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IMPACTOS DA CRISE ECONÔMICA NOS PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO: UM ESTUDO NAS EMPRESAS QUE COMPÕEM O ISE/ BM&FBOVESPA

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Academic year: 2021

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Recebido em 04/11/2015. Aprovado em 16/12/2015.

Avaliado pelo sistema double blind peer review.

Marissa Yanara de Godoy Lima1 Benilson Borinelli2 Saulo Fabiano Amâncio Vieira3

Resumo:

Em meio à crise financeira, registrada a partir de 2008, muitos foram os impactos sentidos pelas organizações, principalmente pertencentes ao âmbito industrial. Com isso, a fim de minimizar estes desdobramentos, coube às próprias organizações mensurarem seus custos e buscarem a otimização dos processos, reavaliando inclusive, os programas de responsabilidade social corporativa. Neste contexto, utilizou-se como arcabouço teórico os seguintes tópicos: Responsabilidade social corporativa; Setor elétrico brasileiro e Crise financeira. A presente pesquisa visa analisar os impactos da crise econômico-financeira nos investimentos dos programas de responsabilidade socioambiental de empresas do setor elétrico brasileiro listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA. Para tanto, os procedimentos metodológicos consistiram numa análise quantitativa, baseada nos relatórios e balanços publicados anualmente pelas onze empresas investigadas, viabilizando uma análise estatística descritiva. Os resultados obtidos demonstraram a diversidade de comportamentos, o que impossibilita uma análise conclusiva. É necessário, para tanto, uma análise em maior profundidade, onde os dados quantitativos possam ser confrontados com possíveis subsídios qualitativos. As principais contribuições deste estudo permeiam a disseminação do tema frente ao âmbito acadêmico, ressaltando a relação entre as questões econômicas e o desenvolvimento sustentável, sem deixar de considerar a singularidade do setor estudado.

Palavras chave: Crise Financeira, Investimento Socioambiental, Energia Elétrica.

Impacts of the economic crisis on social and environmental responsibility

programs in the Brazilian electricity sector: A study in the companies that

comprise the ISE/ BM&FBOVESPA

1

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Londrina - PPGA/UEL. E-mail: marissa-godoy@uol.com.br

2

Doutor em Ciências Sociais pela UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas. Professor do Mestrado em Administração - PPGA/UEL. E-mail: borinelli@uel.br

3

Doutor em Administração pela UNINOVE – Universidade Nove de Julho. Professor do Mestrado em Administração - PPGA/UEL. E-mail: saulo@uel.br

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Abstract

Amid the financial crisis, registered from 2008, many were the impacts felt by organizations, mostly belonging to the industrial sector. Thus, in order to minimize these consequences, it fell to the organizations themselves measure their costs and seek to optimize processes, including reassessing the corporate social responsibility programs. In this context, it was used as a theoretical framework the following topics: Corporate social responsibility; Brazilian electric sector and the economic and financial crisis. This research aims to analyze the impacts of the economic and financial crisis on investment of social and environmental responsibility programs of companies in the Brazilian electric sector listed in the Corporate Sustainability Index of BM & FBOVESPA. To do so, the methodological procedures consisted of a quantitative analysis, based on reports and balance sheets published annually by eleven companies investigated, enabling a descriptive statistical analysis. The results showed the diversity of behavior, which makes a conclusive analysis. It is necessary, therefore, an analysis in greater depth, where quantitative data can be faced with possible qualitative benefits. The main contributions of this study permeate the spread of the theme front of the academic environment, emphasizing the relationship between economic issues and sustainable development, while considering the uniqueness of the studied sector.

Key-words: Financial Crisis, Environmental Investment, Electricity.

1 Introdução

O desenvolvimento sustentável qualifica-se como um modelo de desenvolvimento global que alia resultados ambientais, sociais e econômicos e possibilita a melhoria da qualidade de vida. Com base neste conceito, objetivando o bem estar de seus públicos interno e externo, organizações de todos os segmentos e portes, preocupadas com os impactos ambientais e sociais de suas atividades e operações, passaram a promover continuadas ações voltadas à sociedade e ao meio ambiente, evidenciando sua responsabilidade socioambiental. Com isso, uma nova terminologia foi criada, a responsabilidade social corporativa (ASHLEY, 2003).

