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Estudo longitudinal da velocidade de exposição radioactiva em doentes internados sob terapêutica com Iodo-131

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Academic year: 2021

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ESTUDO LONGITUDINAL DA VELOCIDADE DE EXPOSIÇÃO RADIOACTIVA EM DOENTES INTERNADOS SOB TERAPÊUTICA COM IODO-131

por

Catarina Alexandra Leitão e Pacheco

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ESTUDO LONGITUDINAL DA VELOCIDADE DE EXPOSIÇÃO RADIOACTIVA EM DOENTES INTERNADOS SOB TERAPÊUTICA COM IODO-131

LONGITUDINAL STUDY OF THE VELOCITY OF RADIOACTIVE EXPOSURE IN HOSPITALIZED PATIENTS UNDERGOING IN THERAPY WITH IODINE-131

Tese apresentada à Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Biomédica

por

Catarina Alexandra Leitão e Pacheco

sob orientação de

Doutor Durval Campos Costa, MD, MSc, PhD, FRCR Mestre Joana Vale Ferreira Silva

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III

À m inha m ãe, I r m ãos , I r m ãs E em m em ór ia do m e u P ai

“Para ser grande, sê inteiro: nada T eu ex ager a ou ex c l ui . S ê t odo em c ada c oi sa. P õe q uant o é s No m í nim o que f az es. A s si m em c ada l ago a l ua t oda B r i l ha, por que al t a v iv e”

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V

Resum o

O pr es ent e e st u do t ev e c om o obj ec t iv o det er m i nar a i nf l uênc i a de um a hi per hi dr at aç ã o ( t r ê s l i t r os de águ a por di a) em pac i ent es s ubm et i dos a t er a pêut i c a c om i odo r adi oac t iv o ( I - 131) , c om dose s de 100 m Ci e 150 m Ci , de m odo a per m i ti r um a r eduç ão no t em po d e i nt er nam ent o. A s si m , f or am r ec ol hi dos o s v al or es d e v el oc i dade de ex posi ç ão a o ní v el da t i r ói de, ao ní v el da b ex i ga e ao ní v el dos m em br os i nf er i or es, dur ant e o t em po de i nt er nam ent o. Div idi u - se, de f orm a al eat ór i a, os pac i ent e s em doi s gr up o s: um gr upo de c ont r ol o – Grupo 1 – e um gr upo em que o s p ac i ent e s b ebem , pel o m en os, t r ê s l i t r os d e á gua por c ada di a d e i nt er nam ent o – Grupo 2. Realizou-se, tam bém , um estudo da activ idade e da v el oc i dade de ex posi ç ão d o I - 131 ao l on go d o t em po, de m odo a per m i ti r c al c ul ar o se u t em po de s em i -v i da. O s dad o s r ec ol hi dos , r el at iv am ent e aos pac i ent e s, f or am t r at ado s e a nal i sa do s at r av és da f er r am ent a e st at í s t i c a S P S S . A quan do e st a anál i se , obt ev e - se um ní v el de si gni f i c ânc i a de 0, 060 e 0, 93 0 p ar a 100 m Ci e 15 0 m Ci, r esp e c t iv am ent e, ut i li z ando um gr a u de c o nf i anç a de 10%. E st e s v al or es m ost r am que, em c ondi ç ões d e hi per hi dr at aç ão, o t em po de i nt er nam ent o p ode s er r eduz i do p ar a p ac i ent e s subm et i dos a t er ap êut i c a c om 100 m Ci. No ent ant o, e st a anál i se r ev el ou que, par a 150 m C i , a água i nger i da não af ec t a o t em po de i nt er nam ent o. M as r e al i z ando um a c om par aç ão d a s m édi as do s doi s gr up o s é po s sív el v er if i c ar que o t em po de sem i -v ida bi ol ógi c o do G r up o 2 é i nf eri or , i ndi c ando q ue é po s sí v el a r eduç ão, ai nda q ue si gni f i c ativ a, do t em po de i nt er nam ent o.

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VII

Abstr act

T he pr e sent st udy wa s ai m ed at det er m i ni ng t he i nf l uenc e of a hy per hy dr at i on ( t hr e e l i t er s of wat er per day ) i n pat i ent s u nder goi ng t r e at m ent wi t h r adi oac t iv e i odi ne ( I - 131) at do s e s of 100 m Ci t o 150 m Ci , t o al l ow a r e duc t i on i n l engt h of st ay . T hus wer e obt ai ned t h e v al ues of speed of ex posur e t o t he t hy r oi d , bl adder , and the inf erior m em ber’s lev el during the tim e]} of hospitalization. P at i ent s wer e d iv i ded r an dom l y i n t wo g r ou p s: o ne c ont r ol gr o up - G r oup 1 - and a gr oup i n whi c h t he pat i ent dr i nk at l ea st t hr ee l i t er s of wat er per day of ho spi t al i z at i on - G r oup 2. W as c ar r i ed out , a l so, a st udy of t he ac t iv it y and r at e of I - 131 ex po sur e ov er t im e , t o all ow c al c ul at e i t s hal f -lif e. T he dat a c ol l ec t ed i n r el at i on t o pat i ent s, wer e t r e at ed and anal y z ed by S P S S st at i st i c al t ool . Dur i ng t hi s anal y si s we o bt ai ned a si gni f i c anc e l ev el of 0, 060 an d 0, 9 30 t o 10 0 m Ci and 15 0 m Ci, r esp ec t iv el y , usi ng a c onf i denc e l ev el of 10%. T he se v al ues sho w t hat i n t er m s of hy per hy dr at i on , t he t i m e of hospi t al i z at i on m ay be r ed uc ed i n pat i ent s under goi ng t her a py wi t h 100 m Ci . Howev er , t hi s a nal y si s s ho we d t h at f or 150 m Ci , wat er i nt ak e not af f ec t t he tim e of hospi t al i z at i on. B ut per f orm i ng a c om par i son of t he t wo group’s av erage is possible to v erif y that the half -lif e of the Group 2 is les s t han G r oup 1, i ndi c at i ng t hat t he r educ t i on i s pos si bl e , ev en si gnif i c ant , t im e of ho spi t al i z at i on.

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IX

Agr adecim entos

E st a f oi um a j or nada r e pl et a de al egr i a s, ob st ác ul o s e d e d e saf i os. Nã o podi a d ei x ar de a gr ad ec er a t od o s a quel e s que c ont r i buí r am par a a f i nali z aç ão de st e per c ur so, e dem on st r ar a m i nha gr at i dão:

 Dout or Dur v al Cam pos Co st a p or m e t er pr op or c i onado a op or t uni da d e de e st agi ar e de se nv olv er est e t r abal ho em HP P – Medicina Molecular, SA sediada no edi f í c i o do Hospi t al P r iv ado da B oav i st a. Q uer o t am bém , agr adec er t odo o se u em penho e di s poni bi l i dade em aj udar , e t am bém , por m e t er sem pr e des af i ado e a pen sar m ai s al ém .

 E ngen hei r a J oa na V al e pel a i nc an sáv el aj uda pr op or c i onad a, e por t e r c on seg ui do r e sol v er t odos o s de s af i os q ue f or am sur gi ndo, m esm o quand o c ont r ar i av am a f í si c a.

 T éc ni c o Di ogo F ar i a e T éc ni c a J o ana P at r i na pel a aj uda ao l on g o de st e s qu a se sei s m ese s e p el as c onv er sas i n spi r a dor a s. O br i gad a po r t er em t or nado e st e s s ei s m es e s i ne sq uec í v ei s. E st a f oi um a ex per i ênc i a que n unc a i r ei esquec er. “Ninguém sai com o entrou”.

 Dr . J osé O l iv ei r a e Dr . F er nando por se t er em m ost r ado s em pr e r ec ept iv os a aj udar d ur ant e o s i nt er n am ent os , e a t odas a s que st õ e s c ol oc ada s.

 A t oda s a s f unc i onár i as d a r ec epç ão e r e st ant e s T éc ni c o s um m ui t o obr i gado por t er em f ei t o par t e dest a j or n ada.

 P r of ess or J oã o P aul o F er r ei r a po r e st ar sem pr e di s poní v el e r ec ept iv o a r es pon der a t od a s a s qu e st õe s c ol oc ad a s.

Não po di a dei x ar de l ado a m i nha f a m íl i a, um a v ez que f or am el es que m e der am f or ç a nas al t ur a s em que d e sm ot iv av a, es pec i al m ent e à m i nha M ãe e i r m ão A l ex andr e.

A t odo s o s am i gos, em esp ec i al à A na Luí sa , A na M ar gar i da e Cr i st i ano q u e m e aj udar am e m e der am f or ç a dur a nt e t od o e st e t r aj ec t o , um m ui t o obr i gado. E t am bém a um a pe s s oa que se t or no u e s pec i a l , e que m e apoi o u e m ot iv ou na et ap a f i nal dest e l ongo p er c ur so.

P or f im , e não m enos im por t ant e a m eu P ai que, m esm o não est an d o pr e sent e f i si c am ent e, sem pr e m e m otiv ou e inc ent iv ou a dar o m eu m el hor . E sper o que e st ej a s or g ul ho so.

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XI

Índice

Re sum o V A bst r ac t V I I A gr adec i m ent os I X Li st a de F i gur a s XI I I Li st a de T ab el as XV Li st a de a br ev i at ur as e sí m bol os XV I I I nt r oduç ã o 1 M at er i ai s e M ét odo s 15 Re sul t ado s 17 Di sc u s sã o de Re s ul t ado s 31 Conc l u sõe s g er ai s 37 T r abal ho F ut ur o 39 Ref er ênc i as B i bl i ogr áf i c as 41 A pêndi c e s 45 A pêndi c e I - E st ud o do I - 13 1 ao l ong o do t em po 47 A pêndi c e I I - M edi ç ões r eal i z ada s par a c ada

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XIII

Lista de figuras

P ág i n a

F i gur a 1 – Captação do iodo radioactiv o pela tiróide. A captação norm al de st e i odo aum ent a pr o gr e s si v am ent e nas pr im ei r as 24 hor a s ( z ona a c i nz ent o) .

