• Nenhum resultado encontrado

O potencial dos sistemas agroflorestais agroecológicos e biodiversos para a conservação de abelhas nativas e a criação racional de abelhas sem ferrão. - Portal Embrapa

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O potencial dos sistemas agroflorestais agroecológicos e biodiversos para a conservação de abelhas nativas e a criação racional de abelhas sem ferrão. - Portal Embrapa"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

O POTENCIAL DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS AGROECOLÓGICOS E BIODIVERSOS PARA A CONSERVAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS E A CRIAÇÃO RACIONAL

Ana Carolina Vilela de Lima¹; Ricardo

RESUMO – Na busca por estratégias produtivas que assegurem sustentabilidade à agricultura, os sistemas agroflorestais (SAFs) vêm se destacando como uma alterna

evidências que uma diversidade de recursos florais na propriedade rural possa contribuir para a manutenção de comunidades de polinizadores, particularmente, de abelhas nativas

desse estudo foi verificar como a diversidade d

pelas abelhas. A partilha de recursos florais foi determinada por observação direta das abelhas reunidas em três grupos - nativas sem ferrão (Meliponini), nativas com ferrão (não

exótica (Apis mellifera) -, durante 5 minutos, em das 8h20 às 12h50, semanalmente de

verificou-se que 96,1% foram utilizadas como fonte de recursos pelas abelh

destaque para Meliponini, cujas abelhas visitaram a grande maioria dessas plantas (84%), sendo metade representada por espécies arbóreas nativas. Esse resultado revela o papel que os SAFs, agroecológicos e biodiversos, podem desempenhar na

potencial para a integração com a meliponicultura. Contudo, como a maioria das espécies visitadas por Meliponini também foi visitada por Apis mellifera (63,2%), novos estudos permitirão uma melhor compreensão dos impactos dessa partilha na meliponicultura. A estação seca teve um menor número de plantas em floração, indicando a necessidade de enriquecimento dos SAFs para que eles sejam uma alternativa eficaz para a dieta das abelhas nativas neste período.

Palavras-chaves: Meliponicultura; SAFs; Abelhas nativas; conservação.

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

O POTENCIAL DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS AGROECOLÓGICOS E BIODIVERSOS PARA A CONSERVAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS E A CRIAÇÃO RACIONAL

DE ABELHAS SEM FERRÃO

Ricardo Costa Rodrigues de Camargo2; Joel Leandro de Kátia Sampaio Malagodi-Braga4

Nº 20401

Na busca por estratégias produtivas que assegurem sustentabilidade à agricultura, os sistemas agroflorestais (SAFs) vêm se destacando como uma alternativa de produção. H evidências que uma diversidade de recursos florais na propriedade rural possa contribuir para a manutenção de comunidades de polinizadores, particularmente, de abelhas nativas

desse estudo foi verificar como a diversidade de espécies vegetais utilizadas em SAFs é partilhada pelas abelhas. A partilha de recursos florais foi determinada por observação direta das abelhas

nativas sem ferrão (Meliponini), nativas com ferrão (não , durante 5 minutos, em condições climáticas favoráveis ao voo,

das 8h20 às 12h50, semanalmente de abril de 2017 a março de 2018. Das 76 espécies floridas, se que 96,1% foram utilizadas como fonte de recursos pelas abelh

destaque para Meliponini, cujas abelhas visitaram a grande maioria dessas plantas (84%), sendo metade representada por espécies arbóreas nativas. Esse resultado revela o papel que os SAFs, agroecológicos e biodiversos, podem desempenhar na conservação das abelhas nativas e o seu potencial para a integração com a meliponicultura. Contudo, como a maioria das espécies visitadas por Meliponini também foi visitada por Apis mellifera (63,2%), novos estudos permitirão uma melhor actos dessa partilha na meliponicultura. A estação seca teve um menor número de plantas em floração, indicando a necessidade de enriquecimento dos SAFs para que eles sejam uma alternativa eficaz para a dieta das abelhas nativas neste período.

Meliponicultura; SAFs; Abelhas nativas; Apis mellifera

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

O POTENCIAL DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS AGROECOLÓGICOS E BIODIVERSOS PARA A CONSERVAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS E A CRIAÇÃO RACIONAL

; Joel Leandro de Queiroga³;

Na busca por estratégias produtivas que assegurem sustentabilidade à agricultura, os tiva de produção. Há evidências que uma diversidade de recursos florais na propriedade rural possa contribuir para a manutenção de comunidades de polinizadores, particularmente, de abelhas nativas. O objetivo e espécies vegetais utilizadas em SAFs é partilhada pelas abelhas. A partilha de recursos florais foi determinada por observação direta das abelhas nativas sem ferrão (Meliponini), nativas com ferrão (não-Meliponini) e condições climáticas favoráveis ao voo, no período abril de 2017 a março de 2018. Das 76 espécies floridas, se que 96,1% foram utilizadas como fonte de recursos pelas abelhas nativas, com destaque para Meliponini, cujas abelhas visitaram a grande maioria dessas plantas (84%), sendo metade representada por espécies arbóreas nativas. Esse resultado revela o papel que os SAFs, conservação das abelhas nativas e o seu potencial para a integração com a meliponicultura. Contudo, como a maioria das espécies visitadas por Meliponini também foi visitada por Apis mellifera (63,2%), novos estudos permitirão uma melhor actos dessa partilha na meliponicultura. A estação seca teve um menor número de plantas em floração, indicando a necessidade de enriquecimento dos SAFs para que eles sejam uma alternativa eficaz para a dieta das abelhas nativas neste período.

(2)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

ABSTRACT – In the search for productive strategies that ensure sustainability for agriculture, agroforestry systems (AFS) have been standing out as a production alternative. There is evidence that the diversity of floral resources on the rural property may contribute to the maintenance of pollinator communities, particularly native bees. The objective of this s

diversity of the plant species present

determined by direct observation of bees gathered in three groups (Meliponini), native with sting (non

with favorable weather conditions, from 8:20 to 12:50,

76 flowering species, it was found that 96.1% were used as a source of resources by native with emphasis on the Meliponini group, whose bees visited the vast majority of these plants (84%), half of which were native tree species. This result reveals the role that SAFs can play in the conservation of native bees and their potential for inte

most of the species visited by Meliponini were also visited by Apis mellifera (63.2%), further studies are needed to better understand the impacts of this sharing on the

had a lower number of flowering plants, which indicates the need for enrichment of SAFs so that they can be an effective alternative to the diet of native bees in this period.

Keywords: Meliponiculture; Agroforestry systems; Native bees; conservation.

1 INTRODUÇÃO

Os sistemas agroflorestais (SAFs) são cada vez mais reconhecidos como uma estratégia produtiva que busca assegurar a sustentabilidade nas suas dimensões social, econômica e ambiental. Esse reconhecimento é respaldado no Novo

de diferentes políticas públicas que recomendam que sejam intensificadas ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) visando sua consolidação como modelo sustentável aplicado à agricultura. No Brasil, um número crescente de agricultores familiares vem adotando os SAFs e, de 2013 a 2018, só no Estado de São Paulo, através do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS), foram implantados 497 ha de SAFs, abrangendo diversas regiões do estado e atendendo cerca de 700 famílias e 21 organizações

Os sistemas agroflorestais além de reduzirem a pobreza, também oferecem estratégias comprovadas para sequestro de carbono, enriquecimento do solo, conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade do ar e da água, não apenas aos proprietários de terras ou agricultores, mas para a sociedade em geral (JOSE, 2009)

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

In the search for productive strategies that ensure sustainability for agriculture, systems (AFS) have been standing out as a production alternative. There is evidence diversity of floral resources on the rural property may contribute to the maintenance of pollinator communities, particularly native bees. The objective of this study was to verify

the plant species present in SAFs is shared by bees. The sharing of floral resources determined by direct observation of bees gathered in three groups

-(Meliponini), native with sting (non-Meliponini) and exotic (Apis mellifera) -, for 5 minutes, on days with favorable weather conditions, from 8:20 to 12:50, weekly from April 2017 to March 2018. Of the 76 flowering species, it was found that 96.1% were used as a source of resources by native with emphasis on the Meliponini group, whose bees visited the vast majority of these plants (84%), half of which were native tree species. This result reveals the role that SAFs can play in the conservation of native bees and their potential for integration with meliponiculture. However, as most of the species visited by Meliponini were also visited by Apis mellifera (63.2%), further studies are needed to better understand the impacts of this sharing on the meliponiculture

number of flowering plants, which indicates the need for enrichment of SAFs so that they can be an effective alternative to the diet of native bees in this period.