O setor elétrico brasileiro, por sua vez, apresenta uma série de programas de responsabilidade socioambiental que permeiam tanto a comunidade interna, quanto externa. Contudo, ainda estão sujeitos às medidas compensatórias que em suma, buscam reverter os danos causados por este segmento em multas e punições, estipuladas por autoridades administrativas.

Sendo pertencente ao segmento industrial, o setor elétrico brasileiro foi naturalmente afetado pelos impactos da crise econômico-financeira, que embora tenha atingido grandes proporções somente a partir de 2008, tem antecedentes históricos desde o ano 2000. Com a queda dos juros e o estímulo ao financiamento imobiliário, aliado a possibilidade de expandir sua carteira de clientes e consequentemente, seu lucro, grandes instituições financeiras arriscaram-se em conceder financiamentos de alto risco, denominados subprime. Em decorrência do capital introduzido na economia, houve um aumento significativo da inflação, resultando no crescimento exponencial da inadimplência e na desvalorização dos imóveis e ativos financeiros.

Mediante a repercussão da crise econômico-financeira global, e a instabilidade causada nos diversos setores da economia, considerando ainda a importância e o

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desenvolvimento contínuo do setor elétrico brasileiro, esta pesquisa visa responder o seguinte questionamento: A crise econômico-financeira global impactou os investimentos em programas de responsabilidade social corporativa do setor elétrico brasileiro? A priori, entende-se que, de maneira geral, todo o setor industrial foi afetado pelos desdobramentos da crise, consequentemente, o consumo de energia caiu e as concessionárias naturalmente foram impactadas. Supondo também que o investimento em programas de responsabilidade socioambiental vai além das atividades da empresa, compondo inclusive os valores e em grande parte, a missão das organizações, interpreta-se a partir de então, que tais programas não sofreram prejuízo e permaneceram estáveis durante todo o período de crise.

Para responder a questão de pesquisa formulou-se como objetivos específicos: caracterizar o setor elétrico brasileiro, evidenciando sua estruturação e programas de investimentos socioambientais; e identificar os efeitos da crise econômico-financeira sobre os investimentos realizados em programas socioambientais ao longo do período observado.

Assim, esta pesquisa justifica-se por abordar um tema de considerável relevância ao cenário atual, visto a crescente preocupação com as questões ambientais e o desenvolvimento sustentável, tal como contribuir cientificamente para um melhor entendimento do assunto e fortalecimento das teorias apresentadas, de modo que se torne possível compreender o fenômeno abordado e entender claramente seus desdobramentos sobre os programas socioambientais das organizações abordadas, podendo ser utilizado também como parâmetro para futuros estudos relacionados ao tema.

Os procedimentos metodológicos consistiram numa análise quantitativa, baseada nos relatórios e balanços publicados anualmente pelas onze empresas investigadas, viabilizando uma análise estatística descritiva. Os resultados obtidos demonstraram a diversidade de comportamentos, o que impossibilita uma análise conclusiva, sendo necessário, para tanto, uma análise em maior profundidade, onde os dados quantitativos possam ser confrontados com possíveis subsídios qualitativos.

2 Fundamentação teórica

Nesta seção são abordadas as principais temáticas desta pesquisa, consideradas imprescindíveis para o alcance do seu objetivo. Neste sentido, são discutidos os aspectos gerais sobre a responsabilidade social corporativa e seus desdobramentos, apresentando a estruturação e os investimentos socioambientais realizados pelo setor elétrico brasileiro, além de uma oportuna explanação sobre a crise econômico-financeira.

2.1 Responsabilidade social

O termo responsabilidade social pode ser entendido como toda e qualquer prática que contribua efetivamente para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, desde que seja conduzida de maneira consciente e sustentável.

A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) por outro lado, refere-se à iniciativa das próprias organizações em superar seus deveres legais, adotando posturas e comportamentos que promovam o bem-estar dos seus públicos interno e externo através do desenvolvimento sustentável (ASHLEY, 2003). Com isso, a RSC deve ser entendida como a suplantação dos compromissos legais, inclusive incentivos fiscais, e uma atuação ativa em prol da sociedade e do meio ambiente.