5

F i gur a 2 - Cont ador G ei ger - M ü ll er. 11

F i gur a 3 – Região do c ontador de área Gei ger –Müller (região E). E sta r egi ão é i n dep end ent e d o t i po d e r adi aç ã o que c au s a a s i oni z aç õe s i ni c i ai s.

12

F i gur a 4 – Dosím etro de bolso. 13

F i gur a 5 – Gráfico da activ idade do I -131 em f unção do tem po. 18 F i gur a 6 – Velocidade de ex posição do I -131 em f unção do tem po. 18 F i gur a 7 – Logaritm o da razão da activ idade inicial com a activ idade em

f unç ão do t em po. 19

F i gur a 8 – Activ idade em f unção do tem po para o paciente A1. 21

F i gur a 9 – Velocidade ex posição em f unção do tem po para o paciente

A 1. 22

F i gur a 10 – Logaritm o da razão da activ idade inicial com a activ idade

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XV

Lista de tabelas

P ág i n a

T abel a 1 – Estudo da activ idade de v elocidade de ex posição do Iodo -131.

17

T abel a 2 – Valores de v elocidade de ex posição e activ idade ref erentes ao pac i ent e A 1.

21

T abel a 3 – Valores obtidos par a tem pos de sem i -v ida, IMC e água i nger i da par a c a da pac i e nt e.

24

T abel a 4 – Teste à norm alidade dos dados recolhidos para dose de 100 m Ci.

25

T abel a 5 - T est e à no r m al i dade dos d ado s r e c ol hi dos p ar a do s e de 1 50 m Ci.

25

T abel a 6 – Com paração dos doi s grupos utilizando o teste T w o- W ay A NO V A , par a 100 m Ci .

26

T abel a 7 – Com paração dos doi s grupos atrav és do teste O ne- W ay A NO V A , par a 100 m Ci .

27

T abel a 8 – Com paraç ão das m édias do tem po de sem i -v ida biológico de c ada gr u po p ar a 10 0 m Ci .

27

T abel a 9 – Com paração dos doi s grupos, atrav és do teste O ne- W ay A NO V A , par a 150 m Ci

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T abel a 10 – Com paração das m édias do tempo de sem i -v ida biológico de c ada g r up o par a 1 50 m Ci .

28

T abel a 11 – Com paração dos doi s grupos, atrav és do teste O n e- W ay A NO V A , par a 100 m Ci , ex cl ui ndo os p ac i ent e s c om doenç a s.

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XVII

Lista de abr eviaturas e sím bolos

α A lf a

β B et a

λ Con st ant e d e dec ai m ent o f í si c o B q B equer el

Ci Cur i e

β- Dec ai m ent o bet a neg at iv o β+ Dec ai m ent o bet a po si t iv o G M G ei ger–Müller

G y G r ay I - 131 I odo- 13 1

I M C Í ndi c e de M a s sa Cor por al T LD T er m ol um i nesc e nt e

T RH Hor m ona l i ber t ador a da t i r ói de T S H Hor m ona e st i m ul ant e da t i r ói de T3 T r i - i odot i r oni na T4 T i r ox i na T1 / 2 T em po sem i -v i da Tb T em po sem i -v i da bi ol ógi c o Te f T em po sem i -v i da ef ec tiv o Tf T em po sem i -v i da f í si c o Sv S i ev er t

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1

Introdução

A M edi c i na Nuc l ear pode s er def i ni da c om o um a espec i al i dade m édi c a que env olv e o uso de s ub st ânc i a s r adi oac t iv as - r adi of árm ac os ou r adi onuc l í de o s - p ar a o di agnó st i c o e t r at am ent o de div er sif i cada s do enç a s ( E l gaz z ar , 20 11) . A s su b st ânc i a s r adi oac t iv as t êm si do ut i l i z adas no di agn ó st i c o e t r at am ent o por m ai s de 10 0 a no s ( I CRP , 2 004 ) e a sua e sc ol ha é m ui t o im por t ant e par a a s apl i c aç õe s pr et endi d a s. A c t ual m ent e, t odo s o s r adi on uc l í deos u sa do s na ár ea c l í ni c a sã o pr oduz i do s em r eac t or e s nuc l ear e s, c i c l ot r ão ou em out r o t i po ac el er ad or e s ( T hr al l e Z i essm an, 201 1) .

A nív el t er apêut i c o , os r adi on uc l í deo s u s ado s r eq uer em c ar ac t er í st i c a s dif er ent e s do s ut i l i z ados par a di a gnó st i c o. A esc ol h a de st e s r a di oi sót o po s t er apêut i c o s a s se nt a em im por t ant es c ar ac t er í st i c a s c om o: pr opr i edad e s f í si c as – t i po e ener gi a d e em i ss ão –; tem po de sem i -v ida – com binação do tem po sem i -v ida f í si c o c om o t em po sem i -v i da bi ol ógi c o –; com portam ento quím ico – estabilidade e ac t i v i dade e spec í f i c a e; por f im , a esp ec i f i c idade ( B r enn er e E a r y , 200 7) . E x i st em t am bém out r as c ar ac t er í st i c a s a t er em c ont a na e sc ol ha de um r ad i onuc l í deo c om o os m ét odo s d e pr oduç ão e c u st o d a su bst â nc i a ut i l i z ada ( F l ower , 19 98) . O r adi of árm ac o i deal a nív el t er apêut i c o é aqu el e que per m anec e l i gado ao f ár m ac o e que é ex c r et ad o r a pi dam ent e e de um a f orm a si m pl es ( B r enn er e E ar y , 200 7) . Um el em ent o pode c o nt er v ar i ados i s ót opo s – radionuclídeo de um m esm o elem ento quí m i c o dif eri ndo no n úm er o de m as sa – em que alguns poderão possui r c onf i gur aç õe s n uc l ear e s i nst áv ei s de pr ot õ es e ne ut r õe s ( M et t l er e G ui ber t e au, 2006) . Na pr e senç a d e um núc l eo i n st áv e l, est e aj ust a - s e at é at i ngi r a e st a bi l i dade pr et endi d a, at r av és de ej ec ç ão de par t e s do se u n úc l eo – desintegr ação – o u em it i ndo ener gi a so b f or m a de f ot ões – raios gam a. Est e proc esso é c ham ado dec ai m ent o r adi oac t iv o. A i nst abi l i dade do s nuc l í deo s p ode s er or i gi na da p or d oi s f ac t or es: ex c es so de ne ut r õe s o u pr ot õe s , ou ai nda por núm er o s i m par es d e neut r õe s e pr ot õe s ( M et t l er e G ui ber t eau, 20 06) .

Com o r ef er i do ant er i or m ent e, o t i po e ener gi a de em i s são e e st a bi l i dade s ã o m uit o im por t ant es na e sc ol ha do r a d i on uc l í deo par a a ár ea t er a pêut i c a. O dec ai m ent o r adi oac t iv o é um a t r an sf or m aç ão nuc l ear e sp ont ân ea que r e sul t a n a t r ansf or m aç ão em nov os el em ent os, s end o u m pr oc es s o i nde pen dent e do s e st a do s f í si c o e quí m i c o do nuc l í deo ( M agi l l e G al y, 2005) . Na su a m ai or i a, a est abi l i dad e de um i sót opo p ode ser al c anç ada e s se nc i al m ent e por doi s t i pos de dec ai m ent o: decaim ento alf a (α) e decaim ento beta (β) . Am bos os casos pode m originar a

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2

c r i aç ão de out r o s nuc l í deo s – transm utação - que podem ser radioactiv os ou est áv ei s, send o a em i ssão g am a um a r eac ção c on se que nt e ( E ar l y e S odee, 1995) . O dec ai m ent o nuc l ear pode e nv olv er um a si m pl es l i ber t aç ão de ene r gi a do n úc l eo ou al t er ar o núm er o d e pr ot õe s o u n eut r õe s d ent r o de st e ( M et t l er e G ui ber t eau , 2006) . O dec ai m ent o alf a é um pr oc es so de est a bi l i z aç ão de núc l eo s que po s su em um ex c es so d e ne ut r õe s e pr ot õe s, e st a s p ar t í c ul as al f a pos s uem em i ss õe s e nt r e 1, 8 e 11, 7 M eV ( Lom bar di , 20 07) . N e st e t i p o de d ec ai m ent o o n úc l eo f i l ho c ont é m m enos doi s pr ot õ e s e doi s ne ut r õe s q ue o núc l eo pai ( M agi l l e G al y , 2005) . Rel at iv am ent e ao dec ai m ent o bet a, e st e p ode ser div i di do em duas c at eg or i a s: dec ai m ent o negat r on (β-) e dec ai m ent o pos it r on (β+) . A em i ssã o por dec ai m ent o negat r o n é um pr oc es s o d e e st abi l i z aç ão d e núc l eo s que p o s suem m ai s neut r õe s do que o nec e s sár i o par a a e st a bi l i z aç ão, e as s ua s par t í c ul a s po s s uem a m esm a m ass a e c ar ga el éc t r i c a que o s el ec t r õe s d a or bi t al . Nest e t i po de dec ai m ent o o s neut r õe s s ão c onv er t i dos em pr ot õe s e o i s ó t opo- f i l ho pos sui m ai s um pr ot ão que o i sót opo que l h e de u or i gem , não ex i st i ndo v ar i aç ão si gni f i c at iv a de m assa. T od o s os neg at r ons em i t i dos – electrões - são ac om panhados por um antineutrino (ῡ) – par t í c ul a sub at óm i c a – que possui um a m assa m uito reduzid a (Lom bardi, 2007). A est a bi l i z aç ão por dec ai m ent o pos it r on, é r eal i z ada em núc l eos q ue p o s suem pouc o s n eut r õ e s par a a e st abi l i z aç ão, por out r as pal av r as, pos sui um ex c ess o d e pr ot õe s. N e st e d ec ai m ent o os pr ot õ e s sã o c onv er t i dos em neut r õe s ex i st i ndo, t am bém , um neut r i no c om m as sa m ui t o r edu z i da aqu and o a em i ssã o d o p o si t r ão – c ar ga el éc t r i c a po si t iv a. A m ai or i a de st e s p os it r ons é pr od uz i da em ac el er ado r e s ( Lom bar di , 2007) . E m m edi ci na nuc l ear , o s r adi of árm ac os ut i l i z ados no t r at am ent o de do enç a s, sã o, nor m al m ent e, em i ssor e s b et a ( I CRP , 200 4) , um a v ez que t êm a c apac i dad e de p enet r ar t ec i do s ( B r e nner e E a r y , 2007) , ap e sar de po s suí r em de sv ant agens c om o a el ev ada r a di aç ão q ue o pac i e nt e r ec ebe por par t e d a s par t í c u l as b et a ( T hr al l e Z i essm an, 201 1) .

