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Assistencia de enfermagem ao paciente adulto que se submete a cirurgia cardiaca

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(1)

955

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(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE BANTA CATARINA ~ UFSC

CENTRO DE CIENCIAS DA SAUDE - CCS

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM ~ NFR ›

€§E5E3]ÍE51FEEf4C3I[¢ã I)EE EEFJF:EEF2F1$äE5EÉP1

ÊÂCJ F°FäC2]IEEFJ1FEE ¢äI)LJL_1FC)

CJLJEE ESEE SBLJIBPGEETFEE Fã

(3IÍÍ?(JF2€5I[lã CIläFQI)H[¢ãC3lä -‹ v-‹ Nchww Tcc UFSC ENF o8 0' Lurde nta I .- G'u Au or ‹_› ao pac de enfermage n ..-‹ oz Ass stênc a .-‹ T'tu 023 c. 24 944 496 A 972 CCSNI TCC UFSC ENF 0181 Ex. BSCCSM CCSM UFSC á -'.u \, Í' + 1 ¡`

¡Lo! LURDES Glumfn” V»

CRISTINA DENISE seus wEsTPHAL

RUTE MARIA scHm1Tz _ ,¿f,

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õ

ORIENTADDRA: Rosana Silveira da Conceição

C0-DRIENTADUR: Gelson Albuquerque

SUPERVISOR: Mš Betina Camargo Bub

(3)

23

SALMO 22

D

Senhor é meu pastor, nada me faltará.

Em verdes prados ele me faz repousar.

Cbndhz-me junto às águas refrescantes,

restaura as forças de minha alma.

Pelos caminhos retos ele me leva,

por amor do seu nome.

Ainda que eu atravesse o vale escuro,

nada temerei, pois estais comigo.

Vosso bordão e vosso baculo

são o meu amparo.

Preparais para mim a mesa

à vista de meus inimigos.

Derramais o perfume sobre minha cabeça,

transborda a minha taça.

A

vossa bondade e misericordia hão de seguir-me

por todos os dias da minha vida.

E

habitarei na casa do Senhor

por longos dias.

(4)

4

FäG5F2¢äI)EEC3Í[P4EEPJ1'CJE5

/

Ao finalizarmos a Bš fase do Curso de Graduação em

Enfermagem, gostariamos de agradecer a ajuda e o apoio de

todas as pessoas que contribuiram para que isso fosse

possivel, e, em especial, à equipe de saúde do Instituto

de Cardiologia de Santa Catarina, que possibilitou o

êxito de nossa atuação, nos acolhendo com carinho,

abrindo espaço com uma postura profissional exemplar.

A Deus,

pelo refúgio acolhedor e motivador, nas horas de alegrias

e tribulaçöes.

Aos familiares,

pelo apoio e incentivo durante toda a caminhada.

A Supervisora e Orientadora,

pelas orientações experientes que nortearam todo nosso

trabalho.

Ao paciente, l

que nos motivava confiantemente a busca de novos

conhecimentos, na tentativa de melhorar a assistência

prestada.

*Oi

(5)

E3LJP4¢äFQÍ[C3 IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 6 II - OBJETIVOS 2I1 _ IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 2I2 _ I. I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I _. IIIIIIIIIIIIIIIIÍIÍIII IV - REFERENCIAL TEORICO IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 4I2 '_ IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII V - METODOLOGIA 5.1 - OBJETIVO 1 ... 5.2 - OBJETIVO 2 ... 5.3 - OBJETIVO 3 ... VI - RESULTADOS

6.1 - DESCREVENDO A METODOLOGIA DA ASSISTENCIA ...

6.2 - DESENVOLVENDO UM MODELO DE PRESCRIÇAO DE ENFERMAGEM

6.3 - DISCUTINDO OS PROBLEMAS DE SAÚDE DOS PACIENTES COM

UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL ...

VII - CONSIDERAÇOES FINAIS ...

VIII - RECOMENDAÇOES ...

IX - BIBLIOGRAFIA ...

ANEXO ... IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

(6)

6

I

-

Í[Pú`FF?C3I)LJÇ;¢3CJ

Este trabalho faz parte dos objetivos da Bá fase do Curso

de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina

- UFSC. Foi desenvolvido no Instituto de Cardiologia de Santa Catari-

na - ICSC, no periodo de 24 de agosto a 18 de dezembro de 1992, e te-

ve como objetivo geral prestar assistëncia de enfermagem ao paciente

adulto que se submete à cirurgia cardíaca nas unidades de internaçag

B - UIB e coronaria - UCo.

Dptamos por esta area da assistência, por considerarmos a

cardiologia um importante campo para aprimorar nossos conhecimentos e

por ser as doenças do coração as que mais acometem pessoas no mundo

todo.

Segundo a investigação interamericana de mortalidade, as

doenças do coração tiveram nos EUA uma diminuição, principalmente nas

doenças isquâmicas, apesar de que esta continua sendo a principal

causa mortis no pais. A taxa de mortalidade aumenta, juntamente com a

idade, tanto para o sexo masculino como para o sexo feminino, sendo

que a frequência maior se da no sexo masculino.

Segundo um estudo realizado em Singapura e na Irlanda do

Norte, no periodo de 1959 a 1983, a mortalidade por doença isquêmica

em homens aumenta de 5,5% em 1959 para 17,8% em 1983 e nas mulheres

de 2,4% para 14,3%. (Prado, 1989).

Em Israel, para o periodo de 1969 a 1978, a mortalidade

(7)

habitantes em 1978, e em mulheres na relaçäo de 240/100.000 habitan-

tes. (op.cit.).

D levantamento anterior mostra, entre diversos países do

mundo, de vários continentes, que a doença do coração ainda ocupa um

alto indice de mortalidade. Mesmo em paises que tenham diminuído esta

taxa, ainda é a doença que mais mata. Mostra também que, mesmo em pa-

ises do 39 mundo, as doenças do coraçao gcupam alta; indiçeg de mar-

talidade. Mesmo que um dos maiores fatores de risco, hoje discutido,

seja o desenvolvimento desenfreado dos paises do 19 mundo.

No Brasil, as doenças do coração vem aumentando signifi-

cativamente nos últimos anos, apesar de ser considerado como um dos

principais fatores de risco o desenvolvimento sócio-econômico dos pa-

ises industrializados. No pais, a doença isquëmica está entre as

principais causa mortis.

Segundo dados obtidos através do levantamento estatístico

de mortalidade no Brasil, no ano de 1986 a doença isquêmica, mais

precisamente o enfarto agudo do miocárdio, teve um total de 46.196

casos de morte, sendo que deste total 28.820 eram do sexo masculino e

17.269 do sexo feminino. A faixa etária mais atingida do sexo mascu-

lino foi entre 50-79 anos e do sexo feminino de 60-79 anos. (Estatis-

tica de Mortes, MS, 1986).

Ja as valvulopatias, que traziam como principal fator de

risco a febre reumática, vem diminuindo significativamente sua parce-

la representativa, sendo as lesões de valvula mitral as mais inciden-

(8)

8

comuns são a mitral e a Órtica, ou ambas juntas. Na soma destas, ob-

tem-se um total no sexo feminino de 632 casos e no masculino de 442

casos, isto no ano de 1986. (Ibidem).

Segundo Prado (op.cit.), o levantamento dos casos de mor-

talidade das doenças do aparelho circulatorio nas principais cidades

do Estado de Santa Catarina, no periodo de 1971 a 1977, houve um au-

mento progressivo, com um percentual de 33,4Z, seguindo-se um decli-

nio no ano seguinte na ordem de 2,0%. A mortalidade por doenças car-

diovasculares, durante esse periodo, manteve-se como a principal cau-

sa mortes no Estado, o que vem referendar o levantamento estatístico. Conforme consta nas tabelas a seguir:

(9)

TABELA NQ 001 - DISTRIBUIÇAO DAS CIRURGIAS REALIZADAS NO ICSC, SEGUN-

DO SEXO, N0 PERIODO DE FEV.91-FEV.92.

CIRURGIA N l F Á ¡ TOTAL SEXO f Z f Z f Z Revas.Miocárdio

Troca Valva mitral

Troca Valva Aorta Dupla Troca Valvar

Comissurotomia mitral Atriosseptopiastia Aneurismectomia Outras 154 29 34 4 1 0409-* 66.37 71 12.50 22 14.65 23 1.72 2 0.43 18 0.43 4 ^ 2.60 1 1.30 - 6 48.30 14.96 15.65 1.36 12.25 2.72 0.68 4.08 225 51 57 6 19 5 7 9 59.36 13.45 15.03 1.60 5.01 1.31 1.84 2.40 TOTAL 232 100.00 147 100.00 349 100.00

Fonte: (Livro de Registro do ICSC).

