CENTRO DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
CCSM
Nchflm-TCC
UFSC
ENF
0325TCC
A Autor: Colla, Danieli ApaUFSC
Título: Vivenciando quatro nascimentos :0325 ` ~ ~ IIMII IIIHIIIIIIIIIIIIIHIII
Em
972492741 Ac. 241543 Ext UFSC BSCCSM CCSMVIVENCIANDO
QUATRO
NASCIMENTOSI
SER
FILHO,
SER
MÃE,
SER
PAI
E
SER
FAMÍLIA
DANIELI
APARECIDA
COLLA
FRANCESLI
PATRÍCIA
PEREIRA
MÁRCIA HELENA
COELHO CORRÊA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTG
DE
ENFERMAGEM
cURso DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
VIVENCIANDO
QUATRO
NASCIMENTOSI
SER
FILHO,
SER
MÃE,
SER
PAI
E
SER
FAMÍLIA
Relatório de Estágio de Conclusão de Curso de
Graduação
em
Enfermagem
apresentado à disciplinaEnfermagem
Assistencial Aplicada, pertencente à VIIIfase
do
Curso deGraduação
em
Enfermagem, da
Universidade Federal de Santa Catarina.
Acadêmicas:
Danieli Aparecida CollaF
rancesli Patrícia PereiraMárcia Helena Coelho
Corrêa Orientadora:MSc.
Maria
Emília de OliveiraSupervisoras: Enfermeira Enelir Alves Adriano
da
Rosa
Enfermeira Ivone Rosini
Enfermeira Lindaura Santos Júlio
A
Banca Examinadora:
Enfermeira Enelir Alves Adrianoda
Rosa
Enfermeira Lindaura Santos Júlio
MSc.
Maria
Emília de OliveiraProf.
Maria
de FátimaMota
Zampieri..; ¬.‹
"Um
pa/-fo
gera
auafra nascimenfosr
nasce
uma
mãe,
nasce
um
pa/L
nasce
uma
criança
e
nasce
uma
famflía”.
RESUMO
... .. ... ..7 1.INTRODUQÃO
... ..8 2.NOSSOS
OBJETIVOS
... .. 12 2.1. ObjetivoGeral
... .. 12 2.2. Objetivos Específicos... ... ... ... ... 12 3.REVISÃO
DA
LITERATURA
... .. 13 3.1.o
RECÉM
NAscIDo
... .. 133.1.1. Cuidados ao
Recém
Nascidono
Alojamento Conjunto ... .. 13ä
o
PUERPÉRIO
... ..23
3.2.1. Puerpério nonnal ... .. 23
3.2.2.
O
Processo de Cuidarno
Puerpério ... .. 303.3.
AMAMENTAÇÃO
... ..323.3.1
Promoção
do
aleitamentomatemo
... .. 333.3.2
Anatomia da
glândulamamária
... ..34
3.3.3 Superioridade
do
leitehumano
em
relação ao leite 3.3.4. infantil industrializado ... ..36
Manejo
clínicoda
lactação ... ..37
3.3.5 Problemas mais freqüentes
da
amamentação
... ..42
3.4.
ALOJAMENTO
CONJUNTO
... ..44
3.4.1. Vantagens ... ..45
3.4.2. População a ser atendida ... ..
47
3.4.3. Recursos para sua implantação ... ..
47
3.6.
VÍNCULO
AFETIVO
ENTRE
PAIS-FILHO
... ..50
3.6.1. VínculoMatemo
... .i ... ..51 3.6.2. Papeldo
Pai ... ..52 3.7.HUMANIZAÇÃO
... ..ss 4REFERENCIAL
TEÓRICO
... ..5s 4.1.Marco
Conceitual ... ..58 4.2. Sínteseda
Teoria ... ..594.3.
O
referencial e suas aplicaçõesem
Enfermagem
... ..614.4. Pressupostos
de Madeleine
Leininger ... ..5 ... ..62
4.5. Pressupostos Pessoais ... ..
64
4.6. Principais Conceitos ... ..64
4.7. Processo
de
Enfermagem
... ..675
METODOLOGIA
... ..70
5.1.
Local de
estágio ... .. 705.2.
Período
de desenvolvimento
do
estágio ... ..70
5.3.
O
Hospital Universitário ... .. 705.4.
A
Maternidade
do
Hospital Universitário. ... .. 725.5.
População Alvo
... ..77
5.6.Planejamento
... ..77
6ASPECTOS
ÉTICOS
... .. 81 7NOSSOS
RESULTADOS
... ..83
7.1.OBJETIVO
1 ... ..83
7.2.OBJETIVO
2 ... ..96 7.3.OBJETIVO
3
... ... ..103 7.4.OBJETIVO
4 ... ..113 7.5.OBJETIVO
5 ... ..1157.6.
ILUSTRANDO
O
ALCANCE
DOS
OBJETIVOS
... .. 116s
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... .. 1219
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
....SÉ
ANEXOS
... .. 130Este trabalho foi desenvolvido
com
o casal primíparo e seu recém-nascidono
Alojamento
Conjuntoda
Maternidadedo
Hospital Universitário,em
Florianópolis-SC.Teve
como
objetivo assistir, vivenciar e experienciar o processodo
nascimento dos quatro papéis sociais: sermãe,
ser pai, ser filho e ser família,conhecendo
e respeitando as crençase valores dos sujeitos envolvidos neste processo:
O
referencial teórico utilizado foi a teoriada
diversidade e universalidadedo
cuidado transcultural de Madeleine Leininger, queconcentra cultura e estrutura social e permite
compreender
a influência destesna
vidada
família primípara,bem
como
aforma
deste perceber o cuidado,permearam
todo o trabalho. Este estudo favoreceu-nos conhecer o papeldesempenhado
pelohomem,
mulher
e criançano
processodo
nascimento,mas
conseguimos
'evidenciar omomento
em
que
o serhomem
sentiu-secomo
ser pai, o sermulher
sentiu-secomo
sermãe,
e os dois sentiram-secomo
“ser família”.O
exercício de estabelecer a relação entre a cultura e o cuidado permitiu perceber adimensão do
trabalho deenfermagem
enquanto prática social.A
enfermagem tem
um
papel fundamentalno
cuidado amãe,
recém-nascido e acompanhante, sendo que este cuidado deve ser omais humanizado
possível, levando“Os desejos e a força de vontade sao passos mílagrosos na luta pela vida... ” (Anônimo)
Nascer...
no
nosso entendimento, nascer seconfigura na
maioria das vezes,como
um
momento
especial e marcantena
vida deuma
criança, deuma
mulher
e deum
homem.
É
um
momento
repleto de alegrias, tensões, expectativas, ansiedades, incertezas emedos,
envolto
em
muitas crenças e pleno de significados. Neste contexto, acreditamos que o nascimentodo
primeiro filhoassume
uma
dimensão mais
ampla, pois é nestapassagem
dedeixar de ser feto e passar a ser filho; deixar de ser
mulher
e passar a ser mãe, e deixar de serhomem
e passar a ser pai, que o sentimento de ser família se intensifica e adquiremn
significado de maior amplitude.
