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O nome do medo I Rio de Janeiro de Rivane Neuenschwander

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Academic year: 2021

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O nome do medo I Rio de Janeiro

de

​Rivane Neuenschwander

De 21 de fevereiro a 16 de julho de 2017

O Museu de Arte do Rio – MAR, sob a gestão do Instituto Odeon, inaugura em 21 de fevereiro a exposição ​O nome do medo​, ​da artista​Rivane Neuenschwander, em colaboração com o ​fashion designer Guto Carvalhoneto​. Com curadoria de Lisette Lagnado, ​patrocínio do prêmio da Fundação Yanghyun (Coreia do Sul) e em parceria com a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV Parque Lage), ​a mostra apresenta 32 peças ​desenvolvidas por Rivane e Guto. Elas são resultado de um processo de criação iniciado a partir de oficinas realizadas com crianças de escolas públicas e particulares e de unidades de reinserção social (URS), além de público espontâneo do MAR e do Parque Lage.

O projeto que dá nome à mostra foi concebido por Rivane após ser agraciada com o Yanghyun, em 2013, na sexta edição do prêmio coreano que contempla artistas com obras reconhecidas internacionalmente. Por meio deste, a Fundação Yanghyun oferece aos ganhadores um sistema de apoio para realização de uma mostra em um museu renomado. O MAR, como um espaço de fomento à educação como prática de criação e experimentação, foi escolhido para receber as peças produzidas a partir das atividades de ​O nome do medo​ no Rio de Janeiro.

Em 2015, Rivane foi convidada para colaborar com o evento ​Children’s Comission​, realizado anualmente pela galeria de arte Whitechapel (Londres, Inglaterra), criado para promover a interação das crianças com a arte. Na ocasião, a artista se propôs a investigar o medo a partir do olhar das crianças, que foram estimuladas a listar e desenhar seus maiores temores e a construir capas com materiais ricos em texturas e cores – algodão, organza, fitas, plásticos, linhas e outros

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materiais ligados ao universo do corte e da costura –, como uma forma de ajudá-las a acolher e se proteger de seus medos. Os artigos produzidos nos encontros foram transformados em capas estilizadas, criadas pela artista com a colaboração do ​fashion designer​ Lucas Nascimento, brasileiro radicado em Londres.

No Rio de Janeiro, foram realizadas 12 oficinas, com duração de três horas, com mais de 240 crianças, entre 6 e 13 anos, na Escola do Olhar e na EAV Parque Lage. Artistas renomados como Laura Lima, Anitta Boavida, ​Chiara Banfi, Daniel Steegmann-Mangrane, entre outros, auxiliaram os participantes nas confecções de suas peças. As capas desenhadas e construídas durante as atividades ganharam um novo formato pelas mãos de Rivane e do ​fashion designer Guto Carvalhoneto, com acompanhamento de Lisette Lagnado.

Para a artista, o projeto permite questionar as origens psíquicas e sociais do medo e ajuda a criança na elaboração de seus conflitos. Rivane explica que “a ​oposição entre brincadeira e violência ​faz com que esse trabalho ofereça condições singulares para que a criança manifeste seus anseios e temores, para ​que os adultos reavaliem tanto a infância quanto a exposição c ​otidiana da criança à brutalidade, e, ainda, para repensarmos como o medo decorre de um tipo de afeto ​coercitivo dentro da sociedade”.

Rivane já fez exposições individuais e coletivas na Suécia, Irlanda, Japão, África do Sul, França, entre outros países. Suas obras são produzidas a partir de processos colaborativos com o público.

Sobre Lisette Lagnado

Lisette Lagnado (1961, Kinshasa, Congo) é crítica de arte e curadora independente. Formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é mestre em Comunicação e Semiótica (dissertação sobre a obra de Mira Schendel) e doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo, com uma tese sobre o programa ambiental de Hélio Oiticica. Junto com amigos e familiares, fundou, em 1993, o Projeto Leonilson, que permitiu organizar a primeira retrospectiva do artista, morto em decorrência da AIDS. Autora dos livros ​Leonilson. São tantas as verdades (São Paulo: Projeto Leonilson/SESI/DBA, 1995) e ​Laura Lima. On_off ​(Rio de Janeiro: Cobogó, 2014), tem diversos artigos e ensaios publicados no Brasil e no exterior. Entre

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as exposições que concebeu, foi curadora, em 2006, da 27ª Bienal de São Paulo ("Como Viver Junto"); da mostra “Desvíos de la deriva. Experiencias, travesias y morfologías” (2010), no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS), em Madri; e do 33º Panorama do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2013). Desde agosto de 2014, dirige a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.

