• Nenhum resultado encontrado

PROGRAMA OFICIAL DE FORMAÇÃO PARTE II FORMAÇÃO PLURIDISCIPLINAR - DISCIPLINAS OLÍMPICAS - CAPÍTULO I - OBJECTIVOS E METODOLOGIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROGRAMA OFICIAL DE FORMAÇÃO PARTE II FORMAÇÃO PLURIDISCIPLINAR - DISCIPLINAS OLÍMPICAS - CAPÍTULO I - OBJECTIVOS E METODOLOGIA"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

PA RTE II

FO RM A ÇÃ O PLU RID ISCIPLIN A R

- D ISCIPLIN A S O LÍM PICA S -

CA PÍTU LO I - O BJECTIVO S E M ETO D O LO GIA

1. O BJECTIVO S

O s Cursos de Form ação de Form adores Equestres, de que trata a Parte II deste Program a, destinam -se aos Professores que vão exercer a sua Profissão em Escolas onde se m inistre o Program a O ficial de Form ação de Praticantes – 1ª Parte, m ais conhecido pelo Program a das S elas, ou que pretendam enveredar pela correspondente Form ação de Form adores, na Escola N acional de Equitação e respectivos Pólos.

Com o é sabido, o Program a das S elas – 1ª Parte – prepara praticantes para o exercício das D isciplinas O lím picas, isto é, o Ensino, os Saltos e o Concurso Com pleto de Equitação. Trata-se de um a form ação polivalente, integrada e pluridisciplinar. A ssim a form ação equestre dos respectivos form adores não poderá, no âm bito deste Program a, ser m ono-disciplinar, ou excluir qualquer das 3 disciplinas já citadas.

U m dos m ais im portantes princípios do ensino da equitação estabelece que o form ador deve estar apto a exem plificar aquilo que pretende ensinar. D este m odo, os Cursos de que trata a Parte II deste Program a term inam com a prestação de Provas de A valiação devidam ente notadas (exam es finais) onde os candidatos são avaliados pelos seus dotes pedagógicas, m as tam bém pela sua capacidade de execução (exem plificação).

O s títulos de A judante de M onitor, M onitor, Instrutor, ou M estre de Equitação, terão de corresponder a diferentes graus da capacidade form ativa real. N ão podem ser atribuídos com o um a benesse, um a venera ou hom enagem . Eles têm de corresponder a um a capacidade de exercício real da profissão. N o espírito deste Program a não há lugar para títulos honoríficos (“honoris Causa”), pois correspondem a um a carreira profissional efectiva, com garantia de eficaz desem penho.

A única venera a que têm direito é o D iplom a passado pela Federação Equestre Portuguesa, através da Escola N acional de Equitação (EN E), bem com o à respectiva insígnia ou distintivo a usar no traje.

Voltando à form ação profissional pluridisciplinar de form adores equestres destinados às escolas que m inistram o Program a das Selas, ou à EN E, im porta salientar que a m esm a, se hierarquiza de acordo com os seguintes patam ares previstos no International Group for Q ualification in Training H orses and Riders (IGQ TH R) ao qual Portugal aderiu em 1995:

Grau I – A judante de M onitor de Equitação

Grau II – M onitor de Equitação

Grau III – Instrutor de Equitação

Grau IV – M estre de Equitação

(2)

2. M ETO D O LO GIA

A form ação integrada de docentes nas três disciplinas olím picas tem tradição antiga em Portugal até porque se com pleta, em 2004, precisam ente um século que se realizou em Torres N ovas o prim eiro Concurso Com pleto de Equitação, então designado por Cam peonato do Cavalo de Guerra.

N a verdade, no prim eiro ano do século X X (1901), foi iniciada a prim eira “escola integrada” no Esquadrão de Equitação, criado precisam ente quando a Escola Prática de Cavalaria se transferiu de Vila Viçosa para Torres N ovas.

Esta integração form ativa correspondeu a um m ovim ento ocorrido não apenas em Portugal m as tam bém nas principais potências equestres europeias, entre outras, a Itália e a França. N a verdade, no início da prática da equitação desportiva ou larga, o cavaleiro, m ontado na posição norm al de estribos com pridos, era obrigado, perante as reacções m ais fortes do cavalo, com o no caso do salto, a inclinar o corpo à retaguarda, am ortecendo o m ovim ento brusco do cavalo com um forte golpe de rins, deixando correr as rédeas para perm itir a extensão do pescoço do cavalo.