A
importância deste rito depassagem
emudanças
depapéis se constituem
em
marcos
(situações marcantes) essenciaisna
formação familiar edo
serhumano,
repercutindono
seu equilíbrio fisico e emocional. Por esta razão,desenvolvemos
uma
prática assistencialcom
a finalidade de assistir, vivenciar eexperenciar estes quatro nascimentos: ser filho, ser
mãe,
ser pai e ser família, respeitando econhecendo
as crenças e valores dos sujeitos envolvidos neste processo.Esta prática foi desenvolvida
no
Alojamento Conjuntoda
Maternidadedo
HospitalUniversitário
com
mães
primíparas/pais/e recém-nascidos; sendoque
buscamos
ainda vivenciar este rito depassagem no
Centro Obstétricodo
HU
eno
domicílio através devisitas domiciliares, utilizando
como
referencial a Teoriada
Diversidade e Uníversalidadedo Cuidado
Transcultural de Madeleine Leininger. -Trabalhar
com
mães/ pais e recém-nascidos utilizandoum
referencial cultural, foiVII fase
do
curso.Desde o
início das aulas teórico-práticas nos sentimos interessadas e entusiasmadasem
aprimorar nossos conhecimentos científicosna
áreada
saúdeda mulher
e criança.Optamos
por desenvolver a nossa práticano Alojamento
Conjuntoda
Maternidadedo
-HU/UFSC,
poralgumas
razões. Por termos tido a oportunidade de realizar estágiocurricular
da
VII fasena
Disciplina deEnfermagem
Obstétrica; por serum
localonde
mãe/filho
eacompanhante
permanecem
juntos desde o nascimento até a alta hospitalar, favorecendo o relacionamento entre eles e principalmente, por serum
ambienteque
se preocupaem
prestaruma
assistência o maishumanizada
possível.O
Alojamento
Conjunto, segundo Campestrini (1983), objetiva diminuir aansiedade e problemas psicológicos desnecessários a
mãe
e filho devido à separação;auxiliar a puérpera
na
solução dos problemas apresentadosna
nova
situação demãe
ena
aceitaçãoda
maternidade; permitir o intercâmbiocom
outrasmães
e compartilharconhecimentos e experiências
com
outrasmães
e profissionais de saúdeem
relação aomomento
complexo
e de grande instabilidade emocional, o puerpério.Este
momento,
também
denominado
de sobrepartoou
pós parto,pode
serconsiderado o período cronologicamente variável, de âmbito impreciso durante o qual
ocorrem
modificações
involutivasdo
útero eda
genitáliamatema, que acontecem
após o parto.Ocorrem
também
modificações
gerais queperduram
até oretomo do
organismo àscondições vigentes antes
da
prenhez (Rezende, 1995).É uma
fase que envolve grandes transformações físicas, psicológicas, culturais e sócio-econômicas,que não
se restringem àmulher,
podendo
estender-se a todo o contexto familiar.Da
mesma
forma que
a mulher, ohomem/pai
também
passa por grandesmudanças
deordem
emocional e de ritmo de vidaneste período. _
“A
passagem
de serhomem
para o papel deum
ser pai émarcada
portransformações e mudanças,
onde
o indivíduo é obrigado a abandonar o equilíbrio anterior, adquiridoem
outras fases de sua vida (quando esse serzinho inquisidor aindanão
existia) e,em
desequilíbrio e por tropeços, buscar suanova
identidade” (Silveira 1998, p.44).No
nosso entendimento, o ser pai, é aquelafigura
masculina que estabelece vínculoscom
ossujeitos
com
os quais está envolvidono
processo de nascimento: o sermãe
e o ser filho;formando
entãoum
novo
núcleo, o ser família.Assim
como
na
gravidez, o período puerperal exerce grande impactono
marido,agora pai, o qual
pode
assumir fundamentalmente duas funções: participar ativamente, dividindocom
amulher
a responsabilidade de cuidardo
bebê, dando-lhe apoio eencorajamento
ou
sentir-se marginalizado, "sobrando", deixado de ladona
relação diádica- matemo-filial e essencialmente rejeitado (Maldonado, 1990).Ziegel (1986) reforça estes sentimentos, dizendo que,
na
grande maioria das vezes, 0 paitem
sido omembro
mais
esquecidoda
famíliaquando
nasce o bebê.Não
écomo
amãe
e a criança quetêm
necessidades físicas prementes,que
exigem
um
sistema detratamento de assistência obstétrica. Ele
tem
sido visualizadocomo
aquele marido quefuma
como
uma
chaminé
eanda
constantemente.Tem
sido excluídodo
mundo
da mulher
e
da
criançaque
nasceu, sendo que sua função atépouco tempo
atrás, era somente a de preencher papéis e pagar despesasda
família.Mais
recentemente,tem
recebido a tarefa dedar apoio a
mãe
durante o parto,quando
acordada.No
entanto, somente nos últimos anos éque o pai
vem
sendo incentivado aacompanhar
amãe
no
pré natal, dando-lhe apoiono
parto e pós parto.Mesmo
assim, tem-sedado pouca
atenção às suas verdadeiras necessidades e sentimentos surgidoscom
o encargoda
paternidade.É
neste contexto,onde mulher
ehomem
sedescobrem
mãe
e pai,que
forma-se a família,numa
interligação e papéis distintos,do
sermãe,
ser pai e ser filho, que se interrelacionam e diferem
em
cada cultura, de acordocom
a estrutura e história familiar, de acordocom
as maneiras de se comunicar e expressar suas emoções.As
relações entre osmembros
deuma
família diferem de acordocom
as suas características próprias.Cada
família apresentauma
maneira única de se emocionar diante de diferentescircunstâncias, criando
uma
cultura familiar própria, -com seus códigos,com
uma
linguagem própria para comunicar-se e realizar a interpretação desta comunicação,
com
suas regras, ritos.
Concordamos
com
Monticelli (1993),quando
diz que o nascimentocomo
um
ritual,ajuda a preparar as pessoas para a
mudança
de papéis e para receber onovo
serhumano
dentro
do
grupo social.Ao
vivenciar o nascimentocomo
um
rito de passagem, as pessoasque estão nele envolvidas (principalmente as mulheres),
desenvolvem
ritos de cuidado, isto é,desenvolvem
açõesque
são plenas de símbolos e significados que as auxiliamna
reorganização para incorporar o
novo
(RN
e anova mãe)
etambém
as auxiliam a expressara percepção de saúde
-
doença, e os papéis sociais que precisam ser definidosou
redefinidos durante o processo de nascimento.
Porém
acrescentamosalém do
RN
eda
nova
mãe
citados por Monticelli, onascimento
do
pai e deuma
nova
família, inspiradasno
trabalho de (da Luz, Aguirre e Vieira, 2000)que
utilizamuma
citação deIrmã
Maria:“Um
parto gera quatro nascimentos:Nas
atividades práticasno
Alojamento Conjunto,pudemos
constatar que o processo de nascimento, éum
processo vivido principalmente a três, repleto de crenças e valores culturais,que
são valorizados e reforçados pelos clientes e seus acompanhantes. Por esta razão, acreditamos que não poderíamos trabalhar estes nascimentossem
conhecer e respeitar estas crenças e valores, queforam
validadasquando
utilizamos a Teoria de Diversidade e Universalidade de Madeleine Leininger.Leininger (1985) refere
que o
cuidado humanizado, a partirde
urna perspectivatranscultural,
pode
fazer a diferençana forma
como
as pessoas consideram a vida, recuperam-se de enfermidades emantêm
sua saúde,ou
enfrentam a morte.O
cuidado htunanizado é culturalmentedefinido
e conhecido, e deve ser estudado e usado nas práticas de enfermagem. Colocações apropriadasdo
cuidado culturalpodem
atingir os clientes maisdifíceis e
tomar
a atividadeda enfermagem
Luna atividade terapêutica. Desta forma, o cuidadohumanizado
é o que ajuda as pessoas a crescerem,conhecerem
os outros e enfrentarem difíceis desafiosdo
tipo saúde-doença.O
cuidadohumanizado
éum
importantemeio
pelo qual o públicopode melhor
conhecer e entender aenfennagem,
sendo
também
uma
forma
de diminuir o distanciamento que o excesso de tecnologiafomece
ao nascimento.Com
base nestas considerações, traçamos nossos objetivos, sendo que estes, possibilitaram entender osnovos
papéis que se alicerçaramquando do
nascimentodo
primeiro filho, e atravésdo
respeito ecompreensão
das crenças e valores culturais dos seres envolvidos neste processo,pudemos
trilharum
novo caminho
que seconfigurou
“Nenhum
vento sopra a favor dequem
nãosabe para onde ir... ” (Sêneca)
2.1. Objetivo
Geral
Assistir, vivenciar e experienciar o processo de nascimento dos quatro papéis sociais: ser mãe, ser pai, ser filho e ser família,
conhecendo
e respeitando as crenças evalores dos sujeitos envolvidos neste processo.