TABELA NQ 002 - DISTRIBUIÇAO DAS CIRURGIAS DA UI-B D0

SEXO, NO PERIODO FEV.91-FEV.92. ICSC, SEGUNDO

SEXO CIRURGIA M F TOTAL f ' Z f | Z f | Z Revas.Miocárdio Troca Valva mitral

Troca Valva Aorta

Dupla Troca Valvar

Comissurotomia mitral Atriosseptopiastia Aneurismectomia Outras 110 28 31 3 1 ‹bO*I-° 59.784 .58 15.85 22 16.85 23 1.63 2 0.55 16 0.55 3 3.26 1 2.17 5 44.62 16.92 17.70 1.55 12.30 2.30 0.76 3.85 168 50 54 5 17 4 7 9 53.50 15.92 17.20 1.60 5.41 1.28 2.22 2.87 TOTAL 184 100.00 130 100.00 314 100.00

(10)

TABELA NQ OO3 - DISTRIBUIÇAO DAS CIRURGIAS MAIS FREQUENTES DOS PACIENTES

DA UCD DO ICSC, SEGUNDO SEXO, NO PERIODO DE FEV.91-

FEV.92 10 SEXO CIRURGIA M F TOTAL f l Z f | Z f i Z Revas.Miocárdio

Troca Valva mitral

Troca Valva Aorta Dupla Troca Valvar

Comissurotomia mitral Atriosseptopiastia Aneurismectomia Outras 144 23 38 6 4 Utdw 64.00 10.2O 16.9O 2.68 1.77 O.44 1.33 2.66 49 2O 24 4 18 1 1 9 38.90 15.87 19.04 3.17 14.28 O.8O O.8O 7.14 193 54.98 43 12.25 `62 17.66 1O 2.84 22 6.26 2 O.6O 4 1.14 15 4.24 TOTAL 225 100.00 126 100.00 351 100.00

Fonte: (Livro de Registro da UCo do ICSC)

Através destas tabelas podemos analisar que as cirurgias de

revascularização do miocárdio são mais realizadas em homens, e as

trocas valvares em mulheres. O que caracteriza as doenças isquëmicas

serem mais frequentes no sexo masculino e as valvulopatias no sexo

feminino.

TABELA NQ OO4 ~ DISTRIBUIÇAO DA MORTALIDADE DA UCD DO ICSC, SEGUNDO

IDADE E SEXO, NO PERIODO DE FEV91~FEV.92.

IDADE SEXO TOTAL f

Tlíi

Z f Z f I -/. 35 - 44 45 - 54 55 ¬ 64 65 - 74 1 2 3 16.67 33.33 50.00 2 2 1 40.00 40.00 20.00 à‹ãhJH 9.1O 18.18 36.36 36.36 TOTAL 6 100.00 5 100.00 11 100.00

(11)

Com relação a mortalidade, a faixa etária mais acometida no

sexo masculino foi a de 55 a 74 anos, com uma frequência acumulada de

83,33%, e no sexo feminino foi de 45 a 64 anos, com uma frequência

acumulada de 50%.

TABELA NQ OO5 ~ TEMPO DE PERMANÊNCIA DOS PACIENTES INTERNADOS NA UCD

DO ICSC, ND PERIODO DE FEV.91~FEV.92.

TEMPO DE PERMANÊNCIA f Z ~ 2 254- 72.16 ~ 5 81 23.01 f 1O 12 3.41‹›* - 2O 4 1.13 ~ + 1 O.29 Nr» I-*i-0~(AO TOTAL 352 100.00

(12)

TABELA OO6 - Mortalidade proporcional por alguns agrupamentos

de Doenças do Aparelho Girculatório por faixa - 12

etaria e sexo. SC.1986

V

GRÁFICO 01" Mortalidade proporcxonal por alqunf. agrupamentos de

Doenças do Aparelho Circulatórxo. por taxxa etaria. Sexo masculino. Santa Catarina. 1986.

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dv lmencns du Aparrrlhn C1r‹:ulat‹'›ri‹›. Sexo feminino.

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Fonte: Prado,l986.

(13)

'

Cerca de um terço dos Óbitos provem de uma afecção da ar-

téria coronaria, pois quase todos os individuos idosos têm, pelo me-

nos, uma avaria na circulação coronaria. Ds vasos sanguíneos corona-

rios se ocluem, às vezes, com muita rapidez em poucos minutos ou ho-

ras, como resultado de coagulos sanguíneos ou outras anomalias, que tamponam a sua luz. Noutras ocasiões isso acontece lenta e progressi- vamente, num periodo de anos. (Guyton, 1971).

A causa mais frequente da oclusão coronaria é a trombose

resultante de aterosclerose. Desde ja podemos dizer que nos indivi-

duos idosos, e em diversas doenças, nas quais o metabolismo lipidico

e afetado, os lipídeos que contém primeiramente colesterol e seus

sais são depositados abaixo da intima das principais artérias. Com o

decorrer dos anos, esses depósitos se calcificam e grande quantidade

de tecido fibroso invade as paredes das artérias degenerando-as.

Outro fator atribuido as doenças coronárias, entende-se

por espasmo coronario, geralmente, é transitório e pode ser corrigido

por nitratos. Entretanto, pode persistir e precipitar um infarto do

miocárdio desde que o espasmo cause uma total ou sub-total obstrução

da luz do vaso. D espasmo pode provocar também uma estase sanguínea

e, consequentemente, uma trombose.

Fatores de Risco para Doença Coronariana

Nos últimos anos, estudos incessantes têm sido empregados

para a elucidação da doença coronariana, principalmente daquelas de-

senvolvidas pela aterosclerose. No entanto, apesar de muitos progres-

(14)

14

total. Sabe-se que existem fatores considerados de risco, que colabo-

ram no aparecimento da patologia, porem, nenhum deles, isoladamente,

pode ser responsabilizado. Tais fatores devem ser cuidadosamente pes-

quisados, pois podem determinar o desencadeamento, manutenção- e/ou

exacerbação da sintomatologia. Em alguns casos, somente a retirada

destes fatoräes é suficiente para eliminar a patologia.

DE BCDVÚD CDM Esta PEVCÊPÇGD, alguns fatores de risco se- rão relacionados a seguir:

a) Idade e Sexo.

A DCC atinge com mais frequência homens que mulheres. Es-

tudos comprovaram que no periodo que antecede o climatério, as mulhe-

res parecem estar protegidas da DCC; apos a menopausa esta vantagem

diminui e ambos os sexos são acometidos quase que igualmente. Nos ho-

mens, a DCC sintomática pode aparecer na faixa etária dos 30 anos ou

até mesmo mais cedo. Esta diferença relativa a idade e sexo sugere

que influências hormonais são agravantes desta patologia.

O acometimento da DCC aumenta, enormemente, com a idade

em ambos os sexos; porem, o fato de homens adultos e jovens serem

acometidos torna evidente que a DCC não é apenas restrita a pessoas

idosas.

b) Dieta e Colesterol.

A dieta e o colesterol estão associados a fatores de ris-

co, pois a elevaçäo dos lipídeos séricos, particularmente o coleste-

rol, esta implicada no inicio da aterosclerose. Em paises desenvolvi-

(15)

DCC também se eleva, fixando-se os niveis de colesterol serico em 200

a 240 mgZ. Ja em paises pobres, onde a ingesta alimentar e limitada,

as taxas de colesterol sérico fixam-se em média nos 100 a 120 mgZ.

Dados como este podem dar-nos condições de inferir que padrões ali-

mentares estão relacionados com o aparecimento da DCC. (Meltzer, 1987

- DuGas, 1983 e Dudas, 1989).

c) Hipertensão Arterial.

Nos Estados Unidos é também chamada de assassina silen-

ciosa, pois nos estágios iniciais seus sintomas passam imperceptiveis

pelos portadores. Todavia, é a causa de maior prevalência nos AVCs,

devido à hemorragia intracerebral, e de insuficiência cardíaca con-

gestiva, como também um forte precursor frequente da DCC, por acele-

rar o processo aterosclerótico e por aumentar a demanda da musculatu-

ra cardíaca. (Meltzer, 1987 e Guyton, 1971).

d) Hereditariedade.

