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Consumo alimentar em estudantes do 2º e 3º ciclo do ensino básico

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Consumo Alimentar de Estudantes do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico Food Consumption of Students in Secondary Education

Joana Maria Santos Rebelo

Orientado por: Prof.ª Doutora Cláudia Afonso

Coorientado por: Prof.ª Doutora Cristina Santos; Dr.ª Beatriz Teixeira

Trabalho de Investigação

1.º Ciclo em Ciências da Nutrição

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

(2)
(3)

Resumo e Palavras-chave

Introdução: A alimentação saudável é determinante para a saúde dos jovens. No

ensino público, seguem-se orientações para a oferta alimentar, mas o ensino

privado afigura-se diferente. Torna-se pertinente estudar o consumo alimentar dos

alunos, neste contexto.

Objetivos: Avaliar o consumo alimentar dos alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino

básico privado, identificar os fatores associados e sugerir medidas que melhorem

a oferta alimentar e a adesão dos alunos ao refeitório e bufete escolares.

Metodologia: Questionário de aplicação direta, com questões relativas às

caraterísticas sociodemográficas e estilo de vida, consumo alimentar nas 24 horas

anteriores, local de consumo de refeições, satisfação com as mesmas e fatores

determinantes da saúde e escolhas alimentares.

Resultados: Analisaram-se 135 respostas. Todos praticavam atividade física na

escola e despendiam 2,7 horas em atividades sedentárias. A maioria não realizou

as refeições de forma completa, sendo a mais incompleta o jantar (89,6%). A

cantina escolar é o local de almoço habitual de 63,7% dos alunos, enquanto 24,4%

realizam-no fora da escola e 11,9% levam marmita de casa. Os almoços realizados

na cantina e fora da escola mostraram-se mais completos do que os consumidos

de marmitas. A “alimentação” é o fator considerado mais influente na saúde, e o “sabor dos alimentos” na escolha alimentar.

Conclusão: A possibilidade de praticar um almoço completo/adequado diminui

com o aumento de horas de inatividade física e com a seleção do “apoio da família” como determinante da saúde, e aumenta com a seleção de “tentar fazer uma alimentação saudável” como determinante das escolhas alimentares.

(4)

Palavras-chave: Consumo alimentar; Local de almoço; Estilos de vida; Idade

(5)

Abstract and Keywords

Introduction: Healthy eating is determinant for young people’s health. Public

education follows guidelines for the food supply, but private education seems

different. It is relevant to evaluate the food consumption of students included in this

context.

Objective: Evaluate the food consumption of students in secondary education at a

private school, identify the associated factors and suggest measures that improve

the food supply and the students’ adherence to the school canteen and buffet.

Methods: Questionnaire of direct application, with questions related to

socio-demographic characteristics and lifestyle, food consumption in the previous 24

hours, place of consumption of meals and its satisfaction and determinants of health

and food choices.

Results: 135 responses were analyzed. All of them practiced physical activity at

school and spent 2,7 hours in sedentary activities. Most of the respondents did not

consume complete meals, being dinner the most incomplete one (89.6%). The

school canteen is the usual lunch spot for 63.7% of the students, while 24.4% do it

outside the school and 11.9% take packed lunch. Lunches held in the school

canteen and out of the school were more complete than those consumed by packed

lunches. “Food” is the most influential factor in health, and the “taste of food” the most influential factor in food choices.

Conclusion: The possibility of practicing a complete/adequate lunch decreases

with increasing hours of physical inactivity and the selection of “family support” as an health determinant, and increases with the selection of “to try to eat healthy food” as a food choice determinant.

(6)
(7)

Lista de siglas

AF – Atividade Física

EE – Encarregado de Educação IF – Inatividade Física

Lista de tabelas

Tabela 1. Classificação da composição das refeições de acordo com os seus

constituintes ... 4

Tabela 2. Alunos que realizaram as refeições no dia anterior, a sua composição

(quantidade de refeições completas) e local de consumo das mesmas ... 7

Tabela 3. Avaliação da oferta alimentar da cantina, do bar e de fora da escola ... 9 Tabela 4. Razões que influenciam os alunos na escolha do local de consumo

habitual do almoço ... 9

Tabela 5. Fatores associados ao consumo de um almoço completo/adequado ... 10 Tabela A1. Alimentos adquiridos pelos alunos no bar ... 25 Tabela A2. Alimentos/bebidas consumidos pelos alunos quando almoçam fora da

escola ... 26

Tabela B1. Fatores que os alunos consideram ter mais influência na sua saúde 27 Tabela B2. Fatores que os alunos consideram ter mais influência nas suas