2.2. Objetivos Específicos _
1. Identificar crenças e valores
da
puérpera/pai relacionados ao nascimento, e asnecessidades de cuidado, de
forma
a preservar, adaptar e/ou repadronizar o cuidado deEnfermagem;
-_
2. Vivenciar e
compreender
o processo de nascimento dos quatro papéis sociais: sermãe,
ser pai, ser filho, ser família;3. Prestar cuidados de
enfermagem
a puérpera/recém nascido, respeitando ascrenças e valores
da
puérpera/pai;\
4. Contribuir para a implementação dos 08 (oito) passos para a
Matemidade
Segura e para a
manutenção
dos 10(dez) passos para o Sucessodo
Aleitamento Materno;
5. Buscar aprofundamento e ampliação dos conhecimentos
em
relação à Teoriade Leininger, à
humanização do
cuidado e atualizaçãona
área deenfermagem
obstétrica, através de revisão bibliográfica, compartilhamento de conhecimentoscom
a equipe e cliente e participaçãoem
eventos específicos.“Que triste os caminhos se não fora a presença das estrelas "(Márío Quintana)
3.1.
o RECÉM
NAscIno
“Um
bebê amado...um
menino felizum
menínofeliz...umhomem
melhor ...umhomem
melhor...um
mundo
ideal”(I. Margarita Otero Solloso)
3.1.1.
Cuidados
ao
Recém
Nascido
no
Alojamento Conjunto
De modo
geral, o recém-nascido(RN)
chega ao Alojamento Conjunto(AC)
em
companhia
de sua mãe.No
processo de admissãodo
RN,
no
AC,
a equipe deenfermagem
deverá estar preparada para receber a criança, realizar a abertura de
mn
prontuárioespecífico para 0
novo
cliente (anexando osdocumentos
advindosdo
Centro Obstétrico), conferir os dados de identificação, registrar o recém-nascido nos fomiulários próprios a esta finalidade, certificar-se das prescrições médicas e deenfermagem
realizadasno
CentroObstétrico providenciando e avaliando seus cumprimentos,
além
deacomodar
oRN
em
berço apropriado, junto ao leito
da
mãe.É
fundamental garantiruma
aproximação íntimado
RN
com
suamãe
e,sempre que
possível,com
todos osmembros
da
família.A
permanênciado
RN
no
AC
deverá ser garantida até omomento
da
alta hospitalar, quenão
deverá ocorrer antes das 48-72 horas.A
equipe deenfermagem
deverá prestar assistência integral aoRN
durante todo o período de sua intemação, estando atentaaos objetivos imediatos
do
sistema deAC,
além
de estar consciente dos objetivos mediatosque
oAC
proporciona a longo prazono
que diz respeito 'à assistência neonatológica. Taisobjetivos, incluem a diminuição
da
incidênciada
diarréia infantil eda
incidênciada
desnutriçãodo
lactente, oaumento do
número
de crianças vacinadas e a diminuiçãoda
morbidade
eda
mortalidade infantil. Para tanto,há
a necessidade deque
a equipe deenfermagem
trabalheem
cooperaçãomútua
com
os outros elementosda
equipe de saúdedo
AC
(incluindo pediatras, obstetras, trabalhadoresdo
Banco
de LeiteHumano,
nutricionistas, assistente social, dentre outros) ecom
participação ativada
puérpera eda
farníliado
RN.
Durante
o
período de internaçãodo
RN
no
AC,
todos os esforços deverão ser envidados pela equipe deenfennagem
para que a assistência neonatal seja individualizada, livre de riscos e coerentecom
as características que são próprias desta etapa da vida (M‹›nfi¢e11i, 1999).3.1.1.1.
O
exame
físicodo
RN
O
recém-nascido éum
ser que possui surpreendentes capacidades sensoriais e de interaçãocom
omundo
que o cerca (Klaus, 1989). Por outro lado, o longo periodo de adaptação ao ambiente extra-uterinoque
necessita, confere-lhe fragilidade extrema frente a situações queenvolvam
alteração de seus sistemas vitaisou
oexponham
a ambientesnocivos.
A
par disso, oexame
físicodo
RN
deve serum
processo dinâmicoque
oacompanhe
do
parto até a alta hospitalar,com
atenção especial para o diagnóstico deproblemas
que
afetem seu bem-estar (Giacomini, l99l,p.75).Ao
realizar oexame
fisico, é importante manter 'oRN
em
um
local tranqüilo eaquecido.
Todos
osmovimentos
deverão ser executados demodo
delicado e transmitindosegurança ao bebê. Giacomini (1991,p.75) enfatiza que “'se o
RN
é normal ecom
boa
adaptação, (deve-se) realizar
o
exame
físico,sempre
que possível,na
presença dos pais.É
uma
bela oportunidade para lhes mostrar as potencialidades de seubebê
saudável e esclarecer dúvidasque sempre
existem”.No
exame
físico deve-se pesquisar:Sinais Vitais - a verificação
da
temperatura, após os cuidados imediatos, deverá serpara
um
RN
a termo.A
freqüência respiratóriapode
variar entre30
e50
mpm,
e o tipo respiratório deve ser abdominal. Por ocasiãoda
observaçãodo
ftmcionamento respiratório,também
será importante levantar possíveis sinais de esforço respiratóriocomo
estridores, batimentos das asasdo
nariz e tiragens intercostais.A
freqüência cardíaca poderá variar entre 100 e 160bpm
no
RN
a termo,dependendo
de seu estado de vigilância.Aparência
-
oRN
a tenno possui cabeça grande, face arredondada e corada e mandíbula relativamente pequena.O
tórax é cilíndrico.A
musculatura abdominal é flácida,tomando
seuabdome
proeminente. Seusmembros
superiores e inferiores são pequenosem
relação ao
tamanho
corporal.Nos
primeiros dias de vida,mesmo
com
oRN
tranqüilo,podem
ser notados tremoresdo
maxilar, quenão
devem
ser valorizadoscomo
sinalpatológico.
Postura
-
permanece
em
posição de conforto, semelhante à posição intra-uterina.O
RN
a termomantém
seusmembros
superiores fletidos emembros
inferiores semi-fletidos.