Meliponiculture; Agroforestry systems; Native bees; Apis mellifera

Os sistemas agroflorestais (SAFs) são cada vez mais reconhecidos como uma estratégia produtiva que busca assegurar a sustentabilidade nas suas dimensões social, econômica e ambiental. Esse reconhecimento é respaldado no Novo Código Florestal Brasileiro e nas diretrizes de diferentes políticas públicas que recomendam que sejam intensificadas ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) visando sua consolidação como modelo sustentável aplicado à m número crescente de agricultores familiares vem adotando os SAFs e, de 2013 a 2018, só no Estado de São Paulo, através do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS), foram implantados 497 ha de SAFs, abrangendo diversas regiões do estado e

endo cerca de 700 famílias e 21 organizações (CEZARETTI, 2020).

Os sistemas agroflorestais além de reduzirem a pobreza, também oferecem estratégias de carbono, enriquecimento do solo, conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade do ar e da água, não apenas aos proprietários de terras ou agricultores, mas (JOSE, 2009). Além disso, as árvores nos SAFs podem ser Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020

Campinas, São Paulo

2 In the search for productive strategies that ensure sustainability for agriculture, systems (AFS) have been standing out as a production alternative. There is evidence diversity of floral resources on the rural property may contribute to the maintenance of tudy was to verify how the The sharing of floral resources was - native without sting , for 5 minutes, on days from April 2017 to March 2018. Of the 76 flowering species, it was found that 96.1% were used as a source of resources by native bees, with emphasis on the Meliponini group, whose bees visited the vast majority of these plants (84%), half of which were native tree species. This result reveals the role that SAFs can play in the gration with meliponiculture. However, as most of the species visited by Meliponini were also visited by Apis mellifera (63.2%), further studies meliponiculture. The dry season number of flowering plants, which indicates the need for enrichment of SAFs so that

Apis mellifera; floral resources;

Os sistemas agroflorestais (SAFs) são cada vez mais reconhecidos como uma estratégia produtiva que busca assegurar a sustentabilidade nas suas dimensões social, econômica e Código Florestal Brasileiro e nas diretrizes de diferentes políticas públicas que recomendam que sejam intensificadas ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) visando sua consolidação como modelo sustentável aplicado à m número crescente de agricultores familiares vem adotando os SAFs e, de 2013 a 2018, só no Estado de São Paulo, através do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS), foram implantados 497 ha de SAFs, abrangendo diversas regiões do estado e

Os sistemas agroflorestais além de reduzirem a pobreza, também oferecem estratégias de carbono, enriquecimento do solo, conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade do ar e da água, não apenas aos proprietários de terras ou agricultores, mas Além disso, as árvores nos SAFs podem ser

(3)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

selecionadas para desempenhar múltiplas funções nestes sistemas de acordo com os objetivos do agricultor e com as condições físicas e ecológicas da propriedade rural.

Nesse sentido, a manutenção de uma diversidade de polinizadores nativos na propriedade rural, particularmente de abelhas, é uma função que pode e deve ser considerada durante a seleção das espécies arbóreas que irão compor o SAF. Há evidências de que a manutenção de uma diversidade de recursos florais na propriedade rural pode contribuir para a manu

comunidades de polinizadores (CARVALHEIRO

Tropicais, boa parte das espécies de árvores são polinizadas por animais, sendo eles em sua maioria, abelhas (MICHENER, 2007). Isto significa dizer que boa

utilizadas em SAFs tem potencial para atrair e manter uma diversidade de abelhas nativas pela oferta de recursos florais, incluindo as abelhas sem ferrão e a sua criação.

Em um estudo realizado em um fragmento da Floresta Tropica

Floresta da Cantareira, as abelhas sem ferrão exploraram 73% das 96 espécies de plantas encontradas no local, representando 70% de todas as abelhas em atividade nas flores das árvores, concentrando seu forrageio no dossel da fl

Portanto, os SAFs podem ser planejados para otimizar a biodiversidade e beneficiar a produção agrícola sem aumentar a pressão para converter o habitat natural em terras cultivadas (CLOUGH et al., 2011), desempenhando um papel impor

biológica em paisagens antropizadas

meliponicultura aos SAFs pode enriquecer a dieta dos agricultores familiares que adotam esses sistemas e ampliar ou diversificar sua

consolide, dentre as múltiplas funcionalidades dos SAFs, é necessário ampliar esse conhecimento. Os objetivos deste estudo foram contribuir com o conhecimento sobre a atratividade das espécies vegetais utilizadas e associadas aos SAFs para as abelhas nativas sem ferrão (Meliponini) e com ferrão (não-Meliponini) e

abelha exótica Apis mellifera.

2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Área de estudo

A partir de abril de 2017, as árvores de quatro parcelas com Sistemas Agroflorestais (SAFs) agroecológicos e biodiversos, do campo experimental da Embrapa Meio Ambiente em

SP, e de seu entorno (Lat. 22o 43’ 34”, Long. 47

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

onadas para desempenhar múltiplas funções nestes sistemas de acordo com os objetivos do agricultor e com as condições físicas e ecológicas da propriedade rural.

Nesse sentido, a manutenção de uma diversidade de polinizadores nativos na propriedade articularmente de abelhas, é uma função que pode e deve ser considerada durante a seleção das espécies arbóreas que irão compor o SAF. Há evidências de que a manutenção de uma diversidade de recursos florais na propriedade rural pode contribuir para a manu

(CARVALHEIRO et al., 2010). Vale destacar que, em Florestas Tropicais, boa parte das espécies de árvores são polinizadas por animais, sendo eles em sua maioria, abelhas (MICHENER, 2007). Isto significa dizer que boa parte das árvores nativas utilizadas em SAFs tem potencial para atrair e manter uma diversidade de abelhas nativas pela oferta de recursos florais, incluindo as abelhas sem ferrão e a sua criação.

Em um estudo realizado em um fragmento da Floresta Tropical Atlântica em São Paulo, na Floresta da Cantareira, as abelhas sem ferrão exploraram 73% das 96 espécies de plantas encontradas no local, representando 70% de todas as abelhas em atividade nas flores das árvores, concentrando seu forrageio no dossel da floresta (RAMALHO, 2004).

Portanto, os SAFs podem ser planejados para otimizar a biodiversidade e beneficiar a produção agrícola sem aumentar a pressão para converter o habitat natural em terras cultivadas , desempenhando um papel importante na conservação da diversidade biológica em paisagens antropizadas (BHAGWAT et al., 2008). Além disso, a integração da meliponicultura aos SAFs pode enriquecer a dieta dos agricultores familiares que adotam esses sistemas e ampliar ou diversificar suas fontes de renda. Contudo, para que esse potencial se consolide, dentre as múltiplas funcionalidades dos SAFs, é necessário ampliar esse conhecimento.

