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Projeto de pontes e viadutos rodoviárias de aço e mistas aço e concreto

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1

Projeto de pontes e viadutos rodoviárias de aço e mistas aço e concreto

2

Design of Highway steel and composite Bridges

3

Prefácio

4

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas 5

Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos 6

de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são 7

elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas 8

fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). 9

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

(Ultima atualização 10 de julho de 2015) 21

Revisado até o item 7.3 na reunião do dia 21/05/2015 22

23 24

(2)

Sumário

25 26 27

1 – Escopo

28 29

2 – Referências Normativas

30 31

3 – Simbologia

32 33

4 – Materiais

34

4.1 – Aços Estruturais

35

4.2 – Parafusos, Pinos, porcas e arruelas

36

4.3 – Conectores de cisalhamento

37

4.4 – Soldas

38

4.5 - Concretos

39 40

5 – Princípios gerais de projeto

41

5.1 – Requisitos de projeto

42

5.2 – Estados limites e durabilidade

43

5.3 – Memorial descritivo e justificativo

44

5.4 – Memorial de cálculo

45

5.5 – Desenhos

46

5.6 – Especificações

47

5.7 – Modelos de análise

48 49

6 – Ações e Combinações

50

6.1 – Ações permanentes

51

6.2 – Ações variáveis

52

6.3 – Coeficientes de ponderação das ações

53

6.4 - Combinações

54 55

7 -

Considerações especiais para fadiga

56 57

8 – Dimensões mínimas

58

8.1 – vão efetivos

59

8.2 – Contraflecha para cargas permanentes

60

8.3 – Espessuras Mínimas das chapas de aço

61

8.4 – Diafragmas e seções transversais

62

8.5 – Travamento lateral

63

8.6 - Pinos

64

9 – Dimensionamento de elementos a tração

65

10 – Dimensionamento de elementos a compressão

66

11 – Dimensionamento de elementos com seções I a flexão

(3)

12 – Dimensionamento de elementos com seções caixão a flexão

68

13 – Outros tipos de seção dimensionamento a flexão

69

14 – Conexões e emendas

70

15 – Prescrições para estruturas de diversas tipologias

71

15.1 – Longarinas de perfis I

72

15.2 – Treliças

73

15.3 – Estruturas ortótropicas

74

15.4 – Arcos

75

16 – Recomendações construtivas e de utilização

76

16.1

77

16.2

78 79

Anexo A – Fadiga

80 81

Anexo B – Durabilidade frente a corrosão

82 83

Anexo C – Deslocamentos Limites

84 85 86 87 88 89 90

(4)

1 – Escopo

91

Esta Norma, com base no método dos estados limites, estabelece os requisitos básicos que devem ser 92

obedecidos no projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas aço e concreto de pontes para uso 93

rodoviário. 94

As prescrições desta Norma se aplicam exclusivamente às pontes de viga I de alma cheia, pontes de 95

vigas caixão, pontes em treliças e pontes em arcos. 96

Além das condições desta Norma, devem ser obedecidas as de outras normas especificias e as 97

exigências peculiares a cada caso, principalmente em estruturas com caraterísiticas especiais, onde as 98

verificações de segurança requerem de considerações adicionais, não previstas nesta Norma. 99

100

2 – Referências normativas

101

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem 102

prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. 103

Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base 104

nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a 105

seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento 106

ABNT NBR 5000: 2015 “Bobinas e chapas grossas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica – 107

Requisitos e ensaios” 108

ABNT NBR 5004: 1981 “Chapas finas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica” 109

ABNT NBR 5008: 2015 “Bobinas e chapas grossas laminadas a quente de aço de baixa liga, resistentes 110

à corrosão atmosférica, para uso estrutural – Requisitos” 111

ABNT NBR 5884: 2013 “Perfil I estrutural de aço soldado por arco elétrico – Requisitos gerais” 112

ABNT NBR 5920: 2015 “Bobinas e chapas finas laminadas a frio, de aços de baixa liga e alta 113

resistência, resistentes à corrosão atmosférica, para uso estrutural – Requisitos” 114

ABNT NBR 5921: 2015 “Bobinas e chapas finas laminadas a quente de aço de baixa liga, resistentes à 115

corrosão atmosférica, para uso estrutural – Requisitos” 116

ABNT NBR 6118: 2014 “Projeto de estruturas de concreto - Procedimento” 117

ABNT NBR 6120: 1980 “Cargas para o cálculo de estruturas de edificações” 118

ABNT NBR 6123: 1988 “Forças devidas ao vento em edificações - Procedimento” 119

ABNT NBR 6648: 2014 “Bobinas e chapas grossas de aço-carbono para uso estrutural - Especificação” 120

ABNT NBR 6649: 1986 “Chapas finas a frio de aço-carbono para uso estrutural” 121

ABNT NBR 6650: 2014 “Bobinas e chapas finas a quente de aço-carbono para uso estrutural - 122

Especificação” 123

ABNT NBR 7007: 2011 “Aço-carbono e microligados para barras e perfis laminados a quente para uso 124

estrutural” 125

(5)

ABNT NBR 7187: 2003 “Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido - 127

Procedimento” 128

ABNT NBR 7188: 2013 “Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e 129

outras estruturas” 130

ABNT NBR 8261: 2010 “Tubos de aço-carbono, formado a frio, com e sem solda, de seção circular, 131

quadrada ou retangular para usos estruturais” 132

ABNT NBR 8681: 2004 “Ações de segurança nas estruturas - Procedimento” 133

ABNT NBR 8800: 2008 “Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de 134

edifícios” 135

ABNT NBR 10839: 1989 “Execução de obras de arte especiais em concreto armado e concreto 136

protendido - Procedimento” 137

ABNT NBR 14762: 2010 “Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio” 138

ABNT NBR 15421: 2006 “Projeto de estruturas resistentes a sismos - Procedimento” 139

ABNT NBR 15980: 2011 “Perfis laminados de aço para uso estrutural – Dimensões e tolerâncias” 140

ABNT NBR 16239:2013 “Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de 141

edificações com perfis tubulares” 142

AASHTO LRFD Bridge Design Specifications, 7th Edition, 2014 143

ASTM A36/A36M-14 “Standard Specification for Carbon Structural Steel” 144

ASTM A108-13 “Standard Specification for Steel Bar, Carbon and Alloy, Cold-Finished” 145

ASTM A193/A193M-15 “Standard Specification for Alloy-Steel and Stainless Steel Bolting for High 146

Temperature or High Pressure Service and Other Special Purpose Applications” 147

ASTM A242/242M-13 “Standard Specification for High-Strength Low-Alloy Structural Steel“ 148

ASTM A283/A283M-13 “Standard Specification for Low and Intermediate Tensile Strength Carbon Steel 149

Plates” 150

ASTM A284/A284M-13 “Standard Specification for Low and Intermediate Tensile Strength Carbon Steel 151

Plates” 152

ASTM A325-14 “Standard Specification for Structural Bolts, Steel, Heat Treated, 120/105 ksi Minimum 153

Tensile Strength“ 154

ASTM A370-14 “Standard Test Methods and Definitions for Mechanical Testing of Steel Products” 155

ASTM A490-14a “Standard Specification for Structural Bolts, Alloy Steel, Heat Treated, 150 ksi Minimum 156

Tensile Strength” 157

ASTM A514/514M-14 “Standard Specification for High-Yield-Strength, Quenched and Tempered Alloy 158

Steel Plate, Suitable for Welding“ 159

ASTM A572/572M-15 “Standard specification for high-strength low-alloy columbium-vanadium structural 160

steel” 161

(6)

ASTM A573/573M-13 “Standard Specification for Structural Carbon Steel Plates of Improved Toughness 162