(8)
(9)

Sumário

Resumo e Palavras-chave ... i

Abstract and Keywords ... iii

Lista de siglas ... v Lista de tabelas ... v 1. Introdução ... 1 2. Objetivos ... 2 3. Metodologia ... 3 4. Resultados ... 6 5. Discussão ... 11 6. Conclusão ... 15 Referências ... 17 Índice de anexos ... 24

(10)
(11)

1. Introdução

A alimentação saudável é um fator determinante no normal crescimento e

desenvolvimento dos jovens em idade escolar, assim como, na promoção da sua

saúde, prevenindo doenças cujos principais fatores de risco são alimentares(1-3). De

facto, os hábitos alimentares inadequados são o terceiro principal fator de risco para

a perda de anos de vida saudável em Portugal(4, 5). À prática de uma alimentação

saudável estão associados efeitos positivos sobre o bem-estar dos jovens e sobre

a sua capacidade de aprendizagem e desempenho escolar(6).

O mais recente estudo feito na população portuguesa(7), tendo englobado a

população jovem, mostra que 78% dos adolescentes, com idades compreendidas

entre os 10 e os 17 anos, não atinge a recomendação diária para o consumo de

fruta e produtos hortícolas. Adicionalmente, são os que apresentam um maior

consumo de refrigerantes e néctares, sendo que 42% consomem pelo menos um

refrigerante ou néctar por dia(7). Apesar de serem o grupo etário da população com

maior percentagem de indivíduos fisicamente ativos (35,6%), cerca de um terço

(36,6%) dos jovens (15 a 21 anos) são sedentários(7).

Os jovens dedicam grande parte do seu dia à escola, onde geralmente

realizam pelo menos uma refeição e, sendo este um local de aprendizagem e de

moldagem de conhecimentos, é importante que sejam criados ambientes

promotores de uma alimentação saudável e adequada na comunidade escolar(1, 2,

(12)

Em contexto escolar, as refeições das cantinas deverão ser calculadas e

adaptadas às necessidades das diferentes faixas etárias(9). Os almoços fornecidos

deverão ser completos, variados e nutricionalmente adequados, sendo que a

refeição fornecida aos alunos deverá incluir uma sopa, um prato contendo

hortícolas; batata, arroz ou massa; carne, pescado, ovo e/ou leguminosas, e uma

sobremesa composta, maioritariamente, por fruta(10).

Enquanto no ensino público existem orientações para as ementas de

refeitórios escolares(8), preconizadas pela Direção-Geral dos Estabelecimentos

Escolares, e para os bufetes escolares(11), a realidade no contexto do ensino

privado afigura-se diferente, ainda que a legislação inclua também este ensino(12).

Uma vez que o consumo alimentar é influenciado por diversos fatores(13),

torna-se pertinente avaliar o consumo alimentar dos jovens inseridos neste contexto

e perceber de que modo é que este se relaciona com as suas caraterísticas

sociodemográficas, estilo de vida e grau de satisfação com as refeições escolares.

Adicionalmente, será importante identificar quais os fatores que auto percecionam

como importantes para a sua saúde e escolhas alimentares.

2. Objetivos

Com o presente estudo, pretende-se avaliar os fatores supracitados, de

modo a sugerir medidas assertivas, que aumentem a adesão das crianças e

adolescentes ao refeitório e bufete escolares. Pretende-se, também, incutir em toda

a comunidade escolar uma alimentação e estilo de vida promotores de saúde e

(13)

2.1. Objetivo geral

 Avaliar o consumo alimentar dos alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico de uma instituição de ensino privado.

2.2. Objetivos específicos

 Identificar as caraterísticas sociodemográficas e de estilos de vida dos alunos;  Identificar os fatores percecionados como mais relevantes para a sua saúde e

para as suas escolhas alimentares;

 Avaliar o grau de satisfação relativo à oferta alimentar na escola e fora da escola;

 Relacionar o consumo alimentar com as caraterísticas sociodemográficas, de estilos de vida e de local de consumo de refeições, assim como, com a

satisfação com a oferta alimentar escolar.

3. Metodologia

3.1. População e Amostra

O presente estudo epidemiológico descritivo observacional, de desenho

transversal, foi realizado com alunos de uma instituição de ensino privado, numa

amostra de conveniência, constituída por 7 turmas do 2.º e 3.º ciclos do ensino

básico.