Os objetivos deste estudo foram contribuir com o conhecimento sobre a atratividade das espécies vegetais utilizadas e associadas aos SAFs para as abelhas nativas sem ferrão

Meliponini) e analisar a partilha desses recursos en

A partir de abril de 2017, as árvores de quatro parcelas com Sistemas Agroflorestais (SAFs) agroecológicos e biodiversos, do campo experimental da Embrapa Meio Ambiente em

43’ 34”, Long. 47 o 00’ 58” e 595 m de altitude), passaram a ser Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020

Campinas, São Paulo

3 onadas para desempenhar múltiplas funções nestes sistemas de acordo com os objetivos do

Nesse sentido, a manutenção de uma diversidade de polinizadores nativos na propriedade articularmente de abelhas, é uma função que pode e deve ser considerada durante a seleção das espécies arbóreas que irão compor o SAF. Há evidências de que a manutenção de uma diversidade de recursos florais na propriedade rural pode contribuir para a manutenção das . Vale destacar que, em Florestas Tropicais, boa parte das espécies de árvores são polinizadas por animais, sendo eles em sua parte das árvores nativas utilizadas em SAFs tem potencial para atrair e manter uma diversidade de abelhas nativas pela

l Atlântica em São Paulo, na Floresta da Cantareira, as abelhas sem ferrão exploraram 73% das 96 espécies de plantas encontradas no local, representando 70% de todas as abelhas em atividade nas flores das árvores,

Portanto, os SAFs podem ser planejados para otimizar a biodiversidade e beneficiar a produção agrícola sem aumentar a pressão para converter o habitat natural em terras cultivadas tante na conservação da diversidade . Além disso, a integração da meliponicultura aos SAFs pode enriquecer a dieta dos agricultores familiares que adotam esses s fontes de renda. Contudo, para que esse potencial se consolide, dentre as múltiplas funcionalidades dos SAFs, é necessário ampliar esse conhecimento.

Os objetivos deste estudo foram contribuir com o conhecimento sobre a atratividade das espécies vegetais utilizadas e associadas aos SAFs para as abelhas nativas sem ferrão analisar a partilha desses recursos entre elas e a

A partir de abril de 2017, as árvores de quatro parcelas com Sistemas Agroflorestais (SAFs) agroecológicos e biodiversos, do campo experimental da Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna – 00’ 58” e 595 m de altitude), passaram a ser

(4)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

monitoradas quanto ao início da floração, semanalmente. Dentro dos cinco experimental, conhecida como Sítio Agroecológico, as p

apresentam composição florística, desenhos e tamanhos variáveis (inferiores a 0,9 ha cada). As outras parcelas que compõe esse Sítio são destinadas ao cultivo consorciado (caqui com banana), à adubação verde, coleções d

cultivadas) e regeneração natural. Essa mesma área, até meados de 2009, foi totalmente ocupada por pastagem degradada, com predomínio de capim braquiária

Webster. O solo predominante é o latossolo vermelho

argilo-arenosa e o terreno possui uma declividade de 8 a 12%. Em um meliponário experimental, junto ao Sítio Agroecológico, são criadas diversas espécies de abelhas sem

Apidae, Meliponini) (NEVES et al.

Como o SAF mais antigo do Sítio Agroecológico

algumas espécies com indivíduos ainda jovens que não apresentavam floração, optou

ampliar a área de estudo incluindo os jardins da Embrapa Meio Ambiente e as vias arborizadas em seu entorno, totalizando aproxim

apresentavam espécies arbóreas, nativas e exóticas, comumente utilizadas em SAFs que já encontravam-se florindo, permitindo a observação de seus visitantes florais (Figura 1). Devido à altura do dossel, algumas espécies como o Guapuruvu, embora presentes nesses locais e florindo, não foram consideradas nas observações. O pólen de todas as espécies observadas foi removido das flores e armazenado, visando à obtenção de uma coleção palinológica de ref

plantas utilizadas em SAFs e o posterior estudo da dieta das abelhas sem ferrão criadas racionalmente.

O município de Jaguariúna (SP) situa subquente e úmido, com temperatura média entre 15 a dois meses secos (IBGE, 2002).

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2 monitoradas quanto ao início da floração, semanalmente. Dentro dos cinco

conhecida como Sítio Agroecológico, as parcelas com SAFs não são contíguas e apresentam composição florística, desenhos e tamanhos variáveis (inferiores a 0,9 ha cada). As outras parcelas que compõe esse Sítio são destinadas ao cultivo consorciado (caqui com banana), à adubação verde, coleções de variedades de interesse agrícola, áreas testemunhas (não cultivadas) e regeneração natural. Essa mesma área, até meados de 2009, foi totalmente ocupada por pastagem degradada, com predomínio de capim braquiária - Urochloa decumbens

O solo predominante é o latossolo vermelho-amarelo distrófico, classe textural franco arenosa e o terreno possui uma declividade de 8 a 12%. Em um meliponário experimental,

são criadas diversas espécies de abelhas sem et al., 2017).

Como o SAF mais antigo do Sítio Agroecológico possuía, na ocasião do monitoramento, algumas espécies com indivíduos ainda jovens que não apresentavam floração, optou

ampliar a área de estudo incluindo os jardins da Embrapa Meio Ambiente e as vias arborizadas em seu entorno, totalizando aproximadamente 22 ha. Tanto os jardins quanto as vias arborizadas apresentavam espécies arbóreas, nativas e exóticas, comumente utilizadas em SAFs que já se florindo, permitindo a observação de seus visitantes florais (Figura 1). Devido à ossel, algumas espécies como o Guapuruvu, embora presentes nesses locais e florindo, não foram consideradas nas observações. O pólen de todas as espécies observadas foi removido das flores e armazenado, visando à obtenção de uma coleção palinológica de ref

plantas utilizadas em SAFs e o posterior estudo da dieta das abelhas sem ferrão criadas

O município de Jaguariúna (SP) situa-se em uma região que apresenta clima tropical subquente e úmido, com temperatura média entre 15oC e 18oC em pelo menos um mês e com um a dois meses secos (IBGE, 2002).

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

4 monitoradas quanto ao início da floração, semanalmente. Dentro dos cinco hectares dessa área arcelas com SAFs não são contíguas e apresentam composição florística, desenhos e tamanhos variáveis (inferiores a 0,9 ha cada). As outras parcelas que compõe esse Sítio são destinadas ao cultivo consorciado (caqui com banana), e variedades de interesse agrícola, áreas testemunhas (não cultivadas) e regeneração natural. Essa mesma área, até meados de 2009, foi totalmente ocupada Urochloa decumbens (Stapf) R. D. amarelo distrófico, classe textural franco-arenosa e o terreno possui uma declividade de 8 a 12%. Em um meliponário experimental,

são criadas diversas espécies de abelhas sem ferrão (Hymenoptera,

possuía, na ocasião do monitoramento, algumas espécies com indivíduos ainda jovens que não apresentavam floração, optou-se por ampliar a área de estudo incluindo os jardins da Embrapa Meio Ambiente e as vias arborizadas em adamente 22 ha. Tanto os jardins quanto as vias arborizadas apresentavam espécies arbóreas, nativas e exóticas, comumente utilizadas em SAFs que já se florindo, permitindo a observação de seus visitantes florais (Figura 1). Devido à ossel, algumas espécies como o Guapuruvu, embora presentes nesses locais e florindo, não foram consideradas nas observações. O pólen de todas as espécies observadas foi removido das flores e armazenado, visando à obtenção de uma coleção palinológica de referência para as plantas utilizadas em SAFs e o posterior estudo da dieta das abelhas sem ferrão criadas

se em uma região que apresenta clima tropical C em pelo menos um mês e com um

(5)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

Figura 1. Localização da área de estudo, destacada em imagem do Google Earth, e do meliponário

experimental (círculo laranja). 2.2 Visitantes florais

De abril de 2017 a março de 2018,

observações das abelhas (Apiformes) que coletavam recursos nas flores das árvores presentes nos SAFs do campo experimental da Embrapa Meio Ambiente, e em seu entorno. Nessas observações, também foram incluí

ocorrência frequente na área de estudo, bem como cultivos anuais e adubos verdes que floresceram durante o período de amostragem. Essas outras plantas foram incluídas neste estudo uma vez que também ocorrem associadas aos SAFs, seja nas entrelinhas ou faixas de cultivo existentes em seu interior, seja em suas bordas. Cada observação teve a duração de cinco minutos e ocorreu, preferencialmente, durante o pico de floração de cada espécie, no período das 8h2 às 12h50min, em condições climáticas favoráveis ao voo das abelhas, totalizando 180 observações. Eventualmente, para algumas plantas, incluindo aquelas com curto período de