A r adi oac t iv i dade é a t r a n sf orm aç ão e sp ont âne a d e núc l e o s at óm i c os , ac om panha da p or em i ss ão d e en er gi a so b a f or m a de par t í c ul as e/ o u f ot õe s ( Lom bar di , 2007) . A quant i da de de r a di oac t iv i dade pr e se nt e – núm ero de de si nt egr aç õe s por se gun do – é denom inada por activ idade, estando relacionada c om o t em po de sem i -v i da dos i s ót opo s ( M e t t l er e G ui ber t eau, 2006) . O t em po de sem i -v i da de um i sót opo c or r e s pon de a o per í odo a o f im do qual a ac t iv i dade de um i sót opo dec ai par a m et ade do seu v al or i ni ci al podend o ser div i di d o em bi ol ógi c o, f í si c o e ef ec t iv o ( Lom bar di , 2007) . O t em po de s em i -v i da f í si c o est á a s soc i ado a o i sót opo ut i l i z ado, ou s ej a, é o t em po ao f im do qu al a ac t iv i dade do i sót o po p a s s a par a m et ade do se u v al or i ni ci al , sendo e st e t em po de sem i -v i da m uit o im por t ant e par a o pl a neam ent o do s t r at am ent o s a r eal i z ar ( B r enner e E ar y , 2 007) . Rel at iv am ent e ao t em po d e sem i -v i da bi ol ógi c o é o t em po que o or g ani sm o h um ano

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dec ai m ent o f í si c o e bi ol ógi c o oc or r e si m ul t aneam ent e no o r g ani sm o ( T hr al l e Z i essm an, 2 01 1) . P or f im , o t em po de sem i -v i da ef ec t iv o est á dep end ent e do t em p o de s em i -v i da f í si c o e bi ol ógi c o ( T hr all e Zi es sm an, 20 11) , e c or r e s pon de ao t em po em que m et ade da r adi aç ão é el i m i nada do c or po po r um pr oc es s o de c om bi naç ã o do dec ai m ent o r adi oac t iv o – tem po sem i -v ida f ísico – e ex creção biológica – tem po sem i -v i da bi ol ógi c o ( Lom bar di , 200 7) . E st e t em po de sem i -v i da ef ec tiv o é sem pr e i nf er i or ao t em po de s em i -v i da f í si c o, der iv ado à ex i st ênc i a do t em po s em i -v i da bi ol ógi c o ( E ar l y e S odee, 19 95) . A s uni da d es do S i st em a I nt er nac i on al ( S I ) que def i nem o dec ai m ent o r adi oac t iv o por se g undo é o B equ er el ( B q) . A o f al ar de r adi aç ão, é nec es s ár i o t er em c ont a al gum as def i ni ç ões c om o do se ab sor v i da, dos e equiv al ent e e d o se ef ec t iv a. A dos e a b so rv i da é def i ni da c om o a do se m édi a ab sor v i da por um t ec i do ou ór gã o, t endo c om o uni dade o G r ay ( G y ) . A do s e equiv al ent e é do s e a b sor v i da num t ec i do ou ór gã o, em f unç ão do t i po e q ual i dad e de r adi aç ão em c au sa. P or f im , a do se ef ec t iv a é a som a da s do s e s e qui v al ent e s pond er ad a s em t odo s o s t ec i do s e ór g ão s do c or po. A s u ni dade s da d o se ef ec t iv a e do se eq uiv al ent e é o S i ev ert ( Sv ) ( Di ári o da Repú bl i c a, 2008) .

A ut i li z aç ão de r adi of ár m ac os par a t r at am ent o de d oenç a s t em dup l i c ad o dur ant e a úl t im a déc ada ( I C RP , 200 4) . O I odo r a di oac t iv o t em si do ut i li z ado em t er api a por m ai s de 50 a no s, par a o t r at am ent o de d oenç a s da t i r ói de ( P a nz egr a u et al., 200 5) . E m m edi c i na nuc l ear , m ai s c onc r et am ent e na ár ea t er a pêut i c a, a s do se s de r a di aç ã o sã o m ui t o el ev adas p r ov oc ando ef ei t os bi ol ógi c o s, se nd o nec e s sár i a a ex i st ênc i a de r equi si t os e sp ec i ai s par a a ut i l i z aç ão dos r a di of árm ac o s ( A RP A NS A , 2008) .

Com o m enc i onado ant er i or m ent e, ex i st em al gum as c ar ac t er í st i c as a t er em c on si der aç ã o na e sc o l ha do r a di of árm ac o, c om o o t i po de em i ssã o, ener gi a, t em po de sem i -v i da, c ust o ent r e out r o s ( B r enn er e E ar y , 2 007) . A t er api a c om r adi onuc l í deo s env olv e a ut i l i z aç ão de gr ande s qu ant i dad e s d e em i s sor e s d e par t í c ul as b et a e c om t em pos d e s em i -v i da elev ados ( L om bar di , 2007) .

No c a so da t er a pê ut i c a, o r adi onuc l í deo m ai s usad o par a t r at am ent o d e doenç a s d a t i r ói de é o I od o - 13 1 ( I - 1 31) , u m a v ez que a ní v el f i si ol ógi c o, ex i st e ab sor ç ã o nat u r al do i odo na su a f or m a el em ent ar – e t am bém na f orm a radioactiv a - por par t e da gl ândul a d a t i r ói de ( B r enn er e E ar y , 200 7) , sen do e st e o f ac t or de esc ol ha de st e r adi of ár m ac o. O I - 131 apr e se nt a m ui t as de sv ant agens um a v ez que em it e par t í c ul as bet a – decaim ento por ne gat r on –, e tam bém em ite radiações gam a ( Com i ssã o E ur o pei a, 19 98) . E n qua nt o as par t í c ul a s b et a sã o de si gn ada s po r par t í c ul as não pe net r ant e s e d epo si t am a s ua en er gi a n o t ec i do h um ano, o s r ai o s

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gam a sã o i ndi r ec t am ent e i oni z ant e s e t êm m ai or pod er d e p enet r aç ão, a um ent and o o r i sc o de ex po si ç ão pa r a out r o s t ec i do s e par a out r o s i ndiv í duos ( Com i s sã o E ur opei a, 1 998) . É e st a el ev ada r adi aç ão g am a ( 363 K eV ) que f az c om que s ej am nec e s sár i a s m edi das adi c i onai s de pr ot e c ç ão c ont r a a r a di aç ão, t or na ndo a ut i li z aç ão do I - 131 de sv ant aj osa ( B r e nner e E ar y , 2 0 07) . E st a s dep o si ç õe s d e ener gi a n o t ec i do hum ano r e sul t am em el ev adas d o se s a b sor v i das p or par t e do s ór gão s – no caso do I -131 na tiróide - onde o radionuclídeo actua e nos órgãos adj ac ent e s. E st a s el ev adas do s e s a b sor v i das pel a t i r ói de, f az c om qu e o I - 13 1 n ã o sej a i deal par a i m agens d e r ot i na ( M et t l er e G ui ber t eau, 2006) . O I - 131 po s sui , t am bém , c om o desv ant agem , um t em po de sem i -v i da el ev ado ( 8, 06 di as) f az endo c om que t o do o p r oc e s s o d e ex c r eç ão e el i m i naç ão d e r e sí duo s ap ó s a ut i l i z aç ão de st e r a di of á rm ac o sej a m ai s d em or ado ( M et t l er e G ui ber t eau, 20 06) . A p e sa r de st a s de sv ant agen s, o I - 131 a pr e se nt a al gum as v ant agens c om o bai x o c ust o e f aci li dade d e aqui si ç ão ( M et t l er e G ui ber t e a u, 20 06) . O I - 1 31 é obt i do na f or m a de i odet o por f i ssão do ur â ni o ou por i r r adi aç ã o do T ell ur ium c om neut r õe s ( B a st o s , [ s. d. ] ) .

Um a v ez que o pr i nc i pal f ac t or de esc ol ha d o I - 131 é o f ac t o de a gl ândul a da t i r ói de c a pt ar o i odo de f or m a esp on t ânea, é i m por t ant e pe r c eb er a su a anat om i a, pr oc es s o de ab s or ç ão a pó s a i nge st ão e a c apt aç ã o do i odo p el a t i r ói de.

