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Implementação do uso da bola suiça durante o trabalho de parto na Maternidade Araken Irerê Pinto

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE SAÚDE DA UFRN

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA – REDE CEGONHA III

CRISTIANE MEIRICE MARQUES DA SILVA

IMPLEMENTAÇÃO DO USO DA BOLA SUÍÇA DURANTE O TRABALHO DE PARTO NA MATERNIDADE ARAKEN IRERÊ PINTO

NATAL 2019

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CRISTIANE MEIRICE MARQUES DA SILVA

IMPLEMENTAÇÃO DO USO DA BOLA SUÍÇA DURANTE TRABALHO DE PARTO NA MATERNIDADE ARAKEN IRERÊ PINTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica – Rede Cegonha III, da Escola de Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção de título de especialista.

Orientadora: Profa. Dra. Ana Cristina Araújo de Andrade Galvão.

NATAL 2019

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CRISTIANE MEIRICE MARQUES DA SILVA

IMPLEMENTAÇÃO DO USO DA BOLA SUÍÇA DURANTE TRABALHO DE PARTO NA MATERNIDADE ARAKEN IRERÊ PINTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica – Rede Cegonha III, da Escola de Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção de título de especialista.

Aprovada em: 27 de Maio de 2019.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________ Profa. Dra. Ana Cristina Araújo de Andrade Galvão

Orientadora

______________________________________________ Prof. Dr. Flávio César Bezerra da Silva

Membro da banca

______________________________________________ Profa. Dra. Juliana Teixeira Jales Menescal Pinto

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DEDICATÓRIA

Agradeço a Deus por mais esta realização.

Dedico a minha família e a Professora Ana Cristina por toda a colaboração e paciência durante o desenvolvimento deste trabalho.

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RESUMO

Trata-se de uma intervenção em curso que tem como objetivo implementar o uso da bola suíça durante o trabalho de parto na Maternidade Araken Irerê Pinto. Esse método não farmacológico de alívio da dor tem sido frequentemente utilizado na assistência ao parto pela equipe multiprofissional que assiste parturientes em trabalho de parto, porém ainda é necessário maior conhecimento sobre a utilização desta tecnologia. Diante disso, foi realizada capacitação da equipe multiprofissional em serviço e construído um Protocolo Operacional Padrão com o objetivo de esclarecer as indicações e a forma correta do uso da bola suíça. A meta foi capacitar 100% da equipe multiprofissional, porém até o momento foram capacitados, 63% dos profissionais de enfermagem, 40% dos assistentes sociais e 25% dos nutricionistas. Ressalta-se que não houve a participação dos médicos obstetras. Apesar da meta estabelecida para a capacitação não ter sido alcançada, a estratégia de atividade educativa em serviço com a equipe multiprofissional se mostrou de grande valia, uma vez que permitiu o diálogo dos participantes sobre o partejar e ampliou a capacidade de análise crítica dos envolvidos, pactuando compromissos e melhorando, assim, a assistência ao parto na MAIP. As ações estratégicas realizadas nessa intervenção são passíveis de continuidade e deverão perpassar por todos os envolvidos na assistência com vistas ao fortalecimento das boas práticas.

Descritores: Trabalho de Parto. Manejo da Dor. Equipe multiprofissional. Enfermagem Obstétrica.

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ABSTRACT

This is an ongoing intervention that aims to implement the use of the Swiss ball during labor at the Araken Irerê Pinto Maternity. This non-pharmacological method of pain relief has often been used in childbirth care by multiprofessional staff assisting parturients in labor, but greater knowledge about the use of this technology is still needed. In view of this, training of the multiprofessional team in service was carried out and a Standard Operational Protocol was constructed with the purpose of clarifying the indications and the correct way of using the Swiss ball. The goal was to train 100% of the multiprofessional team, however, up to the moment they were trained, 63% of nursing professionals, 40% of social workers and 25% of nutritionists. It should be emphasized that there was no participation of obstetricians. Although the established training goal was not reached, the strategy of educational activity in service with the multiprofessional team proved to be of great value, since it allowed the participants' dialogue about the party and extended the capacity for critical analysis of those involved, agreeing on commitments and thus improving childbirth care in the MAIP. The strategic actions carried out in this intervention are subject to continuity and should be shared by all those involved in the assistance with a view to strengthening good practices

Descriptors: Labor. Obstetric. Delivery of Pain. Multiprofessional team. Obstetric Nursing.

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LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Uso correto da bola suíça ... 18

Figura 2 – Movimentos de rotação e propulsão ... 20

Figura 3 – Posição que pode ser realizada durante o TP ... 20

Figura 4 – Posição de conforto durante as contrações ... 21

Figura 5 – Posição que proporciona diminuição da dor lombar, relaxa e auxilia a rotação fetal ... 21

Quadro 1 – Estratégias metodológicas e metas desenvolvidas ao longo da especialização ... 27

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AB Atenção Básica

ACTH O hormônio adrenocorticotrófico BPO Boas Práticas Obstétricas

CEEO Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica ENT Eletroestimulação nervosa transcutânea

MAIP Maternidade Araken Irerê Pinto MEJC Maternidade Escola Januário Cicco

MNFAD Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor MS Ministério da Saúde

OMS Organização Mundial da Saúde POP Protocolo Operacional Padrão PPP Pré-parto-Parto-Pós-parto PVC Policloreto de Vinila RC Rede Cegonha RN Recém Nascido

SUS Sistema Único de Saúde TP Trabalho de Parto

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 10 2 OBJETIVOS ... 14 2.1 Objetivo geral ... 14 2.2 Objetivos específicos ... 14 3 REVISÃO DE LITERATURA ... 15

3.1 Trabalho de parto: principais conceitos ... 15

3.2 Métodos não invasivos e não farmacológicos no alívio da dor no TP... 16

3.3 Utilização da bola suíça no TP ... 17

4 METODOLOGIA ... 22

4.1 Cenário da intervenção ... 22

4.2 Público-alvo ... 23

4.3 Metas ... 24

4.4 Fases da implementação da intervenção ... 24

4.4.1 Diagnóstico situacional da MAIP ... 24

4.4.2 Sensibilização da gestão, gerência de enfermagem e equipe multiprofissional ... 25

4.4.3 Capacitação da equipe multiprofissional e elaboração do POP ... 25

4.5 Estratégias metodológicas ... 26

5 MONITORAMENTO DA INTERVENÇÃO ... 28

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 29

7 FOCOS DE ANÁLISE DO PROCESSO DE FORMAÇÃO-INTERVENÇÃO ... 30

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 32

REFERÊNCIAS ... 34

APÊNDICE A – PLANO DE ENSINO PARA CAPACITAÇÃO SOBRE USO DA BOLA SUÍCA NO TRABALHO DE PARTO NA MATERNIDADE ARAKEN IRERÊ ... 37

APÊNDICE B – FOTOS DA SENSIBILIZAÇÃO ... 38

APÊNDICE C – FOTOS DO CENÁRIO DA INTERVENÇÃO ... 39

APÊNDICE D – PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO (POP) ... 40

APÊNDICE E – PRÉ - TESTE E PÓS -TESTE ... 43

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1 INTRODUÇÃO

Nos primórdios da humanidade, o parto ocorria no ambiente domiciliar mediante ação de parteiras ou comadres. Essas pessoas eram consideradas de confiança das gestantes e conhecidas na comunidade pela experiência na atividade de partejar. Este cuidado era garantido durante o trabalho de parto (TP), parto e puerpério, com um olhar integral que contemplava a mulher e todos aqueles que faziam parte do contexto familiar (BRENES, 1991).

