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25 Gêneros Musicais: Vocais e Instrumentais - Conteúdo

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Gêneros Musicais: Vocais e Instrumentais - Conteúdo

Introdução

Gêneros Vocais

Organum

Moteto

Madrigal

Ópera

Lied

Gêneros Instrumentais

Suíte

Concerto

Sonata

Sinfonia

Sistemas de Organização Sonora

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Introdução

Como vimos na Unidade 09 – Formas Simples: Unária e Binária, certas formas musicais se estabeleceram por seu equilíbrio e boa funcionalidade. Da mesma maneira, alguns gêneros musicais se estabeleceram porque cumpriam uma função social e artística de relevância, seja na liturgia da igreja ou em cerimônias da vida cotidiana, e assim garantiram sua continuidade.

Os gêneros musicais codificam as práticas do passado e, ao mesmo tempo, produzem modelos para as repetições futuras. Podemos definir gênero musical como uma categoria que abrange obras que compartilham feições comuns. Existem gêneros de música puramente vocal, puramente instrumental e gêneros que misturam as vozes e instrumentos.

Nessa unidade, dedicada aos gêneros, teremos textos explicativos sobre os principais gêneros musicais, acompanhados de exemplos significativos. No entanto, são as diversas audições das obras representativas de determinado gênero que podem dar uma compreensão e um entendimento mais profundo sobre o assunto. Assim, recomendamos que você escute diversas vezes ,durante seu dia a dia, os exemplos musicais selecionados para essa unidade.

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Gêneros Vocais

O primeiro meio utilizado pelo ser humano para produzir sons foi a sua própria voz. Acredita-se que os primeiros instrumentos musicais tenham sido pedaços de árvores, objetos encontrados ou ossos de animais que eram percutidos ou soprados.

Na maior parte dos povos conhecidos, os gêneros vocais desenvolveram-se antes dos gêneros puramente instrumentais. Na música ocidental, desde a Idade Média até o Renascimento, os gêneros vocais foram predominantes e os instrumentos eram empregados para reforçar ou substituir vozes.

A música instrumental pura, com escrita idiomática para cada tipo de instrumento, sistematizou-se no Período Barroco, a partir do final do século XVI. Foi nesta época, no início do século XVII, que surgiram os primeiros grandes construtores de instrumentos de cordas, como, por exemplo, Guarnieri, Amati e Stradivari.

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Organum

A partir do canto gregoriano desenvolveu-se o organum, uma estrutura originária da polifonia européia, que consistia em acrescentar outra voz paralela, em intervalo de oitava, quinta ou quarta, à melodia principal do cantochão (que era tratado como cantus firmus). O advento do

organum marca o inicio de um pensamento polifônico na história da música ocidental, porém as

vozes ainda não tinham independência rítmica uma da outra. Logo depois, em torno do ano 1100, surgiram os tipos de organum florido, em que as melodias da voz de contraponto tornavam-se mais livres, inicialmente do ponto de vista melódico (chamado organum melismático) e, posteriormente, também no aspecto rítmico (chamado organum livre). Essas liberdades davam maior flexibilidade e mobilidade à interação das vozes.

Em torno dos anos de 1180-1200 surgiu uma seção do organum, que se chamava clausula. Trata-se de um Trata-segmento a duas vozes na qual a voz que carregava o cantus firmus (chamada de tenor) era estruturada com base em padrões rítmicos formados por pequenas células de duas ou três notas que já apareciam nas vozes contrapontísticas. Assim, teve início uma escrita mais precisa do ritmo que originou a sistematização atual.

No século XIII, a clausula torna-se, cada vez mais, uma composição independente do organum através da colocação de novos textos às melodias já existentes. Surge, assim, um dos mais importantes gêneros da polifonia vocal, entre os séculos XIII e XVI: o moteto (do francês „mot‟, que significa „palavra‟. Ouça um exemplo de organum de Notre Dame, do compositor francês, Perotin (c. 1160– Paris, c. 1236).

Ex. 1– Perotin –Viderunt Omnes - Organum de Notre Dame Sistemas de Organização Sonora

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Moteto

O moteto surgiu a partir do início do século XIII e perdurou com certo vigor até pelo menos o ano de 1750. Nos seus primórdios, o moteto utilizava apenas textos religiosos em latim em todas as vozes, o texto das vozes superiores comentava o texto da voz principal. Porém, gradualmente o moteto passou a incorporar textos em vernáculo (principalmente francês e italiano), simultaneamente ao texto em latim oriundo do organum. Estes textos em línguas seculares, geralmente tratavam de assuntos profanos. Isso favoreceu para que o gênero do moteto gradualmente se afastasse do ambiente religioso e começasse a ser cantado fora das igrejas, como uma espécie de canção polifônica profana.

