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Procedimento Operacional Padrão

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Academic year: 2021

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Procedimento

Operacional Padrão

POP 028/2018

Unidade de Reabilitação

Mudança de Decúbito e

Posicionamento do Paciente

restrito ao leito nas

Unidades Clínicas

Versão 1.0

Hospital Universitário

Dr. Miguel Riet

Corrêa Jr.

HU-FURG

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Procedimento

Operacional Padrão

POP 028/2018

Unidade de Reabilitação

Mudança de Decúbito e Posicionamento do Paciente

restrito ao leito nas Unidades Clínicas

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® 2018, Ebserh. Todos os direitos reservados

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh www.ebserh.gov.br

Material produzido pela Unidade de Reabilitação / Ebserh.

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. Este documento será revisado a cada dois anos e atualizado sempre que necessário.

EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DR. MIGUEL RIET CORRÊA JR - HU-FURG

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação

POP: Mudança de Decúbito e Posicionamento do Paciente restrito ao leito nas Unidades Clínicas– Rio Grande: Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU-FURG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), 2018. 14p.

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EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DR. MIGUEL RIET CORRÊA JR - HU-FURG Rua Visconde de Paranaguá, 102 – Centro

Rio Grande/RS – CEP: 96200-190

Telefone: (53) 3233.8800 | http://www.ebserh.gov.br/web/hu-furg

ROSSIELI SOARES DA SILVA Ministro de Estado da Educação KLEBER DE MELO MORAIS

Presidente

SANDRA CRIPPA BRANDÃO Superintendente do HU-FURG

TOMÁS DALCIN

Gerente Administrativo do HU-FURG FÁBIO AGUIAR LOPES

Gerente de Atenção à Saúde do HU-FURG MARILICE MAGROSKI GOMES DA COSTA

Gerente de Ensino e Pesquisa do HU-FURG

EXPEDIENTE

ADRIANO REIS DA SILVA AMANDA COSTA BRUNA CORRÊA CLAUDIANE BERNARDI

DANIELLE ARANTES ELISA GOUVÊA PORTELLA

MAICON SOUZA MATHEUS NERY RUBENS SANTOS

Elaboração

LORENA ALMEIDA FIGUEIRA CARVALHO Revisão Técnica

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HISTÓRICO DE REVISÕES

Data Versão Descrição Gestor do POP Autor/responsável por alterações

23/10/2018 1.0

Trata da mudança de Decúbito e Posicionamento do Paciente restrito ao leito

nas Unidades Clínicas

Lorena Almeida Figueira Carvalho

Amanda Silva Costa, Bruna Correa e Elisa

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Sumário

1. POSICIONAMENTO TERAPÊUTICO ... 2 2. POSICIONAMENTO EM DECÚBITO DORSAL (DD) ... 3 3. POSICIONAMENTO EM DECÚBITO LATERAL (DL) ... 4 RESUMO DO PROTOCOLO DE MUDANÇA DE DECÚBITO E POSICIONAMENTO

DO PACIENTE RESTRITO AO LEITO NAS UNIDADES CLÍNICAS ... 9 REFERÊNCIAS ... 14

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1. POSICIONAMENTO TERAPÊUTICO

Em pacientes hospitalizados o cuidado em relação ao posicionamento no leito está relacionado à prevenção de Lesão Por Pressão (LPP), à melhora da oxigenação do paciente internado e à facilitação funcional da mecânica respiratória, além de promover a mobilização de secreções traqueobrônquicas.

A LPP é caracterizada como uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção. É subdividida em quatro estágios de acordo com a profundidade do dano tecidual.

Estágio 1: Eritema não branqueável

Pele intacta com rubor não branqueável numa área localizada, normalmente sobre uma proeminência óssea. Em pele de pigmentação escura pode não ser visível o branqueamento; a sua cor pode ser diferente da pele da área circundante. A área pode estar dolorosa, dura, mole, mais quente ou mais fria comparativamente ao tecido adjacente.

Estágio 2: Perda parcial da espessura da pele

Perda parcial da espessura da derme que se apresenta como uma ferida superficial com leito vermelho-rosa sem tecido desvitalizado. Pode também apresentar-se como flictena fechada ou aberta preenchida por líquido seroso. Apresenta-se como uma lesão brilhante ou seca, sem tecido desvitalizado ou equimose.

