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A D V I D ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA VITICULTURA DURIENSE CONTRIBUTO PARA PROPOSTA DE REVISÃO DO MÉTODO DE PONTUAÇÃO DAS PARCELAS

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A D V I D

A S S O C I A Ç Ã O P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O D A V I T I C U L T U R A D U R I E N S E

CONTRIBUTO PARA PROPOSTA DE REVISÃO DO

MÉTODO DE PONTUAÇÃO DAS PARCELAS

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Nota de Abertura

O Método de Pontuação das Parcelas de Vinha da Região Demarcada do Douro, vulgarmente conhecido pelo nome do seu criador, Moreira da Fonseca, é genial na sua concepção, além de absolutamente pioneiro e percursor das actuais teorias sobre zonagem vitivinícola.

Como quase tudo na vida tem os seus apoiantes, pensamos que a maioria das pessoas ligadas ao Douro e ao Vinho do Porto, mas também os seus detractores, no geral gente que defende formas mais liberais de distribuição desse “bem escasso” que é o Benefício.

Independentemente desse facto o Método Moreira da Fonseca (MMF) é património da Região Demarcada do Douro; existe e está em vigor. Hoje, 60 anos passados desde a sua criação e mais de 30 desde as últimas alterações introduzidas pelo seu autor, reclama de novo urgente revisão à luz dos conhecimentos técnicos actuais. Se isto não for feito ficará totalmente desajustado da realidade, e consequentemente injusto e ineficaz em relação à defesa e promoção da qualidade para a qual foi criado em 1947.

É justamente para essa necessária e urgente revisão que a ADVID pretende deixar aqui este seu modesto contributo.

É-nos particularmente grato fazê-lo no ano em que se comemoram os 250 anos da criação da Região Demarcada do Douro.

Trata-se apenas de uma proposta de revisão na sua vertente técnica. Intencionalmente, e de forma absolutamente clara, deixamos tudo quanto seja mais “político” e impactante para os rendimentos fundiários, como por exemplo a definição das várias classes qualitativas ou “letras” dentro das novas classificações que propomos, para o Organismo Interprofissional. É a eles e não à ADVID que compete essa função.

Sentimos no entanto que era nosso dever avançar com esta proposta de revisão; fundamentalmente porque a ADVID, pela sua própria constituição, consegue integrar o conhecimento da realidade Regional e o desenvolvimento técnico e científico com o conhecimento directo das exigências do mercado, permitindo-lhe uma visão global do negócio e da sua envolvente, sem o qual seria contraproducente a execução desta ou qualquer outra proposta de revisão técnica da MMF.

A metodologia de trabalho que seguimos encontra-se descrita na introdução geral.

Tratou-se em primeiro lugar de nos concentrarmos em tudo aquilo que hoje sabemos, não nos deixando paralisar pelo muito que ainda nos falta saber.

Em segundo lugar, conseguir juntar um grupo alargado de técnicos com conhecimentos e experiências profissionais distintas e complementares; um grupo de pessoas competentes, de espírito livre e bem intencionadas. Gente que trabalhou uma série de meses incentivados apenas pelo amor que temos a esta grande Região Vitícola.

Para mim foi um enorme privilégio ter feito parte deste grupo. Em nome da ADVID, o meu muito obrigado a todos eles.

Miguel Côrte-Real

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Índice

Nota de abertura

Introdução geral 3

1. Breve cronologia do método da pontuação 4

2. Fundamentos para a necessidade de revisão. 6

3. Pertinência do contributo da ADVID 11

4. Apresentação do método actual, conforme publicado na Portaria 413-2001 12 5. Síntese das propostas resultantes da análise ao método da pontuação 13

5.1. Localização (Secções e Sectores) 14

5.2. Altitude 17 5.3. Exposição 18 5.4. Inclinação 19 5.5. Abrigo 20 5.6. Natureza do terreno 21 5.7. Castas 21

5.7.1. Proposta de Nova Classificação das Castas Tintas 22

5.7.2. Proposta de Nova Classificação das Castas Brancas 23

5.8. Idade 24 5.9. Produtividade 24 5.10. Compasso 24 5.11. Armação 25 6. Considerandos finais 26 7. Bibliografia. 27 8. Anexos 29

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Contributo para proposta para revisão do

Método da Pontuação de Parcelas

Introdução geral

O método de pontuação das parcelas, constitui uma ferramenta da maior importância para a Região Demarcada do Douro.

Este método considera doze parâmetros que exercem influência sobre a qualidade do mosto produzido em cada uma das vinhas cadastradas da Região Demarcada do Douro, os quais têm mantido a essência da ponderação elaborada pelo seu criador em 1947 (Eng. Moreira da Fonseca), sem prejuízo de o próprio ter postulado uma eventual revisão crítica quer sobre os parâmetros, quer sobre a respectiva ponderação. Entende a ADVID, que face ao avanço do conhecimento em matéria de caracterização dos parâmetros considerados, e devido à capacidade técnica entretanto instalada na Região, importava criar mecanismos de reflexão e revisão ao “Método da Pontuação”, com o objectivo de dinamizar proactivamente a viticultura Duriense, face às alterações das práticas vitícolas e das exigências do mercado verificadas nos 60 anos entretanto decorridos.

Para o efeito, e no âmbito da missão da ADVID de contribuir para o desenvolvimento da vitivinicultura Duriense, promovendo e dinamizando a cooperação técnica entre os seus associados, foram constituídos grupos de reflexão que, sob a coordenação geral do Presidente da Direcção (Eng. Miguel Côrte-Real), reuniram durante 2006, quer em sessões restritas dos respectivos grupos, quer em reuniões plenárias, para a apresentação e discussão da evolução do respectivo trabalho . Foi assim possível contar com a colaboração de cerca de 25 técnicos da ADVID e associados, organizados em grupos, cada com a responsabilidade de reflectir sobre um grupo específico de parâmetros do método de pontuação das parcelas.

Quadro 1 - Caracterização dos grupos de trabalho

Neste documento, apresenta-se uma síntese geral do trabalho realizado, que pretende ser um contributo para uma futura revisão deste método que é já, no 60º aniversário da sua publicação, um património da Região Demarcada do Douro e da sua Denominação de Origem mais emblemática.

TEMA Geografia Condições Edáficas Práticas Culturais Fisiologia / Castas

GRUPO G1 G2 G3 G4

TEMÁTICAS Localização Altitude Exposição Inclinação da parcela Abrigo Natureza do terreno Densidade Pedregosidade Armação Castas Idade Produtividade

Fernando Alves Cristina Carlos Branca Teixeira Paulo Costa

António Graça Francisco Fevereiro Fernanda Almeida Miguel Côrte-Real

MEMBROS José Guerra José Manso Rui Soares Joaquim Fernandes

Paulo Macedo Alexandre Mariz Ana Cristina Mota Eduardo Helena

Pedro Pina Cabral Jorge Costa Mariana Brito J. M. Soares Franco

Antónia A. Cordeiro Gabriela Santos Tiago Maia J. Nicolau de Almeida

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1. Breve cronologia do método da pontuação

A 10 de Setembro de 1756, era publicado o Alvará de Instituição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. No artigo XXIX, em defesa da reputação dos vinhos de exportação produzidos nas encostas do Alto Corgo, que devem separar-se “de todos os outros vinhos dos lugares que somente os produzem capazes de se beber na terra”, determina-se a realização de um Mapa e Tombo geral das suas Costas Setentrional e Meridional do Rio Douro, no qual se demarque o território que produz os verdadeiros vinhos de carregação, tendo sido proposto também um primeiro conceito de cadastro.