O nascimento caracteriza-se como um processo natural, fisiológico, envolvendo fatores biológicos, psicológicos e socioculturais. No entanto, pela necessidade de intervenção em alguns casos, o parto começou a ser visto como um evento perigoso sendo, de suma importância, a presença do médico. Apartir daí houve o favorecimento do modelo intervencionista e o parto foi institucionalizado (FERREIRA; MACHADO; MESQUITA, 2014; ALMEIDA; ACOSTA; PINHAL, 2015).

No Brasil, apartir do século XX, o parto passou a ser realizado em ambiente hospitalar reconhecido pelos profissionais como um processo patológico. Associado a isso, foram incorporadas práticas intervencionistas, no que refere ao cenário do parto, como: a rotina de jejum, isolamento da parturiente no pré-parto sem a presença do acompanhante, ausência de liberdade para caminhar e intervenções desnecessárias como o uso de ocitocina, enema, tricotomia, manobra de kristeler e episiotomia, culminando com a cesárea (SANTOS; MELO; CRUZ, 2015).

Autores advertem que, essa forma de assistência, pode perturbar e inibir o processo natural e fisiológico do parto, transformando-se em uma experiência marcada pela dor e impotência da mulher (SANTOS; MELO; CRUZ, 2015).

Em virtude do uso discriminado das intervenções, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere mudanças na assistência ao parto hospitalar e propõe a modificações de rotinas consideradas desnecessárias, causadoras de risco. A proposta da OMS não é extinguir essas intervenções, mas reduzí-las às situações de necessidade comprovada, sabendo do malefício já evidenciado por estas práticas (NARCHI; CRUZ; GONÇALVES, 2013).

Através da necessidade de mudanças no modelo de assistência ao parto hospitalar baseada nas Boas Práticas Obstétricas (BPO), a OMS lança um Guia Prático: Assistência ao Parto Normal, que foi criado em 1996, contituido por conceitos referentes ao parto normal e humanização do parto, além de citar todos

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os cuidados necessários às parturientes durante o TP. Neste documento, as práticas utilizadas na assistência ao parto normal foram classificadas em quatro categorias, que estão descritas a seguir:

● Categoria A – práticas úteis e que devem ser estimuladas;

● Categoria B – ações prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas;

● Categoria C – práticas que não se relacionam a evidências científicas suficientes para apoiar uma recomendação clara. Dessa forma, devem ser utilizadas com cautela, até que mais pesquisas esclareçam a questão;

● Categoria D – ações frequentemente utilizadas de modo inadequado (OMS, 1996).

As recomendações da OMS relacionadas as BPO que estão incluídas na categoria A são: privacidade no local do parto; presença de acompanhante; oferta de líquidos por via oral; uso do partograma para o monitoramento do progresso do parto; liberdade de posição, movimento e estímulo a posições não supinas; contato pele-a-pele direto precoce entre mãe e filho, início da amamentação na primeira hora de vida e o uso de Métodos Não Invasivos e Não Farmacológicos no Alívio da Dor (MNFAD) (OMS, 1996).

Na perspectiva de melhorar a assistência materna e reduzir os índices de mortalidade materna e neonatal, o Ministério da Saúde (MS), instituiu no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede Cegonha (RC), através da Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011, cujos alguns dos objetivos são assegurar à mulher o direito à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, pela adoção e o compromisso com as práticas de atenção à saúde baseadas em evidências científicas, ou seja, pela garantia das boas práticas e de segurança na atenção ao parto e nascimento (BRASIL, 2011).

A utilização de MNFAD no TP,que incluem, o suporte contínuo, a mobilidade materna, a deambulação, os exercícios respiratórios, a massoterapia, a bola suíça, o banho de imersão e de chuveiro, a Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (ENT), técnicas de relaxamento, dentre outros, objetivam resgatar o processo fisiológico de parir e promovre benefícios tanto para a instituição quanto para a parturiente (GALLO et al., 2011).

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Assim, o MNFAD além de melhorar os resultados obstétricos, quando aplicados durante o TP, diminuem o desconforto provocado pelas contrações uterinas, o uso de fármacos, aumentam a satisfação materna, proporcionando sua participação ativa e de seu companheiro durante esse processo (OLIVEIRA; BONILHA; TELLES, 2012; VIGGIANO; MORREIRA; AMARAL , 2013).

Dentre os MNFAD, a utilização da bola suíça, deve ser encorajada durante o TP para o alívio das tensões nervosas, promoção de uma boa postura, estabilização e relaxamento pélvico, afim de favorecer diminuição do uso de fármacos. Somado a isso, esse método também auxilia na adoção de posturas verticais, nos movimentos coordenados da pelve materna, favorece a progressão da dilatação e a descida da apresentação fetal, assim como serve de suporte a outros métodos (OMS, 1996; GALLO et al., 2011; SILVA et al., 2011).

Em estudo realizado com parturientes e enfermeiras acerca do uso da bola da suíça, todas relataram que esse método contribuiu para o alívio da dor e evolução do TP (OLIVEIRA; BONILHA; TELLES, 2012). Isso também pode ser observado no estudo de revisão integrativa realizado por Santana (2016), que constatou a diminuição do tempo de TP e alívio da dor como os benefícios da bola suíça.

Nesse sentido, a ampla utilização dos MNFAD pela equipe multiprofissional durante o TP é fundamental para a realização de uma assistência humanizada e de qualidade em prol do bem-estar da mãe e do bebê, tornando o parto o mais natural possível (NOGUEIRA et al., 2017).

Sendo assim, faz-se necessário uma maior sensibilização dos profissionais que atuam na área obstétrica quanto à assistência à mulher no processo parturitivo de forma individualizada e integral, especialmente quanto à implementação dos MNFAD (LEHUGEUR; STRAPASSON; FRONZA, 2017).

