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Registos e Licenciamentos

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Registos e Licenciamentos

1.1.

LICENCIAMENTO COMERCIAL (LICENCIAMENTO ZERO)

O Decreto Legislativo Regional n.º 38/2012/A, de 18 de Setembro, estabelece o livre acesso e exercício de actividades económicas na Região Autónoma dos Açores.

Este diploma prevê que a coordenação do processo de autorização de instalação e de modificação cabe à Direcção Regional com competência em matéria do comércio, (designada por entidade coordenadora), a qual é considerada o interlocutor único do requerente.

Além disso, o artigo 4.º estipula que ficam sujeitos ao regime de mera comunicação prévia a instalação e a modificação de estabelecimentos de restauração ou de bebidas, de comércio de bens, de prestação de serviços ou de armazenagem, que exerçam as actividades elencadas no Anexo I do diploma.

Esta comunicação é efectuada à entidade coordenadora e à Câmara Municipal territorialmente competente e tal permite proceder imediatamente à abertura do estabelecimento.

Também, no artigo 6.º, encontra-se prevista a comunicação prévia com prazo, que refere que a instalação ou modificação de um estabelecimento fica sujeita ao regime de comunicação prévia com prazo quando for requerida a dispensa de autorizações prévias relativas a requisitos legais ou regulamentares obrigatoriamente aplicáveis às instalações, aos equipamentos e ao funcionamento das atividades económicas a exercer no estabelecimento.

No mais, a comunicação prévia com prazo consiste numa declaração, à entidade coordenadora e à câmara municipal territorialmente competente, que permite ao interessado proceder à abertura do estabelecimento, à exploração do armazém ou ao início de atividade, consoante os casos, apenas quando a autoridade administrativa emita despacho de deferimento ou quando esta não se pronuncie após o decurso do prazo de 20 dias úteis após a receção da declaração.

A apreciação desta comunicação é da competência do Presidente da Câmara Municipal territorialmente competente.

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Contudo, no artigo 9.º e seguintes encontra-se previsto o regime de autorização prévia, sendo referido que “estão abrangidos pelo presente capítulo a instalação e a modificação de estabelecimentos de comércio a retalho, isoladamente considerados, ou inseridos em conjuntos comerciais, que tenham uma área de venda igual ou superior a 1.500 m2, nas Ilhas de São Miguel e Terceira, e a 500 m2, nas restantes Ilhas.”

Além disso, “nas Ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo fica interdita a instalação ou a modificação de estabelecimentos de comércio a retalho, alimentar ou misto que, cumulativamente, tenham uma área de venda superior a 500 m2 e pertençam a uma mesma empresa ou a um mesmo grupo que disponha de uma área de venda acumulada, em funcionamento, igual ou superior a 10.000 m2.”

No entanto, este capítulo não é aplicável a: estabelecimentos de comércio a retalho de veículos automóveis, motociclos, embarcações de recreio, tractores, máquinas e equipamentos agrícolas, bem como aos estabelecimentos em que são exercidas actividades de comércio a retalho que sejam objecto de regulamentação específica; aos estabelecimentos de comércio por grosso; e aos conjuntos comerciais.

Quanto à tramitação deste processo, refere o artigo 13.º o seguinte:

“1 - Os pedidos de autorização de instalação ou modificação ficam sujeitos à seguinte tramitação: a) Os pedidos de autorização são apresentados à entidade coordenadora mediante requerimento do interessado, adiante designado por requerente, acompanhado dos elementos referidos em portaria dos membros do Governo Regional com competência nas áreas da administração local e da economia, podendo estes ser apresentados em suporte eletrónico;

b) O requerente deve fazer prova de qualquer outra posição jurídica que lhe atribua direitos ou interesses legalmente protegidos sobre o local a que se reporta o pedido;

c) O requerente deve juntar declaração de impacte ambiental favorável e declaração de localização ou alvará de utilização, quando aplicável, nos termos definidos no artigo 11.º;

d) Se o requerente considerar que não é aplicável ao seu caso particular a exigência de alguns dos elementos constantes da portaria referida na alínea a), designadamente quando estejam em causa modificações de estabelecimentos de comércio a retalho, mencioná-lo-á, expressamente, no requerimento, justificando a razão de tal entendimento.