Conforme Oliveira (2005), a responsabilidade social envolve uma gestão empresarial mais transparente e ética, onde as preocupações sociais e ambientais passam a integrar as

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decisões e resultados da empresa. Com isso, a RSC pode ser entendida como uma estratégia de diferenciação, utilizada para alavancar o crescimento da empresa e torná-la mais competitiva.

A responsabilidade socioambiental, por outro lado, caracteriza-se a partir de comportamentos e ações que promovam o bem-estar dos públicos interno e externo ligados à organização. Esta prática, necessariamente voluntária, não deve ser confundida com as ações compulsórias impostas pelo governo, tampouco filantropia. O conceito deste termo envolve o amparo da coletividade, evidenciando o compromisso das empresas com as pessoas e com os valores humanos, tal como as preocupações com o meio ambiente (ASHLEY, 2003).

As ações voltadas ao meio ambiente, derivadas da responsabilidade socioambiental, são baseadas na interação das organizações com o meio em que habitam e realizam suas práticas. Este tipo de ação fortalece a imagem da empresa diante dos seus stakeholders, representando seu compromisso assíduo com a ética e com o desenvolvimento econômico, promovendo ao mesmo tempo, o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Segundo Elkington (2011), o desenvolvimento sustentável, defendido e amplamente discutido pela RSC, baseia-se em uma tríade, nomeada Triple Bottom Line, cujos resultados são medidos em termos sociais, ambientais e econômicos. O termo Triple Bottom Line surgiu na década de 1990 e tornou-se mundialmente conhecido a partir da publicação do livro

Cannibals With Forks: The Triple Bottom Line of 21st Century Business, com autoria de John

Elkington em 1997 (LAGES; LAGES; FRANÇA, 2010). A partir de então, esta expressão passou a ser utilizada por organizações de todo o mundo, refletindo o movimento de seus

stakeholders em busca de um objetivo comum: possibilitar o desenvolvimento terno da

organização.

2.2 Setor elétrico brasileiro

Alguns estudos relativos ao setor elétrico brasileiro dividem seu desenvolvimento em cinco períodos. O primeiro período caracteriza-se pela prevalência do carvão vegetal como principal fonte de energia do país e perdurou de 1889 a 1930, marcado essencialmente pela proclamação da República. O segundo período, dominante entre 1930 a 1945 retratou a aceleração do processo de industrialização e o início da regulação do setor, definindo, por exemplo, a propriedade das concessões e a introdução do sistema tarifário. O terceiro período predominou entre os anos 1945 e 1970, destacando-se pela forte presença do Estado no setor elétrico, operando por meio da criação de empresas estatais, atuantes em todos os segmentos da indústria. O quarto período iniciou-se na década de 1980 e teve grande repercussão à toda sociedade, graças às drásticas reduções nos gastos e investimentos do setor, que foram desencadeadas pela crise da dívida externa brasileira. O quinto período teve início em 1980 e permanece até os dias atuais, sendo responsável pela reestruturação do setor elétrico, que desencadeou, por exemplo, a privatização das empresas atuantes e a criação de uma agência reguladora, a ANEEL (ABRADEE, 2003).

Em decorrência da lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, foi instituída pelo governo federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Sua finalidade, conforme discorre o artigo 2º, é regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal (BRASIL, 1996). Sendo assim, cabe a ANEEL regular e fiscalizar toda e qualquer atividade relacionada à indústria de energia elétrica em território nacional, integralizando todos os seus segmentos, de modo a garantir o atendimento e a qualidade do serviço prestado.

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acordo com a sua função operacional, que por sua vez, encontram-se interligados entre si, objetivando de forma conjunta, a entrega da energia elétrica ao usuário final.

O processo de geração é o primeiro passo para produção de energia elétrica. Esta etapa configura-se pela obtenção de força para possibilitar o giro de turbinas, que movem os geradores e transformam a energia mecânica em energia elétrica (ABRADEE, 2013). As fontes utilizadas para geração de energia subdividem-se em dois grupos: renováveis e não renováveis. A geração hidrelétrica, por exemplo, responsável pela maior parte da energia elétrica produzida no Brasil vem de uma fonte renovável - a água.