Historias de ICC em familiares consanguineos aumentam

consideravelmente o prognóstico de surgimento de novos casos da doen-

ça na familia, principalmente na quarta ou quinta decada de vida. Pa-

ra tanto, as pessoas com antecedentes familiares de ICC deveriam se

conscientizar e identificar os fatores de risco que as mesmas podem

modificar, de forma a limitar a progressão do processo ateroscleróti-

co. (Meltzer, 1987 - Dudas, 1989 e DuGas, 1983).

e) Dbesidade.

Dbesidade é definida como um indice de massa corporal

(peso/altura) superior a 20% acima do valor ideal. Existe uma maior

(16)

16

indivíduos com excesso de peso. Segundo alguns estudos, é dificil

avaliar a obesidade como um fator de risco isolado, pois muitas pes-

soas obesas säo também idosas e apresentam pressão arterial elevada e

altos niveis de colesterol serico. .É importante salientar que as

grandes mudanças de peso estão frequentemente relacionadas com a fre-

quente mortalidade causada pela doença coronariana. (Meltzer, 1987).

f) Estresse Emocional.

O estresse emocional é um importante fator de-risco para

a doença arterial coronariana, tanto em homens quanto em mulheres.

Porem, vale lembrar o que e estressante para um individuo pode não

sê-lo para outro; de qualquer forma, ele esta presente.

Apesar de varios componentes de nosso estilo de vida con-

tribuirem para o estresse, segundo pesquisas, as pessoas agressivas,

ambiciosas, impulsivas, competitivas, impacientes e preocupadas estão

mais sujeitas ao surgimento de doença arterial coronariana.

(op.cit.).

g) Diabetes Mellitus.

A doença coronariana acomete mais os adultos e jovens

diabéticos do que os não portadores de diabetes. Mesmo que haja um

controle, o risco de desenvolver a doença coronariana e muito grande.

A intolerância a glicose não é isolada facilmente como fator de ris-

co, pois a maioria dos diabéticos também tem pressão arterial eleva-

da, altos niveis de colesterol serico e um- excesso de peso.

(17)

h)

Tabagiso.

O tabagismo e outro fator que contribui para o apareci-

mento da doença cardíaca coronariana. A probabilidade nos não fuman-

tes e menor do que nos fumantes, provavelmente porque eles não tragam

a fumaça.

A maneira pela qual o tabagismo afeta as artérias corona-

VÍBS äíflfiã não foi bem definida. Q sugestão de que a nicotina do ci-

garro provoca uma vasoconstricçäo arterial, capaz de diminuir o cali-

bre da luz do vaso e uma redução do fluxo sanguíneo coronariano, ain-

da não foi confirmada. Por outro lado, a nicotina aumenta o trabalho

cardíaco (aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial), cau-

sando uma relativa diminuição do oxigênio. Alem disso, o fumante

apresenta elevados niveis de monóxido-de carbono, favorecendo a dimi-

nuição da oxigenação do miocárdio. (0p.cit.).

i) Vida sedentária.

A falta de atividade fisica tem sido apontada como um fa-

tor de risco para o desenvolvimento de doença cardíaca coronariana,

mas a evidência de tal fato não foi ainda conclusiva. No entanto, di-

versos estudos têm mostrado, por exemplo, que a doença cardíaca coro-

noariana acontece com mais frequência em trabalhadores sedentários do

que em trabalhadores cuja atividade requeira um maior espaço de ati-

vidade fisica.

Embora existam razões para se acreditar que a atividade

fisica previna doenças cardíacas coronarianas e que a inatividade

contribua para as mesmas, ainda permanece em aberto a questão levan-

(18)

18

Como tratamento cirúrgico da DCC, existe a cirurgia de

revascularizaçäo do miocárdio, que é realizada para normalizar a cir-

culação do músculo cardíaco isquëmico que esta colocado sob risco de

necrose, quando se completar a obstrução da artéria coronária compro-

metida. (Jatene, 1984).

A indicação para a revascularização cirúrgica só pode ser

feita com conhecimento prévio da situaçag da tada rede v¿5¢U1ar ¡Urg-

nária, bem como da condição do ventrículo esquerdo. lsto significa

que não se pode indicar cirurgia sem um adequado estudo cinecorona-

riografico e ventriculografico. Por isso, embora as tentativas de re-

vascularizaçäo cirúrgica se iniciassem em 1916, somente após 1962,

quando Mason Sones divulgou a coronariografia, o método teve bases

objetivas de seleção de pacientes. (op.cit.).

A cineangiocoronariografia seletiva permite a visualiza-

ção do sistema arterial coronario humano, estabelecendoi a presença,

grau e distribuição das lesões coronárias no ser vivo. Esta técnica

tem sido utilizada também para controle objetivo dos resultados a

curto e longo prazo das operações. (op.cit.).

A cirurgia de revascularização do miocárdio teve grande

impulso nos últimos anos com a introdução das anastomoses aortocoro-

nárias, com veia safena autologa. Inicialmente, esta cirurgia foi

proposta para casos de insuficiência coronaria crônica e, posterior-

mente, passou a ser empregada em pacientes com sindrome coronária

aguda. Sua tecnica foi realizada pela primeira vez por Favaloro, em

1967, e exigia a integridade da porção proximal e distal da artéria,

(19)

se constituía em substituição do segmento ocluido por enxerto nervo-

so. Apos a contribuição pioneira de Favaloro, esta cirurgia foi pra-

ticada pela primeira vez em nosso meio por Jatene, em 1968.

Atualmente, os tipos Ade cirurgia de revascularização

constam de : Ponte Safena, Ponte de Mamária, pontes sequenciais, im-

plante de marcapasso. (op.cit.). A cirurgia de ponte safena foi rea-

lizada pela primeira vez por Ganet, em 1963. Entretanto, sua divulga-

ção ocorreu somente apos a utilização e adequação feita por Favarolo,

em 1968. Este procedimento consiste na utilização da veia safena in-

vertida, para estabelecer conexão entre a aorta ascendente e a porção

distal á obstrução da artéria coronária comprometida. (op.cit.).

A cirurgia de implante de artéria mamária foi proposta,

em 1946, por Vineberg. Consiste na criação de um túnel na área mio-

cárdica isquêmica, onde é implantada a artéria mamária. Apesar das

evidências experimentais e pós morte, apresentados por Vineberg, so-

mente apos Sones demonstrar in vivo a opacificação da artéria coroná-

ria é que a operação foi aceita e amplamente divulgada. (op.cit.). A

cirurgia de ponte mamária utiliza a artéria mamária interna, em lugar

da veia safena e, como é ramo da artéria subclávia, a anastomose é

realizada apenas com a artéria coronária distal à obstrução.

(op.cit.).

A cirurgia de pontes sequenciais referem-se a duas ou

mais anastomoses com uma única veia. Em alguns casos, uma única veia

circula o coração fazendo todas as anastomoses necessárias. São téc-

(20)

20

hipótese de obstrução, pode-se perder várias anastomoses ao mesmo

tempo. (op.cit.).

Endarterectomia coronaria, esta tecnica era empregada co-

mo operação de exceção e reserva, para a coronaria direita que ja ti-

vesse obstrução total. Mais recentemente, tem sido usada como opera-

ção eletiva, especialmente em pacientes muito sintomáticos e com ar-

térias difusamente lesadas, ate então consideradas não cirúrgicas.

Consiste na retirada de toda a intima coronariana. Esta tecnica feita

com cuidado não compromete ramificações e permite fluxo satisfatório.

A endarterectomia e, sempre, complementada com ponte de safena.

(op.cit.).

Ds pacientes com indicação para cirurgia de revasculari-

zação, na sua quase totalidade, são portadores de ateroscleroseâ Sen-

do assim, outros Órgãos podem estar com seu suprimento sanguíneo com-

prometido e as alteraçöes durante a anestesia, ou a circulação extra-

corpórea, podem causar danos de gravidade variável. Por isso, a ava-

liação cuidadosa, particularmente da circulação cerebral e ramos da

aorta abdominal, deve se constituir em preocupação permanente. As ar-

térias periféricas devem, igualmente, ser avaliadas. Sempre que hou-

ver dúvidas, em estudos adequados, seja por radiologia digital ou por

estudo angiografico, deve ser indicado. (op.cit.).