Estado de
vigilância - de acordocom
Giacomini (1991), oRN
tem
bem
definidosseis estados de comportamento:
Estado
l : sono profundo, olhos fechados, respiração regular,sem
atividademotora, tônus muscular relaxado.
Estado
2 1 sono leve, olhos fechados,movimentos
oculares rápidos, respiraçãoirregular,
movimentação
muscular, expressões faciais (risos, etc.),tônus muscular elevado.Estado
3 : sonolento, pálpebras abertasou
fechadas, olharsem
se fixar, atividademotora
fraca, respiração regular.Estado
4 : alerta, olhosbem
abertos, atento à estimulação ambiental,pode fixar
oolhar,
sem
atividade motora, respiração regular.Estado
5 : alertacom
atividademotora
importante, vocaliza, rosto contraídoou
não, olhos abertos, respiração regular.
Estado
6 : chora vigorosamente, atividademotora
intensa, olhos fechadosou
não,lágrimas.
Fácies
-
observar se o ápice das orelhas coincidecom
as fissuras palpebrais, avaliar o formatodo
nariz, otamanho da
fronte eda
mandíbula e a expressãodo
RN.
Pele e
Anexos
-
observar coloração e integridade cutâneaem
todo o corpo,além
de conferir a presençaou
ausência das características fisiológicascomo:
0
vémix
caseoso : produto de secreçãoda
pele durante a vida intra-uterina, querecobre a pele
do
RN,
protegendo-a contramaceração
pelo líquido amniótico e favorecendo o deslizamentodo
corpono
atoda
palturição (Pizzato,Da
Poian,1988).
0 millitun sebáceo : consiste
em
pequenos
pontos brancos, ligeiramente salientes,localizados
com
freqüência nas asasdo
nariz. Forma-se devido à obstrução dos folículos sebáceos, pelos detritos dedescamação
epitelial.Tende
a desaparecer dentro dos dois primeirosmeses
de vida (Pizzato,Da
Poian, 1988).0 eritema tóxico : são pequenas lesões eritematopapulosas esparsas,
em
pequeno
nínnero e disseminadas (Pizzato,
Da
Poian, 1988).0
lanugem
protetora : consistenuma
pelugem
fina e longaque
aparececom
freqüência
em
RN
a termo e mais aindaem
pré-termos. Localizadano
dorso, face e orelhas, desapareceno
decorrerda
primeirasemana
de vida (Pizzato,Da
Poian, 1988). _
0
manchas
mongólicas-
de coloração azul-arroxeada, que se localizam,geralmente
na
região sacrolombar, representando para alguns a mistura de raças (Pizzato,Da
Poian, 1988).0
descamação
fisiológica :fenômeno
que ocorre nos primeiros quinze dias devida,
podendo
estender-se até o finaldo
primeiro mês. Consistena descamação
da
pele, oraem
pequeninas lâminas, enroladas sobre simesmas
e orientadasno
sentido
do
eixo longitudinaldo
corpo, oraem
verdadeira poeira purpurácea.É
observada, geralmente, ao níveldo abdômen,
tórax, pés emãos
(Pizzato,Da
Poian, 1988).
Crânio
-
seu formato está diretamente relacionado à posição intra-uterina e ao tipo de parto.O
cavalgamento de suturas é esperado epode
permanecer até por voltado
quinto dia de vida.Deverá
ser rastreada a presença de cefalohematomas e/ou bossa sanguinolenta. Pesquisartambém
cranioestenosesou
craniossinostose (soldadura precoce dos ossosdo
crânio).As
fontanelas deverão mereceruma
avaliação especial,uma
vez que fontanelasanormais
podem
indicar alteraçãoda
maturação óssea,como
por exemplo: doençasdo
tecido esquelético, trissomias, osteogênese imperfeita, hipertensão intracraniana (no casode fontanelas aumentadas)
ou
hipertireoidismo, doenças hormonaisou
microcefalias (no caso de fontanelas deprimidas). Deve-se verificar otamanho
das fontanelas, cujo diâmetrooblíquo poderá variar entre 13 e
28
mm.
A
fontanela lambdóidenão
émaior que
a polpadigital e
pode
estar fechada ao nascimento (Giacomini, 1991).Olhos
-
verificaredema
palpebral e transparênciaou
opacidadedo
cristalino.Hemorragias conjuntivais são
comuns
e inócuas para oRN, mas
podem
preocupar os pais.Verificar se as pupilas são fotoreagentes.
Nariz
-
nonnalmente
possui a base achatada, ponta arredondada e situadoum
pouco
mais altona
face. Obstruções discretas poderão estar presentes, sendo ocasionadas poracúmulo
de secreções nos estreitos orifícios nasais,no
entanto, coriza excessiva poderá ser indicativo deLues
Congênitoou
em
filhos de mulheres tratadascom
reserpina.Algtms
espirros poderão ocorrersem
queimpliquem
em
anormalidades (Monticelli, 1999).Orelhas
-
além
de observar -implantação, é importanteque
sejam pesquisadas as anormalidades de pavilhão auditivo, já que estas poderão estar associadas àmalformação
renalou
anomalias macrossômicas,além
de outras (Monticelli, 1999).Boca
-
pesquisar integridade e coloração das mucosas, presença de pérolas deEpstein,
tamanho
e texturada
língua, presença e situação anatômica dos frênulos labial e sublingual. lnspecionarmalformações
bucaiscomo
fissuras palatinasou
lábio leporino. Observar quantidade de saliva,uma
vez que, a salivação excessiva poderá ser indicativo de atresia de esôfagoou
dificuldade respiratória (Monticelli, 1999).Pescoço
-
verificarmovimentos
de rotação e flexão. Afastar presença de cistosou
tumores (Monticelli, 1999).Tórax
-
além
de avaliar a função respiratória e cardíaca, deve-se observar aforma
e simetria torácica.Normalmente
o tóraxdo
RN
é cilíndrico e simétrico.As mamas
poderão apresentar-se ingurgitadas,como
efeito de circulação de estrógenos maternos epode
ser notada a presença de secreção láctea (Taralli, 1996).As
clavículasdevem
serAbdome
- inspecionar cuidadosamente distensão abdominal excessivaou
assimetria. Palpar gentilmente e Verificar o
tamanho do
fígado (2 a 3cm
abaixodo
rebordo costal direito) edo
baço (1cm
abaixodo
rebordo costal esquerdo). Observar a presença de ruídos hidroaéreos.A
eliminação demecônio
indica a presença de trânsito intestinal livre.À
inspeção,também
pode-se observar a presença dehémias
wnbilicaisou
mesmo
inguinais (Monticelli, 1999).
Coto
Umbilical-
inspecionar onúmero
de vasos presentes, a coloraçãodo
coto,bem como
possíveis sangramentos. Checartambém
a presença degranuloma
umbilical(Monticelli, 1999).
