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Universidade Federal Fluminense. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. Curso de Graduação em Ciências Sociais JOÃO VERANI PROTASIO

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Universidade Federal Fluminense

Instituto de Ciências Humanas e Filosofia

Curso de Graduação em Ciências Sociais

JOÃO VERANI PROTASIO

QUEM CONHECE, APROVA? UMA ANÁLISE DAS PEÇAS PUBLICITÁRIAS DO “NOVO” ENSINO MÉDIO

Niterói 2019

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Universidade Federal Fluminense

Instituto de Ciências Humanas e Filosofia

Curso de Graduação em Ciências Sociais

JOÃO VERANI PROTASIO

QUEM CONHECE, APROVA? UMA ANÁLISE DAS PEÇAS PUBLICITÁRIAS DO “NOVO” ENSINO MÉDIO

Artigo monográfico apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de

Licenciado em Ciências Sociais.

Orientadora: Prof. Dr. Elisabete Cristina Cruvello da Silveira

Niterói 2019

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Universidade Federal Fluminense

Instituto de Ciências Humanas e Filosofia

Curso de Graduação em Ciências Sociais

JOÃO VERANI PROTASIO

QUEM CONHECE, APROVA? UMA ANÁLISE DAS PEÇAS PUBLICITÁRIAS DO “NOVO” ENSINO MÉDIO

BANCA EXAMINADORA

……….

Prof. Dr.ª Elisabete Cristina Cruvello da Silveira Universidade Federal Fluminense

……….

Prof.ª Me.ª Natália Silva Pereira Universidade Federal Fluminense

……….

Prof.ª. Dr.ª Rosana da Câmara Teixeira Universidade Federal Fluminense

Niterói 2019

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DEDICATÓRIA

Dedico este artigo monográfico aos profissionais da educação que lutam diariamente, dentro e fora da sala de aula, por uma educação pública e emancipadora.

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AGRADECIMENTO

Reitero os agradecimentos feitos na monografia do bacharelado escrita no último ano: aos meus familiares, amigos, companheiros e professores da UFF, à militância e à toda vivência universitária.

Extendo agora meus agradecimentos à minha atenciosa orientadora Elisabete; à Natália e à Rosana, que aceitaram ser pareceristas d este breve trabalho; e a todos os outros ótimos professores da licenciatura que tive nesse período.

Agradeço também aos professores de Sociologia das escolas estaduais onde fiz estágio e que muito me inspiraram: Lívia, Pedro, Joelma, Henrique e Lídice.

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EPÍGRAFE

Se os poderosos senhores, impõe-nos à força bruta, silêncio pras nossas dores e dor pra nossa labuta. Não calam os educadores. Só educa quem reluta! Quanto mais a gente luta, mais a luta nos educa! Jonathan Mendonça

Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Paulo Freire

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RESUMO

Considerando o peso da mídia na dinâmica da sociedade brasileira contemporânea e as propostas pelo governo Temer para reformar o Ensino Médio no país como tendo impacto direto na vida de jovens e profissionais de educação, esse artigo tem como objeto as peças publicitárias do “Novo” Ensino Médio. Busca analisar a produção de sentidos sobre a reforma e os mecanismos de construção do consenso mobilizados. Sete vídeos transmitidos pela televisão e divulgados na página do Ministério da Educação (MEC) no Youtube entre 2016 e 2017 são analisados à luz das contribuições de Bourdieu, Pinto, Frigotto, Ramos, Ferreti e Silva. Parte-se do suposto que a proposta de mudanças nesse segmento da educação básica incorpora antigas reformas e discursos, articulando-se a conjuntura política de regressão dos direitos sociais e de acirramento das desigualdades sociais e educacionais.

Palavras-chave: “Novo” Ensino Médio; análise de discurso; Governo Temer; produção de sentidos.

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ABSTRACT

Considering the weight of the media in the dynamics of contemporary brazilian society and the proposals by the Temer government to reform high school in the country as having a direct impact on the lives of young people and education professionals, this article has as its object the advertising pieces of the “New” High School. It seeks to analyze the production of meanings about the reform and the mechanisms of consensus building mobilized. Seven videos broadcast on television and posted on the Ministry of Education (MEC) Youtube page between 2016 and 2017 are analyzed in the light of the contributions of Bourdieu, Pinto, Frigotto, Ramos, Ferreti and Silva. It is assumed that the proposal for changes in this segment of basic education incorporates old reforms and discourses, articulating the political conjuncture of regression of social rights and the intensification of social and educational inequalities.