O processo de transmissão, por sua vez, zela pelo transporte de grandes quantidades de energia advindas das usinas geradoras, operando em mais de cem mil quilômetros de linhas de transmissão espalhadas por todo o país (ABRADEE, 2013). Assim, a finalidade deste processo resume-se interligar os geradores às empresas distribuidoras e possibilitar o consumo final.

A distribuição caracteriza-se como o último segmento desta estrutura, responsável pela entrega de energia elétrica ao consumidor final. De acordo com dados divulgados pela ABRADEE (2013), existem atualmente no Brasil 63 concessionárias de distribuição de energia elétrica, além de um número considerável de permissionárias, que em conjunto possibilitam a distribuição de energia a todo território nacional.

2.2.1 Investimentos socioambientais

Segundo Claro e Claro (2014), as ações de cunho social e ambiental promovidas pelas empresas, bem como a publicação de relatórios e documentos que evidenciam a preocupação da organização com o indivíduo e o meio, podem ser considerados um círculo virtuoso de gestão baseado num valor compartilhado, isto é, um elemento de influência tantos para os

stakeholders, quanto para o próprio desempenho econômico-financeiro da empresa.

Para as empresas de energia elétrica, principalmente por tratarem-se de monopólios, ou seja, sem concorrência direta em sua prestação de serviço, a responsabilidade social pode ser considerada uma estratégia, comumente adotada em organizações capitalistas, isto é, que visam o lucro. Ainda de acordo com Claro e Claro (2014), a sustentabilidade empresarial pode ser facilmente associada ao crescimento econômico, ou melhor, entendida como uma importante vantagem competitiva, que dentre outros resultados, geram valor para os acionistas e partes interessadas, principalmente a longo prazo. Entende-se portanto, que por terem seu capital aberto na bolsa de valores, dependendo de sua valorização e participação financeira por parte dos acionistas, as empresas do segmento energético promovem seus programas e ações sociais visando o benefício não somente da sociedade, mas o seu próprio; cientes ainda que os retornos ocorrem em sua grande maioria, somente a longo prazo.

Neste contexto, os investimentos socioambientais realizados pelas empresas deste segmento permeiam tanto a comunidade interna, quanto externa. Para tanto, existem os investimentos relacionados com a produção/operação da empresa, bem como os investimentos em programas e/ou projetos externos, que a seguir serão caracterizados e exemplificados. 2.2.1.1 Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa

Os investimentos relacionados à produção/operação da empresa referem-se à programas internos de educação ambiental e outros gastos que objetivam a melhoria contínua da sua produção/operação, visando essencialmente a qualificação ambiental.

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Introdução de métodos não-poluentes; Monitoramento de qualidade dos resíduos/efluentes; Programas de educação ambiental para os funcionários; e Auditorias ambientais.

A partir daí, dados os exemplos acima, observa-se que os investimentos relacionados com a produção/operação da empresa dizem respeito substancialmente à otimização de processos e procedimentos que potencializam a produção em função do meio ambiente. 2.2.1.2 Investimentos em programas e/ou projetos externos

Os investimentos em programas e/ou projetos externos por sua vez, tratam-se de campanhas ecológicas voltadas à sociedade em geral.

Neste sentido, para retratá-los, seguem os exemplos abaixo: Programas de educação socioambiental destinados à comunidade externa; Conservação de recursos ambientais; Campanhas ecológicas; e Despoluição;

Desta forma, com base nos exemplos indicados, entende-se que este tipo de investimento abrange a sociedade como um todo, mantendo seu foco nos principais

stakeholders externos da organização.