A t i r ói de – ou glândula tiroideia – é com post a por doi s lobos ligados entr e si por um a est r ei t a pont a de t ec i do t i r oi deu – istm o – e que se localizam na região ant er i or do pe sc oç o i m edi at am ent e abai x o da l ar i nge e j u st ap o st o s l at er al m ent e à m et ade su per i or da t r a quei a ( S eel ey et al., 2003) . A s c él ul a s f ol i c ul ar es da t i r ói de si nt et i z am , arm az enam e sec r et am hor m ona s ( Z i e s sm an et a l. , 20 06) , em que a s m ai s im por t ant es são a t r i - i odot i r oni na ( T3) e a t et r a - i odot i r oni na ou t i r ox i na ( T4) . A

ac t iv i dade da t i r ói de é r egul ad a p el a hor m ona T S H – Horm ona E stim ulante da T i r ói de – que é libertada pela glândula pituitária e que por sua v ez é regulada por pépt i do s e am i nas sec r et ada s pel o hi pot á l am o ( B r av erm an e Ut i ger , 199 1) . A pr oduç ão da hor m ona T S H é e st i m ul ada por um a out r a h or m ona – TRH (horm ona l i ber t ador a da t i r ói de) – que é produzida no hipotálam o (Anónim o, 2008). A c onc ent r aç ão da s hor m ona s t i r oi dei as no s a ngue t am bém i nf l ue nc i a a pr od uç ão d e T S H pel a aden o - hi póf i se ( A nóni m o, 2008) , e por s ua v ez o nív el de T S H c i r c ul ant e i nf l ue nc i a dr ast i c am ent e a apar ê nc i a hi st ol ógi c a da t i r ói de , podend o t am bém , af ec t ar o t r ansp or t e de i od o par a e st a ( B r av er m an e Ut i ger , 1991) . P ar a al ém da s c él ul as q ue pr oduz em as hor m ona s t i r oi dei as T3 e T4, enc on t r am - se, n a t i r ói de,

c él ul as qu e si nt et i z am c al c i t oni na – células paraf oliculares – que podem dar origem a al gu n s t um or e s ( A n óni m o, 2008) . O i od o é um c om ponent e e s s enc i al par a a sí nt e se da s h or m ona s da t i r ói de, s end o a su a c apt aç ão um pr oc e s so f ac i l it ado

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i odet o ( I-) no i nt est i no del gado. E st e é di st r i buí do pel a c or r ent e san guí ne a c om o um i ão ex t r ac el ul ar si m i l ar ao c l or et o. A s c él ul as f ol i c ul ar es d a t i r ói de c a pt am o i odet o at r avés de um a bom ba de sódio, designada “t hy r o id pum p” que conc entra o i odo de f or m a i nt r ac el ul ar . De se gui da , o i odet o é ox i dado em i odo neut r o ( I ) at r av és da per ox i dase pr e s ent e na s c él ul a s f ol i c ul ar es ( Z i essm an et al. , 2006) . O s i ões d e i odo ent r am , por t r an sp or t e ac t iv o c ont r a um gr adi ent e de c onc e nt r aç ão , na s c él ul a s d a t i r ói de ( A nó ni m o, 2008) . A t a x a de ab sor ç ão ga st r oi nt e st i nal r ond a os 5 % por m i nut o, hav endo ab sor ç ão t ot al ao f im de um a a duas hor a s ( K o wal sk y e F al en, 2004 ) . A abs or ç ão p ode ser i nf l uenc iada pel a pr e s enç a d e al im ent os e e s t á di r ec t am ent e r el ac i onada c om o f unc i onam ent o da t i r ói de ( K o wal sk y e F al en , 2004) . Um a v ez que o c or po n ão c on s eg ue di f er enc i ar o i odo na s ua f or m a el em ent ar e na s ua f or m a r adi oac t iv a, o I - 131 f unc i ona da m esm a f orm a que o i odo na f or m a el em ent ar – quer em tecido norm al ou em tecido m aligno –, sendo a sua c onc ent r aç ão m ai s el ev ada ent r e a s pr i m ei r as 2 4 e 48 hor a s apó s a i ng e st ão d e st e r adi of árm ac o ( I A E A , 2006) [ F i gur a 1] .

F i g u r a 1 – Capt ação do i odo r adi oact i vo pel a t i rói de. A capt ação nor m al dest e i od o

a um en t a p r o g r es s i v am en t e n a s p r i m ei r a s 2 4 h o r a s ( zo n a a c i n z en t o ) , s en d o a s u a c a p t a ç ã o en t r e o s 1 0 e 3 0 % n es t e p er í o d o . A l i nh a a t r a c ej a d o , a c i m a d a zo n a d e c a p t a ç ã o n o rm a l c o rr es p o n d e a u m p a c i en t e c o m h i p er t i r oi d i sm o t í pi c o , c om 2 4 h o r a s d e c a p t a ç õ e s

v a r i a n d o en t r e 5 0 e 8 0 % . A l g u n s p a c i en t es c o m a d o en ç a d e G r a v e s t êm um a c a p t a ç ã o

r á p i d a d e i o d o – cur va sup er i or – com capt ação el evada no i ni ci o e post er i orm ent e com

c a p t a ç ã o l i g ei r am en t e el ev a d a o u n o r m al em 2 4 h o r a s ( Zi es s m a n e t a l. , 2 0 0 6 ) .

O i odo pode s er i nc or por ado n o or g ani sm o at r av és de al i m ent os e bebi d a s r i c os em i odo, send o nec e s s ár i a um a quant i dade a deq uad a de i odo p ar a a sí nt e s e

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da s hor m ona s t i r oi dei as ( S eel ey et al., 20 03 ) . O I - 131 per m i t e l esar as c él ul a s d a t i r ói de l ev ando à di m i nui ç ão da c apac i da de de pr oduz i r hor m ona s t i r oi dei as , c onduz i nd o, a s si m , à nor m ali z aç ão da qu ant i dade d e hor m ona s em c i r c ul aç ão ( A nóni m o, 2008) . P ar a al ém do t ec i do t i roi deu , o I - 131 é um m ar c ador da s gl ândul a s sal iv ar es, est ôm ago, f í gado, v i as ur i nár i as e i nt e st i no ( B a st o s, [ s. d. ] ) . O t r at am ent o c om I - 131 t em v ári os obj ec t iv os e f i nal i dades, c om o a a bl aç ão d o s r est o s t i r oi deu s, de st r ui ç ão d e m et ást a s e s, hi per t i r oi di sm o, e t er apê ut i c a pal i at iv a de gr a nde s m as s a s t um or ai s ( B a st o s, [ s. d. ] ) . No ent ant o, a t er api a c om I - 131 é m ai s f r equent e par a t r at am ent o de hi per t i r oi di s m o e c ar c i nom a da t i r ói de ( Lom bar di , 2007) . A el i m i naç ão do I - 13 1 do or ga ni s m o é r el at iv am ent e r ápi da dev i do ao dec ai m ent o r adi oac t iv o e à ex c r eç ão m et aból i c a – urina, f ezes, suor, etc. ( Com i ssã o E ur o pei a, 19 98) . E st a ex c r e ç ã o pod e ser c ondi c i onad a aq uan do a ex i st ênc i a de doenç a s r e nai s, e em al guns c as o s c om a ex i st ênc i a de di abet e s. Um t er ç o da po p ul aç ão que sof r e de st a d oenç a po s s ui pr obl em as r enai s or i gi nad o s pel as di abet e s ( N at i onal K i dney F ound at i on, 2007) . A el ev ada c onc ent r aç ã o d e aç úc ar no san gue p ode or i gi nar da no s em v ár i as par t es d o c or po, ent r e a s qu ai s r i ns, c or aç ã o, ol ho s e v aso s san guí n eo s ( Nat i onal K i dney F oundat i on, 200 7) .

A adm i ni st r aç ão d o I - 13 1 p ar a o t r at am ent o de hi p er t i r oi di sm o e c ar c i nom a da t i r ói de é f ei t a v i a or al , so b f or m a de c áp s ul as ou em f orm a l í qui da , poden do s e r r eal i z ada t ant o em am bul at ór i o c om o em c aso s de i nt er nam ent o ( I C RP , 20 04) . E m am bos o s c a so s, a a dm i ni st r aç ão do I - 131 d ev e ser r eal i z ada n um a ár e a c ont r ol ada, um a v ez que apó s a a dm i ni st r aç ão do r a di of árm ac o o pac i ent e é um a f ont e de r adi aç ã o ( I A E A , [ s. d. ] ) . A ac t iv i dade adm i ni st r ada d epe nde do t i po d e pat ol ogi a. P ar a c a s o s de hi per t i r oi di sm o a a c t iv i dade adm i ni st r ada v ar i a ent r e o s 100 e 10 00 M B q – 2 e 30 m Ci, aprox im adamen te – e para tratam ento de carcinom a da t i r ói de a ac t iv i dade adm i ni st r ada v ar i a ent r e o s 400 0 e 80 00 M B q – 100 e 200 m Ci – (ICRP, 2004). O regim e de internam ento apenas é necess ário em t r at am ent os de c ar c i nom a da t i r ói de . É im por t ant e qu e a ac t iv i dade adm i ni st r ada sej a m edi da num c al i br ador de ac t iv i dade a n t es de s er a dm i ni st r ada ( I A E A , [ s. d. ] ) . Com par and o a ut i li z aç ão de I - 131 s ob f or m a de c áp sul a s e em f orm a l í qui da, as c áp sul a s r ed uz em a dos e de r a di aç ã o q ue ac t ua s obr e o e sóf ago. A l é m dest e f ac t or , as c áp sul a s sã o o m ét odo m ai s ut i l iz ado , um a v ez que di m i nui o ri sc o d e c ont am i naç ão ( B a st o s, [ s. d. ] ) . E quan do ut i l iz ado n a s ua f or m a l í qui da é nec e s sár i o m edi das de pr ot ec ç ão m ai s c ui d ada s, um a v ez que o I -131 em ite partículas β- e f ot ões gam a ( T hom pson, 20 01) .

