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Fluxos migratórios na microrregião de Governador Valadares- MG

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Academic year: 2021

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1 Doutorandas em Geografia- Tratamento da Informação Espacial pelo Dinter UNEC/PUC-Minas/Belo

Horizonte. daniela.cunha@ifmg.edu.br; franaraujo.10@gmail.com.

2 Professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais- PUC Minas no Programa de pós-graduação em

Geografia-Tratamento da Informação Espacial. duvalfernandes@hotmail.com.

Fluxos migratórios na microrregião de Governador Valadares- MG

Daniela Martins Cunha1 Maria Francisca de Araújo Gomes1 Duval Magalhães Fernandes2

Resumo

O trabalho visa demonstrar a dinâmica dos fluxos migratórios que ocorreram entre os municípios constituintes da microrregião de Governador Valadares- MG pelo quesito data fixa e a base de microdados do censo demográfico do IBGE, 2010. Utilizou-se como procedimentos metodológicos dois recursos principais, o SPSS e o ArcGIS 10.0TM. Com o SPSS foi possível tratar os microdados do IBGE e, por consequência elaborar a matriz de migração intermunicipal da microrregião. Em seguida, pelos dados de emigração e imigração foram calculados o Saldo Migratório e o Índice de Eficiência Migratória. A síntese dos dados foi apresentada por tabelas, quadros e mapas, sendo os últimos elaborados por meio do Sistema de Informação Geográfica, especificamente pelo uso do ArcGIS 10.0TM. Os resultados demonstram, dentre outros, que o município de Governador Valadares, cidade média da microrregião, ao contrário do esperado, caracteriza-se, dentre outros, por apresentar as maiores perdas migratórias dentro da microrregião. A emigração maior que a imigração no município aponta a ineficiência de Governador Valadares enquanto uma cidade polarizadora regional e para uma carência em sua cadeia produtiva local, a qual, desenvolvida, poderia ser responsável tanto pela atração como pela retenção migratória, principalmente em uma escala microrregional.

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1- INTRODUÇÃO

Na atualidade não se pode mais pensar em movimentos migratórios simplesmente

impulsionados pela organização econômica e social global. Diversos fatores podem influenciar o ato de migrar, inclusive uma coexistência entre os velhos e os novos. A migração não é simplesmente um dado matemático, pois envolvem as relações humanas, interpessoais, familiares, de redes sociais, relações com os mais diversos espaços de vivência e, por isso, as teorias tendem a avançar e incorporar as novas causas que levam pessoas a se deslocar (OLIVEIRA, 2011).

Baeninger demonstra o quão complexo se apresentam os fluxos migratórios atuais onde,

“A redefinição da relação industrialização, fronteira agrícola, migração-desconcentração industrial, migração-emprego, migração-mobilidade social no contexto atual da economia e da reestruturação produtiva, em anos recentes, induziu um novo dinamismo às migrações no Brasil, onde os fluxos mais volumosos são compostos de idas-e-vindas, refluxos, re-emigração, outras etapas- que pode ser mesmo o próprio local de origem antes do próximo refluxo para o ultimo destino-, onde as migrações assumem um caráter mais reversível do que nas explicações que nos pautávamos até o final do século XX” (DOMENACH; PICOUET apud BAENINGER, 2012).

Ainda em relação às redefinições dos fluxos migratórios no Brasil, nos últimos anos da década de 1980 e inicio da década de 1990 ganharam força as migrações de curta distância e também as direcionadas às cidades médias. O censo demográfico de 1991 demonstrou, dentre outras alterações nos fluxos migratórios brasileiros, um arrefecimento das migrações da região Nordeste em direção a Sudeste (OLIVEIRA et al, 2011).

O Estado de Minas Gerais em seu início de ocupação vivenciou ápices de imigração relacionados aos períodos áureos da mineração e, por consequência à escravidão e, posteriormente, a um maior fluxo de europeus trabalhadores na produção agropecuária. Por outro lado,

Minas, como é por demais sabido, foi uma das Unidades da Federação que experimentou altos níveis de perdas por emigração no século XX. Em 2000, esse fato ainda refletia-se nos dados de seus subespaços. As mesorregiões cujas TLMs exprimem os maiores níveis de perda populacional entre 1995 e 2000, são as do Vale do Mucuri, Jequitinhonha, Norte de Minas, Vale do Rio Doce, Noroeste e Central Mineira, nessa ordem, enquanto as regiões do Sul/Sudoeste de Minas, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Oeste de Minas foram as que exibiam taxas discretamente positivas (0,50% e 0,46%, respectivamente), acompanhadas pelas

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mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte, Campo das Vertentes e Zona da Mata (MATOS e GARCIA, 2006, p. 09).