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

Localização da área de estudo, destacada em imagem do Google Earth, e do meliponário

De abril de 2017 a março de 2018, de uma a duas vezes por semana, foram realizadas observações das abelhas (Apiformes) que coletavam recursos nas flores das árvores presentes nos SAFs do campo experimental da Embrapa Meio Ambiente, e em seu entorno. Nessas observações, também foram incluídas espécies arbustivas e herbáceas espontâneas, com ocorrência frequente na área de estudo, bem como cultivos anuais e adubos verdes que floresceram durante o período de amostragem. Essas outras plantas foram incluídas neste estudo rem associadas aos SAFs, seja nas entrelinhas ou faixas de cultivo existentes em seu interior, seja em suas bordas. Cada observação teve a duração de cinco minutos e ocorreu, preferencialmente, durante o pico de floração de cada espécie, no período das 8h2 às 12h50min, em condições climáticas favoráveis ao voo das abelhas, totalizando 180 observações. Eventualmente, para algumas plantas, incluindo aquelas com curto período de

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

5

Localização da área de estudo, destacada em imagem do Google Earth, e do meliponário

de uma a duas vezes por semana, foram realizadas observações das abelhas (Apiformes) que coletavam recursos nas flores das árvores presentes nos SAFs do campo experimental da Embrapa Meio Ambiente, e em seu entorno. Nessas das espécies arbustivas e herbáceas espontâneas, com ocorrência frequente na área de estudo, bem como cultivos anuais e adubos verdes que floresceram durante o período de amostragem. Essas outras plantas foram incluídas neste estudo rem associadas aos SAFs, seja nas entrelinhas ou faixas de cultivo existentes em seu interior, seja em suas bordas. Cada observação teve a duração de cinco minutos e ocorreu, preferencialmente, durante o pico de floração de cada espécie, no período das 8h20min às 12h50min, em condições climáticas favoráveis ao voo das abelhas, totalizando 180 observações. Eventualmente, para algumas plantas, incluindo aquelas com curto período de

(6)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

floração, as observações foram repetidas em diferentes horários do mesmo dia o

consecutivos. Para outras plantas, incluindo aquelas com floradas mais longas ou com indivíduos apresentando o pico da florada em momentos distintos, as observações foram repetidas em diferentes dias, com intervalos que variaram de um dia a uma s

maioria das plantas foi observada uma única vez ou com uma ou duas repetições. Para determinar a origem das espécies vegetais utilizou

Jardim Botânico do Rio de Janeiro

As espécies das abelhas nativas foram diferenciadas morfologicamente e identificadas taxonomicamente em espécie ou gênero, quando possível. Todas as abelhas observadas foram reunidas em três grupos: nativas sem ferrão (

exótica (Apis mellifera). A separação das abelhas nativas em dois grupos justifica

em conhecer a atratividade das diferentes espécies vegetais utilizadas nos SAFs agroecológicos e biodiversos para as abelhas sem ferrão, visando subsidiar futuros estudos que visem à integração entre a meliponicultura e as agroflorestas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na área de estudo foram observadas 76 espécies de plantas em floração visitadas pelas abelhas de algum grupo (Hymenopter

famílias botânicas (Figura 2 A) e as famílias que apresentaram uma única espécie foram 15: Bixaceae; Boraginaceae; Brassicaceae; Chrysobalanaceae; Convolvulaceae; Elaeocarpaceae; Lauraceae; Malpighiaceae; Melastomataceae; Meliaceae; Moringaceae; Muntingiaceae; Poaceae; Rubiaceae; Sapindaceae. Também se verificou que a família botânica com maior número de espécies visitadas pelas abelhas foi Fabaceae, com 32,9% (n=25) (Figura 2 A), que é também a família com maior riqueza na área de estudo

Yamamoto, Kinoshito e Martins

arbustivas e arbóreas na Floresta Estacional Semidecídua no estado de São Paulo, formação vegetal característica da área de estudo.

Quanto à diversidade de abelhas nativas, durante as observações foram diferenciadas mais de 60 espécies. As abelhas Meliponini foram representadas por 14 espécies, sendo cinco delas criadas racionalmente na área de es

Em relação às famílias botânicas, Fabaceae representou 32,8% (n=14) das espécies visitadas por abelhas Meliponini

mellifera (Figura 2 B a D). Oito espécies da família Fabaceae dos três grupos: Anadenanthera colubrina

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

floração, as observações foram repetidas em diferentes horários do mesmo dia o

consecutivos. Para outras plantas, incluindo aquelas com floradas mais longas ou com indivíduos apresentando o pico da florada em momentos distintos, as observações foram repetidas em diferentes dias, com intervalos que variaram de um dia a uma semana. De um modo geral, a maioria das plantas foi observada uma única vez ou com uma ou duas repetições. Para determinar a origem das espécies vegetais utilizou-se, como referência, as informações disponibilizadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro (REFLORA, 2020).

As espécies das abelhas nativas foram diferenciadas morfologicamente e identificadas taxonomicamente em espécie ou gênero, quando possível. Todas as abelhas observadas foram reunidas em três grupos: nativas sem ferrão (Meliponini), nativas com ferrão (não

). A separação das abelhas nativas em dois grupos justifica

em conhecer a atratividade das diferentes espécies vegetais utilizadas nos SAFs agroecológicos e sem ferrão, visando subsidiar futuros estudos que visem à integração entre a meliponicultura e as agroflorestas.

ÃO

Na área de estudo foram observadas 76 espécies de plantas em floração visitadas pelas Hymenoptera, Apoidea, Apiformes). Essas espécies pertencem a 27 famílias botânicas (Figura 2 A) e as famílias que apresentaram uma única espécie foram 15: Bixaceae; Boraginaceae; Brassicaceae; Chrysobalanaceae; Convolvulaceae; Elaeocarpaceae; e; Melastomataceae; Meliaceae; Moringaceae; Muntingiaceae; Poaceae; . Também se verificou que a família botânica com maior número de espécies visitadas pelas abelhas foi Fabaceae, com 32,9% (n=25) (Figura 2 A), que é também a

com maior riqueza na área de estudo (MALAGODI-BRAGA et al.

Kinoshito e Martins (2005), Fabaceae é a família de maior riqueza de espécies Floresta Estacional Semidecídua no estado de São Paulo, formação etal característica da área de estudo.

Quanto à diversidade de abelhas nativas, durante as observações foram diferenciadas mais de 60 espécies. As abelhas Meliponini foram representadas por 14 espécies, sendo cinco delas criadas racionalmente na área de estudo.