A equipe de enfermagem que assiste diretamente as parturientes durante 24 horas ininterruptas, tem papel primordial na aplicação dos MNFAD para o alívio da dor, tornando o parto humanizado e fornecendo à mulher oportunidade de ter um olhar positivo deste momento, que é a chegada do filho (ALMEIDA; ACOSTA; PINHAL, 2015).

Sendo assim, após realizar o diagnóstico situacional na Maternidade Araken Irerê Pinto (MAIP) e constatar que apesar da disponibilidade da bola suíça nesse serviço, percebeu-se que alguns profissionais a utilizavam de forma empírica, outros desconheciam e/ ou não estavam sensibilizados quanto a importância deste

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método para a assistência as parturientes em TP. Além disso, inexistia consenso na indicação do uso da bola suíça durante o TP.

Diante desta problemática, esta intervenção tornou-se relevante uma vez que contribuiu com a sensibilização, capacitação da equipe multiprofissional e construção de um Protocolo Operacional Padrão (POP) a fim de esclarecer as indicações e a forma correta do uso da bola suíça durante o TP com o intuito de melhorar a assistência as parturientes na MAIP.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

 Implementar o uso da bola suíça durante o TP na MAIP. 2.2 Objetivos específicos

 Sensibilizar o gestor da MAIP para implementação do uso da bola suíça durante o TP;

 Sensibilizar e capacitar a equipe multiprofissional que atua na assistência ao parto para o uso da bola suíça;

 Elaborar um POP sobre o uso da bola suíça no TP;

 Monitorar a aplicabilidade da bola suíça pela equipe multiprofissional durante o TP.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Trabalho de parto: principais conceitos

O TP trata-se de um fenômeno natural, fisiológico que marca uma mudança profunda afetiva entre mãe e filho, no entanto, é um procedimento comumente vivenciado pela mulher com sentimentos de isolamento, medo, angústia e dor (MAFETONI; SHIMO, 2014). Esse período divide-se nas seguintes etapas: dilatação, expulsão e secundamento.

A fase de dilatação, inicia-se com as contrações uterinas mais efetivas e finaliza quando a cérvice atinge a dilatação total. O momento de expulsão, denominado de segundo período, compreende do início da dilatação total até a saída do feto. Já o secundamento também conhecido como dequitação ou deslivramento, trata-se do terceiro período do parto e caracteriza-se pela expulsão ou desprendimento da placenta (REZENDE, 2011).

Ressalta-se ainda que, em geral, em primíparas, o período de TP normal é de aproximadamente 20 horas, ao passo que em multíparas tem duração média de 14 horas. O período de expulsão ocorre entre 20 a 50 min. Ademais, ainda conforme o autor anteriormente citado, o TP torna-se doloroso em decorrência da dilatação do colo uterino e de outros fatores associados como: contração e distensão das fibras uterinas; tração de anexos e peritônio; distensão do canal vaginal; pressão nas estruras pélvicas, na uretra, na bexiga e sobre as raízes do plexo lombo-sacro.

No tocante às características individuais de cada mulher, Barbieri et al. (2013) também ressaltam que outros aspectos influenciam o surgimento da dor durante o TP como as experiências psicológicas, fatores culturais, étnicos, sociais e ambientais. Por outro lado, acompanhando a dor do TP são diversas as alterações fisiológicas, sendo possível destacar o aumento de cerca de 40% do consumo de oxigênio, que leva alcalose respiratória que pode ocasionar hipoxemia fetal (BRASIL, 2001; BALASKAS, 2008).

Achados científicos também evidenciaram que o TP promove na parturiente, um progressivo aumento do débito cardíaco, nos níveis de adrenalina, noradrenalina, cortisol, do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), além de acidose metabólica materna progressiva. Estas alterações reforçam a necessidade de reduzir a percepção dolorosa como também a ansiedade materna, pela

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potencialidade iatrogênica, causando prejuízos ao feto e afetando a progressão fisiológica do processo parturitivo (BRASIL, 2001; BALASKAS, 2008).

Dessa forma, apesar da dor ser um obstáculo durante o TP, é importante que a mulher esteja preparada e consciente da necessidade de manter-se calma, para que essa vivência ocorra de forma positiva para a mesma e seus familiares, sendo fundamental nesse momento a adoção de MNFAD (BUSANELLO et al., 2011).

3.2 Métodos não invasivos e não farmacológicos no alívio da dor no TP

A OMS recomenda o uso dos MNFAD, uma vez que trazem benefícios para a maioria das mulheres durante o TP e ainda classifica como “condutas que são claramente utéis e que deveriam ser encorajadas (OMS, 1996). Dentre elas, destacam-se a acupuntura, ENT, deambulação, musicoterapia, massagens corporais, banhos (de chuveiro ou de imersão), técnicas de respiração e de relaxamento, utilização da bola suíça e do cavalinho, mobilidade materna e aromaterapia etc (MEDEIROS et al., 2015).

Os MNFAD devem ser utilizados durante o TP e parto por serem métodos seguros, menos invasivos e sem efeitos adversos, além de promover o aumento da tolerância à dor (BARBIERI et al., 2013). Este métodos são atrativos pela sua simplicidade e por garantir à parturiente participação ativa durante todo o processo do nascimento.

O uso dos MNFAD oferece benefícios pelo baixo custo e efetividade no alívio da dor, proporcionando as parturientes uma maior tolerância à dor e ao desconforto na hora do parto (NOGUEIRA et al., 2017). As orientações acerca da utilização dessa tecnologia a mulher e/ou ao casal podem ser feitos pela enfermeira(o) ou pela equipe multiprofissional, concomitantes às consultas de pré-natal ou durante o TP e parto (MEDEIROS et al., 2015). Esse esclarecimento permite que a parturiente tenha autonomia e participação durante o parto e nascimento do concepto, aliviando sua dor e evitando os possíveis efeitos colaterais que podem ocorrer durante o parto (GALLO et al., 2011).

No entanto, para que a utilização dos MNFAD ocorra de forma sistemática, se faz necessário a utilização de um protocolo assistencial para cada fase do parto. Quando a dilatação estiver entre 3 à 5 cm, indica-se a utilização do chuveiro, a mudança de postura com banqueta ou bola, ENT, a deambulação e a massagem.

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No momento que a parturiente apresentar 6 a 7 cm de dilatação, realiza-se a massagem, o banho de chuveiro ou de imersão, mudança de postura com bola suíça e banqueta, exercícios respiratórios, relaxamento; e ao ser identificado uma dilatação entre 8 a 10 cm, orienta-se o banho de imersão, a mudança de postura com banqueta ou bola, exercícios respiratórios e relaxamento (GALLO et al., 2011).