Keywords: “New” High School; speech analysis; Temer Government; production of meanings.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO………..11

2 O GOVERNO TEMER E SUA PROPOSTA PARA O ENSINO MÉDIO.…...11

3 AS PEÇAS PUBLICITÁRIAS DO “NOVO” ENSINO MÉDIO………..…12

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS………..………...16

5 FONTES………..17

5.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……….17

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1 INTRODUÇÃO

Considerando o peso da mídia na dinâmica da sociedade brasileira contemporânea e as propostas pelo governo Temer para reformar o Ensino Médio no país como tendo impacto direto na vida de jovens e profissionais de educação, esse artigo tem como objeto as peças publicitárias do “Novo” Ensino Médio. Parte-se do suposto que essa reforma incorpora discursos e propostas anteriores, por isso a palavra novo encontra-se entre aspas. O artigo busca analisar a produção de sentidos sobre a reforma e os mecanismos de construção do consenso mobilizados. Através do princípio teórico-metodológico da análise de discursos na perspectiva de Pinto (2002), além das contribuições de Bourdieu (1981; 1997), Frigotto e Ramos (2016) e Ferreti e Silva (2017), são analisados sete vídeos da campanha governamental em defesa da reforma, entre 2016 e 2017, que circularam na televisão e foram divulgados no canal do Youtube do Ministério da Educação (MEC).

2 O GOVERNO TEMER E SUA PROPOSTA PARA O ENSINO MÉDIO

O primeiro ato que marca a reforma é a Medida Provisória (MP) nº 746/16, publicada pelo presidente Michel Temer no dia 22 de setembro, apenas um mês após sua posse definitiva. O contexto político em que está inserida o “Novo” Ensino Médio começa com a crise representativa no país que se aguçou a partir de 2013. Depois de passar por polarizadas eleições em 2014, com apoio das grandes elites empresariais (inclusive midiáticas) houve um processo de impeachment, que culminou na derrubada da presidenta Dilma Rousseff em 2016, podendo ser considerado um golpe jurídico-parlamentar que objetivava um aprofundamento do neoliberalismo. O projeto para educação brasileira incorporado na MP vem acompanhado de outras medidas antipopulares da gestão que se iniciava, como a proposta do teto de gastos públicos, da reforma trabalhista e da reforma da previdência.

Silva e Ferreti (2017) destacam relações entre a reforma de Temer e as proposições nas DCNEM em 1998 na gestão de FHC, principalmente no tocante às relações entre ensino médio e trabalho, onde a proposta era de preparar os jovens para a flexibilização das relações de trabalho e adaptação ao mercado, inclusive com nomes que redigiram as proposições em comum. Frigotto e Ramos (2016) vão ainda mais longe na história do Brasil, quando regressam à Reforma Capanema da Era Vargas, quando os estudantes escolhiam entre os ramos científico e clássico, com “[…] gerações

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divididas conforme a dinâmica econômica e sujeitos partidos em suas capacidades e realizações” (p. 39). Os autores também apontam conexões com a leis 5.692/71 e 7.044/82, publicadas durante a ditadura civil-militar que durou duas décadas, em que o ensino técnico e profissional, com um caráter de classe, se torna um dos itinerários e em uma época onde a leitura crítica da sociedade era censurada.

3 AS PEÇAS PUBLICITÁRIAS DO “NOVO” ENSINO MÉDIO

As peças publicitárias da campanha do MEC foram divulgadas em três momentos diferentes: duas no dia 26 de dezembro de 2016, três no dia 04 de janeiro de 2017 e duas no dia 06 de junho de 2017, transmitidas após a promulgação da MP nº 746/16. Apenas as do terceiro momento foram já depois da aprovação da sua conversão na forma da Lei 13.415/17. As duas primeiras tiveram duração de trinta segundos, possuindo a mesma estrutura narrativa. Com música de apelo emotivo ao fundo e em um ambiente de um teatro, o narrador começa falando: “Novo Ensino Médio. Quem

conhece, aprova.”. Os estudantes, até então sentados na plateia, se levantam um de cada

vez, sempre alegres e esperançosos, quando são selecionados por um holofote. O holofote constrói o sentido de que agora os estudantes serão (literal e simbolicamente) iluminados, tendo a oportunidade de serem protagonistas de sua própria história.