“ 163

ASTM A588/588M-15 “Standard Specification for High-Strength Low-Alloy Structural Steel, up to 50 ksi 164

[345 MPa] Minimum Yield Point, with Atmospheric Corrosion Resistance” 165

ASTM A606/A606M-09 “Standard Specification for Steel, Sheet and Strip, High-Strength, Low-Alloy, 166

Hot-Rolled and Cold-Rolled, with Improved Atmospheric Corrosion Resistance” 167

ASTM A709/A709M: 13a “Standard specification for structural steel for bridges” 168

ASTM A1011/A1011M-14 “Standard Specification for Steel, Sheet and Strip, Hot-Rolled, Carbon, 169

Structural, High-Strength Low-Alloy, High-Strength Low-Alloy with Improved Formability, and Ultra-High 170

Strength” 171

ASTM A1018/1018M-10 “Standard Specification for Steel, Sheet and Strip, Heavy-Thickness Coils, Hot-172

Rolled, Carbon, Commercial, Drawing, Structural, High-Strength Low-Alloy, High-Strength Low-Alloy with 173

Improved Formability, and Ultra-High Strength” 174

AWS D1.5/D1.5M: 2010, Bridge Welding Code 175

EN 1992-2 Eurocode 2 – Design of concrete structures – Part 2: Concrete Bridges 176

EN 1993-2 Eurocode 3 – Design of steel structures – Part 2: Steel Bridges 177

EN 1994-2 Eurocode 4 – Design of composite steel and concrete structures – Part 2: General rules and 178

rules for bridges 179

EN 10025-2: 2004 “Hot rolled products of structural steels - Part 2: Technical delivery conditions for non-180

alloy structural steels” 181

Research Council on Structural Connections: 2004 “Specification for structural joints using ASTM A325 182

or ASTM A490 bolts” 183

184

3 – Simbologia e unidades

185

No projeto, execução e controle de pontes de aço e mistas devem ser adotadas as notações básicas 186

indicadas na ABNT NBR 8800, ABNT NBR 6118 e a ABNT NBR 7187, além de símbolos específicos 187

de outros capítulos da mesmas ou de outras normas brasileiras. 188

Nesta Norma é adotado o Sistema Internacional de Unidades (SI), sendo recomendadas, na 189

prática, as seguintes unidades: 190

a) para as cargas e forças concentradas ou distribuídas: kN, kN/m, kN/m²; 191

b) para os pesos específicos: kN/m³; 192

c) para as tensões e resistências: MPa (N/mm²); 193

d) para os momentos: kN.m ou MN.m. 194

195 196

(7)

197 198 199 Símbolos-base 200 201

Alguns símbolos-base apresentados a seguir estão acompanhados se símbolos subscritos, de forma a 202

não gerar dúvidas no seu significado. 203

a) Letras romanas minúsculas 204

a = distância em geral; distância entre enrijecedores transversais; altura da região 205

comprimida em lajes de vigas mistas 206

b = largura em geral 207

bf = largura da mesa

208

d = diâmetro em geral; diâmetro nominal de um parafuso; diâmetro nominal de um 209

conector; altura de seção 210

e = distância; excentricidade 211

f = tensão em geral 212

fck = resistência característica do concreto à compressão

213

fr = tensão residual

214

fu = resistência à ruptura do aço à tração

215

fy = resistência ao escoamento do aço

216

fw = resistência à tração do metal de solda

217

g = gabarito de furação 218

h = altura em geral; distância entre as faces internas das mesas de perfis “I” e “H” 219

k = rigidez, parâmetro em geral 220

ℓ = comprimento 221

r = raio de giração; raio 222

s = espaçamento longitudinal de quaisquer dois furos consecutivos 223

t = espessura em geral 224

tc = espessura da laje de concreto

225 tf = Espessura da mesa 226 tw = Espessura da alma 227 228

b) Letras romanas maiúsculas 229

A = área da seção transversal 230

Ag = área bruta da seção transversal

231

C = coeficiente, constante de torção 232

Cb = fator de modificação para diagrama de momento fletor não-uniforme

233

Ct = coeficiente de redução usado no cálculo da área líquida efetiva

234

Cv = coeficiente de força cortante

235

Cw = constante de empenamento da seção transversal

(8)

D = diâmetro externo de elementos tubulares de seção circular 237

Ea = módulo de elasticidade do aço, E = 200000 MPa

238

Ec = módulo de elasticidade do concreto

239

F = força, valor da ação 240

Fg = valor característico das ações permenentes

241

Fq = valor característico das ações variáveis

242

G = módulo de elasticidade transversal do aço, centro geométrico da seção transversal 243

I = momento de inércia 244

K = coeficiente de flambagem de barras comprimidas 245

L = vão; distância; comprimento 246

M = momento fletor 247

N = força axial 248

Q = fator de redução total associado à flambagem local 249 Rd = resistência de cálculo 250 Sd = solicitação de cálculo 251 V = força cortante 252

W = módulo de resistência elástico 253

Z = módulo de resistência plástico 254

255

c) Letras gregas minúsculas 256

 = coeficiente de dilatação térmica; fator em geral 257

 = deslocamento; flecha 258

 = deformação 259

 = Coeficiente de ponderação das ações 260

 = diâmetro da barra da armadura 261

g = coeficiente de ponderação da resistência ou das ações 262

 = índice de esbeltez; parâmetro de esbeltez 263

o = índice de esbeltez reduzido

264

p = parâmetro de esbeltez limite para seções compactas

265

r = parâmetro de esbeltez limite para seções semicompactas

266

 = coeficiente médio de atrito 267  = coeficiente de Poisson 268  = tensão normal 269  = tensão de cisalhamento 270

 = fator de redução associado à resistência à compressão 271

 = fator de redução de ações; fator de combinação de ações 272

 = massa específica 273

274

d) Letras gregas maiúsculas 275

 = Somatório

(9)

277 278 279

e) Símbolos subscritos – Romanas minúculas 280 a = aço; apoio 281 b = flexão; parafuso 282 c = concreto; compressão 283 d = de cálculo 284 e = elástico; excentricidade 285 f = mesa 286

g = bruta; geométrico; ação permanente 287 h = furo 288 i = número de ordem 289 k = característico; nominal 290 n = líquida 291 p = pilar; pino 292 p = plastificação 293 q = ação variável 294 red = reduzido 295 s = armadura 296 st = enrijecedor 297 t = tração 298 u = ruptura 299 v = cisalhamento; viga 300 w = alma; solda 301 x = relativo ao eixo x 302

y = escoamento; relativo ao eixo y 303

304

f) Símbolos subscritos – Romanas maiúsculas 305 F = forma de aço 306 G = ação permanente 307 Q = ação variável 308 Rd = resistentede cálculo 309

Rk = resistente característico; resistente nominal 310 T = torção 311 Sd = solicitante de cálculo 312 313 314 315

(10)

316 317 318

4 – Materiais

319

Os aços estruturais e os materiais de ligação aprovados para uso por esta Norma são citados nos itens 320

4.1, 4.2, 4.3 e 4.4. Os concretos e o aço para as armaduras são especificados no item 4.5. 321

4.1 Aços estruturais

322

Na Tabela 1 são referidos alguns dos aços mais usados com suas respectivas tensões de escoamento 323

e ruptura. Mais informações para os aços estruturais estão previstas no item A.1 e A.2 do Anexo A da 324

ABNT NBR 8800:2008 devem ser respeitadas. 325

Tabela 1 – Aços para uso em pontes de aço e mistas aço e concreto

326

Especificação

f

y

(MPa)

f

u

(MPa)

MR 250 (ABNT NBR 7007)

250

400-560

AR 350 (ABNT NBR 7007)

345

450

AR 350 COR (ABNT NBR 7007)