No estudo de revisão narrativa de periódicos nacionais e internacionais de Coelho, Rocha e Lima (2018), constatou que além do alívio da dor no TP, os MNFAD promovem relaxamento das gestantes, reduz a ansiedade, aumenta o vínculo entre a gestante e seu acompanhante, reduz o risco desnecessário aos fármacos e seus efeitos colaterais.

3.3 Utilização da bola suíça no TP

A “Bola Suíça” é também conhecida como bola obstétrica ou bola do nascimento, bola bobath, gymball, birthball, fitball, ballness, pranaball, pezziball, stabilityballs, exercise balls, physio-balls, entre outros termos. Afim de uniformizar os termos vamos chamá-la de bola suíça (CARRIERE, 1999).

No contexto brasileiro, a bola suíça tem sido utilizada nos centros de parto normal e maternidades como o objetivo de ajudar a mulher a dar à luz mais naturalmente, e contribuir com o alívio da dor durante as contrações (BRAZ et al., 2014).

Atualmente, a fabricação da bola suíça ocorre em Policloreto de Vinila (PVC) elástico e com diâmetros variados, pois a indicação varia de acordo com as medidas corporais de quem vai utilizá-la. Esse instrumento em geral é constituídos de plástico rígido impermeável e resistentes à temperatura (CARRIÈRE, 1999; PEREZ, 2000).

Os tamanhos da bola também oscilam conforme o fabricante. De acordo com alguns deles podem ser encontradas nos tamanhos: pequeno (45 e 55 cm de diâmetro), médio (65 cm de diâmetro) e grande (75 cm e 85 cm ou mais de diâmetro). Segundo Jakubek (2007), o tamanho da bola pode variar entre 45 cm e 1,20 m de diâmetro, com variações de 10 cm entre um tamanho e outro.

Assim, deve-se levar em consideração a estrutura física da parturiente, considerando o tamanho do tronco e das pernas. Sendo assim, no momento em que a usuária é mantida em posição sentada, seus membros inferiores deverão estar flexionados formando um ângulo de 90° graus. Além disso, a permanência da coxa

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em posição paralela ao chão é outra forma de verificar se o tamanho da bola está adequado para a parturiente (Figura 1).

Figura 1 – Uso correto da bola suíça

Fonte: Silva (2010).

Inúmeros são os benefícios trazidos pelo uso da bola no TP, entre eles destacam-se: uma maior percepção da contração, a correção da postura, o relaxamento, alongamento e o fortalecimento da musculatura. Além disso, os exercícios na bola com a paciente sentada, trabalha a musculatura do assoalho pélvico, principalmente os músculos levantadores do ânus e pubococcígeo além da fáscia da pelve, o que causa ampliação da pelve auxiliando na descida da apresentação fetal no canal de parto, favorece contrações mais eficazes e menos dolorosas, culminando com a diminuição do tempo de TP, além de trazer benefícios psicológicos e ter baixo custo financeiro (PEREZ, 2000; SILVA et al., 2011).

Barbierre et al. (2013) afirmam que a bola é uma ferramenta adjuvante como estratégia de redução da dor e evolução durante o TP, além de facilitar a circulação materno-fetal, aumenta a intensidade das contrações uterinas, diminui a dor na região lombar e as taxas de trauma perineal e episiotomia, além da realização de movimentos de propulsão e rotação com a paciente sentada na bola durante 30 minutos.

Ressalta-se ainda que, o uso desse método pode reduzir o tempo do período expulsivo, diminuir o índice de partos instrumentalizados, uso de ocitocina, de episiotomia e da intensidade da dor referida, entretanto pode ocorrer aumento da perda sanguínea (MOTTA et al., 2016).

Somado a isso, a bola suíça também é utilizada como suporte para as técnicas de massagem e banho de chuveiro, além de ser importante instrumento

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para a realização de alongamentos e exercícios ativos de circundução, antroversão e retroversão pélvica. Além disso, corrobora a adoção de posturas verticais durante o parto, com os movimentos coordenados da pelve materna, que favorece a progressão da dilatação e a descida da apresentação fetal, assim como, tem ação na analgesia e garante mais conforto a parturiente (DAVIM et al., 2008; SILVA et al., 2011).

Em relação ao melhor período do TP para ser usada a bola suíça, no estudo realizado por enfermeiras obstetras que pesquisaram a utilização na bola suíça no TP em 35 instituinções cadastradas pelo SUS do Município de São Paulo, mostrou que a utilização da bola suíça na fase ativa é mais efetiva, podendo abreviar o período de dilatação (SILVA, 2010).

Para Weissheimer, Oliveira e Pfitscher (2009), a bola suíça deve ser indicada no início da fase ativa do TP, em que as contrações aumentam em intensidade, frequência e duração, representando um período de grande desconforto para as parturientes. Ademais, Oliveira, Bonilha e Telles (2012) recomendam que a melhor fase para a aplicação da bola obstétrica seja a fase ativa do TP, visto que é nesse período que as contrações se intensificam.

Nessa linha de raciocínio, Pinto et al. (2018) reforçam também que a bola suíça deve ser utilizada na fase ativa do TP para promover a livre movimentação da parturiente, promover a posição vertical, a movimentação materna e a mobilidade pélvica.

O uso da bola no TP permite que a parturiente permaneça na posição vertical e que a força da gravidade associada ao alinhamento do eixo fetal com a bacia materna, favoreça a descida e a progressão fetal no canal do parto (BARBIERI et al., 2013).

Silva (2010) afirma que com o auxilio da bola é possívela realização de exercícios e posições pelas parturientes que auxiliam na progressão do TP. Dentre essas posições e os exercícios, foram apresentados abaixo:

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Figura 2 – Movimentos de rotação e propulsão

Fonte: Silva (2010).

A figura 2, mostra a parturiente sentada na bola, com as planta dos pés apoiados no chão fazendo movimentos de propulsão e rotação, não deve-se esquecer de apoiá-la. Nesta posição, facilita a ação da gravidade, promove contrações mais eficazes e menos dolorosas, auxilia na descida e rotação fetal e aumenta os diâmentos da pelve (SILVA, 2010).

Figura 3 – Posição que pode ser realizada durante o TP

Fonte: Silva (2010).

Outra posição possível com a bola é a apresentada na figura 3, a parturiente fica sentada na cama com a bola entre as pernas, e a região torácica inclinada sobre a bola e os braços ao redor da mesma, permitindo o aumento dos diâmetros anteroposterior e transverso da pelve que promove o relaxamento da mulher ao soltar o peso de seu tronco sobre a bola (SILVA, 2010).

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Figura 4 – Posição de conforto durante as contrações

Fonte: Silva (2010).

