocolo simultâneo, (F=65,833; P˂0,001; ƞp2= 0,880) com um

poder estatístico de 100%. Para os valores de R obtiveram-se valores mais elevados no protocolo separado, (F=6,170; P=0,035; ƞp2=0,407) com um poder estatístico 60%.

Verificando-se, igualmente, diferenças estatisticamente significativas nos valores de FC (F=6,348; P=0,033; ƞp2=0,414) com um poder estatístico de 61%, onde, os valores

registados no protocolo simultâneo foram mais elevados.

TABELA 3 - VALORES DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO DO VO2 ABSOLUTO, VO2 RELATIVO, R E DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM EXERCÍCIO

Legenda:

VO2A – Consumo de Oxigénio Absoluto, VO2R – Consumo de Oxigénio Relativo, R – VCO2/VO2;

FC – Frequência Cardíaca

Pressão Arterial

Como pode ser observado na Tabela 4, nos valores de PA obtidos na fase de repouso, não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois protocolos, simultâneo e separado, PAS 122,63 ± 11,94 vs 123,97 ± 9,12 mmHg; PAD 74,73 ± 6,01 vs 73,80 ± 5,74 mmHg, com uma correlação intra classe igual a 89% e 79%, respetivamente. Quando verificamos os valores médios totais de cada protocolo, em exercício, em relação à PAS, verificou-se que o protocolo simultâneo obteve valores mais baixos (119,4 ± 8,64 mmHg) que o separado (132,6 ± 5,93 mmHg) com uma

Protocolo VO2A L.min-1 VO2R mL.Kg-1.min-1 R FC bat.min-1 (SS) Simultâneo 1,58±0,06 20,91±0,42 1,30±0,01 145,93±5,62 (SI) Separado 1,23±0,06 16,38±0,55 1,39±0,04 131,75±6,74

(22)

Cátia Anaísa Silva 12 significância estatística de (F=8,182; P=0,036; ƞp2= 0,223), enquanto que na PAD não

foram observadas diferenças estatisticamente significativas (66,4 ± 4,12 mmHg vs 65,30 ± 5,87 mmHg).

TABELA 4 - VALORES MÉDIOS E RESPETIVOS DESVIOS PADRÃO PARA A PRESSÃO ARTERIAL

Momento PA Protocolo Simultâneo Separado Repouso PAS 122,63 ± 11,94 123,97 ± 9,12 PAD 74,73 ± 6,01 73,80 ± 5,73 Exercício PAS 119,40 ± 8,64 132,60 ± 5,93 PAD 66,40 ± 4,12 65,30 ± 5,87

Após última série PAS 117,40 ± 10,54 134,00 ± 7,42

PAD 64,00 ± 8,64 67,20 ± 6,68

Após 10min PAS 116,60 ± 10,54 123,60 ± 10,45

PAD 70,10 ± 7,03 70,00 ± 8,59

Após 20min PAS 117,20 ± 10,25 119,00 ± 8,39

PAD 69,40 ± 4,01 69,80 ± 8,61

Após 30min PAS 116,20 ± 10,35 119,40 ± 7,31

PAD 70,60 ± 4,33 70,40 ± 7,99 Legenda:

PAS – Pressão arterial sistólica; PAD – Pressão arterial diastólica;

Realizando uma comparação entre os momentos, relativamente à PAS, foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os momentos: exercício e após 20 min com P=0,031; e, exercício e após 30 min com P=0,028, tendo-se registado na fase de recuperação, após exercício, valores inferiores aos medidos na fase de repouso, pré-exercício (ver gráfico 1, relativamente ás médias marginais estimadas). Relativamente à PAD, foram observadas diferenças entre os momentos: pré-exercício e exercício P<0,001; pré-exercício e logo após a última série P=0,004; pré-exercício e após 20 min P=0,008; e, pré-exercício e após 30min P=0,037, observou-se igualmente que os valores registados na fase de recuperação foram inferiores aos obtidos na fase de repouso (ver gráfico 2, relativamente ás médias marginais estimadas).