Este trabalho foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética da

Universidade de Porto e foi obtida a permissão do Diretor da instituição de ensino

para a sua realização. Posteriormente, foram enviados consentimentos informados

(14)

3.2. Material e Métodos

De forma a dar cumprimento aos objetivos propostos, desenvolveu-se um

questionário de aplicação direta. Para testar o fraseamento e compreensão deste,

procedeu-se à realização de um estudo piloto em 13 alunos. O preenchimento do

questionário final decorreu em contexto de sala de aula, na presença dos docentes

das turmas e da investigadora principal, que procedeu aos esclarecimentos

necessários. Foi salvaguardado o anonimato dos participantes.

O questionário é constituído por questões relacionadas com as caraterísticas

sociodemográficas (sexo, idade e ano de escolaridade) e de estilo de vida (horas

de sono, de atividade física e de inatividade física) dos alunos.

Para a avaliação do consumo alimentar recorreu-se a um questionário às 24

horas anteriores, com questões relativas aos alimentos consumidos e ao local de

consumo das refeições. Os alimentos foram agrupados em grupos de alimentos,

para que se efetuasse a classificação da composição das refeições, de acordo com

os seguintes critérios, expressos na Tabela 1.

Tabela 1. Classificação da composição das refeições de acordo com os seus constituintes Refeições intermédias Completa

N.º de componentes*

Incompleta N.º de componentes*

Pequeno-almoço 3 ≤ 2

Lanches da manhã e da tarde ≥ 2 < 2

Ceia ≥ 1 0

Refeições principais Completa N.º de componentes**

Incompleta N.º de componentes**

Almoço e jantar 5 ≤ 4

*Componentes: latícinios; cereais e derivados; fruta.

**Componentes: sopa; hortícolas no prato; carne, pescado, ovo e/ou leguminosas; arroz, massa ou batata; fruta.

A classificação da composição do almoço sofreu uma recodificação aquando

da avaliação da sua relação com o local de consumo habitual da refeição e do

(15)

algumas categorias da variável. Assim, considerou-se um almoço

completo/adequado aquele que continha 4 ou 5 dos componentes descritos

anteriormente.

O questionário inclui ainda questões relativas ao local de consumo habitual

das refeições e satisfação com as mesmas, relativamente ao sabor e aspeto da

oferta alimentar da cantina, à variedade dos alimentos do bar e, ainda, quanto ao

grau em que consideravam saudável a oferta alimentar da cantina, do bar e de fora

da escola. Questiona, também, quais os fatores que consideram ter maior impacto

na sua saúde e quais os que influenciam as suas escolhas alimentares.

A análise estatística foi realizada no programa IBM SPSS® versão 25.0 para

Windows®. A estatística descritiva consistiu no cálculo de frequências absolutas (n)

e relativas (%), e de médias e desvios padrão. Foi utilizada a correlação de

Spearman (ρ) para medir a associação entre pares de variáveis e o teste exato de

Fisher para avaliar a independência entre pares de variáveis. Foi calculado um

modelo de regressão binária logística para prever a possibilidade de praticar um

almoço completo (4 ou 5 componentes) a partir das variáveis “sexo”, “horas de sono”, “praticar atividade física fora da escola”, “horas de inatividade física”, “local de consumo habitual do almoço” e os três fatores que os alunos consideram ter mais influência na sua saúde, bem como os três fatores que consideram ter mais

influência nas suas escolhas alimentares.

Rejeitou-se a hipótese nula quando p < 0,05.

Neste estudo, participaram 160 alunos, dos quais 25 foram excluídos por

não terem respondido de forma completa a todas as perguntas do questionário

(16)

4. Resultados

4.1. Caraterização pessoal e sociodemográfica

Foram analisadas respostas de 135 alunos, 58,5% do sexo masculino, com

idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos, sendo a idade média 12,0 anos

(d.p. = 1,6). Relativamente ao ciclo de ensino, 51,1% frequentavam o 2.º ciclo.

4.2. Caraterização dos estilos de vida

Todos os inquiridos praticavam atividade física (AF) na escola, numa média

de 1,8 sessões por semana e com duração média de 79 minutos (d.p. = 9) por

sessão. Apenas 28,1% não praticavam AF fora da escola, sendo que os restantes

o faziam numa média de 3,0 vezes semanais, com duração média de 86 minutos

(d.p. = 32) por sessão. A média total de minutos de AF praticados diariamente é 47

minutos (d.p. = 31), perfazendo uma média semanal de 331 minutos (d.p. = 216).