A figura 4, mostra outra posição de conforto durante as contrações, onde a parturiente fica na posição vertical apoiada sobre a bola com o tronco inclinado e encostada na mesma (SILVA, 2010).

Figura 5 - Posição que proporciona diminuição da dor lombar, relaxa e auxilia a rotação fetal

Fonte: Silva (2010).

Já outra posição de conforto para a parturiente durante o TP é apresentada na figura 5. A paciente deve ficar ajoelhada e debruçada sobre a bola, abraçando-se e soltando seu peso contra ela. Por meio dessa posição, há diminuição da dor lombar, relaxamento e auxilio na rotação fetal (SILVA, 2010).

Diante do exposto, o uso da bola em obstetrícia é uma ferramenta que propicia segurança, conforto, práticas menos invasivas e humanizadas que oferecem as parturientes um parto o mais próximo possível do natural (SANTANA, 2016).

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4 METODOLOGIA

Trata-se de uma intervenção destinada a modificar a realidade do TP das gestantes atendidas na MAIP. Esta intervenção contemplou a reformulação das práticas dos profissionais que atuam diretamente com assistência ao parto.

4.1 Cenário da intervenção

A MAIP é uma instituição pública pertencente a Secretaria Municipal de Saúde do município de Natal/RN, integrante do Distrito Sanitário Sul, localizada na Rua Coronel Juventino Cabral, no Bairro do Tirol, em Natal, Capital do Rio Grande do Norte. Sua inauguração ocorreu em 8 de Marco de 2016.

A estrutura física é vertical e conta com três andares. No subsolo funciona cozinha, almoxarifado, laboratório, farmácia, repousos e refeitórios. No térreo funciona a parte administrativa, a recepção, sala de vacina, sala do serviço social, posto de enfermagem, 04 leitos de observação, sala de exame, classificação de risco e pronto atendimento obstétrico. No primeiro andar localiza-se o centro-cirúrgico, uma sala de parto e 03 enfermarias com 7 leitos que acolhem parturientes e puérperas. Os leitos próximos a sala de parto são destinados a permanência de parturientes e/ou puérperas em pós-parto imediato. Ao apresentarem condições de subir escadas, essas puérperas são encaminhadas para o alojamento conjunto que se localiza no segundo andar e possui 25 leitos. Nesse andar encontra-se também o posto de coleta de leite humano. No terceiro andar funciona os auditórios e repousos. Ao total, a MAIP possui 36 leitos de internação obstétrica.

A MAIP é um serviço de referência para assistência ao parto de risco habitual e acolhe parturientes advindas dos Distritos Sanitários sul, leste e oeste. Nesse contexto, observa-se grande procura das gestantes com queixas ambulatoriais, não acolhidas na Atenção Básica (AB), que caracteriza o vazio assistencial pela baixa cobertura do território e a fragilidade da rede de atenção do município de Natal.

Ao mês a MAIP realiza 250 partos, 58% vaginais, 42% cesarianas e curetagens, além de servir como pronto atendimento obstétrico e ginecológico para gestantes.

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Por se tratar de uma instituição municipal é “vaga sempre ” para as gestantes de Natal que são internadas independentes de ter vaga ou não. Esse serviço tem parceria com a rede federal, em especial com a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), unidade de referência para o encaminhamento de mulheres com risco gestacional

A referida maternidade não possui unidade neonatal e refere os recém-nascidos (RN) de risco para rede estadual e federal de saúde diante da necessidade.

Para atender a demanda das gestantes, esta instituição apresenta uma equipe multiprofissional composta por 11 obstetras, 16 pediatras, 12 enfermeiros obstetras, 23 enfermeiros generalistas e 74 técnicos de enfermagem, 05 assistentes sociais, 04 nutricionistas, além de estudantes de enfermagem, medicina e fisioterapia.

A MAIP possui Comitê de Aleitamento Materno ativo que conta com uma equipe de enfermagem (enfermeiros e técnicos em enfermagem), que atua diariamente no incentivo ao leitamento materno na primeira hora de vida.

Nesta instituição, no 1° andar, especificamente no corredor próximo a sala de parto, cenário da intervenção em curso, existem alguns MNFAD sendo, 06 cavalinhos, 02 bolas suíças, 02 espaldar no (APÊNDICE C). Apesar dessa disponibilidade, antes da intervenção o incentivo ao uso desses métodos, ocorria de forma empírica e não homogênea, ou seja, nem todos os profissionais estavam sensibilizados a utilizá-los nas parturientes durante o TP.

4.2 Público-alvo

O público alvo foco da ação consistiu, de forma direta, a equipe multiprofissional composta por técnicos de enfermagem, enfermeiros obstetras e enfermeiros generalistas e médicos obstetras que atuam na assistência ao parto.

Indiretamente, as parturientes beneficiadas com uma assistência de qualidade mediante uso da bola suíça durante o TP, que contribui com uma experiência positiva do parto e no alívio da dor.

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4.3 Metas

Foram metas desta intervenção, a capacitação da equipe multiprofissional quanto ao uso do MNFAD, especialmente a utilização da bola suíça no TP, com o objetivo de motivar a equipe multiprofissional a partejar com embasamento em evidências científicas e fortalecer as BPO na MAIP. Neste sentido, considerou-se as seguintes metas:

 A Curto Prazo:

- Sensibilização da gestão para implementação do uso da bola suíça durante o TP;

- Sensibilização e capacitação de 100% da equipe multiprofissional que atua na assistência ao parto para o uso da bola suíça;

- Elaboração do POP sobre o uso da bola suíça no TP.  A Longo Prazo:

- Promover bimestralmente momentos de avaliação periódica acerca do uso da bola suíça como MNFAD no TP.

4.4 Fases da implementação da intervenção

A intervenção começou a ser idealizada no início da Especialização em Enfermagem Obstetrica da Rede Cegonha III (CEEO III), e a implementação se desenvolveu em três etapas descritas a seguir:

4.4.1 Diagnóstico situacional da MAIP

A primeira etapa tratou do diagnóstico situacional na MAIP que permitiu detectar a fragilidade na oferta dos MNFAD as parturientes e o desconhecimento dos profissionais ou falta de sensibilização particularmente em relação a bola suíça, bem como a falta de consenso na indicação do método. Isso evidenciou a necessidade de traçar estratégias para criar um novo cenário do parto, tornando o mais natural possível com MNFAD e contribuir com um cuidado condizente com as recomendações propostas pela RC.

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4.4.2 Sensibilização da gestão, gerência de enfermagem e equipe multiprofissional

Na segunda etapa ocorreu a sensibilização da gestão e da gerência de enfermagem. No dia 07 de março de 2019, foi realizada reunião com a direção e explicado a proposta da intervenção cujo objetivo era implementar o uso da bola suíça durante o TP e os seus benefícios para a instituição e para assistência, com consequente diminuição dos índices de cesáreas e aumento da satisfação das parturientes com o parto.