345

485

ASTM A36 G36

250

400

ASTM A572 G50

345

450

ASTM A588 G50

345

485

ASTM A709 / A709 M, para peças não estruturais e de

aparelhos de apoio

250

400

ASTM A709 / A709 M G50

345

450

ASTM A709/ A709 HPS 50W

345

480

4.1.1

-

Para chapas com espessura maiores que 50 mm o material deve atender as limitações da ASTM 327

A370. 328

4.2 Parafusos, porcas, arruelas e pinos

329

Na Tabela 2 são fornecidos os valores mínimos de resistências ao escoamento e resistência à ruptura 330

de parafusos e suas respectivas porcas que podem ser usados em pontes de aço e pontes mistas de 331

aço e concreto. No caso de pinos e roletes deve-se usar conforme as normas ASTM A108 grau de 1016 332

à 1030 com tensão de escoamento mínimo de 250 MPa e a ASTM 668/668M com classes C,D,F e G 333

com escoamento até de 345MPa. As arruelas devem ser de acordo com a norma ASTM F436. 334

Tabela 2 – Parafusos para uso em pontes de aço e mistas aço e concreto

335

Especificação

f

yb (MPa)

f

ub (MPa) Diâmetro

d

b

mm Pol

ASTM A325 (a) 635 560 825 725 16≤ d24≤ db ≤ 24

b ≤ 36

1/2≤ db ≤ 1

1< db ≤ 1½

ISO 4016 Classe 8.8 640 800 12≤ db ≤ 36 -

ASTM A490 (a) 895 1035 16≤ db ≤ 36 1/2≤ db ≤ 1½

(11)

(a)

Disponíveis também com resistência à corrosão atmosférica (aço patinável) comparável a dos aços AR350 COR ou a dos aços ASTM A588.

336

4.3 Conectores de cisalhamento

337

Os conectores de cisalhamento previstos para pontes mistas de aço e concreto podem ser de pino com 338

cabeça ou perfis U laminados, soldados de acordo com a AWS D1.5. 339

Os conectores de cisalhamento deverão estar em conformidade com a ASTM A193 B7 com tensão 340

equivalente de escoamento a aços ASTM A36, ou com aços do tipo ASTM A108 com tensão de 341

escoamento equivalente a aços ASTM A572 G50 ou ASTM A588 G50. 342

4.4 Soldas

343

Todas as soldas deverão ser conformes com a AWS D1.5 Bridge Welding Code. O metal de solda deve 344

ser classe 70 ou superior, isto é, apresentar

f

w≥ 485MPa, e adequado aos aços resistentes à corrosão.

345

4.5 Concretos e aço das armaduras

346

4.5.1 Concretos para as lajes do tabuleiro

347

As propriedades do concreto de densidade normal devem obedecer a ABNT NBR 6118. Assim, a 348

resistência caraterística desse tipo de concreto fck, deve ser no mínimo de 30MPa.

349

4.5.2 Outros elementos de concreto

350

Para todos os outros elementos deverá ser consultada a ABNT NBR 6118. 351

5 – Princípios Gerais de Projeto

352

5.1 Requisitos do projeto 353

As pontes, objeto desta Norma devem ser concebidas, calculadas e detalhadas de modo a satisfazer 354

os requisitos de construtibilidade, segurança e utilização, respeitando ainda os aspectos de inspeção, 355

economia, durabilidade e estética. Independentemente do tipo de análise utilizado devem ser atendidas 356

todas as combinações de ações suscetíveis de ocorrer durante a construção e a utilização, 357

respeitados os estados limites últimos e os estados limites de serviço requeridos. 358

5.2 Avaliação de Conformidade do Projeto 359

A avaliação da conformidade do projeto deve ser realizada por profissional habilitado, independente e 360

diferente do projetista, requerida e contratada pelo contrante, e registrada em documento específico, 361

que acompanhará a documentação do projeto. Esta avaliação deve ser realizada antes da fase de 362

construção. 363

5.2 Estados limites 364

Os estados limites a serem considerados estão definidos e relacionados na ABNT NBR 8800 e a 365

ABNT NBR 8681 vigente, com as devidas modificações indicadas nesta Norma. Os estados limites 366

últimos (ELU) representam o colapso ou qualquer outra forma de ruína que determine a paralisação 367

do uso da estrutura. 368

(12)

Os estados limites de serviço (ELS) estão relacionados com a durabilidade e a boa utilização 369

funcional das estruturas, sua aparência e o conforto dos usuários. Para assegurar a durabilidade frente 370

à corrosão é importante assegurar as limitações e recomendações expostas no Anexo N da ABNT NBR 371

8800 e no Anexo B desta Norma. 372

5.2.1 Critérios de segurança 373

Os critérios de segurança desta Norma baseiam-se na ABNT NBR 8681. 374

5.2.2 Estados-limites 375

5.2.2.1 Geral 376

Deve ser investigado o comportamento estrutural dos elementos de aço e mistos de aço e concreto 377

para cada estágio durante a fabricação, manuseio, transporte, montagem e durante a vida útil da 378

estrutura da qual faz parte. Os elementos estruturais devem ser proporcionados para atender aos 379

requisitos de segurança, utilização, corrosão e fadiga. 380

381

5.2.2.2 Estados-limites últimos (ELU) 382

As condições usuais de segurança para os estados-limites últimos são expressas por: 383

384

𝑅𝑑≥ 𝑆𝑑

onde: 385

𝑆𝑑 representa os valores de cálculo dos esforços atuantes (em alguns casos tensões atuantes),

386

obtidos com base nas combinações últimas de ações indicadas no item 7.4. 387

388 389

𝑅𝑑 representa os valores de cálculo dos correspondentes esforços resistentes (em alguns casos 390

tensões resistentes), obtidos em diversas partes desta Norma, conforme a situação.. 391

392

5.2.2.3 Estados limites de serviço (ELS) 393

Os estados limites de serviço estão relacionados ao desempenho e a durabilidade da estrutura sob 394

condições normais de utilização e podem ser tomadas como restrições de tensões, deformações e 395

fissuras. 396

As condições usuais de segurança para os estados-limites de serviço são expressas pela expressão: 397

398

𝑆𝑠𝑒𝑟 ≤ 𝑆𝑙𝑖𝑚 onde:

399

𝑆𝑠𝑒𝑟 representa os efeitos estruturais de interesse, obtidos com base nas combinações de serviço

400

indicadas no item 7.4.5. 401

402

𝑆𝑙𝑖𝑚 representa os valores-limites adotados para estes efeitos, fornecidos no Anexo C.

403

Para assegurar a durabilidade é importante atender as limitações e recomendações do Anexo N da 404

ABNT NBR 8800 e o Anexo B desta norma. 405

406

5.2.2.4 Estados limites de fadiga e fratura 407

No caso dos elementos de aço e suas conexões, estes devem ser avaliados com as variações de 408

tensões resultado da aplicação da carga móvel em um número previsto de ciclos para a vida útil de 409

projeto e os limites expostos no Anexo A desta norma. 410

(13)

Em estruturas de pontes de aço e pontes mistas de aço e concreto e a armadura de aço devem ser 411

considerados os efeitos de fadiga. No caso da laje do tabuleiro de concreto estrutural a fadiga deve ser 412

avaliada conforme a ABNT NBR 6118. 413

Os estados-limites de fratura devem ser tomados como um conjunto de requisitos de tenacidade de 414

acordo com as especificações do aço empregado, de acordo com os ensaios definidos na ASTM A370. 415

416

5.3 Memorial descritivo e justificativo 417

O memorial descritivo e justificativo deve conter a descrição da obra e dos processos construtivos 418

propostos, bem como a justificativa técnica, econômica e arquitetônica da estrutura adotada. 419