Os alunos despendiam 2,7 horas (d.p. = 1,7) em atividades como ver televisão,

jogar computador e estar no telemóvel e dormiam em média 8,7 horas (d.p. = 1,1)

por noite, numa média de 8,8 horas (d.p. = 1,2) em alunos entre os 10 e 13 anos, e

de 8,2 horas (d.p. = 0,8) entre os 14 e 17 anos.

4.3. Avaliação do consumo alimentar

A frequência do consumo das refeições, a sua constituição (refeição

completa ou não), e os locais de consumo (casa, escola ou outros locais)

(17)

Tabela 2. Alunos que realizaram as refeições, a sua composição (quantidade de refeições completas) e local de consumo, no dia anterior

Refeições

Alunos que realizaram a refeição

n (%)

Alunos que consumiram uma refeição completa*

n (%) Local de consumo* n (%) Pequeno-almoço 127 (94,1) 17 (13,4) Casa 121 (95,3) Escola 0 (0) Outros 6 (4,7) Lanche da manhã 114 (84,4) 50 (43,9) Casa 6 (5,3) Escola 103 (90,4) Outros 5 (4,4) Almoço 134 (99,3) 17 (12,7) Casa 35 (26,1) Escola 75 (56,0) Outros 24 (18,0) Lanche da tarde 106 (78,5) 54 (50,9) Casa 34 (32,1) Escola 51 (48,1) Outros 21 (19,8) Jantar 134 (99,3) 14 (10,4) Casa 121 (90,3) Escola 0 (0) Outros 13 (9,7) Ceia 37 (27,4) 29 (78,4) Casa 37 (100) Escola 0 (0) Outros 0 (0)

*Percentagens calculadas em função do número de alunos que realizaram cada refeição.

4.4. Identificação do local de consumo habitual das refeições

Relativamente ao local de consumo habitual do almoço, 33 alunos (24,4%)

relatam realizar esta refeição fora da escola, enquanto 102 (75,6%) o fazem na

escola; 86 (63,7%) na cantina escolar e 16 (11,9%) levam marmita de casa.

Existe uma correlação (ρ = 0,442 e p < 0,001) entre os dias em que os alunos

têm aulas de tarde e que almoçam na cantina, sendo que quanto maior o número

de dias em que têm aulas de tarde, maior o número de dias em que almoçam na

cantina, apesar de a correlação ser fraca.

Cantina: Apenas 46 alunos (34,1%) nunca almoçam na cantina escolar. Dos que

(18)

consomem o prato principal e 34 (38,2%) comem a sobremesa. Os três

componentes são habitualmente consumidos por 28 alunos (31,5%).

Bar: Relativamente à frequência semanal com que os alunos adquirem alimentos

do bar, 88 alunos (65,2%) nunca o fazem, 20 (14,8%) fazem-no uma vez, 17

(12,6%) fazem-no duas vezes e 10 (7,3%) adquirem alimentos três ou mais vezes.

Dos 47 alunos (34,7%) que adquirem alimentos do bar pelo menos uma vez por

semana, 36 (76,6%) fazem-no uma vez por dia e 11 (23,4%) fazem-no duas vezes.

Os dois alimentos adquiridos com mais frequência no bar escolar são

sumos/refrigerantes, por 21 alunos (44,7%), e folhados com chocolate, por 20

alunos (42,6%). Os restantes encontram-se descritos na Tabela A1, em anexo.

Fora da escola: Relativamente à frequência semanal com que os alunos almoçam

fora da escola, 71 (52,6%) nunca o fazem e os restantes 64 (47,4%) almoçam entre

uma a cinco vezes fora da escola. Os locais assinalados com mais frequência para

a realização desta refeição fora da escola são em casa (n = 46, 71,9%), no

restaurante (n = 13, 20,3%) e no café (n = 11, 17,2%).

Questionados sobre os alimentos que ingerem nos almoços que realizam

fora da escola, só 23 alunos (35,9%) consomem sopa, 52 (81,3%) incluem carne,

pescado ou ovo no prato e 39 (60,9%) incluem massa, arroz ou batata, mas apenas

9 (14,1%) incluem hortícolas; 23 (35,9%) consomem fruta. Relativamente às

bebidas, a mais consumida é a água, por 45 alunos (70,3%), no entanto, 18 (28,1%)

consomem refrigerante. Estes resultados encontram-se detalhadamente descritos

da Tabela A2, em anexo.