Foi observado uma interação momento protocolo para a PAS (F=4,470; P=0,014; ƞp2=0,199).

(23)

Cátia Anaísa Silva 13

LEGENDA:

PRÉ – MOMENTO PRÉ EXERCÍCIO; EXERCÍCIO – MOMENTO EXERCÍCIO; LOGO APÓS – APÓS ÚLTIMA SÉRIE; 10 APÓS – APÓS 10 MIN DE REPOUSO; 20 APÓS – APÓS 20 MIN DE REPOUSO; 30

APÓS – APÓS 30 MIN DE REPOUSO

GRÁFICO 1 - MÉDIAS MARGINAIS ESTIMADAS PARA A PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA

LEGENDA:

PRÉ – MOMENTO PRÉ EXERCÍCIO; EXERCÍCIO – MOMENTO EXERCÍCIO; LOGO APÓS – APÓS ÚLTIMA SÉRIE; 10 APÓS – APÓS 10 MIN DE REPOUSO; 20 APÓS – APÓS 20 MIN DE REPOUSO; 30

APÓS – APÓS 30 MIN DE REPOUSO

(24)

Cátia Anaísa Silva 14

4. Discussão

Que seja do nosso conhecimento, o presente estudo é pioneiro, até à data, no que trata à observação do efeito no VO2 e na PA, provocado pela realização de dois

exercícios do treino de força em simultâneo.

Foi observado, no presente estudo, valores de VO2, durante exercício, mais elevados

para o protocolo simultâneo, 1,58±0,06 l.min-1 de VO2A (P<0,001) e 20,91±0,42 ml.Kg -1

.min-1 de VO2R (P<0,001). Os valores obtidos, no protocolo separado para o VO2A

(1,23±0,06 l.min-1) vão de encontro aos obtidos por Vilaça Alves, et al. (2012) para os exercícios de agachamento, supino horizontal, abdominais, prensa inclinada, puxada alta dorsal e extensões lombares 1,26±0,11 l.min-1 (Vilaça Alves, et al., 2012). Contudo, não podemos comparar estes dados com os resultados do presente estudo, uma vez que foram usados dois exercícios que envolvem grandes massas musculares (PP e SIH) e no estudo de Vilaça Alves, et al. (2012), foram usados, para além desses exercícios, que igualmente envolvem grandes massas musculares, exercícios que utilizam pequenos grupos musculares, diminuindo, assim, os valores médios de VO2

(Vilaça Alves, et al., 2012). Contudo, os nossos resultados são menores, em ambas formas de execução, quando comparados com os de Ballor, et al. (1989), que observou valores de 2,00±0,39, 1,98±0,29 e 1,93±0,29 l.min-1, com a utilização de um TF em circuito, em máquinas hidráulicas, com uma velocidade de execução alta, baixa e média, respetivamente (Ballor, Becque, & Katch, 1989). Este fato pode dever-se ao facto de o tempo de intervalo selecionado, entre os exercícios em circuito, usados no estudo de Ballor, et al. (1989), ser menor (30 segundos) que o do presente estudo (1 minuto). Indo ao encontro do que afirma Haltom, et al. (1999), que tempos de descanso mais curtos apresentam valores de VO2 mais altos (Haltom, et al., 1999).

Igualmente, Ballor, et al. (1989), utilizaram um tempo de filtragem, dos valores de O2,

de 1 minuto, enquanto no presente estudo, o tempo de filtragem utilizado foi de 10 segundos. O uso desta filtragem (10 segundos), parece-nos ser mais apropriada uma vez que se trata de análise de exercícios de TF, porque o tempo de duração do esforço, é menor, podendo-se perder valores quando usamos filtros superiores. Os filtros superiores parecem-nos mais indicados para exercícios contínuos e de longa duração. Também, foi usado no estudo de Ballor, et al. (1989), um espirómetro diferente do usado no presente estudo. O grau de erro do espirómetro usado no presente estudo, apresenta valores de erro de cerca de 1%, quando comparado com o Douglas Bag (gold-standard) e quanto ao usado no estudo de Ballor, et al. (1989), não encontramos, documentada, a margem de erro. Estas diferenças em termos

(25)

Cátia Anaísa Silva 15 metodológicos, podem ter influenciado os resultados divergentes entre o estudo de Ballor, et al. (1989), e o presente estudo.