5.4 Memorial de cálculo 420

O memorial de cálculo deve ser iniciado com uma indicação clara do modelo estrutural 421

adotado, com as dimensões principais, características dos materiais, condições de apoio, 422

hipóteses de cálculo e outras informações que sejam necessárias para defini-lo. Em seguida, os 423

cálculos destinados à determinação das solicitações e ao dimensionamento dos elementos estruturais 424

devem ser apresentados em sequência lógica e com desenvolvimento tal que facilmente possam ser 425

entendidos, interpretados e verificados. Os símbolos não usuais devem ser bem definidos, as 426

fórmulas aplicadas devem figurar antes da introdução dos valores numéricos e as referências 427

bibliográficas devem ser precisas e completas. Sendo os cálculos efetuados com auxílio de 428

computadores, devem ser fornecidas as seguintes informações: 429

a) se o programa utilizado for de uso corrente no meio técnico, sua identificação; 430

b) se for um programa particular ou pouco conhecido, a descrição da base teórica, com as 431

hipóteses feitas e os procedimentos matemáticos usados nos cálculos; indicação clara dos dados de 432

entrada; relação dos resultados fornecidos pelo programa, os quais devem ser apresentados 433

ordenadamente, com o significado de cada um, de forma que possam facilmente ser entendidos e, 434

eventualmente, verificados por processos independentes. 435

5.5 Desenhos 436

5.5.1 Desenhos de Implantação 437

Os desenhos de implantação da obra devem conter sua localização e os elementos principais do projeto 438

geométrico. Em perfil, devem ser mostradas as cotas do greide, do terreno natural e do obstáculo 439

transposto, constando também no desenho os gabaritos impostos, em largura e altura. Devem ser 440

mostradas as cotas dos elementos de fundação e do lençol freático, assim como o perfil geológico 441

geotécnico do terreno. Em planta, os desenhos devem ser lançados sobre bases obtidas do 442

levantamento topográfico com as linhas rebaixadas, mostrando a compatibilização da obra com as 443

condições locais, indicando saias de aterro e taludes de corte, e devem fornecer as coordenadas para 444

locação das fundações. 445

5.5.2 Desenhos de Projeto 446

Todas as informações necessárias para definição de quantidades, dimensões e arranjo da estrutura 447

deverão estar indicadas e anotadas nos Desenhos de Projeto. É permitido o uso dos projetos de 448

arquitetura somente como informação suplementar, com o objetivo de esclarecer detalhes geométricos 449

e de acabamento. 450

Os Desenhos de Projeto deverão ser baseados nos cálculos resultantes da aplicação das ações e dos 451

esforços de Projeto que a Estrutura deverá suportar quando estiver completa e acabada. 452

Os Desenhos de Projeto deverão mostrar claramente o trabalho que deverá ser executado, fornecendo 453

as informações abaixo com suficiente precisão das dimensões, quantidades e natureza das peças da 454

estrutura a serem fabricadas: 455

(14)

a) Dimensões da seção transversal, tipo de aço e a locação de todos os elementos da estrutura; 456

b) Toda a geometria e pontos de trabalho necessários ao arranjo da estrutura; 457

c) Elevações do tabuleiro; 458

d) Eixos de vigas e treliças; 459

e) A contra-flecha necessária para os elementos da estrutura; 460

f) Sistema de limpeza e pintura, se aplicável; 461

g) Tipo de ligação e processo e controle de torque, se aplicável; 462

h) Indicar sugestões para procedimentos de montagem. 463

i) Indicar o sistema de proteção as ações ambientais (aterramento, proteção a corrosão, entre outros) 464

465

As Especificações Técnicas da Estrutura de aço e de concreto estrutural deverão incluir quaisquer 466

requisitos adicionais exigidos para a Fabricação e Montagem da mesma. 467

Todos os Desenhos de Projeto, Especificações Técnicas e anexos deverão ser numerados e datados 468

para facilitar a identificação. 469

5.5.2.1. Contraventamentos permanentes, enrijecedores de vigas, chapas de reforço de mesas de 470

vigas, enrijecedores de apoio de vigas secundárias e principais, talas de reforço de almas, aberturas 471

para acessibilidade e inspeção e outros detalhes especiais necessários deverão ser mostrados com 472

clareza nos Desenhos de Projeto para que seus quantitativos e demais requisitos de fabricação sejam 473

facilmente 474

5.5.2.2. O Projetista da Estrutura deverá representar nos Desenhos de Projeto o dimensionamento 475

completo das ligações e emendas, conforme as condições de fabricação e de montagem concebidas no 476

projeto. 477

Quando o fabricante ou o montador especifica ou complementa os detalhes das ligações, deverá fazê-478

lo obedecendo a esta norma e aquelas referidas no projeto e os Documentos Contratuais, submetendo 479

esses detalhes à aprovação do Projetista e devida anuência do Contratante. 480

5.5.2.3. Peças ou partes específicas de peças da estrutura que não devam receber pintura deverão ser 481

especificadas nos Documentos Contratuais. 482

483

5.5.3 Desenhos de Fabricação, Transporte e Montagem 484

485

5.5.3.1 Projetista 486

487

O projetista deverá apresentar como parte do projeto as condições básicas de montagem para as quais 488

foi desenvolvido o projeto. 489

5.5.3.2 Contratante 490

A Contratante deverá fornecer a tempo e de acordo com os Documentos Contratuais, todos os 491

Desenhos de Projeto e todas as Especificações Técnicas que tenham sido liberados para construção. 492

Salvo indicação em contrário, os Desenhos de Projeto que forem entregues como partes do pacote de 493

documentos da licitação da obra, devem ser considerados como Liberados para Construção. 494

495

5.5.3.3 Fabricante e Montador 496

Com exceção do indicado no item 5.5.3.5, o fabricante deverá preparar os Desenhos de Fabricação e 497

de Montagem para a Estrutura de aço e será responsável por: 498

a) Transferir, de forma precisa e completa, todas as informações contidas nos Documentos Contratuais 499

para os Desenhos de Fabricação e de Montagem; 500

(15)

b) Fornecer informações dimensionais precisas e detalhadas para atender ao correto ajuste entre as 501

peças da Estrutura durante a Montagem. 502

503

Cada Desenho de Fabricação e de Montagem deverá permanecer com o mesmo número de 504

identificação durante toda a duração do Projeto, devendo ser claramente anotada a data e também 505

número/letra de cada revisão. 506

Quando o Fabricante desejar introduzir mudanças no detalhamento de alguma ligação já descrita nos 507

Desenhos de Projeto, deverá requerê-lo por escrito ao Projetista antes da emissão dos Desenhos de 508

Fabricação e de Montagem. O Projetista deverá analisar e aprovar ou rejeitar o pedido de mudança no 509

detalhe a tempo de não causar atrasos nos prazos da obra. 510

Em caso de alterações nas condições de montagem inicialmente previstas pelo projetista, o fabricante 511

ou o montador deverão submeter tais alterações ao projetista para aprovação. 512

Sempre que requisitado, o Fabricante deverá fornecer ao Contratante, Construtora ou Gerenciadora o 513

cronograma de remessa de Desenhos de Fabricação e de Montagem, para maior agilidade no fluxo de 514

informações entre as partes envolvidas. 515

516

5.5.3.4 Aprovações 517

Os Desenhos de Fabricação e de Montagem deverão ser submetidos pelo fabricante à análise e 518

aprovação do projetista. Esses desenhos deverão ser devolvidos ao fabricante em prazo adequado ao 519

andamento do contrato. Todos os Desenhos de Fabricação e de Montagem já verificados pelo projetista 520

deverão ser individualmente marcados como aprovados ou aprovados com ressalvas, se for o caso. 521