Tratamento não cirúrgico da insuficiência coronariana - a

angioplastia transluminal coronária - foi realizado pela primeira vez

no homem em 1959, por Mason Sones. Consiste num estudo controlado das

artérias coronárias, com o objetivo de identificar sua obstruçag, bem

(21)

duplo lumen, munidos de um balão na porção distal, onde este comprime

a placa de ateroma contra a parede arterial, aumentando sua luz. É

valido registrar que este procedimento e realizado de acordo com a

disponibilidade da equipe cirúrgica que podera intervir em casos de

A ~

EmEI"QÊflCJ.a.

Através de observações clinicas e estudos angiograficos,

fiCDU flitÍÚü 3 PV959nÇa U9 DDSÍYUÇGD trombolica coronariana apos IAM.

Tais trombos são coágulos sanguíneos formados por proteinas (fibrino-

genio) que sob a forma solúvel no plasma, que se transforma em fibri-

na. A fibrina é removida pela fibrinólise (enzima do sistema fibrino-

litico). A estreptoquinaze e uma enzima bacteriana, proveniente dos

estreptococos do grupo C e atua como um ativador exógeno do plasmino-

gênio, produzindo a fibrinólise e estimulando desta forma a lise do

trombo.

Nas doenças da válvula aórtica, o termo insuficiência

aortica isolado é usado para referir o incompleto fechamento da val- vula da diastole ventricular. As causas mais frequentes desta patolo-

gia são: cardiopatia reumatica, valvulopatia aórtica com calcifica-

ção, cardiopatia sifilitica e o distúrbio conhecido com o nome de in-

suficiência aórtica isolada não sifilitica. (op.cit. e Dudas, 1989).

O termo estenose refere-se ao estreitamento da luz do

orifício valvar. A maior parte dos casos de estenose aórtica desen-

volve-se a partir da degeneração senil e calcificação da valvula aor-

tica. No caso da valvula aortica tricúspida, a degeneração leva a es-

(22)

« 22 Quando a cardiopatia reumatica e a causa de estenose aor-

tica, ela quase nunca e observada isoladamente, pois acomete tambem a

valvula mitral, uma vez que os estreptococos Beta hemoliticos do gru-

po A afetam o miocárdio e a enzima estreptoquinase atua deixando na

musculatura valvar cicatrizes que após são calcificadas e fibrosadas,

impedindo seu perfeito funcionamento. (op.cit.).

As doenças da valvula mitral podem ser de origem reumati-

ca ou não reumatica. Entre as não reumaticas temos a disfunção da

musculatura papilar, a calcificação do anel mitral, a degeneração mu- cóide das cúspidas e o mixoma atrial. (OMS, 1990). A causa exata da

febre reumatica não e conhecida, porem, e quase sempre sequela de uma

infecção do trato respiratório superior por estreptococos bete-hemo-

liticos do grupo A. Os efeitos inflamatórios resultam apos a cura e

cicatrização que levam a deformidades mecânicas, que resultam em dis-

túrbios hemodinãmicos. Os sinais e sintomas da febre reumática podem

ser discretos e a lesão não é detectada até que um exame fisico de-

nuncie um sopro cardíaco distinto. (op.cit.).

A ecocardiografia demonstra a insuficiência da valvula

mitral e ecos de calcificaçào ou fibrose. O tratamento das lesões

valvulares causadas por doença reumatica, está indicado quando as al-

terações interferem na capacidade do individuo desempenhar suas ati-

vidades normais.

Os procedimentos cirúrgicos das lesões valvulares variam,

conforme a lesão, seja ela única ou múltipla. A reparação pode ser

realizada indiretamente ou diretamente, durante uma cirurgia cardíaca

(23)

23

comissurotomia mitral (abrindo as aderëncias), troca de valvula, re-

troca de valvula, valvuloplastia (balão via femural que chega na vál-

vula e reduz a pressão entre as cavidades afetadas).

Existem 2 tipos de próteses valvulares: biológicas e me-

tálicas. As biológicas são feitas de duramater de porco, boi ou car-

neiro. As válvulas biológicas assemelham-se às reais, porém duram me-

DDS E São mais funcionais. As metálicas duram mais, porem é necessa-

rio tomar anticoagulante durante toda a vida.

A indicação cirúrgica das valvulas cardíacas tem por ob-

na

jetivo: melhorar a função cardíaca, reduzindo a incidencia do infarto

e prolongar as perspectivas de vida. (Jatene, 1984 e Dudas, 1989).

Quanto aos exames clínicos avaliatorios, citam-se:

Exame físico. De grande importância, pois exclui outras

causas de dor pre-cordial e revelam indicadores da natureza das cri-

ses. A obesidade, hipertensão arterial, dados anormais na palpação

das artérias, sopros ao longo da ausculta são dados expressivos.

Exames laboratoriais. As provas laboratoriais empregadas

na avaliação dos pacientes portadores de valvulopatias incluem: O

eletrocardiograma, radiografia de tórax, certas enzimas cardíacas, a

determinação dos lipídeos sanguíneos, a glicemia, a monitorização do

ritmo cardíaco, ecocardiografia, cintilograma com tálio 201 associado

ao teste ergométrico, a ventilografia esquerda e a arteriografia co-

(24)

24

Ecocardiggrafia. Ha duas décadas é usada para fins diag-

nósticos. É um exame não invasivo e registra as estruturas cardíacas

localizadas ao longo de uma estreita faixa atravessada pelo feixe ul-

tro-sõnico, gerado pelo transdutor. Atualmente existe a ecocardiogra-

fia Doppler, mais sofisticada e que visualiza, em diversos planos e

dimensões, as estruturas cardíacas. Ambos são de grande praticidade,

de curta duração e de acesso fácil até o leito do paciente. (Jatene,

1984).

Cateterismo cardíaco. O cateterismo cardíaco é uma técni-

ca diagnóstica frequentemente usada em centros de tratamento cardio-

lógico, tendo como objetivo principal a obtenção de várias medidas

das pressões nas quatro câmaras do coração, eta presença e extensão

de doenças das artérias coronarias. Além de ser um metodo diagnóstico

invasivo, o paciente e transportado para uma sala especial, e o exame

tem uma duração aproximada de 3 hs. (Jatene, 1984 e Dudas, 1989).

A enfermagem cirúrgica constitui um dos campos mais am-

plos da prática da enfermagem. Acreditamos que a base apropriada para

r` 1-n

a prática da assistencia de enfermagem cirúrgica e um sólido conheci

mento dos mecanismos de saúde e doença, dos meios pelos quais os in-

divíduos se mantém saudáveis, das alterações fisiopatológicas e psí-

quicas que ocorrem na doença e das adaptações que as pessoas sofrem

ao haver modificações em seu estado de saúde. (Dudas, 1989).

Partindo do princípio que o referencial teórico se cons-

titui de todas as ideias e ações que norteiam o trabalho, considera-

mos útil deixar aqui sua importância e utilizaçag, bem zgmg zlargar

(25)

tra-25

balho e so termina com sua finalidade; e que conceitos e pressupostos existem para melhorar a compreensão entre autores e leitores, bem co-

mo nortear nossa ação.

No âmbito da sociologia, DENZIN (1989) refere que o termo

metodologia tem tido interpretações controvertidas. Para alguns estu-

diosos, diz o autor, não existe relação entre métodos, atividades de

D95qUí5a E PVOCESSD ÚE tEDfí2üÇã0. Segundo esta maneira de compreen-

der, o processo de teorização tem maior importância que o método, uma

vez que este constitui apenas um instrumento que representa a lógica

de procedimento cientifico, com pouco ou nenhum conteúdo teórico es-

pecifico.

Acreditamos que o referencial teórico e um conjunto de

informações que levam a direcionar as ações a serem desenvolvidas e

A

que, sem ele, não e possivel se pensar em assistencia sistematizada

com qualidade, pois e condição básica para se instituir um metodo,

este indispensável aos enfermeiros para aplicação do conhecimento na

(26)

26

II

_

OBJETIVOS

OBJETIVO GERQL

Assistir o individuo em experiência pre e pós -cirurgia

cardíaca.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

. Aplicar uma metodologia de assistência de enfermagem ao

paciente adulto submetido à cirurgia cardíaca.

. Desenvolver um modelo de prescrição de enfermagem, con-

templando as rotinas do serviço e as especificidades de cada situa-

ção.