Em relação às famílias botânicas, Fabaceae representou 32,8% (n=14) das espécies Meliponini, 39,1% (n=18) por não-Meliponini e 26,9% (n=14) por (Figura 2 B a D). Oito espécies da família Fabaceae foram compartilhadas pelas abelhas

Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul,

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

6 floração, as observações foram repetidas em diferentes horários do mesmo dia ou em dias consecutivos. Para outras plantas, incluindo aquelas com floradas mais longas ou com indivíduos apresentando o pico da florada em momentos distintos, as observações foram repetidas em emana. De um modo geral, a maioria das plantas foi observada uma única vez ou com uma ou duas repetições. Para determinar se, como referência, as informações disponibilizadas pelo

As espécies das abelhas nativas foram diferenciadas morfologicamente e identificadas taxonomicamente em espécie ou gênero, quando possível. Todas as abelhas observadas foram com ferrão (não-Meliponini) e ). A separação das abelhas nativas em dois grupos justifica-se pelo interesse em conhecer a atratividade das diferentes espécies vegetais utilizadas nos SAFs agroecológicos e sem ferrão, visando subsidiar futuros estudos que visem à integração

Na área de estudo foram observadas 76 espécies de plantas em floração visitadas pelas ). Essas espécies pertencem a 27 famílias botânicas (Figura 2 A) e as famílias que apresentaram uma única espécie foram 15: Bixaceae; Boraginaceae; Brassicaceae; Chrysobalanaceae; Convolvulaceae; Elaeocarpaceae; e; Melastomataceae; Meliaceae; Moringaceae; Muntingiaceae; Poaceae; . Também se verificou que a família botânica com maior número de espécies visitadas pelas abelhas foi Fabaceae, com 32,9% (n=25) (Figura 2 A), que é também a et al., 2018). Segundo (2005), Fabaceae é a família de maior riqueza de espécies Floresta Estacional Semidecídua no estado de São Paulo, formação

Quanto à diversidade de abelhas nativas, durante as observações foram diferenciadas mais de 60 espécies. As abelhas Meliponini foram representadas por 14 espécies, sendo cinco delas

Em relação às famílias botânicas, Fabaceae representou 32,8% (n=14) das espécies e 26,9% (n=14) por Apis foram compartilhadas pelas abelhas (Griseb.) Altschul, Peltophorum dubium

(7)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

(Spreng.) Taub., Crotalaria juncea acutifolium, Senegalia polyphylla

Lam., que representam 30,8% das espécies visitadas.

As abelhas Meliponini utilizam as espécies da família Fabaceae como fonte de pólen (ANTONINI; COSTA; MARTINS, 2006) e como fonte diversific

sendo que esse comportamento de forrageamento está relacionado ao hábito generalista e oportunista dessas abelhas eussociais que ao longo do ano visitam diversas espécies de plantas. Nos SAFs, as espécies da família Fabacea

capacidade de se associar a bactérias fixadoras de nitrogênio, produção de matéria orgânica, cobertura do solo e como fonte de madeira e alimento para os agricultores (FERNANDES, 2007).

Figura 2. Famílias botânicas quanto ao percentual de espécies visitadas por diferentes grupos de abelhas

nativas e por Apis mellifera (Hymenoptera, Apoidea, Apiformes entorno, de abril de 2017 a março de 2018, no município de (C) não-Meliponini e (D) Apis mellifera

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

Crotalaria juncea L., Inga edulis Mart., Machaerium acutifolium acutifolium, Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose, Bauhinia variegata L. e

que representam 30,8% das espécies visitadas.

As abelhas Meliponini utilizam as espécies da família Fabaceae como fonte de pólen , 2006) e como fonte diversificada para o néctar (ABREU, 2011), sendo que esse comportamento de forrageamento está relacionado ao hábito generalista e eussociais que ao longo do ano visitam diversas espécies de plantas. Nos SAFs, as espécies da família Fabaceae são bastante utilizadas devido à diversidade, capacidade de se associar a bactérias fixadoras de nitrogênio, produção de matéria orgânica, cobertura do solo e como fonte de madeira e alimento para os agricultores (FERNANDES, 2007).

Famílias botânicas quanto ao percentual de espécies visitadas por diferentes grupos de abelhas

Hymenoptera, Apoidea, Apiformes), em Sistemas Agroflorestais e em seu

entorno, de abril de 2017 a março de 2018, no município de Jaguariuna - SP: (A) Apiformes

Apis mellifera.

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

7 Machaerium acutifolium Vogel var. L. e Caesalpinia echinata

As abelhas Meliponini utilizam as espécies da família Fabaceae como fonte de pólen ada para o néctar (ABREU, 2011), sendo que esse comportamento de forrageamento está relacionado ao hábito generalista e eussociais que ao longo do ano visitam diversas espécies de plantas. e são bastante utilizadas devido à diversidade, capacidade de se associar a bactérias fixadoras de nitrogênio, produção de matéria orgânica, cobertura do solo e como fonte de madeira e alimento para os agricultores (FERNANDES, 2007).

Famílias botânicas quanto ao percentual de espécies visitadas por diferentes grupos de abelhas ), em Sistemas Agroflorestais e em seu

(8)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

Quanto à origem das plantas, o percentual de espécies nativas arbóreas visitadas pelas abelhas Meliponini e não-Meliponini

por sua vez apresentou um percentual mais elevado de espécies exóticas (40,4%) principalmente, em relação às abelhas não-Meliponini

Apis mellifera uma espécie social de origem exóti se estabeleceu em diferentes biomas e encontra climáticas (KLEINERT& GIANNINI, 2012).

semelhanças com A. mellifera - s

forrageamento e que armazenam pólen e mel

espécies vegetais exóticas, superior ao obtido para as demais abelhas nativas (não (Figura 3 B a D). Provavelmente, também devido

A. mellifera apresentaram um percentual (63,2%) bem mais elevado de espécies compartilhadas que as abelhas não-Meliponini e

Figura 3. Percentual de espécies visitadas por diferentes grupos de abelhas nativas e por

(Hymenoptera, Apoidea, Apiformes) em relação a classificação quanto à origem Agroflorestais e em seu entorno, de abril de 2017 a março de

Apiformes, (B) Meliponini, (C) não-Meliponini

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

Quanto à origem das plantas, o percentual de espécies nativas arbóreas visitadas pelas Meliponini foi superior ao observado para as abelhas

por sua vez apresentou um percentual mais elevado de espécies exóticas (40,4%) principalmente, Meliponini (Figura 3 B a D). Esse é um comportamento esperado para uma espécie social de origem exótica, de hábito generalista no uso de recursos, que se estabeleceu em diferentes biomas e encontra-se bem adaptada a diferentes condições KLEINERT& GIANNINI, 2012). As abelhas Meliponini, por apresentarem diversas são abelhas sociais, com colônias perenes, hábitos generalistas de e que armazenam pólen e mel - também visitaram um percentual elevado de espécies vegetais exóticas, superior ao obtido para as demais abelhas nativas (não

B a D). Provavelmente, também devido às essas semelhanças, as abelhas

apresentaram um percentual (63,2%) bem mais elevado de espécies compartilhadas e A. mellifera (35,5%).

Percentual de espécies visitadas por diferentes grupos de abelhas nativas e por ) em relação a classificação quanto à origem

Agroflorestais e em seu entorno, de abril de 2017 a março de 2018, no município de Jaguariúna

Meliponini e (D) Apis mellifera.

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

8 Quanto à origem das plantas, o percentual de espécies nativas arbóreas visitadas pelas foi superior ao observado para as abelhas Apis mellifera, que por sua vez apresentou um percentual mais elevado de espécies exóticas (40,4%) principalmente, (Figura 3 B a D). Esse é um comportamento esperado para ca, de hábito generalista no uso de recursos, que se bem adaptada a diferentes condições , por apresentarem diversas abelhas sociais, com colônias perenes, hábitos generalistas de também visitaram um percentual elevado de espécies vegetais exóticas, superior ao obtido para as demais abelhas nativas (não-Meliponini) essas semelhanças, as abelhas Meliponini e apresentaram um percentual (63,2%) bem mais elevado de espécies compartilhadas

Percentual de espécies visitadas por diferentes grupos de abelhas nativas e por Apis mellifera ) em relação a classificação quanto à origem botânica, em Sistemas 2018, no município de Jaguariúna - SP: (A)

(9)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

Das 76 espécies vegetais observadas, verificou de recursos pelas abelhas nativas, com destaque para

maioria das espécies vegetais (84,2%), sendo metade delas composta por nativas arbóreas (Figura 3 B). Esse resultado revela o papel que os SAFs agroecológicos e biodiversos podem desempenhar na conservação das abelha

meliponicultura. Já para as outras abelhas nativas (não essas espécies de plantas não tenha sido tão elevada (

espécies nativas arbóreas superior aos demais grupos (Figura 3 C), sugerindo uma associação importante dessas abelhas com as árvores nativas comumente utilizadas em SAFs.