Quando exigido, o fabricante deverá subsequentemente atender aos comentários anotados e fornecer 522

os desenhos corrigidos ao projetista para aprovação final. 523

524

5.5.3.4.1 A aprovação dos Desenhos de Fabricação e de Montagem, Desenhos aprovados com 525

ressalvas e outras formas semelhantes de aprovação devem estabelecer o seguinte: 526

527

a) Confirmação de que o fabricante interpretou corretamente os Documentos Contratuais na entrega 528

de seus desenhos; 529

b) Confirmação de que o projetista analisou e aprovou os detalhes das ligações mostrados nos 530

Desenhos de Fabricação e de Montagem submetidos à sua aprovação de acordo com o item 531

5.5.2.2, se aplicável; 532

c) Liberação pelo projetista e pelo contratante autorizando o início da fabricação com base nos 533

desenhos revisados e aprovados. 534

535

Tais aprovações não eximem o fabricante da responsabilidade pela precisão das dimensões detalhadas 536

nos Desenhos de Fabricação e de Montagem ou pelo perfeito ajustamento entre as peças que serão 537

montadas na obra. Não é obrigação do projetista a verificação destes aspectos dos Desenhos de 538

Fabricação. Entretanto, é necessário atentar para alguma inconsistência do Detalhamento que possa vir 539

a comprometer a estabilidade de peças isoladas ou da estrutura em conjunto, solicitando a sua 540

alteração por parte do fabricante, que deverá atender prontamente as suas exigências. 541

542

5.5.3.4.2 Quaisquer acréscimos, cancelamentos ou revisões incluídas em resposta a solicitações de 543

esclarecimentos, ou que estejam indicadas em Desenhos de Fabricação e de Montagem já aprovados, 544

constituem autorização pelo Contratante de liberar esses desenhos para construção com tais 545

acréscimos, cancelamentos ou revisões. O Fabricante e o Montador devem notificar imediatamente o 546

Contratante sobre quaisquer acréscimos nos custos ou nos prazos recorrentes de revisões, 547

modificações ou cancelamentos, tenham esses sido feitos nos Desenhos ou em quaisquer outros 548

documentos. 549

550 551

(16)

552

5.5.3.5 Solicitação de Esclarecimentos durante o Projeto 553

Quando forem emitidas solicitações de esclarecimentos durante a elaboração do Projeto Estrutural, o 554

processo deverá conter um registro escrito de perguntas e respostas relacionadas à interpretação e 555

implementação dos Documentos Contratuais, incluindo os esclarecimentos e/ou revisões dos 556

Documentos Contratuais, se existirem. 557

558

5.6 Especificações 559

Todas as informações necessárias à execução da obra que não constem nos documentos previstos 560

nos itens anteriores devem ser fornecidas sob a forma de especificações. 561

5.7 Análise estrutural 562

O objetivo da análise estrutural é determinar os efeitos das ações na estrutura, visando efetuar 563

verificações de estados limites últimos e de serviço. 564

A análise estrutural deve ser feita com um modelo realista, que permita representar a resposta da 565

estrutura e dos materiais estruturais, levando-se em conta as deformações causadas por todos os 566

esforços solicitantes relevantes. Onde necessário, a interação solo-estrutura e o comportamento das 567

ligações devem ser contemplados no modelo. 568

As prescrições para análise estrutural das estruturas de aço, concreto e mistas contidas na ABNT NBR 569

8800 e ABNT NBR 6118 devem ser seguidas. 570

Qualquer método de análise que satisfaça os requisitos de equílibrio e compatibilidade e use as 571

relações tensão deformação para os materiais usados aço e concreto, pode ser usado, alguns desses 572

métodos são: 573

Método clássico das forças ou deslocamentos. 574

Método das diferenças finitas 575

Método dos elementos finitos 576

Método das faixas finitas 577

O projetista é responsável pelo uso de programas de computador para desenvolver a análise estrutural 578

e a interpretação de seus resultados. O nome, versão e a data de atualização do programa devem ser 579

indicados no memorial. 580

O projetista deverá ter especial atenção às verificações de todas as fases construtivas com base nos 581

mesmos modelos de análise empregados no dimensionamento do projeto. 582

6 –Ações e Combinações 583

Conforme definição constante na ABNT NBR 8681, ações são as causas que provocam o 584

aparecimento de esforços ou deformações nas estruturas. Classificam-se, segundo a referida norma, 585 em: 586 a) permanentes; 587 b) variáveis; 588 c) excepcionais. 589

(17)

590 591

6.1 Ações permanentes 592

Ações cujas intensidades podem ser consideradas como constantes ao longo da vida útil da 593

construção. Também são consideradas permanentes as que crescem no tempo, tendendo a um 594

valor limite constante. As ações permanentes compreendem, entre outras: 595

a) as cargas provenientes do peso próprio dos elementos estruturais; 596

b) as cargas provenientes do peso da pavimentação, dos revestimentos, das barreiras, dos guarda-597

rodas, dos guarda-corpos e de dispositivos de sinalização; 598

c) os empuxos de terra e de líquidos; 599

d) as forças de protensão; 600

e) as deformações impostas, isto é, provocadas por fluência e retração do concreto, por variações de 601

temperatura e por deslocamentos de apoios. 602

6.1.1 Peso próprio dos elementos estruturais 603

Na avaliação das ações devidas ao peso próprio dos elementos estruturais, o peso específico para 604

elementos de aço deve ser tomado no mínimo igual a 77 kN/m³, o peso específico para elementos de 605

concreto simples no mínimo igual a 24 kN/m³ e de 25 kN/m³ para o elementos em concreto armado ou 606

protendido. 607

6.1.2 Pavimentação 608

Na avaliação da ação devida ao peso da pavimentação, deve ser adotado para peso específico do 609

material empregado o valor mínimo de 24 kN/m³, prevendo-se uma carga adicional de 2 kN/m² 610

para atender a um possível recapeamento. A consideração desta ação adicional pode ser 611

dispensada, a critério do proprietário da obra, no caso de pontes de grandes vãos. 612

613

6.1.3 Empuxo de terra 614

O empuxo de terra nas estruturas é determinado de acordo com os princípios da mecânica dos solos, 615

em função de sua natureza (ativo, passivo ou de repouso), das características do terreno, assim como 616

das inclinações dos taludes e dos paramentos. Como simplificação, pode ser suposto que o solo não 617

tenha coesão e que não haja atrito entre o terreno e a estrutura, desde que as solicitações assim 618

determinadas estejam a favor da segurança. 619

O peso específico do solo úmido deve ser considerado no mínimo igual a 18 kN/m³ e o ângulo de atrito 620

interno no máximo igual a 30º. Os empuxos ativo e de repouso devem ser considerados nas 621

situações mais desfavoráveis. A atuação do empuxo passivo só pode ser levada em conta quando 622

sua ocorrência puder ser garantida ao longo de toda a vida útil da obra. 623

Quando a superestrutura funciona como arrimo dos aterros de acesso, a ação do empuxo de terra 624

proveniente desses aterros pode ser considerada simultaneamente em ambas as extremidades 625

somente no caso em que não haja juntas intermediárias do tabuleiro e desde que seja feita a 626

verificação também para a hipótese de existir a ação em apenas uma das extremidades, agindo 627

isoladamente (sem outras forças horizontais) e para o caso de estrutura em construção. 628

(18)