A avaliação da satisfação com a oferta alimentar da cantina, do bar e de fora

(19)

Tabela 3. Avaliação da oferta alimentar da cantina, do bar e de fora da escola Local de consumo Avaliação (escala de 0 a 5) Cantina* Aspeto média (d.p.) Sabor média (d.p.) Saudável média (d.p.) 2,7 (1,4) 2,7 (1,2) 3,7 (1,2) Bar* Variedade média (d.p.) Saudável média (d.p.) 4,1 (1,0) 2,2 (1,1) Fora da escola* Saudável média (d.p.) 3,7 (1,4)

*Valores médios atribuídos pelos alunos que realizam refeições nestes locais, no mínimo de uma vez por semana.

Principais razões para a escolha do local de almoço: As principais razões

apontadas para a escolha de um local de almoço preferencial, encontram-se

descritas na Tabela 4.

Tabela 4. Razões que influenciam os alunos na escolha do local de consumo habitual do almoço Razões / Locais Cantina*

n (%)

Marmita* n (%)

Fora da escola* n (%) Pais acham mais indicado 55 (64,0) 6 (37,5) 15 (45,5)

Hábito ou rotina 48 (55,8) 5 (31,2) 15 (45,5)

Grupo de amigos almoça aqui 37 (43,0) 2 (12,5) 1 (3,0)

Acessibilidade 31 (36,0) 2 (12,5) 14 (42,2)

Permissão (ou não) para sair da escola 27 (31,4) 2 (12,5) 4 (12,1)

Preço 10 (11,6) 7 (43,8) 4 (12,1)

Outra razão 10 (11,6) 3 (18,8) 2 (6,1)

Oferta alimentar adaptada aos gostos 8 (9,3) 8 (50,0) 23 (69,7) Ambiente mais agradável 6 (7,0) 2 (12,5) 14 (42,2)

*Percentagens calculadas em função do número de alunos que realizam habitualmente a refeição do almoço no local.

4.5. Identificação dos fatores percecionados como mais relevantes para a saúde e para as escolhas alimentares

Os alunos consideraram que os fatores que têm maior influência na sua

saúde são a alimentação (n = 106, 78,5%), fazer exercício físico (n= 89, 65,9%) e

o apoio da família (n= 52, 38,5%), como descrito na Tabela B1, em anexo.

Relativamente aos fatores que percecionam como mais relevantes para as

suas escolhas alimentares, 100 alunos (74,1%) selecionaram o sabor dos

(20)

a qualidade ou frescura dos alimentos, 66 (48,9%) o hábito ou rotina, e 63 (46,7%)

o controlo do peso, conforme descrito na Tabela B2, em anexo.

4.6. Relação entre o local de consumo habitual do almoço e a sua composição

Apenas 39,6% dos alunos realizaram um almoço completo/adequado (com

4 ou 5 componentes). A proporção dos que realizaram um almoço completo foi

superior nos que almoçaram na cantina (45,3%), ou fora da escola (36,4%) e mais

baixa nos que levaram marmita para a escola (13,3%), embora esta relação não

atingisse significado estatístico (p = 0,054).

4.7. Fatores associados ao consumo de um almoço completo/adequado

A associação entre a prática de um almoço completo/adequado, e as

variáveis “sexo”, “horas de sono”, “praticar AF fora da escola”, “horas de inatividade física (IF)”, “local de consumo habitual do almoço”, os três fatores que os alunos consideram ter mais influência na sua saúde e os três fatores que consideram ter

mais influência nas suas escolhas, encontra-se expressa na Tabela 5.