Foi um dos maiores compositores da Idade Média, Guillaume de Machaut (1300-1377), que levou o moteto de volta ao ambiente religioso, através de sua Missa de Nossa Senhora (Messe de Notre

Dame). Esta foi a primeira missa polifônica escrita por um único compositor. Posteriormente,

motetos com textos religiosos predominaram e continuaram a ser compostos por grande compositores sacros, como Josquin des Prez (1450-1521), Giovanni Palestrina (1525-1594), Orlando de Lasso (1532-1594) e Tomas de Victoria (1548-1611), entre outros, até chegar à época de Johann Sebastian Bach (1685-1750), que escreveu 6 motetos religiosos, com texto bíblico em alemão. Para a apreciação de exemplos deste gênero musical escute o Moteto Quam Pulchra Es (Quão Bela És) do compositor inglês John Dunstable (1390-1453), que é um moteto profano com texto de amor em latim, e Sicut Cervus do compositor italiano Giovanni Palestrina (1525-1594), com texto em latim referente ao Salmo 42 da bíblia.

Ex. 2 – John Dunstable –Quam Pulchra Es

Ex. 3 – Palestrina –Sicut Cervus

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Madrigal

Um gênero profano de grande importância, que surgiu da poesia de Petrarca em meados do século XIV, é o madrigal. O madrigal também é uma obra vocal, a cappella ou com instrumentos. Inicialmente, era composto a duas ou três vozes e no séc. XVI chegou a atingir seis vozes.

Sua principal característica é o texto em língua secular européia, especialmente o italiano, de caráter profano, com temática principalmente amorosa. Há dois tipos de madrigal: o medieval, no século XIV, com melodias muito ricas e floridas; o renascentista, que tem seu apogeu na segunda metade do século XVI e início do séc. XVII, com cromatismos, uso de dissonâncias sem preparação e caráter dramático, como ocorre nas obras de madrigalistas como Gesualdo, Marenzio e Monteverdi.

A principal diferença entre o moteto renascentista e o madrigal é que no moteto todas as vozes estão em latim, com temática religiosa. Já o madrigal é geralmente escrito em italiano e trata de temas profanos, como sátiras, crítica social, amor, etc. Alguns madrigais, chamados de madrigais

espirituais, contêm textos religiosos em língua secular européia. Entre os principais compositores

de madrigais, estão: Orlando de Lasso (1532-1594), Giovanni Palestrina (1525-1594), Andrea Gabrieli (1510-1586), Luca Marenzio (1553-1599), Carlo Gesualdo (1566-1613) e Claudio Monteverdi (1567-1643).

Ex. 4 – Gesualdo –Io parto

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Ópera

A partir de 1600 começou, na Itália, o desenvolvimento de um gênero vocal de grande importância e que perdura até os dias atuais: a ópera. A ópera pode ser definida como uma espécie de música dramática, ou teatro musical, em que os personagens expressam o enredo através do canto. O tipo de canto com a voz empostada, na ópera, chama-se canto lírico. Este originou-se do bel

canto, que apareceu em Nápoles em finais do séc. XVII e foi predominante no séc. XVIII.

Em uma ópera existe o cenário, a indumentária e a atuação cênica dos cantores, um grupo de músicos, a orquestra, que acompanha os cantores, mas não aparece para o público, ficando em um fosso abaixo do cenário. Aparecem apenas os cantores, que cantam e recitam no palco.

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Ópera– (continuação)

Uma ópera geralmente segue uma estrutura definida. Primeiro temos uma abertura instrumental, que apresenta os principais temas da ópera. Depois existem os atos da ópera, que podem variar de um a vários atos, que são como capítulos, sendo que cada um conta uma parte da história. Em cada ato, alternam-se recitativos e árias. O recitativo é um canto recitado, quase falado, onde uma grande quantidade de texto é dita em pouco tempo; é uma forma de acelerar o relato da história e contextualizar o enredo das árias. As árias são os momentos mais marcantes da ópera, nos quais os personagens expressam seu mundo interior e os cantores demonstram sua capacidade vocal. Entre os mais destacados compositores de ópera, estão: Claudio Monteverdi (1567-1543), Alessandro Scarlatti (1660-1725), Christoph W. Gluck (1714-1787), Wolfgang A. Mozart (1756-1791), Richard Wagner (1813-1883), Gioachino Rossini (1792-1868), Giuseppe Verdi (1813-1901). Giacomo Puccini (1858-1924) e Antonio Carlos Gomes (1836-1896). Nos dias atuais, destacam-se compositores como Jocy de Oliveira (1936), Philip Glass (1937), John Adams (1947), Kaija Saariaho (1952) e Tan Dun (1956).