A importância da demarcação Duriense revela, desde logo, a ideia moderna de “denominação de origem controlada”, incluindo a definição de limites, cadastro e classificação das parcelas. Esta primeira demarcação valorizava o Baixo Corgo na linha entre Lobrigos e Cambres. O vale do Pinhão marcava o limite oriental da zona de produção. Para Leste, até ás margens do Tua, apenas algumas quintas estavam abrangidas.

Em 1907, João Franco, apresenta uma demarcação que alargava a região até à fronteira. Esta nova área viria a ser no entanto fortemente reduzida em 1908, no governo do Almirante Ferreira do Amaral, que delimitava as freguesias em substituição dos concelhos. Em 1921, o Ministro Antão de Carvalho, introduziu pequenas alterações definindo praticamente, desde então, os limites actuais da Região, que se encontram fixados pelo Decreto Lei nº 254/98 de 11 de Agosto.

Mais tarde em 1932, é fundada a Casa do Douro, que tem como primeira missão organizar o cadastro da vinha na Região. De início a quantidade de mosto transformada em vinho generoso, vulgarmente designada por “mosto beneficiado”, não era limitado, sendo os pedidos registados pela Casa do Douro, depois de solicitados pelos viticultores. Esta situação criava arbitrariedades e dificultava o controlo, uma vez que se assistia a uma desregulação entre o “benefício” pedido e o mercado.

Em 1935, através da Portaria 8198 de 12 de Agosto, foram adoptadas normas gerais que fixavam parâmetros para proceder á distribuição de benefício, pelos viticultores que solicitavam, tendo como base critérios relacionados com a altitude e com o solo.

Ainda em 1938, a Casa do Douro, procura minimizar o problema, eliminando os pedidos de benefício para cotas abaixo de 70 m e acima de 500 m, bem como para terrenos de várzea, aluvião, ramadas e terrenos de transição.

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O método sofreu diversas actualizações, tendo sido as mais relevantes, a apresentada pelo autor em 1973, com base numa reflexão detalhada sobre cada um dos parâmetros, no qual eram colocadas diversas dúvidas e apresentadas pelo autor diversas notas, que considerava da maior importância serem revistas no futuro, numa perspectiva de actualização contínua da metodologia então apresentada. Mais recentemente, em 2001, o método foi publicado em Diário da República, com alguns ajustamentos entretanto introduzidos na Portaria nº 413-2001 de 18 de Abril e rectificações na Declaração de Rectificação nº10-F de 30 de Abril de 2001.

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2. Fundamentos para a necessidade de revisão.

O método apresentado, além de pioneiro e consubstanciar o primeiro modelo de uma verdadeira zonagem vitícola, é consensualmente considerado genial na concepção, quer pela ponderação dos parâmetros utilizados, quer pela incorporação de um profundo conhecimento da realidade da produção regional, só possível, por uma forte presença no terreno do autor do método. No entanto, e tal como sempre por ele postulado, os diversos parâmetros e a sua ponderação necessitariam de revisão contínua, à luz do avanço dos conhecimentos técnicos e científicos.

Quando se realiza o exercício de analisar o método, verifica-se que as condições existentes à época da sua elaboração, se modificaram até à actualidade, nomeadamente:

- na área de vinha plantada, com variações importantes, nas diferentes sub-Regiões, apresentando actualmente 45.106 ha de vinha, com um aumento significativo da área plantada no Cima Corgo e Douro Superior, observando-se que a vinha da sua localização original, expandiu-se também para cotas mais elevadas. ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! Mêda Murça Alijó Lamego Armamar Tabuaço M. Frio Sabrosa P. Régua Vila Real Vila Flor C. Ansiães F. E. Cinta T. Moncorvo V. N. Foz-Côa S. J. Pesqueira S. M. Penaguião 0 5 10 20 30 Km ! RDD - Sub Regiões Baixo Corgo Cima Corgo Douro Superior Mancha de vinha* Rios principais Sede de Concelho

Fig 1. Representação gráfica das três Sub-Regiões e mancha de vinha (Carta Land Corine Cover 2000).

0 50 100 150 200 250 C C C C C C C C C C C C C S ∆ Área 1982-2005 A.Vinha / A.Geográfica % %

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- na componente climática, que à época de elaboração do método apresentava uma matriz semelhante à estruturação das diferentes secções, observando-se que o padrão da distribuição da precipitação acompanhava de forma natural o acentuar da diminuição da influência atlântica. Este modelo de distribuição não se observava de forma tão vincada na temperatura, quer nas médias, quer nas máximas (médias da máxima em Agosto), uma vez que esta é fortemente influenciada, por factores meso e micro climáticos, que derivam do relevo do terreno. O peso desta componente no parâmetro localização é determinante para a classificação final das parcelas.

0 5 10 20 30 Km Secções 1ª Secção 2ª Secção 3ª Secção 4ª Secção 5ª Secção Rios principais

Fig. 3 – Delimitação geográfica das Secções segundo o método de classificação das parcelas. Nota: pela dificuldade de precisar com rigor os limites de sectores e secções, a representação da delimitação foi realizada, com base na interpretação ao nível da freguesia, considerando-se nos casos de fronteira a maior % da área dentro de uma localização.

0 5 10 20 30

Km

Precipitação Média Anual

Entre 1200 e 1400 mm Entre 1000 e 1200 mm Entre 800 e 1000 mm Entre 700 e 800 mm Entre 600 e 700 mm Entre 500 e 600 mm Entre 400 e 500 mm Inferior a 400 mm Rios principais

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! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! Mêda Chãs Urrós Régua Murç a Barrô Alijó Sendim Pinhão M.Frio Fontes Barcos Vesúvio Sabros a Poi ares Poci nho Fontelo Folgosa Chavães Cedov im Cambres St Comba Riodades Pereiros Muxagata Moncorvo F. Numão Es calhão Ervedosa Desejosa Cumieira Celeirós Brunheda B.d´Alva Almendra V. Maçada V. Seca P V. Seca A Vi la Real Vila Nova Vila Flor Pesqueira S. Cibrão

St. Marta Provezend Ribalonga

F.E Cinta Castanhei Carrazeda Britiande Barqueiro Aldeia de 32 30 32 29 33 35 36 32 28 31 33 32 34 32 31 32 37 32 30 30 35 33 33 34 33 31 30 30 32 34 29 29 32 31 31 33 29 30 33 32 27 30 33 36 31 33 33 31 36 35 29 29 0 5 10 20 30 Km

Temperatura Média Anual

Entre 10.0 e 12.5 C Entre 12.5 e 15.0 C Entre 15.0 e 16.0 C Temp (Méd.Máx) - Agosto Rios principais !