Tabela 5. Fatores associados ao consumo de um almoço completo/adequado

Variáveis Exp (B) IC 95% p

Sexo (feminino) 0,849 0,341 – 2,115 0,725

Horas de sono 1,007 0,999 – 1,014 0,074

Praticar atividade física fora da escola (não) 1,165 0,437 – 3,107 0,760 Horas de inatividade física 0,994 0,994 – 0,989 0,013

Local consumo habitual do almoço (cantina) 0,140

Local de consumo habitual do almoço – marmita 0,176 0,032 – 0,983 0,048 Local de consumo habitual do almoço – fora da escola 0,938 0,353 – 2,492 0,989 Saúde – alimentação (não seleção) 1,264 0,386 – 4,137 0,699 Saúde – fazer exercício (não seleção) 1,342 0,494 – 3,646 0,564 Saúde – apoio da família (não seleção) 0,309 0,122 – 0,781 0,013 Escolhas alimentares – sabor dos alimentos (não seleção) 0,782 0,300 – 2,039 0,615 Escolhas alimentares – tentar fazer alimentação saudável

(não seleção) 4,156 1,486 – 11,618 0,007

Escolhas alimentares – qualidade ou frescura dos

alimentos (não seleção) 1,462 0,580 – 3,867 0,421

Estas variáveis explicam um terço (R2 Nagelkerke = 0,342) da possibilidade

(21)

Encontrou-se uma relação com significado estatístico, negativa entre a

prática de um almoço completo/adequado e as horas de IF e a seleção do “apoio da família” como determinante da saúde, e positiva entre a prática de um almoço completo/adequado e o determinante das escolhas alimentares “tentar fazer uma alimentação saudável”.

5. Discussão

Para os jovens (5 a 17 anos), a Organização Mundial de Saúde recomenda

a prática de AF moderada a vigorosa num mínimo de 60 minutos diários (420

minutos semanais)(14). De acordo com os resultados obtidos, as recomendações

não são cumpridas. Tem sido demonstrado que a prática regular de AF reduz o

risco de diversas patologias, sendo um dos determinantes do gasto energético e

fundamental para o equilíbrio energético e controlo do peso(14). Já a IF (por

exemplo, ver televisão) parece estar associada a sobrepeso e obesidade em

jovens, devido à diminuição da AF e do gasto de energia(15-17). Os alunos em estudo

ultrapassam a recomendação máxima de 2 horas diárias destinadas a estas

atividades(18, 19). De facto, ver televisão aumenta a exposição dos jovens à

publicidade de alimentos, geralmente densamente energéticos, ricos em açúcar e

gordura(20). A Lei n.º 30/2019 de 23 de abril, ao regular a publicidade dirigida a

menores de 16 anos, visa solucionar este problema(21). É ainda possível que, ver

televisão durante as refeições, se relacione com maus hábitos alimentares, dado

que a diminuição da atenção à ingestão retarda os sinais de saciedade e aumenta

(22)

estatístico, uma maior prática de AF mostrou-se positivamente associada à

realização de um almoço completo/adequado.

A recomendação da National Sleep Foundation é de 9 a 11 horas de sono

diários para crianças (6 a 13 anos) e de 8 a 10 horas para adolescentes (14 a 18

anos)(22). Esta recomendação não é cumprida pelas crianças e, nos adolescentes,

encontra-se muito próxima da recomendação inferior. Alguns estudos têm relatado

declínios na duração do sono de crianças e adolescentes(23, 24). Este facto pode ser

alarmante pois o sono e a alimentação influenciam-se mutuamente(25-29).

Dos inquiridos, cerca de 6% não tomaram o pequeno-almoço. Saltar esta

refeição parece ter efeitos negativos nos jovens e influenciar negativamente o

sucesso escolar(30, 31).

A maioria dos alunos não realizou as refeições de forma completa. É superior

a percentagem de alunos que realizou um almoço completo, relativamente ao

jantar, tendo a primeira refeição sido consumida, maioritariamente, na escola e a

segunda em casa. O consumo diário de duas ou três refeições fornecidas pela

escola foi associado a um consumo menor de produtos ultraprocessados e a um

consumo maior de produtos frescos ou minimamente processados (32). O consumo

excessivo de ultraprocessados tem sido associado positivamente à ocorrência de

dislipidemia em crianças(33), síndrome metabólica em adolescentes(34) e obesidade

em ambos(35). É possível que os alunos que passam o dia inteiro na escola e

consomem as refeições lá fornecidas, ingiram alimentos menos processados e

tenham uma alimentação mais adequada(36) relativamente aos que não o fazem ou

que permanecem apenas metade do dia na escola(32).

Os almoços realizados na cantina e fora da escola mostraram-se mais

(23)

almoços fornecidos pelos pais para levar para a escola não vão de encontro às

recomendações para esta refeição(37, 38). Algumas intervenções demonstraram

modificar esta tendência, nomeadamente, aumentar o conhecimento dos pais(37),

incluir a componente educacional nas crianças(39-46), fornecer recursos(40, 42, 43, 47),

incentivar a prova de hortícolas e frutas(42, 43, 48) e desenvolver e comunicar políticas

alimentares nas escolas(44, 45). Futuras políticas poderão aumentar a disponibilidade

de alimentos saudáveis e reduzir a comercialização dos restantes (37).