Os resultados do protocolo simultâneo, no presente estudo, reforçam a necessidade da solicitação de uma maior massa muscular para a obtenção de valores de VO2

superiores, em menor intervalo de tempo. Igualmente, a intensidade do exercício tem um papel importante no aumento da energia despendida (Hunter, et al., 1998). Esta pode ser outra das explicações para o exercício simultâneo apresentar valores de VO2

superiores, visto que a percentagem da carga foi relativizada, para cada grupo muscular envolvido no exercício. Contudo, como já referirmos anteriormente, que seja do nosso conhecimento, a não existência de estudos que observem o VO2 na

execução de exercícios, onde intervêm os membros superiores e inferiores, executados de forma simultânea, torna difícil, poder afirmar com segurança que a relativização da carga para cada grupo muscular envolvido traduz um VO2 superior.

Será pertinente, em estudos futuros, efetuar essa comparação.

Em relação às respostas hemodinâmicas, os resultados da FC em exercício, encontrados no presente estudo, revelam a não existência de diferenças estatisticamente significativas entre os dois protocolos. Os sujeitos foram aconselhados previamente, para executarem uma técnica de respiração contínua. Sabe-se que a utilização da técnica de respiração continua e/ou da técnica de suspensão da ventilação, Manobra de Valsalva (durante a fase excêntrica dos movimentos), não influencia as respostas da FC e da PA dos exercícios a intensidades como as do nosso estudo (Lepley & Hatzel, 2010). Contudo, MacDougall, et al. (1985) encontraram evidência que, para intensidades maximais e sub-maximais esta premissa é errónea no que respeita a PA, indicando que a Manobra de Valsalva induz um aumento na PA (MacDougall, Tuxen, Sale, & Moroz, 1985).

Em relação à PA, as adaptações inerentes à prática de exercício físico aeróbio, estão sobejamente retratadas na literatura (Fagard, 2001; Brum, Forjaz, Tinucci, & Negrão, 2004; Ignarro, Balestrieri, & Napoli, 2007). Contudo, em relação ao TF a literatura ainda não é consensual (Hurley, et al., 1984; MacDougall, Tuxen, Sale, & Moroz, 1985; Melanson, et al., 2005).

No presente estudo, foram observadas diferenças, significativas, na PAS em exercício entre os protocolos, tendo sido observados menores valores de PAS (p=0,036) para o protocolo simultâneo. Este protocolo envolveu maior massa muscular ativa por série. Contudo, no que diz respeito à influência do tamanho da massa muscular envolvida no

(26)

Cátia Anaísa Silva 16 exercício, na resposta da PA ao mesmo, a literatura ainda não é consensual. Welton, et al. (2007) no seu estudo onde usaram 2 exercícios unilaterais, extensão de perna e curl de bicípite, afirmam que o tamanho da massa muscular envolvida não influencia as respostas cardiovasculares agudas em normotensos, para valores equivalentes de intervalo, volume e intensidade do treino (Welton, Daltro, Simão, Polito, & Monteiro, 2007). Por sua vez, MacDougall, et al. (1985) afirmam que a massa muscular solicitada, devido ao aumento das resistências vasculares periféricas, vai ter uma influência direta no aumento da pressão arterial (MacDougall, Tuxen, Sale, & Moroz, 1985). Já Brum, et al. (2004) defende que os exercícios dinâmicos estimulam a produção de metabolitos que promovem vasodilatação na musculatura ativa gerando assim redução das resistências vasculares periféricas (Brum, Forjaz, Tinucci, & Negrão, 2004). Tendo em consideração estes estudos, havendo maior quantidade de massa muscular ativa há redução das resistências vasculares periféricas induzindo uma menor PA, o que vai de encontro com os resultados obtidos no presente estudo para SS.