Ex. 5 – Mozart – Ária da Ópera

As Bodas de Fígaro –Non Più Andrai,I Ato

Partitura

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Lied

A partir de cerca de 1800, surgiu na Alemanha um gênero vocal típico da sensibilidade romântica, que logo se espalharia pela Europa e o mundo: o Lied romântico. O Lied é uma peça para um cantor solista com acompanhamento ao piano, com o texto aproveitado de um poema. O termo

Lied significa “canção”, em alemão. Isso significa que a canção romântica surgiu na Alemanha na

forma do Lied. O Lied é um gênero musical de expressão lírica, onde o compositor expressa musicalmente os recônditos da alma do poeta. As formas mais comuns de Lied são: canção estrófica (AA‟ A”), canção binária (A B) e canção ternária (A B A).

Os principais compositores de Lieder (plural de Lied) românticos foram Franz Schubert (1797-1828), Robert Schumann (1810-1856) e Johannes Brahms (1833-1897). Eles compuseram longos ciclos de canções que conduzem narrativas semelhantes às da ópera, porém para serem apresentados como música de câmara. Entre os compositores de outros países que se dedicaram à canção, estão: Hector Berlioz (1803-1869), Modest Mossorgsky (1839-1881) e Gabriel Fauré (1845-1924). Nos séc. XX e XXI, o ciclo de canções teve sua permanência com músicos como Claude Debussy (1862-1918), Arnold Schoenberg (1874-1951), Luigi Dallapiccola (1904-1975), Elliott Carter (1908), Benjamin Britten (1913-1976), Pierre Boulez (1925) e Philip Glass (1937), entre outros.

No Brasil, a sensibilidade romântica do séc. XIX conduziu o desenvolvimento da modinha, que é um dos gêneros mais importantes da canção brasileira. Entre os principais compositores de modinhas, encontram-se: Domingos Caldas Barbosa (1740-1800), José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), Antônio Carlos Gomes(1836-1896), Alberto Nepomuceno (1864-1920), Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Radamés Gnattali (1906-1988), Camargo Guarnieri (1907-1993) e Francisco Buarque de Holanda (1944).

Ex. 6 – Schubert –Der Lindenbaum

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Gêneros Instrumentais

Os principais gêneros instrumentais europeus começaram a se desenvolver plenamente a partir de 1600. As origens da música instrumental, no Ocidente, estão nas danças medievais e renascentistas, na transcrição de peças vocais para instrumentos polifônicos, como o cravo e o alaúde, e em séries de variações realizadas com base em baixos de canções conhecidas. Isso significa que a música instrumental ocidental tem sua origem na música vocal.

Com o tempo, as transcrições de música vocal deram lugar a peças escritas originalmente para instrumentos, com base nas mesmas técnicas de contraponto utilizadas na música coral. As transcrições eram chamadas, inicialmente de ricercata ou ricercare (procurar, em italiano). Mais tarde, eram compostos ricercari (plural de ricercare) originais para instrumentos, o que deu origem à fantasia, que é uma espécie de ricercare no qual o músico emprega elementos idiomáticos da técnica instrumental. Assim, gradualmente, os gêneros instrumentais começaram e se estabelecer. Em 1511, Sebastian Virdung já classificava os instrumentos em:

• Instrumentos de cordas: violas, guitarras, alaúdes, etc. • Instrumentos de sopro: flautas, oboés, trompas, etc. • Instrumentos ressonantes: pandeiro, tambor, etc.

Em 1600, já havia a organização dos instrumentos em diversas categorias, inclusive com orquestras estabelecidas de acordo com o tipo de instrumentos: violas (instrumentos de cordas de arco), flautas (instrumentos de sopro de madeira), trombones (instrumentos de sopro de metal), alaúdes, teclados, etc.