Fig. 5 - Distribuição da temperatura média anual na RDD, com base na série da média de 1931-1960 e representação geográfica

da média da temperatura máxima no mês de Agosto (dados da série de 1931-1960)

Na questão climática, é importante considerar a tendência, que tem vindo a ser relevada no quadro das alterações a nível mundial, de importante aumento das temperaturas médias. O gráfico que a seguir se inclui (Fig. 6) mostra a sua evolução durante o ciclo vegetativo (T Mar-Set) e todo o ano (T Anual), podendo-se reconhecer uma clara tendência ascendente, que é mais acentuada se apenas considerarmos o período do ciclo vegetativo.

T Anual = 0.0467x - 76.937 R2 = 0.4352 T Mar-Set = 0.0665x - 112.94 R2 = 0.6026 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 1967 1972 1977 1982 1987 1992 1997 2002 2007 Anos Temperatura médi a

Fig. 6 - Tendência de evolução da temperatura média anual na RDD (posto climático da Régua). ADVID, 2006

- no aparecimento de novas ferramentas de trabalho. A utilização de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), permitem hoje retirar subjectividade ao método e torná-lo mais preciso sendo real e já testada para alguns parâmetros a possibilidade da sua utilização.

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Fig. 7 – Exemplo de representação gráfica do modelo digital do terreno. Interpolação da altimetria com recurso a SIG

- numa alteração da ponderação relativa dos volumes de venda dos diversos tipos de Vinhos do Porto (mix), com o mercado a registar uma maior tendência de crescimento das categorias especiais. - no crescente sucesso comercial da denominação de origem Douro, com cerca de 68 M€ de volume de negócios em 2005, que tem igualmente influenciado as opções vitícolas da Região.

- numa importante evolução no domínio das técnicas vitícolas, nomeadamente:

. ao nível da armação e sistematização do terreno, sobretudo a partir da década de 80, com a introdução dos novos sistemas de implantação (patamares, de dois e um bardo e vinha ao alto), com implicação na orientação dos bardos;

. na alteração do compasso tradicional;

. na utilização de material vegetativo oriundo da selecção massal e clonal, com ganhos de qualidade e produção;

. na plantação das castas em parcelas extremes de acordo com a sua melhor adaptação a cada local. 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Baixo-Corgo Cima-Corgo Douro Superior RDD

Socalcos Pré-Filoxera Socalcos Pós-Filoxera Patamares Vinha ao alto Sem armação

Fig. 8- Distribuição das formas de armação do terreno na RDD e por Sub-Região. Fonte DCV/IVV 2003. Fonte: Santos e

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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 Tinta Carvalha Touriga Nacional Malvasia Preta Malvasia Rei Rabigato Malvasia Fina Mourisco Tinta Amarela Códega Tinta Barroca Tinta Roriz Touriga Francesa %

Fig. 9 - Encepamento da RDD- castas com representação superior a 2%. Fonte: Casa do Douro 2004.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 A no s P ipa s (x1000)

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3. Pertinência do contributo da ADVID

A ADVID, desempenha desde há 25 anos trabalhos no domínio das técnicas vitícolas, promovendo investigação e experimentação, em parceria com um conjunto alargado de instituições e contando com a estreita colaboração dos seus associados no apoio e realização dos diferentes trabalhos.

A actividade desenvolvida, permitiu ao longo destes anos, acumular conhecimento prático, mas frequentemente sustentado, sobre o comportamento da vinha na Região Demarcada do Douro, necessário para o suporte de uma reflexão critica sobre o método da pontuação das parcelas.

Importa também referir que, actualmente a Associação, com cerca de 200 associados, proprietários de uma área de aproximadamente 5.100 ha, representando 12% do total da área vitícola, está presente ao longo de toda a região, desde o Baixo Corgo até ao Douro Superior.

Fig.11 - Representação gráfica ao nível da freguesia da presença de associados (a encarnado) da ADVID na RDD.

A ADVID, a par da actividade desenvolvida, procura de forma sistemática, constituir-se como estrutura de ligação entre as entidades produtoras de conhecimento (Universidades e Centros de Investigação) e o utilizador final (viticultor), divulgando e adaptando para a Região, as técnicas e procedimentos mais adequados ao desenvolvimento qualitativo da produção vitícola.

Por outro lado, a estreita ligação da associação e respectivo quadro técnico permanente, com os técnicos dos seus associados, permite reunir um universo de competências que constitui uma grande mais-valia para a Região. De facto, a ADVID consegue integrar o conhecimento da realidade regional e o desenvolvimento técnico / científico com o conhecimento directo das exigências de mercado, permitindo-lhe uma visão global do negócio e da sua envolvente, sem o qual seria contraproducente a execução desta ou de qualquer outra proposta de revisão do MMF.

Referência ainda, para o facto do exercício, segundo um modelo de grupos de trabalho e reuniões plenárias inter-grupos, ter permitido promover sinergias no conhecimento e interpretação do método, sistematizando de forma eficiente o conhecimento multi-disciplinar sobre a RDD.

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4. Apresentação do método actual, conforme publicado na Portaria 413-2001

Neste capítulo, apresenta-se o método actual com a respectiva pontuação para cada parâmetro.

Da análise dos quadros seguintes, ressalta a importância atribuída ao parâmetro localização, bem como ao facto dos parâmetros relacionados com os aspectos climáticos e geográficos apresentarem no seu conjunto uma ponderação de quase 63% da totalidade da pontuação máxima possível (Quadro 2). O resultado da classificação atribuída á parcela, através da soma das pontuações de cada um dos parâmetros, permite hierarquizá-las de acordo com o seu potencial qualitativo, classificado com letras de A a I. Esta classificação é utilizada para efeitos da distribuição da autorização da produção de mosto generoso. Actualmente, esta autorização apenas é concedida até á letra F (Quadro 3).

Quadro 2 – Valores máximos e mínimos dos parâmetros e ponderação geral por grupos

Parâmetro Min. Max % total* % grupo

Localização -50 600 34,1 Altitude -900 240 13,6 Exposição -30 100 5,7 Inclinação da parcela 1 101 5,7 Abrigo 0 60 3,4 62,5 Co m pon en te Geo-c lim a Natureza do terreno -400 100 5,7 Pedregosidade 0 80 4,5 10,2 Component e Solo Castas -150 150 8,5 Idade da vinha 0 60 3,4 Produtividade 0 120 6,8 Compasso 0 50 2,8 Armação 0 100 5,7 27,3 Co m pon en te Prátic as Cult ura is TOTAL -1529 1761 100

*Sobre o valor máximo

Quadro 3 – Valores mínimos e máximos de cada uma das letras. Situação actual

Letra Min Max

A >1200

B 1001 1200

C 801 1000

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5. Síntese das propostas resultantes da análise ao método da pontuação

Neste capítulo, apresentamos de uma forma sucinta os resultados da reflexão e análise de cada um dos parâmetros do método da pontuação. Para cada parâmetro, apresenta-se a tabela actual, a alteração proposta e a justificação da mesma.