. Realizar reuniöes multidisciplinares de estudo acerca

(27)

I I I

-

C3€äF?FäC3`FEEF?I[IZÉAÇÊFRCJ

[)CJ L_CJC3FäL_ [)EE EE€51'fläE5]ÍC3

O Instituto de Cardiologia - IC, iniciou no Hospital Ne-

reu Ramos - HNR, em seguida no Hospital Governador Celso Ramos - HG-

CR, e hoje está funcionando no Hospital Regional de São Jose Dr. Ho~

mero de Miranda Gomes - HRSJHMG.›É a única instituiçag dg Egtadg que

atualmente ekecuta a medicina preventiva, investigação diagnóstica e

cirurgia cardíaca de rotina, utilizando equipamentos altamente sofis-

ticados, tais como: Balão Intra Aórtico, Ecocardiografia Biodimensio-

nal com estudo DOPPLER, alem de toda monitorização cardíaca e metodos graficos.

A Diretoria de Enfermagem do IC, subordinada a' Diretoria

Geral Medica, tem uma proposta para a implantação do organograma e

regimento do IC, tendo sido encaminhada à Secretaria de Saúde do Es-

tado através do oficio n9 031/B7/IC, de 24 de abril de 1987. Até hoje

a referida proposta não foi aprovada pelo Conselho de Politica Finan-

ceira.

REGIMENTO DA UNIDADE DE INTERNAÇAD CARDIACA

1. Filosofia

A Unidade de Internação Cardiologica, parte integrante do

IC da Fundação Hospitalar de Santa Catarina -. FHSC, situado no

(28)

29

individuo com intercorrências cardíacas, bem como à sua família e/ou

comunidade. Essa assistência diz respeito à operação po1itico-assis-

tencial, utilizada nesta entidade, visando a promoção, proteção e re-

cuperação da saúde, bem como a sua reintegração na sociedade, sem

discriminação de cor, raça, religião, nivel social e/ou educacional,

respeitando a dignidade do ser humano, convergindo todos os recursos

necessarios no pré e pos operatório, alem do periodo de evolução das

patologias cardíacas, afim de que seu restabelecimento se efetue com

o mínimo de complicações e, dentro do possivel, atinja o bem estar

fisico, psíquico e social.

2. Objetivos

2.1 - Prestar assistência de enfermagem integral ao pa-

ciente internado, portador de patologia cardíaca, e no pré e pós ope-

ratório.

2.2 - Prestar assistência de enfermagem à familia do pa-

ciente internado. -

2.3 - Servir de campo de ensino aos alunos de graduação e

pos-gaduação do Centro de Ciências da Saúde da UFSC,.bem como de en- tidades de ensino locais e regionais, deste ou de outros Estados, nos

diversos niveis.

2.4 - Servir de campo de pesquisa aos profissionais da

área de saúde.

2.5 - Implantar e avaliar a utilização de uma politica

(29)

29

3. Finalidades

A Unidade de Internação Cardiológica tem por finalidade

meios (recursos humanos, materiais e ambientais) para a prestação de

uma assistência adequada, qualitativa e quantitativa, na evolução das

patologias cardíacas e no pré e pós operatório de cirurgia cardíaca,

no que se refere à situação das necessidades basicas do paciente e

sua familia:

a) Selecionando adequadamente o pessoal de enfermagem a

ser admitido nesta Unidade, mantendo programa de educação continua em

serviço e avaliando periodicamente.

b) Selecionando material permanente e de consumo de boa

qualidade, controlando seu uso e funcionamento periodicamente.

c) Supervisionando os principios de assepsia medica e ci-

rúrgica, relacionados ao pessoal que trabalha na Unidade e equipes

multiprofissionais que frequentam a mesma.

d) Controlando a contaminação do ambiente, periodicamen-

te, através de culturas microbiologicas.

4. Distribuição da área fisica

A area fisica do IC obedece as seguintes divisões:

- Ambulatorio - Hemodinâmica - Centro Cirúrgico - Unidade Coronariana - Unidades de Internação A, B e C - Setor de Pessoal

(30)

30

- Divisão de Serviços de Enfermagem

- Divisão Administrativa

- Zeladoria

- Almoxarifado

- Setor de Contas Médicas

Além destes setores, o IC utiliza outros serviços do

HRSJHMG, como: - Emergência - Nutrição - SANE - Setor de Manutenção - Raio X

- Laboratorio: contratado pela Secretaria Estadual de Sa-

úde - SES, que presta serviço ao Hospital.

5. Estrutura organizacional da UIB do IC

a) Localização: a UIB localiza-se no segundo pavimento,

nível 2. Situa-se proximo à UCo, UIA, CC, Centro de Material e Este-

relização, Centro Dbstétrico, Berçário e UTI.

b) Area Física: a Unidade de Internação Cardiologica com-

põe-se das seguintes areas:

- 9 quartos com 2 leitos

- 4 enfermarias com 3 leitos

- posto de enfermagem e sala de medicação - sala de curativos e exames

(31)

sala de utilidades

depósito e sala de lanches

rouparia

copa

banheiro masculino e feminino para funcionarios -

banheiro para familiares e pacientes e/ou visitantes

sala de recreação para pacientes

c) Funcionamento: a Unidade de Internação Cardiologica

funciona durante 24 horas, com regime de três turnos de trabalho (ma-

tutino, vespertino e noturno).

d) Equipe de Enfermagem: o levantamento do quadro de pes-

soal necessario na enfermagem para a Unidade Cardiologica foi

elabo-A

rado visando uma assistencia global de enfermagem nas 24 horas, nos

diversos niveis de atendimento, levando-se em consideração o stress

fisico, psíquico e emocional do funcionario que trabalha com pacien-

tes cardíacos. Os quadros a seguir mostram a distribuição das catego-

rias por turno de trabalho e da carga horária/dia, nas UIB e UCo,

respectivamente.

Quadro 1 - Distribuição das categorias profissionais da UIB do IC,

por turno de trabalho. .

São José, SC - set./1992.

CATEGORIA E T U R N 0 \ \ \ r Manha Í Tarde ` Noite Ê TÓTAL Enfermeiro Atendente Tecnico de Enfermagem 4 ¿ Auxiliar de Enfermagem - * 8 Escriturário 1 - - 2 1 5 13 l-*‹I>J>NI-' ‹l>J>\I(/J 4 12 i TOTAL 10 12 ` 1a ` 40

(32)

Quadro

2

- Distribuição das categorias profissionais da UCo do IC por

turno de trabalho.

São José, SC - set./1992.

` A

TURND

CATEGORIA 1

E

Manhã Tarde Noit E TOTAL

wlvtdüiw ¿ Enfermeiro 2 A Técnico de Enfermagem 3 5 Auxiliar de Enfermagem - 1 g Atendente 2 \ 1 Escriturário 1 ` 5 10 7 4 10 18 A 10 B 2 TOTAL 14 8 26 48

Para melhor caracterizar o local de estágio com relação à

assistência de enfermagem prestada no ICSC, realizamos um questiona-

rio (Apêndice 2), que foi distribuido a 20 profissionais da equipe,

onde levantamos os problemas e sugestões dos mesmos para melhoria da

assistência, conforme constam a seguir:

A - Problemas identificados através das respostas dos questionários

1. D enfermeiro está desviando suas funções, deveria dar uma -

lhor assistência e não se ocupar tanto com a burocracia.

2. A enfermagem passa despercebida, e não é valorizada.

3. Falta de participação do enfermeiro com os demais membros da

equipe.

(33)

33

5. Relacionamento satisfatório entre a equipe multiprofissional.

6. Salários não compativeis com a função, importância do traba-

lho.

7. As~prescriçöes de enfermagem são vistas como rotinas e por

muitos desnecessária. "Cpm prescrições ou sem as prescrições de en-

fermagem, o paciente é assistido."

B - Sugestões da equipe de saúde para a melhoria da Assistência:

1. Melhor entrosamento entre a equipe.

2. Melhor consideração pelos familiares.

3. Maior valorização dos profissionais com salários compativeis.

4. Maior número de profissionais nas unidades, com redução da

carga horária.

A

5. O enfermeiro deve dar mais assistencia e menos burocracia.

6. Manutenção efetiva dos equipamentos.

7. Materiais de melhor qualiú.-me. B¡b|¡°ÊeCa Un¡V9r$¡Íáf

U

FSC

...z |nn::_._<.::_í au-7'-_ zzzzfi in .

š.

(34)

34

Quando nos foi falado sobre o referencial teórico as di-

ficuldades de compreensão foram diversas. Depois de muitas buscas de

informação e conversas com nossos orientadores, começamos compreender

melhor.