De f or m a a per c eber o m odo de ac t u aç ã o de st e t i po de t r at am ent o, é nec e s sár i o c onh ec er , de f or m a m ai s por m enor i z ada, a s pr i nc i pai s pat ol ogi a s d e ac t uaç ão de st e t r at am ent o. O hi per t i r oi di sm o é c au sa do pel a pr oduç ão ex c es siv a

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aden o - hi póf i se ( A nóni m o, 2008) . Nest e t i po de pat ol ogi a, o I - 131 é abs or v i do e c onc ent r a do na gl ând ul a da t i r ói de r e s ul t and o na de st r ui ç ão d e c él ul a s da t i r ói de – pelas partículas β

( Com i ss ão E ur o pei a, 1 99 8) – e na dim inuição da produção da s hor m ona s da t i r ói de ( I C RP , 200 4) . O m odo de t r at am ent o d o c a nc r o d a t i r ói de depe nde , f undam ent al m ent e, da sua hi st ol o gi a ( B a st o s, [ s. d. ] ) . O t r at am ent o d e c ar c i nom as é b a sea do no f ac t o d e q ue a s c él ul as m al i gnas c apt am o I - 131 sen d o po st er i or m ent e de st r uí da s. Nor m al m ent e , as c él ul a s do c a nc r o d a t i r ói de c apt am quant i da de s r ed uz i da s de I - 13 1, no ent a nt o, quand o a T S H se e nc ont r a m ui t o aum ent ada , a s c él ul as m al i gnas da t i r ói de são c a paz e s d e c apt ar q uant i dad e s si gni f i c ativ as de I - 1 31. A s el ev adas do s e s a dm i ni st r adas de st r o em as c él ul a s m ali gnas da t i r ói de s em l esar o s t ec i do s que a r o dei am . A s si m , par a r eal i z ar t r at am ent os c om I - 131 em pat ol ogi a s de c ar c i nom as da t i r ói de, é n ec e s sár i o q ue a t i r ói de sej a t oda ou p ar c i al m ent e r em ov i da (I CRP , 2004) . A s c él ul a s m et ast át i c as , ao i nc or por ar o i odo r a di oac t iv o são de st r uí d as p or ac ç ão d o s ef ei t os i oni z ant es d a radiação β

( B a st o s, [ s. d. ] ) . Ne st e t i po de t r at am ent o, os pac i ent e s dev em f i c ar i nt er nado s dur ant e doi s ou t r ê s di as at é qu e o s l i m i t es d e ex po si ç ão à r a di aç ã o de sç am at é aos nív ei s l egalm ent e ex i gi dos ( I CRP , 2004) .

A o i ni c i ar a t er apêut i c a c om I - 131 par a t r at a m ent o de c ar c i nom as da t i r ói de, é nec e s sár i o ex i st i r um a pr epar aç ão pr év i a ant es de i ni c i ar o t r at am ent o. P r im ei r am ent e é ac on s el hado ao pac i e nt e a i nt er r om per , c om um m ês d e ant ec ed ênc i a a o t r at am ent o, qu al quer t i po d e m edi c aç ão c om hor m ona t i r oi dei a – por ex em pl o Let t er ou T hy r ax – de m odo a m ax imizar a captação do I -131 pel o aum ent o da pr oduç ão da h or m ona T S H – prov ocando quadro de hipotiroidism o ( A nóni m o, 2008) . É n ec e s sár i o, t am bém , ev it ar a a dm i ni st r aç ão d e i odo p or v i a or al , c ont r a st e s r adi ol ógi c o s e de si nf ec t ant es ( B a st o s , [ s. d. ] ) , um a v ez que r eduz a c apt aç ão d o I - 131 di m i nui ndo, as si m , a ef i c ác i a do t r at am ent o ( A nónim o, 2008) . De m odo a aum ent ar a c apt aç ã o do i odo n o t ec i do t i r oi deu ( P ar t ha sar a nt hy e Cr a wf or d, 2002) , é nec e s sár i o r eal i z ar um a di et a hi pos sal i na – pobre em iodo – ev it ando, a s si m , al im ent os c om o ov os, m ar i sc o, p ei x e f r esc o , e r e duç ã o d e sal i odi z ado ( B r enn er e E ar y , 2 007) . A qu and o o t r at am ent o o pac i ent e dev er á est ar em j ej um e dev er á ser pr ol on ga do d ua s a q u at r o hor a s a pó s a a dm i ni st r a ç ão d a c áp sul a de I - 13 1, de f or m a a opt im i z ar a abs or ç ão do i od o ( B a st o s , [ s. d. ] ) .

A quan do o i nt er n am ent o é nec e s s ár i o s egui r al gun s p r ot oc ol o s . P r im ei r am ent e as i nst al aç õ e s s ão m ost r ada s ao pac i e nt e ex pl i c ando, or alm ent e e por e sc r i t o, o f unc i onam ent o da s i n st al aç õe s e a s nor m a s qu e e st e d ev e c um pr i r dur ant e o i nt er nam ent o, c om o o i sol am ent o, t r at am ent o de r esí d uo s, r ef ei ç ões, et c . ( A nóni m o, 2008) . E st a s i n st r uç õ e s dev em se r ent r egu e s ao pac i ent e d ev endo f i c ar

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r egi st a do n a su a f i c ha c l í ni c a que r ec eb eu a s i n st r uç õ e s ( S T UK , 20 03) . É ex pl i c ado ao pac i e nt e qu e nã o p oder á sai r do s eu q u ar t o dur ant e o s di a s de i nt er nam ent o não po den do r ec eb er v i si t as, de m odo a r eduz i r a c ont am i naç ão das pe s s oa s em r edor ( A nóni m o, 2008) . A pó s ex pl i c ar ao pa c i ent e e st e s pa s s o s, é n ec e s sár i o qu e est e a s si ne o c on s ent i m ent o par a i ni c i ar o t rat am ent o ( P ar t has ar ant hy e Cr a wf or d, 2002) c om i ndi c aç ão que f oi i nf orm ado da s r e st r i ç õe s d ur ant e e ap ó s o i nt er nam ent o ( B i er sac k e F r eem an, 20 07) . N o c a so de m ul her e s em i dade f ér t i l , é ai nda nec e s s ár i o r eal i z ar um t est e par a de sp i st e de gr av i dez um a v ez que gr áv i da s não pod em r ec ebe r e st e t r at am ent o ( P a r t has ar ant hy e Cr a wf or d, 200 2) . É ac on sel ha do, t am bém , ao pac i ent e a beb er á gua ab und ant e m ent e de f or m a a ev it ar a i nf l am aç ão da bex i ga e a e st i m ul ar a el im i naç ão da r adi aç ão e, t am bém , a ab sor v er lim ão, de hor a a h or a, p ar a ev i t ar a i nf l am aç ão das gl ând ul as s al iv ar es aj udand o a ex c r et ar a r adi aç ão ac um ul ada n es s e l oc al ( A nóni m o, 2008) . Dur ant e o i nt er nam ent o é nec e s s ár i o r eal i z ar m edi ç ões – com o aux ílio de um equipam ento G eiger–M üller ( G M ) –, de m odo a av eriguar a v elocidade de ex posição da radiaç ão ( A RP A NS A , 2008) . E st a s m edi ç ões sã o m ui t o im por t ant es aqu and o a s aí da d o pac i ent e, um a v ez que e st e n ão pod er á t er al t a c as o po s s ua um a v el oc i dade d e ex posi ç ão ac i m a dos 5 0 µSv / h ( T hom pson, 2 001) .

O I - 131 t am bém pod e ser ut i l i z ado em di ag nó st i c o, m ai s c onc r et am ent e em c i nt i gr af i as. A s c i nt i gr af i as à t i r ói de – antes da terapêutica com I -131 - ajudam a det er m i nar o l oc al onde a s m et ást a s e s do c ar c i nom a da t i r ói de se l oc al i z am e a av al i ar se pod er ão ser r e duz i da s c om i odo r adi oac t iv o ( B r av erm an e Ut i ger , 1991) . O s pac i ent e s su bm et i dos a t er ap êut i c a c o m I - 131, dev em r eali z ar um ex am e de di agnó st i c o n o oi t av o di a apó s a adm i ni st r aç ão d a c áp sul a, t e ndo c om o o bj ec t iv o a det ec ç ão d e m et ást a se pe r si st ent e s ( S h ar p et al., 2005) . A pe sar d e e st e s ex am es ser em r eal i z ados c om o I - 131, e st e nã o é o r adi of árm ac o m ai s ac ons el hado par a a ár ea de di a gnó st i c o, um a v ez que os pi c o s de ener gi a – gam a e beta – são m ais el ev ados ( B r av erm an e Ut i ger , 1991) . O ut r o f ac t or que t or na est e r adi of ár m ac o de sac o n sel had o é o f ac t o de a s c âm ar a s ga m a pos suí r em u m a s en si bi l i dade f r ac a ao I - 13 1. A pr ox im adam ent e m et ade do s f ot ões pe net r am no c r i st al da c âm ar a, n ã o se ndo, a s si m , det ec t ado s ( Z i e s sm an et al. , 200 6) . O r adi of ár m ac o m ai s ac on sel ha do é o I - 1 23 um a v ez que não po s sui em i ss õe s bet a e a s em i s sõe s gam a r ondam os 3 5, 4 k eV ( B r av erm an e Ut i ger , 1991) .