O Capitão italiano Frederico Caprilli, no princípio do Século X X , percebeu que se encurtasse os estribos colocando-se sobre os m esm os e inclinasse os om bros para diante, desligando o assento do arreio, poderia galopar largo e até saltar am ortecendo as reacções do cavalo, abrindo e fechando os ângulos tronco/cocha e cocha/perna, acom panhando a extensão do pescoço do cavalo, sem necessidade de deixar fugir as rédeas, nem de dar golpes de rins. A ssim , por um a sim ples análise da m ecânica dos andam entos e do salto, conjugada com a colocação em sela do cavaleiro, Caprilli descobriu a “posição à frente” ainda hoje praticada não só nas disciplinas de saltos e com pleto, m as tam bém nas próprias corridas.

Esta “m onte” durou bastantes anos, contudo, à m edida que as dificuldades das provas iam aum entando requerendo um a m aior acção de intervenção da parte dos cavaleiros e um m elhor “arranjo” da parte dos cavalos, houve que ir aperfeiçoando a “m onte Caprilli”. O objectivo consistiu em aprofundar os estudos no sentido de m elhorar a solidez, até aí assegurada apenas pelo aperto dos joelhos ao nível superior das espáduas do cavalo, aum entar a flexibilidade e, com ela a ligação ao m ovim ento (equilíbrio), perm itindo ao cavaleiro m anter-se em condições de aplicar correcta e oportunam ente as ajudas antes, durante e depois de cada obstáculo, por form a a colocar o cavalo nas m elhores condições para transpor as sucessivas dificuldades no m ínim o tem po possível. H avia pois que encontrar racionalm ente a m onte que m elhor se adequasse à variedade das reacções do cavalo, num a colocação em sela sólida, flexível e funcional que respondesse eficazm ente a todo esse “desideratum ”, facilitando o equilíbrio dinâm ico, isto é, a ligação ao m ovim ento. Em 1930, o Coronel D anloux, equitador chefe do Cadre N oir (Saum ur) encontrou e desenvolveu um a solução, criando um a colocação em sela que assegurou ao cavaleiro, m aior solidez, sem perder a flexibilidade, logo um a m aior disponibilidade para actuar com oportunidade. Essa solidez obteve-a por aum ento das superfícies de contacto, preferencialm ente, abaixo do diâm etro m aior da barriga do cavalo, o que só poderia ser feito com a barriga da perna. Isso obrigou a soltar o joelho, que deslizando, perm itiu contar com m ais um ângulo am ortecedor, isto é, a perna/pé. A ssim , em vez de dois, passou a ter três am ortecedores, aum entando desse m odo a flexibilidade e a ligação ao m ovim ento. Por outro lado, em vez de assegurar a solidez com a fixação do joelho, na parte superior do bojo do cavalo, obteve a fixação na parte inferior deste, com a barriga da perna.

(3)

Este estudo foi aplicado de im ediato na Escola de Saum ur dando origem a um a nova colocação em sela designada por “m onte D anloux”.

Esta “m onte” divulgou-se por vários países com resultados notáveis em França, em Portugal, na Irlanda, na Suécia, na A lem anha, na Bélgica, nos EU A , no Brasil e ainda noutros países. Com m aiores ou m enores adaptações ela continua, nestes e em m uitos outros países., m as a ilação a retirar não é, necessariam ente, a de que o Coronel D anloux descobriu um a “m onte” eterna, ideal e im utável”: Tanto ele com o prim eiro Caprilli, personificaram a atitude do progresso e esse é um dos seus principais m éritos.

A o abordarm os, desta form a, a evolução da colocação em sela, poderia parecer que a m esm a se deve às novas exigências da equitação larga e da m ecânica do salto. N ada m ais errado, pois m uito antes de Caprilli e da prática dos desportos largos, a colocação em sela sofreu evoluções diversas, procurando adaptar-se sem pre ao tipo de exercícios praticados a cavalo. A própria “posição à frente” é já de si um a adaptação da “posição clássica”, talvez a de m aior visibilidade por ter constituído um a “m onte” nova, com aplicações m uito específicas.

A “posição clássica” não foi substituída pela “posição à frente”: Ela vinha do passado e continuou o seu próprio percurso evolutivo, onde as alterações se sucederam , ditadas, no caso e fundam entalm ente, pelas necessidades sentidas no aperfeiçoam ento do em prego das ajudas. Foram pois condicionalism os de natureza funcional, estética e de eficácia, que as determ inaram .