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Suíte

A Suíte, que é uma composição instrumental em vários movimentos, sendo que cada um deles estiliza um movimento de dança, foi um dos primeiros gêneros instrumentais a surgir, tendo perdurado com vigor até cerca de 1750. A origem da suíte remonta à Idade Média, ao costume de agrupar danças aos pares. Por volta de 1650 o compositor alemão Froberger (1616-1667) estabeleceu uma seqüência de movimentos que se tornou padrão para a suíte: um prelúdio (facultativo), allemande (dança alemã), courante (dança francesa), sarabanda (dança espanhola), concluindo com uma giga (dança inglesa). Alguns compositores que escreveram suítes importantes são François Couperin (1668-1733), George F. Haendel (1685-1759) e J. S. Bach (1685-1750). Suíte é um termo francês que significa sequência. A expressão original era suite de

danses que significa“sequência de danças”. Em italiano, o termo para suíte é partita (partida).

Após 1750 a suíte entrou em declínio sendo substituída por outros gêneros como a sonata e o concerto. No entanto, diversas suítes continuaram sendo escritas, não sendo necessariamente uma seqüência de danças, e sim uma seqüência de movimentos com uma temática específica, definida pela fantasia do compositor. Temos exemplos de suítes na música mais recente, tais como a suíte Bergamasque, para piano, de Debussy (1862-1918) a suíte orquestral Os Planetas de Holst (1874-1934), e as Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos (1887-1959), que são suítes para diversas formações instrumentais, que fundem elementos da música brasileira com feições da música de Bach.

Ex. 7 – Bach –Suíte Francesa n.5 em Sol M

Partitura Sistemas de

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Concerto

O gênero Concerto, também surgiu durante o período Barroco e perdura até os dias atuais. Em sua forma antiga o concerto tinha duas modalidades principais: no concerto grosso, há oposição entre um grupo de solistas (concertino) e a orquestra (ripieno). Já no concerto solo, um solista dialoga sozinho com a orquestra.

Entre os compositores de concerto, no Barroco, estão: Arcangelo Corelli (1653 -1713), Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach 1750) e George Friederic Haendel (1685-1759). Seus concertos podem ser organizados em três movimentos (rápido-lento-rápido), ou em quatro movimentos (lento-rápido-lento-rápido). Também existem concertos Barrocos com mais de quatro movimentos, como alguns concertos de Haendel, mas estes são exceções.

A partir do Classicismo, especialmente através dos concertos de Mozart, o concerto solista conquista hegemonia e cada vez mais a figura do solista ganha maior importância no gênero. Os concertos começaram a se tornar mais difíceis para o solista e com maior duração. Nesta época surge a cadenza, um trecho em que o solista toca sozinho, sem acompanhamento, no final do primeiro movimento. Neste trecho, o solista demonstra plenamente suas capacidades técnicas e expressivas através da improvisação. Beethoven escreveu cinco concertos para piano, e um para violino; foi o primeiro compositor a escrever as cadenze (plural de cadenza) dos seus concertos.

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Concerto– (continuação)

No Romantismo, o concerto se expande com as obras de Franz Liszt (1811-1886) e Johannes Brahms (1833-1897). Estes compositores dão ainda mais valor ao solista, ampliando o número de movimentos para quatro. Seus concertos eram escritos em forma cíclica, na qual os mesmos temas são elaborados e transformados ao longo de todos os movimentos.

Durante o período Barroco existia maior diversidade de instrumentos solistas. A partir do Romantismo, a grande parte dos concertos foi escrita apenas para piano, violino e violoncelo, instrumentos considerados mais aptos à expressão romântica. A partir do século XX voltou a ser introduzida maior variedade de solistas no concerto, abrindo espaço para praticamente todos os instrumentos. No início do séc. XXI, o compositor chinês Tan Dun (1956) passou a incorporar, como solistas em seus concertos, instrumentos inusitados, feitos de pedra, papel ou água. Um exemplo é seu Concerto de Papel, escrito em 2003, para instrumentos de papel e orquestra. Em 2002, ele já tinha escrito um concerto multimídia: O Mapa, para violoncelo, vídeo e orquestra. Entre os compositores de concertos, no séc. XX e XXI, estão: Sergei Rachmaninoff (1874-1943), Igor Stravinsky (1882-1971), Maurice Ravel (1875-1937), Béla Bartok (1881-1945), Sergei Prokofiev (1891-1953), Dimitri Shostakovitch (1906-1975), Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Alberto Ginastera (1916-1983), Gyorgy Ligeti (1923-2006), Krzysztof Penderecki (1933) e Tan Dun (1956).