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2 - A verificação dos documentos instrutórios do processo de autorização compete à entidade coordenadora, devendo esta, no prazo de 10 dias úteis, a contar da data de receção do pedido, devidamente instruído, remeter o processo às seguintes entidades:

a) Departamento do Governo Regional com competência em matéria de equipamentos; b) Departamento do Governo Regional com competência em matéria de ambiente; c) Câmara municipal da área de implantação do projeto.

3 - Quando na verificação dos documentos instrutórios do processo se constatar que este não se encontra em conformidade com o disposto no n.º 1 do presente artigo, a entidade coordenadora solicita ao requerente, no prazo de cinco dias úteis, a contar da data de receção do pedido, o envio dos elementos em falta.

4 - O processo só se considera devidamente instruído, para os efeitos previstos no presente diploma, na data de receção do último dos elementos solicitados nos termos do número anterior.”

Além disso, este procedimento encontra-se dependente da emissão de pareceres das entidades referidas no n.º 2 do artigo 13.º (prazo: 10 dias úteis, a contar da data da recepção do processo remetido pela entidade coordenadora). Após a recepção dos mesmos, a entidade coordenadora emite o seu parecer, no prazo máximo de 10 dias úteis, a contar da data de recepção dos pareceres referidos anteriormente.

Após a recepção deste último parecer, a entidade competente decide no prazo de 10 dias úteis, a contar da recepção do parecer da entidade coordenadora.

Diga-se, ainda, que o requerente deve requisitar vistoria à entidade coordenadora, até 30 dias úteis antes da abertura do estabelecimento, acompanhado de cópia do projecto aprovado pela câmara municipal competente. A entidade coordenadora solicita a participação na vistoria das entidades consultadas (e outras que entenda conveniente), com o objectivo de verificar se foram cumpridos os requisitos que fundamentaram a autorização (artigo 19.º).

No mais, é importante referir que a Portaria n.º 15/2014, de 24 de Março, estipula os modelos de impressos para proceder às comunicações e pedidos previstos no diploma supra referido.

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O artigo 11.º do Decreto Legislativo Regional n.º 5/2012/A, de 17 de Janeiro, refere que “todas as unidades industriais na Região integram, obrigatoriamente, um registo, nos termos a definir por portaria do membro do Governo Regional com competência em matéria de indústria.”

Assim, a Portaria n.º 22/2013, de 18 de Abril, veio definir as condições para o registo dos estabelecimentos industriais da RAA.

O artigo 4.º desta Portaria refere que a DRAIC é a entidade competente para a recepção, organização, tratamento, conservação e arquivo da informação do registo dos estabelecimentos industriais.

Além disso, menciona o artigo 5.º que a informação constante da ficha do registo dos estabelecimentos industriais é atualizada pela DRAIC, de três em três anos, e sempre que haja uma alteração no respetivo processo de licenciamento.

No que concerne aos elementos do Registo dos Estabelecimentos Industriais, os mesmos são os seguintes:

 Dados do Titular do Estabelecimento Industrial: Nome; NIPC (NIF); Sede; Ilha; Concelho; Freguesia; Código Postal; Natureza Jurídica; Capital Social; Ano de Constituição; Telefone; Fax; Endereço de Correio Eletrónico; Sítio da Internet; CAE (código e designação).

 Dados do Estabelecimento Industrial: Nome (só no caso do estabelecimento ter nome próprio); Morada; Ilha; Concelho; Freguesia; Código Postal; Telefone; Fax; Endereço de Correio Eletrónico; Sítio da Internet; Zona Industrial (sim/não); Data de Início de Exploração; Número Total de Trabalhadores; Potência Elétrica Contratada (kVA); Área Coberta ou de Implantação (m2); Área Descoberta (m2); Área Total (m2); Responsável pelo preenchimento do registo; CAE (código e designação).

 Pessoal ao Serviço no Estabelecimento Industrial: Chefia; Administrativo; Comercial/Distribuidor; Operário; Total.

 Origem das Matérias-Primas por País (valor em €).

 Produtos Fabricados no Estabelecimento Industrial (valor em €).  Destino das Vendas por País (valor em €).