Os municípios da Mesorregião do Vale do Rio Doce e mais especificamente da Microrregião de Governador Valadares, dentre eles, de maior destaque, Governador Valadares, possuem suas perdas caracterizadas principalmente pelas emigrações internacionais. São conhecidos nacionalmente pelo grande movimento emigratório internacional que realizaram e ainda hoje realizam em direção aos Estados Unidos e países da Europa.

Governador Valadares destaca-se no Brasil como o local onde se iniciou a emigração internacional para os EUA a partir dos anos de 1960 e consolidada na segunda metade dos anos de 1980, década em que também iniciaram novos fluxos em direção à Europa e, especificamente Portugal, aumentado nos anos 2000 após o ataque às torres gêmeas americanas (CAMPOS et al, 2010; SIQUEIRA, 2009).

Tais tendências citadas anteriormente características da migração ocorrem motivadas por questões econômicas, políticas, sociais, familiares, e nas mais diferentes escalas, das migrações internacionais às migrações intramunicipais.

“A migração, por si só, representa um meio de obtenção de trabalho, informação e recursos financeiros para muitas pessoas. A experiência migratória pode traduzir-se em melhoria de condições de vida e ascensão profissional, que beneficia lugares e indivíduos. Isto significa estabelecer a hipótese de que uma parcela expressiva de migrantes em uma localidade equivale a uma espécie de oxigenação da economia local, em decorrência de benefícios que muitos migrantes trazem consigo” (MATOS, 1998).

Os dados de migração são imprescindíveis no estudo dos arranjos espaciais da população. Considera-se importante visualizar no espaço geográfico, em suas mais diversas escalas, a distribuição dos fluxos migratórios a fim de localizar as regiões e ou municípios que mais atuam como áreas de origem e de destino do fluxo.

Assim, o presente estudo possui o objetivo principal de demonstrar a dinâmica dos fluxos migratórios que ocorreram entre os municípios constituintes da microrregião de Governador Valadares- MG pelo quesito data fixa e a partir da base de microdados do censo demográfico do IBGE, 2010. E, por consequência, como objetivos específicos: identificar os municípios que, dentro da microrregião, atuam como áreas de perdas e áreas de retenção

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migratórias; apresentar o saldo migratório (SM) e o índice de eficiência migratória (IEM) destes municípios a partir das migrações intermunicipais.

Partiu-se, inicialmente, do principio de que os municípios de Governador Valadares, cidade média regional, e Itambacuri por possuírem, respectivamente, as maiores concentrações demográficas e melhores infraestruturas urbanas na microrregião, seriam as grandes áreas de retenção migratórias quando comparados aos outros municípios da microrregião, posto que, os demais possuem baixas densidades demográficas e menores infraestruturas urbanas, o que faria dos mesmos, áreas de perdas migratórias.

2-PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 2.1- Área de estudo

O IBGE através da Resolução PR-51 de 31/07/89, atualizada em 01/01/90 devido às emancipações municipais, aprovou a divisão regional do Brasil em Mesorregião e Microrregião, elaboradas a partir das Unidades da Federação e utilizando o conceito de organização do espaço.

O Estado de Minas Gerais foi dividido em doze Mesorregiões, a saber: Noroeste de Minas, Norte de Minas, Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Triangulo Mineiro, Central Mineira, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce, Oeste de Minas, Sul de Minas, Campo das Vertentes e Zona da Mata, sendo que, estas estão divididas em Microrregiões.

A Mesorregião do Vale do Rio Doce foi dividida, conforme metodologia do IBGE em sete Microrregiões: Guanhães, Peçanha, Governador Valadares, Mantena, Ipatinga, Caratinga e Aimorés. A Microrregião de Governador Valadares, delimitação espacial utilizada neste estudo, compreende vinte e cinco municípios: Alpercata, Campanário, Capitão Andrade, Coroaci, Divino das Laranjeiras, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Galileia, Governador Valadares, Itambacuri, Itanhomi, Jampruca, Marilac, Mathias Lobato, Nacip Raydan, Nova Módica, Pescador, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São José da Safira, São José do Divino, Sobrália, Tumiritinga, Virgolândia (Figura 1).