Ainda na segunda etapa da intervenção, especificamente no dia 11 de março de 2019, foi conversado com a gerência de enfermagem sobre a proposta de intervenção e solicitado que fosse inserida na pauta da reunião dos enfermeiros que aconteceria neste mesmo dia com o objetivo de apresentar a proposta da intervenção e sensibilizar os referidos profissionais. Na ocasião, foi feito explicação acerca da proposta aos enfermeiros e solicitado envolvimento da equipe, o apoio do grupo para execução do projeto e convite para o curso de capacitação sobre as BPO na assistência ao parto que aconteria no dia 14 e 15 de marco de 2019.

Ressalta-se que, a sensibilização da equipe multiprofissional foi realizada nos postos de enfermagem da sala de parto e do pronto atendimento obstétrico explicando a proposta de intervenção, mostrando os benefícios da bola suíça para o TP, além do convite para a participação do curso de BPO.

Para uma maior divulgação da capacitação, foi enviado o convite via rede social (whatsApp) para todas categorias profissionais como também, fixados nos quadros de avisos nos diversos setores da maternidade.

4.4.3 Capacitação da equipe multiprofissionale elaboração do POP

A terceira e última etapa foi realizada nos dias 14 e 15 de março de 2019 a capacitação da equipe multiprofissional com o tema: Boas Práticas na Assistência ao parto (APÊNDICE B). Com o intuito de sistematizar a capacitação realizada, foi feito um plano de ensino (APÊNDICE A), constituído por: tema, objetivos, conteúdos abordados, carga horária e os procedimentos teóricos e práticos a serem realizados durante a capacitação.

Inicialmente, antes das atividades teóricas, aplicou-se um pré-teste para verificar o conhecimento prévio dos participantes. No segundo momento foi realizada

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uma exposição dialogada sobre as BPO na assistência ao parto, os MNFAD e os benefícios da bola suíça para o TP pela executora do projeto. Além disso, houve a participação de três especializandos que atuam no serviço, os quais abordaram assuntos referentes a suas temáticas de estudo como: uso do balanço pélvico tipo “cavalinho” no TP, partograma, aleitamento materno na primeira hora de vida. Para viabilizar as aulas, utilizou-se o Datashow como recurso tecnológico.

Em relação as atividades práticas, compreenderam a demostração das possíveis posições adotadas durante a utilização da bola suíça, o tempo de permanência permitido e sua higienização, bem como, a escolha do tamanho da bola correta para cada parturiente. Apesar da literatura consultada recomendar que esse método pode ser utilizado no inicio da fase ativa, no momento das discussões concluiu-se que a indicação seria no inicio da fase ativa do TP se a parturiente tivesse com bolsa íntegra. Ao contrário,se a parturiente apresentasse bolsa rota, o uso da bola só seria indicado se o feto estivesse encaixado na pequena bacia, como forma de evitar possíveis complicações como prolapso de cordão e edema de colo.

Durante a capacitação aconteceu a elaboração do POP com o tema “Atribuições da equipe multiprofissional na utilização da bola suíça pelas parturientes durante o TP” a partir da discussão com os enfermeiros do serviço (APÊNDICE D).

O processo de avaliação ocorreu de forma continua durante a capacitação e compreendeu os itens: participação ativa dos profissionais com questionamentos e reflexões sobre contexto, aplicação do pré-teste (APÊNDICE E) previamente e sua correção ao término da capacitação objetivando verificar o conhecimento adquirido dos profissionais durante os treinamentos.

4.5 Estratégias metodológicas

Para atingir os objetivos da intervenção em curso, para as metas descritas no item 4. 3 foram traçados as estratégias apresentadas do quadro 1.

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Quadro 1 – Estratégias metodológicas e metas desenvolvidas ao longo da especialização

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5 MONITORAMENTO DA INTERVENÇÃO

O acompanhamento avaliativo da intervenção em curso é realizada por meio:  Da observação subjetiva da utilização da bola suíça no TP durante os

plantões;

 De diálogos com a equipe multiprofissional, parturientes e acompanhantes durante os plantões;

 Da identificação do preenchimento do formulário institucional denominado Histórico/Evolução de Enfermagem (ANEXO A), onde consta na parte evolução do parto uma pergunta referente à utilização da bola suíça no TP.

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6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A intervenção em curso possibilitou a capacitação e sensibilização da equipe multiprofissional quanto ao uso da bola suíça, com intuito de motivar a equipe multiprofissional principalmente os enfermeiros e os técnicos de enfermagem a partejar com embasamento em evidências científicas.

A capacitação seguiu o roteiro do plano de ensino e a discussão foi direcionada ao contexto das BPO na assistência ao parto, com intuito de estimular os profissionais na abordagem com as parturientes e seus acompanhantes, para orientar sobre o uso da bola suíça durante o TP, mostrando as diversas posições e os exercícios com uso desse método e os seus benefícios para o parto.

A meta foi capacitar 100% da equipe multiprofissional, porém, até o momento foram capacitados, 63% dos profissionais de enfermagem, 40% dos assistentes sociais e 25% dos nutricionistas. Ressalta-se que não houve a participação dos médicos obstetras.

Apesar da meta estabelecida para a capacitação não ter sido alcançada, a estratégia de atividade educativa em serviço com a equipe multiprofissional se mostrou de grande valia, uma vez que permitiu o diálogo dos participantes sobre o partejar e ampliou a capacidade de análise crítica dos envolvidos, pactuando compromissos e melhorando, assim,a assistência ao parto na MAIP.

A elaboração do POP sobre o uso da bola suíça no TP ocorreu durante capacitação, após chegarmos a um denominador comum acerca da indicação da bola suíça no TP.

Em relação ao monitoramento sobre a aplicabilidade da uso da bola suíça durante o TP pelas parturientes, será realizado posteriormente a avaliação bimestral a partir do formulário institucional histórico/evolução de enfermagem já existentes nos prontuários e apresentados os resultados da avaliação a equipe multiprofissional e a gestão.

Percebeu-se que a implementação da bola suíça ocorreu de forma “natural” e gradativa no serviço, sem grandes transtornos durante o processo.