2.2.1.3 Medidas compensatórias

As medidas compensatórias e/ou compensações ambientais permeiam o setor elétrico em todas as suas segmentações, seja nos processos relacionados à geração, transmissão ou distribuição de energia. Estas aplicações ocorrem em função de sua atividade ser continuamente relacionada ao uso de recursos naturais, degradando direta e indiretamente o meio em que atua. Para tanto, através de leis, resoluções e portarias, uma série de normas estão previstas, buscando reverter os danos causados em multas e punições, estipuladas por autoridades administrativas ligadas ao governo, tais como:

 Lei n. 6.938, que "dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências" (BRASIL, 1981);

 Lei n. 9.985, que "regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências". (BRASIL, 2000);

 Lei n. 12.651, que "dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências" (BRASIL, 2012);

 Lei n. 11.428, que "dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências" (BRASIL, 2006);

Além da legislação acima mencionada, existem ainda várias compensações impostas por processos judiciais e condicionantes às licenças. Este tipo de ação, não deve em hipótese alguma, ser confundida com as ações de responsabilidade social coordenadas pelas empresas. As medidas compensatórias atendem à legislação e tonam-se obrigações a partir do momento em que as organizações passam a desenvolver suas atividades, ao contrário da RSC, que depende unicamente da iniciativa privada.

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2.3 Crise econômico-financeira

Os antecedentes históricos da crise podem ser observados a partir do ano 2000, quando a fim de impulsionar a economia e aquecer o mercado, o governo americano optou por baixar os juros e estimular o financiamento imobiliário (CRUZ e ASSIS, 2009). Desta forma, o financiamento para compra de imóveis e outros bens de consumo tornaram-se muito mais acessíveis, dando início ao mercado de financiamento a longo prazo.

Na expectativa de expandir sua carteira de clientes, e consequentemente angariar maiores lucros, as organizações financeiras acabaram apostando em financiamentos de alto risco, classificados no segmento subprime. (CINTRA e FARHI, 2008). Esta nomenclatura remete à qualidade do crédito, sendo composta por clientes com histórico de crédito ruim, ou seja, pessoas não qualificadas a honrar com o compromisso adquirido.

A partir de então, em decorrência do excesso de capital introduzido na economia, houve um aumento significativo na inflação do país, cabendo a intervenção do governo para contê-la através da elevação dos juros. Contudo, a majoração dos juros desencadeou as inadimplências no pagamento das prestações contraídas e a desvalorização dos imóveis e dos ativos financeiros (CINTRA e FARHI, 2008). Assim, as empresas financiadoras, junto às suas seguradoras viram-se em demasiada dificuldade, dando início portanto, a crise econômico-financeira de 2008, ou simplesmente a crise do subprime.

2.3.1 Impactos no setor elétrico

Os impactos da crise foram sentidos de maneira iminente em diversos países, principalmente no segmento industrial, que possui elevado coeficiente de exportação. Neste período, em terras brasileiras, iniciou-se um processo de desaceleração do Produto Interno Bruto - PIB, associado diretamente ao aumento no índice de desemprego e à redução na concessão de crédito, sensibilizando, contudo, o consumo doméstico registrado (PINHO, 2009).

Conforme o Relatório e Parecer Prévio sobre as Contas do Governo da República, divulgado pelo Tribunal de Contas da União - TCU (BRASIL, 2010), graças à intervenção do governo federal e as medidas anticíclicas, que abrangeram as políticas fiscal, monetária, creditícia e cambial, o impacto da crise do subprime no Brasil foi consideravelmente reduzido, destacando-se neste contexto, a contração das alíquotas em alguns impostos.

No setor elétrico, conforme cita o Relatório de Administração da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG (2008), a principal repercussão proveniente da crise, correspondia à severa redução no crédito internacional, que por consequência, acarretou à falta de liquidez do mercado e a restrição de investimentos.

2.4 Variáveis e indicadores para mensuração do impacto de crises econômicas nos investimentos em responsabilidade socioambiental

Em meio a crise econômico-financeira houve uma grande necessidade em reduzir os custos e otimizar a eficiência das organizações. Com isso, os programas voltados à responsabilidade socioambiental foram naturalmente reorganizados a fim de adequarem-se a esta nova conjuntura de fatos.

Com a crise econômica mundial, muitas empresas brasileiras glosaram seus investimentos sociais. Não há – é claro – números “oficiais”, até porque este é um assunto sobre o qual não se gosta de falar. Mas analistas consultados por esta coluna

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25 estimam uma redução média entre 30% e 40% dos recursos aplicados em projetos sociais e ações de institutos e fundações (VOLTOLINI, 2009).