Aparelho
geniturinário eânus
-
nos meninos, observar otamanho do
pênis (quemede
por volta de 3,5 a 4cm)
e a aderênciado
prepúcio à glande.No
RN
a termo, oescroto é rugoso e é
commn
algum
grau de hidrocele. Palpar os testículos verificando sua localização, sua simetria etambém
a sua consistência. Verificar a posiçãodo
meato
uretral, afastando possibilidades de hipospádiaou
epispádia.Nas
meninas, ospequenos
lábios sãoproeminentes e poderá haver a presença fisiológica de secreção translúcida
ou
sanguinolenta
na
vagina. Ocasionalmentetambém
poderá haver hipertrofiada
mucosa
vaginal,
sem
significado clínico. Verificar,em
meninos
eem
meninas, a penneabilidade e a posiçãodo
ânus.A
primeiramicção
e a primeira evacuaçãoocorrem
dentro das primeiras48
horas de vida (Monticelli, 1999).Membros
-
realizar avaliaçãoda
estabilidade de quadril, atravésda
manobra
deOrtolani-Barlow. Observar simetria das pregas cutâneas. Inspecionar os pés, realizando
dorsiflexão (para afastar a presença de
pé
torto posicionalou
congênito). Verificartambém
o formato da sola dos pés e a presença de linhas
ou
sulcos cutâneos.Nos
membros
superiores, avaliar a simetria de movimentos, afastando possíveis lesões de plexo braquial.
Analisar
também
apalma
das mãos,em
busca da prega simiesca. Tanto nosMMSS
quanto nosMMII,
pesquisar sindactilias, polidactiliasou
clinodactilias (Monticelli, 1999).'
Dorso
eNádegas
- palpar o dorsoem
busca de anomalias grosseirasna
colunavertebral. Observar a simetria das nádegas e a coloração. Observar
também
a simetria das pregas glúteas (Monticelli, 1999). .Pesquisa
de
Reflexos-
a avaliação dos reflexos arcaicos deverá ser realizadaquando
oRN
não
estiverdormindo ou
chorando.Deverão
ser pesquisados os seguintes reflexos:0 reflexo ciliar 0
reflexo
de sucção0 reflexo perioral (ou dos quatro pontos cardeais) 0
reflexo
de preensão palmar e plantar0
reflexo
de Babinski 0reflexo
dedeambulação
0 reflexo deMoro
Ao
realizar oexame
físico e a pesquisa de reflexos, éfimdamental compreender
a finalidade destes procedimentos,bem como
a importânciade
suas análises.Não
bastaapenas “levantar dados”
ou
“°colher'infonnações”, é imprescindívelque
os achados sejamcomparados
com
o referencial teórico ecom
as características desta etapada
vida.O
RN
éLun ser
humano
ainda desconhecidodo
ponto de vista físico, psicológico e social e,portanto, necessita ser observado
com
olhos atentos, alertas a qualquermodificação
comportamental (Monticelli, 1999).
3.1.1.2. Controle e Avaliação dos Sinais Vitais -
Durante o período de intemação deve-se estar atento aos sinais vitais
do
RN,
detectando os sinaisou
sintomas de hipoou
hipertermia, sopros cardíacos, tiragens, estridoresou
gemidos.I
A
avaliação dos sinais vitais deverá ser executadasempre
que as condiçõesdo
RN
exigirem.Em
condições rotineiras, a maioria dos recém-'nascidos deverá ter seus sinais vitais aferidos duas vezes ao dia.Quanto
a respiração, deverá serdada
maior importância a freqüência (entre40
e60
mpm);
ao tipo respiratório (usualmente abdominal) e ao ritmo respiratório(Cheyne
Stokes).
A
retraçãoda
porção inferiordo estemo não
significa necessariamenteproblema
patológico (Taralli, 1996), porém, a criança,com
este tipo de sinal, precisa de avaliaçõesmais freqüentes.
Quanto
ao pulso, usualmente utiliza-se a técnica de ausculta apical (pulso apical), avaliadacom
o auxíliodo
estetoscópio, ao níveldo
quarto espaço intercostal,na
linhahemiclavicular.
A
freqüência cardíaca,em
recém-nascidos hígidos,normahnente
encontra-se entre 120 e 160
bpm.
Taralli (1996)chama
a atenção para o fato deque
um
sopro sistólico suave depequena
intensidade é muitas vezes percebido nos primeiros dias desaparecendo após este período,sem
quaisquer indícios patológicos.Em
relação à verificaçãoda
temperatura, utiliza-se a via axilar, sendoque
a variaçãononnal
deve manter-sena
faixa de36
a37°C
(Miura, 1991).Além
da
aferição propriamente dita, deve-se atentar para as condições ambientais e para as condiçõesponderais e de maturidade
do
RN,
pois estes fatores colaboram para a variabilidadeda
temperatura corporal dos recém-nascidos.3.1.1.3.
Banho
Dependendo
das rotinas de assistência ao neonatoem
Alojamento
Conjunto, poderáser utilizada a técnica
do banho
de imersão, de ducha,_ou
ainda a técnica de higienecorporal, utilizando-se de panos macios
ou
gases umedecidas. Atualmente, vários são os serviços que utilizam a técnica de imersão para higienizaçãodo
RN
que ainda se encontracom
o coto umbilical.O
banho
geral deverá ser realizadouma
vez ao dia, e os paisdevem
serincentivados e encorajados a participarem
da
atividade, pois,além
de seremover
sujidades, proporciona proteção cutânea e estimula a circulação sangüínea e o relaxamentodo
RN.
O
banho
também
propicia o desenvolvimento demaior
contato e interaçãoda
criança, tantocom
os pais, quantocom
os cuidados profissionais.A
água do banho
deverá estarnuma
temperaturaadequada
para as característicasdo
RN
(em tomo
de34
a 36°C), e a duraçãoda
técnicanão
deve ultrapassar a cinco minutos.Nos
primeiros dias de vida, 0 corpopode
ser ensaboadocom
sabão neutroou
soluçõesanti-sépticas de
ph
ácido, para prevenção de infecções cutâneas. Durante a execuçãodo
procedimento deve-se ter
em
mente
o risco de levar infecção ao coto e de resfriar oRN
(Pizzato,Da
Poian, 1988). Aconselha-se manter a temperaturado
quartoou da
sala debanho
em
tomo
de24°C
a 26°C.Ao
sairdo banho
deve-se enxugar a criançacom
delicadeza, sobretudo*
na
região das pregas,na
região perineal eno
coto umbilical3.1.1.4.
Troca
das fraldasA
troca das fraldas deverá ser realizadasempre
que oRN
urinar e/ou evacuar.A
freqüência deste procedimento está diretamente relacionada às características deeliminações de cada
RN.
As
trocas de fraldas freqüentespromovem
higiene, proporcionamconforto e
bem
estar,previnem
irritações cutâneas epermitem
que sejam avaliadas as características das eliminações urinárias e intestinaisdo pequeno
cliente.Normalmente,
a rotina consisteem
lavar a virilha, a genitália extema, as nádegas e o ânusdo
RN
com
água
moma,
demodo
aremover
todo resíduo de fezes e urina presentes. Ordinariamente, deve-se secar a pele e as mucosas, para que se evitem problemas cutâneos (Monticelli, 1999).
3.1.1.5.
Curativo
UmbilicalOs
objetivosda
realização diáriado
curativo umbilical são de prevenir infecção,favorecer cicatrização
da
inserção e favorecer amumificação
do
coto umbilical. Durante ainternação
do
RN,
os paisdevem
participarda
atividade, aproveitando a ocasião para sefortalecerem
em
relação aosmedos,
angústias e inseguranças quepenneiam
omanuseio do
coto umbilicaldo
RN.