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Figura 1: Mapa dos municípios da Microrregião de Governador Valadares- MG. Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. Org. CUNHA e GOMES, 2016.

2.2- Coleta e tratamento dos dados

As investigações migratórias com o intuito de responder a questões relacionadas às migrações internas e imigrações internacionais, evoluíram muito até o Censo de 1991. O Censo de 1991 é considerado o mais rico em relação à investigação da migração interna, uma vez que permitiu uma investigação nos níveis municipal, estadual e intramunicipal (migração rural-urbana e urbana-rural) e da imigração internacional. Além disso, ele gerou novas informações sobre o fenômeno de migração utilizando o quesito de residência anterior em uma data fixa e, por este, a possibilidade de obter o saldo liquido migratório direto (ERVATTI e OLIVEIRA, 2011).

Ao longo dos censos, alguns quesitos censitários para a determinação da migração interna foram adotados, sendo eles, lugar de nascimento, duração de residência (DR), lugar de última residência (LUR) ou última etapa e lugar de residência em uma data fixa anterior (DFIX) ou simplesmente, data fixa (RIGOTTI, 1999; CARVALHO et al, 2000).

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Os dados de migração dos municípios da Microrregião de Governador Valadares foram obtidos a partir dos microdados do censo demográfico do IBGE de 2010 e tratados com o programa IBM SPSS Statistics. Optou-se por trabalhar com a variável de migração de Data Fixa (município de residência em 31 de julho de 2005), uma vez que, essa metodologia permite a verificação da origem e o volume das migrações.

No quesito de data fixa os migrantes são aqueles que residiam em outra localidade, UF ou país a partir da data de referência - no caso do censo de 2010, 31 de julho de 2005 - ou seja, cinco anos antes da aplicação do Censo. Com relação à data fixa, pode-se argumentar que uma de suas limitações seja o fato de uma pessoa se esquecer do local de sua residência em uma data especifica (RIGOTTI, 1999; CARVALHO et al, 2000).

Algumas das grandes vantagens deste quesito é que ele permite o calculo de todas as medidas convencionais da migração: imigrantes, emigrantes e saldo migratório. Além disso, os lugares de origem e destino são conhecidos, o período dentro do qual ocorre a migração é bem determinado e o conceito de migrante é facilmente definido (RIGOTTI, 1999, p. 17).

Pelos dados de data fixa e pelo modelo de Matriz de Migração apresentado por Rigotti (Quadro 1), chegou-se a Matriz de Migração da Microrregião de Governador Valadares, pela qual foi possível obter os dados de emigração, imigração e, posteriormente calcular o SM e o IEM existente entre os municípios constituintes da Microrregião e destes em relação às demais UFs.

De acordo com Rigotti (1999) pela Matriz A obtém-se o fluxo de migração de uma área composta pelas regiões A, B e C. As linhas representam as pessoas que deixaram sua região de origem e foram recenseadas na de destino, o que possibilita calcular o número de emigrantes, ou seja, o número de pessoas que deixaram a região de origem, representado pela última coluna. Já as colunas representam o número de pessoas que entraram na região de destino, os imigrantes, de acordo com a região de origem, sendo seu total representado na última linha. O N representa o total de imigrantes e emigrantes uma vez que esses totais serão iguais por se referirem apenas a migrações internas (Quadro 1).

Região de Origem Região de Destino Emigrantes

A B C

A n11 n12 n13 n1.

B n21 n22 n23 n2.

C n31 n32 n33 n3.

Imigrantes n.1 n.2 n.3 N

Quadro 1- Matriz A- Dados de migração- Origem X Destino Fonte: RIGOTTI, 1999, p. 49.

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O SM foi obtido de forma simples pelo cálculo Imigração – Emigração (SM= I – E).