Estágio 3: Perda total da espessura da pele

Perda total da espessura dos tecidos. O tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas os ossos, tendões ou músculos não estão expostos. Pode estar presente algum tecido desvitalizado, mas não oculta a profundidade dos tecidos lesados. Podem ser cavitadas e fistulizadas.

Estágio 4: Perda total da espessura dos tecidos

Perda total da espessura dos tecidos com exposição óssea, dos tendões ou dos músculos. Em algumas partes do leito da ferida, pode aparecer tecido desvitalizado ou necrose. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas.

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Não Graduáveis/Inclassificáveis: Profundidade indeterminada

Perda total da espessura dos tecidos, na qual a base da lesão está coberta por tecido desvitalizado (amarelo, acastanhado, cinzentos, verde ou castanho) e/ou necrótico (amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida. Até que seja removido tecido desvitalizado e/ou necrótico suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira profundidade e, por conseguinte, a verdadeira Estágio/Grau, não podem ser determinados.

O correto posicionamento corporal é útil na prevenção de deformidades articulares e diversos estágios das LPP’s que representam um grave problema de saúde pública. Elas afetam a vida de milhões de pessoas no mundo, deteriorando a sua saúde e qualidade de vida, podendo conduzir a incapacidade e a morte. Além disso, elas geram custos elevados para os serviços de saúde e severas implicações éticas e legais para todos profissionais de saúde e organizações.

2. POSICIONAMENTO EM DECÚBITO DORSAL (DD)

 Elevar a cabeceira da cama na posição semi-Fowler ou Fowler (30º ou 45º) para facilitar a respiração e/ou prevenir a bronco aspiração e a pneumonia associada à ventilação mecânica. Os indivíduos devem ser posicionados e apoiados de forma a evitar que deslizem na cama e criem forças de cisalhamento.

 Acomodar a cabeça com um travesseiro respeitando a curvatura fisiológica cervical de cada paciente, almejando, sempre que possível, o alinhamento da cabeça com o tronco.

 Posicionar membros superiores e membros inferiores ao longo do corpo.

 Posicionar a mão do paciente em estado anatômico-funcional, como se ele estivesse segurando um copo, utilizando-se uma toalha de rosto enrolada ou dobrada. Com uma das partes da toalha, formar pregas finas entre os dedos e com a outra, acomodar a mão do paciente em suave extensão.

 Evitar a rotação externa dos membros inferiores, pode ser usada uma toalha/lençol dobrada formando um coxim.

 Utilizar travesseiros ou as almofadas de espuma para elevar os calcâneos devem ser utilizados ao longo da parte posterior da perna para evitar zonas de elevada pressão, em especial sob o tendão de Aquiles. Flexionar ligeiramente o joelho (5 a 10º) para evitar a compressão da veia poplítea e o aumento do risco de TVP.

 O ideal seria os calcâneos não estarem sujeitos a qualquer pressão - um estado por vezes designado de “calcâneos flutuantes”.

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 Utilizar dispositivos de suspensão dos calcâneos que os elevem completamente numa total ausência de carga de forma a distribuir o peso da perna ao longo da parte posterior sem colocar pressão sobre o tendão de Aquiles.

 Ajustar os pés em posição neutra, utilizando-se coxim ou travesseiros, ou a órtese, quando indicada, de modo a evitar a posição equina dos pés.

 É importante reposicionar todos os indivíduos que estejam em risco de desenvolver ou que já tenham desenvolvido lesão por pressão, a menos que contraindicado.

 Não utilizar dispositivos em forma de anel ou argola. As bordas destes dispositivos criam áreas de elevada pressão que podem danificar os tecidos.

 Os seguintes “dispositivos” não devem ser utilizados para elevar os calcâneos: almofadas em pele de carneiro sintética; dispositivos recortados em forma de anel; luvas cheias de água. Todos estes produtos provaram ter limitações.

3. POSICIONAMENTO EM DECÚBITO LATERAL (DL)

 Utilizar uma inclinação de 30° para posições laterais, se o indivíduo tolerar, e a condição clínica permitir.

 Acomodar a cabeça do paciente sobre um travesseiro que tenha a largura dos ombros e apoiando-a de modo que se mantenha alinhada com o tronco, evitando assim inclinações e/ ou rotações inapropriadas.

 Apoiar o ombro sobre a escápula e não sobre ele próprio, pois esse procedimento pode ser doloroso.