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7 FOCOS DE ANÁLISE DO PROCESSO FORMAÇÃO-INTERVENÇÃO

Os conhecimentos relacionados aos conteúdos e as estratégias pedagógico- metodológicas adquiridos durante o CEEO III, contribuíram para que especializanda adquirisse habilidades necessárias para a construção e execução da intervenção, conforme Santos Filho (2010) discorre (Foco 1). As habilidades adquiridas no foco 1 contribuiram para o desenvolvimento de atividades teórico-práticas nos campos de estágio e corroboraram com a melhoria da prática assistencial desenvolvida as parturientes durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

Ressalta-se também que as estratégias pedagógico-metodológicas utilizadas no processo de formação/intervenção do CEEO III refletiram durante todo o percursso percorrido durante a especialização, contribuindo desde o diagnóstico situacional até a escolha das estratégias para a realização das ações de intervenção com envolvimento dos gestores, profissionais parceiros com os processos de aprendizagem durante os estágios.

Fonte: Elaborada pela autora (2019).

FOCO 1

FOCO 3 FOCO 2

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Sendo assim, os conhecimentos adquiridos com o foco 1 após vivenciar situações da realidade profissional durante atividades práticas do curso, repercutiram no desenvolvimento da autonomia e segurança da especializanda. Desta forma, o foco 1 proporcionou também a capacidade de articulação junto a integração das equipes multiprofissionais do serviço e com isso a inserção de modificações propostas na intervenção em curso (Foco 2). Sendo assim, desencadeará repercussões incorporadas nas dinâmicas dos serviços e nas práticas de atenção e gestão (Foco 3).

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A intervenção por meio da capacitação e sensibilização da equipe multiprofissional permitiu ampliar a análise crítica e a compreensão acerca dos MNFAD, especialmente da bola suíça no alivio da dor durante o TP. Proporcionou ainda oportunidades de analisar coletivamente o serviço prestado na instituição, possibilitando maior abertura para diálogo entre os profissionais atuantes na sala de parto que trabalham em turnos distintos e com os profissionais dos outros setores, tais como o pronto-atendimento e alojameto conjunto.

Ressalta-se ainda que, no decorrer da implementação da intervenção foi possível observar fragilidades, dentre as quais pode-se citar: a permanência das parturientes em TP no pronto atendimento obstétrico, devido o quantitativo insuficiente de leitos para acomodá-las adequadamente na sala de parto, impossibilitando a utilização da bola suíça; além da inexistência de suítes Pré-parto-Parto-Pós-parto (PPP), ambiência favorável a utilização da bola suíça no TP, a não participação da categoria médica na capacitação e a não atuação do enfermeiro obstetra na instituição.

Porém, em meio as fragilidades vivenciadas, também foram identificados potencialidades, a saber: o compromisso da gerência de enfermagem com a enfermagem obstétrica, que promoveu condições necessárias para execução da intervenção, dedicação e compromisso da equipe multiprofissional para com as parturientes, com entusiasmo de fazer um partejar baseados em evidenciais científicas, pode-se perceber isso durante a capacitação.

Desta forma, como fruto da capacitação, além da elaboração do POP sobre o uso da bola suíça no TP, a equipe de enfermagem solicitou a construção de outro protocolo que incluísse todos os MNFAD disponíveis na instituição. O mesmo encontra-se em construção e será disponibilizado na sala de parto e no pronto atendimento obstétrico.

A intervenção apresentada não termina aqui, pois certamente demandará tempo para que todos os TP aconteçam com a presença da bola suíça na MAIP. Para tanto, faz-se necessário que a equipe multiprofissional, principalmente técnicos de enfermagem e enfermeiros permaneçam sensibilizados a utilizar a bola suíça durante opartejar. Essa prática trará melhoria da assistência prestada às parturientes, tornando o parto humanizado e mais próximo do natural possível.

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Percebe-se que para a utilização correta, eficaz e segura da bola suíça pelas parturientes em TP, é fundamental que os profissionais envolvidos no processo estejam seguros com os métodos e que possam indicar seu uso de maneira correta. Espera-se ainda que, a utilização da bola suíça seja mantida institucionalmente como MNFAD.

Em relação ao CEEO III, proporcionou crescimento profissional para especializanda. Durante as aulas teórico/práticos foi possível visualizar a relevância da participação da enfermeira na assistência ao parto, como também a necessidade de um atendimento humanizado a parturiente levando em consideração os direitos da mulher e da criança conforme BPO na assistência ao parto.

Diante do exposto, a citada especialização mostrou que é possível fazer uma assistência humanizada e de qualidade a mulher no ciclo gravídico puerperal atendidas nas maternidades do SUS, mediante utilização dos MNFAD, por serem de fácil aplicabilidade e de baixo custo, o que proporciona melhoria na atenção obstétrica no município de Natal/RN atendendo as recomendaçoes da RC.

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APÊNDICE A – PLANO DE ENSINO PARA CAPACITAÇÃO SOBRE USO DA BOLA SUÍCA NO TRABALHO DE PARTO NA MATERNIDADE ARAKEN IRERÊ PINTO

TEMA

Uso da bola suíça no TP

OBJETIVOS

 Sensibilizar a equipe multiprofissional sobre o assunto;  Fornecer informações atualizadas sobre uso da bola suíça;  Sistematizar o uso da bola suíça no serviço.

CONTEÚDOS ABORDADOS

 Trabalho de Parto;  Dor;

 Forma correta do uso da bola suíça no trabalho de parto;  Exercícios possíveis com uso da bola suíça;

 Higienização

PROCEDIMENTOS

 Exposição oral com auxílio de recursos áudio visuais;  Exercícios demonstrativos com o uso da bola.

RESPONSAVÉIS Especializanda Cristiane Meirice Marques da Silva

LOCAL/PERÍODO

Maternidade Dr°Araken Irerê Pinto

14/03/2019 -14:00 – 18:00, 18:30 – 22:30 15/03/2019 – 08:00 – 12:00

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APÊNDICE B – FOTOS DA SENSIBILIZAÇÃO

FOTOS DA CAPACITAÇÃO DO DIA 14 /03/2019- TURNO VESPERTINO/NOTURNO

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APÊNDICE C – FOTOS DO CENÁRIO DA INTERVENÇÃO

1 ° ANDAR – CORREDOR DA SALA DE PARTO

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APÊNDICE D – PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO (POP) PREFEITURA MUNICIPAL DE NATAL SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE MATERNIDADE ARAKEN IRERÊ PINTO PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO (POP)

ENFERMAGEM Nº

ATRIBUIÇÕES PARA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL SOBRE O USO DA BOLA SUIÇA PELAS PARTURIENTES EM TRABALHO DE PARTO.

OBJETIVO:Uso do bola suíça pelas parturientes no trabalho de parto.