O saldo positivo significa que o número de imigrantes é superior ao de emigrantes; já o saldo negativo é o inverso; e o saldo nulo constitui-se em igual quantidade de emigrantes e imigrantes. Quando há muitos municípios de determinada área com saldo negativo, pode-se inferir que a perda migratória é elevada; então, deve-se analisar os fatores políticos, naturais e/ou socioeconômicos que têm afugentado a população. Por outro lado, o saldo positivo pode significar que o município tem atendido aos anseios da população e ainda representar uma área de atração populacional. Todavia, deve-se analisar com cuidado o valor do saldo positivo, uma vez que pode estar no limite entre o positivo e o negativo. Dificilmente, os municípios apresentam saldo nulo, pois a mobilidade da população no Brasil é muito expressiva. No entanto, em municípios de pequeno número de habitantes, baixa cadeia produtiva, pode ocorrer tanto pouco volume de emigrantes como de imigrantes, sendo que os imigrantes, em geral, são retornados (FONSECA, 2015, p. 28).

Ainda sobre o SM nulo é possível afirmar que ele

“não significa, necessariamente, ausência de fluxos migratórios. Pode ocorrer que os volumes de imigrantes e emigrantes sejam iguais, resultando um saldo nulo, inclusive sendo possível a alternância de saldos positivos e negativos nos diversos grupos etários, mas com saldo nulo para a população total. Neste caso haveria efeitos sobre a distribuição etária da população” (CARVALHO e RIGOTTI, 1998, p. 8).

Já o IEM foi calculado pela divisão do saldo migratório pelo número de emigrantes mais imigrantes.

IEM= saldo migratório emigrantes + imigrantes

Quanto mais próximo o resultado for de -1 indica-se área de maior emigração, de +1 área de maior retenção de pessoas ou área de maior imigração e, valores próximos a 0 indicam rotatividade migratória, áreas em que entram e saem migrantes (FONSECA, 2015; BAENINGER, 2012). Com a finalidade de classificar o IEM dos municípios da microrregião segundo um mesmo parâmetro adotou-se o quadro de classificação organizado e adaptado por Fonseca, no qual os valores do IEM são divididos em classes e classificados conforme a potencialidade migratória que representam (Quadro 2).

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Classe do IEM Potencialidade migratória -0,51 a -1,00 Área de forte perda migratória -0,30 a -0,50 Área de média perda migratória -0,13 a -0,29 Área de baixa perda migratória 0,12 a -0,12 Área de rotatividade migratória 0,13 a 0,29 Área de baixa retenção migratória 0,30 a 0,50 Área de média retenção migratória 0,51 a 1,00 Área de forte retenção migratória

Quadro 2 – Classificação do IEM

Fonte: Baeninger, 1999, 2008. Org e adapt: FONSECA, 2015

Por fim, depois de obtida a Matriz de Migração da Microrregião de Governador Valadares, os dados de emigração e imigração foram espacializados por meio de recursos do Sistema de Informação Geográfica e, de forma mais específica pelo uso do ArcGIS 10.0TM e os demais dados representados em tabelas e quadros.

3- RESULTADOS E DISCUSSÃO

A migração intermunicipal na microrregião

Os dados de emigração de data fixa da Microrregião de Governador Valadares foram calculados em relação aos movimentos migratórios intermunicipais realizados apenas dentro da microrregião. Observa-se que 6.742 pessoas realizaram emigrações intermunicipais no período estudado. Os municípios de São Geraldo do Baixio e Governador Valadares apresentam, respectivamente, o menor e o maior número de emigrantes (Tabela 1).

De modo geral o número de emigrantes intermunicipais na microrregião é baixo. Dos vinte e cinco municípios que a compõem, dezessete possuem um número de emigrantes que variam de 49 a 200, sete que variam de 227 a 564 e Governador Valadares com um número de 2.248. Isso se deve ao fato principal de ser a microrregião constituída por municípios pequenos com populações que variam, em sua maioria de 3.030 a 11.856 habitantes (vinte e três dos vinte e cinco municípios) (Tabela 1).

O percentual de emigrantes em relação à população total de toda a microrregião em 2010 foi de apenas 2,99%. Todos os municípios apresentam um baixo percentual de

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emigrantes em relação à população total, sendo Governador Valadares e Galileia os que apresentam o menor e maior percentual, respectivamente, 0,85% e 4,39% (Tabela 1).