Quadro 4 - Síntese do método, situação actual e comparação com proposta

ACTUAL PROPOSTA

PARÂMETRO Min % Total Max % Total % Grupo Min % Total Max % Total % Grupo

Localização -50 3% 600 34% -70 3.5% 500 25.0% Altitude -900 59% 240 14% -1000 50.0% 240 12.0% Exposição -30 2% 100 6% -30 1.5% 100 5.0% Inclinação da parcela 1 0% 101 6% 0 0.0% 100 5.0% Abrigo 0 60 3% 63% 0 0.0% 60 3.0% 50.0% Natureza do terreno -400 26% 100 6% -400 20.0% 180 9.0% 9.0% Pedregosidade 0 80 5% 10% Castas -150 10% 150 9% -500 25.0% 470 23.5% Idade da vinha 0 60 3% 0 0.0% 200 10.0% Produtividade 0 120 7% Compasso 0 50 3% 0 0.0% 50 2.5% Armação 0 100 6% 27% 0 0.0% 100 5.0% 41.0% TOTAL -1 529 100% 1 761 100% 100% -2 000 100% 2 000 100% 100%

Da análise do quadro anterior, podemos constatar que, em termos gerais, o resultado da nossa reflexão causa sobretudo uma diminuição do peso do parâmetro localização e um acréscimo significativo do parâmetro casta, a par de uma majoração da componente práticas culturais, que resulta com ponderação equilibrada com a componente geo-climática.

Importa referir, perante a comparação geral das alterações propostas, que o ganho dos parâmetros culturais é superior à perda dos parâmetros geo-climáticos, o que foi conseguido alargando a amplitude entre as pontuações máximas e mínimas absolutas. Este acréscimo de majoração dos factores culturais, parece oportuno, dada a evolução a que assistimos no domínio das técnicas culturais, com destaque para as castas, instalação da vinha, sistemas de condução e conhecimento da resposta qualitativa dos encepamentos em função da idade.

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5.1. Localização (Secções e Sectores)

Pontuação Actual Secções e sectores

Máxima Média Mínima

Pontuação Proposta

1.ª secção

Sector único Moura Morta, Sedielos, Vinhós, Louredo e das freguesias de Medrões e Fontes às encostas de águas vertentes ao rio Sermanha 60 30 0 -40

2.ª secção

1.º sector Barrô até ao rio Cabril, na freguesia de Penajóia 60 50 40 -20 2.º sector do rio Cabril ao ribeiro do Mogo (limite das freguesias de Penajóia a Samodães) 100 80 60 10 3.º sector do ribeiro do Mogo ao ribeiro das Barrôjas (limite das freguesias de Samodães e Cambres) 150 120 90 50 4.º sector do ribeiro das Barrôjas ao ribeiro do Chorão (ribeiro que corre ao sul da Casa da Corredoura), ribeiro do Seixo ou de Quintião, rios Varosa e Douro 200 170 140 110

5.º sector entre os ribeiros do Chorão e Arteiros 60 50 40 -20

6.º sector entre o ribeiro de Arteiros e Seixo ou Quintião, rio Varosa, represa das Águas Mestras e o ribeiro dos Macacos ou Souto Covo 130 110 90 40 7.º sector do ribeiro dos Macacos ou Souto Covo ao rio Varosa (ficando Balsemão incluído) 100 80 60 10

8.º sector do rio Varosa ao Vilar 250 220 190 160

9.º sector de Barqueiros ao rio Sermanha 160 130 100 60

10.º sector do rio Sermanha à ribeira do Rodo 210 180 150 120

11.º sector da ribeira do Rodo à foz do rio Corgo 280 240 200 180

Rio Corgo

Margem direita

12.º sector da foz do rio Corgo ao rio Banduge 260 230 200 170

13.º sector do rio Banduge ao rio Sordo 220 170 120 110

14.º sector ao norte do rio Sordo 100 50 0 -20

Margem esquerda

15.º sector da foz do rio Corgo à ribeira da Osória 260 230 200 170

16.º sector da ribeira da Osória a Folhadela 220 170 120 110

17.º sector ao norte de Folhadela 100 50 0 -20

Rio Tanha

18.º sector da foz do rio Tanha às Escábedas 260 230 200 170

19.º sector das Escábedas às povoações de Nogueira e Tanha 210 180 150 120

20.º sector de Nogueira e Tanha à ponte de Abaças 160 110 60 40

Ribeiro de Paúlos

21.º sector da ponte do caminho de ferro à passagem do caminho de Sabroso para a Raivosa 120 80 40 10 22.º sector a montante da passagem do caminho de Sabroso para a Raivosa 40 0 -40 -70

Rio Aguilhão ou Banduge

23.º sector da foz à ponte de Banduge 220 180 140 120

24.º sector da ponte de Banduge à foz do ribeiro das Cortiçadas 150 110 70 40

25.º sector a montante do ribeiro das Cortiçadas 80 40 0 -30

Ribeiro das Cortiçadas

28.º sector da foz do ribeiro das Cortiçadas à ponte da estrada de Mafómedes-Fornelos 130 90 50 20 27.º sector a montante da ponte da estrada de Mafómedes-Fornelos 50 0 -50 -70

3.ª secção

1.º sector do Vilar ao rio Temilobos 320 280 240 220

1.º subsector da foz de Temilobos, através das vertentes do São Joaninho e Vacalar, à Quinta do Ramuzeiro 320 290 260 230 2.º subsector da Quinta do Ramuzeiro à Quinta do Candoso 260 220 180 160

3.º subsector da Quinta do Candoso ao Torgal 180 140 100 80

4.º subsector a montante do Torgal 100 60 20 -10

2.º sector do rio Temilobos ao rio Tedo 390 350 310 290

3.º sector da foz do rio Corgo a Murças (foz do ribeiro de Covelinhas) 360 310 260 250 4.º sector da foz do ribeiro de Covelinhas à foz do rio Ceira 460 410 360 350

(16)

Pontuação Actual Secções e sectores

Máxima Média Mínima

Pontuação Proposta

3.ª secção (continuação)

Margem esquerda

7.º sector da foz do ribeiro de Covelinhas ao Rossaio 300 250 200 190

8.º sector a montante do Rossaio 200 150 100 90

Rio Ceira

Margem direita

9.º sector da foz do rio Ceira ao ribeiro que corre junto e ao sul das Paradeitas 420 370 320 310 10.º sector do ribeiro das Paradeitas ao ribeiro das Lavandeiras 330 280 230 220 11.º sector do ribeiro das Lavandeiras à Capela de São Jerónimo 240 190 140 130

12.º sector da Capela de São Jerónimo às Quedas 150 100 50 30

13.º sector a montante das Quedas 50 0 -50 -70

Margem esquerda

14.º sector da Foz-Ceira a Gouvinhas 420 370 320 310

15.º sector de Gouvinhas ao ribeiro do Poio 330 280 230 220

16.º sector do ribeiro do Poio aos Cortiços 240 190 140 130

17.º sector dos Cortiços às Quedas 150 100 50 30

18.º sector a montante das Quedas 50 0 -50 -70

4.ª secção

1.º sector do rio Tedo ao rio Távora 500 450 400 400

2.º sector do rio Távora ao Saião 600 550 500 500

3.º sector da foz do rio Ceira ao Saião 600 550 500 500

Rio Tedo

4.º sector da foz do rio Tedo à confluência com o ribeiro do Gato 320 270 220 210