EXECUTANTE: Enfermeiros Obstetras e Generalistas, Técnico em Enfermagem e médicos obstetras. MATERIAL NECESSÁRIO: - Bola suíça; - Solução de álcool a 70%; - Luva de procedimento; - Perineal. AÇÕES DE ENFERMAGEM:

Esclarecer a parturiente sobre os benefícios do uso da bola suíça no trabalho de parto; Orientar a parturiente os movimentos e as posições possíveis com a bola suíça;

Cuidados com a higienização antes e após o uso da bola suíça de acordo com a rotina do setor;

Oferecer perineal para ser colocado na bola suíça durante o uso;

Identificar a ausência da bola ou se a mesma tiver com a aparência de que estar comprimida, esticada ou justa comunicar de imediato ao enfermeiro responsável.

OBSERVAÇÕES:

Orientar uso da bola suíça na fase ativa do trabalho de parto se bolsa íntegra;

Em caso de bolsa rôta, só estimular uso da bola suíça quando o feto estiver insinuado/encaixado na pequena bacia, para evitar o prolapso de cordão;

Não estimular o método em pacientes que estejam com hipertensão arterial;

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Figura 1 – USO CORRETO DA BOLA SUÍCA

Figura 2 – MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO E PROPULSÃO

Figura 3 – POSIÇÃO QUE PODE SER REALIZADA DURANTE O TRABALHO DE PARTO FIGURA 1 - Parturiente sentada na bola, com as planta dos pés apoiados no chão e joelhos flexionados a 90° (SILVA, 2010).

FIGURA 2 - Parturiente sentada na bola, com as planta dos pés apoiados no chão, fazendo movimentos de propulsão (abaixa e levanta) e de rotação por 30 minutos (SILVA, 2010). Nesta posição não esquecer de apoiá-la em cama.

FIGURA 3 – Esta posição permite, permitindo o aumento dos diâmetros anteroposterior e transverso da pelve e promove o relaxamento da mulher ao soltar o peso de seu tronco sobre a bola (SILVA, 2010).

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Figura 5 – POSIÇÃO QUE PROMOVE RELAXAMENTO E AUXÍLIA A ROTAÇÃO FETAL

ELABORAÇÃO:

Cristiane Meirice Marques da Silva COREN/RN 151161

REVISADO EM ABRIL/2019: Enfª Rayza Oliveira

COREN/RN 151160 REFERÊNCIAS

BARBIERI. et al. Banho quente de aspersão, exercícios perineais com bola suíça e dor no trabalho de parto: Rev. Paulista Enferm., v. 26, n. 5, p. 478-484, 2013.

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SILVA, L. M. Uso da bola suíça na assistência ao parto nos serviços públicos do município de São Paulo. 2010. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

FIGURA 4 – Posição que promove a posição vertical (SILVA, 2010).

FIGURA 5 – Posição que promove diminuição da dor lombar, relaxamento e auxilio na rotação fetal. (SILVA, 2010).

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APÊNDICE E – PRÉ -TESTE E PÓS -TESTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE SAÚDE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA REDE CEGONHA III CAPACITAÇÃO: BOAS PRÁTICAS DE ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO

PRÉ-TESTE E PÓS-TESTE

QUESTÃO 1 - A amamentação é fundamental para o crescimento do bebe. Uma das vantagens da amamentação nas primeiras horas após o parto é:

a) O leite é rico em nutrientes e anticorpos que auxiliaram na imunidade do recém-nascido.

b) O leite é fornecido na quantidade certa. c) Está isento de germes patogênicos. d) Possui temperatura regulável.

QUESTÃO 2 - Em relação ao manejo da dor no parto humanizado, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O alívio pode ser obtido apenas com um suporte físico e emocional adequado b) A deambulação deve ser restrita, pois não contribui com o alívio da dor e

aumenta o risco do nascimento do bebê fora do centro obstétrico.

c) Quando for constatada a necessidade, ou houver solicitação da mulher, os métodos farmacológicos de alívio da dor devem ser utilizados.

d) As massagens corporais também devem ser utilizadas para alívio da dor. e) Os banhos, de chuveiro ou imersão, também devem ser utilizados para o

alívio da dor.

QUESTÃO 3- Quanto aos estágios do trabalho de parto, assinale a alternativa correta.

a) O primeiro estágio do trabalho de parto compreende todo o período de dilatação, que vai do início da dilatação cervical até 10 cm e consiste em 3 fases: fase latente, fase ativa e fase de transição.

b) O primeiro estágio do trabalho de parto compreende todo o período de dilatação, que vai de 0 cm até 10 cm e consiste em 2 fases: fase latente e fase ativa.

c) O segundo estágio do trabalho de parto compreende a fase de transição, iniciando com a dilatação total e terminando com a expulsão do feto/bebê. d) O terceiro estágio do trabalho de parto compreende a fase de transição,

iniciando com a expulsão do feto/bebê e terminando com a separação e saída da placenta.

e) O terceiro estágio do trabalho de parto compreende a fase de transição, iniciando com a expulsão do feto/bebê e terminando com a separação da placenta, sendo também conhecido como puerpério.

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QUESTÃO 4 – B.R.R., 24 anos, gestante deu entrada em uma unidade hospitalar. Ela se encontra no 3° período do trabalho de parto, o que corresponde a um período: a) Expulsivo, b) Dequitação c) De rotação externa d) De rotação interna. e) De dilatação

QUESTÃO 5 - O partograma é a representação gráfica do trabalho de parto que permite acompanhar sua evolução, documentar, diagnosticar as alterações e indicar a adoção de condutas apropriadas para a correção de desvios, ajudando, ainda, a evitar intervenções desnecessárias. Nesse contexto, para a construção do partograma de Friedman (1978), deve-se considerar:

a) A dilatação cervical é registrada com um losango, a apresentação e a respectiva variedade de posição são representadas por um triângulo, assim como a infusão de líquidos e drogas.

b) No partograma, cada divisória corresponde a duas horas na abscissa (eixo x) e a dois centímetros de dilatação cervical e de descida da apresentação na ordenada (eixo y).

c) Em cada toque, deve-se avaliar a dilatação cervical, não sendo necessário, neste momento, avaliar a altura da apresentação nem a variedade de posição.

d) 0 registro gráfico terá início quando a parturiente estiver na fase ativa do trabalho de parto, com duas a três contrações eficientes em 10 minutos e dilatação cervical mínima de 3 cm.

QUESTÃO 6 – Para a efetiva humanização da assistência à mulher em seu ciclo gravídico puerperal são necessários adequações da estrutura física das unidades de saúde, aquisição e manutenção de equipamentos, mudança da postura/atitude dos profissionais e das gestantes diante do fenômeno do parto e controle da dor. É considerado um instrumento de importância fundamental no diagnóstico dos desvios da normalidade, durante o trabalho de parto.

a) Cartão do pré-natal; b) Partograma

c) Kristeler d) Prontuário e) Ultrassonografia

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Referências

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