Gostaríamos de esclarecer que pela pouca experiência que

possuimos e por ser Wanda Horta o "marco referencial” mais utilizado durante o curso de enfermagem da UFSC e Hospital Universitário e, por

conseguinte, e o que mais praticamos em nosso curso, decidimos utili- za-la como suporte para nosso trabalho.

Quando Nanda Horta fala que o ser humano e um ser biopsi-

cossocial/espiritual, concordamos. Acreditamos que o homem é um ser

indivisível e necessita de condições básicas para manter-se em equi-

líbrio com seu meio. Fica claro para nos que ambiente e todo o eco- sistema no qual o ser humano está inserido. Ao conhecermos a realida-

de do nosso campo de estágio, avaliamos que o homem nestas condições

está em desequilíbrio consigo e com o meio em que se encontra. E os

desequilíbrios geram no ser humano necessidades caracterizadas por

estados de tensão conscientes ou inconscientes, os quais em grande

parte são gerados por fatores estressantes. A enfermagem tem um papel

fundamental na tentativa de amenizar tais fatores, promovendo a recu-

paração e manutenção deste equilíbrio. Entendemos que tal assistência

é um processo dinâmico e contínuo, interligado em suas etapas, bus-

(35)

35

I[\/

-

F?FfF7F7F2F?P4C2I[¢äI `FEEC3F?]ÍC2CJ

4.1 - PRESSUPDSTÚS

D1. D homem e um ser biopsicossocial e espiritual. É um

todo indivisível.

U2. O homem tem necessidades básicas, que, quando satis-

feitas, resultam em equilibrio com seu meio e consigo próprio.

O3. O ser humano esta em constante interação com o uni-

verso, dando e recebendo energia. (op.cit.).

A

D4. D ambiente e todo universo no qual o ser humano esta

inserido.

D5. As condições de vida, moradia e trabalho estão rela-

cionadas com as N.H.B.; quando estas não são atendidas adequadamente,

o homem desenvolve o processo de desequilíbrio.

06. A forma como uma pessoa encara o seu equilibrio e de-

sequilibrio determina, em grande parte, as medidas que tomará para se

proteger, bem como o tipo de assistência que buscará quando estiver

em desequilíbrio.

O7. As situações de desequilíbrio devem ser atendidas,

obedecendo uma ordem de prioridade.

DB. A enfermagem e a arte e a ciência que busca reinterar

no ser humano seu equilibrio, atraves do atendimento de suas N.H.B.

D9. A enfermagem é prestada ao ser humano e näo à sua do-

(36)

36

4.2 - MARCO CDNCEITUQL

Ser Humano

D ser humano e um ser biopsicossocial e espiritual, em

constante interação com o universo sujeito a mudanças em seu estado

de equilibrio, que ocorre quando as NHB não são atendidas. (Horta,

1979).

Ambiente

Diz respeito a todas as condições do universo que permi-

tam ao individuo atender correta e completamente suas necessidades.

(op.cit.). `

Equilibrio/desequilíbrio

D ser humano, como parte integrante do universo, esta su-

jeito a estados de desequilibrio no tempo e no espaço. Os desequilí-

brios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por esta-

dos de tensão, conscientes ou inconscientes, que o levam a buscar sa-

tisfação de tais necessidades para manter seu equilibrio dinâmico no

tempo e no espaço. (op.cit.).

Enfermagem

A enfermagem e a arte e a ciência de assistir o ser huma-

no no atendimento de suas necessidades basicas, de torna-lo indepen-

dente desta assistência quando possível, pelo ensino do auto-cuidado

e, tambem, de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com

(37)

37

\/

-

P4EE1"CJI)C3L_C3C5ÍIFä

5.1 - DBJETIVD NQ 1: Aplicar uma metodologia de assistência de enfer-

magem ao Paciente adulto sobmetido à Cirurgia

Cardíaca.

A metodologia de assistência, quando orientada por um re-

ferencial teórico adequado a situação de saúde do ser humano e a rea-

lidade institucional, é indispensável para se prestar uma assistência

racional e de qualidade.

A metodologia por nós adotada e orientada por um referen-

cial teórico fundamentado em conceitos da teoria das NHB de Nanda

Horta e pela classificação diagnóstica da NANDA. Assim, para nós, o

paciente é visto como um ser biopsicossocial e espiritual que possui

necessidades basicas, que está impossibilitado de satisfazer por si

próprio, necessitando do auxilio da enfermagem.

A metodologia por nós adotada constitui-se de quatro pas-

sos básicos, que descrevemos a seguir:

1.1 - Histórico de Enfermaqem.

o roteiro sistematizado para o Ie-

vantamento de dados do ser- humano

significativos para o enfermeiro, que

tornam possivel a identificação de

seus problemas.” (op.cit:41).

Compreende as fases de identificação, exame fisico, ne-

(38)

38

conclusões acerca das necessidades identificadas, da análise destas,

seguidas de seu diagnóstico.

1.2 - Diaqnóstico de enfermagem.

Para fazermos o diagnóstico não utilizaremos Wanda, por

acreditarmos que na cardiologia não haverá condições de listar todas

as necessidades humanas basicas afetadas, bem como determinar seu

grau de dependência. Por isso, utilizaremos o diagnóstico de enferma-

gem da NANDA.

"Diagnóstico de enfermagem e o julga-

mento clinico das respostas do indi-

viduo, da familia ou da comunidade

aos processos vitais ou aos problemas

de saúde atuais ou potenciais, os

quais fornecem a base para a seleção

das intervenções de enfermagem, para

atingir resultados, pelos quais um

enfermeiro é- responsável.” (NANDA,

1990:2b).

Tem como objetivo principal uniformizar a linguagem dos

enfermeiros ao se referirem aos problemas do cliente e se constitui

em um julgamento clínico das respostas ao individuo, da familia ou da

comunidade aos processos vitais ou a problemas de saúde.

A ideia da atividade diagnóstica surgiu com Nightingale e

colaboradores na Guerra da Criméia, onde conseguiram identificar e

tratar os problemas de saúde efetivamente, diminuindo significativa-

mente a taxa de mortalidade.

Em 1920, Harmer oficialmente sugere a ideia da atividade

diagnóstica, e, no decorrer das décadas, esta idéia foi se aprimoran-

do. Em 1973, realizou-se a lê Conferência do Grupo Norteamericano pa-

Clëããififlëção dos diagnósticos; em 1982, foi formalmente organiza-

(39)

no-39

ve conferências, na tentativa de aperfeiçoar e promover a taxonomia

nos diagnósticos de enfermagem.

2.3 - Intervenções de enfermagem.

o roteiro diário (ou aprazado) que

coordena a ação da equipe de enferma-

gem nos cuidados adequados ao atendi-

mento das necessidades basicas e es-

pecificas do ser humano.” (Horta,

1979:b5).

As intervenções de enfermagem deverão ser precedidas da

enumeração dos cuidados prioritários adequados ao paciente diante do

diagnóstico pre-estabelecido.

OU na

2.4 - Avaliação de enfermagem.

o relato diario ou periódico das

mudanças sucessivas que ocorrem no

ser humano enquanto estiver sob as-

sistência profissional. É a avaliação

global das intervenções de enferma-

gem. (op.cit:ó5).

Através da evolução poderá haver mudanças no diagnostico

intervenção. Na evolução diária utilizaremos o método S.D.A.P.

(dados subjetivos, objetivos, analise e plano), que é a parte inte-

grante do sistema Weed1.

1 S -

D-

A-

P-

Subjetivo: dados relatados pelo paciente, familia, amigos ou

responsaveis, referentes à situação (o que sente, observa ou

acredita ser).

Objetivo: são observações ou dados mensuráveis, obtidos por

elementos da equipe de saúde.

Avaliação: explica e interpreta o significado dos dados objeti-

vos e subjetivos. Avalia ao mesmo tempo a conduta adotada e a

identificação de novos problemas.

Plano: representa a decisão para tomar uma conduta específica,

(40)

40

Estratégia

A partir da caracterização do local de estagio, conhece-

remos a realidade institucional em relação à idade, sexo, tempo de

permanência, morbidade e mortalidade, buscando sempre o entrosamento

com a equipe de saúde da mesma, propondo concomitantemente um modelo

de enfermagem adaptado às necessidades existentes no Instituto de

Éardiologia, fundamentado no referencial teórico. Em seguida, execu-

ção do diagnóstico de enfermagem partindo do levantamento das NHB

afetadas, categorizando-as.conforme a~ classificação .diagnóstica de

NANDA. Os mesmos serão registrados em formulário próprio.