TABELA 1

Microrregião de Governador Valadares: população total/emigrantes data fixa (2010) Município Pop. total 2010 Emigrante data fixa %

São Geraldo do Baixio 3.486 49 1,41

Nacip Raydan 3.154 72 2,28

Sobrália 5.830 76 1,30

Pescador 4.128 87 2,11

Tumiritinga 6.293 106 1,68

São José do Divino 3.834 122 3,18

Marilac 4.219 123 2,92

Fernandes Tourinho 3.030 126 4,16

Mathias Lobato 3.370 132 3,92

São José da Safira 4.075 136 3,34

Divino das Laranjeiras 4.937 140 2,84

Campanário 3.564 155 4,35

Nova Módica 3.790 160 4,22

São Geraldo da Piedade 4.389 162 3,69

Capitão Andrade 4.925 171 3,47 Virgolândia 5.658 191 3,38 Jampruca 5.067 200 3,95 Alpercata 7.172 227 3,17 Itanhomi 11.856 234 1,97 Engenheiro Caldas 10.280 286 2,78 Galiléia 6.951 305 4,39 Coroaci 10.270 314 3,06 Frei Inocêncio 8.920 356 3,99 Itambacuri 22.809 564 2,47 Governador Valadares 263.689 2.248 0,85 Total 415.696 6.742 2,99

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010, data fixa. Org. CUNHA e GOMES, 2016.

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Importante observar o caso de Governador Valadares, posto que se refira a um município que apresenta o maior numero de emigrantes, mas tal número quando comparado a sua população total, faz com que o município apresente o menor percentual de perda emigratória intermunicipal. Situação contrária ocorre com outros municípios como Fernandes Tourinho, Nova Módica e Campanário que, em termos de números absolutos perdem poucos habitantes, mas em relação à população total esses números representam, junto a Galileia, os percentuais mais elevados de perda.

Excetuando Governador Valadares, os municípios que tiveram o maior número de emigrantes foram Itambacuri (564), Frei Inocêncio (356), Coroaci (314) e Galileia (305) (Figura 2). Ainda sobre a emigração ocorrida nestes municípios tem-se que: 1- Dos 2.248 emigrantes de Governador Valadares, 1.058 ou 47% tiveram como região de destino quatro municípios, Frei Inocêncio (333), Alpercata (314), Coroaci (210) e Tumiritinga (201); 2- 80% dos emigrantes de Itambacuri se dirigiram a três municípios principais com destaque para Governador Valadares que recebeu 62,2% dos emigrantes (351), Frei Inocêncio (54) e Campanário (49); 3- Dos emigrantes de Frei Inocêncio, 72,5% se dirigiram para Governador Valadares que recebeu 52,2% (200) e Jampruca (58); 4- Coroaci e Galileia também tiveram sua emigração concentrada em dois municípios, o primeiro em Governador Valadares (210) e Virgolândia (35), juntos correspondendo a 78% e o segundo em Governador Valadares (138) e São Geraldo do Baixio (126) num total de 86,6%.

Ainda sobre os dados anteriores e com a observação da figura 2 é possível verificar que de todos os municípios de destino citados anteriormente e que correspondem aos principais destinos de emigrantes intermunicipais da microrregião, o único movimento que não ocorreu entre municípios limítrofes foi o de Itambacuri para Governador Valadares.

Dos municípios com menor quantidade de emigração, São Geraldo do Baixio e Mathias Lobato são os únicos que não possuem perdas de população para o município de Governador Valadares, pois dos 49 emigrantes de São Geraldo do Baixio, 42 e 7 tiveram como destino os municípios de Galileia e Divino das Laranjeiras. E, dos 132 que emigraram de Mathias Lobato, 84% foram para Frei Inocêncio (111), município muito próximo e os outros 16% para Jampruca (11), Marilac (5) e São José do Safira (5).

Todos os demais municípios tiveram perdas emigratórias para Governador Valadares, no entanto, seis destes, com baixos valores de emigrantes. Esses, diferentes dos demais, perderam maior quantidade de pessoas para outros municípios. Tal fato foi observado com os municípios de Sobrália, Pescador, São José do Divino, Marilac, Capitão Andrade e

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Engenheiro Caldas, os quais foram região de origem de migrantes, respectivamente, para Fernandes Tourinho (28), Nova Módica (39), Nova Módica (49), Coroaci (59), Tumiritinga (72) e Fernandes Tourinho (80). Observa-se também que, excetuando Marilac, os demais municípios citados como de origem da emigração, não são limítrofes de Governador Valadares (Figura 2).

Figura 2: Mapa da Microrregião de Governador Valadares – emigrantes data fixa – 2010. Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. Org. CUNHA e GOMES, 2016.