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1.3.

LICENCIAMENTO INDUSTRIAL

O exercício da actividade industrial na RAA encontra-se previsto no Decreto Legislativo Regional n.º 5/2012/A, de 17 de Janeiro.

Assim, e no artigo 2.º, que delimita o âmbito do diploma, é referido que o mesmo aplica-se às atividades industriais previstas no seu anexo, sendo que se excluem do diploma as atividades industriais inseridas em estabelecimentos comerciais ou de restauração ou bebidas, nos termos e com os limites previstos nos respetivos regimes jurídicos.

Já o artigo 5.º refere que a instalação, alteração e exploração de estabelecimentos industriais estão sujeitas a licenciamento por parte da direção regional com competência em matéria de indústria (a DRAIC).

Além disso, essa direção regional é o interlocutor único do industrial e entidade coordenadora, para efeitos de licenciamento da instalação, alteração e exploração do estabelecimento industrial.

O artigo 7.º menciona, ainda, que o pedido de licença de instalação ou alteração deve ser remetido aos serviços da administração regional com competência em matéria de indústria, devidamente instruído. Além disso, e para efeitos de licenciamento, os estabelecimentos industriais integram-se numa tipologia a definir de acordo com a sua dimensão, estando isentos de licenciamento prévio os estabelecimentos de menor dimensão e os cuja atividade exercida não se revista de especial perigosidade para o ambiente, pessoas e bens.

No que concerne ao processamento deste pedido de licenciamento, a entidade competente para emitir a licença, no prazo de 10 dias úteis, remete o projeto para parecer, às entidades com atribuições nas áreas do ambiente, higiossanitárias, saúde, higiene e segurança no trabalho, ou quaisquer outras que entenda necessário.

Estas entidades devem emitir parecer no prazo de 20 dias úteis, equivalendo o respetivo silêncio a deferimento tácito, salvo quando se trate de projetos sujeitos a procedimento de avaliação de impacte ambiental e a procedimento de licença ambiental, casos em que o prazo é o estipulado no Decreto Legislativo Regional n.º 30/2010/A, de 15 de novembro.

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Por fim, a licença de instalação ou de alteração de estabelecimento industrial é emitida pela DRAIC e integra, obrigatoriamente, as condições e exigências impostas pelas entidades consultadas, ou quaisquer outras que a entidade licenciadora entenda convenientes.

Diga-se, ainda, que a licença de instalação ou de alteração de estabelecimento industrial tem a duração de um ano, a contar da data da sua emissão, podendo ser renovada por períodos de um ano, até ao máximo de 3 renovações, podendo ser prorrogado este prazo por razões não imputáveis ao empresário.

Assim, o artigo 8.º refere a tipologia de estabelecimentos industriais, podendo ser classificados em 3 tipos:

 Tipo 1 - os estabelecimentos industriais que preencham, pelo menos, um dos seguintes indicadores:

o Potência eléctrica contratada superior a 100 kVA; o Número de trabalhadores superior a 20.

Além dos supra referidos, integram também o Tipo 1 todos os estabelecimentos industriais, independentemente da potência eléctrica contratada e do número de trabalhadores, que se encontrem abrangidos por, pelo menos, uma das seguintes circunstâncias:

o Declaração de impacte, ou licença ambiental, emitida nos termos do Decreto Legislativo Regional n.º 30/2010/A, de 15 de novembro;

o Operações de gestão de resíduos, nomeadamente as previstas no Decreto Legislativo Regional n.º 29/2011/A, de 16 de novembro, quando estejam em causa resíduos perigosos, de acordo com a definição constante da alínea bbbb) do n.º 1 do artigo 4.º, conjugado com o Anexo III daquele diploma.

 Tipo 2 - os estabelecimentos industriais que preencham, pelo menos, um dos seguintes indicadores:

o Potência eléctrica contratada igual ou inferior a 100 kVA e superior a 25 kVA; o Número de trabalhadores igual ou inferior a 20 e superior a 4.