 O antebraço e o braço devem estar numa condição confortável que deve ser particularmente analisada para cada caso, podendo o membro permanecer estendido ou sem fletido, como se estivesse segurando um travesseiro diante do corpo. Caso o paciente esteja consciente, ele deve ter condições de movimentar e acomodar o ombro de forma independente.

 O membro superior contralateral deve permanecer diante do corpo, apoiado sobre um travesseiro e de modo que a mão, o cotovelo e o ombro mantenham o mesmo plano anterior, evitando rotações indevidas. A ideia é fazer com que o paciente “abrace o travesseiro”, e que a posição de sua mão obedeça às mesmas condições citadas anteriormente para o DD.

 O quadril apoiado deverá permanecer em ligeira extensão, assim como todo o membro inferior.

 O membro inferior contralateral deverá estar totalmente apoiado sobre um travesseiro, de maneira que o pé, o joelho e o quadril permaneçam em um mesmo plano, evitando assim

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rotações e aduções indevidas. A posição assemelha-se ao paciente dar um passo com o membro inferior (figura 1).

 Não indicar boias e/ou colchão caixa de ovo.

 Dar preferência aos estabilizadores, como Talafix ou coxins.

 Orientar familiares e cuidados dos pacientes sobre o posicionamento adequado no leito hospitalar.

Figura 1. Posicionamentos corporais no leito hospitalar.

Importância da variação de decúbitos

A variação adequada dos decúbitos é considerada nos Guidelines de prevenção e tratamento de LPP de decúbito como nível de evidência 1. É normalmente realizada a cada 2 horas.

Uma vez que a condição clínica do paciente permita a estratégia de trocas de decúbito, essa estratégia, além de prevenir LPP promove melhor adaptação e exploração sensório motora do paciente. Também torna possível o exame de diversas áreas de ventilação e perfusão pulmonares e a drenagem de secreção pulmonares. Além disso, é fundamental para o rastreamento de LPP ou pontos de pressão já existentes, o que determinará um controle mais rigoroso na troca do posicionamento do paciente. Outros cuidados são importantes, como a correta hidratação da pele e a investigação do estado nutricional do paciente.

Primeiramente, deve-se estimular o paciente a movimentar-se de forma independente sempre que possível e realizar mudança de decúbito no mínimo a cada duas horas. Antes de realizar a troca de decúbito deve-se fazer uma avaliação das condições físicas do paciente a ser movimentado, da sua capacidade de colaborar, assim como a presença de soros, sondas e outros equipamentos. Além disso, é importante explicar ao paciente sobre como se pretende movê-lo, de que fora ele pode cooperar, para onde será encaminhado e qual o motivo da movimentação. Caso seja possível, o paciente deve ser orientado a ajudar.

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Outro fator importante é a movimentação e transporte de obesos, esse precisa ser minuciosamente avaliado e planejado, utilizando-se sempre que possível, auxílios mecânicos.

Preparação do ambiente

 Examinar o local e remover os obstáculos;

 Observar a disposição do mobiliário;

 Obter condições seguras em relação ao piso;

 Se necessário, colocar o suporte de soro ao lado da cama;

 Travar as rodas da cama, maca, cadeira de rodas ou solicitar auxílio adicional;

 Adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao tipo de procedimento que será realizado. Preparo da equipe

Existem algumas orientações relacionadas aos princípios básicos de mecânica corporal que devem ser utilizados durante a movimentação do paciente.

 Deixar pés afastados e totalmente apoiados no chão;

 Trabalhar com calma e segurança;

 Manter as costas eretas;

 Utilizar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente;

 Flexionar os joelhos ao invés de curvar a coluna;

 Abaixar a cabeceira ao mover o paciente para cima;

 Utilizar movimentos sincrônicos;

 Trabalhar o mais próximo possível do corpo do paciente;

 Usar uniforme que permita liberdade de movimentos e sapatos apropriados;

 Realizar a manipulação do paciente com a ajuda de pelo menos duas pessoas. Movimentação do paciente no leito

Colocar o paciente em decúbito lateral

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 Permanecer do lado para o qual você moverá a pessoa;

 Cruzar o braço e a perna do paciente no sentido em que será virado, flexionando o joelho. Observar o posicionamento do outro braço;

 Fazer o paciente virar a cabeça na sua direção;

 Rolar devagar e com cuidado, utilizando o joelho e ombro do paciente como alavanca (figura 2).