Freqüentemente, o curativo é realizado logo após o
banho
diáriodo
bebê, limpando a basedo
coto e secando. Deve-se proceder à anti-sepsiado
cotocom
substância apropriada, utilizadacomo
rotina nas unidades deAC
(álcool a 70%). Durante todo o procedimento, é importante dar atenção à área de inserção e ao coto propriamente dito.Para finalizar o curativo, pode-se envolver o coto
com
uma
gase estérilou
deixá-lo descoberto,conforme
a rotinado
Alojamento Conjunto.Deve-se aproveitar este
momento
para avaliar criteriosamente o nível dedesidratação
(mumificação) do
coto umbilical.Devem
ser detectadas precocementequaisquer anormalidades
como:
sangramento, odor fétido, coloração esverdeadaou
irritações peri urnbilicais.3.1.1.6. Avaliação
da perda ponderal
A
pesagem
diáriado
RN
é fundamental para que se avalie a perda ponderal, nosprimeiros dias de vida e
sem
dúvida, oferece úteis informações se os resultadosforem
amplamente
interpretados.Todos
os bebêsperdem
até10%
de seu peso, desde o nascimento, até por voltado
terceiroou
quarto dia de vida. Esta perda é causada pela diminuição dos fluidos corporais(diminuição
do
edema), pela eliminaçãodo
mecônio
eda
urina, e pela ingestarelativamente
pequena
de alimentos (aleitamentomatemo),
o que fazcom
que oRN
utilize suas próprias reservas energéticas.A
partirdo
quinto dia de vida, o peso geralmente, volta a aumentar gradativamente, sendo que somente por voltado décimo
aodécimo
quarto diaé que o bebê volta a apresentar o pesodo
nascimento.É
muito importante analisar ecomparar
as perdas ponderais diariamente, afim
deque
se possa dar osencaminhamentos
necessários, caso os índices ultrapassem os limitesda
perda fisiológica.Além
disso,mesmo
que
a perda seja fisiológica, os pais precisam sercomunicados
sobre o fenômeno, paraque
se evitem posterioresdesmames
precoces.3.1.1.7.
Observação
das EliminaçõesA`s primeiras fezes
do
RN,
denominadas
mecônio, são eliminadas, geralmente, logonas primeiras horas após o nascimento.
São
fezes consideradas estéreis e intensamentecoradas pela bile.
As
fezes de transição situam-se entre o términoda
eliminação meconialeo início das fezes permanentes.
As
fezes permanentes (ou lácteas), por sua vez, são produto específicoda
degradaçãodo
leite ingerido peloRN
e são eliminadas de duas a cinco vezes por dia. Durante a permanênciado
bebêno
Alojamento Conjunto, deve-se observar e registrar onúmero
de evacuações e 0 tipo de fezes eliminadas. Isto garantirá a certezado
pleno funcionamento metabólico,
além
de assegurar a ausência de problemas congênitosdo
sistema digestório-intestinal (Monticelli, 1999).A
urina, a princípio, é escassa. Porém, dentro depoucos
dias, atinge quantidadeelevada, e proporcionalmente
bem
maior, por quilo de pesono
lactente,do
queno
adulto.No
RN,
a urina apresenta-se pálida, transparente e de densidade baixa. “Ocorreem
algunsrecém-nascidos eliminação excessiva de uratos, determinando urna coloração avermelhada
nas fraldas, fazendo pensar
em
sangue e assustando muito a família” (Pizzato eDa
Poian, 1988, p.1 16).É
imprescindívelque
a enfermeira, nesta situação, avalie as percepções dos paisdo
RN
epromova
aadequada
informação a respeitodo
fenômeno.Quanto
à eliminação de vômitos e regurgitações, é útil saber diferenciá-las, para que atomada
de decisão seja a mais correta.A
presença de vômitosno
RN
sempre
indicaalguma
anormalidade, enquanto a regurgitação ocorre, geralmente, porque oRN
não
foiposicionado para a eructação, após a
mamada,
ou
porquemamou
além
de sua capacidadegástrica. Deve-se estar atenta às eliminações orais, registrando a freqüência, a consistência, o odor e a quantidade de cada
uma
delas,além
detomar
asmedidas
necessárias àprofilaxia destas ocorrências
ou
encaminhar oRN
para tratamentos específicos (Monticelli,1999)
3.1.1.8. Controle
da
Hipoglicemia
Neonatal
De modo
geral considera-seum
RN
hipoglicêmicoquando
o índice de glicosesanguínea for inferior a
40
mg/dl ,com
ou
sem
sintomatologia.Todos
os recém-nascidosPIG
(pequenos para a idade gestacional) eGIG
(grandes para a idade gestacional) precisam ser avaliadoscom
cuidado,uma
vez que, freqüentemente, apresentam riscos de hipoglicemia. Estes bebêsdevem
ser triados através depunção
capilarna
face lateralextema ou
intemada
região posterior da plantado
pé.Almeida
eKopelman
(1994) indicamuma
verificação (destrotixou
hemoglicosteste)na
primeira horade
vida,na
segunda hora de vida,na
oitava hora de vida ena décima
quartahora de vida.
Depois
disso,mesmo
que
oRN
não
apresente sinais clínicos de hipoglicemia, deve-se realizar apunção
a cada 8 horas, até completar48
horas de vida.Todos
os recém-nascidos intemadosem
Alojamento Conjunto,mesmo
os quenão
sejam
PIG
ou GIG,
precisarão ser avaliados para afastar qualquer manifestação clínica dehipoglicemia,
como:
apatia, hipotonia, diminuiçãona
sucção, choro fracoou
anormal, tremores, irritabilidade, convulsõesou
episódios de cianose.Sempre que
o índiceglicêmico for
menor
que40
mg/dl, os recém-nascidos deverão receber a terapêutica específica que,normalmente
consistena
administração de soro glicosado por via oral.Em
casos extremos, oRN
poderá ser submetido à infusão endovenosa,conforme
indicaçãomédica, até ter estabilizado os níveis glicêmicos ( Monticelli, 1999).
3.2.
o
PUERPÉRIO
“Logo que o bebê nasce a mulher-mãe vive
uma
oscilação de sentimentos, as reações e sensações sãobem
variadas... " (C. S. Jreissatí)3.2.1.
Puerpério
normal
.Enquanto
protagonistano
processo de nascimento, amãe
vivenciaum
períodocronologicamente variável, de duração imprecisa,
que
se inicia logo após o parto e tenninaretornam às condições normais (Rezende,1995). Populannente este período é
também
conhecidocomo
resguardoou
quarentena, que se caracterizanum
período necessário para quemãe
e filho seconheçam
e se reconheçam.A
duraçãodo
puerpériotem
início logo após a expulsãoda
placenta e dasmembranas
ovulares,em
relação ao seu término,embora não
hajauma
posição uniformeentre os autores clássicos, observa-se ainda
uma
tendênciada
maioriaem
considerar o términodo
puerpériona
sextasemana
após o parto.O
puerpériotambém
pode
ser classificadoem
puerpério imediato quetem
iníciologo após o 10° dia pós parto, puerpério tardio que vai
do
11° dia até o 45° dia e puerpérioremoto que é
um
período de duração impreciso tendo iniciono
46° dia e se estendendo até a completa recuperação das alterações determinadas pela gestação e parto.Durante o puerpério
podemos
observar algunsfenômenos denominados
defenômenos
puerperais.São
eles:3.2.1.1. Involução Uterina:
O
útero éum
órgão muscular piriforme, situando-se posterior à bexiga.O
tamanho
deste órgãopode
variardependendo da
paridade(número
de filhos).Uma
mulherjovem
quenão
concluiuma
gravidez até o estágio de viabilidade fetal (nulípara) freqüentementepossui
um
úteromenor
queuma
que
já concluiu duasou mais
gestações ate o estágio de viabilidade fetal (multípara).A
diminuiçãodo tamanho do
útero édenominada
de involução.Logo
após a expulsãoda
placenta, o úterocomeça
a contrair-se intensamente,tomando-se
endurecido egloboso,
podendo
ser palpadona
linhamédia
entre a cicatriz umbilical e a sínfise púbica.Após
algumas
horas, ele atinge a alturada
cicatriz umbilical epennanece
assim por24
a48
horas.Nos
dias subseqüentes, o útero sofre Luna rápida reduçãodo
tamanho
e de peso.Medindo
20
cm
de altura e 4cm
de espessura, passano
40° dia para 7-
8cm
de altura e 1a 1,5 de espessura.