Realizaremos também prescriçñes de enfermagem diariamen-

te, registrando-as na ficha de prescrição medica. Sempre considerando

as necessidades individuais do paciente, bem como as ações de enfer-

magem do mesmo (técnicas, procedimentos, etc.). D que estiver pres-

crito nas prescriçbes de enfermagem e médica sera checado diariamen-

te.

A avaliação de enfermagem será feita diariamente, sob a

forma de SOAP (subjetivo, objetivo, análise e plano). Será registrada

em formulário proprio do IC existente nas Unidades.

(41)

Avaliação do Objetivo

Este objetivo será avaliado quantitativamente no decorrer

do estagio, onde cada aluna deverá prestar assistência de enfermagem

a, no minimo, 5~pacientes, representando 522 de cobertura da unidade

B e UCo.

5.2 - OBJETIVO NQ 2: Desenvolver um modelo de prescrição de enferma-

gem, contemplando as rotinas do serviço e as es-

pecificidades de cada situação. Justificativa

As prescrições de enfermagem no ICSC, conforme trabalho

realizado por CONCEIÇAD et alii (1991), foram consideradas importan-

tes pela maioria dos membros da equipe de saúde daquela instituição.

Entretanto, nesta mesma ocasião, estes profissionais também conside-

raram estas prescrições extremamente rotinizadas. Dbservaram ainda

que a rotinizaçäo das prescrições fazia com que os enfermeiros dei-

xassem de prescrever os cuidados especificos à situação de saúde de

cada paciente.

Um outro aspecto identificado por Conceição (op.cit.) foi

que as prescrições de enfermagem não são realizadas nas Unidades de

Internação A e B, porque a totalidade dos enfermeiros referiu serem

em número insuficiente para prescrever os pacientes sob sua supervi-

(42)

42

Considerando esses aspectos, e que nos propomos a desen-

volver um modelo de prescrição de enfermagem simplificado, que con-

temple as rotinas do serviço e as especificidades de cada situação de saúde.

Estratégia

Identificaremos as rotinas existentes nas Unidades B e

coronariana, padronizando as rotinas de assistência de enfermagem se-

gundo as cirurgias realizadas, com o objetivo de elaborar um impresso

de prescrição de assistência de enfermagem, adequando a realidade

institucional, preservando um espaço para as especificidades de cada

situação de saúde. Este impresso devera ser apresentado e discutido

junto com a equipe de enfermagem da Unidade antes de ser implantado.

Aprazamento: lê à última semana.

Avaliação do objetivo

Alcançado se o modelo for considerado exequível pela

(43)

43

5.3 - OBJETIVO NQ 3: Realizar Reuniões multidisciplinares de Estudo

acerca da Assistência Prestada.

Justificativa

Tem como objetivo aprimorar nossos conhecimentos cientí-

ficos e de toda a equipe de saúde, com a finalidade de melhorar a

qualidade de assistência ao paciente e sua familia, vendo-os como se-

res biopsicossociais e espirituais.

Estratégia

Realizaremos 6 reuniões multidisciplinares, dando priori-

dade às situaçoes de saúde mais frequentes, observando as necessida-

des e preferências da equipe de saúde. Estas reuniões serão divulga- das em cartazes, contendo o assunto, data, horario e local pré-esta-

belecido. Terão o objetivo de envolver outros membros de saúde (psi-

cologo, nutricionista, fisioterapeuta, médico).

Aprazamentø

Sera apresentado um estudo de situação por semana, ini-

(44)

44

Avaliação do objetiva

Ao término do estágio, cada aluna deverá realizar e apre-

sentar no minimo 2 estudos de situação. Serão considerados também,

como avaliação, os depoimentos verbais dos pacientes (equipe de en-

fermagem, psicólogo, nutricionista, assistente social, etc.).

(45)

46

sendo 28 na UCo e 15 na UI-B, muitos dos mesmos foram assistidos pe-

las alunas nas duas unidades, devido ao rodízio utilizado durante o

estagio.

Usando como referencial Nanda Horta e a classificação

Diagnóstica da Nanda, desenvolvemos inicialmente um modelo de histó-

rico de enfermagem a ser aplicado nos pacientes da_Ul-B, onde se en-

C0fltfam› fflfë @×CEÇDes, os pacientes pré-cirúrgicos, pois nos pós-ci-

rúrgicos fica dificil colher informações. (Anexo 1).

Neste histórico procuramos, conforme conceito contido no

projeto, salientar todas as necessidades humanas básicas afetadas,

que possibilitassem a identificação destes problemas.

Tendo em mãos os dados do histórico, partimos para a

identificação dos diagnósticos de enfermagem conforme classificação

diagnóstica da Nanda. Desenvolvemos um formulário próprio para acomo-

dação destes diagnósticos no prontuário e identificamos na UCo 6

(seis) diagnósticos mais frequentes com suas caracteristicas, confor-

(46)

47

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA

UMDADE=

NOME = REGISTRO=

o|AeNo'sr|co DE ENFERMAGEM |N|'c|o FIM AEORDAGEM

I-INCAPACIDAOE DE DESOBSTFIUIR AS VIAS AEREAS DEVIDO ESTASE

PULMGIAR DECORRENTE DA CIRURGIA.

2-ALTERAÇÃO NA MUCOSA ORAL DEVIDO PRESENÇA DE TUI' E IMPOSSIBILIDADE

(W AUSÊNCIA) DE ALIMENTAR-SE POR VIA ORAL POR MAIS DE 24HS.

3-INTECRIDADE TISSULAR E OA PELE PREJUDICADA DEVIDO INCISÍO CI Rúnelcâ,

onENos,cA1'ãTEnEs E souoâs.

4-Po'rENc|AL PARA |NFEcçÃo nE|_Ac|oN1u›o com E×›=os|ç7\o AMBIENUL AUMEN-

TADA E S)LUÇÕES DE CONTINUIDADES NA PELE,DRENOS,SONDA$ E CA 'rÉ'rEnEs.

5-MOBILIDADE FIÚSICA PREJUDICADA DEVIDO PERMANÊNCIA OBRIGATÓRIA NO LEITO.

6-DEFICIT DE AUTO CUIDADO DEVIDO A PERMANÊNCIA OBRIGATÓRIA NO LEITO.

I I

'

(47)

48

TABELA NQ 007 - DIAGNUSTICD DE ENFERMAGEM EFETUADO EN PACIENTES CAR-

DIOPATAS CIRÚRGICDS, INTERNADDS NA UCD D0 ICSC, N0

PERIODO DE 0UT-NOV. DE 1992. DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM f Z 01 - 02 - 03 - 04 - 05 - 06 - 07 - 08 - 09 - 10 - 11 - 12 -

Potencial para a diminuição do débito cardíaco de-

vido ao uso de medicamentos 02

Potencial para ferimentos relacionados com perfil 01

anormal do sg (hemat. baixo)

Mobilidade fisica prejudicada devido a permanência 28

obrigatória no leito

Ansiedade relacionada a ausência da familia D1

Potencial para infecção relacionado com fatores de

risco, tais como: ruptura da pele, tecidos trauma-

tizados e exposição ambiental 28

Integridade da pele prejudicada relacionada com

invasão das estruturas do corpo e fatores mecâni-

cos (adesivos que puxam os pêlos) 28

Dor relacionada com a alteração no tônus muscular

devido a cirurgia 28

Integridade tissular e da pele prejudicada, rela-

cionada à incisão cirúrgica, drenos, cateteres 28

Alteração na mucosa oral devido a presença do TDT

e impossibilidade de alimentar-se por via oral

por mais de 24 hs. 28

Integridade tissular prejudicada, relacionada com

incisão cirúrgica, drenos ... 01

Incapacidade de desobstruir as vias aéreas, devido

estase pulmonar, decorrente da cirurgia 28

Déficit de auto-cuidado, devido a permanência

obrigatória no leito 28 0.95 0.43 12.22 0.43 12.22 12.22 12.22 12.22 12.22 0.43 12.22 12.22 TDTAL 229 100.00

(48)

49

TABELA NQ OOB - DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM IDENTIFICADO EH PACIENTES

CARDIOPATAS PRÉ E POS CIRURGICOS NA UI-B DO ICSC, NO

PERIODO DE OUT-NOV. DE 1992. DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM Z O1 - O2 - O3 - O4 - O5 - O6 - O7 - O8 - O9 - 1O - 11 - l2 - 13 - 14 - 15 - 16 -

Padrão respiratório ineficaz, relacionado à disp-

neia aos esforços

Potencial para a diminuição do debito cardíaco,

devido ao uso de medicamentos

Ansiedade relacionada à expectativa cirúrgica

Potencial para ferimentos, relacionado com perfil

anormal do sg (hemat. baixo)

Ansiedade relacionada à ausência da familia

Débito cardíaco diminuído, relacionado com ritmo

de galope

Padrão respiratório ineficaz, relacionado com mur-

múrio vasecular diminuído ~ .