Figura 2. Colocando o paciente em decúbito lateral.

Outra forma é utilizando plásticos deslizantes e resistentes ou lençol adicional:

 Virar o paciente e colocar o plástico sob seu corpo, voltar o paciente e puxar o plástico;

 Ficar do lado oposto ao que o paciente será virado;

 Puxar o plástico, movendo o paciente em sua direção à beira da cama. Manter as costas eretas e utilizar o peso do corpo;

 Elevar o plástico fazendo o paciente virar cuidadosamente. Manter proteção no lado oposto da cama (figura 3).

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Vantagens do posicionamento em decúbito lateral:

Evita hiperextensão do pescoço e tronco;

Promove auto-organização e simetria;

Melhora as respostas flexoras dos membros e da linha média;

Melhora atividade visual e coordenação motora;

Promove estabilidade postural;

Melhora esvaziamento gástrico (DL direito)

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RESUMO DO PROTOCOLO DE MUDANÇA DE DECÚBITO E POSICIONAMENTO DO PACIENTE RESTRITO AO LEITO NAS UNIDADES CLÍNICAS

POSICIONAMENTO DO PACIENTE

POSICIONAMENTO EM DECÚBITO DORSAL (DD)

 Elevar a cabeceira da cama na posição semi-Fowler ou Fowler (30º ou 45º) para facilitar a respiração e/ou prevenir a bronco aspiração e a pneumonia associada à ventilação mecânica. Os indivíduos devem ser posicionados e apoiados de forma a evitar que deslizem na cama e criem forças de cisalhamento.

 Acomodar a cabeça com um travesseiro respeitando a curvatura fisiológica cervical de cada paciente, almejando, sempre que possível, o alinhamento da cabeça com o tronco.

 Posicionar membros superiores e membros inferiores ao longo do corpo.

 Posicionar a mão do paciente em estado anatômico-funcional, como se ele estivesse segurando um copo, utilizando-se uma toalha de rosto enrolada ou dobrada. Com uma das partes da toalha, formar pregas finas entre os dedos e com a outra, acomodar a mão do paciente em suave extensão.

 Evitar a rotação externa dos membros inferiores, pode ser usada uma toalha/lençol dobrada formando um coxim.

 Utilizar travesseiros ou as almofadas de espuma para elevar os calcâneos devem ser utilizados ao longo da parte posterior da perna para evitar zonas de elevada pressão, em especial sob o tendão de Aquiles. Flexionar ligeiramente o joelho (5 a 10º) para evitar a compressão da veia poplítea e o aumento do risco de TVP.

 O ideal seria os calcâneos não estarem sujeitos a qualquer pressão - um estado por vezes designado de “calcâneos flutuantes”.

 Utilizar dispositivos de suspensão dos calcâneos que os elevem completamente numa total ausência de carga de forma a distribuir o peso da perna ao longo da parte posterior sem colocar pressão sobre o tendão de Aquiles.

 Ajustar os pés em posição neutra, utilizando-se coxim ou travesseiros, ou a órtese, quando indicada, de modo a evitar a posição equina dos pés.

 É importante reposicionar todos os indivíduos que estejam em risco de desenvolver ou que já tenham desenvolvido lesões por pressão, a menos que contraindicado.

 Não utilizar dispositivos em forma de anel ou argola. As bordas destes dispositivos criam áreas de elevada pressão que podem danificar os tecidos.

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 Os seguintes “dispositivos” não devem ser utilizados para elevar os calcâneos: almofadas em pele de carneiro sintética; dispositivos recortados em forma de anel; luvas cheias de água. Todos estes produtos provaram ter limitações.

POSICIONAMENTO EM DECÚBITO LATERAL (DL)

 Utilizar uma inclinação de 30° para posições laterais se o indivíduo tolerar e a condição clínica permitir.

 Acomodar a cabeça do paciente sobre um travesseiro que tenha a largura dos ombros e apoiando-a de modo que se mantenha alinhada com o tronco, evitando assim inclinações e/ ou rotações inapropriadas.

 Apoiar o ombro sobre a escápula e não sobre ele próprio, pois esse procedimento pode ser doloroso.

 O antebraço e o braço devem estar numa condição confortável que deve ser particularmente analisada para cada caso, podendo o membro permanecer estendido ou sem fletido, como se estivesse segurando um travesseiro diante do corpo. Caso o paciente esteja consciente, ele deve ter condições de movimentar e acomodar o ombro de forma independente.