A dinâmica em um SAF busca regenerar, por meio de uma lógica de policultivo, o equilíbrio do solo e a vegetação original do ecossistema em que será implantado e, para isso, se baseia na sucessão de espécies de plantas nativas (ALVES, 2009). A integração da criação racional de abelhas sem ferrão aos SAFs, além das razões ecológicas, pode trazer diversos ben

agricultores como o uso alimentar e medicinal dos produtos dessas abelhas, a possibilidade de diversificação da renda e, também, da ampliação dela pelo aumento do potencial produtivo de diversas culturas, que são polinizadas por essas abelhas.

Quanto à partilha de recursos, considerando somente dois grupos de abelhas,

e Meliponini apresentaram uma porcentagem de espécies compartilhadas muito superior àquela obtida para Apis mellifera e abelhas não

4). Segundo Somavilla et al. (2018), a

competitiva a busca por recursos com outras abelhas sociais nativas, principalmente causando um efeito negativo na comunidade, devido à grande abundância de

Contudo, são necessários estudos adicionais para uma melhor compreensão desse impacto na criação racional das abelhas sem ferrão (

plantas visitadas por abelhas solitárias e especializadas diferem consideravelmente daquelas visitadas por A. mellifera, como verificado neste estudo para o grupo não

abelhas foram inseridas. O maior percentual de

Meliponini (Figura 4) pode também estar relacionado ao grau de especialização dessas abelhas no uso desses recursos, bem como ao grau de especialização das plantas visitadas por elas, cuja morfologia floral pode restringir o acesso aos recursos oferecidos. Portanto, ampliar o conhecimento sobre essas e outras espécies vegetais com potencial para atrair as abelhas não Meliponini é também essencial quando se considera o potencial dos SAFs para a conservação abelhas nativas.

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

Das 76 espécies vegetais observadas, verificou-se que 96,1% foram utilizadas como fonte de recursos pelas abelhas nativas, com destaque para Meliponini cujas abelhas visitaram a grande maioria das espécies vegetais (84,2%), sendo metade delas composta por nativas arbóreas (Figura 3 B). Esse resultado revela o papel que os SAFs agroecológicos e biodiversos podem desempenhar na conservação das abelhas nativas e o seu potencial para a integração com a meliponicultura. Já para as outras abelhas nativas (não-Meliponini), embora a taxa de visitação a essas espécies de plantas não tenha sido tão elevada (60,5%),

obteve-arbóreas superior aos demais grupos (Figura 3 C), sugerindo uma associação importante dessas abelhas com as árvores nativas comumente utilizadas em SAFs.

A dinâmica em um SAF busca regenerar, por meio de uma lógica de policultivo, o equilíbrio vegetação original do ecossistema em que será implantado e, para isso, se baseia na sucessão de espécies de plantas nativas (ALVES, 2009). A integração da criação racional de abelhas sem ferrão aos SAFs, além das razões ecológicas, pode trazer diversos ben

agricultores como o uso alimentar e medicinal dos produtos dessas abelhas, a possibilidade de diversificação da renda e, também, da ampliação dela pelo aumento do potencial produtivo de diversas culturas, que são polinizadas por essas abelhas.

Quanto à partilha de recursos, considerando somente dois grupos de abelhas,

e Meliponini apresentaram uma porcentagem de espécies compartilhadas muito superior àquela e abelhas não-Meliponini, que exibiram o percentual mais baixo (Figura

(2018), a presença de A. mellifera em uma área competitiva a busca por recursos com outras abelhas sociais nativas, principalmente causando um efeito negativo na comunidade, devido à grande abundância de

Contudo, são necessários estudos adicionais para uma melhor compreensão desse impacto na criação racional das abelhas sem ferrão (Meliponini). Ainda, segundo Pedro e

plantas visitadas por abelhas solitárias e especializadas diferem consideravelmente daquelas , como verificado neste estudo para o grupo

não-abelhas foram inseridas. O maior percentual de fontes florais exclusivas, obtido pelas não-abelhas não (Figura 4) pode também estar relacionado ao grau de especialização dessas abelhas no uso desses recursos, bem como ao grau de especialização das plantas visitadas por elas, cuja al pode restringir o acesso aos recursos oferecidos. Portanto, ampliar o conhecimento sobre essas e outras espécies vegetais com potencial para atrair as abelhas não

é também essencial quando se considera o potencial dos SAFs para a conservação Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020

Campinas, São Paulo

9 se que 96,1% foram utilizadas como fonte cujas abelhas visitaram a grande maioria das espécies vegetais (84,2%), sendo metade delas composta por nativas arbóreas (Figura 3 B). Esse resultado revela o papel que os SAFs agroecológicos e biodiversos podem s nativas e o seu potencial para a integração com a ), embora a taxa de visitação a -se um percentual de arbóreas superior aos demais grupos (Figura 3 C), sugerindo uma associação importante dessas abelhas com as árvores nativas comumente utilizadas em SAFs.

A dinâmica em um SAF busca regenerar, por meio de uma lógica de policultivo, o equilíbrio vegetação original do ecossistema em que será implantado e, para isso, se baseia na sucessão de espécies de plantas nativas (ALVES, 2009). A integração da criação racional de abelhas sem ferrão aos SAFs, além das razões ecológicas, pode trazer diversos benefícios aos agricultores como o uso alimentar e medicinal dos produtos dessas abelhas, a possibilidade de diversificação da renda e, também, da ampliação dela pelo aumento do potencial produtivo de

Quanto à partilha de recursos, considerando somente dois grupos de abelhas, Apis mellifera e Meliponini apresentaram uma porcentagem de espécies compartilhadas muito superior àquela tual mais baixo (Figura em uma área pode tornar competitiva a busca por recursos com outras abelhas sociais nativas, principalmente Meliponini, causando um efeito negativo na comunidade, devido à grande abundância de Apis mellifera. Contudo, são necessários estudos adicionais para uma melhor compreensão desse impacto na ). Ainda, segundo Pedro e Camargo (1991), as plantas visitadas por abelhas solitárias e especializadas diferem consideravelmente daquelas -Meliponini onde estas fontes florais exclusivas, obtido pelas abelhas não-(Figura 4) pode também estar relacionado ao grau de especialização dessas abelhas no uso desses recursos, bem como ao grau de especialização das plantas visitadas por elas, cuja al pode restringir o acesso aos recursos oferecidos. Portanto, ampliar o conhecimento sobre essas e outras espécies vegetais com potencial para atrair as abelhas

(10)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

Figura 4. Uso da diversidade de recursos florais (n=76) por diferentes grupos de abelhas ao longo de 12

meses, em Sistemas Agroflorestais Jaguariúna – SP.