No primeiro vídeo, chamado “Com o Novo Ensino Médio, você tem mais liberdade para escolher o que estudar!” afirma que os estudantes aprovam e desejam a mudança. No segundo, intitulado “O Novo Ensino Médio vai deixar o aprendizado mais estimulante e compatível com a sua realidade!”, cada um fala a formação ou a profissão que deseja seguir. Destacarei aqui duas delas. 1ª: “Eu quero ser professora. É o que eu

amo.” 2ª: “Eu quero um curso técnico para já poder trabalhar”. Nas duas falas

destacadas, conseguimos relacionar com as observações de Frigotto e Ramos. Em ambas se falam da opção do itinerário formativo e até da escolha da profissão, mas oculta-se que os sistemas de ensino não serão obrigados a oferecer todos os itinerários formativos.

A prerroga tiva de definiçã o do itinerá rio a ser oferecido a os estuda ntes é do sistema de ensino, conforme contexto loca l e sua s possibilida des. Nã o há dúvida s de que u m dos principa is pa râ metros que definirã o ta is possibilida des será a disponibilida de de professores. Certa mente os sistema s opta rã o pelos itinerá rios pa ra os qua is dispõem de ma is professores. Resolve-se, com prejuízo peda gógico e de forma econométrica , um problema de gestã o e de ca rreira profissiona l. Os sistema s nã o ma is se verã o pressiona dos a rea liza rem concursos públicos pa ra enfrenta rem a fa lta de professores em determina da s á rea s. Adema is, sa bemos que está fra nca mente em risco o

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exercício profissiona l dos professores de Sociologia e de Filosofia . (FRIGOTTO & RAMOS, 2016, p. 40)

Os apontamentos dos autores entram em contradição principalmente com a primeira fala, pois a profissão docente será extremamente prejudicada, principalmente nas áreas de Sociologia e Filosofia, como ressaltaram. As duas disciplinas já são as que têm mais profissionais dando aula fora da área de sua formação, o que tende a aumentar no contexto do novo governo, que já defendeu a diminuição das verbas voltadas para a formação nesses cursos. Percebe-se no seu discurso um intertexto referente a um imaginário social em que a figura do professor é romantizada, é alguém com vocação, que “nasceu pra isso”, pois foi a única que teve que justificar o interesse pela profissão. Um ofício que só poderia ser exercido única e exclusivamente por amor, como se estivesse fora das relações de exploração do trabalho do sistema capitalista.

Em relação à segunda fala, duas questões são silenciadas: que a demanda de ingresso de jovens cada vez mais cedo no mercado de trabalho seja do próprio mercado; e que nem todos os jovens que optassem seguir por esse caminho escolheriam por próprio desejo, mas por falta de opção. Além da falsa liberdade de escolha, os estudantes têm a carga horária dos conteúdos obrigatórios comuns reduzida. No final das peças, volta o narrador: “Com o Novo Ensino Médio, você tem mais liberdade para

escolher o que estudar, de acordo com a sua vocação. É a liberdade que você queria para decidir o seu futuro.” Após, um estudante conclui repetindo a primeira frase dita

pelo narrador para legitimá-la, acompanhado de texto com referência à pesquisa do Ibope de novembro de 2016 que sugeriu a aprovação da reforma: “Já é assim com 72% dos brasileiros”.

As três peças do segundo momento, no início do ano seguinte, têm uma duração mais longa, de quase dois minutos cada. A partir delas também está presente a hashtag #NovoEnsinoMédio. Em todos estão presentes diálogos em cenas cotidianas, sem a presença de um narrador e com uma trilha sonora animada. Outro elemento em comum é que, no meio da interação, os estudantes param para pesquisar sobre a reforma, quando entram no site do “Novo” Ensino Médio, seja pelo celular, tablet ou notebook, comentando as mudanças curriculares em seguida. No final, um(a) estudante se vira e repete uma mesma frase olhando para a câmera, em interlocução direta com quem está assistindo: “Novo Ensino Médio. Acesse o site, participe das discussões. Agora é você

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Segundo Silva e Ferreti, apesar do estímulo a participação das discussões sobre as mudanças (mesmo que tardiamente, uma vez que já tinha sido imposta por uma MP), elas não necessariamente surtiram efeito. Os autores fizeram uma análise das audiências públicas realizadas no Congresso Nacional sobre a matéria e, mesmo com a presença considerável de pessoas e instituições críticas à reforma, essas não foram escutadas.