Nos casos de tabuleiro em curva ou esconso, deve ser considerada a atuação simultânea dos 630

empuxos em ambas as extremidades, quando for mais desfavorável. Para maiores detalhes deve ser 631

consultada a ABNT NBR 7187. 632

Pode ser prescindida a consideração da ação do empuxo de terra sobre os elementos 633

estruturais implantados em terraplenos horizontais de aterros previamente executados, desde que 634

sejam adotadas precauções especiais no projeto e na execução tais como: compactação adequada, 635

inclinações convenientes dos taludes, distâncias mínimas dos elementos às bordas do aterro, terreno 636

de fundação com suficiente capacidade de suporte, entre outras. 637

6.1.4 Empuxo d’água 638

6.1.4.1 O empuxo d´água e a subpressão devem ser considerados nas situações mais desfavoráveis 639

para a verificação dos estados limites, sendo dada especial atenção ao estudo dos níveis máximo e 640

mínimo dos cursos d’água e do lençol freático. 641

No caso de utilização de contrapeso enterrado, é obrigatória, na avaliação de seu peso, a 642

consideração da hipótese de submersão total do mesmo, salvo se comprovada a impossibilidade de 643

ocorrência dessa situação. 644

6.1.4.2 Nos muros de arrimo deve ser prevista, em toda a altura da estrutura, uma camada filtrante 645

contínua, na face em contato com o solo contido, associada a um sistema de drenos, de modo a 646

evitar a situação de pressões hidrostáticas. Caso contrário, deve ser considerado nos cálculos o 647

empuxo d´água resultante. Estas superficies devem ser impermeabilizadas. 648

6.1.4.3 Toda estrutura celular deve ser projetada, quando for o caso, para resistir ao empuxo d’água 649

proveniente do lençol freático, da água livre ou da água acumulada de chuva. Caso a estrutura 650

seja provida de aberturas com dimensões adequadas, esta ação não precisa ser levada em 651

consideração. 652

6.1.5 Deslocamento de fundações 653

Se a natureza do terreno e o tipo de fundações permitirem a ocorrência de deslocamentos 654

que induzam efeitos na estrutura, as deformações impostas decorrentes devem ser levadas em 655 consideração no projeto. 656 657 6.2 Ações variáveis 658

Ações de caráter transitório que compreendem, entre outras: 659 a) as ações móveis; 660 b) as ações de construção; 661 c) as ações de vento; 662

d) o empuxo de terra provocado por cargas móveis; 663

e) a pressão da água em movimento; 664 f) os efeitos dinâmicos; 665 g) as variações de temperatura. 666 667

(19)

6.2.1 Ações móveis 668

6.2.1.1 Ações verticais 669

Os valores característicos das ações móveis verticais são fixados na ABNT NBR 7188, inclusive as 670

ações nos paseios, ou em caso excepcional pelo proprietário da obra. 671

6.2.1.2 Efeito dinâmico das ações móveis 672

O efeito dinâmico das ações móveis deve ser analisado pela teoria da dinâmica das estruturas. É 673

permitido, no entanto, aplicar os coeficientes de ponderação definidos na ABNT NBR 7188. 674

6.2.1.3 Força centrífuga 675

Nas pontes rodoviárias em curva, aplica-se o definido na ABNT NBR 7188. 676

6.2.1.4 Efeitos da frenação e da aceleração 677

Aplica-se o definido na ABNT NBR 7188. 678

6.2.2 Ações de construção 679

No projeto e cálculo estrutural devem ser consideradas as ações das cargas passíveis de ocorrer 680

durante o período da construção, no mínimo de 1kN/m² aplicada na área de projeção do tabuleiro. 681

Devem ser consideradas adicionalmente as ações devidas ao peso de equipamentos e estruturas 682

auxiliares de montagem e de lançamento de elementos estruturais e seus efeitos em cada etapa 683

executiva da obra, em conformidade com o item 6.5.3.1 desta Norma. 684

6.2.3 Ação de vento 685

Deve ser calculada de acordo com a ABNT NBR 6123, devem se considerar os estados limites da ponte 686

sem veículos e da ponte com veículos sujeito as ações do vento, considerando um veículo tipo com 4 687

metros de altura em relação a superfície de rodagem. 688

6.2.4 Empuxo de terra provocado por ações móveis 689

Deve ser calculado com os mesmos critérios apresentados em 7.1.3, transformando-se as ações 690

móveis no terrapleno em altura de terra equivalente. 691

6.2.5 Ações Excepcionais 692

Colisão em pilares e ao nível do tabuleiro, aplica-se o prescrito na ABNT NBT 7188. 693

6.2.5 Ação dinâmica das águas 694

Deve ser calculada de acordo com a ABNT NBR 7188. 695

6.2.6 Ações devidas a variações de Temperatura 696

Deve ser calculada de acordo com as normas ABNT NBR 7188, 8800 e 6118, para a fase construtiva e 697

de operação. 698

6.3 – Coeficientes de ponderação das ações

699

As ações devem ser ponderadas pelo coeficiente γf dado por

700

γf = γf1 γf2 γf3

(20)

onde 702

γf1 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações γf, que considera a variabilidade das

703

ações 704

γf2 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações γf, que considera a simultaneidade de atuação

705

das ações O coeficiente γf2 é igual ao fator de combinação Ψo.

706

γf3 é a parcela do coeficiente de ponderação das ações γf, que considera os possíveis erros de

707

avaliação dos efeitos das ações, devido às incertezas do método de cálculo empregado, de valor igual 708

ou superior a 1,10 709

Os coeficientes de ponderação para verificação dos estados limites últimos são apresentados nas 710

Tabelas 2 e 3, para o produto estão os valores γf1 γf3. O produto γf1 γf3 é representado por γg e γq.

711 712

Tabela 2 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações

f

=

f1

f3

713 Combinações Ações permanentes (

g)1) Diretas Indiretas Peso próprio de estruturas metálicas Peso próprio de estruturas pré-moldadas Peso próprio de estruturas moldadas no local e de elementos construtivos industrializados Normais 1,25 (1,00) 1,30 (1,00) 1,35 (1,00) 1,20 (0) Especiais ou de construção 1,15 (1,00) 1,20 (1,00) 1,25 (1,00) 1,20 (0) Excepcionais 1,10 (1,00) 1,15 (1,00) 1,15 (1,00) 0 (0) Ações variáveis (

q) 1)

Efeito da temperatura Ação do vento Demais ações variáveis.

Normais 1,20 1,40 1,50 Especiais ou de construção 1,00 1,20 1,30 Excepcionais 1,00 1,00 1,00 NOTAS: 1)

Os valores entre parênteses correspondem aos coeficientes para as ações permanentes favoráveis à segurança; ações variáveis e excepcionais favoráveis à segurança não devem ser incluídas nas

(21)

combinações. AJUSTAR SIMBOLOS GREGOS

714 715

Tabela 3 - Valores dos fatores de combinação o e de redução 1 e 2 para as ações variáveis

716

Ações

f2 o 1 2

1), 2)

Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0

Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média

anual local 0,6 0,5 0,3

Cargas moveis e seus efeitos dinâmicos

Pontes Rodoviárias 0,7 0,5 0,3

Notas 1)

Para combinações excepcionais onde a ação principal for sismo, admite-se adotar para 2 o valor zero.

2)

Para combinações excepcionais onde a ação principal for o fogo, o fator de redução 2 pode ser reduzido, multiplicando-o por 0,7.

717

Na Tabela 4 são apresentados os valores dos fatores de redução para combinação frequente de fadiga. 718

Tabela 4 - Valores dos fatores de redução para combinação frequente de fadiga 719

Carga móvel e seus efeitos dinâmicos

Y1,fad

N

Pontes rodoviárias Lajes do tabuleiro Vigas transversais Vigas longitudinais1) − vão até 100 m − vão de 200 m − vão ≥ 300 m − meso e infraestrutura2) 0,8 0,7 0,5 0,4 0,3 0 2x106 2x106 2x106 2x106 2x106

1) O valor de

Y

1,fad pode ser interpolado linearmente entre 100 m e 300 m.

2) Desde que ligadas à super apenas por aparelhos de apoio. Não é o caso, por exemplo de pontes de pórtico ou estaiadas.