Dos alunos que adquirem alimentos do bar, cerca de metade consome

refrigerantes/sumos com maior frequência, assim como, um terço dos alunos que

almoça fora da escola. O estado de hidratação afeta a capacidade cognitiva e o

humor(49). Os refrigerantes e outras bebidas açucaradas, apesar de poderem

contribuir para a hidratação, são um dos principais determinantes do ganho de peso

em adolescentes(50), devido às calorias ingeridas pelo seu elevado teor de açúcar(51,

52).

A possibilidade de realizar um almoço completo/adequado diminui nos

alunos que despendem mais horas em IF e nos que selecionam o “apoio da família” como determinante da saúde. Já os que selecionam “tentar fazer uma alimentação saudável” como determinante das escolhas alimentares aumentam 4 vezes esta possibilidade. A maioria dos alunos relatou almoçar preferencialmente na cantina

escolar. A principal razão dada pelos alunos que não o fazem é a adequação da

oferta alimentar dos restantes locais aos seus gostos. O sabor e a qualidade dos

alimentos são dos fatores considerados mais importantes para as suas escolhas

alimentares. Assim, poderia ser uma boa estratégia ir de encontro aos seus gostos

(24)

nutricional, mas melhorar o sabor e aspeto dos pratos fornecidos, incentivando-os

a realizar as suas refeições neste local. De modo a proporcionar melhores opções

para os lanches e corresponder às expetativas dos alunos, seria interessante tornar

a oferta alimentar do bar, mais saudável.

O consumo inadequado de frutas e hortícolas aumenta o risco de obesidade

e de doenças crónicas preveníveis(36). As Dietary Guidelines for Americans(53)

recomendam a implementação de estratégias para aumentar o seu consumo(36),

como melhorar o conhecimento sobre alimentação saudável e AF, o acesso a

escolhas alimentares saudáveis e incluir, apoiar e manter comportamentos

saudáveis(53). O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável

tem desenvolvido atividades mais direcionadas para a modificação dos ambientes

alimentares, e não apenas para a educação e capacitação dos cidadãos(4).

Diversos fatores demonstraram influenciar positivamente o consumo de

frutas e hortícolas no almoço: servir frutas fatiadas(54), servir os hortícolas primeiro,

aumentar o tamanho(55) e a variedade das porções servidas(56), permitir mais tempo

para comer(57) e usar incentivos/recompensas(58, 59). A ingestão de alimentos

saudáveis também melhora com a exposição repetida a alimentos

desconhecidos(60, 61), a modificação de receitas e melhoria do aspeto dos pratos(62)

e a implementação de programas e de estímulos motivacionais(63-66). São

necessárias intervenções precoces(67), envolvendo pais e demais cuidadores(32),

para promover hábitos e estilos de vida saudáveis nos jovens, dado que os padrões

de comportamento alimentar adquiridos durante essa idade tendem a manter-se na

vida adulta(68, 69). As escolas são um bom local para estas intervenções, dado o seu

(25)

O presente estudo apresenta algumas limitações, sobretudo relacionadas com

o uso do questionário às 24 horas anteriores(71, 72), que necessita de um conceito

temporal, memória e atenção desenvolvidos(73). No entanto, está descrito que, a

partir dos 8 anos, a informação auto relatada sobre hábitos alimentares é fiável(73).

Também seria relevante a inclusão dos EE na validação e complementaridade da

informação(71, 72). Ao nível da saúde pública e, em particular, na população avaliada,

este estudo pode ter implicações relativas à atuação de um nutricionista neste meio.

Este poderá efetivar as recomendações para a elaboração das ementas e

disponibilização de alimentos nos bufetes e intervir, implementando as medidas

anteriormente discutidas, com o objetivo de incutir em toda a comunidade escolar

uma alimentação e estilo de vida promotores de saúde e bem-estar.

6. Conclusão

A maioria dos alunos inquiridos neste estudo não realizaram as refeições de

forma completa, nem cumprem as recomendações para a prática de atividade

física, sendo que as crianças também não cumprem as horas de sono

recomendadas. A cantina é o local de consumo habitual do almoço da maioria dos

alunos, sendo que a satisfação com a oferta alimentar do local é média ou acima

da média. Concluiu-se que despender menos horas em atividades sedentárias, não

considerar o apoio da família como um fator importante para a saúde, mas

considerar a tentativa de praticar uma alimentação saudável relevante para as

escolhas alimentares, aumenta a possibilidade de praticar um almoço adequado.