À vista disso, buscou-se variáveis que pudessem expor o posicionamento das empresas de energia elétrica durante o período de crise e comprovassem ou não, o parecer dos estudiosos mencionados pelo autor supracitado.

Assim, visando o melhor desenvolvimento da pesquisa e a devida compreensão do tema proposto, a fim de mensurar os impactos provocados pela crise econômico-financeira, abordada no subcapítulo anterior, foram utilizados dois indicadores, calculados e publicados pelas próprias organizações, conforme a legislação vigente.

No contexto deste trabalho, destacou-se primeiramente o EBITDA (Earning Before

Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), ou LAJIDA (Lucros Antes de Juros,

Impostos, Depreciação e Amortização), como é conhecido no Brasil. Segundo Assaf Neto (2010, p. 197), “o EBITDA revela, em essência, a genuína capacidade operacional de geração de caixa de uma empresa, ou seja, sua eficiência financeira determinada pelas estratégias operacionais adotadas”. Com isso, entende-se que este indicador financeiro, justamente por não considerar os lançamentos contábeis e os financiamentos adquiridos pela empresa, expressa com maior exatidão a eficácia e a produtividade do negócio.

Posteriormente, utilizando-se do Balanço Social, que conforme o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE (2008), refere-se a uma publicação anual, que agrupa uma série de informações relativas às ações sociais, projetos e benefícios dirigidos aos

stakeholders da organização, objetivando, sobretudo, a prática da responsabilidade social

corporativa, elencou-se o Indicador Ambiental, que em suma, trata-se da apresentação dos investimentos da empresa, utilizados para melhorar a qualidade da produção ou operação e compensar seus impactos ambientais.

A partir de então, foi realizado o cálculo referente à representação dos indicadores ambientais sobre o EBITDA, resultando no percentual aplicado em ações socioambientais, evidenciando, portanto, o aumento ou a diminuição de tal investimento, de modo que houvesse a mensuração do impacto provocado pela crise, dentro do período observado.

Além deste estudo, observa-se que inúmeros outros trabalhos científicos buscaram retratar os impactos provocados pela crise, destacando-se neste contexto, o artigo publicado pelos autores Breno de Paula Andrade Cruz e Darla Renata Conceição de Assis em 2009, que sob a mesma temática, abordaram a partir de métodos qualitativos os possíveis desdobramentos da crise sobre os investimentos socioambientais das empresas do setor elétrico brasileiro. Com isso, notou-se que por meio de entrevistas e aplicação de questionários, os autores chegaram a conclusão que por tratar-se de um setor que encontra-se na base da pirâmide de consumo, este foi levemente afetado com os impactos da crise e os programas socioambientais desenvolvidos à época não sofreram prejuízo, confirmando a hipótese formulada por Cruz e Assis (2009).

3 Procedimentos metodológicos

A metodologia aplicada nesta pesquisa procurou viabilizar a mensuração dos impactos da crise econômico-financeira sobre os investimentos relativos às ações de responsabilidade socioambiental do setor elétrico brasileiro. Para tanto, optou-se pelo método quantitativo, que segundo Diehl (2004), refere-se ao uso da quantificação, tanto na coleta quanto no manejo das informações, utilizando técnicas estatísticas que tendem a proporcionar uma melhor compreensão dos dados.

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próprias organizações por meio de seus relatórios anuais e balanços, patrimonial e social. Desta maneira, foram analisados seis exercícios consecutivos (período de 2007 a 2012), sendo um ano anterior à menção da crise financeira, e cinco anos posteriores a este registro.

De posse deste material, foram observados principalmente os indicadores financeiros relativos ao EBITDA (Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), bem como os indicadores ambientais, extraídos do Balanço Social. A partir desta análise foi calculado o percentual de investimento em ações ambientais sobre o lucro, comparando anualmente a evolução da empresa neste quesito. Com isso, houve a possibilidade de confrontar o histórico de investimentos e percentuais ao longo do período observado, verificando em valores absolutos e relativos à importância destinada às ações voltadas à sustentabilidade por parte das empresas selecionadas.