5.º sector da foz do ribeiro do Gato às Poldras 230 180 130 120

6.º sector das Poldras à ponte de Santo Adrião Santa Leocádia 140 90 40 20 7.º sector a montante da ponte de Santo Adrião Santa Leocádia 50 0 -50 -70

Rio Távora

8.º sector da foz do rio Távora ao rio Bom (ribeiro ao Vale que desce de Tabuaço) 420 370 320 310

9.º sector do rio Bom à Quinta das Herédias 330 280 230 220

10.º sector a montante da Quinta das Herédias 230 190 150 130

Rio Torto

11.º sector da foz do rio Torto à Ponte Nova 550 500 450 450

12.º sector da Ponte Nova à Soalheira 470 420 370 370

13.º sector da Soalheira ao caminho do Chouriço (que vai de Espinho a Vázeas) 390 340 290 280

14.º sector a montante de Rebentão 310 260 210 200

Ribeira do Caêdo

15.º sector da foz do ribeiro do Caêdo (Vau) até à casa do Tavares 450 400 350 340

16.º sector a montante da casa do Tavares 350 300 250 240

Rio Pinhão

Margem direita

17.º sector da foz do rio Pinhão ao ribeiro das Pias 550 500 450 450

18.º sector do ribeiro das Pias ao ribeiro dos Lameirinhos 470 420 370 370 19.º sector do ribeiro dos Lameirinhos ao ribeiro dos Levados 410 360 310 300 20.º sector do ribeiro dos Levados ao ribeiro dos Cubos 320 270 220 210

21.º sector a norte do ribeiro dos Cubos 230 180 130 120

Margem esquerda

22.º sector da foz do rio Pinhão aos Conqueiros 550 500 450 450

23.º sector dos Conqueiros ao ribeiro de São Jorge 470 420 370 370

24.º sector do ribeiro de São Jorge ao ribeiro da Peladosa 390 340 290 280 25.º sector do ribeiro da Peladosa ao ribeiro de Agrelos 310 260 210 200

(17)

Pontuação Actual Secções e sectores

Máxima Média Mínima

Pontuação Proposta

4.ª secção (continuação)

Rio Tua

27.º sector da foz do rio Tua ao ribeiro de São Mamede 450 400 350 340

28.º sector do ribeiro de São Mamede ao ribeiro dos Vieiros 350 300 250 240

29.º sector do ribeiro dos Vieiros ao Cachão 250 200 150 140

30.º sector a montante do Cachão 150 100 50 30

Rio Tinhela

31.º sector Porrais e Sobreira 350 300 250 240

32.º sector Candedo e Martim 260 210 160 150

33.º sector Noura a Santa Eugénia 180 130 80 60

34.º sector Pegarinhos, Murça e Sobredo 100 60 20 -10

35.º sector Custoias e Numão 400 350 300 290

36.º sector Seixas,Mós, Santo Amaro e Murça do Douro 340 310 280 250

37.º sector Cedovim, Horta, Sebadelhe, Touça e Freixo de Numão 300 260 220 200

38.º sector Poço do Canto e Fontelonga 220 180 140 120

5.a secção

1.º sector do Saião à Barca d’Alva 450 400 350 340

Rio Sabor

2.º sector da foz do rio Sabor à foz da ribeira da Vilariça 350 300 250 240

3.º sector da foz da ribeira da Vilariça à Junqueira 300 250 200 190

4.º sector a montante da Junqueira 250 200 150 140

Região de Freixo de Espada à Cinta

5.º sector encostas vertentes ao rio Douro até ao Zom 460 420 380 370

6.º sector a nível superior ao Zom 400 350 300 290

Região de Ligares

7.º sector junto ao rio Douro 460 420 380 370

8.º sector restante 400 350 300 290

Regiao de Poiares

9.º sector junto ao rio Douro 460 420 380 370

10.º sector restante 400 350 300 290

Região de Foz Côa

11.º sector junto ao rio Douro 450 400 350 340

12.º sector do Pocinho aos Trinta 340 300 260 240

13.º sector dos Trinta à Amêndoa 280 240 200 180

14.º sector a montante da Amêndoa 220 180 140 120

Propõe-se:

i. aumentar ligeiramente a amplitude entre mínimo e máximo absoluto do parâmetro, reduzindo a

ponderação deste parâmetro;

ii. manter a definição das Secções e Sectores inalterada: a diferenciação postulada em 1947 pelo

Engº Moreira da Fonseca é hoje ainda válida, à face dos conhecimentos existentes;

iii. substituir o intervalo de pontuação atribuído a cada sector por um valor único aplicável a todas

as parcelas de vinha nele contidas: não existe no método nenhuma referência sobre como aplicar os valores do intervalo a uma dada parcela. A nossa proposta permite objectivar a

(18)

iv. definir os limites geográficos dos sectores e das secções com recurso à geo-referenciação (GPS

e SIG) e publicar um mapa : as referências utilizadas actualmente para a definição destes limites são os mesmos indicados pelo Engº Moreira da Fonseca há 60 anos. Alguns não são imutáveis (por ex.: Casa do Tavares, ponte da estrada de Mafómedes-Fornelos, Quinta da Bogalheira, etc.), podendo ser causa de confusões. A geo-referenciação é uma ferramenta objectiva e perene;

v. refazer a tabela actual, usando um processamento matemático em duas iterações (ver Quadro ): a. Determinar o valor médio do intervalo actual;

b. Re-escalonar em função da nova amplitude entre mínimo e máximo;

5.2. Altitude

Pontuação Actual Pontuação Proposta *

(por secções, com a altitude escalonada de 25m em 25m) (por secções, com a altitude escalonada de 25m em 25m)

Cotas (metros) 1a Secção 2 a Secção 3. a

Secção 4.ª e 5.ª Secção Secção 1.ª Secção 2.ª Secção 3.ª 4.ª e 5.ª Secção

Até 150 150 180 210 240 140 180 210 240 De 151 a 175 125 155 185 215 120 160 190 220 De 176 a 200 100 130 160 190 100 140 170 200 De 201 a 225 75 105 135 165 80 120 150 180 De 226 a 250 50 80 110 140 60 100 130 160 De 251 a 275 25 55 85 115 40 80 110 140 De 276 a 300 0 30 60 90 20 60 90 120 De 301 a 325 -25 5 35 65 -20 20 50 80 De 326 a 350 -50 -20 10 40 -60 -20 10 40 De 351 a 375 -75 -45 -15 15 -100 -60 -30 0 De 376 a 400 -100 -70 -40 -10 -160 -120 -90 -60 De 401 a 425 -125 -95 -65 -35 -220 -180 -150 -120 De 426 a 450 -150 -120 -90 -60 -300 -260 -230 -200 De 451 a 475 -200 -170 -140 -110 -380 -340 -310 -280 De 476 a 500 -250 -220 -190 -160 -480 -440 -410 -380 De 501 a 525 -300 -270 -240 -210 -580 -540 -510 -480 De 526 a 550 -350 -320 -290 -260 -700 -660 -630 -600 De 551 a 575 -450 -420 -390 -360 -820 -780 -750 -720 De 576 a 600 -550 -520 -490 -460 -1000 -960 -930 -900 De 601 a 625 -650 -620 -590 -560 De 626 a 650 -750 -720 -690 -660

DO Porto admissível apenas para parcelas constituídas exclusivamente por castas brancas

Mais de 650 -900 -870 -840 -810 Não admissível para DO Porto

* Não aplicável a parcelas constituídas exclusivamente por castas brancas, as quais terão pontuação 0, independentemente da altitude.