Quanto ao número de imigrações ocorridas dentro da microrregião foi registrado 6.742, tal como nas emigrações, posto que se trate do estudo apenas de migrações internas. Os municípios que registraram menor e maior número de imigrantes foram, na ordem, Nacip Raidan (33) e Governador Valadares (2.201) (Tabela 2). Como ocorrido com os dados de emigração, os de imigração também são baixos, devido o tamanho dos municípios. Dos vinte e cinco municípios, dezessete registraram imigrações que variaram de 33 a 187, sete de 210 a 653 e, Governador Valadares, acima dos demais, com 2.201.

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TABELA 2

Microrregião de Governador Valadares: população total/imigrantes data fixa (2010) Município Pop. total 2010 Imigrante data fixa %

Nacip Raydan 3.154 33 1,05

São José do Divino 3.834 45 1,17

Mathias Lobato 3.370 80 2,37

São Geraldo da Piedade 4.389 82 1,87

Campanário 3.564 90 2,53

Marilac 4.219 111 2,63

São José da Safira 4.075 113 2,77

Nova Módica 3.790 126 3,32 Itambacuri 22.809 133 0,58 Pescador 4.128 135 3,27 Sobrália 5.830 143 2,45 Itanhomi 11.856 147 1,24 Jampruca 5.067 151 2,98 Virgolândia 5.658 163 2,88

São Geraldo do Baixio 3.486 168 4,82

Divino das Laranjeiras 4.937 181 3,67

Galiléia 6.951 187 2,69 Capitão Andrade 4.925 210 4,26 Engenheiro Caldas 10.280 227 2,21 Fernandes Tourinho 3.030 243 8,02 Coroaci 10.270 291 2,83 Tumiritinga 6.293 391 6,21 Alpercata 7.172 438 6,11 Frei Inocêncio 8.920 653 7,32 Governador Valadares 263.689 2.201 0,83 Total 415.696 6.742 3,20

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010, data fixa. Org. CUNHA e GOMES, 2016.

O percentual de imigrantes em relação à população total da microrregião foi de 3,20%, um pouco mais elevado que o registrado na emigração. Observa-se ainda que, os municípios de Itambacuri e Governador Valadares apresentam os menores percentuais de imigração em relação à população total, 0,58% e 0,83%, mesmo tendo Governador Valadares apresentado o

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maior número absoluto de imigrações. O município de Frei Inocêncio, em segundo lugar em número de imigrantes é também o segundo com maior percentual em relação à população total, 7,32%, perde em termos de valores percentuais apenas para Fernandes Tourinho com 8,02%. Destaca-se ainda, devido os altos valores percentuais, quando comparados aos demais, os municípios de Tumiritinga (6,21%) e Alpercata (6,11%).

Na figura 3 observam-se os municípios que tiveram o maior número de imigrantes, em ordem decrescente: 1- Governador Valadares (2021), o qual recebeu migrante, principalmente de Itambacuri (351), Coroaci (210) e Frei Inocêncio (200) e dos demais municípios em números equiparados, exceto, contudo, Mathias Lobato e São Geraldo do Baixio, que registraram zero entrada; 2- Frei Inocêncio (653), tendo estes origens em doze outros municípios, dos quais se destacam Governador Valadares (333) e Mathias Lobato (111), que juntos representam 68% dos imigrantes e, 3- Alpercata (438) que recebeu migrantes de quatorze municípios com valores pouco representativos, excetuando-se apenas Governador Valadares, com 314 ou 72% dos imigrantes.

Figura 3: Mapa da Microrregião de Governador Valadares – imigrantes data fixa – 2010. Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. Org. CUNHA e GOMES, 2016.

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Já entre os que tiveram menor número de imigrantes, pode-se destacar em ordem crescente: 1- Nacip Raydan (33), o qual recebeu migrantes de apenas três municípios, sendo eles, Virgolândia (17), Governador Valadares (13) e Coroaci (3); 2- São José do Divino (45), com entrada de migrantes de outros seis municípios e, em maior quantidade de Nova Módica (19 ou 42%) e em igual número de Governador Valadares, Itambacuri e Pescador num total de 21 ou 46% e, 3- Mathias Lobato (80) que recebeu migrantes de outros cinco municípios, com destaque para Governador Valadares (33) e Frei Inocêncio (29), que juntos representam 77,5% das imigrações.