A população escolhida para elaboração desta pesquisa foram as empresas de capital aberto na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - BM&FBOVESPA. Subscreveu-se a amostra, de forma intencional, o setor elétrico, mais especificamente onze empresas que além de manterem seu capital aberto e negociável na bolsa, constam ainda em seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

Conforme Marcondes e Bacarji (2010), o objetivo principal do ISE é expor o desempenho de mercado de uma carteira formada por empresas que praticam a responsabilidade social corporativa. Neste contexto, o ISE compreende cinquenta e uma ações negociáveis, divididas em dezenove segmentos. O maior segmento corresponde ao setor de energia elétrica, representando 10,61% da quantidade teórica de ações listadas, evidenciando, sobretudo, a consciência deste setor perante as ações de responsabilidade socioambiental.

No processo de análise dos dados utilizou-se o Microsoft Excel para a análise estatística descritiva.

4 Análise de dados

A partir dos dados analisados, considerando inicialmente os valores divulgados pelas empresas investigadas, nota-se que o aumento, ou diminuição do lucro - calculado antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações - não possui movimento sincronizado à variação dos investimentos destinados à ações ambientais, tampouco, ao seu coeficiente de variação.

Através do cálculo referente à representação dos indicadores ambientais sobre o EBITDA, observa-se que em sua grande maioria, o percentual de investimento não ultrapassa 5% do lucro apurado, conforme pode ser visualizado na Figura 1:

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27 Figura 1 – Índice de investimento em programas socioambientais a partir do EBITDA

Isso se dá em função da liberdade concedida às empresas para que as mesmas estipulem seu próprio investimento em atividades sociais, incluindo naturalmente os projetos e ações ambientais.

Neste contexto, em análise ao indicador ambiental, utilizado no gráfico apresentado, nota-se que o mesmo encontra-se subdividido em duas categorias: investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa e investimentos em programas e/ou projetos externos, conforme já mencionado anteriormente. À vista disso, considerando ainda os documentos avaliados para construção desta análise, contata-se que o capital investido nos programas relacionados à produção/ operação da empresa são muito maiores do que o valor empregado em projetos externos. Isso ocorre a partir da necessidade das organizações adequarem suas rotinas e processos em decorrência do desenvolvimento sustentável, passando a utilizar sistemas e equipamentos que direta ou indiretamente contribuam para a preservação do meio ambiente.

O período observado iniciou-se em 2007, ano em que os indicadores econômicos apresentaram uma sólida melhoria e o PIB obteve variação superior a 5% (COPEL, 2008). Contudo, o próximo ano foi marcado pelo início da crise financeira e o vasto déficit comercial americano, que embora comprometesse as atividades do setor industrial, não inibiu o crescimento de 3,8% no consumo de energia elétrica do território nacional (ELETROBRÁS, 2009). Em 2009 os impactos da crise não estavam completamente mensurados e seus desdobramentos ainda eram incertos, cabendo a intervenção governamental por meio de ações que pudessem controlar os indicadores empresariais, gerenciais e operacionais (LIGHT, 2010). Já no ano de 2010, pôde-se observar um acentuado crescimento econômico e o ganho de forças dos países emergentes, que passaram a apresentar um elevado crescimento e investimentos internacionais (CEMIG, 2011). Em 2011 o ano foi marcado pelas mudanças e incertezas político-econômicas, no entanto, os investimentos neste período foram relativamente superiores aos do exercício anterior, demonstrando, especialmente, a sustentabilidade do setor elétrico e sua dimensão econômica, sem prejuízo das dimensões social e ambiental (TRACTEBEL, 2012). Por fim, no ano de 2012 a taxa de crescimento do setor foi quase irrelevante em função do baixo crescimento do país, o que impactou,

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consequentemente, na queda da atividade industrial, inclusive da geração de energia elétrica (ELETROPAULO, 2013).

A partir das considerações realizadas, entende-se que dentro do intervalo de tempo observado, além da crise econômico-financeira, que conforme as próprias organizações, pouco impactou o setor elétrico - seja por seus esforços em minimizar os efeitos, ou simplesmente pela intervenção do governo e suas medidas anticíclicas - inúmeros outros acontecimentos nortearam o desenvolvimento do setor elétrico e conduziram a evolução deste segmento.