Propõe-se:

i. limitar a admissibilidade à Denominação de Origem Porto até 600 metros: Até 1947, este limite

existia nos 500 metros. Desde 1947, passou a não haver limite, apenas uma penalização máxima acima dos 650 metros, o que não é defensável em termos de qualidade. Considerando as modernas práticas culturais e a cultura de parcelas em castas extremes, entendemos que a

(19)

DO Porto terá que ter um limite máximo em termos de altitude, mas este poderá ser colocado nos 600 metros;

ii. criar um regime especial para as parcelas constituídas em exclusivo por castas brancas,

nomeadamente, limitar a sua admissibilidade à DO Porto nos 650 metros e não aplicar a tabela de pontuação, atribuindo-lhes um valor de 0 (zero) pontos neste parâmetro: o panorama comercial dos vinhos do Porto brancos mostra existir mercado para estilos muito diferentes, desde a dominância de caracteres sensoriais obtidos por envelhecimento prolongado (necessitando de uvas mais concentradas e, por isso, provenientes sobretudo de cotas mais baixas), àqueles apresentando características de elegância e frescura semelhantes às dos vinhos não licorosos (necessitando de uvas com maturações mais equilibradas, apenas existentes nas cotas mais altas da região). A altitude é assim, para os vinhos brancos, um factor de diferenciação de estilo e não de qualidade, pelo que não faz sentido diferenciar as parcelas de castas brancas com base neste parâmetro. Por outro lado, nas cotas acima dos 300 metros, menos favoráveis à qualidade dos Portos tintos e, por isso mesmo, penalizadas neste parâmetro, esta proposta oferece uma oportunidade de rentabilização vitícola concordante com o mercado;

iii. refazer a tabela actual aplicando o limite nos 600 metros, mantendo a fronteira entre bonificação

e penalização nos 300 metros e usando critérios equivalentes aos actuais na distribuição dos pontos entre incrementos de 25m de altitude nas cotas e entre as 5 secções.

5.3. Exposição

Exposições Secções

N NNE NE ENE E ESE SE SSE S SSO SO OSO O ONO NO NNO 1.a Secção -30 -26 -22 -18 -15 -8 -2 4 10 6 2 -1 -5 -11 -17 -23 2.a Secção -10 3 15 20 25 35 45 52 60 57 55 50 45 37 30 10 3.a Secção 30 32 35 40 45 57 70 80 90 85 80 75 70 60 50 40 4.a Secção 60 62 65 67 70 77 85 92 100 97 95 93 90 82 75 67 Pontuação Actual 5.a Secção 40 42 45 47 50 60 70 80 90 85 80 75 70 62 55 47 1.a Secção -30 -26 -22 -18 -15 -8 -2 4 10 6 2 -1 -5 -11 -17 -23 2.a Secção -10 3 15 20 25 35 45 52 60 57 55 50 45 37 30 10 3.a Secção 30 32 35 40 45 57 70 80 90 85 80 75 70 60 50 40 4.a Secção 70 77 85 92 100 97 95 93 90 82 75 67 60 62 65 67 Pontuação Propost a 5.a Secção 50 60 70 80 90 85 80 75 70 62 55 47 40 42 45 47 Propõe-se:

(20)

parar, dando origem a uvas com aptidão enológica de menor qualidade. As exposições opostas são, desta forma, nas mesmas secções, mais favoráveis à produção de melhor qualidade.

5.4. Inclinação Inclinação Percentagem Graus

Pontuação

actual Pontuação proposta

2 1 1 3 2 2 5 3 3 7 4 4 9 5 5 0 11 6 6 12 7 7 14 8 8 16 9 9 18 10 10 19 11 12 25 21 12 15 23 13 18 25 14 21 27 15 24 29 16 27 50 31 17 30 32 18 33 34 19 36 36 20 39 38 21 42 40 22 45 75 42 23 48 45 24 51 47 25 55 49 26 59 51 27 63 53 28 67 55 29 71 58 30 76 60 31 81 62 32 86 65 33 91 67 34 96 70 35 101 100 Propõe-se:

i. Indexar a pontuação de forma discreta a intervalos de inclinação com amplitudes de 10%: a

precisão de 1% é excessiva face ao efeito prático deste parâmetro;

ii. Colocar a pontuação máxima acima dos 40%: actualmente, por critérios de ordem paisagística e

de controlo da erosão na encosta, a instalação da vinha está condicionada legalmente para declives superiores a 50% (Despacho Conjunto n.º 473/2004 de 30 de Julho), pelo que não faz sentido atribuir uma melhor classificação a declives superiores a estes. Por outro lado

(21)

entendemos não se justificar o aumento da valorização deste parâmetro, por a inclinação da encosta, tal como a exposição, terem sobretudo importância relevante para regiões vitícolas que apresentam défice de disponibilidade de energia solar, favorecendo-se por isso a maior inclinação da encosta.

5.5. Abrigo

Vinhas Pontuação actual Pontuação proposta

Muito abrigadas 60 60

Abrigadas 30 30

Pouco ou nada abrigadas 0 0

Propõe-se:

i. Objectivar a classificação das parcelas em termos da protecção face à radiação solar, com

recurso a ferramentas SIG:

a. Pouco ou nada abrigadas: incidência directa dos raios solares em mais de 75% da

parcela às 16:00 no solstício de Verão;

b. Abrigadas: incidência directa dos raios solares numa área compreendida entre 25 e

75% da parcela às 16:00 no solstício de Verão;

c. Muito abrigadas: incidência directa dos raios solares no máximo de 25% da parcela às

16:00 no solstício de Verão.

O abrigo, constitui um parâmetro onde é difícil ao classificador, produzir uma avaliação objectiva da situação da parcela. Deste modo, a proposta apresentada para este parâmetro vai no sentido de a sua classificação ocorrer com recurso a ferramentas de informação geográfica (SIG), com capacidade para pontuar de forma criteriosa as diferentes situações encontradas dentro de cada sector, retirando a subjectividade da apreciação.

Por outro lado o conceito de abrigo foi equacionado pelo Engº Moreira da Fonseca em termos de protecção face aos ventos Norte. No entanto, a incidência dominantes destes ventos ocorre sobretudo em épocas anteriores à frutificação e maturação, sendo discutível o seu efeito sobre a qualidade. Contudo, existe uma coincidência entre os locais abrigados do vento Noroeste (no caso do vale do Douro, o vento dominante, por causa da orografia do vale) e os locais ensombrados mais cedo no período estival: as encostas de exposição Este. Somos de opinião

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fomentando em dias de forte solicitação evaporativa da atmosfera, condições para um funcionamento fotossintético sem limitações.