Quanto aos valores de PAD não foram observadas diferenças entre protocolos utilizados. Embora o método utilizado para auferir a PA, no presente estudo, pode subestimar a PAD (Welton, Daltro, Simão, Polito, & Monteiro, 2007), sendo o método Gold-Standard para medição da PA o cateterismo braquial. Contudo, este método, quando aplicado no TF, é extremamente desconfortável, invasivo e com pouca aplicabilidade, pois inviabilizaria a utilização de ambos os braços na realização do SIH, uma vez que um deles estaria a ser usado para a medição da PA. Embora, o método de aferição da PA foi o mesmo nas duas sessões do presente estudo. Logo, o grau de erro manteve-se, sendo usado o método auscultatório com esfigmomanómetro de mercúrio, que apresenta alta associação com o método de fotoplastimografia (Finapress), considerado o melhor método indireto para aferição da PA (Polito & Farinatti, 2003; Polito M. , Farinatti, Lira, & Nobrega, 2007).

Os resultados da PA para o protocolo separado deste estudo, vão de encontro com alguns estudos da literatura, que afirmam a existência de uma elevação da pressão arterial em exercício durante o TF, quer quando este é praticado por sedentários, por praticantes de musculação ou até por praticantes de outras modalidades (Roltsh, Mendez, Wilund, & Hagberg, 2001; MacDougall, Tuxen, Sale, & Moroz, 1985). Contudo os resultados encontrados durante o protocolo simultâneo não corroboram com esta premissa. Fleck e Dean (1987) defendem que as vivências anteriores de TF vêm provocar uma redução na resposta pressora induzida pelos exercícios dinâmicos

(27)

Cátia Anaísa Silva 17 de resistência (Fleck & Dean, 1987), esta poderá ser uma explicação para os resultados do protocolo simultâneo, mas não ampara os resultados do protocolo separado.

Trinta minutos após exercício, os valores de PA observados, revelaram-se mais baixos que os valores de repouso, sendo os do protocolo simultâneo os mais baixos, ainda que sem diferenças estatisticamente significativas. Estes resultados corroboram com a literatura, sabendo-se que este fenómeno hemodinâmico acontece inclusive, em indivíduos hipertensos controlados por medicação (Hurley, et al., 1984; Fagard, 2001; MacDougall, Tuxen, Sale, & Moroz, 1985; Melanson, et al., 2005; Mediano, Paravidino, Simão, Pontes, & Polito, 2005). A duração deste efeito hipotensivo ainda não é consensual na literatura. Há autores que defendem que estas reduções da PA têm curta duração, havendo evidência que esta redução não persiste nas 24h seguintes (Roltsh, Mendez, Wilund, & Hagberg, 2001). Sabe-se ainda que a postura do individuo durante a recolha de dados influencia a PA. Entre a posição de supino e sentado, sabe-se que sentado está relacionado com uma maior hipotensão (Farinatti, Nakamura, & Polito, 2009).

(28)

Cátia Anaísa Silva 18

5. Conclusão

Tendo como base os resultados do presente estudo, podemos concluir que a execução simultânea dos dois exercícios de TF utilizados provoca um maior VO2,

durante o exercício, por unidade de tempo, quando comparado com a sua execução separada. Igualmente, a PAS é menor durante, logo após, 10 minutos e 20 minutos após.

Desta forma, a execução simultânea de exercícios de TF, com as características utilizadas no presente estudo, parece proporcionar uma nova possibilidade, na prescrição do TF, para a prevenção e tratamento da obesidade. Os valores de PAS, igualmente, parecem indicar a possível execução deste tipo de metodologia de realização de exercícios em hipertensos. Embora, para chegar a esta conclusão seja necessário realizar em indivíduos com esta patologia.