720 721

(22)

722 723

6.4 - Combinações

724

6.4.1 Combinações últimas normais 725

A combinações últimas normais decorrem do uso previsto para a ponte rodoviária. 726

Devem ser consideradas tantas combinações quantas forem necessárias para verificação das 727

condições de segurança em relação a todos estados-limites útlimos aplicavéis. Em cada combinação 728

devem estar incluídas as ações permamentes e a ação variável principal, com seus valores 729

caraterísticos e as demais ações variavéis, consideradas secundárias, com seus valores reduzidos de 730

combinação. 731

Para cada combinação, aplica-se a seguinte expressão: 732 𝐹𝑑= ∑(𝛾𝑔𝑖𝐹𝐺𝑖,𝑘) + 𝛾𝑞1𝐹𝑄1,𝑘+ ∑(𝛾𝑞𝑗𝜓0𝑗𝐹𝑄𝑗,𝑘) 𝑛 𝑗=2 𝑚 𝑖=1 Onde 733

FGi,k representa o valores caraterísticos das ações permanentes;

734

FQ1,k é o valor caraterístico das ação variável considerada principal para a combinação;

735

FQj,k representa o valores caraterísticos das ações variavéis que podem atuar simultanemente com

736

a ação variavél principal; 737

6.4.2 Combinações últimas especiais 738

As combinações últimas especiais decorrem da atuação de ações variáveis de natureza ou intensidade 739

especial, cujos efeitos superam em intensidade os efeitos produzidos pelas ações consideradas nas 740

combinações normais. Os carregamentos especiais são transitórios, com duração muito pequena em 741

relação ao período de vida útil da estrutura. 742

A cada carregamento especial corresponde uma única combinação última especial de ações, na qual 743

devem estar presentes as ações permanentes e a ação variável especial, com seus valores 744

característicos, e as demais ações variáveis com probabilidade não desprezável de ocorrência 745

simultânea, com seus valores reduzidos de combinação. 746

Aplica-se a seguinte expressão: 747

)

ψ

γ

(

γ

)

γ

(

0j,ef Qj,k n 2 j qj k Q1, q1 m 1 i k i, G gi d

F

F

F

F

 

748 onde: 749

FGi,k representa os valores característicos das ações permanentes;

750

FQ1,k é o valor característico da ação variável especial;

751

FQj,k representa os valores característicos das ações variáveis que podem atuar concomitantemente

752

com a ação variável especial; 753

(23)

0j,ef representa os fatores de combinação efetivos de cada uma das ações variáveis que podem

754

atuar concomitantemente com a ação variável especial FQ1.

755 756

Os fatores 0j,ef são iguais aos fatores 0j adotados nas combinações normais, salvo quando a ação

757

variável especial FQ1 tiver um tempo de atuação muito pequeno, caso em que 0j,ef podem ser tomados

758

como os correspondentes fatores de redução 2j.

759

6.4.3 Combinações últimas de construção 760

As combinações últimas de construção devem ser levadas em conta nas estruturas em que haja riscos 761

de ocorrência de estados-limites últimos, já durante a fase de construção. O carregamento de 762

construção é transitório e sua duração deve ser definida em cada caso particular. No caso de pontes 763

devem ser avaliados todas as fases de montagem ou execução, assim como os equipamentos e 764

estruturas que sejam necessárias para o desenvolvimento da obra. 765

Devem ser consideradas tantas combinações de ações quantas sejam necessárias para verificação das 766

condições de segurança em relação a todos os estados-limites últimos que são de se temer durante a 767

fase de construção. Em cada combinação devem estar presentes as ações permanentes e a ação 768

variável principal, com seus valores característicos e as demais ações variáveis, consideradas 769

secundárias, com seus valores reduzidos de combinação. 770

Para cada combinação, aplica-se a mesma expressão dada em 7.4.2, onde FQ1,k é o valor característico

771

da ação variável admitida como principal para a situação transitória considerada. 772

6.4.4. Combinações últimas excepcionais 773

As combinações últimas excepcionais decorrem da atuação de ações excepcionais que podem 774

provocar efeitos catastróficos. As ações excepcionais somente devem ser consideradas no projeto de 775

estrutura de determinados tipos de construção, nos quais essas ações não possam ser desprezadas e 776

que, além disso, na concepção estrutural, não possam ser tomadas medidas que anulem ou atenuem a 777

gravidade das consequências dos seus efeitos. O carregamento excepcional é transitório, com duração 778

extremamente curta. 779

A cada carregamento excepcional corresponde uma única combinação última excepcional de ações, na 780

qual devem figurar as ações permanentes e a ação variável excepcional, com seus valores 781

característicos, e as demais ações variáveis com probabilidade não desprezável de ocorrência 782

simultânea, com seus valores reduzidos de combinação, conforme a ABNT NBR 8681. Nos casos de 783

ações sísmicas, deve ser utilizada a ABNT NBR 15421. 784

Aplica-se a seguinte expressão: 785

)

ψ

γ

(

)

γ

(

0j,ef Qj,k n 1 j qj exc Q, m 1 i k i, G gi d

F

F

F

F

 

786 Onde 787

FQ,exc é o valor da ação transitória excepcional.

788 789

6.4.5 Combinações de serviço 790

6.4.5.1 Combinações quase permanentes de serviço 791

(24)

As combinações quase permanentes são aquelas que podem atuar durante grande parte do período de 792

vida da estrutura, da ordem da metade desse período. Essas combinações são utilizadas para os 793

efeitos de longa duração e para a aparência da construção. 794

Nas combinações quase permanentes, todas as ações variáveis são consideradas com seus valores 795 quase permanentes ψ F2 Q,k: 796

)

ψ

(

2j Qj,k n 1 j m 1 i k Gi, ser

F

F

F

 

797

No contexto dos estados-limites de serviço, o termo “aparência” deve ser entendido como relacionado a 798

deslocamentos excessivos que não provoquem danos a outros componentes da construção, e não a 799

questões meramente estéticas. 800

801

6.4.5.2 Combinações frequentes de serviço 802

As combinações frequentes são aquelas que se repetem muitas vezes durante o período de vida da 803

estrutura, da ordem da 2x106 vezes em 50 anos, ou que tenham duração total igual a uma parte não 804

desprezável desse período, da ordem de 5 %. Essas combinações são utilizadas para os estados-805

limites reversíveis, isto é, que não causam danos permanentes à estrutura ou a outros componentes da 806

construção, incluindo os relacionados ao conforto dos usuários e aos veículos, tais como vibrações 807

excessivas, movimentos laterais excessivos que comprometam e possam criar aberturas de fissuras. 808

Nas combinações frequentes, a ação variável principal FQ1 é tomada com seu valor frequente 1FQ1,k e 809

todas as demais ações variáveis são tomadas com seus valores quase permanentes ψ F2 Q,k: 810 ) ( 2j Qj,k n 2 j k , 1 Q 1 m 1 i k , Gi ser F F F F

 

   811 812

6.4.5.3 Combinações raras de serviço 813

As combinações raras são aquelas que podem atuar no máximo algumas horas durante o período de 814

vida da estrutura. Essas combinações são utilizadas para os estados-limites irreversíveis, isto é, que 815

causam danos permanentes à estrutura ou a outros componentes da construção, e para aqueles 816

relacionados ao funcionamento adequado da estrutura, tais como formação de fissuras e danos aos 817

fechamentos. 818

Nas combinações raras, a ação variável principal FQ1 é tomada com seu valor característico FQ1,k e

819

todas as demais ações variáveis são tomadas com seus valores frequentes ψ F1 Q,k: 820 ) ( 1j Qj,k n 2 j k , 1 Q m 1 i k , Gi ser F F F F

 

   821

6.5 - Considerações especiais para fadiga

822

Em estruturas de pontes de aço e pontes mistas de aço e concreto devem ser considerados os efeitos 823

de fadiga. No caso da Laje do tabuleiro de concreto a fadiga deve ser avaliada conforme a ABNT NBR 824

(25)

6118 No caso dos elementos de aço e suas conexões, estes devem ser avaliados com as variações de 825

tensões e os limites expostos no Anexo A desta norma.