 Tipo 3 - os estabelecimentos industriais que estejam abrangidos, cumulativamente, pelos seguintes indicadores:

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o Número de trabalhadores igual ou inferior a 4; o Área coberta até 200 m2 ;

o Estabelecimentos cuja atividade exercida não se revista de especial perigosidade para o ambiente, nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de agosto, listas I e II do Anexo XIX.

Os estabelecimentos de Tipo 3 estão isentos de licença de instalação, podendo ser isentos, igualmente, outros estabelecimentos de maior dimensão, desde que cumpridos os requisitos referidos no n.º 2 do artigo 7.º e mediante processo a instruir nos termos definidos em decreto regulamentar regional.

No que concerne à licença de exploração, a mesma é emitida mediante a verificação, por vistoria, da conformidade da instalação ou alteração do estabelecimento industrial com as normas legais e regulamentares aplicáveis.

1.4.

LICENCIAMENTO DA ACTIVIDADE TURÍSTICA

1.4.1. EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

O Decreto Legislativo Regional n.º 7/2012/A, de 1 de Março, alterado e republicado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 23/2012/A, de 31 de Maio versa sobre esta matéroa.

Assim, segundo o artigo 5.º deste diploma, os empreendimentos turísticos podem ser integrados num dos seguintes tipos:

a) Estabelecimentos hoteleiros – são os empreendimentos turísticos destinados a proporcionar alojamento turístico e outros serviços acessórios ou de apoio, com ou sem fornecimento de refeições e vocacionados para uma locação diária;

b) Aldeamentos turísticos – são os empreendimentos turísticos constituídos por um conjunto de instalações funcionalmente interdependentes com expressão arquitetónica coerente, situadas em espaços com continuidade territorial, ainda que atravessados por estradas ou caminhos municipais, linhas de água e faixas de terreno afetas a funções de proteção e

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conservação de recursos naturais, destinados a proporcionar alojamento turístico e serviços complementares de apoio a turistas;

c) Apartamentos turísticos – são os empreendimentos turísticos constituídos por um conjunto coerente de unidades de alojamento, mobiladas e equipadas, que se destinem a proporcionar alojamento turístico e outros serviços complementares e de apoio a turistas; d) Conjuntos turísticos – são os empreendimentos turísticos constituídos por núcleos de

instalações funcionalmente interdependentes, situados em espaços com continuidade territorial, ainda que atravessados por estradas ou caminhos municipais, linhas de água e faixas de terreno afetas a funções de proteção e conservação de recursos naturais, destinados a proporcionar alojamento turístico e serviços complementares de apoio a turistas, sujeitos a uma administração comum de serviços partilhados e de equipamentos de utilização comum, que integrem pelo menos dois empreendimentos turísticos, sendo obrigatoriamente um deles um estabelecimento hoteleiro de 5 ou 4 estrelas, um equipamento de animação autónomo e um estabelecimento de restauração;

e) Empreendimentos de turismo de habitação – são os estabelecimentos de natureza familiar instalados em imóveis antigos particulares que, pelo seu valor arquitetónico, histórico ou artístico, sejam representativos de uma determinada época, nomeadamente palácios e solares, podendo localizar-se em espaços rurais ou urbanos;

f) Empreendimentos de turismo no espaço rural – são os estabelecimentos que se destinam a prestar, em espaços rurais, serviços de alojamento a turistas, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalações, estruturas, equipamentos e serviços complementares, tendo em vista a oferta de um produto turístico completo e diversificado no espaço rural;

g) Parques de campismo e de caravanismo – são os empreendimentos instalados em terrenos devidamente delimitados e dotados de estruturas destinadas a permitir a instalação de tendas, reboques, caravanas ou autocaravanas e demais material e equipamento necessários à prática do campismo e do caravanismo.