Potencial para prejuizo da integridade da pele e

alteração no estado metabólico

Ansiedade relacionada à preocupação e incerteza da

maternidade

Déficit de conhecimento, relacionado à falta de

familiaridade com recurso de informação e inter-

pretação errada de informação

Ansiedade relacionada à ameaça de morte (risco ci- rúrgico)

Alteração da mucosa oral, relacionada com dentes

cariados, higiene oral inefetiva

Integridade da pele prejudicada, relacionada com

lesões descamativas da pele

Alteração da nutrição, relacionada a desnutrição

Potencial para infecção, relacionado à desnutrição

Potencial para alteração da temperatura corporal,

relacionado a extremos de peso e medicamentos cau-

sadores de vasodilatação 9.52 4.76 11.90 2.38 4.76 4.76 2.38 2.38 2.38 29.60 7.14 9.52 2.38 2.38 2.38 2.38 TOTAL 100.00

(49)

TABELA NQ 009 - CARACTERISTICAS QUE FUNDAMENTAM 0 DIAGNOSTICO DE IN-

CAPACIDADE DE DESOBSTRUIR AS VIAS AÉREAS- .

DIAGNOSTICO f Z CARACTERISTICAS f Z

Incapacidade de desobs~ estase pulmonar decor-

truir as vias aéreas 28 100 rente da cirurgia 28 100.00

tosse inefetiva sem

expectoração A 12 › 42.85

Fonte: Prontuário do Paciente

0 diagnóstico de Incapacidade de desobstruir as vias ae-

reas e definido como o estado em que o individuo é incapaz de elimi-

nar secreções ou obstruçöes do trato respiratório, para manter a per-

meabilidade das vias aéreas. (Farias, 1990). Dos pacientes estudados,

100% estavam com incapacidade de desobstruir as vias aéreas devido

estase pulmonar, decorrente da cirurgia, e 42,85% tinham tosse inefe-

(50)

51

TABELA NQ DID - CARACTERISTICAS QUE FUNDANENTAN D DIAGNOSTICO DE AL- TERAÇAO NA MUCOSA ORAL.

DIAGNOSTICO A

f Z CARACTERISTICAS f Z

Alteração na mucosa presença de tubo uro-

oral 28 100 traqueal 28 100.00

impossibilidade de a-

limentar-se por via

oral por mais de 24 h. 28 100.00

0 diagnóstico de alteração da mucosa oral e definido como

o estado em que o individuo experimenta ruptura nas camadas dos teci-

dos da cavidade oral. (Farias, 1990). Dos pacientes estudados, 100%

estavam com alteração na mucosa oral, devido presença de TOT e impos- sibilidade de alimentar-se por via oral por mais de 24 h.

(51)

TABELA NQ 011 - CARACTERISTICAS QUE FUNDANENTAN O DIAGNOSTICO DE IN-

TEGRIDADE TISSULAR E DA PELD PREJUDICADA.

DIAGNOSTICO f Z CARACTERISTICAS f Z

Integridade tissular e incisão cirúrgica,

da pele prejudicada 28 100 drenos, cateteres e

sondas 28 100.00

invasão das estruturas

do corpo e fatores me- cânicos (adesivos que

puxam os pêlos) 28 100.00

enfizema subcutãneo 1 3.57

Fonte: Prontuário do Paciente.

D diagnostico de Integridade tissular e da pele prejudi-

cada é definido como um estado em que o individuo experimenta danos

na mucosa, em membrana corneal, ou tegumentar ou no tecido subcutãneo

e/ou um estado em que a pele do individuo está prejudicada. (Farias,

1990). Dos pacientes estudados, 100% estavam com a integridade tissu-

Iar e da pele prejudicada, devido incisão cirúrgica, drenos, _catete-

res, sondas, invasão das estruturas do corpo e fatores mecânicos (a-

desivos que puxam os pêlos). E 3,5% estavam com a integridade tissu-

(52)

53

TABELA NQ 012 - CARACTERISTICAS QUE FUNDAMENTAM O DIAGNOSTICO DE PD-

TENCIAL PARA INFECÇAD

DIAGNOSTICO f Z

A

CARACTERISTICAS f Z

Potencial para infecção 28 100 fatores de risco, tais

como: ruptura da pele,

tecidos traumatizados

e exposição ambiental

aumentada 28 100.00

Fonte: Prontuário do Paciente.

0 diagnostico de Potencial para Infecção é definido como

o estado em que o individuo está com o risco aumentado para ser inva- dido por organismos patogênicos. (Farias, 1990). Dos pacientes_ estu-

dados, 100Z estavam com defesa inadequada por terem sido submetidos a

um ou mais procedimentos invasivos (incisão cirúrgica, sondas, cate-

teres arteriais e/ou venosos, cateter em AE, tubo oratraqueal e ou-

tros). Estes procedimentos e os traumas cirúrgicos se constituem em

(53)

TABELA NQ O13 - CARACTERISTICAS QUE FUNDAMENTAN O DIAGNOSTICO DE NO- BILIDADE FISICA PREJUDICADA.

DIAGNOSTICO f Z CARACTERISTICAS f Z

Mobilidade fisica pre- permanência obrigató-

judicada 28 100 ria no leito 28 100.00

Fonte: Prontuário do Paciente.

D diagnóstico de mobilidade fisica prejudicada é definido

como o estado em que o individuo experimenta uma limitação na habili-

dade para movimentos fisicos independentes. Dos pacientes assistidos,

100% estavam com sua mobilidade fisica prejudicada, devido ~à perma-

nência obrigatória no leito, relacionado ao pós-operatório e seus

procedimentos que impossibilitam sua deambulaçào.

TABELA NQ O14 - CARACTERISTICAS OUE FUNDAMENTAN O DIAGNOSTICO DE DÉ-

FICIT DE AUTOCUIDADO '

DIAGNOSTICO I

f Z CARACTERISTICAS f Z

rs

Déficit de auto/cuida devido à permanencia

do - banho e/ou higie- obrigatória no leito 28 100.00

ne _2B 100

Fonte: Prontuário do Paciente.

0 diagnóstico do déficit de auto-cuidado é definido como

um estado em que o individuo experimenta uma habilidade prejudicada

para realizar ou completar por si mesmo atividade de banho e/ou hi-

giene. Dos pacientes assistidos, 100Z estavam com déficit de au-

to/cuidado - banho e/ou higiente, devido à permanência obrigatória no

leito. '

Para se chegar a estes diagnósticos de enfermagem mais

(54)

te demonstrados nas tabelas a seguir:

TABELA N9 O15 - POPULAÇAO ASSISTIDA NA UCD, SEGUNDO SEXO E IDADE, NO

PERIODO DE 0UT-NOV. 1992.

55

também segundo sexo, idade e diagnostico medico, que estäo devidamen-

IDADE N i F l TOTAL SEXO f Z f Z f Z 21 - 31 ~ 41 - 51 - 61 - 71 - 01 0.00 01 4.76 08 38.09 08 38.09 03 14.30 01 4.76 14.28 14.28 28.58 28.58 14.28 00.00 01 02 10 10 04 O1 3.58 7.14 35.71 35.71 14.28 3.58 TOTAL 21 100.00 100.00 28 100.00

TABELA NQ 016 - POPULAÇAO ASSISTIDA

PERIODO DE OUT-NOV. UI-B, 1992 SEGUNDO SEXO E I DADE,

IDADE SEXO M TOTAL ,

X;

Í l f ' E 11 - 21 - 31 - 41 - 51 ~ 61 - 71 - 01 10.00 02 20.00 00 00.00 02 20.00 04 40.00 00 00.00 01 10.00 00.00 00.00 60.00 20.00 O0.00 20.00 00.00 01 02 03 03 04 O1 O1 6.67 13.33 20.00 20.00 26.66 6.67 6.67 TOTAL 10 100.00 100.00 15 100.00

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