 O membro superior contralateral deve permanecer diante do corpo, apoiado sobre um travesseiro e de modo que a mão, o cotovelo e o ombro mantenham o mesmo plano anterior, evitando rotações indevidas. A ideia é fazer com que o paciente “abrace o travesseiro”, e que a posição de sua mão obedeça às mesmas condições citadas anteriormente para o DD.

 O quadril apoiado deverá permanecer em ligeira extensão, assim como todo o membro inferior.

 O membro inferior contralateral deverá estar totalmente apoiado sobre um travesseiro, de maneira que o pé, o joelho e o quadril permaneçam em um mesmo plano, evitando assim rotações e aduções indevidas. A posição assemelha-se ao paciente dar um passo com o membro inferior (figura 1).

 Não indicar boias e/ou colchão caixa de ovo.

 Dar preferência aos estabilizadores, como Talafix ou coxins.

 Orientar familiares e cuidados dos pacientes sobre o posicionamento adequado no leito hospitalar.

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Figura 1- Posicionamentos corporais no leito hospitalar

MUDANÇAS DE DECÚBITO IMPORTANTE:

MUDAR O DECÚBITO NO MÍNIMO A CADA DUAS HORAS

ESTIMULAR O PACIENTE A MOVIMENTAR-SE DE FORMA INDEPENDENTE SEMPRE QUE POSSÍVEL

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE

 Examinar o local e remover os obstáculos;

 Observar a disposição do mobiliário;

 Obter condições seguras em relação ao piso;

 Se necessário, colocar o suporte de soro ao lado da cama;

 Travar as rodas da cama, maca, cadeira de rodas ou solicitar auxílio adicional;

 Adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao tipo de procedimento que será realizado.

PREPARO DA EQUIPE

Existem algumas orientações relacionadas aos princípios básicos de mecânica corporal que devem ser utilizados durante a movimentação do paciente.

 Deixar pés afastados e totalmente apoiados no chão;

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 Manter as costas eretas;

 Utilizar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente;

 Flexionar os joelhos ao invés de curvar a coluna;

 Abaixar a cabeceira ao mover o paciente para cima;

 Utilizar movimentos sincrônicos;

 Trabalhar o mais próximo possível do corpo do paciente;

 Usar uniforme que permita liberdade de movimentos e sapatos apropriados;

 Realizar a manipulação do paciente com a ajuda de pelo menos duas pessoas. COLOCAR O PACIENTE EM DECÚBITO LATERAL

 Permanecer do lado para o qual você moverá a pessoa;

 Cruzar o braço e a perna do paciente no sentido em que será virado, flexionando o joelho. Observar o posicionamento do outro braço;

 Fazer o paciente virar a cabeça na sua direção;

 Rolar devagar e com cuidado, utilizando o joelho e ombro do paciente como alavanca.

Outra forma é utilizando plásticos deslizantes e resistentes ou lençol adicional:

 Virar o paciente e colocar o plástico sob seu corpo, voltar o paciente e puxar o plástico;

 Ficar do lado oposto ao que o paciente será virado;

 Puxar o plástico, movendo o paciente em sua direção a beira da cama. Manter as costas eretas e utilizar o peso do corpo;

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 Elevar o plástico fazendo o paciente virar cuidadosamente. Manter proteção no lado oposto da cama.

VANTAGENS DO POSICIONAMENTOS EM DECÚBITO LATERAL

 Evita hiperextensão do pescoço e tronco;

 Promove auto-organização e simetria;

 Melhora as respostas flexoras dos membros e da linha média;

 Melhora atividade visual e coordenação motora;

 Promove estabilidade postural;

 Melhora esvaziamento gástrico (DL direito)

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REFERÊNCIAS

ALEXANDRE, Neusa Maria Costa; ROGANTE, Maria Marilene. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos posturais e ergonômicos. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 165-173, June 2000. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342000000200006&lng=en&nrm=iso.

European Pressure Ulcer Advisory Panel, National Pressure Ulcer Advisory Panel. Treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC (US): National Pressure Ulcer Advisory Panel; 2014

Sociedade Iberoamericana Ulceras e Feridas. Declaração do Rio de Janeiro sobre a prevenção das úlceras por pressão como um direito universal. 2011. Disponível em: http://silauhe.org/img/Declaracao%20do%20Rio%20- %20Portugues.pdf

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Referências

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