O artigo 17.º vem, por sua vez, referir que os empreendimentos de turismo no espaço rural podem ser classificados nos seguintes grupos:

a) Casas de campo – são os imóveis situados em aglomerados rurais ou espaços rurais e que se integrem, pela sua traça, materiais de construção e demais características, na arquitetura típica local; quando cinco ou mais casas de campo se situem num aglomerado rural, numa

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relação de proximidade, e sejam exploradas duma forma integrada, por uma única entidade, são consideradas como «turismo de aldeia»;

b) Agroturismo – são os imóveis situados em explorações agrícolas que permitam aos hóspedes o acompanhamento e conhecimento da actividade agrícola, ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos, de acordo com as regras estabelecidas pelo seu responsável;

c) Hotéis rurais – são os estabelecimentos hoteleiros situados em espaços ou aglomerados rurais que, pela sua traça arquitetónica e materiais de construção, respeitem as características dominantes da localidade onde estão implantados;

d) Alojamento rural – quando um empreendimento não se mostre enquadrável em qualquer dos tipos de empreendimentos turísticos previstos no n.º 1 do artigo 5.º, pode a direção regional competente em matéria de turismo propor ao membro do Governo Regional responsável pela área do turismo a classificação de tal empreendimento como alojamento rural, quando se demonstre a sua adequada integração na paisagem rural, a qualidade das instalações, bem como o cumprimento de outros indicadores a estabelecer em portaria daquele membro do Governo Regional.

Refira-se, ainda, que compete à direcção regional competente em matéria de turismo a aplicação das normas deste diploma, bem como, entre outros, emitir parecer sobre as operações de loteamento que envolvam empreendimentos turísticos, limitado à área destes, exceto quando tais operações se localizem em zona abrangida por plano de pormenor em que tenha tido intervenção, e fixar a capacidade máxima, atribuir a classificação e aprovar o nome dos empreendimentos turísticos.

No mais, e em matéria de operações urbanísticas relativas a empreendimentos turísticos, os órgãos municipais exercem as competências atribuídas pelo RJUE (Regime Jurídico da Urbanização e Edificação), com as especificidades constantes do diploma.

1.4.2. ESTABELECIMENTOS DE RESTAURAÇÃO E BEBIDAS (INSTALAÇÃO E MODIFICAÇÃO)

Relativamente a esta matéria, aplica-se o licenciamento zero, nos termos do Decreto Legislativo Regional n.º 38/2012/A, de 18 de Setembro, pelo que se remete para o ponto 1.1.

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1.4.3. ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Esta matéria encontra-se regulada no Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de Maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de Julho.

Assim, e de acordo com o artigo 3.º deste diploma, são actividades de animação turística as actividades lúdicas de natureza recreativa, desportiva ou cultural, que se configurem como actividades de turismo de ar livre ou de turismo cultural e que tenham interesse turístico para a região em que se desenvolvam.

Para efeitos do decreto-lei, consideram-se:

a) Actividades de turismo de ar livre (também denominadas por actividades outdoor, de turismo activo ou de turismo de aventura) – são as actividades que, cumulativamente:

o Decorram predominantemente em espaços naturais, traduzindo-se em vivências diversificadas de fruição, experimentação e descoberta da natureza e da paisagem, podendo ou não realizar-se em instalações físicas equipadas para o efeito;

o Suponham organização logística e ou supervisão pelo prestador;

o Impliquem uma interacção física dos destinatários com o meio envolvente;

b) Actividades de turismo cultural – são as actividades pedestres ou transportadas, que promovam o contacto com o património cultural e natural através de uma mediação entre o destinatário do serviço e o bem cultural usufruído, para partilha de conhecimento.

Excluem-se dos conceitos supra referidos os seguintes: a) A organização de campos de férias e similares;

b) A organização de espectáculos, feiras, congressos, eventos de qualquer tipo e similares; c) O mero aluguer de equipamentos de animação, com exceção dos previstos no n.º 2 do artigo

4.º do diploma.

O pedido de licenciamento é dirigido à Direcção Regional de Turismo, devendo ser efectuado por via digital, através do seguinte link:

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Podem ser titulares da licença as pessoas singulares (empresários em nome individual) ou colectivas (nomeadamente as sociedades comerciais), que desenvolvam com caráter comercial alguma das actividades previstas no Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho.

No que concerne à Actividade Marítimo-Turística nos Açores, a mesma encontra-se regulada pelo Decreto Legislativo Regional n.º 23/2007/A, de 23 de Outubro.