A evolução m orfológica e tem peram ental dos cavalos, bem com o as dificuldades dos exercícios, exigindo m aior calm a, descontracção, flexibilidade, “souplesse” e am plitude dos andam entos, foi alterando e aperfeiçoando, ao longo dos tem pos, o quadro das ajudas. A violência provocada por freios de enorm es caim bas e esporas de rasgar a pele, foi sendo substituída pela suavidade, oportunidade e acordo das ajudas, o que im plicou adaptações não apenas nos arreios a utilizar, m as tam bém na próprio colocação em sela, dentro da “posição clássica”.

D o ponto de vista m etodológico, a ilação a retirar deste relato de sabor histórico, resum e-se fundam entalm ente à atitude anti-dogm ática, m as racional e rigorosa, a m anter. N a verdade há que aprofundar e aplicar a colocação em sela, que m elhor se adapte à eficaz condução do cavalo, por form a a dele retirar o m aior rendim ento possível em cada disciplina.

Passem os agora aos aspectos m etodológicos da form ação de form adores de equitação: A m etodologia da form ação de form adores de equitação assenta nos três seguintes pilares:

Form ação D irecta dos Cavaleiros

Form ação dos Cavaleiros através do Ensino das M ontadas

Form ação Pedagógica de Form adores

(4)

O s dois prim eiros pilares constituem a form ação técnica especializada que perm itirá aos form adores / docentes com preender os problem as técnicos dos form andos, exem plificar fisicam ente e de form a correcta as acções, atitudes e com portam entos que desejam ver executados pelos m esm os, bem com o resolver pessoalm ente as situações m ais com plicadas, que surgem no ensino dos cavalos.

A situação torna-se bastante m ais sim ples quando o form ando revela ter já, com o praticante, esses conhecim entos e capacidades, podendo-nos levar a crer que esta fase se tornaria desnecessária. N a verdade não será assim por duas razões:

A prim eira, porque a exem plificação requer, quase sem pre, m aior rigor, correcção e transparência de acções do que a sim ples execução;

A segunda, pelos conhecim entos que ele obterá, perante as dificuldades que, no dia a dia, cada um dos colegas do grupo de form andos sente, bem com o pela form a com o as resolve e ainda pela form a com o o form ador actua, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista pedagógico.

O terceiro pilar, form ação pedagógica, perm itirá desenvolver o sistem a de com unicação, a

capacidade de relação/interacção com o grupo, logo com futuros form andos, a capacidade de aprendizagem pela consciencialização dos factores facilitadores da m esm a, o conhecim ento das fontes de m otivação, a utilização de processos m otivadores, a sistem atização na definição de objectivos, o sentido de observação e análise, consequentem ente o controlo de resultados, e o desenvolvim ento de atitudes de auto-form ação.

M uito em bora a cada um destes pilares possam corresponder m atérias diversas (no sentido de cadeiras), eles são todos com plem entares e interactivos na form ação de form adores em equitação:

A ssim , em m uitos casos não será possível estabelecer fronteiras entre a Form ação D irecta e a Form ação através do Ensino do Cavalo, nem destas duas com a Form ação Pedagógica. Esse facto seria bastante para provar que um excelente praticante poderá ser, em m uitos casos, um m au form ador.

Com o factor m etodológico decisivo na progressão da form ação através do Ensino do Cavalo, há que ter em conta a interacção das duas evoluções: a do form ando e a do respectivo cavalo. “Q ueim ar etapas” é desprezar os benefícios desta m etodologia.

Existem as três seguintes etapas, tanto para a form ação dos cavaleiros com o para o ensino dos cavalos:

(*) Inclui o desbaste

Form ação Básica / Ensino Básico ou Elem entar

(*)

Form ação Com plem entar/ Ensino Com plem entar

Form ação Superior/ Ensino Superior

(5)

Extrapolando estes patam ares para os Graus de docentes antes indicados e tendo em conta que deverá ter um grau de form ação superior ao patam ar pelo qual é responsável, diríam os: que um A judante de M onitor, está um pouco além da Form ação Básica; que um M onitor está um pouco além do patam ar da Form ação Elem entar, com alguns conhecim entos (poucos) da Form ação Com plem entar; que um Instrutor se posiciona um pouco além do nível da Form ação Com plem entar; que um M estre personifica a Form ação Superior.

Em cada um a das três disciplinas, o nível de preparação e ensino dos cavalos está igualm ente param etrizado pelo nível das provas a que estes devem satisfazer de acordo com os respectivos regulam entos da FEP. A progressão assenta em m etas a atingir no ensino dos cavalos.