5.6. Natureza do terreno

Pontuação actual Pontuação proposta

Natureza do terreno

Positivos Negativos Positivos Negativos

Xistosa 100 180

Transição 100 100

Granítica 250 250

Fundos férteis e inundáveis 400 400

Propõe-se:

i. Juntar os parâmetros Natureza do terreno e Pedregosidade num só, adicionando 80 pontos à

natureza do terreno “Xistosa”: estes parâmetros, dependem essencialmente da natureza da rocha mãe que dá origem ao solo da parcela, bem como da respectiva evolução. Propõe-se que a sua classificação ocorra, com recurso a cartas de solos e geológicas. Se as actuais não possuírem escala suficiente para obter a resolução necessária, será essencial realizar uma nova carta geológica da região, com a resolução necessária, que passará a servir de referência. Como a natureza do terreno, vai dar origem a diferentes níveis de pedregosidade, considera-se que a esta deva ser adicionada a pontuação atribuída à pedregosidade. Considera-se ainda necessário introduzir uma definição precisa de “solo de transição”.

5.7. Castas Castas

(Ver Anexo 1)

Pontuação

actual (Ver tabelas 5.7.1 e 5.7.2) Castas

Pontuação proposta

Recomendadas muito boas 150 Max 350

Recomendadas boas 75

Recomendadas

(Acresce uma pontuação de 120 pontos para as parcelas com encepamentos da

casta Touriga Nacional.) Min 250

Autorizadas muito boas 150 Max 0

Autorizadas boas 75 Autorizadas Min -150

Autorizadas regulares 0

Autorizadas medíocres -75

Autorizadas más -150

Não Recomendadas -500

Propõe-se:

i. Aumentar a amplitude de pontuação, colocando a bonificação máxima nos 350 pontos e a

penalização máxima nos 500 pontos negativos, o que aumenta a ponderação das castas na classificação final: considerando que o Vinho do Porto é um vinho de lote, o Engº Moreira da Fonseca quando avaliava a qualidade dos vinhos produzidos de uma parcela, avaliava o potencial qualitativo de um conjunto de castas e não de uma única casta, conforme se

(23)

depreende da leitura do seu trabalho. Actualmente, fruto de trabalhos realizados e da experiência adquirida, durante mais de 20 anos, na utilização enológica das castas individuais , foi adquirido um maior conhecimento sobre as suas potencialidades e adaptação a determinadas condições edafo-climáticas;

ii. Dar uma pontuação extra à casta Touriga Nacional: actualmente o encepamento da região em

Touriga Nacional, não excede os 2,5% (cf. Fig. 9). Dada a extrema aptidão enológica para a produção de vinhos do Porto de alta qualidade, propõe-se um bónus de pontuação como incentivo ao aumento da sua representatividade nas vinhas da região;

iii. Alterar a tabela da pontuação das castas (cf. Anexo 1): não parece fazer sentido que o método

actualmente refira “autorizadas medíocre e más”, mas sim apenas “não recomendadas”. Deste modo seriam de excluir as sub-referências «muito boas», «boas», «regulares», «medíocres» e «más», criando-se uma nova referência «não recomendadas». A classificação das castas e respectiva pontuação reflecte igualmente o conhecimento actual sobre a aptidão enológica para a produção de Vinho do Porto das diversas castas.

5.7.1 - Proposta de Nova Classificação das Castas Tintas

RECOMENDADAS AUTORIZADAS RECOMENDADAS NÃO

350 250 0 -150 -500

Pontuação

Touriga Nacional * Bastardo Alicante Bouschet Cornifesto Alvarelhão-Ceitão

Tinta Roriz Sousão Donzelinho Tinto Moreto Alvarelhão

Tinto Cão Tinta Amarela Malvasia Preta Tinta Carvalha Aramon

Touriga Franca Tinta Barroca Mourisco de Semente Tinto Bastardinha Baga

Tinta Francisca Mourisco Tinto Touriga Fêmea Carignan

Rufete Carrega-Tinto

Tinta da Barca Casculho

Castelã Castelão Cidadelhe Concieira Engomada Espadeiro Gonçalo-Pires Grand-Noir Grangeal Jean Lourela Malandra Melra Mondet Nevoeira TINTAS

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Português-Azul Preto-Martinho Roseira Santareno São-Saul Sevilhão

Tinta sem Nome

Tinta-Aguiar Tinta-Fontes Tinta-Lameira Tinta-Martins Tinta-Mesquita Tinta-Penajóia Tinta-Pereira Tinta-Pomar Tinta-Tabuaço Valdosa Varejoa

Acresce uma pontuação de 120 pontos para as parcelas com encepamentos da casta Touriga Nacional

5.7.2 - Proposta de Nova Classificação das Castas Brancas

GRUPO RECOMENDADAS AUTORIZADAS RECOMENDADAS NÃO

Pontuação 350 250 0 -150 -500

Viosinho Malvasia Fina Bical Samarrinho Alvarelhão-Branco

Arinto Síria Donzelinho-Branco Vital Avesso

Gouveio-Real Folgasão Barreto

Codega do Larinho Gouveio Batoca

Fernão Pires Gouveio-Estimado Branco-Especial

Moscatel Galego Sercial Branco-Guimarães

Rabigato Cecial Caramela

Verdelho Semillon Carrega-Branco

Chasselas Diagalves Dona-Branca Estreito-Macio Jampal Malvasia-Parda Malvasia-Rei Moscadet Mourisco-Branco Pé-Comprido Pinheira-Branca Praça Rabigato-Moreno Rabo-de-Ovelha Ratinho Sarigo Tamarez Touriga-Branca Valente BRANCAS Verdial-Branco

(25)

5.8. Idade

Idade da vinha Pontuação actual Idade da vinha Pontuação proposta

Entre 0 e 3 anos após a enxertia 0 Entre 0 e 3 anos após a enxertia 0

Entre 4 e 25 anos após a enxertia 30 Dos 4 aos 9 anos após enxertia 30

Dos 10 aos 24 anos após a enxertia 150

Mais de 25 anos 60

Igual ou superior a 25 anos 200

Propõe-se:

i. Aumentar a ponderação deste parâmetro na classificação final das parcelas;

ii. Dividir a classe «4 a 25 anos» em duas, com limite nos 10 anos: com base na experiência

existente com as novas plantações da RDD, sabe-se que o potencial qualitativo dos encepamentos aumenta com a idade e consequente adaptação da videira às condições edafo-climáticas do local onde se encontra. Assim, em função da melhoria obtida hoje nas práticas de instalação, esta adaptação parece realizar-se cada vez mais cedo. Por isso, propõe-se uma valorização significativa da pontuação, a partir dos 10 anos, sem prejuízo da manutenção da valorização máxima ás vinhas com idade igual ou superior a 25 anos.

5.9. Produtividade

Critério Pontuação actual Pontuação proposta

(até ao limite máximo de 55 (T) e 65 (B) hl/ha)

A valorização deste factor é calculada tendo em linha de conta o limite máximo de produtividade de 55 hl/ha, para os vinhos tintos e de 65 hl/ha para os vinhos brancos. Assim, a valorização da produtividade de uma parcela é fixada em 120 pontos positivos, desde que o limite de 55 hl/ha não tenha sido ultrapassado. Salvo derrogação específica, superiormente determinada, sempre que se observem produtividades superiores àquele limite a parcela não será pontuada.