Assim, na RAA, a actividade marítimo-turística pode ser exercida nas seguintes modalidades: a) Passeios marítimo-turísticos, com programas previamente estabelecidos e organizados; b) Observação de cetáceos;

c) Mergulho e escafandrismo; d) Pesca turística;

e) Pesca-turismo;

f) Passeios em submersível;

g) Aluguer de embarcações com ou sem tripulação; h) Serviços efectuados por táxis;

i) Serviços de natureza marítimo-turística prestados mediante a utilização de embarcações atracadas ou fundeadas e sem meios de locomoção próprios ou selados;

j) Aluguer de motas de água e de pequenas embarcações dispensadas de registo;

k) Outros serviços, designadamente os respeitantes a serviços de reboque de equipamentos de carácter recreativo.

Além disso, é mencionado que a pesca turística, quando exercida a bordo de embarcações de pesca, é designada por pesca-turismo.

Por fim, refira-se que o exercício da actividade marítimo-turística depende de licença a conceder pela direcção regional com competência na área dos transportes marítimos, à excepção da modalidade da pesca-turismo, cuja licença é concedida pela direcção regional com competência na área das pescas.

No que concerne especificamente à observação turística de cetáceos o pedido de licença deve ser dirigido à Direcção Regional do Turismo (sendo que um dos requisitos dos requerentes é possuir licença de operador marítimo-turístico).

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1.4.4.

AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO

A entidade responsável pela emissão das licenças é a Direcção Regional do Turismo, sendo que o pedido de licença deve ser dirigido a esta entidade.

Para que a requerente possa prestar estes serviços, tem de cumprir os seguintes requisitos:

a) Ser uma cooperativa, estabelecimento individual de responsabilidade limitada ou sociedade comercial que tenha por objecto o exercício daquela actividade e um capital social mínimo realizado de € 100.000;

b) Comprovação da idoneidade comercial do titular do estabelecimento em nome individual de responsabilidade limitada, dos directores ou gerentes da cooperativa e dos administradores ou gerentes da sociedade requerente.

c) Prestação de um seguro de responsabilidade civil (de € 74.819,68) e de uma caução de, no mínimo, € 2.500, e, no máximo, de 250.000.

Esta matéria encontra-se regulamentada no Decreto-Lei n.º 209/97, de 13 de Agosto, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 12/99, de 11 de Janeiro.

1.4.5. RENT-A-CARS

O Decreto-Lei n.º 181/2012, de 6 de Agosto, regula as condições de acesso e de exercício da atividade de aluguer de veículos de passageiros sem condutor, também designada por atividade de rent-a-car, por pessoas singulares ou colectivas estabelecidas em território nacional.

Esta actividade só pode ser desenvolvida mediante comunicação prévia com prazo ao Serviço Coordenador dos Transportes Terrestres (SCTT), com a comprovação de que possuem os requisitos de acesso à actividade, sendo estes os seguintes:

 Idoneidade (a qual deve ser verificada relativamente a todos os gerentes, administradores ou diretores, no caso de pessoas coletivas, ou o próprio, no caso de pessoa singular) - são consideradas idóneas as pessoas relativamente às quais não se verifique qualquer dos seguintes factos: proibição legal para o exercício do comércio; condenação, com trânsito em julgado, por infrações cometidas às normas relativas ao regime das prestações de natureza

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retributiva, ou às condições de higiene e segurança no trabalho, à protecção do ambiente e à responsabilidade profissional, nos casos em que tenha sido decretada a interdição do exercício da actividade de rent-a-car, ou inibição do exercício do comércio por ter sido declarada a falência ou insolvência, enquanto não for levantada a inibição ou a reabilitação do falido.

 Número mínimo de veículos - Automóveis ligeiros de passageiros: 7 (sete); Motociclos, triciclos ou quadriciclos: 3 (três) - salvo se já se encontrar cumprido o limite referido anteriormente.

 Estabelecimento fixo para atendimento ao público.

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Exclusão de responsabilidade

Este documento tem apenas carácter informativo e reflete parcialmente a legislação que rege os incentivos em Portugal, pelo que esta leitura não dispensa ou substitui o conhecimento da referida legislação.

A SDEA está disponível para avaliar planos de negócios específicos e determinar como os investimentos podem beneficiar de incentivos e qual o tipo de pacotes que pode ser aplicável, caso haja.

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