Neste contexto, o nutricionista é essencial para a implementação de medidas

(26)
(27)

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(32)
(33)
(34)

Índice de anexos

Anexo A – Alimentos adquiridos pelos alunos no bar e fora da escola……… 25 Anexo B – Fatores que os alunos percecionam como mais importantes para a sua saúde e escolhas alimentares……… 27

(35)

Anexo A – Alimentos adquiridos pelos alunos no bar e fora da escola

Tabela A1. Alimentos adquiridos pelos alunos no bar

Alimentos adquiridos no bar Alunos que adquirem os alimentos* n (%) Sumo / Refrigerante 21 (44,7) Panike® 20 (42,6) Folhado 11 (23,4) Pão 10 (21,3) Água 9 (19,1) Pizza 9 (19,1) Tosta mista 5 (10,6) Queque 4 (8,5)

Leite com sabor 1 (2,1)

Croissant 1 (2,1)

Bola de Berlim 1 (2,1)

Bolo 1 (2,1)

(36)

Tabela A2. Alimentos/bebidas consumidos pelos alunos quando almoçam fora da escola

Alimentos consumidos fora da escola

Alunos que adquirem os alimentos* n (%)

Carne, pescado ou ovo 52 (81,3)

Arroz, massa ou batata 39 (60,9)

Sopa 23 (35,9) Fruta 23 (35,9) Hortícola 9 (14,1) Hambúrguer 7 (10,9) Sandes de panado 6 (4,4) Sandes de atum 5 (7,8) Cachorro 3 (4,7) Pizza 3 (4,7) Outro alimento 4 (6,3) Bolo 1 (2,1)

Bebidas consumidas fora da escola

Alunos que adquirem as bebidas* n (%)

Água 45 (70,3)

Refrigerante 18 (28,1)

Outra bebida 9 (14,1)

*Percentagens calculadas em função do número de alunos que almoçam fora da escola pelo menos 1 vez por semana.

(37)

Anexo B – Fatores que os alunos percecionam como mais importantes para a sua saúde e escolhas alimentares

Tabela B1. Fatores que os alunos consideram ter mais influência na sua saúde

Fatores com na saúde Alunos

n (%)

Alimentação 106 (78,5)

Fazer exercício físico 89 (65,9)

Apoio da família 52 (38,5) Meio ambiente 32 (23,7) Peso 27 (20,0) Fumar 17 (21,6) Não sabe 13 (9,6) Fatores genéticos 12 (8,9) Stress 12 (8,9)

Consumir bebidas alcoólicas 11 (8,1)

Apoio dos amigos 8 (5,9)

(38)

Tabela B2. Fatores que os alunos consideram ter mais influência nas suas escolhas alimentares

Fatores com influência nas escolhas alimentares Alunos n (%)

Sabor dos alimentos 100 (74,1)

Tentar fazer uma alimentação saudável 86 (63,7)

Qualidade ou frescura dos alimentos 75 (55,6)

Hábito ou rotina 66 (48,9)

Controlar o peso 63 (46,7)

Preço dos alimentos 42 (31,1)

Disponibilidade de alimentos 36 (26,7)

Facilidade ou conveniência de preparação 30 (22,2)

Outra pessoa decide a maior parte dos alimentos que come 25 (18,5)

Apresentação ou embalagem 18 (13,3)

Conteúdo em aditivos, corantes e conservantes 17 (12,6)

Não sabe 17 (12,6)

Dieta aconselhada pelo médico 13 (9,6)

Alimentação vegetariana ou outros hábitos especiais 8 (5,9)

Raízes culturais, religiosas ou étnicas 4 (3,0)

Escolher os mesmos alimentos que os amigos para ser

Imagem

Tabela 1. Classificação da composição das refeições de acordo com os seus constituintes  Refeições intermédias  Completa
Tabela 2. Alunos que realizaram as refeições, a sua composição (quantidade de refeições completas) e local  de consumo, no dia anterior
Tabela 4. Razões que influenciam os alunos na escolha do local de consumo habitual do almoço
Tabela 5. Fatores associados ao consumo de um almoço completo/adequado
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Referências

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