Sobre Guto Carvalhoneto

Guto Carvalhoneto formou-se em design de moda pela Universidade Cândido Mendes, em 2008. Já em 2009 foi viver em Paris para aprofundar os seus conhecimentos. Durante esse período, trabalhou como visual merchandising para uma marca de prêt-à-porter francesa e paralelamente desenvolveu sua pesquisa focada na precisão e técnicas da alta costura parisiense. Em 2011, lançou sua marca, buscando experimentar materiais e formas não comuns à moda comercial, unidas às semelhanças estéticas entre o sertão e o oriente, contaminando-se também pelo cinema e pelas artes visuais.

O Museu de Arte do Rio - MAR

O MAR é um espaço dedicado à arte e à cultura visual. Ocupa dois prédios na praça Mauá: um de estilo eclético, que abriga o Pavilhão de Exposições; outro em estilo modernista, onde funciona a Escola do Olhar. O projeto arquitetônico une as duas construções com uma cobertura fluida de concreto, que remete a uma onda – marca registrada do museu –, e uma rampa, por onde os visitantes chegam aos espaços expositivos.

Uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o MAR tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.

O MAR é gerido pelo Instituto Odeon, uma organização social da Cultura, selecionada pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro por edital público. ​O museu

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tem o ​Grupo Globo como mantenedor, o ​BNDES como patrocinador da ​Reserva Técnica e apoiador da exposição ​Leopoldina, princesa da Independência, das artes e das ciências​, a ​Petrobras também como apoiadora de ​Leopoldina, princesa da Independência​, e a ​Repsol como apoiadora de exposição. O ​Consulado Geral da França apoia a exposição ​Lugares do Delírio​.

A ​Escola do Olhar tem o ​Sistema Fecomercio RJ​, por meio do Sesc, como parceiro institucional, e conta com o ​Banco Votorantim e a ​Prodiel como apoiadores. A ​Brookfield apoia as ​visitas educativas ​. O programa ​MAR na Academia tem apoio da

Dataprev e da ​Amil One Health via Lei Municipal de Incentivo à Cultura, e da ​Aliansce

via Lei Rouanet. A ​Souza Cruz​ é copatrocinadora do ​Domingo no MAR​.

O MAR conta também com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, e realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Serviço

Ingresso: R$ 20 I R$ 10 (meia-entrada) – pessoas com até 21 anos, estudantes de escolas particulares, universitários, pessoas com deficiência e servidores públicos da cidade do Rio de Janeiro. O MAR faz parte do ​Programa Carioca Paga Meia​, que oferece meia-entrada aos cariocas e aos moradores da cidade do Rio de Janeiro em todas as instituições culturais vinculadas à Prefeitura. Apresente um documento comprobatório (identidade, comprovante de residência, contas de água, luz, telefone pagas com, no máximo, três meses de emissão) e retire o seu ingresso na bilheteria. Pagamento em dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard).

Bilhete Único: R$ 32 – R$ 16 (meia-entrada) cariocas e residentes no Rio de Janeiro, mediante apresentação de documentação ou comprovante de residência comprobatórios. Serão considerados documentos comprobatórios aqueles que contenham o local de nascimento, tais como RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, passaporte etc. Serão considerados comprovantes de residência os títulos de cobrança com no máximo 3 (três) meses de emissão, como serviços de água, luz, telefone fixo ou gás natural, devidamente acompanhado de documento oficial de

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identificação com foto (RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, passaporte etc.) do usuário.

Política de gratuidade: Não pagam entrada – mediante a apresentação de documentação comprobatória – alunos da rede pública (ensinos fundamental e médio), crianças com até cinco anos ou pessoas a partir de 60, professores da rede pública, funcionários de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa, Vizinhos do MAR e guias de turismo. Às terças-feiras a entrada é gratuita para o público geral. Aos domingos a entrada é gratuita para portadores do Passaporte de Museus Cariocas que ainda não tiverem o carimbo do MAR. No último domingo do mês o museu tem entrada grátis para todos por meio do projeto ​Domingo no MAR​.

Terça a domingo, das 10h às 17h. Às segundas o museu fecha ao público. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (55 21) 3031-2741 ou acesse o site www.museudeartedorio.org.br​.

Referências

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