Ex. 8 – Concerto Grosso: Bach – Concerto de Brandenburgo n. 6, I mov.

Allegro – Adagio – Allegro

Ex. 9 – Concerto Solista: Beethoven – Concerto n. 5, op. 73, para piano e orquestra, I mov.

Parte I – Parte II Sistemas de

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Sonata

O gênero Sonata foi outro destaque da música composta a partir de 1600. Sonata vem da palavra italiana suonare. Inicialmente, referia-se à música executada por instrumentos de cordas e sopros, em oposição a toccata, música para ser tocada em instrumento de teclas. No inicio, durante o período Barroco, existiam dois tipos de sonata: sonata da chiesa (de igreja), em quatro movimentos, e a sonata da camera, em três movimentos. Existia também a trio-sonata, peça para dois instrumentos solistas, com acompanhamento de baixo contínuo, e a sonata solo, para instrumento solo e acompanhamento de contínuo.

Posteriormente, durante o Classicismo, surgiu a sonata tal como a definimos hoje: uma peça para instrumento solista, usualmente piano, ou ainda para instrumento melódico (violino, violoncelo, flauta, etc.) acompanhado por piano. A sonata clássica tinha três ou quatro movimentos, sendo que Haydn e Mozart foram os músicos que solidificaram este gênero.

As sonatas continuaram a ser escritas durante todo o século XIX, destacando-se as 32 Sonatas para piano e as 10 sonatas para violino e piano de Beethoven, as sonatas para piano de Frédéric Chopin e Franz Listz, e as sonatas para violino e piano de Robert Schumann. Nos séc. XX e XXI, compuseram sonatas: Alban Berg (1885-1935), Igor Stravinsky (1882-1971), Sergei Prokofiev (1891-1953), Camargo Guarnieri (1907-1993), John Cage (1912-1992), Alberto Ginastera (1916-1983), Bruno Kiefer (1923-1987) e Pierre Boulez (1925), entre outros.

Ex. 9 – Sonata: Mozart –Sonata K. 310, para piano, em Lá m, I mov

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Sinfonia

A Sinfonia é outro gênero importante que se solidificou a partir do período Clássico (ca. 1750). As origens da Sinfonia clássica remontam à Escola de Mainnheim, aos compositores Johann Stamitz (1745-1801) e Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788, filho de J. S. Bach). Foi principalmente através da obra de Joseph Haydn (1732-1809), que escreveu 104 sinfonias, que este gênero se sistematizou. Suas sinfonias eram escritas em 4 movimentos: rápido-lento-moderado-rápido. Mozart escreveu 41 Sinfonias, seguindo a tradição de Haydn. Beethoven acrescentou novos instrumentos à orquestra, passou a empregar estruturas narrativas, como na Sinfonia Nº 3,

Heróica, e na Sinfonia Nº 6, Pastoral. Na Sinfonia Nº 9, Coral, introduz-se um coro no último

movimento, que canta a Ode à Alegria de Schiller. Esta sinfonia, que dura cerca de uma hora, levou o gênero a uma dimensão transcendental e causou grande escândalo na época.

No século XIX, os românticos tomaram Beethoven como modelo para criar a sinfonia programática e o poema sinfônico. Entre os sinfonistas românticos, encontram-se: Franz Schubert (1797-1828), Hector Berlioz (criador da sinfonia programática, 1803-1869), Felix Mendelssohn (1809-1847) , Franz Liszt (criador do poema sinfônico, 1811-1886), Johannes Brahms, Antonin Dvorák (1841-1904) e Gustav Mahler (1860-1911), sendo que este último levou o gênero sinfonia ao máximo de suas possibilidades, em termos da grandiosidade do efetivo sinfônico e duração, em sua Sinfonia dos Mil, que exige mil executantes. No século XX, a produção de sinfonias continuou, com: Dimitri Shostakovitch (escreveu 14 Sinfonias), Sergei Prokofiev, Igor Stravinsky, e mais recentemente Henryk Gorecki (1933), cujo CD de sua Sinfonia Nº 3 vendeu mais de um milhão de cópias, na década de 1990. Outros sinfonistas atuais são Philip Glass e Tan Dun. Este, em 2009, compôs a Sinfonia Internet (Heróica) para ser tocada on line por músicos de várias partes do mundo.

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