Igualmente, a realização simultânea de dois exercícios, nas planificações do TF, poderá ser uma forma, desafiante para quebrar a “monotonia” da rotina de treino e ir de encontro às necessidades da vida “moderna”, onde o tempo para efetuar exercício físico é menor.

(29)

Cátia Anaísa Silva 19

6. Limitações e Propostas

O presente estudo, foi aplicado durante a realização de dois exercícios. Será interessante verificar o comportamento das mesmas variáveis e das respostas hormonais agudas durante uma sessão de treino com mais exercícios.

Verificar o comportamento das variáveis observadas neste estudo em estudos com relativização e sem relativização da carga para os diferentes grupos musculares envolvidos.

Seria, igualmente, pertinente a observação da execução desta metodologia em indivíduos hipertensos.

(30)

Cátia Anaísa Silva 20

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(34)

Cátia Anaísa Silva 24

8. Anexos

(35)

Cátia Anaísa Silva 25 ANEXO I – Anamnese

Este questionário individual tem o objectivo de obter dados, para confirmar os diversos pressupostos de realização do estudo. Neste questionário haverá um conjunto de perguntas relativas: ao nome; data de nascimento; raça; alterações ou não de peso nos últimos 6 meses; uso de medicamentos; consumo de cafeína; se fuma; se realiza exercício físico; que tipo de exercício físico realiza; há quanto tempo realiza exercício físico; qual e a frequência semanal da prática de exercício físico.

ANAMNESE

Nº __ __ __

Nome - _____________________________________________________

Data de nascimento - ____/____/_____ Peso Corporal: ________(Kg)

Estatura: ______(cm) % Gordura corporal: _______

1. Houve alterações de peso corporal significativas (>2kg) nos últimos 6 meses?

Sim __ Não __

2. Se houve de quanto? _______

3. Usa medicamentos usualmente? Sim __ Não __

4. Quais os tipos de medicamentos? ________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

5. Fuma? Sim ___ Não ___

6. Realiza exercício físico? Sim __ Não ___

7. Se respondeu afirmativamente à questão anterior, responda qual é/são o(s)

exercício(s) físico(s) praticados, a frequência semanal que o(s) pratica e há quanto

tempo pratica essa(s) actividade(s)?

_________________________________________________________________

_______________________________________________________

8. Bebe café? Sim ___ Não ___

Vila Real, ____ de ____________ de 201_

______________________________ ________________________________ Assinatura do Participante Assinatura do Examinador

(36)

Cátia Anaísa Silva 26 ANEXO II – ParQ-test

O ParQ-test (ACSM, 2007) é composto por 7 perguntas de cariz individual. Cada indivíduo tem duas opções de resposta (Sim e Não). Se o indivíduo responder afirmativamente a uma das questões não poderá ser incluído no estudo. As questões são as seguintes:

1- Alguma vez, algum médico o informou que tem um problema cardíaco e que só poderia efectuar alguma actividade física após recomendação médica?

Sim Não

2- Sente alguma dor no peito quando esta a fazer alguma actividade física?

Sim Não

3- No mês passado, teve alguma dor no peito quando não estava a fazer actividade física?

Sim Não

4- Alguma vez perdeu o equilíbrio por causa de uma tontura ou alguma vez ficou inconsciente?

Sim Não

5- Tem algum problema ósseo ou articular que pode piorar com a alteração do tipo da sua actividade física?

Sim Não

6- Frequentemente o seu médico receita-lhe medicamentos para a pressão arterial ou para problemas cardíacos?

Sim Não

7- Você sabe de mais alguma razão pela qual não deva realizar actividade física?

(37)

Cátia Anaísa Silva 27 ANEXO III – Consentimento Informado

Consentimento Informado

1. Introdução

- No âmbito da minha participação nas recolhas de dados para a elaboração de um estudo de mestrado fui informado dos objectivos e de como serão recolhidos os referidos dados.