Em uma distribuição de frequência simples, observa-se que, nove municípios da microrregião receberam migrantes de apenas 1 a 5 outros municípios, sendo que, apenas São Geraldo da Piedade recebeu migrantes de apenas um município- Governador Valadares. Treze atraíram população de outros 6 a 10 municípios e, três atraíram população de mais de 12 municípios, destacando-se com um valor mais expressivo, Governador Valadares que recebeu migrantes de outros 22.

O saldo migratório dos municípios da Microrregião de Governador Valadares foi calculado pela técnica direta (SM= I - E). Os municípios da microrregião apresentaram tanto saldos positivos como também negativos (Tabela 3), sendo que, os resultados gerais apontam para uma maior emigração, uma vez que 16 dos 25 municípios possuem saldos migratórios negativos. Os demais municípios, 9 possuem SM positivo e, por conseguinte, nenhum apresentou SM nulo, quando as emigrações e imigrações são valores iguais.

Pela disposição da figura 4 é possível observar que os valores de SM foram em geral baixos e apresentam pouca variação entre os saldos positivos e negativos. Destacam-se com maiores valores de SM positivo os munícipios de Frei Inocêncio, Tumiritinga e Alpercata, ou seja, são os municípios em que o número de imigrantes, comparado aos demais dados da microrregião, foi consideravelmente superior, posto que, os demais saldos positivos são representados por valores bem inferiores e se mantiveram equiparados.

Quanto aos valores negativos verifica-se que o município de Itambacuri se destaca diante dos demais, com um SM negativo muito alto, sendo assim, o município com o valor de emigração mais expressivo. Enfatiza-se ainda que, apesar de não apresentar um valor de SM negativo tão alto quanto Itambacuri, o município de Governador Valadares também possui SM negativo. Esses munícipios possuem assim, as maiores populações e também perdas populacionais na microrregião.

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TABELA 3

Microrregião de Governador Valadares: saldo migratório - data fixa (2010)

Município Imigração Emigração SM

Itambacuri 133 564 -431

Galiléia 187 305 -118

Itanhomi 147 234 -87

São Geraldo da Piedade 82 162 -80

São José do Divino 45 122 -77

Campanário 90 155 -65 Eng. Caldas 227 286 -59 Mathias Lobato 80 132 -52 Jampruca 151 200 -49 Gov. Valadares 2201 2248 -47 Nacip Raidan 33 72 -39 Nova Módica 126 160 -34 Virgolândia 163 191 -28 Coroaci 291 314 -23

São José da Safira 113 136 -23

Marilac 111 123 -12

Capitão Andrade 210 171 39

Divino das Laranjeiras 181 140 41

Pescador 135 87 48

Sobrália 143 76 67

Fernandes Tourinho 243 126 117

São Geraldo do Baixio 168 49 119

Alpercata 438 227 211

Tumiritinga 391 106 285

Frei Inocêncio 653 356 297

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010, data fixa. Org. CUNHA e GOMES, 2016.

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Figura 4: Saldo Migratório da Microrregião de Governador Valadares- MG.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010, data fixa. Org. CUNHA e GOMES, 2016.

Os dados do índice de eficiência migratória- IEM foram organizados e classificados conforme a potencialidade migratória, organizada e adaptada por Fonseca (2015). As potencialidades são divididas em sete classes: área de forte perda migratória, área de média perda migratória, área de baixa perda migratória, área de rotatividade migratória, área de baixa retenção migratória, área de média retenção migratória e área de forte retenção migratória.

Os municípios da microrregião estão subdivididos em todas as sete classificações de potencialidade migratória, conforme é possível observar no quadro três. Nove municípios são áreas de perda migratória, de forte a baixa, dentre os quais se destaca com forte perda Itambacuri. Com igual valor também são nove os municípios que apresentam rotatividade migratória, áreas onde entram e saem muitas pessoas, sendo Governador Valadares o município que mais se aproxima do valor zero. E sete são os municípios que possuem retenção migratória, destacando-se como os de mais forte retenção São Geraldo do Baixio e Tumiritinga, respectivamente (Figura 5).

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Figura 5- Munícipios da microrregião de Governador Valadares, índice de eficiência migratória e classificação da potencialidade migratória.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010, data fixa. Org. CUNHA e GOMES, 2016.