Quanto à distribuição da floração das diferentes espécies ao longo do ano (Figura 5), verificou-se que na estação seca, de abril a agosto, a diversidade de espécies flor

estudo foi bastante reduzida. Em

Stranghetti e Ranga (1997) verificaram que a floresceram de setembro a dezembro

Figura 5. Percentual de plantas utilizadas pelos grupos de abelhas (barras coloridas) para a obtenção de

recursos florais e número de espécies observadas em floração (linha tracejada) ao longo dos meses, Sistemas Agroflorestais e em seu entorno, de abril de 2017 a março de 2018, no

SP. 0 5 10 15 20 25 30 35 E spé ci es de pl ant as ( % ) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 P la nt as vi si ta da s ( % )

Ap: Apis mellifera

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

Uso da diversidade de recursos florais (n=76) por diferentes grupos de abelhas ao longo de 12 e em seu entorno, de abril de 2017 a março de 2018, no município de

Quanto à distribuição da floração das diferentes espécies ao longo do ano (Figura 5), se que na estação seca, de abril a agosto, a diversidade de espécies flor

. Em um remanescente da Floresta Estacional

etti e Ranga (1997) verificaram que a maioria das espécies de árvores e arbustos floresceram de setembro a dezembro.

as utilizadas pelos grupos de abelhas (barras coloridas) para a obtenção de recursos florais e número de espécies observadas em floração (linha tracejada) ao longo dos meses, Sistemas Agroflorestais e em seu entorno, de abril de 2017 a março de 2018, no município de Jaguariúna

Meses

Apis mellifera Me: Meliponini nM: não-Meliponini

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

10

Uso da diversidade de recursos florais (n=76) por diferentes grupos de abelhas ao longo de 12 e em seu entorno, de abril de 2017 a março de 2018, no município de

Quanto à distribuição da floração das diferentes espécies ao longo do ano (Figura 5), se que na estação seca, de abril a agosto, a diversidade de espécies floridas na área de stacional Semidecídua, maioria das espécies de árvores e arbustos

as utilizadas pelos grupos de abelhas (barras coloridas) para a obtenção de recursos florais e número de espécies observadas em floração (linha tracejada) ao longo dos meses, em município de Jaguariúna – 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 E spé ci es ve g et ai s em f lor aç ão (n) Meliponini

(11)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

Devido à redução das espécies alimento para as abelhas neste período

apresentaram uma diminuição no percentual de visitação nas plantas em floração de abril a outubro (Figura 5). Esse comportamento

nessa classificação, pois segundo

sazonal com uma diapausa no desenvolvimento do organismo

4 CONCLUSÃO

Os SAFs agroecológicos e biodiversos conservação das abelhas nativas e

como a maioria das espécies observadas em floração que foram visitadas por foram visitadas por Apis mellifera

impactos que o uso compartilhado de recursos pode gerar na criação racional de

disso, é preciso ampliar o conhecimento sobre as plantas utilizadas em SAFs visitadas exclusivamente pelas abelhas não

de modo a concretizar na prática o potencial destes sistemas para a conservação de abelhas nativas.

A estação seca teve um menor número de plantas em floração, o que indica a necessidade de enriquecimento dos SAFs para que eles possam ser uma alternativa eficaz p

abelhas nativas neste período.

5 AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao CNPq pela bolsa concedida a este estudo. Em especial, agradecemos a

Lucas Sinisgalli da Silva e Stephanie Mesquita por colaborarem com a coleta de dados.

6 REFERÊNCIAS

ABREU, C. O. Atividade de voo de

sua preferência floral no Parque das Neblinas, Mogi das Cruzes, SP

Curso de Entomologia, Biologia, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Cap. 2. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde

ALVES, L. M. Sistemas Agroflorestais (SAF’s) na restauração de ambientes degradados

Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação de Recursos Naturais, UFJF p. 5, 2009.

ANTONINI, Y.; COSTA, R. G.; MARTINS, R. P. Floral preferences of

quadrifasciata Lepeletier (Apidae: Meliponina

66, n. 2a, p. 463-471, 2006.

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

Devido à redução das espécies floridas na estação seca houve menor disponibilidade de para as abelhas neste período. As abelhas que foram classificadas como não

apresentaram uma diminuição no percentual de visitação nas plantas em floração de abril a outubro sse comportamento pode estar relacionado com a presença de abelhas solitárias

segundo Mansingh (1971), estas abelhas apresetam um

uma diapausa no desenvolvimento do organismo nos meses de outono e inverno

Os SAFs agroecológicos e biodiversos podem desempenhar papel importante na conservação das abelhas nativas e tem potencial para integração com a meliponicultura.

como a maioria das espécies observadas em floração que foram visitadas por

Apis mellifera, são necessários estudos para uma melhor compreensão dos do de recursos pode gerar na criação racional de

disso, é preciso ampliar o conhecimento sobre as plantas utilizadas em SAFs visitadas exclusivamente pelas abelhas não-Meliponini e aquelas compartilhadas com as abelhas

a concretizar na prática o potencial destes sistemas para a conservação de abelhas

A estação seca teve um menor número de plantas em floração, o que indica a necessidade de enriquecimento dos SAFs para que eles possam ser uma alternativa eficaz p

Agradecemos ao CNPq pela bolsa concedida a primeira autora e a EMBRAPA pelo apoio a este estudo. Em especial, agradecemos a Debora Cirqueira Ferreira, Giuliana R. Pineda Peres

e Stephanie Mesquita por colaborarem com a coleta de dados.

Atividade de voo de Melipona quadrifasciata Lepeletier, 1836 (

sua preferência floral no Parque das Neblinas, Mogi das Cruzes, SP. 2011. 83 f. Dissertação (Mestrado) Curso de Entomologia, Biologia, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Cap. 2. Disponível em:

https://teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-20072011-175455/pt-br.php>. Acesso em: 20 jul. 2020. Agroflorestais (SAF’s) na restauração de ambientes degradados

graduação em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação de Recursos Naturais, UFJF

ANTONINI, Y.; COSTA, R. G.; MARTINS, R. P. Floral preferences of a neotropical stingless bee,

Apidae: Meliponina) in an urban forest fragment. Brazilian

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

11 na estação seca houve menor disponibilidade de As abelhas que foram classificadas como não-Meliponini apresentaram uma diminuição no percentual de visitação nas plantas em floração de abril a outubro relacionado com a presença de abelhas solitárias apresetam um ciclo de vida nos meses de outono e inverno.

desempenhar papel importante na a meliponicultura. Contudo, como a maioria das espécies observadas em floração que foram visitadas por Meliponini também , são necessários estudos para uma melhor compreensão dos do de recursos pode gerar na criação racional de Meliponini. Além disso, é preciso ampliar o conhecimento sobre as plantas utilizadas em SAFs visitadas e aquelas compartilhadas com as abelhas Meliponini, a concretizar na prática o potencial destes sistemas para a conservação de abelhas

A estação seca teve um menor número de plantas em floração, o que indica a necessidade de enriquecimento dos SAFs para que eles possam ser uma alternativa eficaz para a dieta das

primeira autora e a EMBRAPA pelo apoio a Giuliana R. Pineda Peres, e Stephanie Mesquita por colaborarem com a coleta de dados.

Lepeletier, 1836 (Apidae, Meliponinae) e 3 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Entomologia, Biologia, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Cap. 2. Disponível em:

. Acesso em: 20 jul. 2020. Agroflorestais (SAF’s) na restauração de ambientes degradados. Juiz de Fora: graduação em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação de Recursos Naturais, UFJF,

a neotropical stingless bee, Melipona

(12)

14º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica

BHAGWAT, S. A. et al. Agroforestry: a refuge for tropical biodiversity? 23, n. 5, p. 261–267, 2008.

CARVALHEIRO, L. G. et al. Pollination services decline with distance from natural habitat even in biodiversity

rich areas. Journal of Applied Ecology

CEZARETTI, E. S. Os SAFs apoiados pelo Estado de São Paulo. In: WEBINAR SISTEMAS AGROFLORESTAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2020, São Paulo. [

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2020. <https://smastr16.blob.core.windows.net/home/2020/06/semana

em: 20 ago. 2020.

CLOUGH, Y. et al. Combining high biodiversity with high yields in tropical agroforests.

National Academy of Sciences of the United States of America

FERNANDES, J. M. Taxonomia e etnobotânica de Leguminosae Adans. em fragmentos florestais e

sistemas agroflorestais na Zona da Mata Mineira

Botânica estrutural, Ecologia e Sistemática. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

IBGE. Clima 2002 Clima – 1:5 000 000

ambientais/15817-clima.html?=&t=downloads

JOSE, S. Agroforestry for ecosystem services and environmental benefits:

Systems, v. 76, n. 1, p. 1–10, 2009.