- A minha participação incluirá a realização de avaliações de composição corporal e a execução de exercícios do treino de força.

2. Explicação dos testes

- Fui informado que para avaliação da minha composição corporal serão realizadas medições de estatura, da massa corporal e medição de pregas adiposas para estimação da minha massa gorda e que estes dados ser-me-ão fornecidos pelos investigadores.

- Compreendo a necessidade de respeitar os horários para recolha de dados propostos pelos investigadores. - Compreendo a necessidade da utilização de um aparelho portátil de avaliação de trocas respiratórias e da fita transmissora da frequência cardíaca, durante execução dos exercícios propostos pelos investigadores.

3. Explicação dos riscos e desconfortos associados bem como dos benefícios associados à realização dos testes

- Fui informado acerca de todos os possíveis riscos e desconfortos bem como os possíveis benefícios associados à minha participação neste estudo.

4. Proporcionar aos participantes a possibilidade de esclarecerem possíveis dúvidas

- Quaisquer questões que eu tenha no que diz respeito ao estudo ou à minha participação no mesmo serão respondidas antes ou depois do meu consentimento, pelo investigador responsável.

- Eu percebo que em caso de lesão, se tiver alguma questão acerca dos meus direitos como participante neste estudo, ou se sentir que fui colocado em risco, posso contactar o investigador responsável pelo estudo.

5. Participação voluntária e possibilidade de abandono do estudo

- Eu li toda a informação supracitada. A natureza, exigência, riscos e benefícios do estudo foram-me explicados. - Eu assumo os riscos envolvidos e entendo que posso retirar o meu consentimento e parar a minha participação em qualquer momento sem qualquer prejuízo para mim.

6. Assinatura do formulário pelo participante

- Ao assinar este formulário de consentimento, eu não estou a renunciar a quaisquer direitos legais, reclamações ou remédios. Uma cópia deste formulário ser-me-á fornecida.

__________________________________________

7. Assinatura do formulário pelo responsável do programa

- Eu certifico que expliquei ao senhor supracitado a natureza, objectivo, potenciais benefícios e possíveis riscos associados há participação neste programa, respondi a todas as questões que foram colocadas, e testemunhei a assinatura acima realizada.

- Eu providenciei uma cópia deste formulário ao indivíduo participante no estudo.

__________________________________________

(38)

Cátia Anaísa Silva 28 ANEXO IV – Folha de dados

FOLHA DE REGISTO DAS AVALIAÇÕES

Nº __ __ hora: _ _: _ _

Nome: ________________________________________________

Medidas composição corporal

Massa corporal: _ _ _, _ Kg Estatura: _ _ _, _ cm IMC: _ _ Kg/m2 Prega Peitoral: _ _ _ mm Prega Abdominal: _ _ _ mm Prega Crural: _ _ _ mm

% massa gorda estimada: _ _ %

Observações: ____________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________

(39)

Cátia Anaísa Silva 29 ANEXO V – Ficha de Registo Alimentar

Ficha de Registo Alimentar

N.o - _ _ Nome -______________________________________________________ Descrição Porção Pequeno-almoço Meio da Manhã Almoço Lanche Jantar Deitar ________________________________________ _ _/ _ _/ 201_ Assinatura do Participante Data

Imagem

TABELA 1 - VALORES DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO DA IDADE, MASSA CORPORAL, ESTATURA  E % DE MASSA GORDA ESTIMADA DA AMOSTRA
TABELA 2 - VALORES DO TESTE E RE-TESTE DE 1RM.
TABELA 3 - VALORES DE MÉDIA E DESVIO PADRÃO DO VO 2  ABSOLUTO, VO 2  RELATIVO, R E DA  FREQUÊNCIA CARDÍACA EM EXERCÍCIO
TABELA 4 - VALORES MÉDIOS E RESPETIVOS DESVIOS PADRÃO PARA A PRESSÃO ARTERIAL
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Referências

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