A o r eal i z ar t r at am ent os c om I - 131 é nec e s sár i o t er em c on si der aç ão q u e est e é um em i ssor de r a di aç ão gam a e pa r t í c ul as bet a. P or i s so, é nec e s sár i o t om ar m edi das de p r ot ec ç ã o e c ui dado s dur a nt e e apó s o i nt er n am ent o. Rel at iv am ent e às i nst al aç õe s, o pac i ent e dev e ser i nst al ad o num quar t o pr ef er enc i al m ent e pr iv ativ o r ev est i do a c hum bo ou p ar ed e s gr o s sa s d e c onc r et o, d e

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2001) . O quar t o dev e si t uar - se num l oc al i so l ado de z ona s c om el ev ada pas sag em de p ac i ent e s e t r ab al hado r e s par a r ed uz i r a ex po si ç ão da r adi aç ã o a e st e s m em br os. E st e s dev em pos s ui r um a c a sa de b anh o p r iv ativ a, c om o t am po d a sa ni t a c ober t o c om pl ást i c o ( T hom pson, 20 01) , e s epar aç ão d o s ane am ent o par a t anque s de env el hec im ent o de ur i na s, de m odo a g ar ant i r um a c or r ec t a r adi opr ot ec ç ão ( B a st o s , [ s. d. ] ) . I deal m ent e, o t el ev i sor , t el ef one, l uz es dev em ser c ober t o s c om pl ást i c o par a a ev i t ar a c ont am i naç ão ( T hom pson, 20 01) . No qu e di z r es pei t o à s m edi da s de pr ot ec ç ão d ur ant e a s r ef ei ç õe s, t odo s o s ut en sí l i os dev em ser de pl á st i c o e, j unt am ent e c om os r esí d uo s al i m ent ar es, dev em se r ar m az enado s em sac o s d o l i x o em l oc ai s pr ó pr i os par a o s eu i sol am ent o. T odo s o s r esí d uo s dev em ser g uar d ado s por , a pr ox im adam ent e , 90 di as ( T hom ps on, 20 01) . Dur ant e o i nt er n am ent o, não é per m i t i da a ent r ada de ne nhum v i si t ant e dev i do ao el ev ado r i sc o de c o nt am i naç ão ( T hom ps on, 200 1) . A q uan do o i nt er n am ent o, nã o dev er á ser p er m i ti da a ut i l i z aç ão de r ou pa e obj ec t o s p e s soai s d o s pac i e nt e s at é ao di a da al t a. Dev e t am bém , ser ac on sel h ada a ut i l i z aç ão de obj ec t os pe s s oai s de sc ar t áv ei s, c om o a e sc ov a de dent e s, c a bel o, et c . ( T hom ps on, 200 1) . Dur ant e t odo o i nt er n am ent o o s t éc ni c o s n ão d ev em ent r ar n o q uar t o s em um dosí m et r o, e t oda s a s c ol hei t a s de sa ngu e, ur i na ou f ez es dev em ser ev i t adas ( I A E A , 2006) . A pó s o i nt er nam ent o, t am bém é nec e s sár i o t er al gun s c ui dad o s, um a v ez que o r i sc o de c o nt am i naç ão de m em br os da f am íli a é sup er i or at é s et e di a s ap ó s a adm i ni st r aç ão do I - 13 1 ( I CRP , 20 04) . O p ac i ent e dev er á ev i t ar o c ont ac t o c om gr áv i das e c r i anç a s e dev e m ant er um a di stânc i a m í nim a de um m et r o do públ i c o em ger al , não pod end o, por i s s o, dor m i r acom panhad o. Ca so o p ac i ent e c oz i nh e dev er á ut ili z ar l uv as enquant o m ani pul a os al im ent os, e a su a l oi ç a dev er á se r l av ada em separ ado, a s si m c om o a r oup a pe s so al e de c am a. T al c om o no i nt er nam ent o, o pac i ent e d ev er á t om ar banh o de c huv ei r o esf r egand o bem a p el e e de sc ar r e gar s em pr e du a s v ez es o aut oc l i sm o em c ada ut i l i z aç ão ( A nóni m o, 2008) . É im por t ant e i nf or m ar os pac i ent es d o s e x o f em i ni no que dev er ão ev i t ar f i c ar gr áv i das no s sei s m es e s que se seg uem apó s o i nt er nam ent o ( B i er sac k e F r eem an, 2007) .

O I - 131 é ex c r et ado na su a m ai or i a at r av és d o si st em a r enal , hav endo, t am bém , ex c r eç ão at r av és da s gl ândul a s s al iv ar es, suor e f ez e s ( I CRP , 200 4) . A s si m , um a doenç a ao ní v el r enal pode af ec t ar a ex c r eç ão da r adi aç ã o. Um a v ez que e st e r a di onuc l í deo é um em i ssor g am a, est e r e s ul t a n um a m ai or dose d e ex posi ç ão par a o pú bl i c o em r edor sen do n e c es s ár i as m edi das de pr ot ec ç ã o ( I CRP , 2004) . E st a s el ev adas d o se s d e r adi aç ã o, podem c ond uz i r a al gun s ef ei t o s sec und ár i os. O s ef ei t os bi ol ógi c os or i gi nad o s pel a ex posi ç ã o à r adi aç ão de pen dem do t i po de ex posi ç ão, po den do ser d e si gna do s por det er m i ní st i c os e est oc á st i c o s

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( Lom bar di , 2007) . O s ef ei t os det er m i ní st i c os sã o a quel e s c au sa do s pel a di m i nui ç ão ou per d a de f unç ão do ór gã o dev i do a m or t e c el ul ar ( Com i ssã o E ur op ei a, 1998) , se ndo o r e s ul t ado de ex po si ç õe s c om el ev ado ní v el de r adi aç ão – em casos de ac i dent e s - , ex i st i ndo um ac ent uar do s ef ei t os sec und ár i os c om o aum ent o da do s e r ec ebi da. E st e s ef ei t os p odem s er t am bém desi gn ado s por ex posi ç õe s agu da s, um a v ez que um a el ev ada dos e é r ec ebi da n u m c ur t o espaç o de t em po ( Lom bar di , 2007) . N o c a so do t r at am ent o d e do enç a s c om o hi per t i r oi di sm o e c anc r o da t i r ói d e o obj ec t iv o é ac t iv ar a m or t e c el ul ar não af ec t ando o s ór g ão s em r edo r . O s ef ei t o s est oc á st i c os sã o aq uel e s qu e r e sul t am das al t er aç õe s de r ad i aç ão i nd uz i da s em c él ul as q ue c o n ser v am a su a c a pac i dad e d e s e di v i di r . E st as c él ul a s m odi f i c ada s i ni c i am , por v ez es, um a t r ansf or m aç ão m ali gna de um a c él ul a, l ev ando ao de senv olv im ent o de c él ul as m ali gnas e c o ns equ ent em ent e a c anc r o ( Com i ss ã o E ur opei a, 1 99 8) . No s ef ei t os e st oc á st i c os – dos quais se destac am as doença s c ar c i nogéni c a s e m ut agé ni c as ( S h ar p et a l. , 2005) - a pr oba bi l i dade de ob s er v ar ef ei t os sec und ár i os aum ent a c om a do se r ec ebi da. E st e s ef ei t os t am bém podem ser de si g nad o s p or ex po si ç õe s c r ón i c a s um a v ez que d o se s bai x as s ão r ec ebi d a s dur ant e um l ongo per í odo d e t em po ( Lom bar di , 2007) .

A s m edi da s f í si c as de pr ot ec ç ã o c on si der ada s sã o o t em po, di st ânc i a e bl i ndagem apr opr i ada ( B ol u s, 200 8) . É f ac i lm ent e per c ept ív el que, quant o m ai s t em po di spen di d o pr óx im o da f ont e r adi oa c t iv a, m ai or a dose r ec ebi d a. A dos e r ec ebi da c or r e sp ond e à q uant i da de d e r a d i aç ão i oni z ant e r ec ebi da d ur ant e um per í odo de t em po ( B ol u s, 200 8) . O se gun do pr i nc í pi o de s egu r anç a é a di st ânc i a d a f ont e r adi oac t iv a ( B ol us, 2008) . A r adi aç ã o gam a obe dec e à l ei do i nv er so d o quadr ado, ou sej a, i nv er so da di st â nc i a ao quadr a do – quanto m aior a distância m enor a r adi aç ão r ec ebi da ( S h ar p et al. , 2005) . E st e pr i nc í pi o f undam ent al da ex posi ç ão à r a di aç ão r ef er e - s e à di st â nc i a q ue a r adi aç ã o i oni z ant e dev e per c or r e r a par t i r da f ont e at é ao i ndiv í duo ( B ol us, 2 008) . P or f im , o t er c ei r o pr i nc í pi o da pr ot ec ç ão da r adi aç ã o é a bl i ndag em do l oc a l onde o pac i ent e ser á i nt er nad o. E st a bl i ndagem e st á d epe nde nt e do t i po e en e r gi a de r adi aç ão i oni z a n t e a ut i l i z ar ( B ol us, 20 08) e de pen de d o t i po e en er gi a da s r adi aç õ e s em i t i das ( S har p et al. , 2005) . A r adi aç ã o bet a – radiação em itida pelo I -131 – é m ais penetrante que a r adi aç ão al f a v i aj ando em zig- za g e r equ er t i pos de bl i ndag em m ai s pesa do s ( B ol us, 2 008) . A bl i ndagem da s i n st al aç õ es dev e ser ar qui t ec t ad a de m odo a m i nim i z ar a ex posi ç ão da r adi aç ão ao s m em br o s d o pú bl i c o e t éc ni c o s ( A RP A NS A , 2008) . A l ém de st e s t r ê s pr i nc í pi o s, ex i st e u m a out r a m edi da a t er em c on si der aç ã o no q ue di z r e spei t o à s m edi da s d e pr ot ec ç ão : a hi gi ene. Um a boa hi gi ene m i nim i z a a po s si bi l i dade de c ont am i naç ão di r ec t a com I - 131. Um a v ez que a r adi aç ão é ex c r et ada, na su a m ai or i a, pel o si st em a r enal , é im por t ant e r eal i z ar um a c or r ec t a l av agem da s m ãos a pó s ur i nar ( I A E A , 200 6) .