A consta ta ção de que a s muda nças propostas nessa s a udiência s fora m a dv in d a s d e pessoa s ou entida des com ma ior a derência a o governo de Michel Temer, que possuem vínculos com outros órgã os de governo ou com o setor priva do, evidencia ra m uma correla çã o de força s que privilegiou o a tendimento dos interesse s desse grupo em detrimento dos dema is. Esses emba tes ca ra cteriza ra m um movimento no qua l discursos e a rgumentos fora m se instituindo como posições hegemônica s ou contra -hegemônica s, e a pa rtir da s qua is se consolidou o processo da reforma no â mbito do legisla tivo federa l. (SILVA & FERRETI, p. 396 -397, 2017)

O vídeo com o título “O Novo Ensino Médio vai ser mais estimulante e compatível com sua realidade!” traz um encontro entre duas estudantes em uma lanchonete para estudar. A primeira parte ressalta uma perspectiva negativa do atual modelo com um desabafo na interação entre as duas: “Ah, amiga, eu não acho justo ser

obrigada a estudar um monte de coisa que não tem muita ligação com o que eu desejo pro meu futuro, pra minha vida”. A outra responde: “É cansativo mesmo… E acaba desestimulando a gente”. Então, uma mudança no semblante das jovens: “É, mas isso vai mudar, né? O Novo Ensino Médio, ele tem tudo para ser mais estimulante, mais compatível como que a gente deseja”. Em todo o momento os discursos buscam

destacar o quanto o “Novo” Ensino Médio é um anseio, algo clamado e demandado pelos estudantes.

Outro vídeo é formado por diálogo entre estudantes no espaço de uma biblioteca. Com o título “O Novo Ensino Médio vai melhorar a educação dos jovens!”, a imagem busca construir um modelo de escola ideal, em que os jovens estão concentrados estudando com cadernos, livros e até tablets. Nesse já falam diretamente sobre como é positiva a reforma: “A proposta é baseada na experiência de vários países, que tratam a

educação como deve ser, né? Uma prioridade”. O estudante em questão só não

comentou que o país que trataria a educação como prioridade tinha acabado de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 (também apelida de “PEC do fim do mundo”), que impõe um teto aos gastos públicos por duas décadas, impactando diretamente o já escasso orçamento da pasta da educação.

O terceiro vídeo transmitido no mesmo dia trata-se de uma conversa entre um estudante e seus pais em sua casa. Chamado “Com o Novo Ensino Médio você pode

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decidir o seu futuro!”, começa com o jovem assistindo uma outra peça publicitária da reforma na televisão. Assim que acaba, começa a interagir com os pais, com a mãe o completando. Nesse sentido, busca criar uma percepção de aprovação também dos pais, além dos estudantes.

As últimas duas peças publicitárias têm a mesma construção narrativa e têm a duração menor como as primeiras, com trinta segundos cada. Com a Lei já aprovada, a dinâmica dos vídeos foi diferente, uma vez que o discurso buscava ratificar as mudanças e não apenas convencer. Os dois se iniciam com um cenário montado no meio da rua com uma placa escrito: “Novo Ensino Médio – O que vai mudar?”, mesma frase dita pelo narrador. Com um homem mais velho interpretando um papel de autoridade, como um professor, um grupo de jovens é recebido para tirar dúvidas sobre a reforma. Tirando uma pergunta sobre se as mudanças também valeriam para as escolas particulares, todas as questões foram novamente sobre o currículo. No fim, aparece um quadro de giz com a mesma frase lida pelo narrador: “Novo Ensino Médio – aprovado por 72% dos brasileiros”, se referindo novamente a pesquisa do Ibope citada nas primeiras peças da campanha e que é estampada no centro de seu site.