O General L’H otte resum iu os objectivos sequenciais a atingir no Ensino do Cavalo desta form a:

A progressão deste Program a procurará, em qualquer das disciplinas e no grau adequado a cada um a delas, estabelecer esta m esm a sequência de objectivos relativisando-os ao nível elem entar, com plem entar ou superior, em que o cavalo se encontre.

Esta é a doutrina da progressão em cada tem po dessa m esm a progressão, que o Program a procurará seguir.

A crescentem -se contudo algum as outras etapas subsequentes, que o Program a deverá ter em conta na sua M etodologia, m uito em bora isto não signifique um percurso rígido, obrigatório, nem sequer um guia de trabalho, já que pode e deve ser retom ado em qualquer etapa com o form a de progresso ou de consolidação:

O cavalo já se apresenta com regularidade Calm o e Para D iante; Vam os então trabalha-lo no sentido de o ter

O cavalo apresenta-se com regularidade Sobre a M ão; Vam os trabalhá-lo no sentido de m elhorar a sua

O cavalo está Colocado de acordo com o equilíbrio pretendido; Vam os m elhorar a sua

O cavalo apresenta-se com um contacto franco, elástico e Sujeito; Vam os trabalhá-lo no sentido de m elhorar a sua

O cavalo está convenientem ente Colocado, Sujeito e Flexível Vam os trabalhar e equilibrar o seu desenvolvim ento m uscular adutor e distensor da locom oção, para m elhorar a sua

Pelo desenvolvim ento do trabalho de flexibilização lateral e longitudinal e de sensibilização às ajudas, o cavalo apresenta-se suficientem ente D ireito, Colocado em equilíbrio m ais vertical e Ligeiro no conjunto das ajudas.

Terem os então o cavalo

CA LM O

PA RA DIA N TE

D IREITO

LIGEIRO

Sobre a M ão Colocação Flexibilidade N a M ão Sujeição Rectitude

(6)

O IGQ TH R, dentro dos m esm os princípios, m as por outras palavras, define os objectivos sequenciais do ensino do cavalo através daquilo que designe por “características do cavalo bem trabalhado” e que são:

S egue-se a apresentação detalhada dos cursos de form ação, por Graus (4) e, dentro destes, por tipos.

A cada Grau corresponderá um Capítulo onde constam os tipos de curso adequados às diferentes situações existentes.

Cada curso é com posto por form ação teórica, abreviadam ente representada pela letra T, form ação prática sim ulada, abreviadam ente representada pelas letras PS, e form ação prática, abreviadam ente representada pela letra P.

Para além dos quadros que articulam , cronologicam ente, as m atérias no tem po, apresenta-se igualm ente, para cada tipo de curso um quadro onde apresenta-se distribui a carga horária de cada disciplina pelos diferentes tem pos de form ação, teórico T, de prática sim ulada PS e prática P

Esses quadros obedecem à estrutura recom endada pelos O rganism os O ficiais que se ocupam da hom ologação oficial dos cursos de form ação profissional.

D esigná-los-em os por Q uadros Resum o da Carga H orária

Ritm o Flexibilidade Conexão Im pulsão Rectitude Concentração

Referências

Documentos relacionados

ABSTRACT: The toxicological effects of crude ethanolic extracts (CEE) of the seed and bark of Persea americana have been analyzed on larvae and pupae of

O objetivo deste artigo é justamente abordar uma metodologia alternativa para a elaboração de análises contábeis e financeiras, denominada de balanço perguntado e

Atualizar os participantes para a atividade de distribuição e comercialização segura e responsável de produtos fitofarmacêuticos, minimizando os riscos para o aplicador, o

Desta forma, existem benefícios para os clientes que possuem melhores controles internos, como, agilidade na elaboração dos demonstrativos contábeis e até mesmo

Segundo [HEXSEL (2002)], há indicações de que o número de técnicos qualificados é pequeno frente à demanda e, portanto, estes técnicos tornam-se mão-de-obra relativamente

No entanto, para aperfeiçoar uma equipe de trabalho comprometida com a qualidade e produtividade é necessário motivação, e, satisfação, através de incentivos e política de

Verificada a efetividade da proposta, a Comissão de Licitações declarou vencedor o licitante Francisco Souza Lima Helm, sendo o total do item 14 licitado o valor de

GANDARA MATA VELHA Segue prenhe do MINGER FIV DA PERBONI com p.parto Mar/17 36B AGROPECUÁRIA VILA DOS PINHEIROS RUCA 1754 FANI FIV DA 3R 26/01/10 BASCO DA SM OFERENDA DA 3R BADALADA