Em
geral, a alturado
fundo uterino diminuiem
média
0,7 a 1,5cm
por dia. Inicialmente seu peso é deaproximadamente 1000
gramas, reduzindo-se a300 gramas
ao término de
uma
semana
e a60 gramas
entre a quarta e oitavasemanas
de puerpério.Até
o 10° dia o útero é
um
órgão abdominal, depoisretoma
à cavidade pélvicaretomando
sua posição original e suas dimensões anteriores à gestação.Na
superfície interna, logo após o parto, o sítio placentário constitui-senuma
área saliente, decontomos
irregulares, cruentas e sangrante,medindo
cerca de 10cm
dediâmetro.
Ao
término de dez dias, seutamanho fica
reduzido a metade.Toda
a espessurado
endométrio se regenera duas a trêssemanas
após o parto,com
exceçãoda
áreada
placenta, cuja regeneração completa sedá
em
tomo
da
sexta e oitavasemana
pós-
parto. Essa área se desprende lentamente pelo crescimentodo
tecido endometrial subjacente por baixoda zona
de inserção. Distúrbios desses processospodem
ocasionar hemorragia.A
involução uterinatem
como
causa principal a repentinaqueda
dos níveis deestrogênio e progesterona, que desencadeiam a liberação de enzimas proteolíticas
no
endométrio. Essas enzimas, através de
um
processo de autólise, transformam o material protéico das células endometriaisem
substâncias que são absorvidas e eliminadas pelaurina.
A
velocidade desse processo involutivo sofre influência de determinadas condições,podendo
ser mais lentaem
situações nas quais ocorreram grandes distensões durante agestação (polidrâmio, gemelaridade), pós- cesária, nas puérperas
não
lactantes ena
ocorrência de quadros infecciosos.Nas
lactantes, a involução uterina, demodo
geral , é mais rápida, graças aoreflexo
úteromamário, através
do
qual, à estimulaçãoda
região' mamilo-areolar e de toda partefuncional
da
glândula mamária, são acionadas, pela liberação de ocitocina, as contraçõesuterinas, traduzidas
como
cólicas pelas puérperas (Santos,l999).3.2.1.2.
Loquiação
As
perdas queescoam
pelo trato vaginal após o parto são designadas de lóquios. Constituem-seem
secreções resultantesda
produção de exsudatos e transudatos misturadoscom
elementos celularesdescamados
e sangue, queprocedem da
ferida placentária,do
colo uterino eda
vagina.Existem variações fisíológicas
na
quantidade e características dos lóquios (principalmentena
cor), de acordocom
o período puerperal. Destemodo,
osmesmos
podem
ser classificadosem
três tipos:0
Vermelhos
ou
sanguinolentos: presentes nos primeiros 3 a 4 dias, constituindo- se de sanguedo
tecido decidual necrosado e células epiteliais. Geralmente aquantidade é semelhante à
do
fluxo
menstrual.0 Serosanguinolentos: presentes
no
terceiro/ quarto dias até o décimo.Sua
coloração passa para róseo/acastanhada 'resultante de alterações de hemoglobina, diminuiçãodo
número
de hemácias e elevação dos leucócitos.0 Serosos: são observados após o
décimo
dia,podendo
se estender até a quinta/sexta
semana
eassumem
coloração amareladaou
branca.Apesar
de ter sido objeto de inúmeras mensurações, inexisteum
consensoem
relação à quantidade de fluído loquial eliminado, dadas as variações individuais
observadas.
Supõe-se que
ovolume
de lóquiosna
primeirasemana
alcance 500ml.Os
lóquiospossuem
odor característico, sendo descritoscomo
semelhante aodo
sangue menstrual, constituindo-se
em
odor fétido , sugestivo de infecçãoQualquer patologia de endométrio, colo uterino
ou
vaginamodifica
as características dos lóquios, sejana
quantidade, corou
odor.Em
algtunas situaçõespode
haver a retenção de lóquios, situação clínica considerada indesejável, pois predispões àinfeção puerperal. Esta intercorrência é
também
designada de loquimetria (Santos, 1999)Podem
ocorrertambém, modificações
locaisna
vagina, vulva eno
colo uterino.3.2.1.3.
Vagina:
Apresenta-se edemaciada, arroxeada, congestionada e dilatada
aproximadamente
por 3 semanas.
A
partir daícomeça
a reassumir a aparênciado
estado anterior à gestação,permanecendo algum
relaxamentodo
tecido. Esse processo é lento, e se completa por volta de seissemanas
após o parto.Nas
primíparas observa-se presença de lacerações dos remanescentesdo
hímem,
que sãochamadas
de carimculas mirtifonnes.3.2.1.4. Vulva:
_
Logo
após o parto apresenta-seedemaciada
com
apagamento
dos pequenos lábios.É
comum
a ocorrência de pequenas rasgaduras especialmentena
comissura inferior.3.2.1.5.
Colo
uterino: 'Apresenta-se flácido, violáceo, lacerado e
com
bordas distensíveis.Ao
final de sete dias, oedema
e essas lesões encontram-se reduzidos,porém
a cérvix nãoretoma
jamais à situação pré-gravídica.Seu
orifício externo se altera morfologicamente passando deuma
abertura redonda e regular, a
uma
outra,com
aspecto de fenda ligeiramente irregular e|
transversal.
O
espaço existenteno
canal cervical logo após o parto, possibilita a introduçãode urna
mão,
após algtms dias, dois dedos, e ao ténnino de Luna semana, apenasum
dedo.Além
dosfenômenos
puerperais emodificações
locais, modificações geraistambém
podem
ocorrerno
período puerperal. .Nos
primeiros dias de puerpério,dependendo do
tipo de parto ( fácilou
difícil,vaginal
ou
cesária) e outros fatores individuais, amulher
poderá experimentar alguns desconfortos físicos e emocionais. Poderá sentir-se extenuada pelo esforço dispendido, apresentar calafrios e sede nas primeiras horas após o parto, ter dificuldades para sentare/ou caminhar.
Em
relação aos sinais vitais, observa-se algumas alterações que são específicasdo
período puerperal.A
temperatura poderá se elevar até 38°C,retomando
aonormal
em
24h. Talfenômeno
é justificado pela presença de soluções de continuidadeno
canaldo
parto, através dos quais microorganismos e soluções tóxicas locais,invadem
a circulaçãomatema
nas primeiras72h
sem
que isso seja considerado a instalação deum
quadro clínico infeccioso.Em
decorrênciada
freqüente elevaçãoda
temperatura nos 3° e 4° dias de puerpério,quando
ocorre a apojadura, originou-se a crençada
febredo
leite quasesempre
sem
fimdamento.