KLEINERT, A. M. P.; GIANNINI, T. C. Generalist bee species on Brazilian bee Psyche, v. 2012, p. 4, 2012.

MALAGODI-BRAGA, K. et al. Sistemas agroflorestais biodiversos conservando polinizadores

Agroecologia, v. 13, n. 1, p. 4, 2018.

MANSIGH, A. Physiological classification of dormancy in insects. 983-1009, 1971.

MICHENER, C. D. The bees of the w

NEVES, M. C. et al. O sítio agroecológico da

C. (Ed.) Trajetória das ações em

Ambiente, 2017. Cap. 5. p. 95-115.

PEDRO, S. R. M.; DE CAMARGO, J. M. F. Interactions on floral resources between the

Apis mellifera L and the native bee community (

southeast Brazil. Apidologie, v. 22, n. 4, p. 397

RAMALHO, M. Stingless bees and mass flowering trees in the canopy of Atlantic Forest: a tight relationship.

Acta Botanica Brasilica, v. 18, n. 1, p. 3

REFLORA: flora do Brasil – alga, fungos e plantas. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/

SOMAVILLA, A et al., A. Diversidade de abelhas (Hymenoptera:

Mata Atlântica no Sul do Brasil. EntomoBrasilis

STRANGHETTI, V.; RANGA, N. T. Phenological aspects of flowering and fruiting at the Ecological Station of

Paulo de Faria-SP-Brazil. Tropical Ecology

<http://hdl.handle.net/11449/65342>. Acesso em: 25 jul. 2020.

YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Florística dos componentes arbóreo e arbustivo de um trecho da Floresta Estacional Semidecídua Montana, município de Pedreira, estado de São Paulo.

Revista Brasileira de Botanica, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 191

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100 Acesso em: 24 jul. 2020.

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica 01/10 a 02/10 de 2020 – Campinas, São Paulo

ISBN: 978-65-88414-00-2

Agroforestry: a refuge for tropical biodiversity? Trends in Ecology and Evolution

Pollination services decline with distance from natural habitat even in biodiversity

Journal of Applied Ecology, v. 47, n. 4, p. 810–820, 2010.

CEZARETTI, E. S. Os SAFs apoiados pelo Estado de São Paulo. In: WEBINAR SISTEMAS

AGROFLORESTAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2020, São Paulo. [Apresentações

retaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2020. https://smastr16.blob.core.windows.net/home/2020/06/semana-meio-ambiente-neide

Combining high biodiversity with high yields in tropical agroforests.

the United States of America, v. 108, n. 20, p. 8311

Taxonomia e etnobotânica de Leguminosae Adans. em fragmentos florestais e sistemas agroflorestais na Zona da Mata Mineira. 2007. 240 f. Dissertação (Mestrado)

tânica estrutural, Ecologia e Sistemática. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

1:5 000 000. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes

clima.html?=&t=downloads>. Acesso em: 26 ago.2020.

JOSE, S. Agroforestry for ecosystem services and environmental benefits: an overview. 10, 2009.

KLEINERT, A. M. P.; GIANNINI, T. C. Generalist bee species on Brazilian bee-plant interaction networks.

Sistemas agroflorestais biodiversos conservando polinizadores 2018.

MANSIGH, A. Physiological classification of dormancy in insects. The Canadian Entomol

world. 2. ed. Johns Hopkins University Press, 2007.

groecológico da Embrapa Meio Ambiente. In: URCHEI, M

Trajetória das ações em agroecologia na Embrapa Meio Ambiente.

PEDRO, S. R. M.; DE CAMARGO, J. M. F. Interactions on floral resources between the L and the native bee community (Hymenoptera: Apoidea) in a natural "

, v. 22, n. 4, p. 397-415, 1991.

RAMALHO, M. Stingless bees and mass flowering trees in the canopy of Atlantic Forest: a tight relationship. , v. 18, n. 1, p. 37–47, 2004.

alga, fungos e plantas. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 31 jul. 2020.

, A. Diversidade de abelhas (Hymenoptera: Apoidea) e visitação floral em uma área de

EntomoBrasilis, v. 11, n. 3, p. 191-200, 21 dez. 2018.

N. T. Phenological aspects of flowering and fruiting at the Ecological Station of

Tropical Ecology, v. 38, n. 2, p. 323-327, 1997. Disponível em:

<http://hdl.handle.net/11449/65342>. Acesso em: 25 jul. 2020.

YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Florística dos componentes arbóreo e arbustivo de sta Estacional Semidecídua Montana, município de Pedreira, estado de São Paulo.

, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 191-202, mar. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042005000100016&ln

Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica – CIIC 2020 Campinas, São Paulo

12 in Ecology and Evolution, v.

Pollination services decline with distance from natural habitat even in biodiversity-CEZARETTI, E. S. Os SAFs apoiados pelo Estado de São Paulo. In: WEBINAR SISTEMAS

Apresentações…]. São Paulo:

retaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2020. Disponível em: neide-_ana-1.pdf>. Acesso

Combining high biodiversity with high yields in tropical agroforests. Proceedings of the

, v. 108, n. 20, p. 8311–8316, 2011.

Taxonomia e etnobotânica de Leguminosae Adans. em fragmentos florestais e

f. Dissertação (Mestrado) – Curso de tânica estrutural, Ecologia e Sistemática. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-n overview. Agroforestry

plant interaction networks.

Sistemas agroflorestais biodiversos conservando polinizadores. Cadernos de

Entomologist, v. 103, p.

. 2. ed. Johns Hopkins University Press, 2007. 953 p.

mbiente. In: URCHEI, M. A.; CANUTO, J. . Brasília: Embrapa Meio PEDRO, S. R. M.; DE CAMARGO, J. M. F. Interactions on floral resources between the africanized honey bee ) in a natural "Cerrado" ecosystem in RAMALHO, M. Stingless bees and mass flowering trees in the canopy of Atlantic Forest: a tight relationship. : Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Apoidea) e visitação floral em uma área de

200, 21 dez. 2018.

N. T. Phenological aspects of flowering and fruiting at the Ecological Station of 327, 1997. Disponível em: YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Florística dos componentes arbóreo e arbustivo de sta Estacional Semidecídua Montana, município de Pedreira, estado de São Paulo.

ar. 2005. Disponível em: 84042005000100016&lng=en&nrm=iso>.

Referências

Documentos relacionados

2 – Se, para efeitos do disposto no n.º anterior, não for obtida a concordância do juiz de instrução criminal, o Ministério Público notifica o arguido para comparecer numa data

11 SAF Apícola: sistema agroflorestal integrando abelhas melíferas africanizadas, abelhas nativas sem ferrão, aroeira vermelha e videiras em propriedade familiar de base ecológica..

NOSSAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS EM RELAÇÃO AS ABELHAS NATIVAS SEM FERRÃO NÃO PODEM ESTAR DESATRELADAS DAS NOSSAS ATRIBUIÇÕES EM RELAÇÃO AO USO E MANEJO DA FAUNA SILVESTRE E

O ideal é tirar tanto as crias novas como as nascentes, mas muitas vezes isto não é possível porque o tronco não oferece facilidade para isto.. Retiram-se os favos

Assim como Johannes, nome usado por Kierkegaard para outros pseudônimos, é o nome latino para João, aquele discípulo que Jesus mais amava (JO 13, 23; além de ser

Por isso, o presente trabalho teve como objetivo relatar a diversidade de meliponíneos da região do município de Bambuí-Mg e observar a diminuição do número

Entre as abelhas sociais há duas outras famílias: a das mamangavas, abelhas grandes e peludas, muito antigas, que vivem no planeta Terra há mais de 100 milhões de anos,

Portanto as campeiras da caixa 1 vão entrar na caixa 3 e a caixa 1, que ficou sem rainha, eu carrego para mais de 100 metros de distância, para evitar que as abelhas dela voltem