Bourdieu sublinha que a “opinião pública não existe”, frase que dá título ao seu artigo de 1981, como se confere a continuação: “a sondagem de opinião, no contexto atual, é um instrumento de ação política; sua função mais importante consiste talvez em impor a ilusão de que existe uma opinião pública como pura adição de opiniões individuais” (1981, p. 138). Portanto, “[…] a ideia de que existe uma opinião pública unânime é constituída para legitimar uma política e reforçar as relações de força que a fundam ou a tornam possível” (Ibidem).

A pesquisa sobre a aprovação do “Novo” Ensino Médio, divulgada apenas pouco mais de um mês da promulgação da MP e amplamente usada como propaganda pelo governo, então, não necessariamente representa a população brasileira. Inclusive, no mês de outubro se iniciou um processo de manifestações estudantis contrárias a MP e também a PEC 241 (que depois se converteu em 55), que resultaram em mais de 1000 ocupações em escolas, institutos e universidades estaduais, federais e municipais.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As peças publicitárias do “Novo” Ensino Médio veiculadas pelo MEC abordaram quase que exclusivamente as mudanças curriculares. É essencial olharmos

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para as diversas estratégias discursivas que objetivam a produção dos sentidos, além dos seus textos explícitos, como ressalta Bourdieu: “Certos sociólogos tentaram destacar o implícito não-verbal da comunicação verbal: dizemos tanto pelos olhares, pelos silêncios, pelos gestos, pelas mímicas, pelos movimentos dos olhos etc., quanto pela própria palavra.” (1997, p.44).

Os comerciais, através dos sons, das vozes, dos rostos, dos cenários, mas também do ocultamento de certas questões, buscaram construir uma ideia de que a reforma era consensual e fruto do desejo dos estudantes. A proposta de mudanças nesse segmento da educação básica não se mostra nova, mas ligada com outras (contra) reformas e outros discursos, em uma conjuntura política de regressão dos direitos sociais, que pode agravar as desigualdades sociais e educacionais em um país já tão desigual.

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5 FONTES

5.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOURDIEU, Pierre. A opinião pública não existe. In: THIOLLENT, Michel. Crítica Metodológica, investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis, 1981.

__________. Sobre a Televisão. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

BRASIL. Lei nº 13.415. Brasília, 22 fev. 2017. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm. Acesso em: 05 jun. 2019.

FRIGOTTO, Gaudencio; RAMOS, M. N. . Medida Provisória 746/2016: a Contra-reforma do Ensino Médio do Golpe de Estado de 31 de agosto de 2016. Revista HISTEDBR On-line, v. 1, p. 30-48, 2016.

PINTO, Milton José. Comunicação e Discurso: introdução à análise de discursos. 2ª ed. São Paulo: Hacker Editores, 2002.

SILVA, M. R.; FERRETTI, C. J. REFORMA DO ENSINO MÉDIO NO CONTEXTO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 746/2016: ESTADO, CURRÍCULO E DISPUTAS POR HEGEMONIA. Educação & Sociedade (Impresso), v. 38, p. 385-404, 2017.

5. 2 OUTRAS REFERÊNCIAS

Vídeo 1. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kdERkLO3eTs. Acesso em: 05 jun. 2019.

Vídeo 2. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7_Fdhibi0yQ. Acesso em: 05 jun. 2019.

Vídeo 3 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qp0_kuVNskk&t=3s. Acesso em: 05 jun. 2019.

Vídeo 4. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=C-M_ewoa0iY&t=3s. Acesso em: 05 jun. 2019.

Vídeo 5. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bIFgyTLIv4Q. Acesso em: 05 jun. 2019.

Vídeo 6. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iIszj0WWqfA. Acesso em: 05 jun. 2019.

Vídeo 7. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4pb1nasqUtQ. Acesso em: 05 jun. 2019.

Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/metade-dos-docentes-nao-tem-formacao-ideal-20873654. Acesso em: 01 jul. 2019.

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Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2019/04/bolsonaro-propoe-reduzir-verba-para-cursos-de-sociologia-e-filosofia-no-pais.shtml. Acesso em: 01 jul. 2019.

Disponível em: http://novoensinomedio.mec.gov.br. Acesso em: 05 jun. 2019.

Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/pelo-menos-21-estados-tem-escolas-e-institutos-ocupados-por-estudantes.ghtml. Acesso em: 01 jul. 2019.

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