Ainda em relação ao IEM, os dados permitem afirmar que a Microrregião de Governador Valadares possui nove municípios que são dispersores populacionais, os quais estão classificados como áreas de baixa, média e forte perda migratória, nove municípios onde há mobilidade constante da população, posto que possam ser classificados como áreas de rotatividade migratória e, apenas sete do total de vinte e cinco, que podem ser considerados como municípios que atraem populações, ou seja, os classificados como áreas de baixa, média e forte retenção migratória.

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dentre as várias questões que surgem ao final do trabalho destacam-se os questionamentos sobre quais fatores foram e/ou são determinantes para que o município de Governador Valadares seja, em relação à sua microrregião, uma área onde a emigração supera a imigração, uma vez que se trata de uma cidade média regional. Os fluxos migratórios

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observados nos últimos anos em âmbito nacional tendem a destacar as cidades médias polarizadoras regionais como novas áreas de atração e retenção populacional. Na microrregião, contudo, Governador Valadares seguida por Itambacuri, segunda cidade da microrregião em número de habitantes e com melhor infraestrutura, foram, em dados absolutos, as grandes áreas de repulsão populacional.

A emigração maior que a imigração no município aponta a ineficiência de Governador Valadares enquanto uma cidade polarizadora regional e para uma carência em sua cadeia produtiva local, a qual, desenvolvida, poderia ser responsável tanto pela atração como pela retenção migratória, principalmente em uma escala microrregional.

Em relação aos demais municípios da microrregião, o SM e o IEM indicam que a maior parte destes possui baixa capacidade de retenção migratória na própria microrregião. Pode-se considerar que esses valores sejam resultado do fato de a grande maioria dos municípios serem pequenos, com baixas densidades populacionais, com um setor agropecuário estagnado e de pouca infraestrutura urbana e econômica, fatores que não mantém a população local e não são atrativos a novas populações.

Sugere-se que sobre estes municípios e, mais especificamente Governador Valadares, por ser considerada a cidade média regional, a qual tenderia a ser um centro de atração populacional, principalmente frente aos demais municípios da microrregião, de pequeno porte populacional e pequenas infraestruturas urbanas, que sejam realizadas pesquisas que correlacionem os dados de migração a dados econômicos e educacionais, tal como pesquisas amostrais específicas sobre o fenômeno emigratório predominante. Posto que, a pesquisa amostral específica tende a sanar algumas restrições, por vezes encontrados nos dados censitários, uma vez que a própria migração pode ser entendida como um aspecto individual.

Por fim, verifica-se que são necessários outros estudos que caracterizem de forma mais aprofundada os movimento migratórios locais, a fim de melhor entende-los e caracteriza-los no que se refere aos conceitos de migração de retorno, re-migração, refluxo e movimento pendulares, por exemplo. E, por consequência com um maior volume de dados, caracterizar de forma mais abrangente os movimentos migratórios da microrregião, tal como obter justificativas mais assertivas para as altas perdas migratórias e, paralelamente os dados serem utilizados pelas gestões públicas locais para o estabelecimento de estratégias que contribuam para a retenção da população.

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5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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sociais na configuração da migração internacional para os Estados Unidos. Disponível

em: http://www.anpocs.org/portal/index.php?option= com_

docman&task=doc_view&gid=1555&Itemid=350. Acesso em 20 de dez. de 2015.

CARVALHO, José Alberto Magno de; RIGOTTI, José Irineu Rangel. Os dados censitários brasileiros sobre migrações internas: algumas sugestões para análise. Revista Brasileira de

Estudos de População, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 7-16, 1998.

CARVALHO, José Alberto Magno de; RIBEIRO, José Teixeira Lopes; ARAÚJO, Maria Bernardette; HORTA, Cláudia Júlia Guimarães. Dados de migração de última etapa e data fixa do Censo Demográfico brasileiro de 1991: uma análise de consistência. Revista

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ERVATTI, Leila Regina; OLIVEIRA, Antônio Tadeu Ribeiro de. Perspectivas para a mensuração do fenômeno migratório no Brasil. In: OLIVEIRA, Luiz Antônio Pinto de; OLIVEIRA, Antônio Tadeu Ribeiro de (Org.). Reflexões sobre os deslocamentos

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FONSECA, Gildette Soares. Migrações da Messoregião Norte de Minas/MG- análises do Censo Demográfico de 2010. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-graduação em Geografia, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Minas Gerais, 2015.

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