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nuc l ear . A qu ant i dad e e o t i po de r adi aç ão adm i ni st r ada ao s pac i ent e s dev em ser m edi da e doc um ent ada, as si m c om o , a r adi aç ão ex i st ent e na s ár ea s de t er api a ( T hr al l e Z i essm an, 201 1) . No s e qui pam ent os d e m oni t or i z aç ão engl oba - se o s c ont ador e s G e iger - M üll er , d et ec t or e s de ár ea c om al ar m e e di spo si t iv os d e m oni t ori z aç ão i ndiv i dual , que se enc o nt r am na c at egor i a do s det ec t or e s ga so s o s ( Lom bar di , 2007) .

O c ont ador G eig er - M ül ler é o det ec t or m ai s v er sát i l par a a m edi c i na nuc l ear ( I A E A , 2006) . E st e det ec t or é u sad o par a det ec t ar e m edi r bai x os nív ei s d e r adi aç ão bet a e g am a ( K o wal sk y e F al en, 2004) , um a v ez que o per a m edi ndo a r adi aç ão em ev ent os i ndiv i duai s ( I A E A , 2006) . A r esp o st a do s c ont a dor e s G M é i ndepen dent e da qua nt i dade d e i oni z aç ão q ue oc or r e d ent r o do d et ec t or , f az endo c om que est e t i po d e c ont a dor e s s ej a i ndi c ado par a det ec t ar b ai x os nív ei s d e r adi aç ão ( K o wal sk y e F al en, 2004) . E st e t i po de c ont a dor e s é m ui t o adeq uad o par a m edi ci na nuc l ear , um a v ez que sã o sen sí v ei s par a a i ndi c aç ão de c ont am i naç õe s que po der ã o ex i gi r at enç ão ( S har p et al. , 20 05) . O s det ec t or e s G M engl obam - se n o gr upo do s det ec t or e s ga s o so s. E st e t i po de det ec t or e s c o n si st em em c âm ar as c hei as d e g á s – ar, dióx ido de c arbono ou árgon - em f orm a de cilindro cont endo doi s el éc t r odo s – ânodo e cátodo -, ligados a um a bateria de alim entação que f or nec e a v ol t agem nec es s ár i a par a o s eu f unc i onam ent o ( Lom bar di , 2007) . O s c ont ador e s G M pos s uem al gum as de sv antagen s em par t i c ul ar na ef i ci ênc i a de det ec ç ão. E st a ef i ci ênc i a dec r e sc e r api dam e nt e por v ol t a dos 70 k eV . E m m edi c i na nuc l ear , a m ai or i a do s f ot ões e en er gi a s b et a em uso enc ont r a - se ac i m a dos 6 0 k eV ( I A E A , 200 6) . E st e t i po de c ont ad or e s é m ui t o út i l nas ár ea s de ex po si ç ão a el ev ados nív ei s de r a di aç ão, c om o no c a so da t er a pi a c om I - 131 ( I A E A , 20 06) . A m edi ç ão da r adi aç ão em i t i da pel o pac i e nt e é r e al i z ada a um m et r o de di st â nc i a e de f or m a per pendi c ul ar ao ab dóm en do pa c i ent e ( I A E A ) . Na F i gur a 2 é po s sí v el ob ser v ar um c ont ador G eiger - M üll er .

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Com o r ef er i do, é nec es s ár i o c ont r ol ar a r a di aç ão ex i st ent e n a s ár e a s d e m edi ci na nuc l ear . P ar a t al , é ut i l i z ado um m edi dor de á r ea c om al ar m e, pr eenc hi do s c om gá s ( P od gor sak , 20 03) . O s t i po s de c ont a dor e s m ai s ut i l i z ados, sã o, t am bém , c ont ador e s G eig er - M ül ler, c o m um al ar m e son or o que é ac c i onad o quan do ul t r apa s sa um a t ax a de c o nt agem p r é - def i ni da , nor m alm ent e a t ax a v ar i a os 1 50 e 20 0 μSv /h (Lom bardi, 2007). É possív el v erificar a região deste tipo de det ec t or e s de ár ea na F i gur a 2. E st e t i po de d et ec t or e s pod e det ec t ar ní v ei s de em i ssor e s bet a e gam a na or dem dos m i c r oc ur i es ( µ Ci ) , no ent a nt o, a ní v ei s m ui t o al t os de r a di aç ão e st e s p odem or i gi nar er r o s de l ei t ur a ( Lom bar di , 2007) .

F i g u r a 3 – Regi ão do cont ador de ár ea G ei ger –M ül l er ( r egi ão E). Est a r egi ão é

i n d ep en d en t e d o t i p o d e r a d i a ç ã o q u e c a u s a a s i o n i za ç õ es i n i c i a i s ( P o d g o r s a k, 2 0 0 3 ).

O s t éc ni c os d e m edi c i na nuc l ear , t am bém dev er ão us ar di sp o si t iv os de m oni t ori z aç ão i ndiv i dual par a m edi ç ão d e r adi aç ã o. E st a s m oni t or i z aç õe s sã o im por t ant es par a v er if i c ar as do se s r ec ebi da s du r ant e um i nt erv al o de t em po e par a av al i ar a ef ec t iv idade da s pr át i c a s d e c ont r ol o da ex po si ç ão à r a di a ç ão, per m i t i ndo, t am bém , det ec t ar v ari aç ões do s ní v ei s de r a di aç ão n a s ár ea s de m edi c i na nuc l ea r e em si t uaç õe s ond e ex i st a al gum t i po de ac i de nt e s ( P od gor sak , 200 3) . O s di spo si t iv os de m oni t or i z aç ão i ndiv i dual desi gnam - se p or do sí m et r os, e dev em ser ut i li z ados e nt r e o pei t o e a c i nt ur a ( I A E A , 2006) . O s do sí m et r os de bol so ( F i gur a 4) sã o b a sea do s em pequ ena s c âm ar a s d e i on i z aç ão pa r a m oni t or i z ar a ex posi ç ão à r adi aç ão ( L om bar di , 2007) . O s d o sí m et r os op er am c om o um c ondens ador , em que é apl i c ado um a c or r ent e el éc t r i c a par a l i gar o c onde n sad or ( Lom bar di , 200 7) . A c or r ent e apl i c ada se par a du a s f i br as r ev est i da s a quar t z o por r ep ul sã o el éc t r i c a, e a de sc ar ga f az c om que um a da s f i br as s e m ov a at r av és da e sc al a ( L om bar di , 2007) . E st e t i po d e d o sí m et r os, ap e sar de s er em si m pl es, ac e s sí v ei s e per m i t i r em

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r ot i nei r a, um a v ez que m ede do se s m ui t o bai x as ( I A E A , 2006) , po s sui nd o, t am bém , um a sen si bi l i dade m ui t o bai x a e pr obl em as de b at er i a ( P o d gor sak , 200 3) . O s do sí m et r os de bol s o t êm c om o desv ant agem a s ua se n si bi l i dade e f r agi li dade. E st e t i po de do sí m et r os per m i t e um a l ei t ur a im ediat a do v al or de r adi aç ão r ec ebi do. O s do sí m et r os m ai s us ado s em m edi c i na nuc l ear sã o o s T LD – term oluminescente –, e sã o av ali ados m ens al m ent e ( S har p et al. , 2 005) . E st e s do sí m et r os T L D c on si st em em peque no s eq ui pam ent os qu e c o nt êm c r i st ai s d e c ál c i o o u f l uor et o d e l í t i o. O s c r i st ai s a b sor v em a ener gi a l i ber t ada pel a r adi aç ão i oni z ant e ( K o wal sk y e F al en, 2004) . Q uan do aqu ec i do s, est e s c r i st ai s l i ber t am a ener gi a ab sor v i da na f orm a de l uz v i sív el , sendo po st er i or m ent e a nal i sa da ( K o wal sk y e F al en, 200 4) . A s r a di aç õe s bet a e gam a r egi st ada s ne st e t i po de d o sí m et r os s ão av ali adas m edi ndo o T LD d e saí d a so b di f er ent e s f i l t r os, c om par an do o s r e sul t ado s c om c urv as d e c al i br aç ã o pr ev i am ent e est a bel ec i da s em c ondi ç õe s be m def i ni das ( P od gor sak , 20 03) .

F i g u r a 4 – Dosím etr o de bol so ( ALO KA, 2012) .

A m onit or i z aç ão r ot i nei r a do s t r abal ha dor e s é um el em ent o m ui t o im por t ant e um a v ez que é n ec e s sá r i o obt er um r egi st o l egal d a do se de r a di aç ão r ec e bi da ( T hom pson, 20 01) , de m odo a não ex c eder o lim it e im post o pel a l egi sl aç ão. D e ac or do c om a l egi sl aç ão por t u gue s a, o l i m i te de d o se ef ec t iv a dos t r ab al hador e s é f ix ado em 100 m S V por um per í o do de c i nc o ano s c on sec ut iv os, no ent ant o, o v al or não dev e ul t r apas s ar o s 50 m Sv em c ada an o, o m esm o é apl i c ado par a e st ud ant e s e e st a gi ár i os c om i dade s uper i or a 18 an o s ( Di ár i o da Rep úbl i c a, 200 8) . N o q ue di z r es pei t o a t r a bal had or e s do sex o f em i ni no que e st ej am gr áv i das , e st a s dev em dec l ar ar à e nt i dade p at r onal a sua si t uaç ã o, de m odo a gar a nt i r a pr ot ec ç ão d o f et o, sendo e st a equi v al ent e à di sp en sa da ao s m em br os d o p ú bl i c o em ger al . A do se r ec ebi da pel o f et o não po de ex c eder 1m Sv dur ant e o per í o do de gr av i dez ( Di ár i o da Re públ i c a, 20 08) . P or f im , a l egisl aç ão obr i ga a q ue o l im i t e de do s e ef ec t iv a par a os m em br os do pú bl i c o em ger al não ex c eda 1 m Sv por ano ( Di ár i o da Rep úbl i c a, 2008) .