120 0

Propõe-se

i. Eliminar este parâmetro, uma vez que a produtividade, está limitada por regulamentação

5.10. Compasso

Critério Pontuação actual Pontuação proposta

(densidade igual ou superior - art.6º DL 254/98)

Este factor mantém a mesma pontuação de 50 pontos positivos para todas as vinhas cuja densidade seja igual ou superior ao mínimo estabelecido no artigo 6o do Decreto-Lei nº 254/98, de 11

de Agosto.

(26)

Critério Pontuação actual Pontuação proposta

(vinhas de acordo com n.º 1 art. 6.º DL 254/98)

Todas as vinhas que estejam de acordo com o disposto no nº1 do artigo 6º do Decreto-Lei n.o 254/98, de 11 de Agosto, terão uma valorização de 100 pontos.

100 100

O parâmetro está definido e regulamentado no estatuto da RDD, no Decreto Lei 254/98 de 2 de Agosto, pelo que não se apresenta proposta de o alterar .

(27)

6. Considerandos finais

Foi referida de uma forma geral, pelo participantes neste trabalho, que a forma como se encontra estruturado o método, bem como o mérito reconhecido na sua elaboração, exigem da tarefa a que nos propusemos um elevado grau de conhecimento da região e das suas condicionantes actuais.

Constata-se também a necessidade de se obterem mais elementos de caracterização da RDD, bem como mais documentação de suporte para apoio das análises e propostas efectuadas, que permitam a sua cabal fundamentação.

Refere-se ainda como de particular importância o facto de não existir actualmente a possibilidade de repetir os elementos de referência que deram suporte à estruturação do método e sua validação (os vinhos vinificados isoladamente na propriedade de origem, em toda a região), e que serviu de suporte à elaboração de uma verdadeira zonagem vitícola por parte do Engº Moreira da Fonseca.

Foi consensual que, sempre que possível, a subjectividade de classificação de alguns parâmetros deve ser eliminada. Uma das ferramentas essenciais para a eliminação dessa mesma subjectividade é o recurso à aplicação de sistemas SIG (Sistemas de Informação Geográficos), os quais permitem por um lado uma quantificação mais rigorosa e reprodutível do parâmetro, e por outro lado, por modelação, precisar de forma mais adequada a classificação em todo o território da RDD.

Finalmente, considera-se que, tal como indicado pelo seu autor, o método deve ser objecto de um trabalho sistematizado e continuado, de forma a adequá-lo permanentemente à evolução da Região e das necessidades produtivas e comerciais do Vinho do Porto

Advogamos assim a necessidade do estabelecimento de um processo bem definido de revisão periódica que idealmente não deverá ultrapassar 5 anos.

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7. Bibliografia.

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8. Anexo 1

Classificação das Castas - Método Actual (cf. Portaria 413/2001)

Número FV Casta ST Cor Sinonímia

Castas recomendadas Muito boas 35 Bastardo R T 113 Donzelinho-Tinto R T 187 Marufo R T 293 Tinta-Francisca R T 20 Aragonez R T Tinta-Roriz 307 Tinto-Cão R T 312 Touriga-Franca R T 313 Touriga-Nacional R T 111 Donzelinho-Branco R B 272 Sercial R B Esgana-Cão 128 Folgasão R B 142 Gouveio R B 330 Verdelho R B 175 Malvasia-Fina R B Boal(4) 240 Rabigato R B 337 Viosinho R B Boas 99 Cornifesto R T 178 Malvasia-Preta R T

77 Castelão R T João-de-Santarém(1) ou Periquita(2)

259 Rufete R T 317 Trincadeira R T Tinta-Amarela 288 Tinta-Barroca R T 22 Arinto R B Pedernã 271 Semillon R B 83 Cercial R B 275 Síria R B Roupeiro 338 Vital R B 199 Moscatel-Galego-Branco R B 262 Samarrinho R B CASTAS AUTORIZADAS Muito boas 41 Bical A B 143 Gouveio-Estimado A B Boas 206 Mourisco-de-Semente A T 276 Sousão R T 289 Tinto-Bastardinha A T 291 Tinta-Carvalha A T 311 Touriga-Fêmea A T 93 Côdega-de-Larinho A B 145 Gouveio-Real A B Regulares 12 Alvarelhão A T 74 Casculho A T 76 Castelã A T 96 Concieira A T 154 Jaen A T 163 Lourela A T 178 Malvasia-Preta A T

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Número FV Casta ST Cor Sinonímia Castas Autorizadas Regulares (Continuação) 196 Moreto A T 232 Pinot-Noir A T 31 Baga A T 90 Cidadelhe A T 304 Tinta-Tabuaço A T 116 Engomada A T 296 Tinta-Martins A T 189 Melra A T 300 Tinta-Penajóia A T 309 Tinto-sem-Nome A T 28 Avesso A B 34 Barreto A B 52 Branco-Guimarães A B 249 Ratinho A B 122 Estreito-Macio A B 125 Fernão-Pires A B Maria-Gomes 177 Malvasia-Parda A B 218 Pé-Comprido A B 22 Arinto A B Pedernã 228 Pinheira-Branca A B 235 Praça A B 242 Rabigato-Moreno A B 333 Verdial-Branco A B Medíocres 5 Alicante-Bouschet A T 14 Alvarelhão-Ceitão A T 120 Espadeiro A T 223 Petit-Bouschet A T 286 Tinta-Aguiar A T 297 Tinta-Mesquita A T 301 Tinta-Pereira A T 302 Tinta-Pomar A T 255 Roseira A T 328 Varejoa A T 39 Batoca A B 13 Alvarelhão-Branco A B 50 Branco-Especial A B 85 Chasselas A B 179 Malvasia-Rei A B 205 Mourisco-Branco A B 310 Touriga-Branca A B Más 21 Aramon A T 68 Carignan A T 72 Carrega-Tinto A T 140 Gonçalo-Pires A T 148 Grand-Noir A T 149 Grangeal A T 194 Mondet A T

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Número FV Casta ST Cor Sinonímia Castas Autorizadas Más (Continuação) 266 São-Saul A T 274 Sevilhão A T 294 Tinta-Lameira A T 166 Malandra A T 292 Tinta-Fontes A T 213 Nevoeira A T 325 Valdosa A T 326 Valente A B 66 Caramela A B 70 Carrega-Branco A B 109 Dona-Branca A B 106 Diagalves A B 155 Jampal A B 197 Moscadet A B 240 Rabigato A B 245 Rabo-de-Ovelha A B 267 Sarigo A B 279 Tamarez A B

(1) Apenas na rotulagem do VPQRD Ribatejo, sub-região de Santarém. (2) Apenas na rotulagem conforme ponto 1. A do artigo 17.º do Regulamento (CEE) n.º 3201/90, com a redacção do Regulamento (CE) n.º 609/97. (4) Apenas na rotulagem do VLQPRD da Madeira. Número FV - referenciação da casta no ficheiro vitivinícola do Douro. ST - R recomendada; A autorizada. Cor - B branca; T tinta. Sinonímia - refere-se aos nomes em diferentes zonas vitícolas de castas feno e genotipicamente iguais.

Referências

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