É
nessa faseque
ocorre grande proliferação degermes
no
canal vaginal, e sua ascensão à cavidade uterina provoca oaumento da
temperatura.A
freqüênciado
pulso está diminuída nos primeiros 6 a 8 dias de puerpério e échamada
de bradicardia puerperal (60 a70
bpm). A'mesma
ocorre devido auma
diminuição das 'contrações cardíacas após o nascimento
do
bebê e à reduçãodo
leito vascular.No
que se refere ao peso corporal,em
média, a puérpera perde cerca de 5 quiloslogo após o parto (feto, placenta, líquido amniótico),
havendo queda
adicional deaproximadamente
3 quilos (involução uterina, loquiação, diurese, sudorese) entre o 7° e10° dia (Santos, 1999).
Modificações
seguindo os sistemas:3.2.1.6. Sistema hematopoiético: .
Após
o partoocorrem
importantes alterações sangüíneas e plasmáticasno
0 declinação
do volmne
sangüíneoem
funçãodo volume
de sangramento provocado pela dequitação,retomando
aonormal
com
cerca de seis semanas; 0 diminuiçãodo número
de hemácias nos primeiros dias para se normalizarprogressivamente;
0 observação de leucocitose (15.000-20.000 rnrn),
retomando
ao normal durantea primeira
semana
pós- parto;i
0 elevação das plaquetas nos 3 primeiros dias,
retomando
logo ao normal; 0queda da
taxa de hemoglobina, que prossegue declinando;0 diminuição de hematócrito logo após o parto,
retomando
aonormal
após oquinto dia;
0 elevação
da hemossedimentação
nos primeiros dias de puerpério,normalizando-se dentro de 3 a 5 semanas; _
0
aumento
nas primeirassemanas
após o parto, dos fatores de coagulaçao já presentesna
gestação, o que predispõe à tromboflebite e embolia.3.2.1.7. Sistema urinário
Nas
primeiras horas após o partohá
um
aumento da
capacidadeda
bexiga,mas
sua sensibilidade à pressão exercida pela urina encontra-se diminuída.A
mesma
apresenta-seedemaciada, hiperemiada e,
em
alguns casos,com
petéquias e hemorragias submucosas. Observa-setambém
aoexame
citoscópico, após parto vaginal,edema
do
trígono e atoniada musculatura
da
parede vesical,que
poderão impedir o esvaziamento espontâneoda
bexiga,provocando
obstrução uretral e, conseqüentemente, dificuldade demicção
eretenção urinária.
_
Em
outras situações, as mulheresconseguem
minar,mas
são incapazes de esvaziarcompletamente a bexiga,
permanecendo
urina residual.Como
resultadodo
traumado
parto, omeato
urinário e os tecidos subjacentespodem
apresentar-se edemaciados,irritados e traumatizados. Essas alterações aliadas a outros fatores
como
a diminuiçãoda
sensibilidade pela anestesia e a dificuldade de urinarem
posição horizontal, contribuem para ocorrênciada
retenção urinária, que por sua vez,quando
presente,expõe
amulher
aum
alto risco de infecçãodo
sistema urinário.A
incontinência urinárianão
é muito freqüente, todaviapode
ocorrer nos primeirosesfincteriana
ou
por lacerações traumáticas.De modo
geral, a função ureteral volta ao normal dentro de seis a doze semanas.3.2.1.8.
Sistema
respiratório:.
Após
o parto,em
conseqüênciado
esvaziamento uterino, ocorre a descompressãodo
diafragma,provocando
o desaparecimentoda
dificuldade respiratória e amudança
do
tipo respiratório, passando de costal superior para tóraco abdominal.3.2.1.9.
Sistema tegumentar:
Com
freqüência ocorrequeda
de cabelos, sudorese eenfiaquecimento
das unhas,tomando-as
quebradiças.A
hiperpigmentaçãoda
face (cloasma gravídico),do
abdome
(linha nigra) eda
mama
(aréola secundária) sofre redução gradativa, mas, às vezes poderá ser de duração longa.As
estriasde
coloração violácea, resultanteda
gravidez recente,pemlanecem,
porém
sua tonalidade é alterada para o aspecto perolado, esbranquiçado.3.2.1.10. Sistema endócrino:
~
Uma
vez expulsa a placenta, se deflagrauma
quebra brusca das concentraçoescirculantes dos
honnônios
que lhes são atribuídos, especialmenteno
que se refere aoestrogênio e à progesterona.
A
diminuição,em
quantidades consideráveis dos níveisplasmáticos de estradiol e de progesterona permite a manifestação completa
da
açãolactogênica
da
prolactina e ocitocina, cuja secreção, acrescida doshormônios
coiticóides, é fundamental para a produção e ejeçãodo
leite.Em
função dessas alterações hormonais, o restabelecimento dos ciclos menstruaisse dá, nas mulheres
não
lactantes, cerca de 6semanas
após o parto.Nas
lactantes, esteperíodo é variável,
dependendo da
freqüência e duraçãodo
estímuloda
sucção e/ouordenha manual.
3.2.1.l1.
Sistema
digestivo:Logo
após o parto,com
o esvaziamentodo
útero, o estômago, o intestino delgado e o cólonretomam
à posição anatônica normal, favorecendo o esvaziamentomais
rápidodo
estômago
e a normalização das funções gastrointestinais.Mesmo
assim, é freqüente ocorrer obstipação intestinal causada principalmente pela morosidade intestinalestabelecida durante a gestação, pela súbita perda
da
pressão intra-abdominal, peladiminuição
da
motilidade gastrointestinal pelo uso de analgesiaou
anestesia usada duranteo parto, pelo relaxamento e/ou flacidez
da
musculatura abdominoperineal, pelo repousofísico relativo e dieta
da
puérpera, pelomedo
da puérperaem
romper
os pontosou
de sentirdor ao evacuar e pela presença de hemorróidas (Santos,l999).
3.2.2.
O
Processode
Cuidar no
Puerpério
A
assistênciano
puerpério integra o conjunto de ações planejadas, executadas econstantemente avaliadas, nos seus diferentes períodos,
ou
seja, imediato, tardioou
remoto. Independente
do
marco
conceitual, referencial teóricoou
teoria adotada, a assistência deenfermagem no
pós-parto deverá ser realizada visando o atendimentoindividualizado e integral da puérpera, isto é,
contemplando
aspectos nas suas diferentes dimensões (fisicas, psíquicas, social, cultural e espiritual). Daí a importância de se utilizaruma
metodologia afim
de direcionaradequadamente
a assistência deenfermagem, que
deverá ser sistemática e científica e levando
em
conta:0
A
história e o estilo de vidada
puérpera e família, suas experiências, valores culturais, crenças e costumes0
O
exame
ñsico.0
O
tipo de parto.0
Os
períodosdo
puerpério,fenômenos
puerperais e asmodificações
locais e sistêmicas.0
As
fases hospitalar e domiciliar.0
O
estabelecimentoda
relaçãomãe -
filho-
pai e familiares (Santos, 1999).Exame
físico:Tem
como
objetivo obter informações acercado
estado geral da puérpera,com
ênfase aos
fenômenos
puerperais (involutivos e progressivo), àsmodificações
locais e sistêmicas queocorrem no
puerpério e outras alterações relacionadasou
nãocom
esteperíodo.
Deve
ser realizado diariamente enquanto amulher permanecer
intemadana
maternidade
ou
por ocasiãoda
consulta puerperal, após a alta hospitalar. Durante oexame
deve-se observar:0 Estado Geral: observar postura, expressão facial, estado de ânimo,humor, locomoção, aparência geral, queixas.