Conforme Cruz e Assis (2009), na época, as expectativas apontavam para solidez do setor elétrico frente à crise financeira internacional, graças à estruturação do novo modelo do setor. Assim, seis anos depois, baseando-se principalmente nos demonstrativos, balanços e relatórios publicados pelas empresas desde então, constata-se que a crise pouco afetou as rotinas e processos deste segmento, confrontando diretamente a afirmação feita por Ricardo Voltolini (2009), no subcapítulo 2.4 que estimou uma redução considerável nos investimentos sociais durante a crise econômica. Isto se deve às práticas adotadas pelas empresas, bem como às ações governamentais direcionadas à minimização dos possíveis impactos, que no referido período encontravam-se desconhecidos. Nesta linha, compreende-se que por consequência, as ações de responsabilidade socioambiental, decorrentes das empresas do setor elétrico brasileiro não sofreram com a repercussão da crise, tampouco tiveram seus investimentos comprometidos. Ainda de acordo com Cruz e Assis (2009), a partir de uma análise qualitativa, baseada em entrevistas com executivos ligados a empresas de energia elétrica, a conclusão que se chegou, é que de fato, as práticas de responsabilidade social não foram afetadas pelo desdobramento da crise econômico-financeira, atribuindo este fato à dois motivos: regulação dos preços no setor e o fato deste segmento encontrar-se no final da cadeia de consumo.

Neste mesmo cenário, os investimentos destinados às ações ambientais, embora não possuam um crescimento gradativo e contínuo, têm se caracterizado por estarem sempre presentes nas discussões inerentes à gestão organizacional e seus desdobramentos, gerencial e operacional. Com isso, embora sejam consideradas organizações monopolistas, dependentes unicamente da vigência de seu contrato licitatório, as organizações atuantes no setor elétrico, possuem um forte compromisso com a responsabilidade socioambiental, caracterizando-a como um investimento imprescindível ao bom desenvolvimento de suas atividades e evidenciando-a sempre que possível em suas publicações.

5 Considerações finais

A presente pesquisa buscou analisar os impactos da crise econômico-financeira nos investimentos dos programas de responsabilidade socioambiental de empresas do setor elétrico brasileiro listadas no ISE-BM&FBOVESPA. Mediante a apresentação dos dados bibliográficos, tal como as informações relativas às demonstrações contábeis e sociais, expostas no decorrer deste trabalho, observa-se que embora não haja um preceito que regulamente as ações de responsabilidade social, este tema encontra-se totalmente interligado às ações de gestão das empresas, evidenciando a preocupação inerente das mesmas com o público externo.

A partir da análise proposta, verifica-se que o valor relativo dos investimentos, ou seja, a porcentagem do lucro destinada às ações ambientais não é uniforme, cabendo a cada uma das empresas defini-la de acordo com sua política de gestão. Neste sentido, o valor absoluto, isto é, o valor real do investimento, também não apresentou comportamento constante entre as empresas estudadas, confirmando a disparidade nas ações desenvolvidas.

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Isto se deve, sobretudo, ao fato dos maiores investimentos serem realizados em programas internos, ou seja, relacionados com a produção/ operação da empresa, que de certa forma, é aplicado internamente nas organizações, focando não somente no meio ambiente ou ações sociais, mas no melhoramento dos processos internos, conforme já abordado anteriormente.

Deste modo, nota-se que as oscilações relativas aos valores investidos em ações de responsabilidade socioambiental nas empresas abordadas durante o período observado, podem ser atribuídas à outras causas, tais como: a classificação de consumo de energia como mercado primário, que por sua vez desencadeia tantas outras atividades de inúmeros setores, industriais ou não; ou ainda o fato do “produto” não ter condições de exportação, ou seja, não sujeitar-se diretamente às oscilações da moeda americana.

Conclui-se, portanto, que mediante a diversidade de comportamentos frente às observações realizadas, não é possível obter uma análise conclusiva quanto à mensuração dos impactos da crise econômico-financeira nos programas de responsabilidade socioambiental do setor elétrico brasileiro, sendo necessário, para tanto, uma análise em maior profundidade das organizações estudadas, onde os dados quantitativos coletados possam ser confrontados com possíveis subsídios qualitativos, e os números levantados comparados ao posicionamento dos gestores envolvidos.

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