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O pr ese nt e t r abal ho t em c om o obj ec t iv o est udar a v el oci dade de ex po si ç ão r adi oac t iv a em anada p or do ent e s i nt er na do s par a t er ap êut i c a c om I - 131 so b dif er ent e s c on di ç õe s, d e m odo a pr ogr am ar o di a d e al t a e i ndag ar o ef ei t o da hi per hi dr at a ç ã o or al e est i m ul aç ão do si st e m a gast r oi nt est i nal no s v al or es à dat a de al t a, um a v ez que a el im i naç ão do r adi of ár m ac o é f ei t a, f undam ent alm ent e, pel o si st em a ur i nár i o ( ur i na) e si st em a gast r oi n t est i nal ( f ez es) . P r et end eu - se, a s si m , anal i sar a di f er enç a d a v el o c i dade de ex po s i ç ão ent r e doi s gr up o s e det er m i nar a v ant agem da ut il i z aç ão de hi per hi dr at aç ã o .

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Métodos

I nt er nam ent o

No pr oc e s so d e i nt er nam ent o do s pac i ent e s é nec e s s ár i o se gui r al gum as et apa s. P r i m ei r am ent e é ex pl i c ado ao pac i e nt e o f unc i onam ent o da s i n st al aç õe s . Ne st a et apa o p ac i ent e é i nf orm ado que dev er á t om ar banho pel o m eno s um a v ez por di a dev endo, de se gui da, de sc ar t ar a t o al ha ut i l i z ada. É ex pl i ci t ado, t am bém , que e st e não pod e sai r do q uar t o at é ao di a da al t a. P ar a da r i ni c i o ao t r at am ent o é nec e s sár i o r eal i z ar um peque no q ue st i onár i o. E st e t em c om o obj ec t iv o pr oc ur a r c onhec er se o p ac i ent e seg ui u os c on sel ho s de pr é - t r at am ent o. O pac i ent e dev er á est ar em j ej um de pel o m enos t r ê s hor a s, t er r eal i z ado um a di et a pobr e em i odo dur ant e um a sem ana e par ar a m edi c aç ão um m ês a nt e s. Ne st a et ap a d o i nt er nam ent o é e s senc i al sa ber s e o p ac i ent e ut i l i z ou al gum pr odut o à ba s e d e i odo, c om o por ex em pl o, c ont r ast e s de ex am es m édi c os, d e si nf ec t ant es, t i nt as d e c ol or aç ão d e c ab el o, ent r e out r o s. A pó s e st e que st i onár i o o pac i ent e d ev e assi na r o c on sent i m ent o par a dar i ní c i o à t er apê ut i c a c om I - 131.

P or f im , par a o pr e s ent e e st udo, é qu e st i onado ao p ac i ent e a s ua i da de , al t ur a, pe so e a ex i st ênc i a de d oenç a s , sen do ap ena s c on si der ada s do enç a s c om o di abet e s e pr o bl em as r enai s.

Rec ol ha de d ad o s

No pr oc e s so d e r ec ol ha de da do s, f oi nec es s ár i o div i di r a popul aç ão em est u do em doi s gr u po s.

De m odo a r ef or ç ar a v i abi li dade do e st ud o, as am ost r a s f or am r ec ol hi das d e m odo al eat ór i o, ou s ej a, dur an t e dua s se m anas f or am r ec ol hi dos dad o s par a o G r upo 1, e na s d ua s sem ana s se gui nt e s par a o G r upo 2, e a s si m suc e s siv am ent e. Ne st e e st u do não há di sc r i m i naç ão q uant o a o sex o, i dade e q uant o à ex i st ênc i a d e doenç a s.

No pr i m ei r o gr upo ( G r upo 1) – gr upo de controlo -, os pacientes internado s so b a t er ap êut i c a c om I - 131 - 100 e 1 50 m Ci - s ão i nf or m ados que de que t er ão d e m ant er - se hi dr at a do s, sem el hant e ao pr ot o c ol o j á em uti li z aç ão - sen do, ne st e c as o, nec e s s ár i o c onhec er a qu ant i dad e de água b ebi da p el o pa c i ent e a o l ongo d o i nt er nam ent o. No seg und o gr up o ( G r upo 2 ) , o gr upo da h i per hi dr at aç ão or al e

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est i m ul aç ão ga st r oi nt e st i nal , o s pac i ent e s s ão i nf or m ados que t er ão de c on s um i r , no m í nim o, t r ês l i t r os de águ a por di a c om pl em ent ado c om um a saq uet a de l ax ant e por c ada di a de i nt er nam ent o ( a par t i r do seg undo di a) .

Dur ant e o s t r ê s di as de i nt er nam ent o f or am r eal i z adas d ua s m edi ç õe s di ár i as: um a m edi ç ão um a h or a apó s o pe qu eno - al m oç o e a s egu nda m edi ç ão um a hor a ap ó s o al m oç o, c om ex c epç ão do pr i m ei r o di a, um a v ez que os p ac i ent e s r ec ebem a c áp s ul a de I - 1 31 d ur ant e a t a r de . Ne st e c a so a s m edi ç õe s f or am r eal i z ada s m ei a hor a após a adm i ni st r aç ão do I - 131, de ac or do c om o pr ot oc ol o ex i st ent e na i n st i t ui ç ão de r ec ol ha d o s da do s. E st a s m edi ç õe s são r eal i z ada s c om um d et ec t or G eiger–Müller a t r ê s par t e s do c or po: z on a da t i r ói de, bex i ga e m em br os i nf er i or es, dur ant e 10 seg und o s e m c ada z on a. A q uan do e st a s m edi ç õe s o pac i ent e dev er á m ant er - se a um m et r o de di st ânc i a.

Det er m i naç ão t em po sem i -v i da Fí si c o

P ar a a det er m i naç ão do t em po sem i -v i da f í si c o do I - 131, r eal i z ou - se um est u do r el at iv o à ac tiv i dade e v el oc i dade de ex posi ç ão d o I - 131. De st e m odo, pego u - se num a am ost r a de st e r adi of ár m aco e e st u dou - se o seu dec ai m ent o a o l ongo d o t em po. P ar a d et er m i nar a ac t iv i dade r ec or r e u - se à hot t e ex i st ent e n a r adi of arm ác i a, usan do a s si m , o c al i br ador . P ar a a v el oci dade de ex posi ç ão , pr oc ed eu - se d o m esm o m odo par a a m edi ç ão d o s pac i ent e s, u san do o c ont ad or G eiger - M ü ller a um m et r o de di st â nc i a, nu m a div i são i ndepe nde nt e d a ár e a d a M edi c i na M ol ec ul ar .

A nál i se de d ado s

O s da do s r ec ol hi do s f or am anal i sado s at r av és da f er r am ent a est at í st i c a S P S S - S t at is t ic al P ac k age f or t he S oc ial S c ienc es. F or am ut il i z ados o s t e st e s d e nor m al i dade - S hapir o- W ilk - p ar a v er if ic ar s e a s am ost r a s s egui am um a di st r i bui ç ão n or m al . A pós e st e t e st e ut i l i z ou - se o t e st e A NO V A p ar a det er m i nar s e ex i st em dif er enç as si gni f i c at iv as na ut i l i z aç ão de hi per hi dr at aç ão or al e est i m ul aç ão ga st r oi nt est i nal , c om par at iv am ent e c om o gr upo de c ont r ol o ( G r up o 1) .

É im por t ant e s al i ent ar que a c om par aç ão do s r e s ul t ado s f oi f eit a de ac or d o c om a dosa gem r ec ebi da. O u s ej a, r eal i z o u- se um est udo e st at í st i c o par a o s da do s de c ada g r up o par a 1 00 m Ci e out r o est ud o p ar a 150 m Ci .

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Resultados

T em po sem i -v i da f í si c o I - 131

De m odo a i ni c i ar o pr e se nt e e st u do, f oi nec e s sár i o r ec or r er ao e st udo d o t em po de sem i -v i da f í si c o do I odo - 1 31. A s si m , v erif i c ou - se a s ua ac t iv i dade e v el oc i dade de ex po si ç ão a o l ongo do t em po ( T abel a 1) . Na T a bel a 1. 1 do A p êndi c e I é pos sí v el enc ont r ar a t ab el a m ai s por m enor i z ada.

T a b el a 1 – Est udo da acti vi dade e vel oci dade d e exposi ção do I odo - 131.

Tempo (h) Actividade (µCi) Velocidade Exposição (µSv/h)

0 728 2,92 0,000 2 724 2,91 0,006 4,83 712 2,75 0,022 7,9 705 2,74 0,032 24,38 673 2,66 0,079 26,49 669 2,45 0,085 28,12 661 2,34 0,097 32,98 648 2,29 0,116 35,04 644 2,12 0,123 50,55 610 1,96 0,177 52,55 604 1,92 0,187 58,05 600 1,66 0,193 59,55 593 1,58 0,205 124,71 468 1,10 0,442 126,71 456 1,00 0,468 129,54 437 0,96 0,510 131,2 430 0,80 0,527 146,7 429 0,77 0,529 149,7 423 0,76 0,543 153,45 423 0,72 0,543 164 425 0,76 0,538 167,68 404 0,68 0,589 169,84 396 0,56 0,609 172 393 0,54 0,616 175,41 390 0,51 0,624 191,66 373 0,49 0,669 215,83 339 0,27 0,764 219,33 336 0,26 0,773

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Tabela 2.2 – Medições realizadas  para cada paciente ref erente ao Grupo 2.

Referências

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