826 827

7- Dimensões mínimas

828

7.1 Vão efetivo

829

Para determinação de esforços e deslocamentos, deverá ser considerada para o comprimento do vão, a 830

distância entre centros dos aparelhos de apoio. 831

7.2 Contraflecha

832

As vigas poderão ter contraflecha para compensar as deformações devidas as ações permanentes e 833

deformações impostas. Quando considerada a execução em estágios, a sequência destes deve ser 834

considerada na determinação da contraflecha. 835

7.3 Espessuras mínimas das chapas de aço

836

A espessura mínima para contenções laterais, diafragmas, seções transversais e chapas gusset de 837

conexão, exceto para almas de perfis laminados, nervuras de seção fechada em tabuleiros ortotrópicos 838

de aço, deve ser de 8 mm. 839

Para tabuleiros ortotrópicos, a espessura da alma de perfis laminados e de nervuras de seção fechada 840

deve ser maior que 6,35mm. A espessura do piso do tabuleiro ortotrópico deve ser de 16 mm, ou quatro 841

por cento do maior espaçamento entre as nervuras, e a espessura das nervuras de seção fechada 842

nesse caso deve ser maior que 5 mm. 843

7.4 Diafragmas e seções transversais

844

Diafragmas e contenções laterais transversais devem ser dispostos nos apoios extremos ou 845

intermediários e intermitentemente ao longo do vão entre os apoios. 846

A necessidade de diafragmas e contenções laterais deve ser analisada para todas as fases de 847

fabricação, transporte e montagem até a situação final definitiva. Estas análises devem incluir, entre 848

outras, as seguintes considerações: 849

- a transferência da ação do vento lateral no elemento inferior entre o apoio da longarina e o 850

tabuleiro da ponte; 851

- a estabilidade do banzo inferior dos diafragmas quando estes foram sujeitos a compressão; 852

- a estabilidade do banzo superior em compressão prévio a cura do tabuleiro; 853

- a distribuição das ações verticais permanentes e acidentais aplicadas a estrutura; 854

Diafragmas ou contenções transversais não requeridas para a situação definitiva da seção mista podem 855

ser considerados como contenções temporárias. Formas de aço não podem ser consideradas como 856

elementos de contenção lateral durante a cura do concreto do tabuleiro. 857

858

7.4.1 Pontes de vigas I

(26)

Os diafragmas ou travejamentos transversais das longarinas devem ser, no mínimo, de 1/2 da altura da 860

seção em longarinas laminadas, e ¾ da altura da seção em longarinas soldadas. É recomendável 861

sempre incluir banzos inferiores e superiores e as diagonais nos travejamentos intermediários, 862

principalmente em pontes com curvatura horizontal. Quando a relação de comprimento e altura da viga 863

de contenção transversal for maior que 4, esta deve ser calculada com elemento de viga. A distância 864

entre contenções ou diafragmas não deve ser maior que 7500mm em ponte retas, e em pontes curvas 865

deve ser menor que 1/10 do raio de curvatura. 866

7.4.2 Pontes de vigas caixão

867

Devem ser previstos diafragmas nos apoios das pontes com vigas caixão e em locais intermediários 868

para evitar a distorção da seção transversal e resistir aos momentos torsores. Para seções de vigas 869

caixão que tenham mais de uma viga, deve ser previsto diafragmas externos que liguem as vigas e 870

possa ser considerado o trabalho conjunto delas. 871

Em nenhum caso, para pontes em viga caixão, o espaçamento dos diafragmas pode exceder a 12000 872

mm. 873

7.4.3 Pontes de treliças e arcos

874

Diafragmas devem ser dispostos nas conexões das vigas de piso e nos nós das treliças ou em qualquer 875

outro ponto que acontecer aplicação de ação concentrada. Diafragmas de treliças devem ser 876

espaçados, no máximo, a cada 12000 mm. 877

7.5 Contenção lateral

878

As contenções ou os travamentos laterais devem ser considerados para todos os estágios da 879

montagem e fabricação da ponte e no estágio final de operação, e deve considerar: 880

- a transferência das ações transversais devido ao vento; 881

- controlar as deformações da seção transversal durante a fabricação, transporte e montagem, e 882

de quando da colocação do piso do tabuleiro da ponte. 883

884

8 – Dimensionamento de elementos a tração

885

Elementos sujeitos a tração devem ser verificados conforme o item 5.2 da ABNT NBR 8800:2008 Barras 886

prismáticas submetidas à força axial de tração. Os limites de esbeltez para pontes devem ser limitados 887

a: 888

- L/r ≤140 para elementos principais sujeitos a tensões reversas 889

- L/r ≤200 para elementos principais não sujeitos a tensões reversas 890

- L/r ≤240 para elementos secundários 891

Onde: 892

L é o comprimento destravado do elemento entre seus pontos de trabalho 893

r é o menor raio de giração da seção 894

(27)

895

9 – Dimensionamento de elementos a compressão

896

Elementos prismáticos sujeitos à compressão devem ser dimensionados de acordo com o item 5.3 da 897

ABNT NBR 8800:2008 Barras prismáticas submetidas à força axial de compressão. O limite de esbeltez 898

em todos os casos não deve exceder: 899

- L/r ≤120 para elementos principais 900

- L/r ≤200 para elementos secundários 901

DISCUSSÕES ATÉ AQUI NO DIA 23/07/2015 902

10 – Dimensionamento de elementos com seções I a flexão

903

As vigas ou longarinas (sejam estas laminadas ou soldadas) devem ser dimensionadas em duas fases 904

diferentes: uma primeira quando as vigas de aço são a estrutura resistente, e outra quando o sistema se 905

comporta de maneira mista com a laje de concreto do tabuleiro. 906

Na primeira fase, comumente denominada com antes da cura (AC), o dimensionamento é de acordo 907

com o item 5.4.2 da ABNT NBR 8800:2008, e não deve ser considerado o uso de vigas de almas 908

esbeltas e, caso necessário, deve se usar enrijecedores transversais e longitudinais. Vigas soldadas 909

com mesas de larguras diferentes serão consideradas de acordo como uma viga I ou H com apenas um 910

eixo de simetria situado no plano médio da alma, fletidas em relação ao eixo de maior momento de 911

inércia. Nesta fase deve ser verificada, para a combinação de carga permanente e variável sem 912

consideração da carga móvel (com os coeficientes de majoração adequados), os estados de flambagem 913

lateral com torção, flambagem local da mesa e flambagem local da alma. 914

Na segunda fase, após a cura do concreto, a viga se comporta como viga mista e o Anexo O da ABNT 915

NBR 8800 deve ser aplicado. As combinações de resistência última devem considerar as ações 916

permanentes totais, as ações acidentais e as cargas devidas ao trafego dos veículos. 917

11 – Dimensionamento de elementos com seções caixão a flexão

918

Verificar normas estrangeiras????

919

12 – Outros tipos de seção dimensionamento a flexão

920

Verificar normas estrangeiras????

921

Incluir dimensionamento a cisalhamento.

922

13 – Conexões e emendas

923

As conexões e emendas deverão seguir os seguintes itens da ABNT NBR 8800:2010: 924

6 Condições especificas para o dimensionamento de ligações metálicas 925

7 Condições especificas para o dimensionamento de elementos mistos aço e concreto 926

8 Condições especificas para o dimensionamento de ligações mistas 927

Referências

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